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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 21/10/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Preço de medicamentos regulados foi inferior à inflação nos últimos dez anos, diz secretário

20/10/2016 - Câmera dos Deputados


O secretário-executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, Leandro Safatle, disse nesta quinta-feira (20) aos deputados da Comissão de Seguridade Social e Família que a regulação de preços do setor fez com que, nos últimos dez anos, os medicamentos tivessem uma variação bem menor que a da inflação.

Safatle participou de audiência pública que debateu projeto de lei (PL 5230/16) que pretende incluir as fórmulas infantis na política de regulação de preços praticada pelo grupo interministerial.

Essas fórmulas são indicadas para crianças de até 3 anos que são alérgicas ou têm outros tipos de restrições alimentares. No caso dos lactentes, a questão é a alergia ao leite.


VARIAÇÃO DOS PREÇOS


O secretário explicou que, enquanto a média dos preços dos medicamentos variou 73,4% nos últimos dez anos, a inflação medida pelo IPCA variou 03,1%, e os demais produtos e serviços de saúde aumentaram 157,7%. Safatle não soube dizer, porém, se a regulação teria o mesmo efeito no caso das fórmulas. Segundo ele, seria necessário estudar esse mercado primeiro.

De acordo como secretário, o mercado de medicamentos voltou a ser regulado em 2000 após as conclusões da CPI dos Medicamentos, realizada pela Câmara. Antes disso, ficou sem regulação na década de 90, e os preços subiram mais de 130% acima da inflação.


DIAGNÓSTICOS ERRADOS


O presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, José Carlos Perini, afirmou que existem outros problemas a serem atacados em relação às crianças alérgicas. Um dos principais seria a indicação errada de dietas. Ou seja, diagnósticos feitos por profissionais de outras especialidades, por exemplo.

Ele disse que recebeu questionamentos do Ministério Público do Paraná sobre a incidência de alergia a leite, porque a prefeitura de Foz do Iguaçu estava tendo que arcar com altos custos com a compra de fórmulas, já que 17% das crianças foram diagosticadas com alergia.

Segundo Perini, a incidência deveria ser de apenas 2% entre lactentes, pois, segundo ele, de 60% a 80% adquirem tolerância até os 2 anos de idade.

"A criança quando nasce é intolerante a todos os alimentos. Eu sempre pergunto para a mãe: ele não tolerou leite? E feijoada, ele está tolerando? 'Mas eu não dou feijoada para bebê'. Por quê? Você deu leite? Qual é a diferença no organismo de uma criança entre o leite e a feijoada? Nenhuma, porque ela não conhece nenhum dos dois. Ela precisa da oportunidade de criar tolerância, precisa ser exposta de forma gradual a todos os alimentos".

O médico afirmou, porém, que as fórmulas infantis não são medicamentos e sugeriu ações como o aumento da concorrência no setor e a redução de tributação.

Ana Maria Giandon, da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres, se manifestou contrariamente à regulação afirmando que as fórmulas servem para nutrir e não para tratar.


TRATAMENTO DIFERENCIADO


Mas a deputada Flávia Morais (PDT-GO), autora do projeto, apesar de concordar com a necessidade de discutir mais o texto, afirmou que as fórmulas precisam, sim, de um tratamento diferenciado:

"Aqui vem um questionamento: 'não é medicamento, é alimento'. Mas não é só um alimento. Quem vai em uma farmácia comprar um leite de R$ 200 para o seu bebê se não for por prescrição médica?", questionou.

A deputada lembrou que um bebê pode consumir até 10 latas dessas fórmulas por mês.

Patrimônio líquido de 64 operadoras é negativo

21/10/2016 - Valor Econômico


Quatro operadoras de planos de saúde de grande porte, ou seja, com faturamento anual superior a R$ 500 milhões, estão com patrimônio líquido negativo (o valor das obrigações de curto prazo com terceiros é superior ao dos ativos). São elas: Unimed-Rio, Unimed Manaus e os convênios médicos que atendem servidores públicos Geap e a Capesesp.

