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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 29/08/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Procura de remédio na rede pública cresce 30%

29/08/2016 - O Estado de S.Paulo


Com a crise econômica e a diminuição de clientes dos planos de saúde, o número de paulistanos que retiram remédios na rede pública da capital cresceu 30% neste ano, passando de 4,1 milhões nos oito primeiros meses de 2015 para 5,4 milhões no mesmo período deste ano, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde obtidos com exclusividade pelo Estado.

A alta demanda agravou o quadro de falta de medicamentos básicos em algumas unidades e obrigou a secretaria a rever o planejamento de compras de cada uma das mais de 500 farmácias municipais. O problema é alvo de inquérito do Ministério Público Estadual (mais informações nesta página).

De acordo com a pasta, o aumento da procura por medicamentos gratuitos se deve a duas principais razões: o crescimento do número de pessoas atendidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde ficam a maior parte das farmácias, e a migração de pacientes da rede privada para a pública. Somente na cidade de São Paulo, 330 mil pessoas deixaram de ter plano de saúde entre 2014 e 2016, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

“Embora esses medicamentos básicos não sejam ofertados pelos planos, muita gente que começou a se consultar no SUS ficou sabendo quais remédios estão disponíveis de graça e passaram a usar esse serviço. Tem aqueles pacientes também que continuam na rede privada, mas que, para poupar um pouco de dinheiro nesse momento de crise, passaram a retirar os remédios nas farmácias dos postos.

Tivemos um aumento de receitas vindas da rede privada”, afirma o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.

Segundo o secretário, 32% das prescrições recebidas nas farmácias da Prefeitura neste ano vieram de médicos particulares ou de unidades de outros municípios. No ano passado, esse porcentual era de 26%.


MUDANÇA


Foi no último mês de junho, quando cancelou o plano de saúde, que a técnica de enfermagem Patrícia de Oliveira, de 37 anos, passou a buscar atendimento e medicamentos na rede pública. “Eu tinha um convênio que custava R$ 437, mas fui avisada que subiria para R$ 690. Não dava mais para pagar”, conta. No mês seguinte, ela passou mal e precisou ir a um médico da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) próxima de sua casa, na Vila Nova Cachoeirinha, zona norte. “O médico me passou buscopan e dipirona e já peguei no posto mesmo para economizar. Tive a sorte de encontrar, porque minha mãe sempre retira os medicamentos na farmácia do posto e tem alguns que vivem faltando”, conta ela.

Na última quinta-feira, Patrícia levou a mãe, a aposentada Antonia Costa de Oliveira, de 65 anos, à AMA por causa de uma crise de bronquite. “Dessa vez não tivemos tanta sorte porque um dos remédios, o prednisona, está em falta. Vamos ter que comprar agora, mas está uns R$ 30, não é tão barato”, reclama Patrícia.

Para Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o aumento da demanda por remédios pode também estar relacionado ao crescimento da oferta de consultas. “Houve uma expansão da atenção básica nos últimos anos. Se as consultas aumentam, a retirada de medicamentos também”, diz.

Dos cinco remédios mais retirados, quatro são indicados para o tratamento de doenças crônicas, como hipertensão e diabete. As zonas leste e sul, as mais populosas da capital, são as responsáveis pela maior demanda de remédios. Do total de pacientes atendidos nas farmácias municipais neste ano, 25,6% eram moradores da região leste e 24,4%, da sul.

A secretaria lançou em 2015 o aplicativo Aqui Tem Remédio, que indica os medicamentos disponíveis em cada unidade. O app já é o mais usado da Prefeitura, com 300 mil acessos.




Inspeção não acha um terço da lista do SUS

29/08/2016 - O Estado de S.Paulo


Uma fiscalização feita pelo Ministério Público Estadual em maio em colaboração com o Conselho Regional de Farmácia em cinco Unidades Básicas de Saúde (UBSs) concluiu que 30% dos medicamentos da lista do SUS estão em falta no Município.

O desabastecimento de medicamentos em farmácias de unidades municipais e estaduais é alvo de um inquérito civil aberto no ano passado pela promotora Dora Martin Strilicherk, da Saúde Pública.

Após as falhas constatadas na fiscalização, a Promotoria fez uma série de recomendações à Prefeitura para melhorar a gestão da área. Segundo o MPE, no entanto, as medidas adotadas pela secretaria até agora foram insuficientes e os problemas de desabastecimento continuam.

Mesma avaliação tem os usuários de UBSs visitadas pela reportagem na última quinta. “Já faz uns seis meses que tento retirar o sinvastatina para a minha mãe, mas nunca tem. Ela tem pressão alta, colesterol, diabete, acabou de amputar uma perna e já temos que comprar vários remédios. Com esse que está em falta, é um custo a mais”, reclama a dona de casa Stefane Barbosa, de 18 anos.

A pedagoga Maria de Fátima de Souza Bastos, de 48 anos, também não conseguiu retirar medicamento para a mãe, de 80 anos, que sofre de diabete. “Já me orientaram aqui no posto a comprar porque, mesmo quando chega, o estoque acaba rapidinho”, diz ela, que buscava o cloridrato de metformina.

O secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que a falta de remédios é causada principalmente pelo atraso na entrega dos pedidos por parte dos fornecedores e pelo crescimento da demanda. “Aumentamos o número de punições aos fornecedores que atrasam e estamos fazendo uma revisão mensal do consumo médio de cada unidade para planejar melhor as compras”, diz.

Padilha foi convocado para uma reunião no MPE, amanhã, para prestar maiores esclarecimentos sobre as medidas adotadas pela Prefeitura para minimizar o problema.




A Takeda anuncia nova e arrojada estratégia de acesso a medicamentos

28/08/2016 - Portal Exame


A Takeda Pharmaceutical Company Limited (TOKYO: 4502) anunciou hoje o lançamento de uma nova e arrojada estratégia de Acesso a Medicamentos (Access to Medicines, AtM) visando aumentar o acesso a seus medicamentos inovadores e que potencialmente salvam vidas, para os pacientes com as mais altas necessidades médicas não atendidas. Por décadas, a empresa tem fornecido produtos, financiamento e acesso em diversas partes do mundo, com base nas necessidades regionais. A nova estratégia AtM foi concebida com o foco nos locais e áreas de terapia com o maior nível de necessidades médicas não atendidas.

Esta abordagem foca em países com sistemas de atendimento médico menos desenvolvidos e em desenvolvimento, em áreas como a América Latina, o Sudeste Asiático e a África, onde são necessárias abordagens sustentáveis para enfrentar os obstáculos que limitam o acesso aos medicamentos para que se tenha um impacto significativo nas vidas dos pacientes. Dos 38 milhões de pessoas que morrem de doenças não transmissíveis todos os anos, três quartos - ou seja, 28 milhões - das mortes ocorrem em países com renda baixa e média.

