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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 30/11/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Galeão ganha destaque na logística de fármacos

30/11/2016 - Valor Econômico


O Aeroporto Internacional Galeão Tom Jobim é uma das principais portas de entrada de turistas no país. Em 2015, foram 16,9 milhões de passageiros. Operado desde agosto de 2014 pelo consórcio RIOgaleão, formado pela Odebrecht TransPort, pela Changi Airports International, de Cingapura; e pela Infraero, o aeroporto já recebeu R$ 2 bilhões em investimento em novas estruturas, modernização e serviços. Até o fim da concessão, em 2039, o investimento total projetado é de R$ 5,2 bilhões.

O antigo Terminal 1, em funcionamento desde 1977, foi desativado na semana passada, e agora todos os voos se concentram no Terminal 2, que foi modernizado. Por outro lado, o Galeão ganhou uma nova construção, o Pier Sul, uma nova área com mais de 100 mil m2 e 26 pontes de embarque, três delas com capacidade para acomodar jatos A380 e B-747-800, as maiores aeronaves em operação no mundo. Além de um novo centro de operações, equipado com tecnologia de ponta para dar mais eficiência e agilidade no movimento de aeronaves.

Com isso, foi possível atrair quatro novas companhias aéreas para o aeroporto, que hoje tem capacidade para receber 36 milhões de passageiros. As mudanças são visíveis. Apesar de certa preocupação dos usuários com o fechamento definitivo do Terminal 1, o Galeão vem melhorando seu desempenho sob a nova administração. Nas Olimpíadas Rio 2016, o índice de pontualidade dos voos chegou a 95%, apesar da alta demanda. Durante as competições, o aeroporto bateu seu recorde de embarques diários, movimentando 85 mil passageiros em 24 horas.

Segundo uma pesquisa feita pela Secretaria da Aviação Civil no terceiro trimestre deste ano, o aeroporto internacional do Rio de Janeiro teve média 4,16 numa escala de 1 a 5, uma alta de mais de 6% em relação ao trimestre anterior e de mais de 5% em relação ao mesmo período de 2015. A melhoria, no entanto, ainda não foi suficiente para colocar o aeroporto entre os primeiros do país na percepção dos usuários. O Galeão ficou em 12º lugar entre 15 aeroportos, à frente apenas de Congonhas (SP), Salvador e Cuiabá.

Mas se a percepção dos passageiros ainda precisa melhorar, o mesmo não se pode dizer do segmento de carga, que recebeu R$ 30 milhões em investimentos do concessionário e é uma das grandes apostas do RIOgaleão. O ganho de eficiência permitiu reduzir em 20% o tempo de liberação das cargas. "Nossa expectativa é melhorar ainda mais a produtividade, com investimentos em infraestrutura e por meio de parcerias com as autoridades aeroportuárias", informa o consórcio, por e-mail.

O grande destaque no Terminal de Cargas do Galeão é a logística de produtos farmacêuticos. Esse segmento já representa 22% da receita total do terminal, e transformou o aeroporto carioca na principal porta de entrada das importações dessa indústria. Para atender essa demanda, uma nova área refrigerada, a TECA Farma 2 foi inaugurada, com docas climatizadas, transelevadores e dois ambientes com temperaturas diferentes. Esses esforços renderam ao Galeão a certificação CEIV Pharma, principal certificado de qualidade de logística na indústria farmacêutica, emitido pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). O aeroporto internacional do Rio foi o primeiro das Américas a ganhar esse selo.

Apesar de todas as melhorias, o Galeão também enfrenta os efeitos da crise econômica. Por causa disso, a concessionária negocia com o governo federal a reprogramação dos pagamentos anuais de outorgas. O RIOgaleão argumenta que a queda expressiva no PIB por dois anos seguidos foi inesperada e coincidiu com os anos de maior necessidade de caixa para investimento. Ao mesmo tempo, o governo não liberou o empréstimo de longo prazo previsto no Edital de Licitação, que segundo o concessionário, era "condição para sua viabilidade".

Segundo o RIOgaleão, a proposta de reprogramação dos pagamentos ofertados inicialmente, sem causar perda para o governo. "Estamos confiantes de que será possível chegar a um entendimento entre as partes", informa a concessionária do aeroporto.

A concessionária ressalta ainda que todos os investimentos previstos no contrato foram realizados dentro do prazo e com o custo previsto, com recursos dos próprios acionistas (R$ 1,8 bilhão); financiamento de curto prazo do BNDES (R$ 1 bilhão) e receita gerada pela operação do aeroporto. A empresa considera o cenário econômico desafiador em todo o país.

