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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 27/10/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

MPF-PA investiga fraude na compra de medicamentos

26/10/2016 - Portal EBC


Mais de 50 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Pará por participação em esquema desvio de dinheiro público destinado à compra de medicamentos. Seis ex-prefeitos estão entre os acusados. O desvio de recursos no estado do Pará foi interrompido em 2010 pela operação Vide Bula. O MPF estima um desfalque de pelo menos 3,5 milhões de reais.

A ação mais recente foi encaminhada à Justiça Federal semana passada. Ela apresenta denúncia contra 13 pessoas por crimes ocorridos no município de Colares. De acordo com MPF, as fraudes em Colares apontam um desvio de quase 500 mil reais que deveriam ter sido encaminhados ao programa Farmácia Básica.

Os esquemas existentes em Bujaru, Magalhães Barata, São Domingos do Capim, Santo Antônio do Tauá e Terra Alta já haviam sido denunciados nas demais ações penais.

Segundo o MPF, um grupo de empresas fornecedoras de medicamentos, em conluio com a administração desses municípios, negociava produtos sem qualquer procedimento licitatório, utilizando-se, inclusive, de quatro empresas fantasmas.

Foram denunciados seis ex-prefeitos, 11 empresários, 13 ex-secretários municipais e 14 ex-integrantes de comissões de licitação das prefeituras.

Ganho da OdontoPrev

27/10/2016 - Valor Econômico


A companhia de planos odontológicos OdontoPrev registrou um lucro líquido de R$ 44,2 milhões no terceiro trimestre, numa alta de 1,6% em relação a igual período de 2015. A receita líquida avançou 8,5% em igual comparação, para R$ 44,6 milhões. Apesar disso, os custos e despesas avançaram em maior proporção, com incrementos de 17,4% e 10,9% respectivamente. Em consequência, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou 17,1%, para R$ 59,8 milhões. O Ebtida ajustado, que soma provisão de eventos ocorridos e não avisados, entre outros itens, caiu 14,8% no trimestre, na base anual, a R$ 64,4 milhões. A OdontoPrev atingiu 6,2 milhões de beneficiários ao fim de setembro, com queda de 55 mil usuários no trimestre, devido principalmente à perda no segmento corporativo - uma consequência do desemprego.




Projetos de mosquitos antidengue serão ampliados no Brasil

26/10/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Esta quarta-feira (26) contou com dois grandes anúncios a respeito do esforço humano para combater o mosquito Aedes aegypti, o mais relevante transmissor de dengue, zika e chikungunya.

A Oxitec, empresa que produz mosquitos geneticamente modificados, inaugurou uma nova fábrica em Piracicaba, no interior de São Paulo, e a iniciativa internacional Eliminate Dengue revelou que vai fazer grandes liberações de mosquitos infectados com a bactéria wolbachia no Rio a partir do início de 2017.

A ideia da infecção com bactérias é que ela se propague entre insetos naturalmente, tornando-se autossustentável. Por sua vez, os mosquitos modificados geneticamente requerem uma liberação continuada.

O plano que utiliza insetos modificados procura reduzir a população de aedes no ambiente com o espalhamento de um gene que limita o crescimento dos bichos. Já a estratégia que usa insetos com wolbachia visa reduzir a capacidade do mosquito transmitir vírus, ou seja, reduz sua competência vetorial.


FÁBRICA


As novas instalações da Oxitec têm capacidade para produzir 60 milhões de mosquitos semanalmente, o suficiente, segundo a empresa, para proteger uma área habitada por 3 milhões de pessoas. O galpão onde fica a nova fábrica tem 5.000 m2 de área e a Oxitec não revela o investimento realizado, mas Glen Slade, diretor da Oxitec no Brasil, diz que "o valor é bem grande".

A antiga fábrica, localizada em Campinas, tinha capacidade para produzir 2 milhões de insetos machos, os que são liberados na natureza. A nova fábrica foi inaugurada com um terço da capacidade total –ou seja, produz 20 milhões de mosquitos por semana–, o suficiente para a demanda atual da Oxitec. A expectativa da empresa é que outras cidades, assim como Piracicaba, implementem a solução de controle de mosquitos.

