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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 01/12/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Nutrigold tem 209 produtos proibidos

01/12/2016 - Anvisa


Mais de 200 produtos Nutrigold foram proibidos de serem comercializados a partir da publicação das resoluções RE 3.194/16 e 3.195/16. As medidas sanitárias incluem, também, a proibição da fabricação e distribuição de todos os lotes dos produtos listados na publicação no Diário Oficial desta quarta-feira (30/11), fabricados pela Nutrigold do Brasil Suplementos Alimentícios Ltda.

A Anvisa determinou ainda, como medida preventiva, a suspensão de todas as propagandas e publicidades que atribuam propriedades terapêuticas, de saúde ou funcionais não autorizadas aos alimentos fabricados, distribuídos ou comercializados pela Nutrigold.

A empresa foi inspecionada de forma conjunta pelas vigilâncias sanitárias de Jacarei/SP, São José dos Campos/SP, pelo Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo e pela Anvisa, que consideraram as condições de funcionamento inadequadas.

As resoluções se encontram na página da Imprensa Nacional bem como os anexos da listagem dos produtos proibidos.




Rastreabilidade: Audiência Pública será dia 7 de dezembro

01/12/2016 - Anvisa


A Anvisa quer debater com a sociedade as principais questões da regulamentação da RDC 54/2013, que trata da rastreabilidade no Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM). A Audiência Pública que irá tratar do assunto ocorrerá no dia 7 de dezembro, das 10h às 12h, no auditório da Agência, em Brasília.

A decisão de realizar a audiência foi tomada pela Diretoria Colegiada da Anvisa, durante a Reunião Ordinária Pública (ROP) nº 27/2016, que aconteceu no dia 22 de novembro deste ano.

Atualmente, o processo de regulamentação da RDC está sob vistas do diretor-presidente da Agência, Jarbas Barbosa, que levou a proposta de realização da Audiência Pública como mais uma etapa de discussão do tema que envolve fabricantes, importadores, distribuidores, varejistas e serviços de saúde, tanto do setor público quanto do privado.

Essa etapa de discussão é fundamental na construção de uma regulamentação que dê mais segurança no consumo de medicamentos e que seja viável e condizente com a realidade do país.

Novos elementos da tabela periódica são aprovados

01/12/2016 - Yahoo


Os nomes propostos em junho para quatro novos elementos da tabela periódica foram aprovados nesta quinta-feira, incluindo o Nihonium, que ocupa o lugar 113, e o Moscovium, cujo número atômico é 115.

O instituto japonês de pesquisas Riken celebrou a aprovação do Nihonium, uma referência à palavra Nihon, que significa Japão e tem como símbolo Nh.

A existência do Nihonium, primeiro elemento colocado em evidência na Ásia, havia sido demostrada em três oportunidades entre 2004 e 2012 por Kosuke Morita, professor da Universidade de Kyushu (sudoeste do Japão).

Além do Nihonium e do Moscovium (Mc), uma referência a Moscou e cuja paternidade corresponde a pesquisadores russos e americanos, a União Internacional de Química Pura e aplicada (IUPAC na sigla em inglês) e a União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP) aprovaram a denominação de outros dois elementos.

Os elementos são o Tennessine, em homenagem aos institutos de pesquisas do Tennessee, nos Estados Unidos, com número 117 na tabela e cujo símbolo é o Ts, e o Oganesson (Og, 118), em referência ao físico nuclear russo Yuri Oganesián. Foram descobertos por laboratórios da Rússia e Estados Unidos, segundo um comunicado da (IUPAC).

A tabela periódica dos elementos, também conhecida como tabela de Mendeleyev, em homenagem ao russo Dmitri Mendeleyev, que criou a primeira versão em 1869, reúne os elementos químicos classificados em função de sua composição e suas propriedades.




What's News: A Valeant

01/12/2016 - Valor Econômico


A Valeant, farmacêutica canadense, interrompeu as negociações de venda da Salix, sua unidade de remédios para doenças gástricas, à japonesa Takeda, um acordo que estava avaliado em cerca de US$ 10 bilhões. Segundo pessoas a par do assunto, o negócio foi cancelado devido a divergências sobre o preço e outras questões. A Valeant pretende agora fortalecer a unidade e não mais vendê- la, segundo as fontes.




A PEC 55 pode comprometer o tratamento do câncer no País

01/12/2016 - Carta Capital Online


Sergio Oliveira da Rosa, 56 anos, descobriu o câncer há dois anos após um exame no Hospital Conceição, em Porto Alegre. O que a princípio parecia um problema dermatológico, de manchas e coceira na pele, logo se revelou um linfoma de Hodgkin que tomara seu pulmão direito inteiro. “A primeira coisa que eu pensei foi: quanto tempo me resta?”.