“O acesso aos medicamentos inovadores e ao atendimento médico de qualidade é vital à saúde das pessoas no mundo todo”, disse Christophe Weber, presidente e diretor executivo da Takeda. “Alinhado com os valores da Takeda, nossa estratégia de AtM ampliará nossos compromissos já existentes para melhorar a saúde global, para que nossos medicamentos inovadores, e que potencialmente salvam vidas, possam ser mais acessíveis aos pacientes em regiões como a África Subsaariana.”

O anúncio coincide com a VI Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento da África (Tokyo International Conference of Africa’s Development, TICAD-VI), e com a abertura formal do escritório da empresa em Nairóbi, no Quênia, onde a Takeda planeja solidificar parcerias sustentáveis de AtM em toda a África Subsaariana, adotando uma abordagem sem fins lucrativos.

A nova estratégia de AtM da Takeda será centrada no aumento do acesso a alguns de seus medicamentos mais inovadores nas áreas de oncologia e de gastroenterologia especializada, assim como suas vacinas contra doenças transmissíveis como o dengue e o chikungunya. Como parte da abordagem sem fins lucrativos da empresa na África Subsaariana, a Takeda está trabalhando também para melhorar o acesso aos pacientes para alguns de seus medicamentos para diabetes e hipertensão.

A iniciativa tem o objetivo de abordar os múltiplos obstáculos ao acesso comuns a regiões como a África Subsaariana - incluindo o desenvolvimento da gestão do ciclo de vida com foco no AtM para seus medicamentos existentes, o registo acelerado de seus medicamentos inovadores, a participação aumentada de centros locais em estudos clínicos, o estabelecimento de programas de acesso, onde aplicável, e a introdução de abordagens inovadoras para lidar com o acesso para aqueles pacientes cujo poder aquisitivo para tratamento completo é limitado.

“A Takeda está comprometida em aprimorar a saúde do paciente por meio de abordagens colaborativas baseadas em preços acessíveis, unindo as principais partes interessadas para assegurar o acesso dos pacientes que necessitam dos medicamentos mais modernos e inovadores. Desenvolvemos programas detalhados de assistência aos pacientes em diversos mercados emergentes. Nosso objetivo é que pacientes elegíveis para os quais são prescritos os medicamentos da Takeda tenham acesso a eles”, comentou Giles Platford, presidente da Unidade de Negócios em Mercados Emergentes da Takeda.

Nos países como o Quênia, a abordagem da Takeda vai além dos medicamentos. A empresa está trabalhando com diversos parceiros para melhorar a capacidade local do tratamento do câncer, para aumentar o acesso ao tratamento e para eliminar os obstáculos para outras doenças crônicas tais como o diabetes e a hipertensão. “Nosso objetivo é estabelecer Nairóbi, no Quênia como um centro regional de excelência para a África Subsaariana na área de oncologia/hematologia”, destacou Isabel Torres, diretora global de Acesso a Medicamentos da Takeda. “Para ir além desse objetivo e fazer uma contribuição sustentável, a Takeda trabalhará ao lado dos governos, das ONGs, dos profissionais da saúde, das associações de pacientes e da comunidade local em múltiplas parcerias público-privadas. A abertura de nosso escritório em Nairóbi é uma etapa significativa para solidificar essa colaboração e para permitir um melhor acesso aos medicamentos para os pacientes da região.”

As atividades da Responsabilidade Social Corporativa (Corporate Social Responsibility, CSR) são um pilar importante da estratégia de AtM de Takeda na África Subsaariana. Dois programas chaves incluem a iniciativa da Takeda: um programa de 10 anos iniciado em 2010 para firmar parceria com o Fundo Global de Luta contra a AIDS, tuberculose e malária, fortalecendo a capacidade dos profissionais da saúde na África; e o HERhealth, que se esforça para abordar a necessidade social urgente de consciência de saúde e serviços para as mulheres. A Takeda vem apoiando a iniciativa desde 2015 em parceria com Negócios para a Responsabilidade Social (Business for Social Responsibility, BSR) e o objetivo é expandir o acesso a programas às mulheres na Etiópia e no Quênia.


SOBRE A TAKEDA


A Takeda Pharmaceutical Company Limited é uma empresa farmacêutica global orientada para a pesquisa e desenvolvimento, com o compromisso de levar uma saúde melhor e um futuro mais promissor aos pacientes, traduzindo ciência em medicamentos que transformam vidas. A Takeda concentra seus esforços de pesquisa e desenvolvimento nas áreas terapêuticas de oncologia, gastroenterologia e do sistema nervoso central, além de vacinas. A Takeda conduz pesquisa e desenvolvimento internamente e com parceiros para estar na vanguarda da inovação. Novos produtos inovadores, especialmente em oncologia e gastroenterologia, assim como sua presença em mercados emergentes, impulsionam o crescimento da Takeda. Mais de 30 mil funcionários da Takeda estão comprometidos em melhorar a qualidade de vida para pacientes, trabalhando com nossos parceiros em cuidados de saúde em mais de 70 países. Para obter outras informações, acesse http://www.takeda.com/news/.

Contexto na Imprensa: Iniciativas sob a Estratégia de Acesso a Medicamentos da Takeda

1. Programas de Assistência ao Paciente (PAPs)

O pilar da estratégia de Acesso a Medicamentos da Takeda são seus PAPs, concebidos especificamente para assegurar que os pacientes elegíveis que vivem nos países com sistemas de saúde em desenvolvimento e que são prescritos os medicamentos de Takeda, possam ter acesso ao tratamento completo, de forma sustentável, por meio de abordagem inovadora, com base em um preço acessível. Concebido com o objetivo de tornar o tratamento completo mais acessível, seus PAPs serão personalizados para abordar as necessidades locais por meio dos diferentes modelos de custo compartilhado colaborativos entre pacientes, a Takeda e, às vezes, instituições de caridade, sociedades médicas e outras partes interessadas. A Takeda tem o objetivo de implantar diversos desses programas no Sudeste Asiático, no Oriente Médio, na África e na América Latina.

2. Indo “Além dos medicamentos”

O preço acessível e a provisão de medicamentos não são os únicos obstáculos enfrentados por pacientes quanto ao acesso ao tratamento. Para superar estes obstáculos, a Takeda está desenvolvendo programas que “vão além dos medicamentos” nas Filipinas, no Brasil e na Ucrânia - países que representam contextos complexos de serviços de saúde nas suas respectivas regiões, onde as barreiras ao acesso existem e onde a Takeda está suficientemente equipada para ter o maior impacto.

No Brasil, a Takeda está fornecendo apoio personalizado aos pacientes e melhorando a conveniência dos pacientes ao mapear uma rede de clínicas de vacinação no país para os pacientes prescritos com o Entyvio para a Doença Inflamatória Intestinal (DII)

Nas Filipinas, a Takeda trabalhará com parceiros locais de transporte para superar desafios geográficos consideráveis e para entregar kits de diagnósticos portáteis para o tratamento do Linfoma de Hodgkin nas ilhas remotas do país

3. África Subsaariana

A Takeda tem o objetivo de estabelecer Nairóbi, no Quênia, como um centro de excelência no diagnóstico, atendimento e tratamento oncológico/hematológico na África Subsaariana. Um dos principais objetivos de seus esforços em Nairóbi será apoiar as trocas de aprendizagem e treinar oncologistas e patologistas africanos. Dada a falta de especialistas em oncologia na região, a Takeda está financiando um programa de bolsas para alunos de oncologia no primeiro ano de estudos na Universidade de Nairóbi como parte de uma parceria público-privada para ajudar a criar uma fonte de futuros oncologistas.

