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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 23/09/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Anti-inflamatórios preocupam farmacêuticos

22/09/2016 - Portal EBC


Artemisa Azevedo conversa no programa Falando Francamente com o farmacêutico Jairo Sotero e o assunto foi o uso errado de anti-inflamatórios.

Os anti-inflamatórios estão na lista dos medicamentos mais usados pela população, alguns sem prescrição médica, e vendidos livremente. O alerta de Sotero é que são medicamentos perigosos se usados sem acompanhamento médico até a forma farmacêutica que são comprimidos, drágeas, cápsulas, soluções, emulsões pode alterar o efeito da substância no organismo.




ONU se mostra preocupada com resistência a antibióticos

22/09/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Líderes do mundo inteiro pediram nesta quarta-feira uma mobilização de governos, médicos, laboratórios e consumidores para frear a ameaça crescente das chamadas superbactérias, resistentes a todos os antibióticos conhecidos, que geram um grande número de doenças cada vez mais difíceis de curar.

"A resistência antimicrobiana representa uma ameaça fundamental de longo prazo para a saúde humana, a produção de alimentos e o desenvolvimento", declarou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ao abrir a primeira reunião sobre este assunto convocada em uma Assembleia Geral da ONU.

"Estamos perdendo nossa capacidade de proteger tanto os humanos como os animais de infecções mortais", acrescentou.

Como exemplo, citou uma epidemia de febre tifoide resistente aos antibióticos que está se espalhando na África, a crescente resistência aos tratamentos contra a Aids e a progressão de uma forma de tuberculose resistente a antibióticos já registrada em 105 países.

Segundo um estudo britânico recente, estas superbactérias poderiam chegar a matar até 10 milhões de pessoas por ano em 2050, ou seja, serão tão mortais quanto o câncer.

"A situação é ruim e está piorando. Alguns cientistas falam de um tsunami em câmera lenta", expressou a diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan.

"Se continuarmos assim, uma doença banal como a gonorreia se tornará incurável. Você irá ao médico e o doutor se verá obrigado a te dizer: 'sinto muito, não posso fazer nada por você'", disse.

Chan ressaltou que durante anos não se desenvolveu nenhuma nova classe de antibióticos, e que o retorno do investimento neste tipo de medicamentos é insuficiente para a indústria farmacêutica.

Ela pediu uma ação coordenada de todos os setores, tanto públicos como privados, governos, profissionais de saúde, laboratórios e consumidores.

Estes últimos "devem poder comer carne sem antibióticos", disse, em relação à transmissão de infecções resistentes aos antibióticos a partir da carne de animais para os consumidores, amplamente documentada.

Para impulsar todos os agentes públicos e privados a participarem desta luta, os líderes reunidos em Nova York aprovaram uma declaração em que se comprometem a reforçar a regulação do uso de antibióticos, disseminar o conhecimento sobre este fenômeno, incentivar a busca de novas classes de antibióticos e estimular os tratamentos alternativos.




SUS passa a oferecer medicamento em forma de adesivo para Alzheimer

22/09/2016 – Bem-Estar


A partir de agora, pacientes poderão obter pelo SUS um medicamento contra Alzheimer em forma de adesivo para a pele. A incorporação da rivastigmina adesivo transdérmico ao SUS foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (22).

A rivastigmina já estava disponível no sistema público em cápsula e solução oral. Outros medicamentos oferecidos pelo SUS para tratamento de Alzheimer são a donepezila e a galantamina.

Lançado no Brasil em 2008, o adesivo de rivastigmina libera gradativamente o princípio ativo ao longo do dia. Por levar o medicamento direto à corrente sanguínea, sem passar pelo sistema digestivo, o adesivo diminui efeitos colaterais como náuseas, vômitos e perda de apetite. O adesivo deve ser aplicado sobre a pele uma vez ao dia.

O mal de Alzheimer, que atinge em média 7% dos idosos, pode causar perda de funções cognitivas. No entanto, se diagnosticada no início, é possível retardar seu avanço ou ainda controlar os sintomas, melhorando a qualidade de vida do paciente.




Câncer: como os novos medicamentos estão mudando a história da doença (ou das doenças)

21/09/2016 - Veja Online


O câncer não é uma doença única. Ele decorre de uma coletânea de doenças com características e evolução similares. Mesmo tumores que surgem e crescem no mesmo órgão, em pacientes diferentes, podem apresentar características muito diferentes em uma análise das alterações no DNA dos tumores. Estas diferenças explicam porque pacientes que aparentemente têm a mesma doença apresentam a sua evolução, e respondem aos tratamentos da mesma, de maneira distinta.

Os primeiros medicamentos contra o câncer eram basicamente venenos, usualmente direcionados contra células em rápida divisão, uma característica da maioria dos tumores. No entanto, mesmo células presentes no mesmo tumor podem ser afetadas de maneira distinta, e muitos tecidos normais dos pacientes também são afetados, levando aos temidos efeitos colaterais.

Foi testemunhado na última década um crescimento exponencial no nosso conhecimento sobre o processo de formação dos tumores, e hoje já conseguimos identificar diversas alterações moleculares no DNA, que são responsáveis pelo aparecimento e desenvolvimento de tumores específicos. O próximo passo é o de desenvolver medicamentos que atuam e bloqueiam estas alterações. Este tratamento molecular é mais interessante, e traz grandes promessas. Alguns poucos tumores já são completamente controlados com esta estratégia, e lentamente novos alvos são identificados e atacados.

O próximo passo será o desenvolvimento da biópsia líquida. O câncer libera células e DNA na circulação, e novas tecnologias estão permitindo que este material seja coletado através de um simples exame de sangue ou de urina. Em pouco tempo, um exame simples e rápido poderá não apenas determinar se o paciente tem um câncer, mas também qual seria a melhor opção de tratamento. Quando isso acontecer, teremos o verdadeiro tratamento personalizado.