Os novos passos da eSaúde no Brasil

29/11/2016 - Revista Hospitais Brasil


A eSaúde – aplicação das Tecnologias de Informação e Comunicação no setor – vem mudando a maneira de se organizar e ofertar serviços de saúde em todo o mundo, e o Brasil não é exceção. Em agosto, o governo deu um importante passo para a informatização do SUS, pois o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou, durante a reunião da CIT – Comissão Intergestores Triparti te, duas resoluções que vão aprimorar o registro de dados de serviços, reduzindo custos e tempo de alimentação por parte dos gestores. Uma delas constitui o Conjunto Mínimo de dados (CMd), ferramenta que unificará os sistemas existentes; a outro instituto Comitê gestor da Estratégia eSaúde.

O aperfeiçoamento dos sistemas de informação do SUS é uma das prioridades anunciadas pelo ministro. O objetivo é integrar o controle das ações, permitindo a correta aplicação dos recursos públicos e o fornecimento de dados adequados para o planejamento e a execução das prioridades do setor.

“Essa estratégia vai facilitar o registro de informações, em um layout único, evitando o abastecimento da mesma informação em sistemas diferentes e possibilitando, ainda, economia financeira com a manutenção de cada sistema, tanto no nível local quanto nacional”, disse Barros.

A implantação do CMd será gradual e unificará nove sistemas adotados no SUS: Boletim de Produção ambulatorial (BPa), autorização de Procedimento ambulatorial (aPaC), Registro das ações ambulatoriais de Saúde (RaaS), autorização de Internação Hospitalar (SISaIH01), Coleta da Comunicação de Informação Hospitalar e ambulatorial (CIHa01), Sistema de Informação ambulatorial (SIa), Sistema de Informação Hospitalar (SIH), Processamento da Comunicação de Informação Hospitalar e ambulatorial (CIHa02) e Sistema de Regulação, Controle e avaliação (SISRCa).

O registro das informações será realizado por todos os estabelecimentos públicos e privados nacionais, e poderá ser feito através dos sistemas já existentes que serão integrados no Barramento da Saúde, ou por meio de solução gratuita disponibilizada pelo ministério.

A previsão é que o funcionamento ocorra em três etapas.

Na primeira, o sistema começará a receber dados da atenção Básica, por meio do eSUS atenção Básica, e da Saúde Suplementar, através das guias da Troca de informações da Saúde Suplementar (TISS). Já a segunda etapa prevê o recebimento no CMd de dados hospitalares e ambulatoriais, tanto dos procedimentos realizados no SUS quanto nas redes privada e suplementar, com o desfecho dos demais sistemas em meados de 2017. Na última etapa, já será possível realizar todo o faturamento ambulatorial e hospitalar do SUS por meio do CMd.

Já o Comitê gestor da Estratégia eSaúde vai definir a política e as estratégias para o aprimoramento e a expansão do SUS no campo virtual. O grupo será composto por representantes de todas as secretarias do Ministério da Saúde, da ANS, Anvisa, do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Os membros vão coordenar o desenvolvimento de aplicações informatizadas no âmbito do Ministério da Saúde, além de apoiar atividades administrativas, garantindo maior resolutividade em um menor número de sistemas.

Também foi apresentada a plataforma Mapa da Saúde, que permite a descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada. a ferramenta passa por ajustes e deverá ser utilizada na identificação das necessidades da população de cada município, região ou estado, orientando o planejamento e contribuindo para o estabelecimento de metas.

Segundo Lincoln Moura, gerente sênior da prática de saúde da accenture, as iniciativas do governo são um passo extremamente bem-vindo e fundamental para organizar as ações de longo prazo que podem orientar os trabalhadores a como se alinhar com as tendências propostas pelo SUS e para o Brasil. “gestores, desenvolvedores de software, fornecedores de sistemas para as áreas pública e privada devem se manter informados sobre a estratégia, pois, sem dúvida, o que acontece no setor público tende a se propagar para a saúde suplementar”, conta.

Para o profissional, o maior benefício da estratégia de eSaúde é permiti r que os esforços de desenvolvimento de software, construção de infraestrutura, capacitação de núcleos, empresas e setores públicos sejam otimizados, já que todos passam a ter uma clara visão das tendências majoritárias e podem se preparar para elas. “a portaria 2073, de agosto de 2011, já traçava tendências de uso de padrões para a informação de saúde. A resolução atual reforça estes conceitos e prepara o caminho para a sua adoção efetiva.” apesar de haver dificuldades relativas aos recursos físicos, como financiamento e infraestrutura, por exemplo, Moura não acredita que estes fatores impeçam o pleno desenvolvimento da eSaúde no Brasil, afinal, um país que tem o nosso sistema de votação eletrônica é capaz de superar essas questões. “Creio que o mais relevante sejam os recursos organizacionais, que envolvem alinhamento das capacidades, governança e liderança para enfrentar de forma organizada nacionalmente um tema tão complexo quanto este. No meu entender, a criação do comitê gestor é exatamente uma resposta a esta necessidade de alinhamento e entendimento, e deve ser apoiada por todos”, expõe.