A Takeda está estabelecendo também um programa de associação aos seus funcionários para compartilhar habilidades, experiências e perícia técnica para apoiar a capacitação local em saúde na África Subsaariana, trabalhando com profissionais de saúde, cientistas e ONGs locais. Outras iniciativas atualmente em desenvolvimento na África Subsaariana incluem intervenções de conscientização e programas para e assistência a pacientes para abordar os obstáculos ao acesso a medicamentos inovadores.

Para ajudar a mitigar o peso de doenças como a diabetes e a hipertensão, a Takeda está estabelecendo uma parceria de longo prazo com os governos locais no Quênia para criar um programa de triagem móvel para diabetes e hipertensão. A empresa também vai melhorar o acesso dos pacientes a alguns de seus medicamentos para diabetes e hipertensão na África Subsaariana.

4. Pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Takeda

Os esforços de P&D para o Acesso a Medicamentos da Takeda visam melhorar o acesso aos medicamentos inovadores nos países com sistemas de saúde em desenvolvimento, aumentando a participação em seus estudos clínicos, em parceria com autoridades de saúde locais, para que os medicamentos inovadores da empresa sejam, possivelmente, aprovados mais rápido 1; acelerando o registro dos medicamentos e estabelecendo programas com acesso antecipado, onde é permitido, por meio do gerenciamento do ciclo de vida alvo dos medicamentos existentes.

A abordagem de P&D centrada no paciente nestes países vai além do desenvolvimento e da provisão dos medicamentos, empenhando esforços por um impacto sustentável no paciente por meio da construção da capacidade de atendimento de saúde local.

As doenças transmissíveis (DT) e as doenças tropicais negligenciadas (DTN) colocam também um peso desproporcional nos pacientes dos países com sistemas de saúde em desenvolvimento. A Takeda está apoiando o desenvolvimento de medicamentos e vacinas novas para tratar essas doenças por meio de parcerias sem fins lucrativos, publico-privadas, assim como diretamente por meio de sua unidade de negócios de vacinas.

A Takeda é membro fundador do Fundo Global de Inovação Tecnológica em Saúde (Global Health Innovative Technology, GHIT), uma parceria público-privada sem fins lucrativos pioneira estabelecida no Japão, em abril de 2013, pelo governo do Japão, um consórcio de cinco empresas farmacêuticas e a Fundação Bill e Melinda Gates, para promover a descoberta e o desenvolvimento de medicamentos novos para tratar as doenças transmissíveis em países onde o sistema de saúde está em desenvolvimento:

Seguindo a liderança da Takeda, dez outras empresas farmacêuticas e de biotecnologia internacionais se juntaram ao Fundo GHIT em junho de 2016.

A Takeda é sócia colaboradora do GHIT em projetos para a malária, tuberculose, doença de Chagas e leishmaniose.

A empresa também está estabelecendo parcerias de pesquisa e desenvolvimento para DT e DTNs com:

Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (Drugs for Neglected Diseases initiative, DNDi)

Medicamentos contra a Malária (Medicines for Malaria Venture, MMV)

A Aliança Global para o Desenvolvimento de Medicamentos para Tuberculose (The Global Alliance for TB Drug Development, TB Alliance)

WIPO Re:Search: um consórcio estabelecido pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO, na sigla em inglês), in colaboração com BIO Ventures for Global Health (BVGH), para acelerar a P&D de novos medicamentos, vacinas e diagnósticos para doenças tropicais negligenciadas, malária e tuberculose.

1Sujeita à aprovação regulamentar.

5. Iniciativas de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) da Takeda

Os programas contínuos de RSC da Takeda contribuem também para a sua estratégia de acesso aos medicamentos, priorizando a qualidade de vida por meio da prevenção de doenças e do aprimoramento da capacidade de atendimento médico local. Entre os programas estabelecidos estão:

A iniciativa da Takeda: Um programa de dez anos iniciado em 2010 para apoiar o Fundo Global de Luta contra a AIDS, a tuberculose e a malária, fortalecendo a capacidade dos profissionais da saúde na África.

HERhealth: Uma iniciativa que aborda a necessidade social urgente de conscientização em saúde e serviços para as mulheres em sistemas de saúde em desenvolvimento. A Takeda vem apoiando a HERhealth desde 2015 em parceria com Negócios para a Responsabilidade Social (Business for Social Responsibility, BSR) e o objetivo é expandir o acesso a programas para mulheres na China, na Etiópia, no Quênia e na Índia em 2016 e 2017.

Os recentes programas de RSC da Takeda que começaram durante o ano de 2016 incluem:

Vacinação mundial contra o sarampo para crianças: Em parceria com Fundação ONU, a Takeda firmou um compromisso de 10 anos para imunizar 5,4 milhões de crianças com a vacina contra o sarampo em 40 países na África, na Ásia e na América Latina.

Treinamento de profissionais da saúde comunitária em Saúde Materna e da Primeira Infância: Em parceria com a World Vision, a Takeda visa aprimorar a capacidade de 1.400 profissionais da saúde comunitária para reduzir mortes preveníveis nas crianças, fornecendo conhecimento e serviços de saúde para 500.000 pessoas em cinco anos na Índia, em Bangladesh, no Nepal e no Afeganistão.

Programa de treinamento de tribos minoritária em Saúde Materna e da Primeira Infância: Em parceria com a Save the Children Japão, a Takeda está apoiando um programa em Myanmar, no Vietnã e em Laos, atendendo 150.000 pessoas, incluindo 40.000 mulheres e crianças em tribos minoritárias, com educação em saúde, treinamento e serviços por mais de cinco anos.

Certidão de Nascimento Digital: Em parceria com Plan International Japão, a Takeda está trabalhando há três anos com o governo do Quênia para promover esse passo essencial para assegurar que as crianças gozem de seus plenos direitos e que tenham acesso ao atendimento de saúde e educação.

O texto no idioma original deste anúncio é a versão oficial autorizada. As traduções são fornecidas apenas como uma facilidade e devem se referir ao texto no idioma original, que é a única versão do texto que tem efeito legal.




Fiocruz anuncia 1ª vacina contra a esquistossomose

27/08/2016 - O Estado de S.Paulo


Depois de 40 anos de pesquisas, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu e começará a testar no mês que vem a primeira vacina contra esquistossomose do mundo. Será em uma ilha no Senegal, país onde a doença é endêmica. A expectativa é que o produto, já testado em pessoas saudáveis no Rio, esteja pronto para ser usado em larga escala daqui a três anos. A enfermidade, popularmente conhecida como barriga d’água, por provocar a dilatação do abdome, infecta 200 milhões de pessoas no mundo, em áreas pobres, sem saneamento básico.

