PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 120 - FEV-MAR / 2015
O segredo é a união de esforços
Comentários de farmacêuticos reclamando de donos de farmácia são comuns nas redes sociais. O espaço criado originalmente para a troca de ideias acabou se tornando um painel de reclamações e revolta. A realidade de trabalho de muitos profissionais é, de fato, adversa: rotinas extenuantes, desvio de função, más condições e, não raro, assédio moral. Mas cabem as perguntas: reclamar, apenas, adianta alguma coisa? E se em vez de lamentar, compartilharmos dicas e ideias que ajudassem o estabelecimento a crescer?
Juntamente com dono da farmácia, o farmacêutico é quem melhor deve entender do funcionamento de um estabelecimento tão especial quanto esse.
A Lei 13.021/14 surge nesse contexto, propondo dois conceitos básicos: autonomia técnica do farmacêutico e responsabilidade solidária entre ambos no que diz respeito ao uso racional de medicamentos.
O que se lê nas entrelinhas da lei é que a sociedade espera, na verdade, uma parceria entre o farmacêutico e o dono da farmácia. De um lado, está o farmacêutico, detentor dos conhecimentos técnicos indispensáveis para garantir a saúde dos pacientes; do outro, o dono da farmácia, que trabalha na área financeira do estabelecimento que é essencial para a sobrevivência da empresa e melhoria, tanto da prestação do serviço quanto das condições de trabalho.
É na união desses dois esforços, e, mais do que isso, na intersecção deles, que está o segredo do sucesso de um estabelecimento como a farmácia.
Nesta edição da Revista do Farmacêutico, a reportagem de capa discorre justamente sobre isso. De forma ampla, da campanha publicitária, que reforça o papel orientativo do profissional, da importância que a confiança tem nesse tipo de negócio, ao XV Encontro Paulista de Farmacêuticos, que destacou o foco no paciente como mola propulsora da profissão, sinalizam o caminho a seguir.
Esperamos que a leitura possa enriquecer esse debate.
Boa leitura!