A saúde que atrai bilhões

22/09/2016 - Exame


Em julho, as ongs europeias eyes for the World e Foundation Beautiful Vision International decidiram realizar um mutirão para fazer testes de visão na população que vive nas zonas rurais de Gana e Ruanda. Como é comum em várias partes da Africa, metade da população desses países vive no campo, e qualquer assistência médica fica a quilômetros de distância. Havia, porém, um problema para resolver — a crônica falta de médicos, sobretudo dispostos a percorrer o interior africano. A solução foi achar uma tecnologia que dispensasse o oftalmologista. As ONGs usaram um equipamento portátil que faz testes básicos de visão para detectar problemas como miopia e astigmatismo e envia os dados pela internet a um oftalmologista, que prescreve o tratamento. A tecnologia que permite esse tipo de exame foi desenvolvida pela startup EyeNetra, fundada na cidade americana de Boston pelo cientista da computação e empreendedor brasileiro Vitor Pamplona. Como pode ser operado por enfermeiros ou técnicos — e não apenas por oftalmologistas —, o aparelho da EyeNetra vem sendo comprado por óticas, hospitais, consultórios e médicos sem endereço fixo, além de governos e entidades beneficentes que o usam para fazer exames em massa em áreas remotas. Desde 2011, quando foi fundada, a EyeNetra já vendeu 2 500 desses equipamentos — que custam cerca de 1000 dólares cada um — para 57 países. "Para viabilizar o projeto, conversamos com 170 investidores", diz o catarinense Pamplona, que fundou a empresa quando fazia uma etapa de seu doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em parceria com seu orientador, Ramesh Raskar. Nos últimos quatro anos, a empresa recebeu 7 milhões de dólares, a maior parte do fundo Khosla Ventures.

Como Vitor Pamplona, dezenas de empreendedores brasileiros decidiram montar empresas de tecnologia ligadas ao setor de saúde nos últimos dois anos — e foram atrás de investidores para pôr os projetos de pé. A quantidade de empresas desse tipo triplicou em 2015 (existem cerca de 100 no país). "Um ecossistema está se formando", diz Manoel Lemos, sócio do fundo Redpoint, que investiu em duas empresas do segmento, a Memed, que criou um software de prescrição de medicamentos, e a Medicinia, de comunicação de pacientes. Quase 40% dos 18,5 bilhões de reais aplicados por fundos de private equity no Brasil em 2015 foram destinados ao setor de saúde. Parte desse dinheiro foi para grandes companhias — o banco BTG Pactuai vendeu por 2,4 bilhões de reais sua participação na rede de hospitais D'Or, na maior transação do ano. Mas o dinheiro também entrou no caixa de pequenas empresas especializadas num único produto ou serviço.

A LinCare, de Belo Horizonte, desenvolveu uma pulseira para idosos que monitora a pressão, os batimentos cardíacos e outros dados biométricos e tem um alarme de queda: se o usuário cair, um alerta é enviado ao celular de familiares. A paulista Vitta criou uma maquininha de cartão para clínicas e hospitais: os pagamentos são centralizados, mas o dinheiro é dividido de acordo com o trabalho dos médicos e depositado na conta de cada um no fim do mês. Fundada pelos administradores João Alkmim e Lucas Lacerda com outros cinco sócios, a Vitta acaba de receber um aporte de 3 milhões de dólares de fundos, entre eles o Arpex Capital, que tem os empresários Jorge Paulo Lemann. Mareei Teles e Carlos Alberto Sicupira como sócios.

O surgimento de startups no setor de saúde é um fenômeno mundial. Estima--se que haja 7 500 empresas nesse mercado, a maioria delas fundada de 2013 para cá nos Estados Unidos e na Europa. "É impossível uma organização deter 100% do conhecimento que precisa para avançar em tecnologia e atender bem seu paciente. Conhecer o que está sendo desenvolvido por outras empresas é uma alternativa interessante", diz Luiz Fernando Lima Reis, diretor de ensino e pesquisas do Hospital Sírio--Libanês, que, em conjunto com a consultoria Everis, premia startups inovadoras. O Hospital Albert Einstein também promove concursos para premiar essas empresas — as vencedoras podem usar as instalações do hospital para testar seus produtos. Em 2015, o Einstein firmou uma parceria com o laboratório de testes genéticos Genomika, de Recife, para ampliar sua gama de exames de sequenciamento genético. Empresas e hospitais estão atrás de novidades mas também de produtos e serviços que ajudem a reduzir custos. É esse o objetivo da paulista DoctorID, que criou um software para organizar a escala de plantões, e da cearense Mais Leitos, que faz a gestão de quartos em hospitais.

Quem quer investir em startups de saúde diz que o principal problema é encontrar empresas estruturadas. "Recebemos muitos projetos ousados. Mas, quando vamos analisar a fundo, descobrimos que as empresas não têm recursos técnicos, profissionais nem mesmo um ambiente adequado para testar os produtos", diz José Cláudio Terra, diretor de inovação do Einstein. Muitas dessas empresas faturam menos de 10 milhões de reais e, segundo executivos de mercado, a maioria não dá lucro porque reinveste o que tem em caixa. "As startups com mais chance de sucesso financeiro são as que fazem parcerias com grandes instituições de saúde, entendem a dinâmica do mercado e encontram nichos rentáveis", diz Rene Parente, diretor da área de saúde da consultoria Accenture. Outro entrave é a dificuldade de registrar patentes e aprovar produtos de saúde — o equipamento da EyeNetra não é certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, por isso, não pode ser vendido em larga escala no Brasil. Neste ano foi criado o Comitê Gestor da Estratégia e--Saúde, que reúne técnicos do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Saúde, da Anvisa, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, na tentativa de agilizar a digitalização da saúde. Não existe inovação capaz de dar ao governo a velocidade de uma startup — se a iniciativa fizer com que Brasília atrapalhe um pouco menos, já será uma vitória e tanto.




Profarma está prestes a comprar Rosário

23/09/2016 - Valor Econômico


A BR Pharma, varejista do setor de farmácias controlada pelo banco BTG Pactual, está prestes a fechar a venda da Drogaria Rosário, rede de farmácia do Centro-Oeste, por cerca de R$ 200 milhões para a Profarma, informou ontem o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor.