A vacina põe o Brasil em posição de vanguarda na área de imunizações. Este será o primeiro imunizante já criado para uma doença parasitária, e é considerado prioritário pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Quando tratamos de doenças negligenciadas, o grande desafio é que elas não interessam à indústria farmacêutica, que tem sede em países onde a população não é atingida. O interesse não é econômico, é social.

A relevância é mundial”, afirmou o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Outro dado de ineditismo é o fato de ser a primeira vez que uma vacina parasitária feita com tecnologia brasileira chega à segunda fase de testes clínicos, ou seja, envolve pessoas expostas ao parasita. Na primeira etapa, 30 voluntários sem contato prévio com a esquistossomose receberam a substância, no câmpus da Fiocruz, no Rio.

A instituição está trabalhando em parceria com a empresa brasileira Orygen Biotecnologia.

A ilha senegalesa de Saint Louis foi escolhida por ser uma área de alta prevalência da esquistossomose e porque lá existem dois tipos de parasitas. A vacina será ministrada por uma ONG do fim de setembro até dezembro, primeiro em 350 adultos, e depois em crianças.

Serão testadas eficácia e segurança.

Uma vantagem de realizar os testes lá é reproduzir um cenário real: o Senegal será um dos países em que a vacina será usada depois de aprovada.

Há três anos, entre cem projetos candidatos, a OMS selecionou esta e outras cinco pesquisas julgadas prioritárias para melhorar as condições de saúde nos países mais pobres do mundo. A esquistossomose é endêmica em 74 nações, onde vivem 800 milhões de pessoas.

No Brasil, está presente em 19 Estados, em especial na Região Nordeste, no Espírito Santo e em Minas.

A enfermidade provoca fraqueza, febre, diarreia e vômitos; nos casos mais graves, o doente pode ter fibrose no fígado, aumento no baço e dilatação do abdome. A progressão do quadro pode levar a pessoa à morte.


HISTÓRICO


O marco inicial do trabalho, financiado pela Fiocruz e por entidades públicas de fomento a pesquisas, é o ano de 1975. Foi quando se descobriu a molécula da proteína Sm14 do Schistosoma (causador da esquistossomose), que agora dá nome à vacina. O efeito do imunizante é estimular a produção de anticorpos e interromper o ciclo de vida do parasita no organismo humano.

Laboratórios e governo vão discutir em setembro retorno das parcerias

29/08/2016 - DCI


São Paulo - Após quase três anos sem a aprovação de novos projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre farmacêuticas e o governo, para a transferência de tecnologia de produção ao setor público, a indústria aguarda uma sinalização de retomada.

A expectativa é que ainda na segunda quinzena de setembro, passado o impasse envolvendo o impeachment de Dilma Rousseff, representantes do setor sejam recebidos no Ministério da Saúde para discutir regras e novas parcerias, afirma o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. "Precisamos caminhar e estamos parados, é um investimento jogado fora", disse ele ao DCI.

Mussolini reivindica o anúncio de novos projetos e maior clareza nas regras de participação. "Sem dúvidas [o projeto] não está indo bem e precisa ser melhorado, principalmente em transparência" cobra o dirigente.

Primeira farmacêutica a assinar um acordo de PDP com o Ministério da Saúde em 2009, a Blanver aguarda definições, especialmente aquelas ligadas aos parâmetros utilizados para as transferências. "Trata-se de um setor que se desenvolve muito rápido. Pesquisamos uma determinada molécula, mas pode surgir outra opção e o governo não querer mais aquela primeira, apesar do estágio avançado dos estudos. Ou seja, perdemos investimento. As regras para esses casos não estão claras", argumenta o presidente da Blanver, Sérgio Frangioni.

O laboratório Cristália, que atualmente possui 16 projetos de transferência em andamento, também aguarda definições. Para o presidente do grupo, Ogari Pacheco, "é preciso transformar demanda em contratos assinados" para dar continuidade aos projetos.

"Não podemos deixar parar e, além disso, faltam contrapartidas. É como se fosse uma dança e precisamos de um par para dançar", exemplifica o executivo, na expectativa da reunião do próximo mês.

Pacheco também está confiante quanto a possíveis anúncios na reunião do mês que vem. "A política não pode ser extinta devido sua importância. Mas estamos esperando e isso, claro, tem um custo".

Na avaliação de Mussolini, estes são apenas alguns exemplos das falhas no sistema de PDP. "É um setor que precisa de previsibilidade. Há laboratórios com fábrica parada, aguardando o que virá a seguir porque ninguém quer investir no escuro. Não dá para saber sequer o que acontecerá na semana que vem com tantas indefinições no cenário político, eu mesmo não sei dizer quando as PDPs irão andar."


INVESTIMENTOS


O presidente da Blanver estima um investimento de R$ 90 milhões para a execução de projetos de PDP. Atualmente, a empresa tem apenas três processos em andamento, apesar da intenção de firmar outras parcerias com o governo.

"Todo negócio envolve riscos, mas com tantos entraves a estrutura do projeto fica comprometida", afirma Frangioni.

Para Mussolini, é evidente o prejuízo sofrido pela indústria farmacêutica. "Já houve muitos investimentos, agora é hora de acelerar para termos retorno", defende o executivo.

Na avaliação do sócio da consultoria KPMG, Leonardo Giusti, falta equilíbrio financeiro nesta equação. "O principal objetivo do projeto é reduzir custos de aquisição de medicamentos para o governo federal e maior eficiência nas parcerias. Mas essa conta não fecha de maneira favorável para o laboratório privado, que investe anos em pesquisa e desenvolvimento e está tendo pouco retorno", avalia.

Já a diretora de relações institucionais da Libbs Farmacêutica, Márcia Bueno, avalia que o maior problema é o efeito negativo da incerteza. A empresa aportou R$ 227 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"Um projeto tão complexo não pode ser simplesmente interrompido. Tudo está dentro do nosso plano de negócios porque cumprimos nossa parte do cronograma, mas aguardamos diretrizes. Melhorias são necessárias, ainda mais quando pensamos nos investimentos já feitos", pondera ela.

Na visão de Giusti, da KPMG, a ausência de parâmetros jurídicos, que assegurem o sucesso do modelo e justifiquem os aportes realizados pela indústria, é um entrave importante. "Estabilidade jurídica é crucial para que o projeto tenha êxito. Precisa ficar mais claro quais os planos do governo para manutenção e viabilidade nos contratos", destaca o consultor da KPMG.

Ele acrescenta que, em um primeiro momento, havia um entendimento de que o acordo de parceria implicaria em encomendas exclusivas para o laboratório privado parceiro, o que não ocorre em todos os contratos firmados.

"Existe a possibilidade de firmar parcerias para transferência e compra de um medicamento e, mesmo assim, abrir uma concorrência para o mercado. Isso precisa estar previsto antes", analisa.

O presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antônio Britto, ressalta duas condições obrigatórias para o êxito dos projetos: o laboratório que transferir a tecnologia deve dominá-la, enquanto aquele que recebê-la deve ter equipamentos e profissionais em condições continuar o processo. "O cenário tem sido diferente e deixa de ser estratégico", lamenta ele.




