CLIPPING - 25/10/2016
Assessoria de Comunicação do CRF-SP
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Genéricos avançam e já são 28% das vendas nas farmácias independentes
25/10/2016 - DCI
São Paulo - Se no início da venda dos medicamentos genéricos no Brasil havia uma resistência do consumidor em comprá-los, hoje isso já não é mais uma barreira. Essa mudança na percepção, aliada ao efeito crise, vem impulsionando a categoria e fez com que, nos últimos cinco anos, sua fatia no faturamento das independentes mais do que dobrasse.
É o que aponta a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), que representa 9.334 drogarias espalhadas pelo Brasil. Segundo a entidade, a fatia que essa categoria possui hoje na venda total de medicamentos das associadas é de 28%. Cinco anos atrás essa participação não passava dos 13%. Em termos de unidades vendidas, a representatividade é ainda maior e já ultrapassa os 40%, aponta o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.
Os produtos genéricos, que começaram a ser vendidos no Brasil a partir de 1999, só ganharam maior relevância para o brasileiro nos últimos seis anos, afirma o executivo. "Há dois fatores principais que explicam isso: os consumidores e os próprios médicos passaram a confiar mais e a recomendar esses medicamentos; e, mais recentemente, a crise econômica fez com que o cliente se preocupasse mais com o preço na hora da compra", afirma.
Para o dono da farmácia Farmaluz, da rede Entrefarma, José Lucio Alves, outro aspecto que influiu na maior aceitação do consumidor foi o programa 'Aqui tem Farmácia Popular', do Governo Federal. "Mais de 90% dos medicamentos oferecidos pelo programa são genéricos, o que fez com que o cliente passasse a usar esses produtos, e percebesse que a qualidade é igual aos de marca", diz.
O FATOR PREÇO
Essa maior preocupação em economizar fica clara em um estudo realizado recentemente pela entidade, que mostra que dos consumidores que decidiram trocar de medicamentos na hora da compra (45%), quase a totalidade deles (97%) optou por um produto com um preço inferior ao inicial.
Nesse contexto, os genéricos - que por lei devem ser pelo menos 35% mais baratos do que os de referência -, têm ganhado os olhos do cliente. Ainda de acordo com o levantamento, 37% dos compradores optaram por essa categoria, enquanto 32% escolheram os medicamentos de marca, e 31% levaram ambos.
Na Farmaluz, que possui quatro unidades no interior de Minas Gerais, a participação dos genéricos no faturamento total dos medicamentos já representa 35%, sendo que há cinco anos o valor era de 12%.
Diante dessa maior propensão do consumidor em comprar os genéricos, Alves afirma que a loja tem buscado ter um mix completo desses produtos. "Temos trabalhado também com a exposição nas gôndolas, dando mais destaque para essa categoria", afirma.
De acordo com ele, uma das vantagens de comercializar esse tipo de medicamento é que a margem de lucro é um pouco maior, em comparação aos de referência. "A lucratividade acaba sendo maior porque conseguimos negociar melhor com o fornecedor. Mas, ao mesmo tempo, temos que vender um volume maior desse produto para ter o mesmo faturamento", explica.
Na rede de drogarias Maxifarma, que possui 112 operações no estado do Paraná, esse crescimento também tem sido expressivo. Se em 2011 a fatia dos genéricos nas vendas de medicamentos era de pouco mais de 6%, atualmente já ultrapassa os 30%. "Antes quase não conseguíamos vender o genérico. Você oferecia para o consumidor e ele não aceitava. Até porque muitos médicos colocavam na receita essa orientação", afirma o proprietário da rede, Edenir Sandona.
Apesar dos avanços em relação ao consumo de genéricos, Alves, da Farmaluz, afirma que nas cidades do interior, a resistência dos médicos ainda é um empecilho. "Em cidades pequenas os médicos muitas vezes ainda são influenciados pela indústria farmacêutica e acabam dando preferência para o produto de marca", diz.