Sem muitos recursos, Sergio se viu refém da fila de espera do Sistema Único de Saúde para iniciar a quimioterapia, enquanto seu fôlego e qualidade de vida iam se deteriorando. “Sou gremista, adoro jogar futebol, mas tive que parar porque qualquer esforço me deixava muito cansado”, conta.

Pouco tempo após o diagnóstico, um médico informou Sergio sobre uma pesquisa clínica em andamento no hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, que ofereceu para o seu caso uma combinação de seis medicamentos de alto custo, ainda não disponíveis no SUS.

Atualmente, o sistema público oferece outro tratamento, com menor eficácia e mais efeitos colaterais. Sergio foi aceito para o tratamento de ponta, uma quimioterapia que durou oito meses, inteiramente custeada pela multinacional Takeda.

Gabriela Alerico, biomédica e coordenadora de pesquisa que acompanhou todo o tratamento de Sergio, afirma que ele teve resposta total à quimioterapia. “Isso significa que as chances de o câncer voltar existem, mas são mínimas”, explica.

O sucesso do tratamento de Sergio dependeu do apoio de uma instituição privada, mas nem todos os pacientes tem a mesma oportunidade. Em um cenário no qual os diagnósticos de câncer devem se tornar cada vez mais frequentes no País, o SUS precisará ampliar seu financiamento para dar assistência aos brasileiros com a doença.

Segundo uma estimativa do World Cancer Report, publicado em 2014 pela Organização Mundial de Saúde, OMS, em 20 anos ao menos 22 milhões de novos casos de câncer serão diagnosticados no mundo todo ano, fazendo da doença a principal causa de morte, superando as cardiovasculares e as cerebrovasculares.

Neste cenário, o corte de gastos na Saúde com a PEC 55, aprovada em primeiro turno nesta terça-feira 29, deve resultar em enormes dificuldades para o setor público brasileiro custear tratamentos contra as neoplasias.

Nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos o câncer já é a principal causa de morte para quem tem mais de 45 anos. Mais de 60% de todos os casos anuais de câncer no mundo ocorrem na África, Ásia, América Central e América do Sul, onde somente 30% dos diagnosticados sobrevivem. Só na América Latina e Caribe, estima-se que a partir de 2030 uma a cada três pessoas será exposta a algum tipo de neoplasia, com um milhão de mortes ao ano. Para as mulheres, uma em cada nove deve desenvolver câncer de mama.

O mesmo estudo da OMS chama a atenção para outra mudança no padrão do câncer. Antes, considerada uma doença de risco para os mais velhos, ela já atinge pessoas cada vez mais novas.

Embora a oncologia tenha evoluído bastante nos últimos anos, o elevado custo ainda limita o acesso ao tratamento. Cada nova droga tem o preço médio de 10 mil dólares por mês, e certos tratamentos chegam a um milhão de dólares ou mais.

O médico oncologista do Instituto do Câncer Mãe de Deus Stephen Stefani explica que a inflação de terapias oncológicas é superior ao índice oficial de inflação (IPCA), pois o custo do desenvolvimento desses remédios é muito alto devido à necessidade de se investir em uma equipe altamente qualificada, tecnologias de ponta e muita pesquisa.

“Para obter um medicamento vitorioso, é necessário investir um bilhão de dólares, porque tem que pagar a droga que deu certo e todas as outras que naufragaram no processo de investigação”, diz Stefani.

Ele também aponta o gasto com tributos e propagandas como outros dois fatores que encarecem o estudo clínico. “Um carro de luxo pode custar quatro vezes mais do que um carro popular, mas nem sempre ele é quatro vezes melhor. Esse raciocínio vale também para os medicamentos”.

No Brasil, cada vez mais pacientes têm buscado o Judiciário para ter acessos aos tratamentos mais modernos, muitos deles ainda não disponíveis no sistema. Ao descobrir um câncer de mama na mesma semana em que soube que estava grávida Camila Carvalho, 28, seguiu o roteiro.

Para seu tratamento, foi indicado o medicamento trastuzumab. Entre 20 e 25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama costumam adotar o tratamento por ser um dos mais avançados, ao agir diretamente sobre as células doentes e preservar as sadias. Cada caixa da droga custa cerca de dez mil reais

Em julho de 2012, sete anos depois de o mundo começar a utilizá-lo, o trastuzumab foi incorporado à lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS, mas as pacientes com câncer de mama em estágio avançado são impedidas de utilizá-lo. Sem um plano de saúde, Camila depende do sistema público, e decidiu entrar na Justiça para ter acesso ao medicamento.

“Quero continuar vivendo e bem, porque tenho dois pequenininhos para criar. Queria pelo menos ver meu filho completar um ano. Meu foco está nos meus filhos”, diz a mãe de Julia, 5, e Vitor, que sobreviveu às duas cirurgias e a quimioterapia a que Camila foi submetida.