Segundo Slade, como a nova fábrica ficou pronta em 5 meses, seria muito fácil expandir o tamanho da operação, tanto no TRX, condomínio industrial localizado em Piracicaba, quanto em outras regiões do País.

Atualmente, o projeto chamado de "Aedes do Bem" já acontece em bairros de Piracicaba com boa eficácia na redução de casos de dengue. No bairro do Cecap, esse número foi de 133 para 12 em um ano, maior do que os 52% observado no restante da cidade. A iniciativa agora foi para a região central, onde a epidemia também preocupa.

Para o prefeito da cidade, Gabriel Ferrato dos Santos, a decisão de sediar esses ensaios iniciais do aedes modificado geneticamente pode servir de inspiração para outras cidades. "Em essência temos que comparar o que gastamos nos métodos tradicionais de combate à dengue com a nova abordagem", diz.

Hoje os ensaios são feitos na forma de convênio, já que os mosquitos não podem ser comercializados por não terem o aval da Anvisa. Segundo Santos, o critério para a utilização dos mosquitos modificados foi o parecer favorável da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) para a tecnologia.

Outros testes em pequenos bairros das cidades baianas de Juazeiro e Jacobina relataram supressão de mais de 90% na população de aedes.


DINHEIRO


A iniciativa do Eliminate Dengue, que não tem fins lucrativos, conta com a colaboração financeira do ministério da saúde (US$ 3,7 milhões) e espera contar com o apoio também dos municípios. Colabora com a iniciativa a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os testes com a wolbachia são feitos desde 2011 em países como Austrália, Indonésia, e Vietnã. Em 2012 foram iniciados testes em pequenas escalas no Estado do Rio de Janeiro. Segundo Fiocruz, 80% dos insetos acabaram infectados.

"A wolbachia pode ser uma forma revolucionária de proteção contra doenças carregadas por mosquitos. É de baixo custo, sustentável, e aparentemente fornece proteção contra zika, dengue e vários outros vírus. Nós estamos ansiosos para estudar o impacto da iniciativa e saber como ela pode ajudar os países", diz Trevor Mundel, da divisão de saúde global da fundação Bill e Melinda Gates, que apoia o projeto.

Uma crítica à infecção por wolbachia também vale para a liberação de insetos modificados. Não há estudos epidemiológicos que comprovem o efeito das intervenções na redução das arboviroses (viroses transmitidas por artropodes, como os aedes) como zika, dengue e chikungunya.

Karla Tepedino, que coordena a produção de mosquitos da Oxitec –dos ovos aos insetos adultos– afirma que o tradicional uso de inseticidas carece da mesma forma desse tipo de evidência.

Outra crítica é que a liberação dos insetos deve ser continuada para que a população selvagem possa ser mantida em níveis baixos, gerando uma despesa permanente aos cofres públicos.

Também ainda não está claro se essa barreira dos 10%-20% de animais restantes após a intervenção com o inseto modificado pode ser rompida nem o tamanho do investimento que seria necessário para que isso acontecesse –a relação entre mosquitos soltos e redução de população provavelmente não é linear.

Já a crítica de uma possível perda do papel ecológico do Aedes aegypti não faz sentido, já que a espécie é invasora no país –uma praga, por assim dizer. Uma vantagem das duas tecnologias é a baixa chance de agressão a outras espécies de insetos, como as abelhas, ao contrário de outras como fumigação de inseticidas, que atinge vários dos bichos indistintamente.




A nova geração de neuropróteses

27/10/2016 - Correio Braziliense


Há 11 anos, Keith Vonderhuevel sofreu um acidente de trabalho e precisou amputar o braço direito. O membro foi substituído por uma prótese, que não oferecia muita funcionalidade. “É como manipular um agarrador. Você consegue pegar alguma coisa, mas não é capaz de sentir nada”, explica. “Quando eu dava a mão à minha neta, se não ficasse muito atento, dali a pouco ouvia um: ‘Ai, você me apertou’”, recorda, em um depoimento gravado pela Universidade de Case Western Reserve, nos Estados Unidos. Agora, porém, Vonderhuevel não só anda de mãos dadas com a menina, como pode sentir a pressão dos dedinhos dela entrelaçados aos seus. “Isso é um presente para mim.”

