PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 108 - AGO - SET - OUT / 2012
Revista 108 Mensagem da Diretoria
Você está preparado?
Marcos Machado Diretor-tesoureiro | Priscila Dejuste Secretária- geral |
Raquel Rizzi Vice- presidente |
Pedro Menegasso Presidente |
A decisão da Anvisa em abrir a discussão com a sociedade para encontrar alternativas que façam valer a regra de que todo medicamento com prescrição médica só pode ser, de fato, dispensado com a apresentação da devida receita, mostra, uma vez mais, que o cenário econômico, político ou social pode mudar a qualquer momento.
Muita gente passou anos falando que a inflação era um problema sem solução no Brasil, que a dívida externa era impagável, que o governo nunca teria coragem de enfrentar a indústria do tabaco e proibir a propaganda de cigarros. Mais recentemente, que o Supremo Tribunal Federal jamais iria enfrentar o governo federal e condenar os envolvidos com o mensalão.
Quem apostou nisso perdeu, assim como também vai perder quem continuar acreditando que farmácias e drogarias continuarão, para sempre, vendendo medicamentos no Brasil como se fossem uma mercadoria qualquer.
A decisão da Anvisa em propor essa discussão abre a possibilidade de rever várias políticas sobre o uso e a dispensação de medicamentos no país. Entre elas, o conceito de prescrição farmacêutica. Acreditamos ser desnecessário dizer o quanto isso seria fundamental para o fortalecimento e reconhecimento da profissão.
O CRF-SP tem cobrado dos farmacêuticos uma postura ética e profissional adequada, tem estimulado a constante capacitação e a postura proativa no ambiente de trabalho, chamando a responsabilidade para o exercício da assistência farmacêutica. Recebemos até algumas críticas, quase sempre de pessoas que se escondem nas mídias sociais e não participam efetivamente das ações em favor da valorização profissional.
Felizmente, são apenas algumas pessoas. Sabemos que a imensa maioria dos farmacêuticos luta todos os dias, contra tudo e contra todos, para exercer a profissão com dignidade e responsabilidade. São pessoas capazes de encontrar na adversidade a força para agir e fazer a diferença. Por isso, essa discussão é bem-vinda e lutaremos por essa mudança.
Com base no trabalho desses profissionais, o CRF-SP se sente amparado para defender, junto a outras entidades, a importância da criação de medicamentos de prescrição farmacêutica, dentro do conceito de farmácia como estabelecimento de saúde. As teses que serão defendidas pelo CRF-SP nesse debate, se de fato ele vier a ocorrer agora, estão publicadas na reportagem de capa desta edição da Revista do Farmacêutico.
Boa leitura!
Diretoria CRF-SP