Ana Luiza Antunes Faria, mastologista da equipe do Hospital Pérola Byington, afirma que a maioria dos cânceres de mama metastáticos não são reversíveis, mas podem ser controlados com a medicação adequada. “Os tratamentos prologam o tempo de vida e também auxiliam no controle da progressão da doença, que é o tempo de vida sem antes de a doença se agravar ainda mais”.

Os gastos do Ministério da Saúde com o financiamento de medicamentos via demanda judicial aumentaram 500% entre 2010 e 2014. Apenas em 2015, o gasto superou 1 bilhão de reais. Em todo o período, a soma ultrapassa R$ 2,1 bilhões.

Carlos Barrios, diretor do Hospital do Câncer Mãe de Deus, aponta a pesquisa clínica como uma alternativa aos tratamentos oferecidos, ou não, pelo SUS, mas reconhece que há barreiras. “A pesquisa pode ser uma solução parcial ao processo das dificuldades de acesso a tratamentos mais avançados e difíceis de incorporar no sistema, mas o processo burocrático de regulação e aprovação ainda é algo que precisamos trabalhar”, afirma Barrios.


O TRATAMENTO PARA O CÂNCER E A SAÚDE PÚBLICA


Muitos brasileiros ainda padecem com falta de um diagnóstico precoce ou com a dificuldade de ter acesso a medicamentos e terapias de alto custo. “Se eu separar o sistema público do privado, temos países diferentes”, afirmou o oncologista Stephen durante o 3º Congresso Multidisciplinar em Oncologia do Hospital do Câncer Mãe de Deus. “E toda vez que eu tomo uma decisão em saúde, eu estou privilegiando alguém”, completa.

No Brasil, quem paga pela saúde ainda é o paciente: 47,5% da conta final da saúde é arcada pelo poder público, contra 52,5% para o cidadão ou empresas. Na média mundial, a proporção é oposta. Os dados são da OMS, de um levantamento publicado em 2015.

Ainda segundo a Organização, o governo brasileiro destinou em média a cada cidadão US$ 512 por ano em saúde, abaixo da média mundial. Nos Estados Unidos, esse valor chegou a US$ 4,1 mil do governo. Embora se trate da média anual de um país desenvolvido, o Brasil fica atrás mesmo de Portugal, onde os gastos públicos com saúde são mais de duas vezes superiores aos do Brasil.

Na avaliação do ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, esse cenário pode se agravar com a aprovação da PEC 55, com impactos sobre os investimentos na saúde pública. "Uma medida como essa, que vigorará por 20 anos, levará a um profundo desfinanciamento da saúde, que a partir do terceiro ou quarto ano terá uma perda real de recursos, enquanto a demanda só aumenta [...] E na verdade, não se trata de números. Estamos falando de mortes".

Sergio tem feito acompanhamentos a cada três meses para garantir que o câncer não voltou. Ele diz não se sentir mal em voltar à sala onde fez quimioterapia por quase um ano porque o resultado foi positivo. “Eu não tinha ideia de que a cura podia vir, e que eu vou poder voltar a jogar futebol”, comemora.

Novas políticas contra a Aids

01/12/2016 - Folha de S.Paulo


Integrante da equipe do professor Vicente Amato Neto, auxiliei no diagnóstico do primeiro caso de Aids contraído no Brasil, em 1982. Cuidei do paciente até a sua morte. Desde então, vi muita gente morrer de complicações causadas pelo HIV.

Na década de 1980, o óbito em curto espaço de tempo era o destino certo dos soropositivos. Não havia remédio, tampouco exame para detectar a infecção. Os pacientes sofriam demasiadamente. O desconhecimento acompanhado do preconceito.

À época, a exposição pela mídia do aumento do número de casos, em progressão geométrica, foi maciça, suscitando medo na população, que só começou a se prevenir com o passar dos anos.

Com o avanço das drogas desenvolvidas pela indústria e a política de distribuição universal de medicamentos, adotada no Brasil a partir da década de 1990, graças a uma lei do então senador José Sarney, sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, houve expressiva redução da morbidade e mortalidade por Aids.

Ainda há, entretanto, muitos óbitos de pessoas com Aids no mundo, inclusive no Brasil. Somente em São Paulo morrem em torno de 2,8 mil soropositivos todos os anos. Para efeito de comparação, embora qualquer morte deva ser lamentada, em 2015 houve 490 óbitos por dengue, no pior ano da história de transmissão da doença em nosso Estado.

Enquanto a dengue é uma enfermidade que geralmente agudiza e evolui rapidamente para a morte em suas formas mais graves, a Aids se tornou doença crônica, com tratamento disponível distribuído pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e os soropositivos passaram a levar uma vida mais longeva.