A expansão da Pfizer

27/08/2016 - IstoÉ Dinheiro


A farmacêutica americana Pfizer, dona do Viagra, não desistiu de se tornar a maior do setor nos EUA. Após abandonar o plano de aquisição da Allergan, fabricante do Botox, a companhia liderada por Ian Read anunciou a compra da Medivation. A transação, de US$14 bilhões, fará com que a Pfizer agregue em sua carteira a fabricante de remédios de combate ao câncer, que gera cerca de US$ 2 bilhões em vendas anuais.

Também na semana passada, a Pfizer anunciou a compra de parte dos negócios de antibiótico da britânica AstraZeneca por um valor que pode chegar a US$ 1,6 bilhão.




Como são datadas nossas memórias

27/08/2016 - O Estado de S.Paulo


Passei vergonha no dia em que soube do assassinato de John Lennon. Ainda iniciando meu doutoramento, dividia o apartamento com Benjamin, um judeu ortodoxo. Era de manhã. Estava no banho quando Benjamin descobriu que na noite anterior eu havia fritado bacon na sua frigideira. Sem graça, abatido pela bronca, caminhei até o laboratório. Lá descobri que enquanto eu fritava bacon Lennon havia sido assassinado. Depois disso, essas duas memórias estão intimamente associadas no meu cérebro.

A novidade é que agora os cientistas descobriram a razão.

Faz alguns anos, sabemos que a formação de uma memória ocorre quando um conjunto de neurônios aumenta sua atividade, reforçando a relação entre eles. Se essa atividade for bloqueada, a memória não se forma. Assim, cada memória está associada a um conjunto de neurônios responsável por sua manutenção. O conjunto de neurônios associado a uma memória é chamado de engram. Cada vez que nos lembramos de uma memória é porque seu engram está ativo.

Quando você ensina um camundongo a ter medo de um som, submetendo o bichinho a um choque elétrico cada vez que ouve o som, é possível demonstrar que um grupo específico de neurônios (o engram dessa memória) é ativado.

E as relações entre esses neurônios permanecem fortes enquanto a memória persistir. Se você apagar essa memória, tocando o som sem aplicar o choque, a relação entre esses neurônios fica fraca e o engram desaparece.

Nesse novo experimento os cientistas estudaram a relação entre os engrams de duas memórias formadas sequencialmente.

Primeiro, o camundongo ouvia um som (somA) e tomava um choque. Depois ouvia outro som (somB) e também tomava choque.

Desse modo, eles ficavam com medo dos dois tipos de som (coitados). Os camundongos estavam divididos em quatro grupos, e a diferença entre os grupos era o tempo que separava o somA/ choque do somB/choque durante o treino. Em um grupo o tempo que separava o primeiro do segundo estímulo era 1,5 hora; em outro, 6 horas; e nos outros dois grupos, 18 e 24 horas.

A primeira coisa que os cientistas descobriram é que nos camundongos treinados com intervalos curtos entre os sons A e B (1,5 e 6 horas), quando os cientistas “apagavam” o medo do primeiro som (sem dar o choque), o medo do segundo som também desaparecia.

Em outras palavras, se me fizerem esquecer do bacon frito, vou esquecer da morte de Lennon. Mas nos camundongos em que as duas memórias haviam se formado com um intervalo de tempo longo (18 ou 24 horas), quando uma memória era apagada a outra permanecia intacta. Ou seja, se eu tivesse levado a bronca do bacon frito na semana anterior ao assassinato de Lennon, a memória da bronca não estaria associada à morte de Lennon. Esse resultado demonstra que o tempo entre a formação das memórias determina se existe ligação entre elas.

Em seguida, os cientistas estudaram os neurônios ativados por cada uma das duas memórias nos diversos grupos de camundongos (seus engrams).

Para isso, eles precisam provocar o medo (som mais choque) e em seguida sacrificar o camundongo e identificar os neurônios que haviam sido ativados. O conjunto de neurônios ativados em cada caso é o engram daquela memória.

Os cientistas descobriram que nos casos em que as memórias haviam se formado com um espaçamento temporal longo (18 e 24 horas) os engrams das duas memórias (medo do som A e medo do som B) eram completamente independentes. Ou seja, os dois engrams não compartilhavam neurônios.

Mas no caso dos camundongos em que as memórias haviam sido formadas uma logo após a outra (1,5 e 6 horas) havia uma sobreposição de células entre os dois engrams. Apesar de os engrams serem diferentes, existia um grupo de células que pertencia aos dois engrams.

Essa sobreposição dos engrams explica por que duas memórias ficam associadas em nosso cérebro quando são formadas uma logo depois da outra. Também explica por que a remoção de uma memória leva à perda da outra formada logo em seguida. Como seus engrams têm neurônios em comum, a perda de uma enfraquece a outra.

Esse experimento sugere como o tempo entre memórias é registrado no cérebro. Os engrams de uma memória se sobrepõem ao engram da memória anterior e ao engram da posterior, causando uma cadeia sequencial de engrams que registra o passar do tempo na memória.

Com o envelhecimento, e a perda gradual de neurônios, é de se esperar que a ligação temporal entre as memórias fique mais frágil e é isso que observamos em nossos cérebros ao longo dos anos. Vai chegar um dia em que comer bacon não me fará lembrar da morte de John Lennon.

Aí meu colesterol vai subir.




Fundo nacional para a ciência pode ser reduzido pela metade

28/08/2016 - O Estado de S.Paulo


O orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que já foi reduzido em 50% para este ano, pode cair pela metade novamente em 2017, eliminando a capacidade da Finep – empresa pública que administra o fundo – de fazer novos investimentos em pesquisa no País.

O limite de empenho previsto para o FNDCT no Projeto de Lei Orçamentária Anual 2017, segundo a Finep, é de R$ 982 milhões, comparado a R$ 1,9 bilhão neste ano e R$ 4 bilhões, em 2015, em valores corrigidos.

Isso, apesar de a arrecadação anual do FNDCT permanecer constante, na casa dos R$ 3,7 bilhões, e de a Finep ter restos a pagar da ordem de R$ 2 bilhões, referente a editais já contratados nos últimos anos.

O orçamento atual “não dá nem para cobrir os restos a pagar dos anos anteriores”, disse o presidente da Finep, Wanderley de Souza, em palestra na reunião anual da SBPC, em julho, em Porto Seguro (BA). “Permite continuar o que estamos fazendo, mas não lançar coisas novas.” Procurado novamente para esta reportagem, Souza preferiu não dar entrevista.

“O orçamento de 2016 e a proposta orçamentária para 2017 não são suficientes para fazer frente aos compromissos já assumidos”, informou a assessoria de comunicação da Finep.

“No entanto, o presidente (Wanderley de Souza) está otimista quanto às ações do ministro Kassab no sentido de ampliar o orçamento.” Desvio. O FNDCT é abastecido anualmente com recursos oriundos de vários setores da indústria – por exemplo, de impostos sobre a exploração de recursos hídricos e minerais –, e seus recursos deveriam, por lei, ser investidos integralmente em ciência e tecnologia. Mas não é o que acontece. Nos últimos anos, os recursos do FNDCT foram sistematicamente contingenciados para manutenção do superávit primário.

