PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 121 - ABR-MAI / 2015
Contribuição do farmacêutico no SUS
Profissionais e gestores participam do 5º Seminário de Saúde Pública
O CRF-SP, por meio de sua Comissão Assessora de Saúde Pública e da Seccional de Piracicaba, realizou no dia 25 de março o 5º Seminário de Saúde Pública. O debate apontou o papel do farmacêutico inserido na equipe multidisciplinar, desde o seu desempenho nas atividades técnicas até as ações de educação em saúde.
Durante o evento, o presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, destacou a importância do Grupo Técnico de Apoio aos Municípios do CRF-SP (GTAM) para ampliação da assistência farmacêutica no Estado. “O CRF-SP investe no GTAM que colabora com os municípios que desejam implementar ou melhorar o serviço de assistência farmacêutica, realizando um trabalho ativo com os gestores”, ressaltou.
Para o coordenador da Comissão, dr. Israel Murakami, os eventos da Comissão Assessora de Saúde Pública proporcionam a troca de experiência entre os farmacêuticos e gestores de diversos municípios, o networking entre os profissionais e a discussão da saúde pública e da atuação neste âmbito.
O farmacêutico tem buscado reconquistar sua identidade como profissional de saúde mais próximo da população. Mas, como implantar essa realidade no SUS, em que muitas das unidades que dispensam medicamento ainda não contam com a sua atuação em período integral, conforme exigido pela Lei 13.021/14?
Para responder esse questionamento, o Seminário apresentou a visão do gestor, do usuário e do farmacêutico. E ficou claro que, sob todas as perspectivas, é necessário que o profissional realize um trabalho diferenciado e conquiste seu espaço para mostrar o quanto é essencial nesse sistema e na equipe multidisciplinar de saúde.
Para isso, foram apresentados casos que exemplificaram ações de sucesso no SUS, como as dos profissionais que criaram modelos de atenção farmacêutica, com a implantação de consultórios de farmácia clínica, que proporcionam privacidade e onde é possível realizar o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes para melhoria nas adesões do tratamento e de sistemas de medicação assistida, em casos de doenças psíquicas.
Por Mônica Neri