Os dois empresários ouvidos pelo DCI acreditam que a tendência é que essa categoria cresça ainda mais nos próximos anos. "Deve aumentar muito mais a participação dos genéricos no futuro, no Brasil, até porque nos países desenvolvidos a maior parte das drogarias já trabalha dessa forma", ressalta Alves.
Entre as grandes redes de farmácias esse crescimento também vem se mostrando constante e significativo. Segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que representa as 26 maiores do ramo, de janeiro a setembro deste ano a venda de genéricos representou um faturamento de R$ 3,459 bilhões. O valor foi 13,87% superior ao registrado no mesmo período de 2015. Em relação a 2011 a alta é ainda mais expressiva, já que naquele ano o montante foi de apenas R$ 1,308 bilhão.
Redes associativistas crescem mais que a média do segmento
25/10/2016 - DCI
São Paulo - Apoiado em compra conjunta e união na hora de negociar com fornecedores, as redes associativistas do ramo de farmácias estão crescendo acima da média do setor. A perspectiva da IMS Health é que o avanço de dois dígitos continue neste ano.
Segundo o diretor de relacionamento do IMS Health, Eduardo Rocha, as associadas à Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias somam 52 bandeiras. "Para se ter ideia da relevância destas farmácias, elas representam cerca de 10% de todo o mercado nacional e atingiram R$ 8,5 bilhões em faturamento nos últimos doze meses", diz.
Em média, o mercado de farmácias cresceu 11,4% no período de um ano finalizado em julho de 2016, enquanto as redes associadas a Febrafar elevaram seu faturamento em 13,1% no mesmo período. "As lojas que migraram para a Federação tiveram um crescimento muito mais expressivo, atingindo o índice 23% em unidades de medicamentos vendidos." O ganho das associadas à Federação soma 9,7% do total do setor farmacêutico.
Velhos medicamentos, velhos problemas
25/10/2016 - Correio Braziliense
A discussão sobre a falta de medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes com câncer não é recente. São drogas importantes, antigas, algumas com mais de 50 anos e que não despertam mais interesse comercial do fabricante. Temos drogas novas e mais caras, recorrentes queixas de governos e convênios médicos sobre a judicialização da saúde e altos custos.
O desabastecimento de medicamentos essenciais piorou, com o aumento do número de drogas na lista. Uma das drogas ícones é a L-asparaginase que, atualmente, não possui mais registro no Brasil. Embora antiga, a L-asparaginase é um pilar no tratamento da leucemia linfoblástica aguda e sua não utilização pode derrubar índices de cura de 85% para menos de 40%. A actinomicina-D, fundamental no tratamento de um câncer pediátrico renal chamado tumor de Wilms, curável em 90% dos casos, divide características parecidas com a L-asparaginase.
Ambas são drogas baratas, essenciais, antigas e eficazes e com problemas de desabastecimento. As duas são hoje importadas pelo Ministério da Saúde, numa situação emergencial que já perdura algum tempo. É louvável esse esforço do ministério em resolver situações de emergência, mas quando as emergências vão se acumulando deixam de ser emergências e passam a ser rotina, uma rotina perversa. O melfalano, fundamental para a realização de transplantes de medula óssea, em adultos com mieloma, crianças com neuroblastoma e pacientes com linfomas de todas as idades, tem sérios problemas de abastecimento. Isso está dificultando a realização de transplantes em todo país, em pacientes de todas as idades e de todas as classes sociais. O problema não é mais do SUS, é do Brasil.
O mieloma talvez seja o melhor exemplo do paradoxo atual. Novas drogas vêm, nos últimos 20 anos, aumentando a sobrevida e a qualidade de vida desses pacientes. Em breve teremos no Brasil duas novas promissoras terapias, o carfilzomib e o daratumomabe, sendo que esta última tem um mecanismo de ação completamente diferente das drogas que a precederam. Só que, sem o melfalano, o impacto das novas (e caras) drogas, ficará totalmente prejudicado pela ausência de uma parte essencial do tratamento. Para não ficar restrito somente às drogas para pacientes com câncer, há o caso da penicilina, fundamental para o tratamento de doença que já foi fatal como a sífilis.