A Profarma, uma atacadista e varejista de produtos farmacêuticos, deve usar recursos próprios e contratar financiamento para comprar a Rosário, segundo uma fonte. Em março deste ano, a Profarma aprovou um aumento de capital de até R$ 140 milhões.

A Rosário, fundada em 1975, em Brasília, por Álvaro Silveira, um representante de empresa farmacêutica, passou a integrar a BR Pharma em julho de 2010. O site da Rosário informa que ela tem mais de 150 lojas distribuídas no Distrito Federal e nos Estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins.

A Profarma, uma das maiores distribuidoras de medicamentos do país, estreou no mercado de drogarias há três anos, com a compra das redes Drogasmil e Farmalife, com unidades no Rio de Janeiro. Também em 2013, no Rio, concluiu a compra da rede Drogarias Tamoio.

BR Pharma e Profarma chegaram a avaliar a possibilidade de unir operações, criando a maior distribuidora e varejista de medicamentos do país. Mas conversas, realizadas há cerca de três anos, não prosperaram.

A venda da Rosário, se confirmada, será a segunda feita pela BR Pharma. Em novembro do ano passado, a companhia vendeu a Mais Econômica, rede de farmácias no sul do país, para a gestora de private equity Verti Capital, por R$ 44 milhões.

A Big Ben, a maior rede do Norte do país e considerada o filé mignon da BR Pharma, tem atraído interesse. Ela tem receita bruta de R$ 1,5 bilhão e responde por cerca de 40% das vendas da BR Pharma. Está sendo avaliada pela Extrafarma, do Grupo Ultra. A Big Ben tem 257 lojas e foi comprada pela Br Pharma em 2011, por R$ 453 milhões.

Outra rede que está sendo negociada pela BR Pharma é a Sant'Ana. Fundada em 1945, ela conta com 120 lojas na Bahia, sendo 92 em Salvador e 28 no interior. É líder do varejo de farmácias local, mas a rede está algo envelhecida. A Sant'Ana entrou para a BR Pharma em 2012.

Procurada pelo Valor, a BR Pharma preferiu não se pronunciar. A Profarma não respondeu ao pedido de entrevista, até o fechamento desta edição.




STJ: Prazo para pedir restituição a plano de saúde é de três anos

22/09/2016 - Valor Econômico / Site


A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que prescreve em três anos o direito de pedir o ressarcimento de valores pagos a plano de saúde quando a cláusula de reajuste for declarada nula. Isso vale a partir da entrada em vigor do atual Código Civil (CC). Sob o código de 1916, o prazo era de 20 anos.

De acordo com o artigo 2.028 do atual CC, só seria aplicado o prazo antigo, se na data da entrada em vigor do novo código, em 2002, já tivesse transcorrido mais de dez anos.

Os ministros julgaram a questão em recurso repetitivo. Assim, a decisão oienta os magistrados sobre o posicionamento da Corte. Cerca de 4.745 processos sobre o assunto estavam suspensos, aguardando o julgamento.

O caso concreto referia-se à Unimed Nordeste. Por cinco votos a quatro, os ministros decidiram que não há prescrição para ingressar com ação judicial contra cláusula de reajuste de mensalidade do plano de saúde, enquanto estiver vigente o contrato. Quanto ao ressarcimento, a tese consolidada é a do ministro Marco Aurélio Bellizze.

“Na vigência dos contratos de plano ou de seguro de assistência à saúde, a pretensão condenatória decorrente da declaração de nulidade de cláusula de reajuste nele prevista prescreve em 20 anos (CC de 1916) ou em 3 anos (CC de 2002), observada a regra de transição do artigo 2.028 do CC de 2002”, diz a tese.




Plano inédito contra as superbactérias

22/09/2016 - Correio Braziliense


Combater as bactérias resistentes aos medicamentos faz parte da agenda global. Mas especialistas criticam a falta de medidas mais específicas em torno da questão. Ontem, durante a 71ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, líderes dos 193 países se comprometeram a delimitar melhor esse enfrentamento. Assumiram uma lista de compromissos que envolvem desde a apresentação de um plano de ação em dois anos à destinação de US$ 790 milhões para pesquisas na área. A união inédita de esforços tem a intenção de evitar a morte de 700 mil pessoas por ano.

“A resistência antimicrobiana ameaça a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e requer uma resposta global. Estados-Membros têm hoje acordada uma forte declaração política que fornece uma boa base para a comunidade internacional para avançar. Nenhum país, nenhum setor ou nenhuma organização pode resolver esse problema sozinho”, ressaltou H. E. Peter Thomson, presidente da assembleia geral, que convocou uma reunião de alto nível para tratar do tema.

As projeções em torno das superbactérias indicam que não se trata, mesmo, de um problema pontual. Iniciado em 2014, o estudo Review on Antimicrobial Resistance, encomendado pelo governo britânico, calcula que os micro-organismos superresistentes poderão matar 10 milhões de pessoas por ano a partir de 2050; ou seja, um óbito a cada três segundos. Para se ter uma ideia, atualmente, as complicações em decorrência de cânceres tiram a vida 8,2 milhões de pessoas anualmente.

No último dia 30, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que as doenças sexualmente transmissíveis comuns — clamídia, gonorreia e sífilis — podem se tornar intratáveis em função da queda na eficiência dos remédios disponíveis. Prescritas de forma errada ou abandonadas pelos pacientes no meio do tratamento, essas substâncias fazem com que os micro-organismo criem resistência à ação delas, ficando, assim, menos eficientes ao longo do tempo. No caso da gonorreia, algumas cepas das bactérias que provocam a doença “não reagem a nenhum dos antibióticos existentes”, conforme a OMS. A cada ano, 78 milhões de pessoas são acometidas pela infecção, que “duplica ou triplica o risco de uma pessoa se contaminar pelo com HIV” (Leia Para saber mais).