O gerente da accenture acrescenta que o preparo dos recursos humanos é essencial para o avanço da eSaúde, tanto do ponto de vista dos gestores, quanto dos profissionais, ambos importantes beneficiários do uso adequado da tecnologia e que, portanto, devem ser capacitados a fazer o melhor uso dela. O ponto mais importante, entretanto, em sua opinião, é o de manter um nível adequado de comunicação com o paciente ou usuário final, para que ele seja participante da manutenção da sua saúde e, ao mesmo tempo, saiba utilizar os recursos da melhor forma possível. “a revolução trazida pelos dispositivos móveis e, em especial, os smartphones, representa amplas possibilidades de inclusão e empoderamento do paciente, tanto na área suplementar quanto na pública. Por isso, temos de olhar para a oferta de serviços focando no engajamento do indivíduo saudável, do paciente, do gestor e do profissional”, salienta.

Moura destaca que o CFM tem sido um grande influenciador da Telessaúde e da Telemedicina. “O avanço do uso das tecnologias digitais impõe que o órgão reveja as suas orientações e posicionamentos anteriores. Felizmente, a entidade vem reagindo de forma muito positiva e proativa e também com a cautela que se faz necessária em decisões como estas.” Vale lembrar que o CFM condena a prática da consulta à distância, se o médico assistente não ti ver uma relação pré via com seu paciente. Segundo o conselheiro aldemir Humberto Soares, responsável pelas áreas de Telemedicina e Informática em Saúde na entidade, o CFM não vê problemas na utilização da tecnologia, mas considera necessária a preservação da boa relação médico paciente, fundamental para aderência ao tratamento proposto. “Esta relação não pode ser comprometi da na sua essência pela frieza dos monitores, o uso em ambientes inadequados ou a utilização apenas de sons, sem que o médio enxergue seu paciente.” Para o conselheiro, a regulamentação do setor será feita mediante análise e avaliação de todas as tecnologias e mídias disponíveis e as oportunidades de utilização delas na medicina. “O CFM, certamente, buscará garantias de segurança no uso e confidencialidade, tanto para médicos como para pacientes, e a manutenção do sigilo nas comunicações”, defende.

Em julho último, a entidade realizou o I Fórum de Telemedicina, que procurou levar conhecimento e debater o assunto. O evento também apresentou o trabalho desenvolvido e as experiências das universidades com a telemedicina e os aspectos éticos e legais do seu emprego.

Sobre os próximos passos, Soares diz que o CFM, por meio de sua Câmara Técnica de Informática em Saúde, fará um aprofundamento nas apresentações feitas pelos especialistas na busca de uma atualização da Resolução 1.643/2002, principal diretriz ética que rege o uso das metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde. Para isso poderá, ainda, ouvir outros especialistas, no sentido de estabelecer parâmetros que tragam benefícios à sociedade, que respeitem a dignidade do paciente e, ao mesmo tempo, permitam aos médicos exercer sua profissão com qualidade, ética e segurança.

Estratégia eSaúde Elaborado em 2014, o documento Estratégia eSaúde para o Brasil é uma iniciativa da Secretaria de gestão Estratégica e Participativa do MS, conduzida pelo datasus, que propõe uma visão de eSaúde a té 2020.

“Até lá, a eSaúde estará incorporada ao SUS como uma dimensão fundamental, sendo reconhecida como estratégia de melhoria consistente dos serviços por meio da disponibilização e uso de informação abrangente, precisa e segura que agilize e melhore a qualidade da atenção e dos processos nas três esferas de governo e no setor privado, beneficiando pacientes, cidadãos, profissionais, gestores e organizações de saúde”.

A eSaúde tem como objetivo aumentar a qualidade e ampliar o acesso à atenção à saúde, de forma a qualificar as equipes, agilizar o atendimento e melhorar o fluxo de informações para apoio à decisão, incluindo tanto a decisão clínica, de vigilância, de regulação e promoção da saúde quanto a decisão de gestão. a eSaúde deve contribuir para que se atinjam os objetivos de saúde definido pelo SUS, para que se demonstrem os resultados obtidos e, ainda, que se estimem os custos a eles associados.

