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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 05/09/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Alta de ICMS encarece medicamentos em 12 estados

04/09/2016 - Portal EBC


A necessidade de os governos estaduais reforçarem o caixa em tempo de crise está custando caro a pacientes de quatro regiões do país. Desde o fim do ano passado, 12 estados aumentaram o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre medicamentos, com impacto médio de 1,2% sobre os preços.

De acordo com levantamento da Interfarma, associação que reúne 55 laboratórios em todo o país, a alíquota passou de 17% para 18% nos seguintes estados: Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins. O imposto subiu de 17% para 17,5% em Rondônia e de 19% para 20% no Rio de Janeiro, que cobra o maior ICMS do país sobre medicamentos.

Segundo a entidade, a carga tributária média sobre os medicamentos no Brasil corresponde a 34% do preço total, uma das mais altas do mundo. A alta do ICMS, de acordo com a Interfarma, resulta em redução de descontos nas farmácias porque a indústria farmacêutica está sendo impactada por outros custos que não foram totalmente repassados em 2015, como a alta do dólar e da energia elétrica.

Para o diretor de Acesso da Interfarma, o consumidor é punido duplamente, tanto ao comprar o medicamento como ao pagar imposto mais alto que não necessariamente é aplicado em saúde. “No caso do Farmácia Popular, que é um programa muito bem-sucedido, o governo federal gasta quase R$ 3 bilhões por ano com programa, mas paga, em média, 18% de ICMS para o estado, que não abriram mão do imposto. Quase R$ 600 milhões por ano vão para o tesouro dos estados, mas não voltam à saúde”, diz.


DISTORÇÕES


Segundo Bernardo, a alta do ICMS agravou as distorções na tributação dos medicamentos, que pagam mais imposto que produtos menos essenciais. “Alguns estados cobram 12% de ICMS sobre automóveis e 17% sobre cerveja, enquanto reajustaram a alíquota sobre medicamento para 18%”, ressalta. “Até medicamentos veterinários são isentos de ICMS, mas os demais tipos pagam uma das cargas tributárias mais altas do mundo.”

O coordenador do curso de Economia do Ibmec [atenção editor, Ibmec não é sigla, é o nome da instituição], Márcio Salvato, destaca que a tributação sobre produtos essenciais, como comida, medicamentos e combustíveis, é um dos principais meios para qualquer governo arrecadar impostos. De acordo com ele, isso ocorre porque o consumidor tem pouca margem de manobra para reduzir o consumo desse tipo de produto em caso de aumento de preço, o que os economistas chamam de baixa elasticidade de preço.

“Os produtos com baixa elasticidade de preço representam um poderoso aumento de arrecadação porque os governos sabem que o paciente não pode deixar de consumir o remédio ou que nem sempre o motorista pode trocar o carro pelo ônibus e é obrigado a pagar mais imposto. Isso ocorre em todo lugar do mundo”, explica.


PESQUISA


Para o paciente, resta pesquisar muito para fugir dos preços altos. O profissional autônomo Luciano Rangel, 40 anos, mora em Brasília, mas costuma passar temporadas em Campinas (SP) e compara constantemente os preços dos medicamentos. O DF cobra 17% de ICMS sobre medicamentos, contra 18% em São Paulo. Segundo Rangel, o preço do frete, mais baixo em São Paulo, às vezes compensa a diferença de imposto. “Às vezes, é mais barato em Campinas. Depende da tabela de preços deles. Outras vezes, é mais barato em Brasília”, diz.

A servidora pública aposentada Inês Carranca, 91 anos, costuma gastar R$ 300 por mês em medicamentos e apelou para uma solução mais radical. De vez em quando, pede para a filha trazer dos Estados Unidos medicamentos que não precisam de receita. “Uma caixa com 200 comprimidos de ômega 3 custa baratinho nos Estados Unidos. Um creme para tratar um problema nas pernas custa quase R$ 200 aqui e R$ 60 lá”, decla




Grandes redes de drogarias esperam alta de 14% neste ano

05/09/2016 - DCI


São Paulo - A expectativa da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que representa as 27 maiores empresas do ramo, é fechar este ano com um crescimento nominal de 14% nas vendas, em comparação com 2015.

"Nosso objetivo é fechar 2016 nesse patamar de 14% de crescimento", afirma o presidente executivo da entidade, Sergio Mena Barreto. O executivo pondera, no entanto, que os fatores macroeconômicos, como a queda do PIB e aumento do desemprego podem acabar pressionando os resultados.

"Apesar disso, achamos que, com a mudança do governo, a economia tende a estabilizar", diz Barreto, acrescentando que o setor de farmácias é talvez o setor do varejo mais resiliente às instabilidades econômicas, e que, por isso, não sofreu muito com a recessão. "Ele é o último setor a entrar na crise, e o primeiro a sair dela", ressalta.


PRIMEIRO SEMESTRE


No primeiro semestre deste ano as redes associadas à Abrafarma apresentaram uma alta nominal de 12,66% no faturamento, na comparação interanual, atingindo o montante de R$ 19,32 bilhões.