Qual o problema que faz a penicilina tornar-se uma droga cada vez mais difícil de ser encontrada?
Ser barata, efetiva, antiga, bem conhecida e com poucos efeitos colaterais. Alguns pontos positivos podem ser destacados. A Anvisa acatou algumas sugestões de um grupo de trabalho liderado pelo Inca e hoje os laboratórios são obrigados a informar com antecedência de um ano sobre a suspensão da comercialização de medicamentos e informar por qual razão o medicamento está sendo suspenso, dando algum tempo para que se trace uma estratégia para lidar com a situação. Observa-se que a maioria das suspensões de comercialização ocorre por falta de interesse econômico.
Um laboratório está registrando uma versão da L-asparaginase para ser comercializada no Brasil, todavia, nada nos garante que será dada prioridade a esse registro. Lamentavelmente, outras sugestões, como a produção de medicamentos essenciais por laboratórios públicos nacionais e regimes diferenciados de tributação e agilidade no licenciamento de medicamentos essenciais não prosperaram.
Enquanto transitam ações no Supremo Tribunal Federal por novos e caros tratamentos, enquanto no Congresso Nacional, uma lei foi aprovada para o fornecimento de uma substância sem os testes adequados, enquanto governos e seguradoras gritam contra o alto custo dos medicamentos e a judicialização da saúde, enquanto pacientes e associações clamam pela última tecnologia indicada pelo dr. Google, dezenas de medicamentos altamente eficazes, baratos e essenciais vão desaparecendo do mercado.
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Genéricos avançam e já são 28% das vendas nas farmácias independentes
25/10/2016 - DCI
São Paulo - Se no início da venda dos medicamentos genéricos no Brasil havia uma resistência do consumidor em comprá-los, hoje isso já não é mais uma barreira. Essa mudança na percepção, aliada ao efeito crise, vem impulsionando a categoria e fez com que, nos últimos cinco anos, sua fatia no faturamento das independentes mais do que dobrasse.
É o que aponta a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), que representa 9.334 drogarias espalhadas pelo Brasil. Segundo a entidade, a fatia que essa categoria possui hoje na venda total de medicamentos das associadas é de 28%. Cinco anos atrás essa participação não passava dos 13%. Em termos de unidades vendidas, a representatividade é ainda maior e já ultrapassa os 40%, aponta o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.
Os produtos genéricos, que começaram a ser vendidos no Brasil a partir de 1999, só ganharam maior relevância para o brasileiro nos últimos seis anos, afirma o executivo. "Há dois fatores principais que explicam isso: os consumidores e os próprios médicos passaram a confiar mais e a recomendar esses medicamentos; e, mais recentemente, a crise econômica fez com que o cliente se preocupasse mais com o preço na hora da compra", afirma.
Para o dono da farmácia Farmaluz, da rede Entrefarma, José Lucio Alves, outro aspecto que influiu na maior aceitação do consumidor foi o programa 'Aqui tem Farmácia Popular', do Governo Federal. "Mais de 90% dos medicamentos oferecidos pelo programa são genéricos, o que fez com que o cliente passasse a usar esses produtos, e percebesse que a qualidade é igual aos de marca", diz.
O FATOR PREÇO
Essa maior preocupação em economizar fica clara em um estudo realizado recentemente pela entidade, que mostra que dos consumidores que decidiram trocar de medicamentos na hora da compra (45%), quase a totalidade deles (97%) optou por um produto com um preço inferior ao inicial.
Nesse contexto, os genéricos - que por lei devem ser pelo menos 35% mais baratos do que os de referência -, têm ganhado os olhos do cliente. Ainda de acordo com o levantamento, 37% dos compradores optaram por essa categoria, enquanto 32% escolheram os medicamentos de marca, e 31% levaram ambos.
Na Farmaluz, que possui quatro unidades no interior de Minas Gerais, a participação dos genéricos no faturamento total dos medicamentos já representa 35%, sendo que há cinco anos o valor era de 12%.