O que aconteceu com o norte-americano foi o restabelecimento da conexão entre os nervos e o cérebro, com a técnica de estimulação elétrica. Ele é um dos dois pacientes que receberam uma neuroprótese desenvolvida por pesquisadores de Case Western e da Universidade de Chicago, experiência descrita na edição desta semana da revista Science Translational Medicine. De acordo com os cientistas, o resultado abre caminho para uma nova geração de membros artificiais, que se aproximam o máximo possível das sensações reais.

Há menos de um mês, um dos autores do trabalho, o neurocientista Sliman Bensmaia, de Chicago, publicou outro artigo na mesma revista descrevendo a experiência de um paciente com paralisia, decorrente de uma lesão na coluna espinhal, que recuperou o tato também graças à eletroestimulação cerebral. Nesse caso, porém, a técnica foi mais invasiva: os cientistas implantaram no cérebro do homem um sensor que, conectado a um braço artificial, permitia a ele sentir os dedos sendo tocados.

No teste divulgado agora, os dois pacientes também receberam um implante, mas o chip foi posicionado no braço, entre os nervos que fazem o reconhecimento de texturas e da pressão exercida pelas mãos. Os pesquisadores explicaram que esses feixes de neurônio estavam apenas “dormindo”, à espera de um estímulo que foi cortado pela amputação do antebraço. O equipamento é composto, além disso, por um aparelho portátil que envia pulsos elétricos para os nervos. Esses, por sua vez, se comunicam com o cérebro e com a prótese. Nos dedos artificiais, pequenos sensores identificam os objetos tocados e informam, por exemplo, se o paciente está em contato com um biscoito, a tecla de um piano ou os delicados dedinhos de uma criança.

De acordo com Bensmaia, juntos, esses trabalhos indicam o caminho para uma nova era de próteses, que não apenas reponham o membro amputado — ou imobilizado, no caso de tetraplégicos —, mas que sejam inteiramente funcionais. “Para que essas próteses realmente possam repor as capacidades físicas perdidas por esses pacientes, elas não podem simplesmente oferecer algum tipo de movimento. Precisam desempenhar o papel desse braço ou dessa perna. A pessoa tem de ser capaz de sentir o que toca ou pega. É isso que fazem as neuropróteses: elas reproduzem com maior proximidade possível esse sistema”, diz o pesquisador.

O coautor do artigo e principal investigador do trabalho, Dustin Tyler, da Universidade de Case Western Reserve, diz que, embora seja tão automática, a ponto de ninguém dar muita atenção a ela, a habilidade de discriminar a pressão que se aplica a determinado objeto é algo bastante complexo e essencial para a manipulação de objetos e a interação social das pessoas. “Muitos usuário de próteses não se sentem à vontade em cumprimentar os outros com um aperto de mão, pois têm medo de machucá-los”, exemplifica. “Nosso trabalho nos mostrou que podemos alcançar uma grande precisão na percepção da intensidade com essas próteses. Elas conseguem reproduzir o que você sente em uma mão normal”, diz.


TORNO


O outro paciente que recebeu a neuroprótese, Igor Septic, contou que usou a mão artificial para operar um torno, sem sentir nenhuma dificuldade. Segundo Tyler, assim como Vonderhuevel, ele é capaz de apertar um sachê sem que o ketchup espirre para todos os lados, segurar uma panela pesada, conduzir o cão na coleira e usar ferramentas de jardinagem, entre outras coisas. “Se o objeto é mais pesado ou firme, eu aperto com mais força. Se é frágil, paro de pressioná-lo logo que consigo sentir”, disse Spect, por meio da assessoria de imprensa da Universidade de Chicago.

Os dois pacientes conseguem distinguir entre 20 níveis diferentes de intensidade. No laboratório de Dustin Tyler, eles foram expostos a uma bateria de testes, em que tinham, entre outras coisas, de dizer se o nível de pressão sentido na mão protética era a mesma da percebida pela mão intacta, quando submetidos a algum estímulo específico. Segundo Emily Graczyk, pesquisadora que também assina o artigo, esses experimentos ajudaram a compreender melhor como o cérebro processa a magnitude sensorial.