Em 2007 e 2010, não havia nenhuma operadora de grande porte com descasamento entre ativo e passivo. Esse problema afetava, principalmente, os planos de saúde menores, com receita inferior a R$ 100 milhões.

Atualmente, há um total de 64 convênios médicos com patrimônio líquido negativo, sendo 50 de pequenos portes, de acordo com dados levantados pela Abramge, associação das operadoras de planos de saúde. "O problema é que a ANS demora muito para agir e tomar uma providência. Veja o caso da Unimed-Rio que já vem se arrastando há muito tempo e chegou a essa situação", disse Pedro Ramos, diretor da Abramge.

A Unimed-Rio está com um patrimônio líquido negativo de R$ 730 milhões e um endividamento financeiro e tributário superior a R$ 1 bilhão. Ontem, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que vai colocar mais um de seus diretores dentro da cooperativa, desta vez para acompanhar o atendimento médico - procedimento conhecido no setor como direção técnica.

Desde o ano passado, a Unimed-Rio está sob direção fiscal, ou seja, há um diretor da ANS acompanhando a situação financeira da cooperativa. "Implantar um regime paralelo de direção técnica é ineficaz porque a medida não evita que a situação chegue a um nível extremo", disse Rodrigo Araújo, advogado especializado na área da saúde.

Segundo fontes do setor, a agência reguladora deve determinar que cooperativa médica carioca repasse sua carteira formada por 830 mil clientes para o sistema Unimed e também venda seus ativos.

Entre 1999 e 2015, quase 2,5 mil operadoras de planos de saúde fecharam. Deste total, 44% tiveram seus registros cancelados pela ANS devido a diversos fatores como, por exemplo, liquidação da operadora que enfrentava problemas financeiros. A outra fatia de 56% foi de pedidos de cancelamento de registro feito pela própria operadora que pode ter vendido sua carteira de clientes para um concorrente ou ter sido adquirido por um grupo consolidador, segundo o levantamento da Abramge.

Em 2000, havia 1.458 operadoras de plano de saúde no mercado. Esse número caiu para 843 no ano passado. Já no segmento de planos dentais, houve uma redução de 32,6% para 330 operadoras. "A tendência é que o mercado brasileiro tenha oito grandes operadoras com atuação nacional, além de planos com presença exclusivamente regional", disse Ramos.

A margem operacional no setor é de cerca de 1% do faturamento - o que afeta, principalmente, os grupos pequenos que não têm escala. Muitas operadoras e seguradoras compensam essa margem reduzida com ganhos financeiros, uma vez que são obrigadas a fazer provisões de possíveis perdas futuras. No ano passado, o faturamento do setor foi de R$ 158,7 bilhões, aumento de 13,2% em relação a 2014. Neste mesmo período, as despesas médicas cresceram 12,8% para R$ 120 bilhões.

As margens devem ser ainda mais apertadas neste ano. No acumulado dos nove primeiros meses, mais de 1 milhão de pessoas perderam o plano de saúde. Com isso, há 48,3 milhões de usuários de convênios médicos no país. Além disso, em setembro, a taxa de sinistralidade do setor ficou em 85%, sendo que o patamar considerado lucrativo é 75%.




Governo investe R$ 6,4 bilhões em remédios e tecnologia

20/10/2016 - Portal Brasil


O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (20), que vai garantir o investimento de R$ 6,4 bilhão para incentivar a produção nacional de medicamentos, insumos e tecnologias em saúde. A aplicação deste recurso permitirá a geração de mais de 7,4 mil vagas de empregos qualificados; além de envolver cerca de 450 doutores especializados em pesquisas para auxiliar o desenvolvimento de medicamentos e produtos para a saúde.

A maior parte do recurso será destinada à produção de remédios. Outra irá para a construção de três fábricas para atender a demanda de medicamentos biológicos mais complexos e que respondem por 51% do orçamento de medicamentos do ministério. O investimento virá da iniciativa privada e, eventualmente, de laboratórios públicos.

As três novas fábricas serão parte da Fundação Oswaldo Cruz, do Instituto Butantan e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e atenderão as demandas de biológicos do país. As parcerias na área de biológicos prevêem investimentos que permitirão a produção de medicamentos para o tratamento de pessoas com câncer; soros contra raiva e picadas de animais venenosos; e vacinas para gripe, hepatite A e HPV, por exemplo.