TAMBÉM EM ANIMAIS


A declaração — que pede uma mobilização de governos, médicos, laboratórios e consumidores para frear a ameaça crescente das superbactérias — é a quarta feita pela ONU sobre questões de saúde. A primeira se deu em 2001 e focou no combate ao HIV. Depois, em 2011, tratou das doenças crônicas. E em 2013, contra o ebola. Desta vez, os líderes se comprometeram a reforçar a regulação de antimicrobianos, promover melhores práticas e fomentar abordagens inovadoras que utilizem alternativas aos agentes antimicrobianos e de novas tecnologias de diagnóstico e vacinas, entre outros temas.

Os esforços envolvem o uso dessas substâncias tanto em humanos quanto em animais. “A resistência antimicrobiana é um problema não apenas em nossos hospitais, mas em nossas fazendas e em nossa comida. A agricultura deve assumir sua parte de responsabilidade, recorrendo a antimicrobianos mais responsável e reduzindo a necessidade de usá-los por meio de uma boa higiene das explorações agrícolas”, defendeu José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO).

Diretora-geral da OMS, Margaret Chan também ressaltou a responsabilidade da indústria no avanço das superbactérias. “Os consumidores devem poder comer carne sem antibióticos”, disse, na abertura da reunião especial sobre o tema. “Estamos perdendo nossa capacidade de proteger tanto os humanos quanto os animais de infecções mortais.” acrescentou. A estimativa é de que 70% dos antibióticos vendidos nos Estados Unidos sejam usados em animais.

Segundo Chan, nenhuma nova classe desse medicamento surgiu nos últimos anos. Há um desinteresse por essa área de pesquisa porque o retorno do investimento nesse tipo de remédio é insuficiente para a indústria farmacêutica. “A situação é ruim e está piorando. Alguns cientistas falam de um tsunami em câmera lenta”, alertou. “Se continuarmos assim, uma doença banal como a gonorreia se tornará incurável. Você irá ao médico e o doutor se verá obrigado a dizer: ‘Sinto muito, não posso fazer nada por você’”.

“Se continuarmos assim, uma doença banal como a gonorreia se tornará incurável. Você irá ao médico e o doutor se verá obrigado a dizer: ‘Sinto muito, não posso fazer nada por você” Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde.


ALERTA MAIOR NA ÁSIA


Conforme o estudo, coordenado pelo economista Jim O’Neil, a Ásia será o continente que mais sofrerá a ação letal dos micro-organismos resistentes: serão 4,73 milhões de mortes anuais. Em seguida, virão a África (4,15 milhões), a América Latina (392 mil), a Europa (390 mil), a América do Norte (317 mil) e a Oceania (22 mil). O trabalho também defende a criação de um Fundo de Inovação Global de US$ 2 bilhões para pesquisas em estágio inicial na área.


28 MILHÕES


Quantidade de pessoas que chegarão à condição de extrema pobreza até 2050 em decorrência da complicação de doenças não tratadas mais por antibióticos, segundo relatório do Banco Mundial.




Raia Drogasil distribuirá juros sobre capital próprio de R$ 49,2 mi

21/09/2016 - Valor Econômico / Site


O conselho de administração da Raia Drogasil aprovou, em reunião extraordinária realizada nesta quarta-feira, a distribuição de juros sobre capital próprio no valor bruto de R$ 49,2 milhões, equivalentes a R$ 0,15 por ação, sem correção monetária.

O valor refere-se ao exercício de 2016 e sobre ele haverá retenção do Imposto de Renda na Fonte. O valor será pago até 30 de maio de 2017.

O benefício aplica-se à posição acionária do dia 26 de setembro. Após essa data, as ações serão negociadas “ex juros sobre capital próprio”.




Cresce atenção das companhias à biodiversidade

22/09/2016 - Valor Econômico


O uso sustentável da biodiversidade brasileira é uma preocupação cada vez maior para as empresas do país. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 120 empresas revelou que 49,2% das companhias investiram, nos últimos dois anos, em produtos, práticas e processos visando ao uso sustentável de recursos da biodiversidade.

O grau de importância atribuído ao uso sustentável da biodiversidade na indústria é alto ou muito alto para 32,5% dos entrevistados e 35% dos consultados dizem que a importância do tema aumentou muito nos últimos cinco anos. Para 44,2% dos empresários, a importância da biodiversidade aumentou devido a uma maior conscientização das pessoas, enquanto para 16,3% as campanhas e o trabalho da imprensa foram determinantes para esse crescimento.

Olhando para a atuação das companhias, a pesquisa mostra que 52,5% das empresas investiram, nos últimos dois anos, em produtos que utilizam recursos da biodiversidade, enquanto 78,3% aportaram recursos em práticas e processos para o uso sustentável da biodiversidade.

O principal fator que leva uma empresa a investir em práticas e processos para o melhor uso da biodiversidade é a reputação junto à sociedade e consumidores, citado por 38,3% dos entrevistados, seguido pela redução de custos, lembrada por 31,9%. E para 74,4% dos empresários que investiram no setor, os retornos foram positivos ou muito positivos.

O ponto fraco, segundo os empresários, são as linhas de financiamento para o setor. Para 67,5% dos entrevistados, elas não são suficientes para estimular o uso sustentável da biodiversidade pela indústria. Das 81 empresas que afirmaram que as linhas são insatisfatórias, 33,3% dizem que não existem linhas ou que as desconhecem. Para 13,6% falta divulgação e outros 11,1% acham que o governo não dá prioridade a esse tipo de financiamento e 9,9% consideram o custo financeiro elevado.

Entre os que conhecem os programas, apenas 22,6% realmente os utilizam. No total, das 120 pesquisadas - incluindo as empresas que não conhecem as linhas de financiamento - apenas 5,8% utilizam essas linhas.

Entre os empresários entrevistados, 26,7% acreditam que incentivos fiscais deveriam ser dados pelo governo para incentivar os investimentos no uso sustentável da biodiversidade, enquanto 21,7% acreditam que o aumento da fiscalização ajudaria o setor.