Os benefícios apontados no documento são:

• O paciente terá acesso à in formação sobre a sua saúde e aos dados agre gados relativos à comunidade em que vive, bem como sobre as doenças que os afetam;

• Ele terá acesso imediato e simples à medicação prescrita para ele em qualquer farmácia ou ponto de dispensação do país;

• Ele marcará consultas de especialidades e agendará a realização de exames por telefone ou internet, com hora e locais marcados antecipadamente;

• Ele terá acesso a serviços de Telessaúde para segunda opinião à distância, com acesso a médicos especialistas em centros de excelência, melhorando a qualidade do diagnóstico e reduzindo barreiras geográficas e tempos de espera;

• Onde e quando adequado, o paciente do campo e da floresta terá acesso à atenção domiciliar, facilitada e ampliada pela utilização de dispositivos móveis e acesso remoto;

• durante o atendimento, o profissional de saúde terá acesso ao sumário clínico, com informação relevante e de qualidade sobre todos os atendimentos anteriores.

Ele contará ainda com informação personalizada e contextualizada – como alertas, alergias, protocolos e evidências – para apoio a este encontro específico;

• Profissionais terão suporte à sua prática diária, seja para planejamento do cuidado ao paciente, diagnóstico, tratamento ou prognóstico, a partir da incorporação do Registro Eletrônico de Saúde aos serviços de saúde do SUS, tais como a teleconsultoria, a segunda opinião, a teleconsulta, o telediagnóstico e a telemonitorização, com a redução de barreiras geográficas e temporais;

• O cidadão terá acesso às informações de gastos e resultados de saúde, como instrumento de controle social;

• O gestor de saúde terá acesso online às informações necessárias para a gestão clínica, financeira e administrativa, de forma clara, flexível e compatível com a sua função;

• A monitoração e a avaliação, e mesmo a análise de tendências dos processos e resultados de saúde, serão facilitadas pela disponibilidade de in formação recente, atualizada, de qualidade, adequadamente agregada e consistida;

• A detecção oportuna de eventos de saúde pública por meio de sistemas de informação que registram e permitem a análise sistemática de dados clínicos, epidemiológicos e de fluxo de pacientes, entre outros.


NA PRÁTICA


Entre os bons exemplos de uso da tecnologia na área médica está o Projeto Telemedicina para o acidente Vascular Cerebral, realizado pelo Hospital alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, SP, em parceria com o Ministério da Saúde, através do Programa de apoio ao desenvolvimento Institucional do SUS – ProadiSUS.

De 2012 a 2015, o Ha OC ofereceu suporte a alguns hospitais públicos para o atendimento de pacientes com aVC agudo (72h), através da capacitação e teleconsultorias especializadas via telemedicina, 24 horas por dia, sete dias por semana. Vale lembrar que esta é uma das principais causas de morte no mundo e no Brasil.

Caso um paciente com sintomas de derrame cerebral chegasse à emergência de um dos hospitais que fazem parte do projeto e não houvesse um neurologista de plantão, um especialista era acessado de forma virtual, auxiliando na indicação do tratamento correto dentro das quatro horas críticas, para evitar sequelas permanentes.

Dr. Jefferson Fernandes, superintendente de Educação e Ciências do Oswaldo Cruz, conta que foram utilizados robôs de telepresença audiovisuais para que os médicos do setor de emergência pudessem acessar remotamente um especialista, geralmente neurocirurgião, que através de um tablet ou celular, fazia a conexão. Esse médico assistente poderia conversar com o paciente e visualizar o sistema de monitoramento, auxiliando o profissional local.

Importante lembrar que o suporte foi feito com base em protocolos clínicos e assistenciais padronizados, elaborados a partir das evidências científicas atuais e diretrizes internacionais para atendimento aos pacientes com AVC agudo. Foi criado também um registro dos casos.

“O projeto reduziu a mortalidade e o tempo de internação, mostrando que o neurocirurgião virtual é tão seguro quanto o presencial em casos de aVC agudo”, conta. a ideia, segundo Fernandes, é retomálo em 2018.

Os hospitais públicos atendidos no período citado foram: da Restauração, em Recife (PE), de Urgências de Goiânia (gO), Regional de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano (Ba), e quatro hospitais municipais de São Paulo: do Campo Limpo, do Jabaquara, do Tatuapé e de Ermelino Matarazzo.

O HaOC também conta com o Programa TeleIntensivismo, com robôs de telepresença para auxílio nas UTIs, no caso de especialistas que não podem estar no mesmo local que os pacientes. O hospital está estudando a expansão do serviço também para outras equipes. No primeiro semestre de 2017, médicos da nova unidade do hospital, localizada no bairro da Liberdade, em São Paulo, também poderão utilizar a tecnologia.

Aborto até o terceiro mês não é crime, decidem ministros do STF

30/11/2016 - Folha de S.Paulo


A maioria da primeira turma do STF (Supremo Tribunal Federal) firmou o entendimento, nesta terça-feira (29), de que praticar aborto nos três primeiros meses de gestação não é crime. Votaram dessa forma os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin. A decisão é sobre um caso específico, em um habeas corpus que revogou a prisão preventiva de cinco pessoas que trabalhavam numa clínica clandestina de aborto em Duque de Caxias (RJ). O mérito desse caso continuará a ser julgado na Justiça do Rio de Janeiro. A decisão desta terça-feira não precisa ser seguida por outros magistrados em casos semelhantes. No entanto, poderá ser utilizada como argumento por juízes que concordarem com o entendimento dos ministros da primeira turma do Supremo.