“Estão coletando impostos para uma finalidade e aplicando em outra”, diz o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich. “É um tipo de pedalada. Tenho até dúvidas sobre a legalidade disso.” Várias entidades da comunidade científica acadêmica e empresarial enviaram uma carta conjunta ao Congresso Nacional na semana passada, solicitando que o fundo não seja mais contingenciado. “É fundamental que o orçamento do FNDCT para 2017 permita a utilização plena dos recursos que serão arrecadados, de modo a se reverter o grave quadro atual”, diz o documento.

EUA vão testar todo o estoque de sangue contra zika

27/08/2016 - O Estado de S.Paulo


A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), recomendou ontem que todos os estoques de sangue doado devem ser submetidos a testes para identificar o vírus da zika. O anúncio foi feito em meio a um aumento do número de casos da doença nos Estados Unidos.

“Existem muitas incertezas a respeito da natureza e da extensão da transmissão”, afirmou Peter Marks, diretor do Centro para Avaliação Biológica. “Neste momento, a recomendação para que se teste todo o sangue ajudará na garantia da segurança do estoque disponível para todos os indivíduos que precisam de transfusão.” A FDA já havia emitido um comunicado, no dia 16 de fevereiro, que recomendava testes para a detecção do vírus em bolsas de sangue, mas apenas em áreas onde fosse registrada transmissão local do vírus. O novo comunicado anunciado ontem estende a recomendação a todos os Estados e territórios.

Os testes em todas as bolsas de sangue doadas já estão sendo feitos na Flórida e em Porto Rico. A agência informou, no comunicado, que a iniciativa está mostrando efeitos benéficos, ao identificar doações infectadas com zika. A expansão dos testes “continuará a reduzir o risco de transmissão do vírus por transfusão de sangue em todos os Estados Unidos”.

No país, a transmissão local do vírus da zika por mosquitos foi registrada pela primeira vez no território de Porto Rico, em dezembro de 2015. Logo depois foram relatados casos em Samoa Americana e nas Ilhas Virgens.

Em julho, foram confirmados os primeiros casos de transmissão local na Flórida, que já chegaram a 43, segundo o Departamento de Saúde local. Incluindo os casos relacionados a viagens, o país já soma 2.517 vítimas da zika, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).


TRANSMISSÃO SEXUAL


Funcionários federais de saúde ainda relataram ontem o primeiro caso de transmissão sexual do vírus da zika envolvendo uma pessoa que não havia apresentado sintomas. Em todos os demais 21 casos relatados até agora de transmissão sexual, o parceiro havia apresentado manchas ou indicativos da doença.

No caso em análise, um homem de Maryland viajou para a República Dominicana, onde há um surto da doença, e depois teve relações normais com a mulher, que não viajou para o exterior nem teve contato com mosquitos transmissores, mas contraiu zika. O caso foi considerado “não usual” pelas autoridades, que já recomendam um período de “abstinência” de oito semanas, em caso de possível contato com o vírus, para casais que pretendem engravidar.

Mas pode indicar a necessidade de mais cuidados com o zika.




Mais da metade dos estudantes do 9º ano já consumiu álcool

27/08/2016 - Folha de S.Paulo


Entre os estudantes do 9º ano no Brasil, 55,5% provaram bebidas alcoólicas e 21,4% já ficaram embriagados.

A porcentagem dos que já fumaram é de 18,4%, e9% utilizaram, em algum momento da vida, drogas ilícitas, como maconha, cocaína, crack, entre outras.

Os dados são da Pense 2015 (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O estudo traça um panorama da adolescência no Brasil. Os resultados foram divulgados nesta sexta (26).

O foco da pesquisa foi estudantes do 9º ano, antiga 8ª série. O estudo também traz dados sobre outras faixas etárias, mas a amostra é menor, o que pode criar ruído nas análises.

O Estado do Rio Grande do Sul apresentou maior porcentagem, 68%, de estudantes que já consumiram alguma bebida alcoólica. A maior taxa entre as capitais, 74,9%, é de Porto Alegre.

Também está na região Sul a maior parcela dos que experimentaram cigarros.

O Distrito Federal possui a maior taxa de estudantes que usaram drogas ilícitas. Acima da média nacional estão, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Roraima e Mato Grosso do Sul.

O estudo analisou também a questão sexual presente na vida dos jovens. Cerca de 27% relataram relações sexuais, dos quais 38,8% não usaram preservativo na primeira relação e 33,8% não utilizaram na última.

A relação dos adolescentes com seus corpos também foi explorada —meninas estão mais insatisfeitas. Um terço, mesmo não se achando acima do peso, quer emagrecer. A fração que se acha acima do peso é de 21,8%.




‘Sujeira’ tolerada em alimentos vai de pelo de capivara a inseto inteiro

28/08/2016 - Folha de S.Paulo


Saiu no "Diário Oficial" da União: a geleia de morango analisada em laboratório tinha nada menos que um tipo de fungo, duas larvas mortas e um pelo inteiro de roedor.

Se os dois primeiros achados já indicavam que a situação andava mal, o último tinha até uma referência: o pelo estava "acima do limite máximo de tolerância" indicado pela legislação.

O lote do produto acabou proibido, como mostrou a edição de segunda-feira (22) da publicação do governo. Mas sobrou a pergunta: afinal, é permitido ter alguma dose, mínima que seja, de pelo de roedor na comida?

Questões como essa têm se repetido nas redes sociais a cada nova suspensão feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) relativa a alimentos.

E a resposta, por estranha que pareça, é positiva. Ela existe desde 2014, quando a agência editou uma norma para definir quais "matérias estranhas" aos alimentos são proibidas e quais são toleradas até certos limites (o que inclui fragmentos de insetos e de pelos de roedores).

Antes, não havia uma regra específica sobre o tema.

"Então pode estar comendo pedacinho de patinha de barata? É claro que não. Qualquer agente que seja patogênico não é permitido", explica a gerente de avaliação de risco e eficácia de alimentos da Anvisa, Lígia Lindner.

Segundo ela, a norma separa duas situações: o que pode causar risco à saúde e o que, a partir de certa quantidade, pode indicar falha nas "boas práticas" de produção.

Assim, insetos que podem causar doenças ou que circulam no lixo, como baratas e moscas, são completamente vetados, inteiros ou em partes. Rato, morcego, pombo também não podem ser vistos por ali. "Nenhum alimento pode ser repugnante."


'SUJEIRA' TOLERADA


Aí vem a segunda situação: a polêmica "sujeira" tolerada, como fragmentos de insetos ou de pelo de roedor. "São coisas que não se enxerga a olho nu, mas que se encontra em análise em laboratório."

O objetivo era trazer limites para a presença de fragmentos de insetos que podem ser encontrados na produção do alimento no campo -muitos deles inviáveis de serem retirados. O mesmo vale para os tais fragmentos de pelo.