Mas não é normal e nem bom ter Aids, é óbvio. O atual silêncio sobre a doença, a postura de alguns setores e políticas retrógradas têm ajudado a disseminar a falsa impressão de que não há problemas em ser soropositivo. Isso contribui de forma decisiva para que a prevenção seja deixada de lado.

O tratamento contra a Aids por meio de antirretrovirais pode causar efeitos adversos importantes, como alterações metabólicas, doença arteriosclerótica, alterações corpóreas, renais, hepáticas e ósseas, entre outras. Definitivamente, é melhor não ter o vírus.

Não se pode fechar os olhos para a epidemia dentro da epidemia de Aids, que vem acometendo adolescentes e jovens, especialmente os homens que fazem sexo desprotegido com outros homens.

Convencer as pessoas a usarem camisinha passa nitidamente por mudar a forma de se comunicar com a sociedade. Uma das saídas talvez seja adotar tom similar ao empregado em relação aos males do cigarro, por meio de divulgação intensa nas novas mídias.

São louváveis as iniciativas adotadas nos últimos anos para incentivar o diagnóstico precoce do HIV por meio de testes rápidos oferecidos na rede pública e mutirões de testagem. Também é importante a política de prevenção pós-exposição (PEP) em centros de referência.

A questão da pílula pré-exposição ainda merece debate mais aprofundado, uma vez que envolve algumas indagações como o real potencial de adesão, além de não proteger contra outras doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada.

Nesta quinta (1º), Dia Mundial de Luta Contra a Aids, é importante reforçar o desafio de discutir novas políticas de prevenção e comunicação, sobretudo em relação aos grupos mais vulneráveis, que se contaminam todos os dias no país.

Poder público, mídia e sociedade precisam falar mais, muito mais, sobre Aids, já que a epidemia ainda não tem data para acabar.




País não reduz morte e infecção por aids.

01/12/2016 - O Estado de S.Paulo


O Brasil está perdendo a batalha contra dois dos principais indicadores de aids: o número de novos casos e as mortes pela doença. Dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde mostram que as taxas registradas no ano passado de infecções e de óbitos são praticamente as mesmas relatadas há dez anos. É como se todo o avanço científico nesse período não tivesse trazido benefícios ao País.

As taxas de mortalidade cresceram nas Regiões Norte e Nordeste e caíram no Sudeste, entre 2005 e 2015. Como consequência, a estatística nacional fica inalterada. São 5,6 óbitos a cada 100 mil habitantes. A diretora do departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken, atribuiu o problema sobretudo a falhas de atendimento em determinadas regiões e ao diagnóstico tardio.

Uma das estratégias do governo para reverter esse quadro é tentar antecipar o diagnóstico e o início do tratamento de pacientes. Atualmente, cerca de 112 mil pessoas no Brasil vivem com o HIV e desconhecem essa condição. Pelos cálculos do Ministério da Saúde, outras 260 mil sabem que têm o vírus, mas não querem iniciar o tratamento.

“Hoje não há mais dúvidas de que essa é a melhor estratégia.

Tratamento é o que temos de melhor para pessoas com o vírus”, disse Adele.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que pessoas que resistem ao tratamento “merecem apoio psicológico e espiritual”. Ele afirmou haver ainda preconceito em relação à doença. “Muitos jovens temem o bullying dos colegas.” Para o coordenador de projetos da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), Juan Raxach, o problema é fruto sobretudo das lacunas de informação relacionadas à aids.

“Um exemplo emblemático é o Rio Grande do Sul, que concentra dados epidemiológicos alarmantes.

No Estado mais afetado, praticamente não existem campanhas de conscientização, ações educativas, distribuição de preservativos, nada.” Homens com homens. Um dos pontos que mais provocam preocupação é o aumento de casos de aids entre a população jovem masculina. Na faixa de 20 a 24 anos, a taxa de detecção dobrou entre 2005 e 2015, passando de 16,2 casos por 100 mil habitantes para 33 casos por 100 mil. Entre homens, a redução de casos novos ocorreu apenas na faixa etária entre 35 e 49 anos. No grupo feminino, a tendência foi inversa, com redução do número de casos na faixa etária de 20 a 49 anos.

O maior avanço da doença ocorre entre homens que fazem sexo com homens. Esse é considerado como um dos grupos mais vulneráveis à infecção.

O problema não vem de hoje e há tempos vem sendo alvo de alertas por representantes de organizações não-governamentais e especialistas em HIV-Aids. Em 2015, a forma de contágio homossexual representava 22,6% dos casos novos da doença identificados entre a população masculina. Esse porcentual subiu de forma expressiva durante esse período. Ano passado, essa forma de contágio representava 36,5%.