Em trabalhos anteriores, a equipe havia levantado a hipótese de que a percepção de intensidade da pressão estivesse associada ao número de vezes que um grupo de fibras nervosas disparasse pulsos elétricos em resposta a determinados estímulos. “Conseguimos verificar essa hipótese, que vinha sendo debatida havia muito tempo”, diz Graczyk. “A percepção de intensidade é um produto da combinação da frequência do pulso e da carga elétrica por pulso, algo que chamamos como taxa de ativação de carga”, afirma. Esse conhecimento ajudará a desenvolver próteses cada vez mais reais, acreditam os cientistas.

Se o objeto é mais pesado ou firme, eu aperto com mais força. Se é frágil, paro de pressioná-lo logo que consigo sentir”

Igor Septic, paciente que testou a prótese.

Epidemia de Aids chegou nos EUA antes do que se pensava, diz estudo

27/10/2016 - Folha de S.Paulo


Uma nova técnica, apelidada de “britadeira de RNA”, conseguiu identificar o material genético do vírus da Aids preservado em amostras de mais de 40 anos. As conclusões do estudo mostram que a epidemia começou antes do que se imaginava no Caribe e na América do Norte, e que a ideia de um “paciente zero”, que iniciou a propagação na região, é um mito.

Com a técnica foi possível identificar oito genomas (conjunto do material genético) antigos do vírus —até agora, só um era conhecido.

O vírus causador da doença,o HIV,é simples e letal. É pequeno tanto em tamanho como na quantidade de genes. Essa simplicidade esconde a capacidade de se modificar e adaptar, além do fato de ter por alvo no organismo humano as células de defesa.

De tão simples, o HIV não temo DNA comum a todos os seres vivos,e sim o mais prosaico RNA.

Amostras antigas de vítimas da Aids geralmente não preservam bem o material genético.

A equipe de Michael Worobey,da Universidade do Arizona em Tucson (EUA), usou uma técnica de “força bruta” para reproduzir RNA original e degradado.

A Aids surgiu na África provavelmente na década de 1950. Foi passada ao ser humano pelo sangue de macacos, como processamento da carne para consumo, contaminados com uma versão animal do vírus.

O RNA extraído mostra que o epicentro —núcleo inicial da doença— na América do Norte foi Nova York, em torno de 1971. Dali passou para a Califórnia (notadamente em San Francisco) em 1976,e para Geórgia em 1979.

Em 1981 a Aids foi reconhecida como doença, graças a estudos com homens gays na Califórnia. Já na África e no Caribe a doença afetava principalmente heterossexuais.

O vírus causador da doença foi identificado em 1984.

O novo estudo refuta a ideia de que houve um “paciente zero”, Gaëtan Dugas, que trouxe a doença aos EUA.

Na verdade, Dugas foi citado em um estudo com o o paciente “O” (letra O),que terminou sendo incorretamente transformado em “0” (número zero).Aletra dizia respeito à palavra “out side”, de “out side of California” (fora da Califórnia).Dugas era canadense, o que explica o termo.




Pressionado por indígenas, ministro da Saúde revoga portarias

26/10/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Pressionado por protestos, incluindo bloqueio de rodovias, de indígenas em diversas partes do país, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, revogou nesta quarta-feira (26) duas portarias que ele mesmo havia baixado nos últimos dias sobre o tema do atendimento à saúde indígena.

Os índios protestaram contra mudanças no sistema de gastos da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena). Na semana passada, o ministro havia baixado uma portaria que, na prática, diminuía o poder de autorização de desembolsos dos 34 Dseis (Distritos Especiais de Saúde Indígena). Se a nova sistemática entrasse em vigor, inúmeros gastos teriam que ser autorizados previamente pelo comando do ministério, em Brasília.

Até então, os gastos mais elevados eram autorizados também por Brasília, mas pela direção da Sesai, e com ordens às vezes pelo telefone, dependendo da urgência do caso. A principal preocupação dos índios e servidores da Sesai era que o novo sistema burocrático deveria impedir ações mais urgentes como, por exemplo, um resgate aéreo a um índio enfermo em regiões mais distantes.

Os indígenas ocuparam nesta quarta-feira (26) prédios da Sesai em pelo menos sete Estados: Roraima, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Ceará e Santa Catarina. Também interditaram o tráfego em rodovias, como a BR-163, em Mato Grosso, BR-101, entre João Pessoa (PB) e Natal (RN) e SC-283, em Chapecó (SC).

