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Revista do Farmacêutico

PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 128 - NOV - DEZ/ 2016 - JAN/2017

GRUPO TÉCNICO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES

 

Suplementos alimentares e o farmacêutico

Mercado do setor é crescente no país e traz oportunidade para atuação do farmacêutico 

 

02E9991254% dos lares brasileiros possuem pelo menos um membro que consome suplementosUm dos mercados com maior crescimento  no Brasil é o de suplementos alimentares. Foi divulgado em março passado pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), por meio da Revista Veja, um estudo que apontou que 54% dos lares brasileiros possuem pelo menos um membro que consome suplementos.

No país, o nicho de suplementos é quase que totalmente controlado por “body shops”, ou seja, lojas especializadas em comercializar (seja de maneira física ou virtual) este tipo de produto, que pode ser indicado por farmacêuticos e não está isento de interações com medicamentos ou entre si.

“Por isso, o farmacêutico é um dos profissionais da saúde adequados para fazer o atendimento e a orientação do usuário que vai consumir esse produto, ressaltando o quanto seu uso pode potencializar ou mesmo reduzir o efeito de outros tratamentos”, aponta o dr. Henry Okigami, consultor na área farmacêutica, alimentícia e cosmética e membro do Grupo Técnico sobre Suplementos Alimentares do CRF-SP.

Normalmente, os suplementos são produzidos por indústrias do setor ou são importados, mas também podem ser manipulados. Tratam-se de substâncias químicas indicadas especialmente para complementar a alimentação. O seu consumo tem por objetivo trazer benefício na prevenção ou tratamento de doenças, desde que indicado com critério para o paciente correto, além de auxiliar na prática de esportes e outras atividades.

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Hoje, a legislação permite a prescrição farmacêutica para medicamentos ou produtos isentos deprescrição médica, categoria da qual fazem parte os suplementos. Nesse caso, o farmacêutico deverá seguir o previsto pela Resolução de nº 586/13 do Conselho Federal de Farmácia: “A prescrição farmacêutica (...)deverá ser realizada com base nas necessidades de saúde do paciente, nas melhores evidências científicas, em princípios éticos e em conformidade com as políticas de saúde vigentes”.

Apesar de todas essas vantagens, não existem farmácias no país especializadas nesta área, assim como também não está totalmente consolidada a relação multiprofissional entre médicos, nutricionistas e farmacêuticos. “Acredito que esses são desafios e, assim que isso ocorrer, será um caminho sem volta. É necessária e essencial a interação entre estes profissionais para que o paciente seja melhor atendido e orientado”, afirmou o dr. Henry.

Outro fato que reafirma a oportunidade para o farmacêutico no setor é a própria lista com os suplementos mais utilizados pelos brasileiros. Nela constam ômega-3, multivitamínicos, vitamina C, óleo de fígado de bacalhau, proteínas, fibras e minerais. Muitos deles não podem ser usados indiscriminadamente por quem tem problemas nos rins, por exemplo, como é o caso das proteínas. Outros apresentam interações medicamentosas, como é o caso da vitamina C, que pode interferir na eficácia da varfarina, indinavir, ciclosporina, barbitúricos, anticoncepcionais (etinilestradiol), entre outros.

Por Mônica Neri 

 

  

 

 

 

 
 

     

     

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