Para tentar conter esse avanço, o Brasil vai implementar no primeiro semestre de 2017 o uso de antirretrovirais entre pessoas saudáveis, como forma de evitar a contaminação pelo HIV. Batizada de Terapia Pré-Exposição (PREP), a estratégia está prevista para ser implementada em todas as capitais e ficará restrita à parcela da população considerada mais vulnerável à contaminação: homens que fazem sexo com homens, travestis, profissionais do sexo e casais em que apenas um dos parceiros tem HIV.




Forças moralistas e gestores covardes interditaram ações

01/12/2016 - O Estado de S.Paulo


Mais uma vez, próximo ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Ministério da Saúde tortura dados para mostrar avanços no combate à epidemia. Os dados gerais “positivos” ocultam retrocessos: a aids ressurgiu no Brasil com força total nas novas gerações e existem milhares de infectados que não sabem que têm HIV.

A nossa resposta à aids não é igual em diferentes regiões (no Norte e Nordeste cresceu a taxa de detecção) nem entre as populações (os homossexuais jovens são hoje muito mais vulneráveis). Forças moralistas e gestores covardes interditaram ações dirigidas aos gays, varreram a sexualidade para debaixo do tapete e deixaram de incorporar na prevenção novos modos de vida. Do preservativo como recurso único passou-se à lógica de prevenção que combina o teste, o começo do tratamento logo após o resultado positivo, os antirretrovirais tomados antes ou depois de relações sexuais desprotegidas. Mas essas tecnologias ainda não estão facilmente disponíveis a todos que precisam.

O preconceito contra pessoas com HIV enfraquece a possibilidade de o indivíduo se proteger, buscar o serviço de saúde, iniciar o tratamento. São persistentes e múltiplas as formas de discriminação e violação de direitos relacionadas à orientação sexual e identidade de gênero. Tudo isso, junto ao desmonte do SUS, que virá com o congelamento dos recursos públicos, pode determinar a escalada da aids no Brasil.




Zika causa glaucoma em bebê

01/12/2016 - Correio Braziliense


A infecção que, há mais de um ano, traz novos cuidados à rotina dos brasileiros também não para de alterar práticas médicas e científicas. Complicações atreladas ao vírus zika são detectadas regularmente, desafiando e impressionando especialistas pelos estragos provocados em filhos de mulheres infectadas principalmente no início da gestação. A nova ameaça está relacionada à habilidade visual. Segundo um estudo publicado ontem na revista Ophthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia, o micro-organismo pode provocar o glaucoma congênito, doença responsável por, em média, 20% dos casos de cegueira infantil.

“Já se sabia dos impactos do vírus zika na retina, mas é a primeira vez que detectamos um problema na parte da frente dos olhos. Percebemos outras alterações que podem levar à cegueira e divulgaremos nos próximos meses, mas decidimos alertar sobre o glaucoma até pela urgência da intervenção”, diz Rubens Belfort Jr., professor do Departamento de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) e integrante do estudo. A pesquisa também contou com a participação de estudiosos do Hospital Roberto Santos (Bahia), da Universidade de Yale (Estados Unidos) e dos laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Evandro Chagas.

A equipe de pesquisadores estuda, desde dezembro, os efeitos da síndrome da zika congênita em crianças do Recife e da Bahia. O caso de glaucoma congênito foi detectado em um bebê de 3 meses nascido em Salvador, com sorologia positiva para o vírus zika e negativa para dengue. A criança tinha um aumento do globo ocular direito associado à fotofobia, uma forte sensibilidade à luz, um dos sintomas mais característicos do glaucoma. Também apresentava lacrimejamento persistente, outro sinal da doença.

Exames oftalmológicos cravaram o diagnóstico: havia um aumento do diâmetro da córnea do olho direito, que tinha uma pressão intraocular de 30 mmHg, mais que o dobro da aferida no olho esquerdo (14 mmHg), com características dentro dos padrões de normalidade. A córnea do olho com problema também tinha um aspecto azulado, complicação popularmente chamada de olhos de jabuticaba. Isso ocorre devido ao edema provocado pelo aumento da pressão intraocular, dando a impressão de que a córnea aumentou de tamanho, dificultando a observação da pupila e da íris.


NOVAS PRÁTICAS


O bebê foi submetido à cirurgia para tratar o glaucoma congênito no olho direito, a trabeculectomia, e teve a pressão normalizada, além de melhora na fotofobia e no lacrimejamento e redução do edema na córnea. “O estudo serve principalmente de alerta para as equipes médicas, que devem passar a considerar também o glaucoma congênito nos casos de grávidas infectadas pelo zika”, reforça Belfort Jr. “Por ser uma doença de alto potencial de perda visual irreversível, é de extrema importância que todos os profissionais estejam atentos, com diagnóstico rápido e cirurgia, muitas vezes, imediata.”