Após uma reunião com indígenas no ministério, Barros assinou o ato que tornou sem efeito a portaria 1907, publicada no dia último dia 17, e também a portaria 2141, publicada no Diário Oficial desta terça-feira (25) já como um recuo em relação à primeira portaria. A 2141, porém, também não agradou aos índios, pois continuava atribuindo ao secretário-executivo do Ministério da Saúde um poder de autorização e controle que os indígenas consideraram exagerados.

Com a revogação das duas portarias, volta a vigorar o sistema anterior, estabelecido por portarias de 2011 e 2013.

O ministro alegava, ao tentar mudar o sistema, uma necessidade de conter gastos. Em áudio gravado na terça-feira (25), ele disse a um grupo de índios que os recursos da Sesai eram mal utilizados. "Eu vou cuidar diretamente do assunto. Tem muita gente na saúde indígena, pouco resultado. A gente podia gastar muito melhor o dinheiro", disse o ministro.

A Sesai tem um orçamento total de R$ 1,43 bilhão para o ano de 2016 e uma previsão orçamentária de R$ 1,45 bilhão para o ano que vem. Boa parte desses recursos é destinada a três organizações não governamentais que são contratadas para ajudar a colocar em prática o sistema de atendimento à saúde, incluindo contratação e gestão de pessoal: Missão Caiuá, com R$ 497 milhões em 2016, IMIP (R$ 132 milhões) e SPDM (R$ 143 milhões).

O ministro Ricardo Barros, na mesma gravação, fez críticas à Missão Caiuá, dizendo que "tem muita irregularidade" e que ela estaria fazendo "um lobby danado" para impedir que o sistema mudasse. Gestores da Missão Caiuá gravaram um áudio e fizeram circular em redes sociais para se defender das declarações do ministro. Alegam que não há qualquer acusação formal de desvios ou má utilização dos recursos e que suas contas são auditadas e conferidas por órgãos de controle.

Em nota, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) informou que os protestos em todo o país nesta quarta-feira reuniram cerca de 11 mil indígenas.




País deve mudar para combater zika, diz OMS

27/10/2016 - O Estado de S.Paulo


O vírus zika “se instalou” de fato em países tropicais, como o Brasil, e só campanhas para mudar o comportamento das pessoas não vão mais frear a proliferação de casos. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica que o Brasil terá de investir em saneamento para lidar com o surto.

A OMS admite que, um ano após os primeiros casos, ainda não tem respostas à doença e uma vacina dificilmente estaria pronta antes de 2018.




Reorganização de circuitos do cérebro alivia ‘dor fantasma’

27/10/2016 - O Estado de S.Paulo


Um grupo de pesquisadores japoneses e britânicos descobriu que uma “reorganização” dos circuitos do cérebro pode eliminar a “dor fantasma” frequente na maioria das pessoas que tiveram membros amputados. O estudo também aponta um potencial método de tratamento com base em técnicas de inteligência artificial.

A pesquisa, publicada hoje na revista Nature Communications, foi liderada por cientistas da Universidade de Osaka (Japão), com a colaboração de pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido).

No experimento, os cientistas usaram um equipamento de interface cérebro-máquina, com o objetivo de treinar um grupo de dez indivíduos para controlarem braços robóticos com seus cérebros. Segundo o artigo, quando os pacientes tentavam controlar a prótese associando o movimento ao braço amputado, a “dor fantasma” aumentava.

Mas, quando eles foram treinados para associar o movimento da prótese ao braço que não foi afetado, a dor diminuiu consideravelmente.

De acordo com um dos autores, Ben Seymour, do Departamento de Engenharia da Universidade de Cambridge, entre 50% e 80% das pessoas com membros amputados sofrem com a “dor fantasma”.


ENGENHARIA


“Embora o membro tenha sido perdido, a pessoa ainda sente dor como se ele estivesse lá. É um tipo de dor semelhante à que é provocada por queimaduras, mas os analgésicos convencionais são ineficazes para tratá-la. Fizemos esse estudo para ver se conseguíamos desenvolver um tratamento baseado na engenharia, em vez dos convencionais com drogas”, disse Seymour.