Em 2015 o faturamento das redes ligadas a Abrafarma fechou em R$ 35,94 bilhões, o que representou uma alta de cerca de 12%, em comparação com 2014.

Discussão de planos precisa incluir usuário

05/09/2016 – DCI


São Paulo - Antes de pensar em planos de saúde mais baratos, o setor suplementar aponta para a necessidade de resolver a insustentabilidade do mercado e aproximar beneficiários para a construção de uma nova solução. Para operadoras, se o debate for realizado sem a sociedade, novo modelo pode aumentar a judicialização.

"A expectativa do produto está dissociada da realidade", aponta a presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Solange Beatriz Mendes.

De acordo com a executiva, atualmente, o setor deve lidar com o aumento da judicialização, a incorporação de novas tecnologias, fraude e desperdício, o que encarece as operações. Portanto, para conseguir oferecer um plano com preço mais acessível é necessário primeiro analisar como reduzir o custo assistencial e operacional. "O debate não é apenas preço, mas financiamento, porque alguém vai ter que pagar os procedimentos e exames inclusos", comenta.

"Por enquanto, o plano não existe. Precisa ser construído", menciona. De acordo com ela, para chegar a um consenso é necessário decidir o que tornará o produto mais barato. Em julho deste ano, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, citou a possibilidade da criação de planos que possam oferecer uma cobertura proporcional ao preço cobrado. Contudo, operadoras temem que a falta de cobertura para determinados procedimentos possam aumentar o índice de judicialização no País, que segundo elas, já é alto. Por isso, Solange acredita que o consumidor é o principal protagonista na discussão. "Ele deve decidir do que quer abrir mão, porque algo terá que ser cortado. Se o modelo tiver consenso, então não há porque ter um aumento da judicialização", comenta a executiva. Por parte da operadora, a preocupação, segundo ela, deve ser a garantia do serviço que está sendo pago. "O consumidor é o protagonista", diz.

"Cerca de 80% das pessoas que não possuem plano de saúde apontam que o motivo é o preço. Por isso elas devem decidir se querem um plano mais barato e o que é essencial no mesmo", afirma o superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), Luiz Augusto Carneiro.

Caso, o consenso não seja feito, o executivo aponta que não impactará apenas o indicador de judicialização mas o interesse das operadoras em comercializar este modelo de plano. "Se a quantidade de processos judiciais aumentar muito, as [operadoras] podem optar por não vender", ressaltou ao DCI.

Para o superintendente do IESS, o tema ainda deverá exigir uma agenda de discussões, por isso, será difícil conseguir uma solução nos próximos meses. "Devemos ver uma solução em médio prazo", comenta Carneiro.


O LADO POSITIVO


Ainda de acordo com ele, caso a sociedade, os reguladores e as operadoras cheguem a uma solução, o plano de saúde econômico deverá ser atraente, sobretudo, para operadoras de menor porte e em cidades do interior. No âmbito das contratantes, ele acredita que micro, pequenas e médias empresas também devem se interessar pelo novo produto.

Para Carneiro, a expectativa com o produto é positiva, mas depende da flexibilização. Como exemplo, ele cita a Austrália, onde o sistema público é excelente e mesmo assim tem quase 50% da população com plano privado. "Há experiências bem-sucedidas fora do País em que a cobertura não é integral e na prateleira", cita o superintendente.


CAMINHO


Para conseguir criar um modelo mais econômico, Carneiro também acredita que seja necessário encontrar os fatores que encarecem o plano. Por isso, para ele, o primeiro passo para a sustentabilidade do mercado é criar indicadores de qualidade. Atualmente, os números divulgados pelo setor são apenas das operadoras. "Em outros países existem sites com indicadores dos prestadores de serviço, como as taxas de reinternação, eventos adversos e mortalidade", diz.

Segundo ele, isso ajuda na diminuição dos desperdícios, na qualidade do serviço, na implementação de um novo modelo de remuneração e até na negociação entre a operadora e o prestador de serviço. "Mas isso deve ser uma exigência do governo", cita. Nos Estados Unidos (EUA), por exemplo, foi criada uma Agência que cuida apenas dos indicadores de qualidade, que também são auditados.




Plano de saúde popular já agrada as operadoras

05/09/2016 - Valor Econômico


Anunciado há dois meses pelo ministro da saúde, Ricardo Barros, em meio a muitas críticas, o plano de saúde popular começa a ganhar apoio do setor. Representantes de operadoras como Amil, Hapvida, São Francisco, Samp e Clinipam acreditam que a redução de preço é o único caminho para tornar o convênio médico acessível à população e, com isso, retomar o crescimento do setor, que acumula uma perda de 2 milhões de usuários no último ano e meio.

"Ainda não há uma proposta pronta para o plano de saúde acessível. Estamos conversando com 20 entidades para ver as demandas da população e do setor", disse o ministro da saúde, durante evento organizado pela Abramge, associação do setor na sexta-feira. A primeira reunião do grupo de trabalho criado para debater o assunto ocorreu na semana passada e a próxima será dia 14.