Nova vacina contra zika tem testes positivos

23/09/2016 - O Estado de S.Paulo


Uma nova candidata a vacina de DNA contra o vírus da zika, desenvolvida pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, mostrou alto nível de eficiência em testes com macacos.

Aplicado em duas doses, o imunizante assegurou proteção total a 17 primatas em um grupo de 18 animais. A vacina tem como base um DNA que codifica duas proteínas exclusiva do vírus da zika, fazendo com que o organismo desenvolva uma resposta imune contra a infecção.




Fórum debate eficiência no tratamento do câncer

23/09/2016 - Correio Braziliense


O câncer é a terceira doença mais mortal no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), neste ano, a expectativa é de que a saúde pública da capital registre 3.940 casos do mal para cada 100 mil habitantes. Os de pulmão, nos brônquios e na traqueia são os mais perigosos, com 310 novas situações. Entre as mulheres, o que mais mata é o de mama, que atingiu, em 2016, 1.020 delas. Entre os homens, é o de próstata, que alcançou a marca de 840 registros de janeiro a agosto. Foi com base nesses dados que o Instituto Brasileiro de Ação Responsável realizou o fórum Avanços no tratamento do câncer: tecnologia, interdisciplinaridade e suporte ao paciente.

O evento reuniu, no Congresso Nacional, parlamentares, médicos e estudiosos de todo o país para discutir a necessidade de difundir informações que garantam diagnóstico precoce, aporte psicológico, tecnologias precisas e análises personalizadas, pois alguns medicamentos não respondem em determinados casos.

Quem conhece, na prática, a dor e a devastação causadas pelo câncer sabe da importância de todos esses fatores, além do risco provocado pela demora em procurar um médico. Supervisor de Pacientes do Instituto de Apoio ao Portador de Câncer (IAPC), Anderson Araújo acompanha ao hospital, diariamente, diversos pacientes. Em sua maioria, pessoas de municípios do interior, que só descobriram o câncer em estado muito avançado. “Mas isso não é exclusividade dos mais humildes. Conheço pessoas de classe média que também deixaram para procurar o médico depois de sentir alguma dor. O câncer é silencioso. Só se vai sentir dor quando está em estado grave. É uma cultura de acomodação. Temos o hábito de deixar tudo para a última hora”, alerta.

A oncologista Edilene Cardozo, participantes do fórum, destaca que os vários tópicos de discussão do evento resultam, em última instância, na melhora do atendimento. “São pessoas envolvidas, pensando juntas, e isso é muito importante. Buscamos saber o que está acontecendo em cada um dos segmentos”, aponta. “Sobre a demora em procurar um médico, é uma cultura que precisa ser mudada. Vemos que o brasileiro é muito positivo quanto a querer ficar melhor, mas parece ter medo do diagnóstico. Principalmente os homens. São os que mais demoram para procurar um profissional de saúde. Há um mito de que o câncer é uma sentença de morte. E não é mais assim”, completa.


APARTIDÁRIO


Presidente do Instituto Brasileiro de Ação Responsável, Clementina Moreira Alves explica que os tópicos discutidos são transformados em relatórios e enviados para o Legislativo, o Executivo e o Judiciário para servirem como base e orientação para políticas públicas. “O fórum é nacional e técnico-político, apartidário e neutro. Contamos com a presença do Ministério da Saúde, da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Universidade de Brasília (UnB), do Hospital Universitário de Brasília (HUB) de vários institutos de pesquisa e de associações que militam na questão. O evento dura um dia, mas o assunto não morre. Divulgamos as palestras em nossa página: www.acaoresponsavel.org.br”, afirma.


SOB RISCO 3.940


Expectativa de casos de câncer para cada 100 mil habitantes no Distrito Federal.

1.020 Total de registros de câncer de mama em 2016.

840 quantidade de câncer de próstata entre janeiro e agosto.




Novo documento define normas no controle da pressão alta

22/09/2016 - Veja Online


Os números associados à hipertensão são impressionantes. Trata-se de uma doença que acomete 36 milhões de brasileiros adultos. Seis em cada dez idosos sofrem dela. Quando não tratado devidamente, o problema tira dezesseis anos da vida do paciente. Pois um documento que será divulgado no 71º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que começa amanhã em Fortaleza, define os cuidados que se deve ter com o portador da doença. Com o nome de 7a Diretriz Brasileira de Hipertensão, o texto foi elaborado pelas três maiores entidades de referência na área, as sociedades brasileiras de Cardiologia, Nefrologia e Hipertensão. A seguir, as principais observações.

Cerca de 90% dos hipertensos necessitam de tratamento com medicamentos de uso contínuo. Pois esses casos estão associados a alterações genéticas.

O estilo de vida é fundamental para controlar a pressão. Controlar o peso, reduzir o consumo de sal, fazer um mínimo de 150 minutos de caminhadas ou exercícios por semana, atenuar o stress e preservar o sono, são ações que podem reduzir a necessidade de medicamentos.

Os pacientes devem medir a pressão também fora do consultório. Não só a medição feita pelo médico é importante. Medidas realizadas em casa, no trabalho e em atividades cotidianas podem ajudar a compreender o comportamento da pressão, contribuindo para o melhor tratamento.

Consulte sempre um médico para comprar um equipamento confiável. Nem todos os aparelhos eletrônicos são bons. Evite os que medem a pressão no punho. Além disso, pessoas obesas, ou muito magras e crianças frequentemente necessitam de equipamentos especiais e braçadeiras de tamanhos específicos.

Pressão próxima a 12 por 8 continua sendo a melhor. Essa é uma forma simples de dizer que a pressão máxima (a sistólica), está em 120, e a mínima (a diastólica), em 80 milímetros de mercúrio (mmHg). No Brasil, popularmente eliminam-se os zeros e, em vez de dizermos 120 por 80, dizemos apenas 12 por 8. Depois de recomendações díspares em passado recente, chegou-se à conclusão que o melhor mesmo é ter a pressão menor que 13 por 8 (130/80 mmHg).