Nos investimentos anunciados pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, também estão previstos R$ 740 milhões para produção de medicamentos direcionados a doenças raras e negligenciadas, o que permitirá a redução da judicialização e o aumento na ampliação da assistência e cuidados a pessoas que vivem com essas doenças.

Paciente também quer conforto e empatia

21/10/2016 - Folha de S.Paulo


Nos últimos anos, a rede de laboratórios Delboni Auriemo, uma das maiores do Brasil, viveu uma revolução. Suas 26 unidades mudaram por completo.

Investiu-se em tecnologia de ponta e melhorou-se a qualidade da equipe médica, quesitos fundamentais para uma empresa cujo maior compromisso é entregar exames com rapidez e resultados precisos.

“Nosso produto final é o laudo –e essa tem de ser a nossa prioridade”, diz Rafael Lucchesi, diretor-executivo regional do Delboni.

“Mas sabemos que comodidade, conforto, hospitalidade e empatia no atendimento também são muito importantes para o paciente.” Com investimento da ordem de R$80 milhões, a renovação da hospitalidade inclui, além da reforma e modernização dos serviços, o treinamento de todos os cerca de 2.300 colaboradores.

A equipe responsável pela reformulação do Delboni pensou em todos os detalhes. A reforma das unidades começou pela fachada. A comunicação visual foi padronizada e ficou mais evidente, facilitando o trânsito dos pacientes.

A recepção ganhou mobiliário mais moderno e mais luz com as cores claras das paredes e móveis.

Há mais posições de atendimento.

“Nosso paciente é muito sensível ao tempo de espera. Ele quer chegar em cima da hora,não ter de enfrentar burocracia no atendimento e fazer o exame rapidamente”, conta Lucchesi. “O paciente quer qualidade, mas com muita agilidade.” No novo Delboni, o tempo de espera na recepção está em torno de seis a sete minutos. No passado, era de 20 minutos, em média.

As reformas estenderam-se também para a ala de exames. Salas de espera, móveis e sistema de ar-condicionado, tudo foi refeito.

Outra mudança importante foi em relação ao serviço de alimentação, visando atender melhor os pacientes que precisam estar em jejum para a realização de exames.

Graças a uma parceria com a rede de cafeterias Grão Expresso, as unidades maiores do Delboni dispõem de lanchonetes. Nas menores, é oferecido aos pacientes um kit de lanche mais saudável e saboroso do que aquele que era oferecido anteriormente.

Frente à satisfação dos pacientes, a rede de laboratórios tem como estratégia para o futuro estar em constante renovação. Em 2017, o grupo planeja a inauguração de pelo menos mais três unidades.

“O paciente gosta de ficar perto da casa ou do trabalho. Serão unidades 100% novas, modernas e com bastante comodidade”, diz Lucchesi. Tudo isso sem tirar o foco na equipe médica e na inovação em tecnologia. “A qualidade técnica continua sendo a nossa maior preocupação”, resume o diretor-executivo.




Em São Paulo, fórum debate melhores práticas para o terceiro setor da saúde

20/10/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Com o objetivo de ampliar a participação de organizações de pacientes na melhoria dos tratamentos nos países latinoamericanos, acontece de 5 a 7 de novembro, em São Paulo, o 11º Fórum Alianza Latina - Melhores práticas para o terceiro setor de saúde.

Líderes de 50 entidades que atuam no setor foram convidadas e vão acompanhar workshops, palestras e dinâmicas realizadas por renomados profissionais, que visam atender as principais necessidades enfrentadas por eles no dia a dia em suas respectivas regiões.

Dentre os temas propostos nesta edição estão "A importância do trabalho em rede", "Dados abertos na América Latina - Desafios e novas perspectivas" e "Melhores práticas de gestão para o terceiro setor".

No dia 5, durante o evento, também acontecerá a terceira edição do Prêmio Alianza Latina, que vai beneficiar duas organizações-não-governamentais que apresentarem os melhores projetos. Serão entregues U$ 10 mil para as duas vencedoras, o valor deverá ser implementado na ação que as levaram à conquista.