"Não é que vai ter uma criação de rato na indústria", diz Lindner, que lembra que os Estados Unidos têm norma semelhante. Lá, por exemplo, tolera-se dez fragmentos de pelo de roedor em 50g de canela em pó. Aqui, apenas um.

"Isso assusta. Mas as pessoas se esquecem da matéria-prima que entra nos produtos industrializados", explica Rinaldini Tancredi, professora de higiene e controle de qualidade na Unirio.

Roberta Züge, do Conselho Científico de Agricultura Sustentável, lembra que muitos insetos são usados para controle biológico no campo. "Coloca-se um outro que seria predador e ele acaba vindo junto com o alimento no momento da colheita."

Já o vestígio do pelo de roedor pode ser de um rato-do-campo ou capivara, bichos que procuram plantações em busca de alimentos, sobretudo devido à rotação de culturas -com tomate e milho.

Segundo Tancredi, a presença de um fragmento de pelo não traz riscos para a saúde se estiver dentro dos limites, definidos em estudos sobre a frequência desses materiais e impacto no produto.

"Como o produto passa por um processo de esterilização industrial, não tem risco, pois as bactérias morrem com o calor", diz. Já uma quantidade maior deve gerar alerta.

E não dá para baixar os limites a zero? Especialistas dizem ser difícil -a tendência, porém, é ser mais restritivo após avanços na tecnologia. Mas há um consenso: é preciso aumentar o controle na indústria e fiscalização.

"Precisamos de vigilâncias mais estruturadas", diz Jane Castro, pós-doutoranda em vigilância sanitária na Fiocruz. Ela recomenda que o consumidor ("o maior fiscal") fique atento a qualquer diferença no produto.

Hoje, a maioria dos casos de fragmentos acima do limite é identificado após análise por amostragem. Desde 2014, foram 13 suspensões da Anvisa de lotes de extratos de tomate, açúcar, canela e chocolate por esse motivo. Medidas semelhantes podem ocorrer a nível estadual e municipal.


OUTRO LADO


Em nota, a Abia (associação da indústria de alimentos) diz que "sempre houve controle em relação à presença desses fragmentos" e que a legislação brasileira é uma das mais rígidas. "Muitos países não regulamentam a questão."

Diz ainda que "o alimento passa por diversas etapas no processo industrial, impedindo que qualquer impureza cause danos à saúde".




Cingapura registra mais de 40 casos de zika transmitidos localmente

28/08/2016 - Valor Econômico / Site


Autoridades de Cingapura informaram neste domingo que já identificaram 41 casos de infecção pelo vírus zika que foram transmitidos localmente e alertaram que esperam encontrar novos doentes.

Entre os infectados estão 36 trabalhadores estrangeiros da construção civil que tocam uma obra perto de Aljunied, área no sudeste da ilha, informou o Ministério da Saúde.

No dia anterior, as autoridades haviam confirmado o primeiro caso do vírus com transmissão local. O paciente era uma mulher malaia de 47 anos, que vive em Aljunied, uma zona comercial e residencial mista, e que agora está sob observação.

O Ministério da Saúde disse ainda que nenhum dos infectados, incluindo quatro cingapurianos do mesmo bairro, tinha viajado recentemente ao exterior para áreas afetadas pelo vírus. O ministério informou que “não se pode descartar novas transmissões na comunidade, uma vez que algumas das pessoas que testaram positivo também vivem ou trabalham em outras partes da cidade-Estado”.

Das 41 pessoas infectadas até o momento, 34 se recuperaram totalmente, enquanto os outros, incluindo os residentes locais, estão hospitalizados. Entre eles estão um aposentado de 65 anos e seu filho de 21 anos. Sete dos 36 trabalhadores estrangeiros estão confinados na área de doenças transmissíveis do Tan Tock Seng Hospital.

Desde que foi detectado no Brasil no ano passado, o vírus zika, que é transmitido por mosquito, tem feito incursões nas Américas, incluindo partes dos Estados Unidos. Na quinta-feira, a China informou que adicionou o país americano em uma lista de países infectados, o que fez exportadores temerem que serão obrigados a fumigar contêineres destinados a portos chineses.




Pouco doce

27/08/2016 - IstoÉ


A Associação Americana do Coração recomendou na semana passada que o consumo diário de açúcar para a faixa etária que vai dos dois aos dezoito anos deve ser, no máximo, de 25 gramas (equivale a seis colheres de chá).

Já para as crianças menores de dois anos, o açúcar deve vir apenas de fontes naturais.




Além da microcefalia

27/08/2016 - IstoÉ


O mais completo estudo de imagens realizado até agora em crianças nascidas de mães contaminadas pelo vírus da zika revelou um retrato ainda mais preocupante sobre as conseqüências que ele é capaz de provocar. Publicado na última edição do jornal científico Radiology, divulgado na semana passada, o trabalho demonstra que os danos cerebrais vão muito além da microcefalia e incluem prejuízos em estruturas chaves para o desenvolvimento cognitivo e motor.

O levantamento foi feito em conjunto por médicos brasileiros e americanos e teve como base a análise de imagens obtidas do cérebro de 438 bebês. A maioria apresentava um problema chamado ventriculomegalia, caracterizado pelo aumento dos espaços cerebrais preenchidos por fluidos. Quase todos manifestavam anormalidades no corpo caloso (fibra nervosa que permite a transmissão de sinais elétricos entre os hemisférios direito e esquerdo) e, com exceção de um, eles também portavam problemas que impediam a migração dos neurônios para os destinos apropriados.

Além disso, há calcificações intracranianas e redução no volume das matérias branca e cinzenta. "A severidade das má-formações, as alterações nos tecidos e a localização das calcificações foram os achados mais surpreendentes", disse a médica brasileira Fernanda Tovar-Moll, vice-presidente do Instituto D'Or de Pesquisa e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fernanda é uma das autoras da pesquisa, junto com Patrícia Soares de Oliveira-Szejnfeld, da Universidade Federal de São Paulo, e Deborah Levine, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

As alterações comprometem o desempenho normal de funções como o movimento, a fala e o equilíbrio e também o balanço necessário entre o pensamento racional e as emoções. Algumas acometem áreas que continuam a se desenvolver após o nascimento, o que significa que mesmo crianças que no estágio intra-uterino não manifestavam problemas podem vir a apresentá-los durante o decorrer da infância. E, como já se suspeitava, a pesquisa mostrou que o primeiro trimestre da gestação representa o período no qual há maior risco para o surgimento das alterações. C.P.




Hábitos de adolescente

27/08/2016 - O Globo


Pesquisa do IBGE com estudantes brasileiros, a maioria de 13 a 15 anos, mostra um aumento no consumo de drogas e a prática de sexo sem preservativos. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgada ontem pelo IBGE, traz dados alarmantes sobre os hábitos dos adolescentes brasileiros. O trabalho, referente ao ano de 2015, foi realizado com estudantes concluintes do 9º ano em escolas públicas e privadas de todo o país, a maioria entre 13 e 15 anos. Os resultados mostram que o percentual de jovens que já experimentaram bebidas alcoólicas subiu de 50,3%, em 2012, para 55,5% em 2015; já a taxa dos que usaram drogas ilícitas aumentou de 7,3% para 9% no mesmo período. Também subiu o número dos que relataram a prática de sexo sem preservativos, de 24,7% para 33,8%.