Algumas pessoas podem e devem ter a pressão acima de 12 por 8. A pressão próxima a 12 por 8 continua sendo a melhor. Mas algumas pessoas, em especial os idosos, não toleram esse nível de pressão. Elas sentem tonturas, sofrem risco de quedas, podem ter alterações nos rins. Elas podem, portanto, manter as taxas um pouco mais elevadas.

A hipertensão não costuma ser uma doença isolada. Colesterol elevado, diabetes, sobrepeso, distúrbios hormonais, disfunções dos rins, alterações circulatórias, gota e muitas outras afecções tendem a estar presentes em quem tem hipertensão. Essas condições agravam o risco da doença e podem determinar caminhos especiais para o tratamento.




Aborto para grávidas com zika abre precedente perigoso, diz associação ao STF

21/09/2016 - O Estado de S.Paulo / Site


Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Associação Nacional da Cidadania pela Vida (Adira) afirma que a descriminalização do aborto para grávidas com zika pode “abrir um perigoso precedente para toda e qualquer outra situação de deficiência” e compara o “aborto eugênico” à limpeza étnica promovida por Adolf Hitler. A associação pediu para entrar como interessado (amicus curiae) no processo, que é de relatoria da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.

A Adira também quer indicar peritos e autoridades no assunto para participar de audiências públicas sobre o tema.

A Associação Nacional de Defensores Públicos (Anadep), que moveu a ação e pede a descriminalização do aborto para grávidas com zika, também solicitou à ministra Cármen Lúcia que seja realizada audiência pública sobre a possibilidade de interrupção de gravidez no caso de infecção da gestante com o vírus da zika.

Dentro do STF, o julgamento do aborto para grávidas com zika é visto como um tema delicadíssimo. Em abril de 2012, os ministros do STF decidiram, por 8 votos a 2, que aborto de fetos anencéfalos não é crime. A ministra Cármen Lúcia na ocasião votou no sentido de considerar que o aborto desses fetos não configura crime.

Já no caso do aborto para grávidas com zika, um ministro ouvido pela reportagem acredita que o debate será mais controverso devido ao fato de bebês com microcefalia apresentarem uma condição diferente da dos anencéfalos, podendo viver e se integrar à sociedade, ainda que tenham limitações.

“O microcéfalo no ventre materno não é morto, nem subumano. É um ser humano vivo, embora deficiente . (…) O pedido autoral parece revelar forte discriminação em relação às crianças portadoras de deficiência”, afirmou a Associação Nacional da Cidadania pela Vida (Adira).

Para a Adira, a permissão de aborto nesses casos “implicará no aumento e na maior efetivação da discriminação contra pessoas de qualquer modalidade de deficiência, pois uma vez negado o direito à vida aos nascituros com enfermidades físicas e mentais, o preconceito, com todas as vênias, não só será legitimado como legalizado”.


REPULSA


Em manifestação encaminhada ao STF, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por meio da Advocacia do Senado Federal, alegou que o aborto nessas circunstâncias “diz respeito a um dissenso moral profundo”, sobre o qual dificilmente os parlamentares vão adotar uma “uniformidade de posições”. Para o Senado, a “repulsa ao aborto está profundamente arraigada na cultura brasileira”.

Antes, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia defendido o aborto para mulheres infectadas por zika, sob a alegação de que a continuidade da gestação nesses casos representa risco “à saúde psíquica da mulher”. Já a Advocacia-Geral da União (AGU) sustenta que a interrupção da gestação “seria frontalmente violadora ao direito à vida”.




Queda de cabelo é incluída entre sintomas da chikungunya

21/09/2016 - G1 - Bom dia Brasil


O Ministério da Saúde incluiu a queda de cabelo entre os sintomas da chikungunya que podem aparecer depois da fase mais aguda da doença.

Faz três meses que os sintomas da chikungunya foram embora, mas o cabelo da dona Maria da Conceição não para de cair. “Ficou mais caindo, né? Ficou mais caindo ainda. Olha como é que eu estou, cabelo bem pouquinho, bem fininho. Quando eu tomo banho, cai muito”, afirmou a aposentada.

A queda de cabelo também levou a dona Maria José à dermatologista. “Fiquei muito preocupada. Todo mundo falava, os meus filhos falavam 'Mamãe, seu cabelo está caindo. Vai procurar um médico'”, disse a dona de casa.

A médica confirmou: foi mesmo a chikungunya que fez os cabelos caírem mais.

O problema é chamado de eflúvio telógeno, e pode ser provocado não só pela chikungunha, mas também por falta de vitaminas e até estresse. É que o corpo concentra as energias para se recuperar da doença e economiza em outras atividades, como o crescimento do cabelo. Os fios que estavam crescendo entram em uma espécie de repouso e, de dois a quatro meses depois da doença, ficam mais fracos e acabam caindo.

“É uma fase do ciclo que vai passar e os cabelos voltarão à normalidade na grande maioria dos casos”, disse a médica dermatologista Cláudia Ferraz.

O Ministério da Saúde incluiu a queda de cabelo na lista de sintomas da chikungunya e os médicos devem receber um protocolo com novas informações sobre os sintomas da doença até o ano que vem.

A cada dia que passa, os médicos têm percebido novas complicações causadas pela chikungunya que vão além dos sintomas iniciais. Em mais da metade dos casos, as dores fortes e inchaços nas articulações vão e voltam com frequência por mais de seis meses. E agora, quase um ano depois do começo da epidemia, alguns pacientes estão apresentando dificuldades de locomoção. As pernas ficam paralisadas e eles não conseguem nem andar.

“Algumas dessas lesões podem ser reversíveis, outras não, podem deixar sequelas em quadros neurológicos. E, é claro, além daqueles que podem ter uma forma muito grave e levando ao risco para o óbito”, explicou o médico Carlos Brito.




Número de transplantes deve cair pela primeira vez em 11 anos em 2016

21/09/2016 - G1 - Bom dia Brasil


Um alerta na saúde: quem precisa de um transplante está esperando mais tempo na fila. A previsão do Ministério da Saúde para este ano é de que o número de procedimentos realizados registre a primeira queda em 11 anos. O motivo é a crise financeira dos estados. Por isso, a doação de órgãos é tão importante para tentar reverter esse resultado nesta reta final do ano.