O pesquisador também reforça a importância de se considerar essa complicação mesmo em casos em que os efeitos mais evidentes do zika não são evidentes. “Observamos crianças que têm o vírus zika, não apresentam as consequências neurológicas, mas correm o risco de ter o glaucoma”, justifica. O bebê relatado no estudo também tinha complicações cerebrais: microcefalia (crânio com o tamanho menor do que o normal), desenvolvimento incompleto do corpo caloso (parte do cérebro que liga os hemisférios esquerdo e direito) e lisencefalia (falta de sulcos e reentrâncias no órgão).


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Quantidade de casos confirmados de gestantes infectadas pelo vírus zika no país, entre 3 de janeiro e 17 de setembro, segundo o Ministério da Saúde.


AJUDA NAS PESQUISAS


Um trabalho desenvolvido na Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, pode ajudar nas investigações científicas para o entendimento e o enfrentamento ao zika. A equipe comandada por Jianfu Che criou um modelo de rato que imita com muita similaridade as anormalidades cerebrais provocadas pelo vírus em seres humanos, facilitando, por exemplo, o entendimento de como as células nervosas são atacadas pelo micro-organismo e reagem a ele. Detalhes do trabalho foram divulgados na última edição da revista Development.

O modelo foi criado pela injeção do vírus zika, isolado no México de um mosquito infectado, no cérebro de embriões de ratos.

Assim, a equipe conseguiu observar os efeitos do patógeno tanto na gestação quanto depois do nascimento dos roedores. Uma das constatações é de que a infecção pelo zika leva à formação de vasos sanguíneos anormais no cérebro, deixando a barreira que o protege meio permeável.

É justamente essa membrana, chamada barreira hematoencefálica, que evita que órgão seja invadido por vírus e outras ameaças. “Além da ruptura de células progenitoras neurais, que é uma causa clássica da microcefalia humana, observamos a morte maciça de células neuronais em nosso modelo de camundongo”, disse, em comunicado, Chen. “Isso, combinado com a interrupção do sistema vascular e da barreira hematoencefálica, resulta em microcefalia e extensa lesão cerebral.”




Estudo defende medidas mais duras contra o cigarro

01/12/2016 - Correio Braziliense


Doha — Sobretaxar cigarros, endurecer a legislação sobre o fumo e criar campanhas de massa a respeito dos malefícios do tabagismo são medidas urgentes para que o mundo consiga reduzir a mortalidade por doenças cardiovasculares em 25% nos próximos 10 anos. O alerta é de um relatório apresentado ontem na Cúpula Mundial de Inovação para a Saúde (Wish, conforme sigla em inglês), encerrada ontem na capital do Catar. Todos os anos, 17,5 milhões de pessoas morrem em decorrência de infartos e derrames, e boa parte desses óbitos é prematura, diz o documento.

Nos últimos 25 anos, a mortalidade por doenças cardiovasculares aumentou 40% globalmente, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as Federações Mundiais do Coração a lançarem a ousada meta de reverter esse quadro, reduzindo os óbitos em um quarto até 2025, tendo 1990 como base. Mas o coautor do relatório, Srinath Reddy, presidente da Fundação de Saúde Pública da Índia, diz que, apesar de “progressos significativos” nesse sentido, incluindo iniciativas regionais, como a estratégia brasileira Saúde da Família, o objetivo dificilmente será alcançado, a não ser que se adotem medidas mais agressivas.

Entre elas, Reddy destaca as que visam combater o tabagismo, hábito que contribui para aproximadamente 10% de todas as mortes por doenças cardiovasculares. Globalmente, o cigarro mata pelo menos 6 milhões de pessoas por ano — especialmente por ataque cardíaco e derrames. “Além disso, embora o tabagismo esteja decrescendo pelo mundo, o número de fumantes continua crescendo, à medida que a população aumenta”, afirma.

Em 1980, havia 721 milhões de fumantes no planeta. Em 2012, eles eram 967 milhões. O Brasil está em décimo lugar no ranking dos países que registraram maior aumento de tabagistas em três décadas: 5,8 milhões — é a única nação fora da Ásia, além da Turquia, a aparecer na lista. A China aparece no topo. Entre 1980 e 2012, o país ganhou mais 99,6 milhões de fumantes.


EXEMPLO URUGUAIO


Os números alarmantes poderiam ser reduzidos, de acordo com Reddy, caso medidas mais duras contra o cigarro fossem adotadas. Embora 80% do globo tenha ratificado a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, organizada pela OMS, o autor do relatório ressalta que nem todos os países colocaram em prática ações avançadas de controle do tabagismo. Alguns, porém, são citados como exemplo. Caso do Uruguai, primeira nação da América Latina a banir o fumo de locais fechados, em 2006.

