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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 19/10/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Anvisa proíbe venda de medicamento usado contra vermes

18/10/2016 - Extra (RJ) Online


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda, uso e distribuição do medicamento Albendazol 40mg/ml, que combate infecções causadas por vermes. A determinação foi publicada, nesta terça-feira, no Diário Oficial da União. A Anvisa indeferiu o pedido de renovação de registro feito pelo laboratório Brainfarma, fabricante do produto. A agência negou a continuidade de comercialização de todos os lotes do medicamento, determinando o recolhimento do estoque no mercado.

De acordo com o texto da publicação, os laudos de prova e contraprova, emitidos pela Fundação Ezequiel Dias, apresentaram resultado insatisfatório.

A Brainfarma informou que recorreu da decisão da Anvisa a respeito do lote B14D0370, “uma vez que análise realizada por laboratório autorizado pela Anvisa não encontrou irregularidades em amostra de controle”. O laboratório diz ainda que “em respeito ao consumidor, no entanto, a empresa recolheu voluntariamente o estoque remanescente do lote no mercado”. A Brainfarma disse ainda que não fabricou ou comercializou qualquer lote após o cancelamento do registro do produto junto à Anvisa, que foi motivado pela falta de interesse comercial da empresa em renovar o registro junto ao órgão. Segundo a empresa, “os lotes até então fabricados e comercializados não possuem qualquer desvio de qualidade, nem representam qualquer o risco à saúde”.


VERMÍFUGO RECOLHIDO


Em setembro do ano passado, a Anvisa havia determinado o recolhimento de um lote do medicamento Albendazol 400mg comprimido, da empresa Cimed Indústria de Medicamentos Ltda, com validade até agosto de 2016. A medida, motivada por um "desvio de qualidade", como informou a agência, e tinha validade de 90 dias.




Euforia da Bayer com remédio contra câncer esbarra em ceticismo

18/10/2016 - UOL


As promessas da Bayer de que ampliará as vendas de sua linha experimental de medicamentos -- dependente em grande parte de um tratamento não comprovado para um tipo incomum de câncer -- estão sendo recebidas com ceticismo.

O conglomerado alemão está confiando nos sinais positivos dos primeiros testes em seres humanos para projetar mais de 2 bilhões de euros (US$ 2,2 bilhões) em vendas anuais do anetumab ravtansine caso consiga aprovação regulatória para usar esse medicamento no tratamento de diversos tipos de câncer, disse o diretor de oncologia da Bayer, Robert LaCaze, em entrevista, neste mês.

O primeiro obstáculo, que é crucial, será o sucesso entre os pacientes com mesotelioma, tumor causado por exposição ao amianto que afeta a fina camada de tecido que reveste órgãos vitais.

"A Bayer está sentindo certa euforia em relação ao produto experimental anetumab, algo que não consigo entender nesse momento", disse Markus Manns, que ajuda a gerenciar cerca de 275 bilhões de euros em ativos na Union Investment, uma das 20 maiores acionistas da companhia. "Ainda não foram publicados muitos dados a respeito."

Pressionada a mostrar que sua unidade farmacêutica não será afetada pelo plano de adquirir a gigante de produtos químicos agrícolas Monsanto por US$ 66 bilhões, a Bayer vendeu o tratamento em uma reunião com investidores no mês passado.

A companhia prevê 6 bilhões de euros de pico de receita anual com os medicamentos experimentais que espera lançar dentro de cinco anos, sendo que a maior fatia virá do anetumab. Os números não impressionaram os investidores e as ações da empresa se mantiveram praticamente inalteradas.

"Assim como acontece com qualquer fármaco, é preciso ser cauteloso e otimista ao mesmo tempo", disse LaCaze. "Vimos alguns dados preliminares bastante intrigantes que nos deixaram otimistas."

Alguns dos 16 pacientes com mesotelioma que tomaram a dose mais elevada de anetumab ravtansine na primeira fase dos testes clínicos permaneceram em tratamento por mais de dois anos e meio, afirmou a Bayer nesta semana.