O evento acontece no Hotel Sheraton São Paulo WTC, na avenida Nações Unidas, 1.2559. O valor para inscrição varia entre U$ 60 a U$ 700.

Para ter acesso à programação completa e fazer a inscrição, acesse o site do evento e para dúvidas escreva para contacto@redalianzalatina.org




Comissão debate dificuldades de acesso a tratamento de doenças raras

20/10/2016 - Câmera dos Deputados


A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados discute hoje as dificuldades no acesso ao tratamento e a judicialização sob a ótica do paciente acometido por doenças raras. O debate foi proposto pelas deputadas Mariana Carvalho (PSDB-RO), Dulce Miranda (PMDB-TO) e Carmem Zanoto (PPS-SC).

Mariana Carvalho explica que cerca de 13 milhões de pessoas no Brasil são portadoras de doenças raras. Segundo a deputada, mesmo com a “Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras e as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde”, validado pela Portaria 199/14, do Ministério da Saúde, há muito o que fazer.

“Para avançar nesta questão alguns projetos de lei relacionados às doenças raras ou medicamentos órfãos que estão atualmente em tramitação no Congresso Nacional terão que ter celeridade nas discussões. Hoje 26 proposições fazem parte dos debates”, defende a deputada.

Segundo Mariana, o ritual regulatório no Brasil para fabricação e distribuição de medicamentos dificulta o tratamento da maioria dos pacientes com doenças raras. “Algumas nunca chegarão a ter tratamentos aprovados se não houver uma visão moderna”, lamenta.

Segundo ela, estima-se que 7 mil tipos doenças foram identificados no mundo inteiro, sendo que 80% delas podem ser de origem genética. Outras se desenvolvem como infecções bacterianas e virais, alergias, ou têm causas degenerativas. A maioria, cerca de 75%, se manifesta ainda na infância.


CONVIDADOS


Foram convidados para discutir o assunto com os deputados:

- a procuradora da República Lisiane Braecher;

- o representante dos Pacientes Portadores de Doenças Raras (Casa Hunter), Antoine Daher;

- a presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica, Carolina Fischinger Moura de Souza; e

- a diretora da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Maria José Delgado Faguntes.

O debate será realizado às 14 horas, no plenário 7.




Saúde deve anunciar compra de kits de diagnóstico para zika

20/10/2016 - O Estado de S.Paulo / Site


O Ministério da Saúde deve anunciar nos próximos dias a compra de kits de diagnóstico para zika. Os testes serão usados na rede pública. De acordo com informações obtidas pelo Estado, a meta é de que os estoques do produto comecem a ser distribuídos em novembro.

A confirmação da infecção por zika é ainda considerada um desafio na rede pública. Os exames realizados atualmente nos serviços públicos usam uma metodologia cara e demorada. Trata-se do exame PCR, que busca traços do vírus em amostras coletadas do paciente. Os exames que serão adquiridos a partir deste ano se baseiam na identificação de anticorpos contra o zika, produzidos pelo organismo do paciente.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já concedeu registro para cinco testes de diagnóstico contra zika.

O kit rápido para diagnóstico é considerado como uma ferramenta importante sobretudo para acompanhar gestantes. A zika é uma doença que em 80% dos casos não apresenta sintomas. Quando afeta mulheres grávidas, no entanto, a infecção pode aumentar o risco de o bebê nascer com uma síndrome que pode levar à microcefalia, problemas nas articulações e visão. O exame também será útil para testar bebês. Hoje, quase um ano depois de o Brasil decretar emergência em saúde pública, há ainda um grande número de casos suspeitos de microcefalia aguardando confirmação. O equivalente a 30% dos casos notificados entre 2015 e 2016.

A ferramenta também é essencial para dar mais agilidade na análise de casos de pedidos para o Benefício de Prestação Continuada, concedido a crianças com microcefalia que vivam em famílias cuja renda per capita não ultrapassa um quarto de salário mínimo.