RESISTÊNCIA


A decisão enfrentará a resistência da Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atendendo a apelos vindos principalmente da bancada evangélica, afirmou em plenário na madrugada desta quarta (30) que vai instalar comissão especial para rever o parecer do STF. Maia afirmou que pretende adotar essa posição toda vez que o STF resolver legislar no lugar do Congresso, “ratificando ou retificando a decisão do tribunal.” Candidato à reeleição em fevereiro, o deputado cedeu à pressão da maioria da Casa, que é claramente de caráter conservador. No próximo dia 7 está previsto o julgamento, no plenário do Supremo, composto por 11 ministros, de ação da Associação Nacional de Defensores Públicos sobre a possibilidade de aborto em casos em que mulher for infectada pelo vírus da zika.


DECISÃO


Relator do caso analisado nesta terça, o ministro Marco Aurélio já havia concedido liminar em 2014 para soltar os cinco médicos e funcionários da clínica fluminense. Seu fundamento er adeque não existiam os requisitos legais para a prisão preventiva (como ameaça à ordem pública e risco à investigação e à aplicação da lei). Nesse processo, nenhuma mulher que praticou aborto na clínica foi denunciada. Em agosto deste ano, quando foi a julgamento o mérito do habeas corpus, Barroso pediu vista. Em seu voto, nesta terça, ele concordou com a revogação das prisões pelos motivos apontados por Marco Aurélio, mas trouxe um segundo fundamento. Para ele, os artigos do Código Penal que criminalizam o aborto no primeiro trimestre de gestação violam direitos fundamentais da mulher. As violações são, segundo o voto de Barroso, à autonomia da mulher, à sua integridade física e psíquica, a seus direitos sexuais e reprodutivos e à igualdade de gênero. “Na medida em que é a mulher que suporta o ônus integral da gravidez, e que o homem não engravida, somente haverá igualdade plena se a ela for reconhecido o direito de decidir acerca da sua manutenção ou não”, escreveu o ministro sobre o direito à igualdade de gênero. Além disso, segundo Barroso, a criminalização do aborto causa uma discriminação contra as mulheres po bres, que não podem recorrer a um procedimento médico público e seguro, enquanto as que têm condições pagam clínicas particulares. Ainda de acordo com o voto de Barroso, que foi acompanhado por Weber e Fachin, países democráticos e desenvolvidos como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Espanha, Portugal e Holanda não criminalizam o aborto na fase inicial da gestação. O prazo de três meses foi tirado da comparação com esses países. Os dois outros ministros da primeira turma, Marco Aurélio e Luiz Fux, não se manifestaram sobre a descriminalização do aborto no início da gravidez. No caso específico, eles também votaram pela revogação das prisões preventivas, mas com base apenas na ausência dos requisitos legais para mantê-las. Barroso declara, em sua decisão, que o aborto não é algo positivo, e que o papel do Estado deve ser evitá-lo, mas com educação sexual, distribuição de contraceptivos e apoio às mulheres que desejarem manter a gravidez, mas que não tenham condições.


HISTÓRICO


Em 2012, o STF decidiu, por 8 votos a 2, que a interrupção de gravidez no caso de fetos com anencefalia comprovada não é crime. Na ocasião, Barroso, que ainda não era ministro, advogou a favor da descriminalização. Ele afirmou não se tratar de aborto. Atualmente, o Código Penal prevê expressamente a possibilidade de aborto em casos de estupro e de risco de vida para a mãe.




Luta contra a Aids

30/11/2016 - O Globo


O Ministério da Saúde estima que 827 mil pessoas vivam com HIV/Aids no Brasil. Destas, cerca de 112 mil não sabem.

Do total estimado, 372 mil ainda não estão em tratamento e 260 mil já sabem que estão infectadas.

Os dados inéditos serão divulgados hoje, pelo ministro Ricardo Barros, em homenagem ao Dia Mundial de Combate à Aids.




Vacina decisiva contra o HIV

30/11/2016 - Correio Braziliense


O golpe de misericórdia no HIV. Eis a aposta de médicos e pesquisadores para um projeto de vacinação experimental que será iniciado hoje, na África do Sul. O país que contabiliza mil novos casos diários de contaminação começa um ensaio clínico inédito com 5.400 voluntários e duração estimada de quatro anos. O trabalho é apontado na comunidade científica como o mais promissor desde a identificação do vírus causador da Aids, em 1983. “Se for utilizada ao mesmo tempo que os métodos de prevenção com eficácia comprovada que já adotamos, uma vacina segura e eficaz seria o último pregão no caixão para o HIV”, acredita Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) dos Estados Unidos, um dos financiadores do projeto.