"Se aprovado, o plano de saúde popular será transformador para o setor", disse Lício Cintra, presidente do Grupo São Francisco.

Além da redução do rol de procedimentos médicos obrigatórios hoje vigentes - medida que exige mudança na legislação e que foi defendida pelo ministro a fim de evitar uma onda de ações judiciais -, outras sugestões estão sendo aventadas pelas operadoras. Entre elas estão a criação de um convênio médico que tenha cobertura só para consultas e exames ou exclusivamente para internação hospitalar. O custo de um plano de saúde sem direito à internação pode ser 30% inferior, enquanto uma modalidade de convênio que tenha apenas atendimento hospitalar pode ser 40% mais barata, segundo cálculos feitos por Cadri Massuda, diretor-executivo da Clinipam, operadora do Paraná.

Nos casos de planos de saúde sem direito à internação, o procedimento hospitalar seria realizado no SUS. Uma das ideias de Marcelo Pio, diretor da Samp, plano de saúde do Espírito Santo, é incluir um pagamento fixo por usuário para o SUS para cobrir possíveis gastos com internação.

Já os presidentes da Amil e Hapvida, Sérgio Ricardo Santos e Jorge Pinheiro, respectivamente, bateram na tecla de que é possível reduzir os custos do convênio médico mantendo o atual rol de procedimentos. No entanto, eles alegam que será preciso acabar com a judicialização e processos burocráticos que as operadoras têm na ANS. "A despesa da judicialização impacta no preço final do plano", disse Santos. No ano passado, as operadoras desembolsaram R$ 1,2 bilhão em ações judiciais perdidas. Deste valor, R$ 320 milhões referem-se a procedimentos que não constam no rol da ANS, segundo levantamento da Abramge.

Segundo o presidente da Hapvida, a desburocratização nos processos na ANS pode diminuir o custo do convênio em 10%. Uma dessas burocracias citadas por Pinheiro é o ressarcimento que as operadoras são obrigadas a fazer ao SUS quando um de seus usuários usa a rede pública de saúde. "Esse ressarcimento SUS na verdade é uma tabela indenizatória. Além disso, não somos comunicados quando um de nossos usuários chega à rede pública para pedirmos que eles sejam encaminhados a um de nossos hospitais", disse o presidente da Hapvida.

Segundo Pinheiro, para que houvesse uma redução de cerca de 50% no custo do convênio médico seria necessário reduzir a judicialização, oferecer planos de saúde regionais, com coparticipação e redução no rol de procedimentos.




ANS suspende a comercialização de 23 planos de saúde de 8 operadoras

02/09/2016 - Valor Econômico


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de 23 planos de saúde de oito operadoras por causa de reclamações de clientes.

Entre as empresas proibidas de vender novos planos, a partir do dia 9 de setembro, estão: Salutar; Federação das Sociedades Cooperativas de Trabalho Médico do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima; Unimed Norte-Nordeste; Unimed Rondônia; Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda; Unihosp Saúde; Jardim América Saúde; e Ribeiro & Silva Plano Odontológico.




WhatsApp, Justiça e saúde

05/09/2016 - Folha de S.Paulo


No último dia 19 de julho, a Justiça bloqueou, pela terceira vez, os serviços do aplicativo WhatsApp no Brasil, prejudicando 100 milhões de usuários. Na ocasião, o STF (Supremo Tribunal Federal) agiu rapidamente e determinou não só o desbloqueio imediato do aplicativo, bem como a impossibilidade de ele ser bloqueado judicialmente.

Sem adentrar nos meandros das decisões judiciais e dos processos que envolveram o bloqueio do WhatsApp, o fato demonstrou claramente que a decisão da Justiça de primeira instância foi considerada abusiva, desproporcional e que se sobrepôs o interesse individual em face do coletivo.

Esse fato acontece há muito tempo no SUS (Sistema Único de Saúde). O Judiciário, por meio de suas decisões, tem permitido cada vez mais que direitos individuais se sobreponham aos coletivos. No entanto, diferentemente do caso envolvendo o WhatsApp, o STF ainda não adotou qualquer medida.

É fantasioso imaginar que o poder público tenha condições de garantir um acesso universal e igualitário com o crescente número de ações judiciais individuais, para entrega de medicamentos e insumos, que inundam as secretarias estaduais e municipais e o próprio Ministério da Saúde.

O Estado de São Paulo, em 2015, foi compelido a cumprir cerca de 18 mil novas decisões judiciais que, somadas àquelas ainda em vigor, totalizam um atendimento individual e fora do SUS a 79.500 pessoas. O custo é da ordem de R$ 1,2 bilhão por ano. Esse valor seria suficiente para custear, por exemplo, mais um Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, onde são atendidas 35 mil pessoas por dia.

É o mesmo princípio. O direito individual vem sendo favorecido pela Justiça em face do coletivo.