Diante dessa maior propensão do consumidor em comprar os genéricos, Alves afirma que a loja tem buscado ter um mix completo desses produtos. "Temos trabalhado também com a exposição nas gôndolas, dando mais destaque para essa categoria", afirma.
De acordo com ele, uma das vantagens de comercializar esse tipo de medicamento é que a margem de lucro é um pouco maior, em comparação aos de referência. "A lucratividade acaba sendo maior porque conseguimos negociar melhor com o fornecedor. Mas, ao mesmo tempo, temos que vender um volume maior desse produto para ter o mesmo faturamento", explica.
Na rede de drogarias Maxifarma, que possui 112 operações no estado do Paraná, esse crescimento também tem sido expressivo. Se em 2011 a fatia dos genéricos nas vendas de medicamentos era de pouco mais de 6%, atualmente já ultrapassa os 30%. "Antes quase não conseguíamos vender o genérico. Você oferecia para o consumidor e ele não aceitava. Até porque muitos médicos colocavam na receita essa orientação", afirma o proprietário da rede, Edenir Sandona.
Apesar dos avanços em relação ao consumo de genéricos, Alves, da Farmaluz, afirma que nas cidades do interior, a resistência dos médicos ainda é um empecilho. "Em cidades pequenas os médicos muitas vezes ainda são influenciados pela indústria farmacêutica e acabam dando preferência para o produto de marca", diz.
Os dois empresários ouvidos pelo DCI acreditam que a tendência é que essa categoria cresça ainda mais nos próximos anos. "Deve aumentar muito mais a participação dos genéricos no futuro, no Brasil, até porque nos países desenvolvidos a maior parte das drogarias já trabalha dessa forma", ressalta Alves.
Entre as grandes redes de farmácias esse crescimento também vem se mostrando constante e significativo. Segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que representa as 26 maiores do ramo, de janeiro a setembro deste ano a venda de genéricos representou um faturamento de R$ 3,459 bilhões. O valor foi 13,87% superior ao registrado no mesmo período de 2015. Em relação a 2011 a alta é ainda mais expressiva, já que naquele ano o montante foi de apenas R$ 1,308 bilhão.
Redes associativistas crescem mais que a média do segmento
25/10/2016 - DCI
São Paulo - Apoiado em compra conjunta e união na hora de negociar com fornecedores, as redes associativistas do ramo de farmácias estão crescendo acima da média do setor. A perspectiva da IMS Health é que o avanço de dois dígitos continue neste ano.
Segundo o diretor de relacionamento do IMS Health, Eduardo Rocha, as associadas à Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias somam 52 bandeiras. "Para se ter ideia da relevância destas farmácias, elas representam cerca de 10% de todo o mercado nacional e atingiram R$ 8,5 bilhões em faturamento nos últimos doze meses", diz.
Em média, o mercado de farmácias cresceu 11,4% no período de um ano finalizado em julho de 2016, enquanto as redes associadas a Febrafar elevaram seu faturamento em 13,1% no mesmo período. "As lojas que migraram para a Federação tiveram um crescimento muito mais expressivo, atingindo o índice 23% em unidades de medicamentos vendidos." O ganho das associadas à Federação soma 9,7% do total do setor farmacêutico.
Alckmin: Planos privados deveriam pagar por serviços de saúde públicos
24/10/2016 - Valor Econômico / Site
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta segunda-feira o ressarcimento pelos planos de saúde de serviços prestados pela rede pública aos segurados.
Em evento no Palácio dos Bandeirantes, o governador afirmou que “entre 15% e 20%” dos pacientes da rede pública paulista têm convênios com a rede privada. “Esse tipo de prática [o ressarcimento] ajudaria a cobrir o déficit da saúde”, declarou, ressaltando que o modelo já é adotado em outros países.
Alckmin assinou nesta manhã portarias para a liberação de serviços prestados por entidades filantrópicas e por Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que passarão a contar com R$ 98 milhões adicionais em repasses federais. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, também esteve presente.