O número de transplantes vinha crescendo desde 2005. A previsão para este ano, no entanto, é de uma queda de pouco mais de 200 procedimentos, mas esse número ainda pode mudar dependendo das doações no segundo semestre.

A lista de espera vinha caindo desde 2010, mas também aumentou. Segundo a previsão do Ministério da Saúde, mais de mil pessoas entraram na fila. Infelizmente, só no ano passado, duas mil pessoas morreram sem conseguir um transplante.




Caxumba afeta três municípios do interior

22/09/2016 - O Estado de S.Paulo


Franca São Carlos e Bauru enfrentam surtos de caxumba, doença altamente contagiosa, causada por vírus que afeta as glândulas da garganta.

Em Franca, as aulas da Faculdade de Direito estão suspensas desde terça, depois que 25 alunos apresentaram o vírus. Em São Carlos, são mais de cem casos desde junho. Em Bauru, três presos do Centro de Detenção Provisória apresentaram a doença.




Polícia investiga outro médico no caso Einstein

22/09/2016 - O Estado de S.Paulo


A Polícia Civil de São Paulo investiga a participação de mais um médico em um suposto esquema de recebimento de pagamentos irregulares no setor de cardiologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

Dois cardiologistas já são investigados suspeitos de receber pagamentos e beneficiar uma empresa fornecedora de stents e outros materiais cardíacos.

Médicos renomados na área de cirurgia cardíaca, Marco Antonio Perin foi demitido e Fábio Sandoli de Brito Júnior foi afastado de suas funções na instituição.

O recebimento de comissões de qualquer espécie por parte de médicos é proibido pelo Código de Ética Médica.

Agora, a polícia apura se houve participação de Alexandre Abizaid no esquema. Também cardiologista da equipe do Einstein, ele e os outros dois investigados teriam recebido pagamentos da empresa CIC Cardiovascular, fornecedora dos materiais, para privilegiar o uso dos produtos da marca nas cirurgias feitas na instituição. Além de trabalhar no Einstein, Abizaid atua ainda no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, da rede pública estadual. A Secretaria Estadual da Saúde diz que ele não tem nenhuma interferência no processo de compras do hospital público.

Segundo detalhes da investigação divulgados ontem pelo jornal Folha de S.Paulo, a polícia teve acesso a documentos que mostram uma troca de e-mails entre os três médicos combinando a divisão de recursos recebidos, sem citar a fonte pagadora.

Em outra mensagem, eles discutem a abertura de uma empresa fora do País, em locais conhecidos como paraísos fiscais.

Os médicos negam irregularidades no recebimento dos pagamentos.

O hospital reafirmou, em nota, que segue rigorosos padrões de controle para assegurar que todas as suas relações sejam pautadas pela ética e transparência.




Proteína do leite protege contra zika e chicungunha

22/09/2016 - O Globo


Uma pesquisa brasileira revela que uma proteína presente no leite pode ajudar na prevenção do vírus zika e da chicungunha. A constatação foi feita por pesquisadores do Instituto Evandro Chagas (do Pará), da UFRJ e da UniRio, segundo reportagem do “Jornal Nacional”, da TV Globo.

A proteína usada na pesquisa é bem conhecida pelos cientistas: a lactoferrina. Já se sabia que ela protege o organismo de infecções por bactérias, por exemplo. Mas, há um ano, pesquisadores começaram a testá-la contra o vírus zika e da chicungunha.

Foram usadas células de macaco cultivadas em laboratório como hospedeiras de amostras da proteína e dos vírus. Os cientistas fizeram os testes em três situações. Antes da infecção, no primeiro contato do vírus com as células e depois que ele se instala. Nos três casos, a lactoferrina conseguiu reduzir a infecção em até 80%. É como se, a cada dez vírus, oito fossem bloqueados pela proteína.

— Observamos que a proteína também é capaz de inibir a multiplicação do vírus dentro da célula infectada. Ela tem esse potencial de atacar a infecção mesmo depois de estabelecida na célula — explicou Carlos Carvalho, pesquisador do Instituto Evandro Chagas.

A lactoferrina está presente na saliva, na lágrima, no leite da vaca e principalmente no materno. Segundo os pesquisadores, beber leite simplesmente não poderia prevenir ou tratar uma infecção, porque a quantidade de proteína ingerida não seria suficiente. A próxima etapa do estudo é estabelecer uma dosagem ideal da lactoferrina e de que forma ela seria aplicada nos primeiros testes em animais.




Pessoas com gene da obesidade respondem bem a dietas e exercícios

21/09/2016 - Folha de S.Paulo / Site


As pessoas portadoras de uma variante do gene FTO (o chamado gene da obesidade) que favorece o acúmulo de gordura reagem tão bem à dieta e ao exercício quanto aqueles sem ela, segundo um artigo publicado na quarta (21).

Isto significa que as pessoas com a variante, que parece estar ligada a um maior risco de sobrepeso, não estão necessariamente condenadas a permanecer assim, de acordo com uma meta-análise publicada na revista médica "BMJ".

"Indivíduos portadores (da variante) respondem igualmente bem à intervenções para a perda de peso à base de dieta, atividade física ou remédios", escreveram os autores do artigo, baseado na revisão de oito estudos envolvendo cerca de 10 mil pessoas.

Isto significava que a predisposição genética para a obesidade "pode ??ser pelo menos parcialmente neutralizada por meio de tais intervenções".

Cientistas já haviam demonstrado uma associação entre uma variante do gene FTO e o excesso de gordura corporal, mas pouco se sabe sobre como esse vínculo funciona.

As contribuições relativas da genética e do estilo de vida para a epidemia global de obesidade ainda são objeto de discussão.

A mais recente revisão mostrou que os participantes de programas de perda de peso que tinham a variante do FTO começaram com em média um quilo a mais do que aqueles sem ela.