Batizado HVTN 702, o estudo contará com a participação de homens e mulheres sexualmente ativos, com idade entre 18 e 35 anos e moradores de 15 localidades sul-africanas. Uma parte do grupo tomará a substância imunizadora, e outra, um placebo, sendo que a divisão entre os voluntários será aleatória. Todos os participantes receberão um total de cinco injeções ao longo de um ano. A segurança deles será cuidadosamente monitorizada, com a oferta, inclusive, do padrão de cuidados para a prevenção da infecção pelo HIV. Os resultados finais são esperados para o fim de 2020.

Os sul-africanos receberão uma versão “reforçada” de uma vacina testada em 2009 na Tailândia em mais de 16 mil voluntários. À época, a intervenção, chamada RV144, reduziu em 31,2% o risco de contágio nos participantes três anos e meio depois que eles foram imunizados. Foi desenvolvida, então, uma adaptação ao subtipo do HIV que predomina na África Austral. A primeira fase, menor e tendo como foco a segurança da substância, teve os resultados anunciados em julho deste ano, na 21ª conferência internacional sobre a Aids, em Durban na África do Sul. Com duração de 18 meses, a etapa intitulada HVTN100 teve 252 voluntários, que tinham risco muito baixo de contrair o HIV. O sistema imunológico deles reagiu bem à vacina, disse, à época, Kathy Mngadi, uma das pesquisadoras participantes do projeto.

A etapa que será iniciada hoje tem o intuito de avaliar a eficácia da vacina. Segundo Lynn Morris, médico do Instituto Nacional de Doenças Contagiosas (NICD) da África do Sul, os resultados obtidos na Tailândia não são suficientes para que a vacina saia do campo experimental e comece a ser prescrita pelo mundo. “Estabelecemos um limite mínimo de eficácia em 50%”, explica. Anthony Fauci, diretor do NIAID, avalia que desempenhos nesse nível já são suficientes para causar um impacto positivo. “Até mesmo uma vacina moderadamente eficaz reduziria de forma significativa o peso da doença em países e populações muito infectadas.”


CUIDADOS SEGUEM


Com 7 milhões de soropositivos, a África do Sul tem um dos índices de prevalência de HIV mais altos do mundo: 19,2%, segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Anualmente, 2 milhões e meio de pessoas no mundo são infectadas pelo vírus, que, desde os anos de 1980, causou 30 milhões de mortes. Por isso, mesmo com o otimismo em torno da vacina que será testada, especialistas insistem na importância de não baixar a guarda frente à doença. “Uma vacina eficaz seria um ponto de inflexão, mas esses ensaios durarão anos. Temos que continuar utilizando os outros métodos de prevenção para reduzir os novos contágios”, reitera o médico Lynn Morris.

Melhorias no acesso ao tratamento têm permitido o controle da evolução do vírus e o aumento da expectativa de vida de soropositivos pelo mundo. A Unaids estima que, em 2015, havia um número recorde de pessoas com mais de 50 anos vivendo com HIV: 5,8 milhões, dos 36,7 milhões de infectados. No caso dos sul-africanos, a média do tempo de vida dos soropositivos é de 62,9 anos. “O HIV teve um número devastador na África do Sul, mas, agora, começamos uma exploração científica que poderá ser uma grande promessa para o nosso país. Se for encontrada uma vacina contra o HIV que funcione na África do Sul, poderia alterar drasticamente o curso da pandemia”, aposta Glenda Gray, presidente e diretora executiva do Conselho de Pesquisa Médica do país. O órgão participa do projeto com o NIAID, a Fundação Bill e Melinda Gates, os laboratórios Sanofi Pasteur e GlaxoSmithKline e a Rede de Ensaios de Vacinas contra o HIV.


ALERTA NA RÚSSIA


A Rússia tem passado por um aumento preocupante do número de infectados pelo HIV, alertou ontem o diretor do Centro Federal de Luta contra a Aids, Vadim Pokrovski. Segundo ele, a quantidade de soropositivos aumenta 10% a cada ano no país. Em 2015, foram registrados oficialmente 110 mil novos casos, o equivalente a 270 por dia. “A situação só se agrava e, atualmente, ameaça a segurança nacional, pois poderia se transformar em uma epidemia generalizada antes do fim de 2021”, explicou o especialista.