O pagamento pelos serviços prestados aos segurados no setor privado pela rede pública é uma das medidas de economia propostas pelo governador para aperfeiçoar a gestão da Saúde. Ele mencionou ainda a redução de desperdícios, do que chamou de “excesso de intervencionismo”, referindo-se a exames e procedimentos desnecessários, e às perdas de recursos decorrentes da judicialização da saúde, uma conta que chega a R$ 1,2 bilhão no Estado.
Para a União, essas perdas atingem R$ 7 bilhões, disse o ministro da Saúde. “Esses são recursos deslocados de outras áreas para cobrir as decisões dos processos judiciais”, afirmou.
Ribeirão faz biópsia ocular inédita
25/10/2016 - DCI
Uma técnica inédita para análise patológica de tumor ocular acaba de ser realizada com sucesso pela Equipe do Setor de Oncologia Ocular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP.
Chamada biópsia aspirativa, nela é recolhida uma amostra com agulha fina de um tumor de coroide, membrana que envolve o olho.
O professor Rodrigo Jorge, responsável pelo procedimento, explica que a incidência de nevus de coróide é de 6,5% (tumor benigno da coróide) na população entre 49 e 97 anos de idade de acordo com o estudo americano "Blue Mountain". "Numa população de 6 milhões que é drenada para o Hospital terciário [HCFMRP-USP], teremos em torno de 200 mil pacientes com nevus [respeitadas as estatísticas americanas], sabendo-se que nem todos os 6 milhões estão entre 49 e 97 anos de idade. A transformação maligna do nevus ocorre em 1 para cada 9 mil casos. Portanto, teremos em torno de 40 casos de melanoma por ano na região para serem diagnosticados e tratados."
Segundo o professor Jorge, a biópsia "consiste na aspiração de uma pequena quantidade de células da lesão tumoral para verificar se a amostra é um câncer ou um tumor benigno". Ele lembra ainda que o feito "só foi possível graças à expertise" de seu colega, o professor Fernando Chahud, do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
Chahud, avalia Jorge, foi capaz de analisar material obtido pela biópsia e "dar diagnóstico baseado na análise rebuscada das células tumorais". Para o professor Chahud, o desafio da nova técnica é o pequeno número de células do material coletado.
Antes esse tipo de procedimento era encaminhado para centros da capital paulista para diagnóstico e tratamento.
"Infelizmente, apesar de termos obtido sucesso na utilização da tecnologia, a primeira biópsia que realizamos identificou lesão maligna, com características de tumor agressivo, e foi preciso retirar o globo ocular para preservar a vida do paciente", explica Jorge.
Estado de SP assina convênio de R$ 98 milhões para a saúde
25/10/2016 - DCI
O governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin recebeu, ontem (24), o ministro da Saúde Ricardo Barros para assinatura das portarias de habilitação de serviços.
Assim, o Estado de São Paulo receberá mais R$ 98 milhões anuais para investir em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Santas Casas e entidades filantrópicas. Ao todo, 45 UPAs e 40 unidades da Santa Casa serão beneficiados por convênios, que serão enviados através do Ministério da Saúde. "Foi uma alegria receber o ministro. Ele assinou importantes convênios de credenciamento com prefeituras do Estado. São convênios extremamente importantes", declarou Alckmin.
Os convênios permitirão que os atendimentos de emergência e hospitalares realizados em todo o Estado sejam ampliados.A destinação do valor anual de R$ 48,2 milhões possibilitará, por exemplo, a habilitação de 40 entidades filantrópicas, incluindo hospitais e Santas Casas. Além disso, 25 UPAs receberão R$ 49,8 milhões por ano. Também serão enviados R$ 39 milhões em emendas às entidades assistenciais de saúde.
CAPITAL PAULISTA
A cidade de São Paulo investe cerca de R$ 9 bilhões por ano na área de saúde. Com 12 milhões de habitantes, esse investimento rende um valor per capita de R$ 750. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar, 52%, cerca de 6,2 milhões de paulistanos tem plano de saúde e, portanto, 5,7 milhões dependem apenas do SUS.