Esses estudos preliminares são desenvolvidos para testar se um remédio é perigoso e qual dose os pacientes devem tomar, não para determinar com certeza se ele funciona. No entanto, os pacientes que participaram do teste normalmente teriam uma expectativa de vida de cerca de quatro meses com os tratamentos padrão com quimioterapia, segundo a companhia.

Desenvolvido com tecnologia da ImmunoGen e da MorphoSys, o tratamento experimental ataca a mesotelioma, uma proteína presente na superfície de muitas células tumorais, para evitar que cresçam e se dividam.

"Para nós, 6 bilhões de dólares em receita em 2021 é bom demais para ser uma projeção realista", disse David Moss, que ajuda a administrar mais de US$ 238 bilhões em ativos, incluindo ações da Bayer, na BMO Global Asset Management em Londres. "É a cereja do bolo, se conseguirem."

USP vai congelar sangue de brasileiros para construir ‘banco de genes’

18/10/2016 - Brasileiros


A USP (Universidade de São Paulo) iniciou projeto para um banco de genes só com material genético da população brasileira. A universidade vai congelar o sangue de voluntários e transformar o material em células-tronco. Uma biblioteca inicial com 23 linhagens celulares já foi criada por cientistas do LaNCE (Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias) da universidade. Estudo com resultado de análise parcial foi publicado no Scientific Reports.

Além do conhecimento da diversidade genética da população, a ideia da USP é fazer o estudo genético de doenças comuns como a hipertensão.

O banco também poderá ser utilizado para testes de medicamentos – em alguns casos, com a possibilidade de substituição de testes em animais.

As células-tronco desenvolvidas pela USP são do tipo pluripotentes -aquelas com potencial de se transformarem em qualquer tecido do corpo humano. Com isso, células cardíacas, por exemplo, podem indicar se o novo medicamento é tóxico para o coração.

Outra possibilidade é a realização de testes com medicamentos já existentes para verificar o porquê de não terem eficácia para um determinado grupo de pacientes. Em muitos casos, a resposta está na genética.

O projeto teve a parceria do Estudo ELSA-Brasil (Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto), um estudo coordenado pela USP e financiado pelo Ministério da Saúde. O ELSA é um projeto que tem a participação de 6 universidades públicas brasileiras. No projeto de longo prazo, cientistas seguem 15 mil brasileiros com exames e entrevistas periódicas.

A parceria entre os projetos vai permitir que o banco genético colha o sangue de parte desses participantes. Vários estudos, então, serão produzidos pelo cruzamento da genética com as entrevistas periódicas.


ESTUDO PUBLICADO NA NATURE


A USP já conseguiu, com esse material, analisar a composição genética de parte da população. A universidade congelou material genético de 1.872. Desse número, células de 18 indivíduos foram reprogramadas e transformadas em células-tronco.

Desse total, a análise mostrou que as células têm uma contribuição europeia que varia de 14,2% a 95%; africana de 1,6% a 55%; e indígena de 7% a 56%.




Novo laboratório no Brasil usará inteligência artificial para fazer previsões em saúde

19/10/2016 - G1


A mesma tecnologia que possibilita que um aplicativo indique qual é o caminho sem trânsito ou sugira quais séries você deve gostar de assistir pode revolucionar a saúde num futuro próximo. Um laboratório que será inaugurado este mês na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) já está usando os conceitos de big data e machine learning para fazer previsões importantes para a saúde pública.

O machine learning é um tipo de inteligência artificial em que o computador usa dados coletados (conjunto chamado de big data) para reconhecer padrões e tendências de modo a “aprender” com a experiência e fazer previsões seguras.

“A ideia é incentivar o uso de dados e métodos rigorosos para resolver os principais problemas de saúde pública no Brasil”, diz o economista Alexandre Dias Porto Chiavegatto Filho, professor da FSP-USP e coordenador do Laboratório de Big Data e Análise Preditiva em Saúde (Labdaps).

Um exemplo de como isso já está sendo aplicado é o supercomputador Watson, da IBM. Capaz de “ler” uma quantidade enorme de artigos científicos, diretrizes de sociedades médicas, base de dados de pacientes, o sistema usa toda essa informação para ajudar médicos a fazerem diagnósticos difíceis ou pesquisadores a encontrarem moléculas candidatas a tratar determinadas doenças, por exemplo.