As decisões judiciais em saúde se dão, maciçamente, por meio de liminares ou antecipações de tutela. No entanto, muitos magistrados buscam a secretaria paulista antes de emitir sua decisão. Houve casos em que a Justiça impulsionou o SUS, na medida em que suas repetidas sentenças sobre um mesmo fármaco ou procedimento alertaram a autoridade sanitária nacional acerca da necessidade de incorporação tecnológica e de medicamentos.

Nem tudo, entretanto, em questão de saúde é urgente. Em parte considerável das decisões judiciais não há risco de dano irreparável ao paciente. Um exemplo é o fornecimento de fraldas descartáveis a cerca de 4.000 pessoas em razão de decisões liminares. O Estado de São Paulo é obrigado a fornecer 69 tipos distintos de fraldas, ao custo anual de R$ 12,6 milhões.

Também integram a lista de "excentricidades" itens que vão desde pilhas alcalinas a álcool gel etílico, passando por achocolatados diet e antissépticos bucais.

A solução para a judicialização da saúde existe. Basta ouvir a parte contrária, isto é, o gestor do SUS. Possibilitar que os gestores exponham as políticas públicas existentes para as doenças só irá favorecer o paciente, na medida em que elas são feitas com base em evidências, em estudos científicos aprofundados.

Considerando que 69% das decisões judiciais proveem de prescrições médicas do sistema privado de saúde, percebe-se como uma das causas da judicialização o possível desconhecimento de médicos quanto ao arsenal terapêutico do SUS.

O mais grave é a falta de ciência e a desconsideração em relação a um órgão que existe desde 2011: a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), responsável pela inclusão, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS.

A Conitec pode ser instada por laboratórios, especialistas e pela própria comunidade. As decisões são levadas ao governo federal, responsável pela inclusão do que foi aprovado pela comissão. Assim, as deliberações da Conitec geram efeitos para a coletividade.

Para se chegar à cura da causa do adoecimento da judicialização em saúde, há que primeiro tratar seus sintomas, colocar de volta o "WhatsApp da Saúde" no ar e permitir que o gestor público de saúde se expresse.




A serviço do paciente

05/09/2016 - O Estado de S.Paulo


A disseminação do uso da tecnologia da informação no setor de Saúde não se restringe à melhoria das operações e da gestão de ativos de hospitais e laboratórios. Em outra frente, já é possível encontrar exemplos claros do uso da TI em benefício do paciente, possibilitando diagnósticos mais precisos, tratamentos personalizados e menos invasivos, e ampliando a prevenção de doenças. O que se vê como resultado é o aumento da sobrevida dos pacientes, com mais qualidade, e a redução no tempo e nos custos das internações.

Um exemplo é o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde a equipe do dr. Rodrigo Gobbo Garcia realizou pela primeira vez, uma ressecção de um tumor de maneira minimamente invasiva a partir de uma sala híbrida.Há anos utilizadas nos melhores hospitais americanos e europeus, e hoje uma tendência mundial, as salas híbridas são salas cirúrgicas equipadas com avançados instrumentos de imagem, como de ressonância magnética, angiografia e tomógrafo. Equipamentos como esses possibilitam realizar procedimentos minimamente invasivos, diminuindo consideravelmente o trauma do paciente. Ao integrar o procedimento intervencionista à cirurgia, a sala híbrida demanda a mobilização de uma equipe médica que inclui anestesista, intervencionista e cirurgião, além de uma equipe de assistência e enfermagem – fatores que, combinados, tornam a operação também muito mais segura.

Nessa cirurgia, a equipe contou com o suporte de um robô cirurgião chamado Da Vinci e de um sistema de imagens da Siemens Healthineers baseado em tecnologia robótica, chamado Artis zeego. A ressecção foi feita em um paciente que tinha três tumores hipovasculares em seu fígado. Como os cirurgiões não podiam tocar os tumores, foi utilizado o sistema de imagem Artis zeego para marcar os tumores antes da cirurgia.

De acordo com o dr. Gobbo, o uso do sistema de imagem traz uma série de vantagens para a ressecção robótica de tumores.

Uma delas é o ganho de tempo, uma vez que as imagens são obtidas antes da operação. “E a segunda é que estes tumores ficam muito visíveis nesse sistema”, afirma.


OUTROS EXEMPLOS


O LiverLab é uma técnica por meio da qual é possível quantificar ferro e gordura no fígado, evitando procedimentos invasivos, como a biópsia, em pacientes com hemocromatose (acúmulo de ferro no fígado) e esteatose (acúmulo de gordura no fígado). Casos de lesões de fígado, a elastografia–diagnóstico feito por ultrassom – é mais precisa na identificação e indicação do tratamento, evitando biópsias. O teste ELF (Enhance Liver Fibrosis), criado pela Siemens, identifica por meio de coleta sanguínea o nível de comprometimento do fígado em casos de fibrose hepática.