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O combate às fraudes na saúde
24/10/2016 - Revista Hospitais Brasil
Há algum tempo, a Abramge - Associação Brasileira de Planos de Saúde denuncia um dos maiores esquemas de desvios de recursos públicos e privados da área da saúde: as fraudes envolvendo Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs). Mesmo após a instauração de duas CPIs, uma no Senado e outra na Câmara dos Deputados, as informações que circulam nesta indústria são de que as máfias continuam a atuar.
O que você faria se descobrisse que o custo de um mesmo produto médico-hospitalar pode variar de R$ 30 mil a R$ 100 mil? E se soubesse que médicos e hospitais são comissionados para encomendar quantidades absurdas deste produto junto a um fabricante para apenas um procedimento, clinicamente desnecessário, em um único paciente? E que o custo deste desperdício contribui para lançar o reajuste anual da mensalidade do plano de saúde às alturas? Esses são alguns dos males que acometem a cadeia de valor das OPMEs, que anualmente drenam R$ 9 bilhões da saúde suplementar brasileira.
Recentemente, a diretora de desenvolvimento setorial da ANS, Martha Oliveira, admitiu que há indícios de abusos financeiros na distribuição desses materiais. A gestora anunciou que a agência deve promover medidas para inibir a cobrança de preços indevidos e práticas ilegais no segmento, entre elas, a adoção por parte dos planos de protocolos clínicos com indicação clara do uso de cada material e a padronização da nomenclatura de produtos idênticos ou similares. Segundo ela, sem esta padronização, os fabricantes alteram um pequeno detalhe no produto, como um parafuso, e elevam o preço em até 1.000%.
Embora os planos de saúde desenvolvam constantes mecanismos de controle sobre as OPMEs, as distribuidoras desses produtos exercem forte influência mercadológica junto à classe médica. Questões como a ausência de regras claras para a concorrência entre empresas e o pagamento de comissões para hospitais e médicos na comercialização têm pressionado os custos assistenciais das operadoras.
As mensalidades dos convênios de saúde são formadas a partir de cálculos atuariais que levam em conta uma média do valor e da frequência dos procedimentos realizados. Quando esta despesa evolui acima do esperado por causa de práticas nocivas, ocorre o aumento proporcional de custos, e a parte mais lesada é o fim da cadeia, ou seja, o consumidor.
Para se recompor financeiramente, as empresas são forçadas a repassar a despesa extra ao usuário na forma de reajustes de mensalidades. Com planos caros, muitos os abandonam e passam a depender exclusivamente da saúde pública. O que fazer para evitarmos esta triste realidade?
Há na cidade de Montes Claros (MG) uma série de inquéritos policiais junto à Justiça Federal, que investiga a suspeita de envolvimento ou omissão da direção de médicos e hospitais no esquema de fraudes no SUS, como venda de próteses coronárias e dupla cobrança de pacientes. Graças ao trabalho que vem sendo desenvolvido, o Ministério Público Federal denunciou diversos envolvidos no esquema que, sozinhos, teriam desviado milhões. Infelizmente, esses mesmos indivíduos voltaram a clinicar normalmente, sem qualquer restrição por parte dos conselhos regionais ou federais ou da Justiça.
Na outra ponta da cadeia, a Abramge está prestes a entrar na corte americana com uma ação contra as maiores indústrias de OPMEs dos EUA, de onde provêm 60% dos produtos médicos que são enviados ao Brasil, sob a justificativa de estarem comissionando os médicos brasileiros em troca de submeter pacientes clinicamente sadios a cirurgias para implantação de seus materiais.
As fraudes na saúde naquele país, inclusive, são um caso a parte. Recentemente o Departamento de Justiça norte-americano deflagrou uma operação na qual cobra 301 pessoas em todo o país por fraudar o sistema de saúde local em cerca de US$ 900 milhões, o que configurou a maior fraude da história tanto em termos de número de pessoas quanto de valores envolvidos.