Mais da metade dos novos infectados (51%) é dependente químico, enquanto 47% se contaminaram ao manter relações sexuais heterossexuais sem proteção e 1,5% adquiriu o vírus durante relações sexuais homossexuais. “A Rússia é o único país do mundo em que os dependentes (químicos) representam mais de 50% dos soropositivos”, destacou Pokrovski, ressaltando que o enfrentamento ao avanço da doença não depende apenas de apoio financeiro. “A questão não é só os fundos públicos serem suficientes. Nem sequer se fala sobre a prevenção de novos casos.”

O presidente russo, Vladimir Putin, tem apoiado a promoção de ideias conservadoras — trocou, por exemplo, as campanhas informativas por chamados à abstinência — e os poderes públicos russos focam mais no tratamento da Aids do que na prevenção. Conforme dados oficiais, os soropositivos representam 0,58% da população de 146,5 milhões de pessoas. Segundo Pokrovski, os cálculos do Centro Federal de Luta contra a Aids indicam para uma taxa entre 0,89% e 0,96% dos habitantes, o equivalente a 1,3 e a 1,4 milhão de pessoas.




Falta de transparência move o motor das fraudes na saúde

29/11/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Nunca me esqueço da expressão de surpresa do meu marido quando me ouviu contando, pela primeira vez, sobre médicos e hospitais que fazem cirurgias desnecessárias só para embolsar dinheiro da indústria de órteses e próteses.

Assim como ele, todos nós tendemos a alimentar a imagem do médico como um ser incapaz de fazer, deliberadamente, o mal. Ficamos chocados quando vem a informação de que, sim, ele, como qualquer outro profissional, pode cometer crimes.

Em janeiro, completa dois anos em que veio à tona a denúncia sobre a "máfia das próteses". O que antes eram apenas conversas reservadas no meio médico, sempre anônimas, virou tema de uma ampla investigação da Polícia Federal e de CPIs na Câmara dos Deputados, com muitos processos e prisões.

Um dos últimos esquemas desbaratados ocorreu no Distrito Federal em setembro último. Treze pessoas foram presas na operação, entre elas sete médicos de um hospital particular, dois empresários fornecedores de próteses, diretores do hospital e outros funcionários.

Ao menos 60 pacientes podem ter sido vítimas da quadrilha (sem contar os planos de saúde que pagaram essa conta fraudulenta). O esquema envolvia cirurgias desnecessárias, superfaturamento de equipamentos, e uso de material vencido.

Entre os crimes, há casos de cirurgias sabotadas para que os pacientes precisassem ser reoperados, gerando lucros para o esquema. A polícia investiga ainda se o grupo tentou matar uma paciente para evitar que ela os delatassem.

Na semana passada, o assunto sobre as fraudes envolvendo órteses e próteses foi debatido no fórum de saúde suplementar, que aconteceu no Rio de Janeiro. Para tentar se proteger contra indicações desnecessárias de cirurgias, as operadoras têm realizado várias ações.

Irlau Machado Filho, presidente do Grupo NotreDame Intermédica, relatou, por exemplo, que a empresa adotou uma segunda opinião médica e orientações de conselhos de classe e de serviços médicos de referência. Com isso, os processos decorrentes de liminares na Justiça caíram de 57% para 33%.

"Antigamente, não denunciávamos o médico, mas em defesa do paciente, que é o que mais sofre, hoje estamos partindo para a denúncia. São poucos profissionais que acabam colocando a reputação dos demais em questionamento. Temos que combater a prática", afirmou.

O médico Edmond Barras, chefe do serviço de clínica e cirurgia da coluna vertebral do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, calcula que 60% dos casos de cirurgias em coluna sejam desnecessários.

"A grande vítima é o paciente. Sempre que se realiza uma cirurgia sem necessidade, o resultado é ruim. Mas como duvidar do diagnóstico de um médico?", questionou.

Um bom exemplo sobre os absurdos que acontecem nessa área é o programa de coluna do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Com adoção de um modelo de segunda opinião, reduziu em 58% a necessidade de cirurgias para casos já diagnosticados como cirúrgicos.

A pergunta que não quer se calar é: por que essa iniciativa não foi replicada em todos os grandes hospitais? A resposta é simples. Porque contraria muitos interesses. A equipe do Einstein recebeu muitas pressões por parte de médicos, inclusive, foi chamada a prestar esclarecimentos ao Cremesp (conselho regional de medicina).


MODELO DE REMUNERAÇÃO


No caso da "máfia das próteses", é bom lembrar que o médico não age sozinho. Muitas vezes, o hospital também é corresponsável por esses crimes. Ou porque participa diretamente do esquema, como aconteceu no Distrito Federal, ou porque faz vistas grossas, já que o médico é o "dono do paciente". Em outras palavras, é ele, muitas vezes, que leva "clientes" para os hospitais.

O atual modelo de remuneração dos hospitais (quanto mais procedimentos, maior o lucro) também é um prato cheio para as más práticas em saúde (como exames feitos sem necessidade).