ZIKA, DENGUE E CHIKUNGUNYA


Na USP, um dos projetos em desenvolvimento pelo Labdaps vai buscar prever qual a probabilidade de um determinado paciente que chega a um serviço de saúde com suspeita de zika, dengue ou chikungunya realmente ter uma dessas doenças.

O sistema vai coletar dados de milhares de pacientes que chegam aos serviços com suspeita dessas doenças em momentos de surto, como o que vivemos hoje. Ao observar as características dos pacientes que tiveram o diagnóstico confirmado, o sistema identifica padrões capazes de prever quais futuros pacientes têm maior probabilidade de realmente ter a infecção.

“A ideia é ajustar e treinar esse algoritmo para ver se ele consegue, com base nas características da pessoa, sintomas, região, indicar se ela provavelmente tem ou não tem a doença”, explica Chiavegatto Filho. Em momentos de crise, em que é difícil atender todos ao mesmo tempo, essa triagem inicial ajudaria a focar os esforços nos pacientes com maior risco de estarem infectados.


PROBABILIDADE DE MORRER NOS PRÓXIMOS ANOS


Outro projeto em andamento no Labdaps envolve um grupo de mais de 2 mil idosos que começaram a ser acompanhados no ano 2.000. Até hoje, um terço dos participantes já morreram. Os pesquisadores estão coletando centenas de dados sobre os voluntários, como presença de doenças, hábitos, alimentação, prática de exercícios físicos, histórico de casamento, filhos, convivência social, entre outros.

A ideia é conseguir predizer o risco de morte de determinado paciente nos próximos 5, 10 e 15 anos com base em padrões verificados nessa amostra de dados. "São padrões complexos que a gente não entende muito bem, mas quando testamos, funcionam", diz o pesquisador.

"Nossos recursos em saúde são limitados, por isso tem que priorizar uma coisa à outra e focar em pessoas que mais precisam do serviço de saúde. A ideia é ajudar serviços de saúde a definir as prioridades em trigens de quem precisa de mais atenção."




J&J lucra mais que o esperado no 3o trimestre

18/10/2016 - UOL


A Johnson & Johnson divulgou nesta terça-feira lucro trimestral melhor que o esperado e disse que a divisão de fármacos seguirá crescendo, apesar do lançamento de um rival para seu medicamento para artrite, o Remicade.

A Pfizer anunciou na véspera que vai começar as vendas nos EUA do Inflectra, biossimilar do Remicade, no fim de novembro, com um desconto de 15 por cento sobre os preços no atacado atuais da J&J. Com vendas anuais nos EUA de cerca de 5 bilhões de dólares, o Remicade é o produto mais importante da J&J.

Os biossimilares são cópias próximas e visam permitir uma economia em comparação com produtos de marca mais caros. O Inflectra já está disponível na Europa.

No terceiro trimestre, a receita da J&J subiu para 17,82 bilhões de dólares, ante 17,1 bilhões um ano antes.

O faturamento de produtos farmacêuticos saltou 9,2 por cento, para 8,4 bilhões de dólares, guiado por forte crescimento dos medicamentos contra o câncer Imbruvica e Darzalex, além do Xarelto, para afinar o sangue. As vendas de Remicade nos EUA saltaram 9,4 por cento.

As vendas globais de dispositivos médicos subiram 1,1 por cento, para 6,16 bilhões de dólares no trimestre, enquanto as vendas de produtos de consumo caíram 1,6 por cento, a 3,26 bilhões.

A J&J elevou a parte inferior da previsão de lucro para o ano de 2016, de 6,63 para 6,68 dólares por ação. A empresa manteve a parte superior da previsão em 6,73 dólares por ação.

O lucro líquido da empresa subiu para 4,27 bilhões de dólares, ou 1,53 dólar por ação, no terceiro trimestre, ante 3,36 bilhões, ou 1,20 dólar por ação, um ano antes.