Em um dos casos, uma clínica de Detroit era, na verdade, uma fachada para um esquema de desvios de medicamentos que faturou mais de US$ 36 milhões. Em outro, um médico do Texas foi acusado de participação em esquemas para faturar "serviços de home care desnecessários que muitas vezes não foram fornecidos". Nada, porém, que não tenhamos visto em terras brasileiras.
Recentemente, houve o escândalo na operação das ambulâncias do Samu em Goiânia, quando um conluio entre paramédicos, enfermeiros, médicos e donos de hospitais chegou ao absurdo de intencionalmente causar comas em pacientes que sofriam de males banais - e pior, ainda é investigado se essa prática levou alguém a óbito. Tudo isso para fraudar os planos de saúde e desviar dinheiro.
As operadoras, no entanto, vivem um momento dramático, lidando com margens operacionais abaixo de 1% e com um déficit superior a 1 milhão de beneficiários nos últimos meses. Mas elas têm feito sua parte, eliminando 10% em desperdícios operacionais e administrativos nos últimos oito anos.
O desafio agora é racionalizar os custos assistenciais, diminuir os índices de judicialização e mau uso dos materiais e, principalmente, combater essa sinistra cadeia de corrupção que põe em xeque todo o sistema de saúde brasileiro. Esta é, portanto, uma luta de todos.
SP terá recursos federais adicionais para área de saúde
25/10/2016 - Valor Econômico
O governo de São Paulo receberá R$ 98 milhões por ano em recursos federais adicionais para a área de saúde. O montante será distribuído entre 25 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em 24 municípios (R$ 49,8 milhões por ano) e 40 entidades filantrópicas, incluindo hospitais e santas casas, para as quais serão destinados R$ 48,2 milhões por ano.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinaram ontem, no Palácio dos Bandeirantes, as portarias de habilitação dos serviços. Em todo o país, serão beneficiadas 216 organizações filantrópicas, com um total de R$ 371,9 milhões por ano, e 99 UPAs (R$ 182 milhões).
Os cerca de R$ 550 milhões representam quase 15% do déficit anual estimado com Estados e municípios na área de saúde, R$ 3,5 bilhões referentes às obrigações da União no cofinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e que não chegam aos entes, disse o ministro. Os serviços priorizados foram os que ainda não contavam com a contrapartida.
O repasse, segundo o ministério, foi possível devido à economia de cerca de R$ 1 bilhão feita nos cem primeiros dias da atual gestão. O esforço combinou uma reforma administrativa, que extinguiu 417 cargos, revisão de contratos de informática, aluguel e serviços gerais e negociação na compra de medicamentos, vacinas e insumos, de onde vieram R$ 449 milhões da economia total.
"Fiz o compromisso com o presidente Michel Temer de economizar os R$ 3 bilhões no primeiro ano da gestão para cumprir nossas obrigações com todos os prestadores de serviços do SUS que estão realizando serviços sem receber a contrapartida da União", afirmou Barros a jornalistas.
A integração de nove sistemas de informação ao Conjunto Mínimo de Dados (CMD) também gerará economia adicional e maior eficiência no planejamento de atendimentos do SUS e saúde suplementar, disse o ministro.
Os municípios de todo o país têm até 60 dias para adotar o prontuário eletrônico, que alimentará a rede nacional de informações. Aqueles que não cumprirem a determinação ficam sujeitos ao não pagamento do Piso de Atenção Básica (PAB) Variável, que soma R$ 10 bilhões por ano.
Alckmin destacou as iniciativas que considera importantes para aperfeiçoar a gestão dos recursos da saúde. Ele defendeu, por exemplo, o ressarcimento pelos planos de saúde de serviços prestados pela rede pública aos segurados. O governador afirmou que "entre 15% e 20%" dos pacientes da rede pública paulista têm convênios com a rede privada.
O governador paulista mencionou ainda a redução de desperdícios, do que chamou de "excesso de intervencionismo", referindo-se a exames e procedimentos desnecessários, e às "perdas" de recursos decorrentes da judicialização da saúde, uma conta que chega a R$ 1,2 bilhão no Estado.