— É na adolescência que se estabelecem hábitos que serão levados pela vida adulta — disse Marco Andreazzi, gerente da pesquisa, ressaltando a importância de políticas de prevenção de doenças para esta faixa etária. — No Brasil, 72% dos óbitos são provocados por doenças crônicas, e elas estão diretamente relacionadas a hábitos não saudáveis.

Pela legislação brasileira, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas são proibidos para menores de 18 anos, mas os números mostram que a prática é bastante difundida. O problema é levemente mais grave entre as meninas, com 56,1% delas já tendo experimentado álcool, contra 54,8% dos garotos. Em termos regionais, a questão é mais preocupante no Sul, onde 65,9% dos entrevistados relatam já terem bebido.

A forma mais comum de se conseguir bebidas são as festas, apontadas por 43,8% dos adolescentes que já consumiram álcool, mas 17,8% deles revelaram ter conseguido bebidas com amigos; 14,4% comparam em mercado, loja ou bar; e 9,4% conseguiram a bebida com alguém da própria família. Entre as drogas ilícitas, 4,2% dos entrevistados revelaram ter feito uso nos 30 dias que antecederam a pesquisa — um indício que eles fazem uso regular das substâncias, num percentual maior entre os meninos (4,7%) que as garotas (3,7%). O estudo questionou o uso específico da maconha, e 4,1% dos estudantes revelaram terem fumado nos últimos 30 dias antes do preenchimento do questionário.

— Temos um problema grave com a bebida alcoólica, com mais da metade da população pesquisada já tendo experimentado — afirmou Andreazzi.

Para Cheila Marina de Lima, consultora técnica do Ministério da Saúde, uma das saídas poderia ser a maior regulamentação da propaganda de bebidas alcoólicas. Pela legislação atual, apenas bebidas com grau alcoólico acima de 13 graus Gay Lussac, como vodca e uísque, são proibidas de veicular publicidade entre 6h e 21h.

— Um dos grandes desafios do país é como trabalhar para regulamentar a propaganda de bebidas — disse Cheila.

A preocupação é válida. De acordo com Luciana Rodrigues Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, o efeito do álcool e das drogas nos adolescentes é mais danoso que nos adultos, pois o organismo deles ainda está em formação. E quanto mais cedo o jovem começa a consumir, pior será o dano no futuro, com maiores riscos de desenvolvimento de doenças hepáticas e alterações psiquiátricas, entre outros problemas graves.

— Eu acho que hoje existe uma permissividade maior que há alguns anos — avalia Luciana. — O álcool é uma droga considerada permitida pela sociedade, e muitas vezes os adolescentes presenciam o consumo excessivo pelos próprios pais dentro de casa.


PROTEÇÃO SÓ NA PRIMEIRA VEZ


Em relação ao sexo, a taxa de jovens que já tiveram relações sexuais caiu ligeiramente nos últimos três anos, de 28,7% em 2012 para 27,5% em 2015. Mas o uso da camisinha despencou quase dez pontos percentuais, de 75,3% para 66,2%, segundo a pesquisa.

— O que eu ouço muito no consultório é que eles usam o preservativo na primeira vez, mas depois deixam de usar, dizem que já conhecem o parceiro ou parceira. E também existe o sentimento de invulnerabilidade, característico dessa fase — avalia o médico Maurício de Souza Lima, especialista em hebiatria (tratamento de adolescentes). — Essa geração não viu a imagem de pessoas morrendo com Aids, como o Cazuza. Eles acham que se forem contaminados, o problema é resolvido tomando remédio, o que não é verdade.

Nesta terceira edição da PeNSE, o IBGE apurou pela primeira vez o número de estudantes que já foram forçados a ter relações sexuais, e 4% deles relataram já terem sido vítimas. E, desses, 31,6% indicaram o abuso por algum membro da família (pai, padrasto, mãe, madrasta ou outros parentes), 26,6% o namorado (a) ou ex-namorado (a) e 21,8%, um amigo (a).

Os adolescentes também estão mais ativos: a taxa dos que praticam exercícios regularmente aumentou de 30,1% em 2012 para 34,4% no ano passado. O gerente da pesquisa, Marco Andreazzi, ressalta que a alta pode ter sido afetada por uma alteração metodológica entre os dois estudos, mas um outro indicador, o de número de aulas de Educação Física, também apresentou melhoras. Em 2012, apenas 27,3% dos estudantes relataram ter duas ou mais aulas semanais por semana, percentual que subiu para 48,4%.

— O indicador é composto por uma série de informações coletadas dos estudantes, que nos permitem estimar se eles realizam mais de 300 minutos de atividades físicas por semana — explicou Andreazzi.

O que chama atenção neste indicador é a situação do Rio de Janeiro, município nas últimas posições do ranking nacional, apesar de a cidade ter sediado a Olimpíada este ano — o estado só está à frente de Pará, Acre e Ceará. E apenas 19,2% dos estudantes fluminenses disseram ter aulas de Educação Física por dois ou mais dias por semana.

Outro dado de destaque foi a redução drástica no percentual de adolescentes que relatou assistir a duas ou mais horas de televisão por dia. Em 2012, 78% dos pesquisados disseram ter esse hábito, mas no ano passado a taxa caiu para 59,1%. Uma das possíveis explicações para o fenômeno foi a substituição da TV por outros dispositivos. “Estudos mostram que o tempo gasto com a televisão diminuiu na última década, mas a redução é compensada pelo tempo gasto com outros dispositivos de tela, como smartphones, tablets, PCs e computadores”, aponta a pesquisa.

Como resultado da baixa atividade física, conjugada com maus hábitos alimentares, 23,7% dos adolescentes estão com sobrepeso, sendo 7,8% obesos. O índice é bem menor do que a média da população adulta do país, que tem taxa de 52,5% das pessoas acima do peso ideal. Mas ainda assim preocupa.

— O problema da obesidade infantil e na adolescência é muito sério. Estamos vendo nos consultórios pessoas muito jovens desenvolvendo doenças crônicas, como diabetes e pressão alta — diz Celise Meneses, do Comitê de Adolescência da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro.




Câncer de pulmão

28/08/2016 - O Globo


Pela primeira vez em décadas, no Brasil, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão entre os homens começou a diminuir. O Inca e o Ministério da Saúde divulgam, amanhã, estudo inédito que mostra que a taxa caiu de 18,5 por cada 100 mil, em 2005, para 16,3, em 2014 (o último ano disponível).


SÓ QUE...


Entre as mulheres, a taxa continua a subir. Era de 7,7 por cada 100 mil, em 2005, e passou para 8,8, em 2014. A explicação, segundo o Inca, é que, no Brasil, as mulheres começaram a fumar depois dos homens, na década de 1970. A tendência é que, no futuro, também a taxa delas comece a diminuir.

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