Excluindo itens especiais, a J&J lucrou 1,68 dólar por ação. Analistas em média esperavam lucro de 1,66 dólar por papel e receita de 17,74 bilhões, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.




Aumento da base de clientes puxa resultado da dona da Amil.

18/10/2016 - Valor Econômico / Site


A operadora americana de planos de saúde UnitedHealth, que no Brasil controla a Amil, registrou avanço de 23,2% no lucro do terceiro trimestre, para US$ 1,97 bilhão, na comparação anual.

A receita da empresa subiu 11,6% de julho a setembro, para US$ 46,3 bilhões, em relação ao mesmo período de 2015.

Segundo a companhia, o resultado foi beneficiado por um aumento da base de clientes em 2 milhões de pessoas no mercado doméstico.

“Nossos indicadores de crescimento estão positivos nesse fim de ano, e esperamos estar bem posicionados em 2017 para melhor servir os consumidores e entregar mais valor para o sistema de saúde global”, disse Stephen Hemsley, presidente da UnitedHealth Group.

Com o resultado, a companhia revisou suas projeções de lucro por ação para 2016 de um intervalo de US$ 7,25 a US$ 7,4 para uma meta de US$ 7,45.

No trimestre, o lucro por ação foi de US$ 2,03, com aumento de 23%.

Enxaqueca ligada a bactérias da boca

19/10/2016 - Correio Braziliense


Todos que sofrem de enxaqueca têm uma lista de itens a serem evitados, sob risco de a dor lancinante voltar. Alguns fogem de lugares com som muito alto, outros fazem de tudo para não pegar frio. Um item, contudo, parece marcar presença na maioria esmagadora de listas: a alimentação. O produto pode variar, mas é raro encontrar alguém vítima da dor de cabeça que não aponte algum ingrediente que parece facilitar uma crise.

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego (UC San Diego) decidiram dar crédito aos pacientes e investigaram mais a fundo por que alimentos são tão mencionados como gatilhos para a enxaqueca. A pesquisa acabou encontrando uma relação entre as crises e a população de bactérias que habitam o organismo humano.

Usando dados de uma ampla pesquisa que recolhe amostras da microbiota da população norte-americana, eles notaram que a doença é mais comum nos indivíduos que abrigam uma quantidade consideravelmente maior de micro-organismos especializados em degradar o nitrato. Os resultados do estudo foram publicados ontem na revista especializada mSystems, editada pela Sociedade Americana para Microbiologia.

“Circula uma ideia de que certos alimentos favorecem enxaquecas, como chocolate, vinho e, especialmente, comidas que contêm nitratos”, explica, em um comunicado à imprensa, Antonio González, analista no laboratório do professor Rob Knight na UC San Diego. “Nós pensamos que, talvez, houvesse uma conexão entre a microbiota de uma pessoa e o que ela come”, completa González, que assina o artigo como principal autor.


EFEITO COLATERAL


O nitrato é um composto encontrado em alimentos como carne processada, vegetais folhosos verdes e certos medicamentos. Algumas bactérias presentes na cavidade bucal conseguem transformá-lo em nitritos, que, quando ganham a corrente sanguínea, podem ser convertidos em óxido nítrico (NO), um poderoso vasodilatador que pode ajudar a saúde cardiovascular, por melhorar o fluxo sanguíneo e reduzir a pressão.

Por causa desse efeito, drogas contendo nitrato são prescritas para pessoas com problemas cardíacos. Esses fármacos aliviam dores no peito e outros sintomas. No entanto, quase 80% dos pacientes relatam dores de cabeça fortes como efeito colateral dos remédios. Os autores do estudo especulam que o excesso de bactérias redutoras de nitrato podem gerar um efeito semelhante ao desses medicamentos.

González e sua colega de laboratório Embriette Hyde sequenciaram as bactérias encontradas em 172 amostras orais e 1.996 fecais. Os doadores do material preencheram um questionário indicando se sofriam ou não com enxaquecas e nenhum apresentava algum problema grave de saúde. A análise genética das amostras mostrou quais espécies de bactérias estavam presentes no sistema digestivo dos voluntários.