O cardiologista uruguaio Eduardo Bianco, presidente do Centro de Pesquisas Epidemiológicas sobre Tabaco, disse ontem que as medidas agressivas surtiram efeitos significativos. “Nós levamos essa batalha muito a sério no Uruguai e fico muito contente em dizer que, como resultado direto, reduzimos o consumo entre jovens de 22,8% para 8,2% em menos de uma década”, afirmou, durante um painel sobre doenças cardiovasculares.

Na população adulta, o número de fumantes caiu 23%, o que levou a redução de 22% das hospitalizações associadas a infarto agudo do miocárdio. Além de proibir o fumo em locais fechados, o Uruguai aumentou os impostos, promoveu campanhas e, entre outras medidas, exigiu que 80% das embalagens (frente e verso) de cigarro exibissem mensagens sobre os malefícios do produto.

“Acho absolutamente importante prevenir mortes e doenças eminentemente evitáveis”, destacou Srinath Reddy. “Sabemos o que causa essas doenças e sabemos o quão efetivas podem ser as intervenções se aplicadas apropriadamente. Precisamos garantir que esse conhecimento seja traduzido em ações, que as ações resultem em impactos e que esses impactos reflitam a equidade na saúde.”




Você tem diabetes? Então faça um exame de olhos — e rápido

30/11/2016 - Veja Online


Novembro é o Mês Mundial do Diabetes, estabelecido pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês) para alertar e conscientizar as populações a respeito do risco de desenvolver diabetes e suas complicações.

Vivemos uma epidemia silenciosa de diabetes que hoje atinge mais de 400 milhões de pessoas no mundo e quase 14 milhões no Brasil. Atualmente ocorrem mais mortes por diabetes do que por câncer e aids somados. Apesar disso, parece faltar aos nossos governantes qualquer senso de urgência para tratar do assunto.

O tema da campanha deste ano é a retinopatia diabética, uma das complicações mais prevalentes. Cerca de 60% dos pacientes com diabetes do tipo 2 e praticamente todos os portadores de diabetes do tipo 1 têm algum grau de retinopatia após vinte anos de doença.

A retinopatia diabética consiste em uma alteração da estrutura dos pequenos vasos da retina, resultado do efeito prolongado dos níveis elevados de açúcar no sangue. Essa alteração não traz sintomas como dor ou distúrbios visuais, até o momento em que esses vasos fragilizados se rompem. É a hemorragia intraocular, que leva à cegueira. Assim, a retinopatia diabética é uma condição que pode levar um indivíduo, que não suspeita de sofrer dessa complicação por ter a visão perfeita, à cegueira em pouco tempo.

Aproximadamente metade dos portadores de diabetes existentes no nosso país desconhece ter a doença e cerca de 30% desses pacientes já apresentam algum grau de retinopatia, o que nos dá uma visão clara da magnitude do problema.

A recomendação internacional para enfrentar o problema é que, assim que diagnosticados com diabetes, os pacientes façam um exame de fundo de olho. Esse procedimento nada mais é que a visualização dos vasos da retina com o auxílio de um oftalmoscópio. Demora menos de um minuto, é indolor e relativamente barato ( 27 reais pela tabela do SUS e 20 dólares nos EUA). Os pacientes que já têm o diagnóstico devem fazê-lo anualmente.

O exame permite verificar se algum vaso da retina corre o risco de se romper, caso em que se recomenda a cauterização preventiva com o uso de um feixe de laser ou, alternativamente, o uso de medicações específicas por injeção intraocular. Ao evitar[[-se]] a ruptura do vaso evita-se o risco de sangramento e da cegueira.

Apesar da simplicidade do procedimento e da evidente necessidade de seguir tais recomendações, a grande maioria dos portadores de diabetes do nosso país não recebe esses cuidados.

Um estudo realizado em Sorocaba, cidade da região metropolitana de São Paulo, pelo endocrinologista Mauricio Aguiar, verificou que 78% dos pacientes diagnosticados com diabetes jamais realizou um único exame de fundo de olho.

Poucos gastos são tão claramente custo-efetivos quanto esse exame, que deveria estar facilmente disponível. Em apenas uma década, a cidade de Estocolmo conseguiu reduzir em 66% os casos de cegueira, com um custo mínimo, simplesmente disseminando a possibilidade de realização do exame em qualquer posto de saúde.

É certo que no Brasil há uma carência atroz de oftalmologistas. Com isso, as autoridades responsáveis pela saúde não equipam os postos com o oftalmoscópio, alegando a inexistência de pessoal para fazer o exame. No Rio de Janeiro, chocada pelo fato de jovens portadores de diabetes tipo 1 estarem perdendo a visão desnecessariamente, a endocrinologista Solange Travassos mobilizou os oftalmologistas da cidade a se comprometerem a atender gratuitamente dois pacientes ao mês.