Os cientistas já suspeitavam que a “dor fantasma” está associada a falhas nos circuitos da parte do cérebro responsável por processar os estímulos sensoriais e executar movimentos.

No novo estudo, eles usaram a interface cérebro-máquina para decodificar a atividade dos neurônios e a ação mental necessária para que os pacientes movessem seu “braço fantasma”.

Depois, com uso de técnicas de inteligência artificial, converteram esse movimento no controle do braço robótico.

“Descobrimos que, quanto mais o lado afetado do cérebro se aperfeiçoava no uso d o braço robótico, pior ficava a dor. A parte do cérebro que comanda o movimento funcionava bem, mas eles não têm o retorno sensorial normal”, disse o líder do estudo, Takufumi Yanagisawa, da Universidade de Osaka.

Os cientistas então alteraram a técnica para treinar o “lado errado” do cérebro, isto é, os pacientes que tiveram o braço esquerdo amputado foram treinados para mover o braço robótico decodificando movimentos associados ao braço direito, e viceversa.

Treinados com a técnica invertida, os pacientes tiveram a dor reduzida. Segundo Yanagisawa, ao aprenderem a controlar o braço robótico com o “lado errado” do cérebro, os pacientes tiraram vantagem da plasticidade – a capacidade cerebral para se reestruturar e aprender novas coisas. “A dor está claramente ligada à plasticidade.

Combinar técnicas de inteligência artificial com novas tecnologias é um caminho promissor para tratá-la”, disse o cientista.




Pesquisa da Unicamp avança no controle da transmissão da zika

26/10/2016 - G1 - Jornal Hoje


Pesquisadores da Unicamp estão mais perto de conseguir desenvolver um remédio contra a zika. Eles conseguiram mapear o caminho do vírus na célula do mosquito.

Após um ano de estudos, os pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp descobriram como a célula do mosquito Aedes albopictus, um parente do Aedes aegypti, é infectada pelo vírus da zika.

O segredo está no aumento dos lipídios, estruturas que ficam na membrana da célula do inseto. São como portas de entrada para o vírus da zika infectar a célula e depois se multiplicar.

“O que a gente fez foi identificá-las no processo de infecção viral e verificar qual a função dela nesse processo de infecção viral e multiplicação dentro da célula do mosquito”, disse o pesquisador da Unicamp Carlos Fernando Odilo Rodrigues Melo.

As imagens mostram o escaneamento de células normais do mosquito e as manchadas de vermelho, infectadas com o vírus da zika.

Quando o vírus entra na célula ele precisa de um caminho. Para isso existem os sinalizadores. É como se fossem placas indicando a rota. Os pesquisadores da Unicamp conseguiram identificar esses sinalizadores de nome complicado: fosfatidilcolinas. E dessa descoberta também surgiu o caminho inverso, estruturas que evitam a multiplicação. São antivírus naturais dentro do próprio organismo dos insetos.

“Você pode fazer com que ela seja sintetizada, com que ela possa ser disseminada e, por exemplo, funcionar como um inseticida direto para o mosquito, ou mesmo ser formado ou criado um medicamento justamente para combater a infecção do zika em seres humanos”, explicou Rodrigo Ramos Catharino, professor de Ciências Farmacêuticas da Unicamp.




Investir em saneamento reduz gasto em saúde, diz ministro

26/10/2016 - IstoÉ Online


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (26) que o Brasil precisa investir fortemente em saneamento básico para que políticas de combate à disseminação de doenças possam dar certo. Durante a abertura do 1º Encontro da Rede Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas, Barros destacou que para cada R$ 1 investido em saneamento, o país economiza R$ 4 em saúde.

“Água tratada, esgoto tratado e lixo coletado e tratado são fundamentais para evitar a disseminação de doenças. Precisamos sim fazer um investimento forte em saneamento”, disse. Segundo Barros, um grupo de trabalho tenta articular os ministérios das Cidades, da Integração, do Meio Ambiente e da Saúde, além da Agência Nacional de Águas, para que haja uma política clara de investimento no setor.