Mas as mudanças no peso foram semelhantes em ambos os grupos, independentemente de outros fatores como etnia ou gênero, disseram os autores.

Em 2014, segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 1,9 bilhão de adultos em todo o mundo estavam acima do peso. Destes, mais de 600 milhões eram obesos.

O excesso de peso já foi associado cientificamente a doenças cardíacas, derrame e alguns tipos de câncer.

Comentando a última pesquisa, a nutricionista chefe da agência de Saúde Pública da Inglaterra, Alison Tedstone, disse que as causas da epidemia de obesidade podem ter pouco a ver com genes.

estudo acrescenta evidências que "sugerem que fatores ambientais podem ser dominantes sobre ao menos os genes comuns ligados à obesidade".

Tais fatores podem incluir uma dieta rica em açúcar ou exercícios físicos insuficientes.




Anvisa propõe critérios para alerta sobre lactose nos rótulos de alimentos

21/09/2016 - Folha de S.Paulo / Site


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) irá colocar em consulta pública duas propostas de mudanças a serem aplicadas nos rótulos dos alimentos e bebidas para que estes passem a informar o consumidor sobre a presença de lactose.

A previsão é que, após a consulta, as novas regras sejam aprovadas até o fim deste ano.

A discussão sobre a mudança nos rótulos ocorre após o governo sancionar, em julho, uma lei que obriga que as indústrias de alimentos coloquem um alerta nos produtos sobre a presença de lactose na composição.

A justificativa é o aumento no diagnóstico de pessoas com intolerância a essa substância, que é um açúcar presente no leite. A lei deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2017.

Pela proposta inicial da Anvisa, os alimentos devem trazer alertas como "isentos de lactose", "baixo teor de lactose" e "contém lactose". A declaração, no entanto, deve seguir critérios que serão estabelecidos pela agência para cada caso.

Produtos cuja quantidade de lactose for reduzida a valor igual ou menor que 10 mg por 100 g ou 100 ml do alimento, por exemplo, serão considerados isentos de lactose. Deverão, assim, trazer a inscrição de isento ou sinônimos como "zero lactose", "0% lactose", "sem lactose" ou "não contém lactose".

Já os alimentos cujos rótulos deverão trazer a declaração de "baixo teor de lactose" serão aqueles cujo teor deste açúcar foi reduzido a valor igual ou menor que 1g por 100 g ou 100 ml.


CONTÉM LACTOSE


A Anvisa também irá discutir critérios para rotulagem de alimentos com lactose.

Inicialmente, a ideia é que alimentos que tiverem mais de 10 mg de lactose por 100 g ou 100 ml do alimento tragam a inscrição "contém lactose" logo após ou abaixo da lista de ingredientes.

Para especialistas, a nova lei que obriga a informação nos rótulos pode ajudar os consumidores a suprir dúvidas quanto aos produtos que contém lactose e aqueles que, embora contenham leite, não contêm lactose –casos em que o alimento é tratado com enzima específica, a lactase, ainda no processo de produção.




O papel do setor privado na saúde pública

22/09/2016 - Folha de S.Paulo


Em meio às eleições municipais, a saúde pública ressurge nas promessas da maioria dos candidatos. Pesquisas apontam que o tema está no topo dos problemas da população -não por acaso, ocupa espaço significativo nos debates políticos.

É amplamente aceito em todos os setores da sociedade que as melhores e mais sustentáveis soluções para problemas públicos vêm de um consenso de todas as partes interessadas. No entanto, o diálogo entre setor público e privado tem se deteriorado nos últimos anos.

O setor privado, por exemplo, desempenha um papel importante no combate à pandemia global de obesidade e a outras doenças não transmissíveis. Foi a indústria que abraçou a fortificação de alimentos básicos, como o sal no início de 1920 e a farinha de trigo no anos 1940. Hoje é possível fortificar sistemas alimentares exigentes, como o arroz, leite UHT e bebidas, e cereais de formas e tamanhos diferentes.

Mais recentemente, a indústria de alimentos respondeu ao apelo feito pela Organização Mundial da Saúde e reformulou alimentos para reduzir açúcar, sal, gorduras saturadas e ácidos graxos trans.

É preciso, contudo, definir que tipo de parceria e quais as métricas qualitativas serão necessárias. Não é suficiente apenas uma chamada ao diálogo. O resultado desejado, o papel específico e o peso de cada ator devem ser definidos de antemão.

Se a deficiência de nutrientes persiste e a obesidade está nas alturas, uma conclusão é óbvia: devemos desenvolver produtos mais nutritivos e menos calóricos.

Essa é uma missão que a indústria deve abraçar. Ao mesmo tempo, é importante que a comunicação oriente o consumidor acerca dos benefícios da alimentação saudável.

É fundamental também que o setor privado esteja atento às restrições e às ameaças ao longo do caminho entre o campo e nossa mesa. O aumento dos preços dos alimentos, o desmatamento, a falta de água, o aquecimento global, entre outros, são questões que necessitam de regras claras, sanções e incentivos acordados em parcerias público-privadas.

É obrigação do setor público fiscalizar a produção de alimentos e comunicar a verdade ao consumidor. O setor privado pode contribuir adicionalmente, propagando novos hábitos alimentares.

Definitivamente, não é papel do setor privado estabelecer políticas para uma nutrição melhor ou uma alimentação mais saudável. Isso é atribuição do setor público, com o auxílio do conhecimento científico fornecido pela academia.

No entanto, não exime a indústria de ocupar um lugar nesse diálogo, já que ela, com seus inúmeros instrumentos (tecnologia, canais de comunicação e distribuição, pesquisa aplicada), tem uma forte contribuição a oferecer.




Serviços do Samu e do Resgate serão integrados em SP

22/09/2016 - Folha de S.Paulo


Após decisão judicial, os serviços do Grau (Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências), do governo paulista, e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), da prefeitura, serão integrados, devendo reduzir atendimentos em duplicidade e o tempo de espera por ambulâncias. A liminar, de 6 de setembro, obriga a gestão Alckmin (PSDB), a fazer a interação entre os serviços em até 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

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