Mais conforto para os soropositivos

03/09/2016 - IstoÉ Dinheiro


A empresa farmacêutica GSK promete o lançamento de um remédio que vai revolucionar o tratamento do HIV, o vírus causador da AIDS. Essa área está estacionada desde meados dos anos 1990, quando um coquetel de drogas transformou uma doença letal em, praticamente, uma condição crônica, reduzindo a mortalidade a níveis baixíssimos. A nova droga, chamada dolutegravir, promete inibir a presença do vírus no sangue com quase nenhum efeito colateral. Essa abordagem prevê o uso de apenas dois remédios, um a menos do que o método atual - o que promete baratear o custo para os pacientes. A empresa deu início aos testes clínicos e espera os primeiros resultados no próximo ano.




OMS mantém emergência por zika no mundo

03/09/2016 - O Estado de S.Paulo


A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou ontem que manterá a zika como emergência internacional, depois de constatar que, em sete meses, o vírus se espalhou pelo mundo. “Um evento extraordinário está se tornando lamentavelmente e de forma rápida fato ordinário, com surtos em diferentes partes do mundo”, informou. Ásia e África, com destaque para Índia e China, preocupam.

A decisão foi tomada depois de uma reunião de emergência entre os principais especialistas do mundo. A OMS também indicou que governos terão de criar mecanismos e estruturas para lidar com as crianças afetadas pela doença a longo prazo.

“Novos surtos continuam a ser identificados em novas regiões, como em Guiné-Bissau e Cingapura”, disse o chefe do Comitê de Emergência da entidade, David Heymann. Segundo ele, na Olimpíada, nenhum atleta ou participante foi registrado com infecção pelo vírus.


REGIÕES SOB RISCO


De acordo com um estudo publicado anteontem na revista científica The Lancet Infectious Diseases, vários países da África e da Ásia estão entre os mais vulneráveis a novas epidemias de zika fora das Américas. Segundo o texto, citado pela OMS, o ranking dos países com maior risco de surto é liderado por Índia, China, Indonésia, Nigéria, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Filipinas.

Todos reúnem fatores de risco que incluem a presença do mosquito Aedes aegypti, condições climáticas adequadas para o alastramento de uma epidemia, grande fluxo de viajantes provenientes de áreas afetadas pelo vírus nas Américas, além de acesso a recursos limitados para saúde pública.

“Estima-se que 2,6 bilhões de pessoas vivem em áreas da África e da Ásia onde as espécies locais de mosquitos e as condições climáticas são adequadas para que a transmissão local do vírus zika seja possível”, disse um dos autores do estudo, Kamran Khan, do Hospital St. Michael, em Toronto (Canadá).




Tratamentos sem remédio para dores crônicas

03/09/2016 - Folha de S.Paulo


Uma dor súbita no corpo sinaliza o início de um problema de saúde. Já a dor crônica é de longa duração e persistente. Nos últimos 50 anos foram propostos tratamentos alternativos para esse desconforto permanente.

Uma equipe do Centro Nacional para Saúde Complementar e Integrativa, um órgão do Departamento de Saúde dos EUA, apresenta na revista "Mayo Clinic Proceedings" deste mês uma revisão de 105 estudos da área da saúde suplementar publicados de 1966 a março de 2016, As pesquisas incluíram 16 mil participantes submetidos a diferentes abordagens complementares.

A revisão apoia o tratamento pela acupuntura, yoga, tai chi chuan, massagem terapêutica e técnicas de relaxamento em cinco situações: dor lombar, osteoartrite, dor cervical (pescoço), cefaleias severas/enxaqueca e fibromialgia.

Destacam os autores que o tratamento complementar apresenta resultados mais positivos que negativos para os seguintes casos: acupuntura e yoga para dor lombar; acupuntura e tai chi para osteoartrite dos joelhos; massagem terapêutica para dor cervical, de forma adequada e por curto período; e técnicas de relaxamento para cefaleias intensas e enxaqueca.

Assinalam ainda os autores que a massagem terapêutica, a manipulação espinal e a manipulação osteopática podem ajudar pessoas com dor lombar, e as técnicas de relaxamento e o tai chi, pessoas com fibromialgia.




Insônia não é mera inconveniência, é um distúrbio associado a depressão

03/09/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Tanta gente toma remédio para dormir que o sono espontâneo virou extravagância.

Na vida urbana, vivemos tão atormentados por compromissos e preocupações que até me surpreende nossa capacidade de fechar os olhos e pegar no sono à noite.

Estudos multinacionais mostram que a prevalência de insônia crônica entre os adultos varia de 3,9% a 22%, a depender da definição adotada. Quando usamos a classificação ICSD-3 a prevalência oscila entre 9% e 12%.A ICSD-3 define como insônia crônica a condição que se instala quando surge um ou mais dos seguintes problemas, pelo menos três vezes por semana, por pelo menos três meses:1) Dificuldade para iniciar o sono. 2) Dificuldade para mantê-lo. 3) Acordar mais cedo do que o desejado. 4) Resistência para deitar num horário razoável. 5) Dificuldade para dormir sem um parente ou um cuidador.

Quando a duração desses transtornos é menor do que três meses, a insônia é classificada como de curta duração.