VERÃO X DENGUE


Sobre a proximidade do verão e o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti pelo país, o ministro disse que o governo está preocupado especialmente com o aumento de casos de febre chikungunya, que provoca sintomas graves e incapacitantes; e com o agravamento da epidemia do vírus Zika, que envolve consequências sérias, como casos de microcefalia em bebês.

“A dengue também tem, eventualmente, causado algumas mortes. Todas essas doenças merecem a atenção do Estado e procuraremos combater no conjunto o mosquito, que é o que transmite todas elas”, disse.


WOLBACHIA


Barros também comentou a possibilidade de expansão do projeto que utiliza a bactéria Wolbachia para conter casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O projeto, atualmente conduzido no Brasil por meio de parceria com a Fundação Bill e Melinda Gates em Niterói (RJ), deve ser ampliado para a cidade do Rio de Janeiro e para municípios do Nordeste brasileiro.

“Ele deverá ser ampliado em outras cidades isoladas para a gente ver se consegue ter uma avaliação mais efetiva”, disse o ministro. “Mas isso está em decisão pelo grupo de pesquisa. Decidimos pegar uma cidade de médio porte, isolada e ver como se comporta nessas condições o tratamento por meio da Wolbachia”, completou.




O sistema imunológico é a chave para a cura do câncer?

26/10/2016 - Veja Online


Há alguns anos, os imunoterápicos, medicamentos que utilizam o próprio sistema imunológico do paciente para combater o câncer, têm sido os grandes protagonistas dos congressos médicos sobre o assunto e a grande aposta de médicos e pesquisadores. Essa semana, houve outra grande vitória no avanço de tratamentos contra a doença.

Na segunda-feira, a Food and Drug Administration (FDA), agência americana que regula fármacos, aprovou uma nova droga para o tratamento de câncer de pulmão. Trata-se do pembrolizumabe, medicamento indicado como primeira linha de tratamento para pacientes com tumores pulmonares em estágio de metástase.

A aprovação é importante pois essa é a primeira vez que um fármaco imunoterápico é indicado como primeiro tratamento para pacientes com esse diagnóstico, em vez da tradicional quimioterapia. A FDA também expandiu a aprovação para o tratamento de pessoas com a doença que tenham realizado quimioterapia.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que entre 2016 e 2017 haverá 28.190 novos casos de câncer de pulmão no país. Um estudo conduzido pela Sociedade Americana do Câncer em parceria com a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), aponta que o câncer de pulmão é a principal causa de morte pela doença entre homens e mulheres em países desenvolvidos.

Segundo uma matéria publicada em VEJA dessa semana, o medicamento é uma esperança para os pacientes diagnosticados com o letal câncer de pulmão. Dos 30 000 brasileiros que recebem o diagnóstico a cada ano, apenas 6 000 sobreviverão à doença em cinco anos. Estudos com pembrolizumabe mostraram que o composto reduziu pela metade o risco de progressão da doença e em 40% o risco de morte.

“São resultados que representam uma quebra de paradigma”, diz o oncologista Artur Katz, chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

O medicamento age bloqueando a PD-1, proteína presente nas células de defesa do corpo humano, os linfócitos T, mas que, em pessoas com câncer, permite que o tumor se esconda do sistema imunológico. Ao bloquear a PD-1, o medicamento faz com que os linfócitos-T ataquem o câncer.

Para Philip Greenberg, chefe de imunologia do Centro de Pesquisa de Câncer Fred Hutchinson em Seattle, nos Estados Unidos, a imunoterapia já é o quarto pilar do tratamento anticâncer, ao lado da radioterapia, quimioterapia e cirurgia, segundo informações da rede americana CNN. “Há momentos em que ela será usada sozinha, e haverá momentos em que será usada em conjunto com outras terapias, mas há muito pouco a questionar que esta vai ser uma parte importante do tratamento do câncer daqui para frente.”, disse Greenberg.


SURGIMENTO DA IMUNOTERAPIA


No verão de 1890, a jovem de 17 anos Elizabeth Dashiell, carinhosamente chamada de “Bessie”, prendeu sua mão entre dois assentos de um trem e mais tarde notou um nódulo doloroso na área que ficou presa, de acordo com o Instituto de Pesquisa do Câncer dos Estados Unidos. As informações são da rede americana CNN.

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