Com relação aos tipos de micro-organismos encontrados, não houve muita diferença entre os participantes que sentiam as fortes dores e os que não sofriam com o problema. Porém, uma análise realizada com a ajuda de uma ferramenta de bioinformática chamada PICRUSt evidenciou que os voluntários com enxaqueca apresentavam uma quantidade maior de bactérias capazes de degradar o nitrato. A presença era especialmente mais alta nas amostras orais, apesar de haver uma diferença significativa também no material fecal.

“Nós sabemos que bactérias redutoras de nitrato são encontradas na cavidade oral e acreditamos que elas estão relacionadas a uma melhor saúde cardiovascular. Mas, agora, temos uma potencial conexão também com a enxaqueca”, afirma Hyde, coautora do artigo.


FUTURO


Como próximo passo de investigação, os autores pretendem analisar grupos mais bem definidos de pacientes, separando-os por diferentes tipos de enxaqueca. Assim, eles esperam determinar se a microbiota oral realmente expressam genes redutores de nitrato. Outro objetivo é medir o nível de óxido nítrico no sangue e verificar se a relação com as crises se confirma.

González já consegue imaginar um produto que poderia ajudar a prevenir as enxaquecas no futuro. “Nós poderemos criar um enxaguante bucal probiótico que ajude sua saúde cardiovascular sem lhe dar enxaqueca. Por enquanto, contudo, não há muito a se fazer: “Se você suspeita que nitratos estão te dando dor de cabeça, você deveria evitá-los na sua dieta”.




Seguridade Social debate dificuldades de acesso a tratamento de doenças raras

18/10/2016 - Câmara dos Deputados


A Comissão de Comissão de Seguridade Social e Família discute nesta quinta-feira (20) as dificuldades no acesso ao tratamento e a judicialização sob a ótica do paciente acometido por doenças raras. O debate foi proposto pelas deputadas Mariana Carvalho (PSDB-RO), Dulce Miranda (PMDB-TO) e Carmem Zanoto (PPS-SC).

Mariana Carvalho explica que cerca de 13 milhões de pessoas no Brasil são portadoras de doenças raras. Segundo a deputada, mesmo com a “Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras e as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde”, validado pela Portaria 199/2014, do Ministério da Saúde, há muito o que fazer.

“Para avançar nesta questão alguns projetos de lei relacionados às doenças raras ou medicamentos órfãos que estão atualmente em tramitação no Congresso Nacional terão que ter celeridade nas discussões. Hoje 26 proposições fazem parte dos debates”, defende a deputada.

Segundo Mariana, o ritual regulatório no Brasil para fabricação e distribuição de medicamentos dificulta o tratamento da maioria dos pacientes com doenças raras. “Algumas nunca chegarão a ter tratamentos aprovados se não houver uma visão moderna”, lamenta.

Segundo ela, estima-se que 7 mil tipos doenças foram identificados no mundo inteiro, sendo que 80% delas podem ser de origem genética. Outras se desenvolvem como infecções bacterianas e virais, alergias, ou têm causas degenerativas. A maioria, cerca de 75%, se manifesta ainda na infância.

Foram convidados:
- a procuradora da República Lisiane Braecher
- o representante dos Pacientes Portadores de Doenças Raras (Casa Hunter), Antoine Daher;
- a presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica, Carolina Fischinger Moura de Souza
- a diretora da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Maria José Delgado Faguntes.




Coca e Pepsi lutam contra a obesidade, mas com segundas intenções

18/10/2016 - IstoÉ Online


Coca-Cola e Pepsico financiam com milhões de dólares influentes ONGs e entidades de saúde pública que lutam contra a obesidade para melhorar sua imagem e transformá-la em aliadas contra os impostos sobre as bebidas açucaradas, afirmam os acadêmicos americanos.

Os dois gigantes da bebida fizeram de 2011 a 2015 generosas doações a 96 associações americanas que lutam contra epidemias de saúde pública como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, adiantou o estudo realizado por Daniel Aaron e Michael Siegel, da Universidade de Boston.