A primeira recomendação para os insones –crônicos ou não– é adotar o conjunto de medidas conhecido como higiene do sono.

Entre outras: 1) não tomar café, bebidas alcoólicas, refrigerantes, ou energéticos, pelo menos seis horas antes de deitar. 2) não assistir à televisão na cama. 3) não deitar com o estômago repleto. 4) em vez de rolar na cama, ler com a luz indireta de um abajur. 5) abandonar a vida sedentária.

Insônia não é mera inconveniência, é um distúrbio associado ao aumento do risco de morte, doença cardiovascular, depressão, obesidade, dislipidemia, hipertensão, fadiga e ansiedade. Nos quadros crônicos, está associada a acidentes automobilísticos, domésticos e no trabalho.

O principal tratamento não farmacológico é a terapia cognitivo-comportamental, que envolve: higiene do sono, técnicas de relaxamento e controle dos estímulos que mantém a vigília.

Dezenas de estudos mostram que ela é superior ao uso de medicamentos, tanto na eficácia como na duração dos efeitos benéficos. Na literatura médica, a melhora está documentada mesmo na presença de dores crônicas, artrites, enxaqueca, depressão, estresse pós-traumático, câncer, doenças pulmonares obstrutivo-crônicas e esclerose múltipla.

Os entraves são os custos, a falta de profissionais treinados e o acesso pelo sistema público ou por meio dos planos de saúde. Para contorná-los surgiram as terapias em grupo e as plataformas on-line que trazem os ensinamentos básicos, passo-a-passo, em programas de seis a oito semanas.

O mais eficiente dos componentes da terapia cognitivo-comportamental é a restrição de sono, estratégia por meio da qual o tempo de permanecer na cama é reduzido. A privação aumenta a pressão para dormir na noite seguinte.

Há muito, a atividade física é recomendada como parte da higiene do sono. Até 2014, as recomendações eram as de que os exercícios deveriam ser evitados no período que antecede a hora de deitar, porque alterariam o ritmo circadiano do organismo, aumentariam a temperatura corpórea e estimulariam a vigília.

Nesse ano, foi publicado um estudo com mais de 1.000 participantes de 23 a 60 anos. Não houve diferença na avaliação das características do sono entre aqueles que faziam ou não, exercícios de intensidade moderada ou vigorosa à noite, menos de quatro horas antes de deitar.

Com base nessa e em outras observações, os especialistas consideram não haver razão para contraindicar a prática de exercícios à noite.

Em estudos randomizados, ioga, tai chi, meditação e técnicas de relaxamento demonstraram melhorar a qualidade subjetiva e a duração do sono. No entanto, a falta de uniformidade na escolha dos participantes, nas intervenções e nos critérios de avaliação confundem a interpretação dos resultados e a indicação dessas técnicas como tratamento exclusivo.


E os remédios?


Devem ser prescritos apenas nos casos refratários, em que os demais recursos foram esgotados. Os efeitos colaterais não são alarmantes como imaginávamos no passado, mas estão longe de ser desprezíveis. O impacto do uso prolongado na cognição e na incidência de quadros demenciais não está claro.

O ideal é que o uso seja intermitente, reavaliado a cada três ou seis meses, no máximo.




Quem cuida mais da saúde?

04/09/2016 - O Estado de S.Paulo


Pense rápido: quem cuida melhor da saúde, homens ou mulheres? Acertou quem apostou nelas. Mas será que isso significa que elas estão mais protegidas de todas as doenças? Depende. Pelo menos é o que revelam estudos publicados nas últimas semanas.

Trabalho feito pela organização Cancer Research UK, do Reino Unido, mostra que a cada ano são 179 mil novos casos de câncer entre os homens daquele país, ante 173 mil entre as mulheres. Para os pesquisadores, os homens estão mais sujeitos a desenvolver um câncer do que as mulheres porque se expõem a mais fatores de risco e cuidam menos da saúde. Uma vez descoberto um nódulo, por exemplo, eles protelam mais a busca por ajuda.

Estudo feito com 2.300 pessoas que enfrentam 15 diferentes tipos de câncer, publicado no British Journal of Cancer e divulgado pelo jornal inglês Daily Mail, revelou que 44% dos homens com sintomas de câncer de próstata adiaram a visita ao médico por três meses.

Em contrapartida, apenas 8% das mulheres com sintomas de câncer de mama retardaram a busca por avaliação clínica.

Os dados mostram ainda que homens são 15% mais sujeitos a desenvolver um câncer, mas têm chance 36% maior de morrer pela doença do que as mulheres. A tendência a ignorar o problema e evitar o médico está na raiz desses números.

Homens estão menos “ligados” nos sintomas de um câncer, como inchaço, perda de peso ou sangramento. Eles também estão menos acostumados a cuidar da saúde em geral e ficam mais assustados com a possibilidade de uma doença. A fantasia da onipotência ainda é muita viva no universo masculino.

Muitas vezes, é a mulher quem pressiona o homem para buscar cuidados.