Todos perdem. Principalmente nós, pacientes, que corremos riscos desnecessários e que, no final, vamos pagar essa conta no boleto do plano de saúde.

Muito tem se falado sobre "compliance" no setor da saúde, ou seja, na obrigação das empresas e todos os colaboradores em cumprir leis e regulamentos, com foco na ética. Sei que há um esforço de várias entidades nesse sentido, mas é preciso ir fundo nesse conceito e não ficar apenas na perfumaria dos manuais de ética.

Os hospitais, por exemplo, poderiam começar por abrir suas contas, consideradas verdadeiras caixas-pretas, e os seus indicadores de qualidade, como taxas de infecção hospitalar, de mortalidade, de eventos adversos, de reinternação, etc. Cada hospital define hoje suas diárias, não há coerência dos valores cobrados e nem especificação dos produtos utilizados.

Também dariam uma grande lição de ética se apoiassem, de fato, a mudança do modelo de remuneração, passando a receber pelo desfecho clínico (pagamento por performance). Ou seja, quanto mais efetiva a assistência, maior a remuneração. Entidades médicas também deveriam abraçar essa ideia. Planos de saúde, idem. Mas, para isso, precisariam fazer um "pente-fino" em seus prestadores de serviço e se engajar, de fato, na busca por melhores práticas assistenciais. E não apenas na redução de despesas e maior lucro.

A falta de transparência no setor da saúde pública e privada é o motor que move a "máfia das próteses" e tantas outras fraudes que presenciamos no setor. Sem tocar nisso, não há chance de sustentabilidade financeira ou assistencial.




Hospitais lançam campanha contra tríplice epidemia do Aedes aegypti

29/11/2016 - Portal Hospitais Brasil


A Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp) lança campanha junto aos 47 mil serviços de saúde privados para atuarem na identificação, diagnóstico e controle das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya), visto que boa parte da população não recorre ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas aos hospitais privados por meio de seus planos de saúde. A campanha também alertará a população para a prevenção das doenças e que se evite a automedicação no caso do aparecimento de sintomas.

“Com a proximidade do verão, novos perfis epidemiológicos de doenças podem aparecer e os serviços de saúde devem estar preparados para o atendimento rápido e seguro dos eventuais infectados”, alerta o médico Yussif Ali Mere Júnior, presidente da Fehoesp. Segundo ele, a melhor forma de controle das doenças epidêmicas é a preparação da equipe médica e paramédica para o diagnóstico imediato das doenças, já na porta de entrada do sistema de saúde.

Para Ali Mere, torna-se imprescindível a integração dos serviços públicos e privados para que o controle da doença seja possível. “De nada adianta preparar o serviço público de saúde se 55% dos atendimentos médico-hospitalares na cidade de São Paulo, por exemplo, são realizados pela rede privada. Se houver integração desses dois tipos de atendimento no diagnóstico e identificação das doenças epidêmicas, o controle pelas autoridades sanitárias será, com certeza, mais eficiente“, destaca.

As semelhanças entre os vírus da chikungunya, zika e dengue e dos sintomas dificultam a criação de testes precisos e podem causar confusões quando o diagnóstico é feito somente por avaliação clínica – prática comum em períodos epidêmicos. “Daí a importância do esclarecimento aos hospitais, médicos e paramédicos. Os depoimentos de especialistas e a divulgação do guia de manejo clínico das doenças, do Ministério da Saúde, podem ajudar os profissionais na fase de diagnóstico”, explica Ali Mere. Após a confirmação do diagnóstico, o estabelecimento de saúde deve notificar a ocorrência às autoridades sanitárias. Esses dados estatísticos são fundamentais para que o Ministério da Saúde possa mapear e planejar o combate às doenças no país.

O site e o canal no YouTube da Fehoesp já estão veiculando orientações da médica Ana Freitas Ribeiro, epidemiologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. A campanha também publicará periodicamente depoimentos de especialistas sobre as epidemias e orientações para os serviços de saúde e à população.


CHIKUNGUNYA: TERROR DO PRÓXIMO VERÃO


O Ministério de Saúde alertou que o pior problema do próximo verão deve ser a chikungunya, que já mostra seu poder de disseminação antes mesmo da chegada da estação. A doença está presente em dois de cada cinco municípios brasileiros e, só neste ano, já provocou 138 mortes. De 38,3 mil casos, atingindo 696 cidades em 2015, passaram a 251 mil e 2.281 cidades em 2016.

Ali Mere esclarece que essa doença pode causar incapacidade e tem deixado adultos e idosos com dores crônicas graves, o que sobrecarrega ainda mais os sistemas de saúde e da previdência, já que tem gerado inúmeros afastamentos de trabalhadores.

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