Dengue, chikungunya e zika ameaçam metade da população das Américas (Opas)

20/10/2016 - IstoÉ Online


Mais de 500 milhões de pessoas, a metade da população do continente americano, correm o risco de contrair dengue, chikungunya ou zika, vírus transmitidos pelo mosquito Aedes, afirmou a Organização Pan-americana da Saúde (Opas) nesta quinta-feira em Havana.

São “mais de 500 milhões de pessoas que residem em zonas de risco neste continente”, disse o diretor do Programa de Emergências em Saúde da Opas, Sylvain Aldigheiri, que deu uma conferência sobre a situação atual das doenças arbovirais (dengue, chikungunya, febre amarela e zika) nas Américas.

O especialista destacou que o vírus zika, detectado na região em maio de 2015 e declarado em fevereiro passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma “emergência sanitária global”, se propagou para “47 países e territórios”.

Segundo a Opas, até o fim de agosto passado foram reportados cerca de 600.000 casos de zika, 116.000 deles confirmados.

O zika é transmitido principalmente pela picada de mosquitos do gênero Aedes (aegypti e albopictus), embora o contágio também possa ocorrer por contato sexual, e está associado a malformações congênitas em fetos, como a microcefalia, e a transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré.

A chikungunya, que foi detectada na região em dezembro de 2013, se propagou “em dois anos para todos os territórios que haviam reportado dengue”, explicou Aldigheiri, após ressaltar que também foram registrados “mais de 1.300 casos confirmados de febre amarela em zonas selváticas” do continente.

Entre 2000 e 2014, foram reportados 14,2 milhões de casos de dengue na região, a arbovirose de maior prevalência na região, com 7.000 mortes, segundo a Opas.

Aldigheiri se pronunciou na sessão de abertura de uma reunião convocada pela Opas e pelo Ministério da Saúde de Cuba para reunir forças no combate contra este tipo de doenças.

A reunião permitirá “definir roteiros que iniciem a implementação da estratégia regional para a prevenção e o controle das arboviroses”, disse a diretora da Opas, Carissa Etienne.

“A situação epidemiológica” da região é “extremamente complexa”, devido aos altos níveis de infestação do mosquito transmissor, e constitui “um desafio que devemos abordar de forma integrada”, insistiu Etienne.

Especialistas discutirão durante dois dias a estratégia aprovada em setembro passado pelo conselho diretivo da Opas, que abrange a prevenção e o controle do vírus, o fortalecimento dos serviços de saúde para seu diagnóstico e conduta clínica, assim como a vigilância e controle dos vetores.




Mamografia não aumenta o risco de câncer na tireoide, diz especialista

20/10/2016 - IstoÉ Online


Todo mês de outubro, o movimento Outubro Rosa chama atenção para a realidade atual do câncer de mama e para a importância do diagnóstico precoce pelo mundo. A campanha divulga a importância da luta contra o câncer que mais mata mulheres em todo o mundo.

Neste ano, no entanto, as mulheres foram aterrorizadas por um vídeo enviado via WhatsApp, e que também circula no Facebook, no qual uma mulher não identificada diz que os casos de câncer de tireoide em mulheres estariam aumentando devido à realização de mamografias e radiografias odontológicas. A mesma mulher também critica os profissionais de saúde que fazem esses exames por não oferecerem aos pacientes protetores de chumbo para a garganta, parte do corpo que abriga a glândula tireoide.

Diante da polêmica surgida nas redes sociais e das dúvidas das mulheres se deveriam ou não fazer a mamografia preventiva, o Portal EBC conversou com o médico epidemiologista do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do INCA, Arn Migowski. Para Migowski, a mamografia é um exame muito seguro, mas não deve ser banalizada, sob o risco de favorecer o desenvolvimento de um câncer na mama. O médico também diz as mamografias não aumentam o risco de câncer na tireoide.

1) Mamografia aumenta o risco de câncer na tireoide?