Quando recebem um diagnóstico positivo, tendem a lidar de forma mais crítica com a notícia. Mais da metade deles enfrenta sintomas ansiosos e depressivos.

As mulheres conseguem expressar melhor seus medos e preocupações e dividem mais suas angústias.


NEM TUDO SÃO FLORES


Mas a situação está se tornando também mais complicada para elas. O ingresso maciço no mercado de trabalho, nos últimos 20 a 30 anos, está expondo a saúde feminina a diversos fatores que podem piorar sua qualidade de vida.

Trabalhar demais faz mal para todo mundo, mas a saúde da mulher parece se ressentir mais dessa sobrecarga. Pesquisa feita em empresas de manufatura da Dinamarca, de 1996 a 2006, quando a demanda pela exportação cresceu muito, revelou que uma elevação de 10% na carga de trabalho delas aumentou em 6,5% a chance de machucados e ferimentos, em 2,5% as taxas de depressão, em 7,7% o uso de remédios anticoagulantes e em 15% as internações por enfartes e derrames. Os problemas também cresceram entre os homens, mas foram muito mais frequentes nas mulheres. O estudo foi publicado pelo Escritório Nacional de Pesquisa Econômica, dos EUA, e divulgado pelo Daily Mail.

Aqui no Brasil, dados da última semana do Instituto Nacional do Câncer (Inca) reforçam essa teoria.

Os números mostram uma queda da mortalidade entre os homens por câncer de pulmão entre 2005 e 2014, de 18,5 para 16,3 por 100 mil habitantes. A queda acompanhou a diminuição importante do tabagismo no Brasil, de quase 35% da população, em 1989, para menos de 15% em 2013.

Na contramão dessa tendência de queda, entre as mulheres, as taxas subiram de 7,7 para 8,8 em 100 mil habitantes no mesmo período. Na década de 1980, o índice era de apenas 4,4 por 100 mil habitantes. Esse aumento tem relação com o maior acesso feminino ao mercado de trabalho.

O cigarro passou a ser, possivelmente, uma nova forma de elas lidarem com o estresse e o desgaste da nova rotina.




Estudo mostra por que pacientes que reduzem estômago voltam a engordar

02/09/2016 - G1 - Bom dia Brasil


Um estudo sobre cirurgia bariátrica descobre por que gordinhos que fazem a cirurgia de redução de estômago voltam a ganhar peso. Boa parte dos pacientes emagrece quando faz a cirurgia, depois volta a engordar, ganha quase todo o peso que perdeu.

O que explica isso é a diminuição de um hormônio que fica no intestino e avisa ao cérebro que estamos saciados. Se esse aviso demora a chegar, a pessoa continua comendo.

Há quase 10 anos, Camila pesava 127kg. O excesso de peso, além de incomodar, provocava risco para a saúde. Ela fez a cirurgia para reduzir o estômago em junho de 2007. Em um ano e meio, já tinha perdido 59 kg.

“Quando eu fiz a redução do estomago, eu achei que eu jamais fosse voltar a engordar e que eu poderia comer de tudo. Não preciso fazer mais nada, porque vou ficar magra para o resto da vida”, afirmou a pedagoga Camila Tomaiolo.

Mas não foi bem assim. As roupas voltaram a ficar apertadas, o peso na balança subiu. Quando ela viu, estava com 100 kg novamente. “No início, você comia uma pequena porção de legumes, de arroz, a carne e estava ótimo, mas depois com o tempo foi aumentando essa vontade e a quantidade”, contou.

Rosemary engordou muito depois que teve o segundo filho. Ela chegou a pesar 135 kg. A obesidade trouxe problemas de pressão alta e apneia. A redução de estômago ajudou a mandar embora 60 kg, mas a comemoração não durou muito. Ganhou de novo, 30 kg. “Eu como. Daqui a meia hora, se você me oferecer alguma para eu comer, eu vou comer, porque parece que eu tenho fome”, afirmou a dona de casa.

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP acompanhou, por cinco anos, 24 pacientes que fizeram cirurgia para redução do estômago. Todos eles perderam peso nos primeiros dois anos, 14 mantiveram o peso depois disso, dez voltaram a ganhar peso. Os pesquisadores descobriram que uma das causas para esse aumento de peso foi a mudança na produção de um hormônio produzido pelo nosso intestino.

Funciona assim: a comida passa pelo nosso esôfago e cai no estômago. O alimento chega então no intestino fino, no delgado, e quando vai parar na região final dessa área, são enviados sinais para o cérebro. Quem manda esses sinais é um hormônio intestinal chamado GLP-1, que vai indicar que já estamos saciados. Na operação de redução, a comida chega mais rápido nessa parte final do intestino e a produção desse hormônio é estimulada.

Segundo o médico que coordenou a pesquisa, os pacientes que tiveram ganho de peso depois da perda inicial bem-sucedida, mostraram, depois de dois anos, uma queda na produção desse hormônio intestinal.