A maioria dos recursos foram para organizações não governamentais, mas também para entidades vinculadas ao governo federal, assim como para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

As doações se tornaram maiores nos últimos anos, com intensas campanhas de sensibilização contra os riscos representados pela obesidade e pela necessidade de reduzir o consumo de refrigerantes, considerados pelos cientistas um fator favorável à obesidade e ao diabetes.

A Coca-Cola revelou recentemente ter destinado desde 2010 mais de 120 milhões de dólares ao financiamento de estudos científicos e a associações de luta contra a obesidade.

De acordo com o Center for Responsive Politics, uma organização independente, PepsiCo destina desde 2011 uma média de 3 milhões de dólares para lobbying.


DESVIAR A ATENÇÃO


Esse lobbying faz parte de uma estratégia de mercado dirigida a melhorar sua imagem com o público, afirmaram os dois acadêmicos.

“É para dizer ‘vejam, nós publicamos os problemas de saúde pública’ e ao mesmo tempo desviam a atenção do fato de que seus produtos contribuem para a epidemia da obesidade”, disse à AFP Michael Siegel.

Cerca de 35% dos adultos americanos são obesos e 69% tem sobrepeso, segundo números oficiais de 2012. Os gastos de saúde ligados à obesidade correspondem a um quinto das despesas totais de saúde dos Estados Unidos, de acordo com as mesmas fontes.

“Ao dizer ‘nós somos sócios de muitas organizações de saúde pública’ a indústria de refrigerantes dá a impressão de que também é parte da solução”, acrescentou Michael Siegel.

Para o nutricionista Keith-Thomas Ayoob, “não importa tanto a origem dos fundos”, mas, sim, sua utilização.

“O que me interessa saber é se essas doações beneficiaram os consumidores, se os ajudam a administrar melhor a diabetes”, disse.

Aaron e Siegel observaram que o lobbying intenso da Coca-Cola e da PepsiCo para eliminar toda a legislação contra as bebidas açucaradas põe as ONGs financiadas em uma posição de conflito de interesses.

É o caso de Save The Children, para a qual a Coca-Cola e a PepsiCo doaram cinco milhões de dólares em 2009. Um ano mais tarde, essa ONG abandonou seu pedido para a criação de um imposto às bebidas açucaradas, aconselhado pela Organização Mundial de Saúde para lutar contra a obesidade e a diabetes.

Contactada pela AFP, a organização afirmou que tem se dedicado à educação das crianças e não quis informar se recebe dinheiro dos produtores de bebidas.

A Academia de Nutrição e Dietética (AND) e a associação NAACP, que defende os direitos dos negros, se opuseram em 2012 a um projeto do ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, de reduzir o tamanho das latas das bebidas, depois de ter recebido fundos da Coca e da PepsiCo.

A AND, que rompeu seus vínculos com as duas companhias, declarou à AFP ter aceitado dinheiro “para chegar a um público amplo com mensagens para uma alimentação saudável”.


A NAACP NÃO RESPONDEU ÀS PERGUNTAS DA AFP


Rhona Applebaum, encarregada de saúde da Coca, teve que se demitir no final de 2015 depois das revelações de que a empresa influenciava mensagens da ONG da luta contra a obesidade Global Energy Balance Network, da qual a Coca-Cola era um generoso doador.

“Sim, nós podemos divergir (…) sobre os impostos e políticas regressivas e discriminatórias contra nossos produtos, mas nossas ações nas comunidades (…) contribuem para responder ao complexo desafio que é a obesidade”, defendeu ABA, o grupo de lobbying da indústria das bebidas e do qual a Coca-Cola e a PepsiCo são membros.

Contatada pela AFP, a Coca-Cola a repassou à ABA, enquanto a PepsiCo preferiu não se manifestar.

A ABA prometeu gastar milhões de dólares em campanhas publicitárias em San Francisco e Oakland, especialmente, onde os moradores deverão se pronunciar nas eleições de novembro a respeito do imposto sobre bebidas.




