PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 123 - NOV - DEZ / 2015
CAPA
Parceria do CRF-SP orienta farmacêuticos sobre doping
Às vésperas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o XVIII Congresso Farmacêutico de São Paulo contou com a participação do secretário nacional da Associação Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), dr. Marco Aurélio Klein, entidade responsável pela qualificação, treinamento e certificação dos profissionais brasileiros que poderão trabalhar nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
“Nosso maior desafio é trabalhar para proteger todos os atletas brasileiros, de todas as modalidades, dos riscos da dopagem. A meta é de que não tenhamos nenhum caso de dopagem entre os atletas das delegações brasileiras nos Jogos Rio 2016 e iremos seguir o padrão de análise estabelecido pela WADA (Agência Mundial Antidoping), que diz como os testes devem ser feitos”, afirmou o secretário nacional da ABCD.
Para ele, a cooperação entre CRF-SP e ABCD é muito importante no contexto das ações de proteção ao atleta contra os riscos da dopagem involuntária. “O Conselho pode ter papel relevante nessa proteção, mantendo seus profissionais alertas no atendimento às demandas de atletas ou de suas equipes técnicas e de apoio.”
Segundo o presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, os desdobramentos da cooperação CRF-SP e ABCD podem contribuir efetivamente tanto na capacitação de farmacêuticos que atuam na área de análises toxicológicas, sendo responsáveis pelas análises de controle antidopagem, quanto na capacitação dos farmacêuticos que atuam na cadeia do medicamento responsáveis pela dispensação e manipulação de medicamentos que podem conter fármacos ou substâncias que estão relacionadas na lista de substâncias proibidas preconizadas pelas entidades relacionadas ao controle antidopagem no esporte.
“No caso da dispensação dos medicamentos, sejam eles industrializados ou manipulados, alopáticos ou fitoterápicos, o farmacêutico conhecedor da lista das substâncias e métodos proibidos e detentor do conhecimento de farmacocinética e farmacodinâmica estará apto a orientar o atleta com relação a possibilidade do uso do medicamento ou não, sob o aspecto do controle da dopagem, bem como alertá-lo dos riscos associados ao uso não racional que muitas vezes tem sido praticado em busca de melhores desempenhos nas provas esportivas”, concluiu.