Não. Isso é um mito. A dose de radiação que atinge a glândula tireoide durante a realização da mamografia é desprezível. A radiação da mamografia, apesar de muito baixa, deve ser controlada e monitorada e deve-se evitar o excesso desnecessário de mamografias de rotina, como ocorre em mulheres saudáveis que começam a ser rastreadas anualmente aos 40 anos ou antes, pois pode aumentar um pouco o risco de desenvolvimento do câncer de mama. Essa prática é muito comum no Brasil. A mamografia é um exame muito seguro, mas não deve ser banalizado.

2) O número de casos de câncer na tireóide aumentou? Quais são os fatores de risco para este tipo de câncer?

A incidência do câncer de tireoide vem aumentando. A principal causa é a prática de realizar check-up, ou seja, exames de rotina em pessoas assintomáticas. Dessa forma são descobertos cânceres que nunca dariam sintomas nem muito menos ameaçariam a vida da pessoa. Isso se chama sobrediagnóstico. Esse excesso de casos de câncer é geralmente tratado com cirurgia para retirada total ou parcial da tireoide. Esse excesso de tratamento desnecessário se chama sobretratamento. A única maneira eficaz de se diminuir o sobrediagnóstico e o sobretratamento do câncer de tireoide é deixando de se praticar exames de rotina (check-up) para esse câncer.

Nas últimas duas décadas, a disseminação da prática check-up com ultrassonografia de tireoide e punção por agulha não diminuiu a mortalidade por câncer de tireoide, mas aumentou em 15 vezes o número de casos diagnosticados na Coreia do Sul e dobrou esse número em países como EUA, Canadá, França, Itália, Austrália, China, Croácia, República Tcheca e Israel.

3) Por que o protetor para a tireoide não é oferecido espontaneamente pelos técnicos durante o exame?

Por não ser necessário.

4) O protetor pode prejudicar o resultado do exame? De que forma?

Sim, pode prejudicar gerando sobreposição ou dificultando o posicionamento. Isso pode gerar a necessidade de novas mamografias e isso sim aumenta desnecessariamente a dose de radiação para a mama.

5) Qual o conselho que você deixa para as mulheres nesse outubro rosa?

Evitem o excesso de exames de check-up. Eles trazem riscos à saúde e geralmente não trazem benefícios. O check-up para câncer de tireoide não deve ser feito. A mamografia de rotina, para rastreamento de câncer de mama, é indicada para mulheres assintomáticas (sem sinais e sintomas da doença) com idades entre 50 e 69 anos, uma vez a cada dois anos, diante de uma decisão consciente da mulher. Começar a fazer check-up com mamografia antes dessa idade ou fazê-lo mais frequentemente aumenta muito os riscos para a saúde da mulher e muito provavelmente não trará benefício. Os riscos que aumentam são de resultados errados da mamografia, de excesso de exames, de exposição desnecessária à radiação ionizante, de excesso de diagnóstico de câncer e de excesso de tratamento para câncer.

É fundamental que as mulheres de qualquer faixa etária conheçam bem suas mamas, para que saibam identificar suas variações normais e reconhecer os sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama. Caso percebam alterações suspeitas, a mulher deve procurar o serviço de saúde o quanto antes. Os sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo) persistente, geralmente indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço; e saída de líquido anormal pelo mamilo.

É importante também lembrar que cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de práticas como a manutenção do peso corporal adequado, alimentação saudável, prática regular de atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. A amamentação é também um fator protetor e deve ser estimulada.


MOVIMENTO OUTUBRO ROSA

O nome remete à cor do laço que simboliza mundialmente a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades.O movimento teve início nos EUA, onde vários estados tinham ações voltadas à prevenção do câncer de mama no mês de outubro, principalmente a partir da década de 1990.

Para sensibilizar a população e estimular o diagnóstico precoce, as cidades se enfeitavam com os laços rosas, principalmente nos locais públicos, mas depois surgiram outras ações como corridas, desfiles e etc. A ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes e teatros surgiu posteriormente e não há uma informação oficial de como, quando e onde foi efetuada a primeira iluminação. Neste ano, no Rio, dentre outros pontos, estão iluminados de rosa o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o prédio da Petrobrás e a Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, e, em Brasília, o Congresso Nacional, o Ministério da Justiça e o Palácio do Planalto, entre outros.

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