O Brasil não é o único país onde faltam endocrinologistas. Em muitos lugares técnicos como oftalmometristas estão sendo treinados para fotografar digitalmente a retina e enviar as fotos via internet para centros oftalmológicos de referência, onde o diagnóstico é feito e os pacientes de risco são convocados. Mais recentemente, foram desenvolvidos aplicativos e acessórios que transformam o celular em oftalmoscópio e programas de computador que analisam as fotos e fazem o diagnóstico.

Portanto, há diversos caminhos possíveis a seguir se nos dispusermos a enfrentar o problema e disseminar o conhecimento. Para isso serve o Mês Mundial do Diabetes.




Teu passado te condena (à obesidade)

30/11/2016 - Revista Superinteressante


Como surgiu a ideia de que uma infecção intestinal já tratada poderia causar doenças muito diferentes anos depois? Crianças pobres na África ficam expostas a muitas infecções. E, mesmo quando são levadas para lugares mais desenvolvidos, elas levam anos para se recuperar de problemas metabólicos - não adianta simplesmente melhorar a nutrição. Foi isso que sugeriu a existência de uma cicatriz imunológica agindo ali, com a infecção funcionando como um gatilho.

O que seria essa "cicatriz"? Na tentativa de controlar uma infecção, o sistema imunológico se remodela - e os vasos linfáticos (por onde se movimentam as células de defesa) podem sofrer vários danos. Essa é a cicatriz. A metáfora da cicatriz funciona porque é irreversível e, até agora, não conseguimos resolver o problema. Podemos pensar também em um vazamento de cano, porque a permeabilidade desses vasos aumenta de forma descoordenada.

Como o processo leva à obesidade? Os lipídios da dieta escapam pela cicatriz e vão para o lugar errado. A associação perigosa entre gordura e inflamação é o que causa a obesidade. Estamos estudando agora se esses lipídios também podem causar doenças cardiovasculares, como colesterol alto e infarto.

Que outras consequências essa cicatriz traz? O sistema imunológico pode começar a enxergar alimentos como antígenos estranhos - e aí surgem alergias alimentares para a vida toda. Ele também pode começar a reagir contra a microbiota, as bactérias boas que vivem no intestino. As vacinas orais, como a da pólio, também falham porque deixam de ser absorvidas pelo corpo.

Como evitar essas sequelas? Essa cicatriz não acontece com todo tipo de infecção. O primeiro passo, então, é identificar os patógenos. Aí seria possível controlar a inflamação. Imagina que ótimo seria se a gente conseguisse prevenir uma doença cardiovascular tratando uma infecção?




Caxumba e meningite têm aumento no número de casos; sintomas são parecidos

01/12/2016 - Bem Estar


A meningite bacteriana é uma doença grave que pode matar em poucos dias. Em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, já são quase 80 casos este ano. Dezoito foram registrados só nos últimos 10 dias.

No Bem Estar desta quinta-feira (01), a Doutora Ana Escobar explica qual vacina diminui a circulação da doença. E é preciso ficar atento aos sinais da meningite, como dor de cabeça, febre e mal estar. Sintomas parecidos com os da caxumba. Em Campinas, no interior paulista, o número de surtos aumentou 10 vezes em relação ao ano passado. A infectologista Rosana Richtmann conta porque os adolescentes e adultos têm mais risco de pegar a doença.


MENINGITE


Meningite é a inflamação da meninge, membrana que recobre o sistema nervoso central. A meningite é uma doença grave, potencialmente fatal, causada por bactérias, vírus e fungos. A meningite bacteriana é mais grave que a meningite viral e dependendo da bactéria, a chance de morte chega a 25%. A doença pode ainda deixar sequelas, como alteração na visão, comprometimento neurológico e surdez. A meningite viral pode ser causada por vários vírus. Dra. Ana Escobar explica que muitas vezes nem se sabe o vírus que causou a doença e ela é mais leve que a bacteriana e não deixa sequelas.


CAXUMBA


É uma doença viral aguda, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares.

O Brasil vive um surto de caxumba, principalmente em adolescentes e adultos jovens, até 30 anos, porque são gerações que não receberam as duas doses da vacina.


FORMAS DE TRANSMISSÃO


A caxumba e as meningites viral e bacteriana são transmitidas pelas gotículas de saliva, por isso quando há um doente entre a família, objetos como garfo, prato, copo e canudo não devem ser compartilhados. Dra. Rosana explica que os vírus da meningite e da caxumba não ficam suspensos, essas doenças podem ser transmitidas quando há uma proximidade de um metro entre duas pessoas, desde que a gotícula infectada seja inalada ou entre pela boca.

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