Esclareça 12 dúvidas importantes sobre HIV/Aids
24/10/2016 - Portal Brasil
O Brasil foi um dos primeiros países, dentre os de baixa e média renda, a fornecer, em 1996, tratamento gratuito para pessoas que viviam com Aids.
Enquanto isso, a maioria desses países aguardava financiamento internacional para suas respostas. Em consequência dessa política de acesso universal, o Brasil teve uma queda acentuada na taxa de mortalidade associada à doença.
O País hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (Terv) entre os países de média e baixa renda, com mais da metade (64%) das pessoas vivendo com HIV recebendo Tarv, enquanto que a média global em 2015 foi de 46%.
Confira 12 informações básicas sobre a doença:
1. O que é o HIV?
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida), ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.
2. Ter o HIV é a mesma coisa que ter Aids?
Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, mas podem transmitir o vírus a outros por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é importante fazer o teste regularmente e se proteger em todas as situações.
3. Como se pega o HIV?
O vírus HIV é transmitido por meio da relação sexual (vaginal, anal ou oral) desprotegida (sem camisinha) com pessoa soropositiva, ou seja, que já tem o vírus HIV, pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados e de mãe soropositiva (sem tratamento) para filho durante a gestação, parto ou amamentação.
4. Qual é a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus HIV?
O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino no ato sexual, seja ele anal, vaginal ou oral. Saiba aqui por que o preservativo é uma eficaz estratégia contra o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.
5. O posto de saúde disponibiliza camisinha masculina e feminina? Onde posso encontrar?
Os preservativos masculinos e femininos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também estão disponíveis para compra em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.
6. O HIV tem cura?
Ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos nessa área que possibilitam que a pessoa portadora do vírus tenha qualidade de vida.
7. Quais são os sintomas do HIV?
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da Aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. É na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV – tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença.
Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva de 8 a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar.
Por isso, a maioria dos casos passa despercebido. Caso haja suspeitas de infecção pelo HIV, procure uma Unidade de Saúde mais próxima e realize o teste.
8. Onde fazer o exame para saber se tenho HIV/Aids?
Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) são serviços de saúde que realizam ações de diagnóstico e prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis e, nesses serviços, é possível realizar testes para HIV, sífilis e hepatites B e C gratuitamente, assim como nas Unidades Básicas de Saúde. Aqui você consegue achar o CTA mais próximo da sua casa.
9. Mesmo não havendo ejaculação na relação sexual, é possível transmitir ou contrair o vírus?
O líquido que é expelido antes da ejaculação pode ter um pouco de sêmen, por isso, o contato com o pênis, mesmo sem penetração, pode apresentar risco de transmissão do vírus, caso um dos dois seja portador do HIV.
10. É possível contrair o vírus com beijos?
Não se contrai HIV pelo beijo. Porém, podem ser transmitidas doenças como gengivite, a herpes, mononucleose e até o condiloma acuminado (HPV), caso a pessoa infectada apresente lesões na garganta ou na boca.
11. É possível, sendo menor de idade, realizar o teste para saber se tenho HIV sem a presença dos meus responsáveis?
O estímulo ao diagnóstico precoce da infecção pelo HIV é uma prioridade para o Ministério da Saúde. Dessa forma, o acesso ao exame é um direito de todas as pessoas, independentemente da idade.
O Ministério da Saúde recomenda que:
– quando se tratar de criança (0 a 12 anos incompletos), a testagem e entrega dos exames anti-HIV só deve ser realizada com a presença dos pais ou responsáveis;
– quando for adolescente (12 a 18 anos), após uma avaliação de suas condições de discernimento, fica restrito à sua vontade a realização do exame, assim como a participação do resultado a outras pessoas.
12. É possível contrair HIV pela picada de um mosquito?
A transmissão do vírus HIV não é possível por mosquitos. Não há relato de que alguém foi contaminado e tenha desenvolvido Aids dessa maneira. Para saber mais sobre HIV/Aids, acesse o portal do governo com informações sobre a doença.
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