“Isso abre uma pequena perspectiva de entender um pouquinho melhor esse processo complexo onde vários fatores interferem no reganho de peso após a cirurgia. Na medida que a gente conhece um pouco melhor todo esse mecanismo, certamente se abrem novas perspectivas. Utilização de medicamentos que atuam nesse sentido, eventualmente, de resgatar essa capacidade de produção do organismo”, disse o diretor da Unidade de Cirurgia Bariatrica/HC, Marco Aurélio Santo.

O que já se sabe com certeza é que os bons hábitos alimentares contribuem muito para manter a paz com a balança. Elaine fez a cirurgia do estômago há cinco anos; não ganhou peso nem mesmo depois de ter filho. As fotos apresentadas na reportagem do antes e do depois impressionam: de 110 kg para 63 kg.

“É se alimentar com os alimentos corretos, tomar café, alimentação de três em três horas, frutas, verduras, legumes, pouco doce, pouca fritura, pouco carboidrato. Sempre com atividade física”, contou a assistente contábil Elaine Nascimento dos Santos.

A pesquisa brasileira foi publicada na revista internacional Obesity Surgery, uma das mais importantes sobre o tema. A cirurgia é só o primeiro passo, o acompanhamento depois também é muito importante.




Mulheres morrem mais de câncer de pulmão

03/09/2016 - IstoÉ


Mulheres morrem mais de câncer de pulmão

Noticia boa para os homens, ruim para as mulheres. Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer revela que a taxa de mortalidade por câncer de pulmão caiu pela primeira vez no sexo masculino na última década: de 18,5 para 16,3 a cada 100 mil homens. Entre as mulheres o número cresceu de 7,7% para 8,8% porque elas estão fumando mais do que antigamente.




Setembro Dourado: cura do câncer infantil chega a 70% dos casos com diagnóstico

04/09/2016 - Portal EBC


O câncer infantil figura atualmente como a segunda causa de morte na faixa etária entre 1 e 19 anos, perdendo apenas para causas externas, como acidentes e violência. Apesar disso, o índice de cura pode chegar a 70% dos casos se houver diagnóstico precoce. O alerta é da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica que promove a campanha Setembro Dourado no intuito de ampliar a conscientização em prol da causa.

De acordo com a entidade, no Brasil, a taxa de cura do câncer infantil gira em torno de 50% dos casos – índice bastante distante de países como os Estados Unidos, onde a taxa é de 80%. A campanha destaca que o tratamento, nestes casos especificamente, vai muito além do papel exercido por hospitais e defende o empenho de diversos setores na luta contra a doença.


CÂNCER EM CRIANÇAS X CÂNCER EM ADULTOS


Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam 12 mil novos diagnósticos de câncer infantil no Brasil a cada ano, com pico de incidência na faixa de 4 a 5 anos e um segundo pico entre 16 e 18 anos.

Os tipos mais comuns de câncer entre adultos são os carcinomas (como câncer de pulmão e câncer de mama), provocados, em parte, por fatores ambientais e estilos de vida. Já em crianças, os tipos mais comuns são leucemia, tumores no sistema nervoso central e linfomas (câncer dos gânglios linfáticos), geralmente com origem em células que se desenvolveram em estágios iniciais da gestação.


CÂNCER INFANTIL É DOENÇA FAMILIAR


A campanha defende ainda que o profissional de saúde que atende uma criança com câncer deve estender o tratamento a toda a família do paciente, uma vez que o câncer infantil é visto por especialistas como uma espécie de câncer familiar e não de um único indivíduo apenas.

A proposta é que a sociedade civil organizada exerça papel fundamental de dar apoio psicológico, principalmente aos que estão em outra cidade para o tratamento e o acolhimento da família e da criança.

“A luta pelo câncer infantojuvenil é de todos – governantes de todas as esferas, pais, educadores, profissionais da saúde, voluntários, cidadãos. Assim, quanto mais informações sobre a doença forem disseminadas na sociedade e cada um assumir o papel de promoção pela cura, alcançaremos a meta, pois não há prêmio melhor do que uma criança curada.”


SINAIS A SEREM INVESTIGADOS


Os principais sinais de investigação em relação ao câncer infantil são:

- vômitos associados a dores de cabeça (sem náusea)
- desequilíbrio ao andar
- dificuldade na visão
- dores ósseas ou nas articulações
- movimentos limitados
- palidez insistente
- febre persistente
- emagrecimento
- fraqueza
- irritabilidade
- sudorese excessiva
- manchas roxas no corpo ou em pálpebras
- sangramento em geral
- diarreias crônicas
- dores frequentes nos dentes, não associadas a cáries
- dores abdominais prolongadas
- ínguas, gânglios ou nódulos indolores, com rápido crescimento, principalmente no pescoço, axila ou virilhas
- nódulos ou pintas na pele, que crescem ou mudam de cor
- secreção crônica drenada pelo ouvido
- desenvolvimento precoce de caracteres sexuais
- na região dos olhos, pupila branca ou totalmente dilatada, protrusão do globo ocular.

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