Câncer de mama: mutirão de reconstrução mamária vai realizar 842 cirurgias

18/10/2016 - Portal EBC


Cerca de 840 mulheres que passaram por mastectomia – remoção de uma ou ambas as mamas – serão atendidas gratuitamente por cirurgiões plásticos para o procedimento de reconstrução mamária. O 2º Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária, coordenado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), acontece de 24 a 29 de outubro e deve contar com a participação de mais de 800 profissionais da área.

As pacientes que vão participar do mutirão já foram selecionadas e realizaram previamente todos os exames necessários para a cirurgia. A previsão é que pelo menos 842 procedimentos sejam realizados em 98 hospitais do país. Ao todo, 18 unidades da federação que contam com uma regional da entidade participam da ação. São eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Pará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal.


AUTOESTIMA


Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da SBCP, Luciano Chaves, destacou que a reconstrução da mama é parte integrante da proposta de tratamento para o câncer de mama implementada atualmente no Brasil, que envolve o diagnóstico, a cirurgia para retirada de parte da mama ou de toda a mama, a quimioterapia e a radioterapia e, por fim, a plástica reconstrutora. “A reconstrução mamária é um direito garantido em lei”, reforçou.

“O mutirão devolve a essas pacientes a autoestima. Estudos mostram que as mulheres reconstruídas têm menor chance de reincidir no câncer porque essas doenças estão relacionadas à produção de endorfina e ao equilíbrio emocional. Mulheres mastectomizadas são mais deprimidas, mutiladas, tristes. Mulheres reconstruídas retomam seu relacionamento afetivo, encontram um ponto de equilíbrio psicoafetivo e uma melhora do humor e do estado depressivo”, concluiu.


FILAS


Chaves ressalta que o Brasil registra cerca de 50 mil casos de câncer de mama anualmente. Desses, em torno de 12 mil pacientes morrem após o diagnóstico. Dos outros 38 mil, cerca de 5 mil conseguem fazer a reconstrução mamária pelo convênio ou plano de saúde, enquanto mais de 30 mil mulheres dependem da rede pública para o procedimento.

“Todos os anos, acumulamos aproximadamente entre 25 mil e 27 mil mulheres que ficam sem realizar a reconstrução mamária. O tempo médio de espera de uma mulher brasileira que permanece mastectomizada na rede pública gira em torno de dez anos. Na França, por exemplo, de cada 100 mulheres submetidas a mastectomia, 82 fazem a reconstrução no primeiro ano após o procedimento”, contou.

Segundo Chaves, em 2012, quando foi realizado o 1º Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária, 555 pacientes foram operadas no prazo de uma semana, enquanto a rede pública realizou 1.120 cirurgias em um ano. “É um mutirão de logística muito grande. Este ano, um grande facilitador foi a doação de 500 próteses mamárias por parte de uma empresa fabricante. No primeiro ano, dependíamos que as próteses fossem adquiridas pelas secretarias de saúde de cada estado”.


OUTUBRO ROSA


De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o tumor na mama é o segundo tipo mais comum de câncer registrado entre mulheres no Brasil e no mundo – atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A doença responde por cerca de 25% dos novos casos de câncer registrados todos os anos.

Considerado relativamente raro antes dos 35 anos, o câncer de mama aumenta sua incidência progressivamente a partir dessa faixa etária – sobretudo após os 50 anos. Apesar dos vários tipos de câncer de mama e da variação na evolução, a maioria dos casos, segundo o órgão, tem bom prognóstico desde que precocemente diagnosticado e tratado.

A estimativa é que cerca de 57.960 novos casos de câncer de mama sejam registrados no Brasil este ano. Em 2013, 14.388 pessoas morreram no país em razão da doença, sendo 14.206 mulheres e 181 homens (o tumor também acomete homens, mas de forma mais rara, representando apenas 1% do total de casos).

Em 2016, a campanha Outubro Rosa tem como tema "Câncer de mama: vamos falar sobre isso?". O objetivo é fortalecer as recomendações para rastreamento e diagnóstico precoce e desmistificar conceitos relacionados à doença. A data é celebrada anualmente no intuito de compartilhar informações, promover a conscientização e proporcionar maior acesso a serviços de diagnóstico e tratamento, além de contribuir para a redução da mortalidade.

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