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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 26/08/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Merck vai além dos remédios para crescer

26/08/2016 - Valor Econômico


A maioria das farmacêuticas globais está enxugando suas operações diante da forte concorrência das drogas genéricas, mas a alemã Merck KGaA vem contrariando a tendência ao se expandir fora do setor de saúde.

A empresa de remédios mais antiga do mundo está ampliando duas unidades não relacionadas ao negócio principal. Uma fabrica produtos químicos especiais, como cristais líquidos usados em telas de aparelhos eletrônicos. A outra produz equipamentos de laboratório para a indústria de biotecnologia.

A empresa, informalmente chamada de "a Merck alemã", em oposição à sua rival americana de mesmo nome, afirma que a estratégia ajuda a administrar os riscos do negócio farmacêutico e a manteve lucrativa nos últimos anos, apesar dos fracassos nos testes clínicos de novos remédios para pancreatite e câncer cerebral. A diversificação pode até permitir que a empresa acabe vendendo a divisão farmacêutica se as novas drogas em desenvolvimento não forem adiante, dizem investidores e analistas.

A proteção contra riscos é parte da cultura orgulhosamente sóbria da empresa. "Para uma companhia de quase 350 anos que tem controle familiar, a aversão ao risco tem que estar no DNA", disse o diretor-presidente Stefan Oschmann, em entrevista ao The Wall Street Journal. "Esta empresa já sobreviveu a guerras e catástrofes. Então, somos avessos ao risco quando se trata de grandes decisões."

A família Merck, através de sua empresa E. Merck KG, possui 70% da farmacêutica e define a orientação geral da firma. Os 30% restantes são negociados na bolsa de Frankfurt. A cotação das ações já subiu 10,1% neste ano, para 95,14 euros (US$ 107,31).

A empresa é um "negócio diversificado, orientado para o longo prazo e resistente", diz Peter Spengler, analista do banco alemão DZ Bank AG. Ela é líder de mercado em todas as áreas que atua "exceto remédios", diz ele.

Oschmann, que tem 59 anos, assumiu a empresa em maio, depois de passar cinco anos no conselho executivo. Antes, ele havia trabalhado por 20 anos na rival homônima americana Merck Sharp & Dohme.

As duas Mercks remontam a 1668, quando Friedrich Jacob Merck comprou sua primeira farmácia em Darmstadt, pequena cidade perto de Frankfurt. Em 1890, seus descendentes haviam construído uma grande operação de remédios e produtos químicos. Ela se expandiu no mercado americano ao formar uma subsidiária nos Estados Unidos.

Durante a Primeira Guerra Mundial, o governo dos EUA assumiu o controle da Merck americana, forçando a cisão da empresa. A separação e o início da Segunda Guerra Mundial acabaram alijando a Merck alemã do mercado americano por décadas.

A empresa americana, a MSD, cresceu e se tornou bem maior que a alemã. A receita da Merck KGaA em 2015 foi de 12,84 bilhões de euros (US$ 14,31 bilhões), ante US$ 39,5 bilhões da MSD. Mas o grupo alemão conquistou o direito de usar o nome no mundo todo com exceção dos EUA e Canadá, onde a MSD ainda se chama Merck & Co.

Oschmann e seu antecessor tornaram os EUA uma prioridade para a Merck alemã, que opera no país com o nome EMD Group.

"Se você voltar dez anos no tempo, quase não tínhamos negócios nos EUA", disse o executivo. Agora, a empresa tem cerca de 10 mil empregados nos EUA, pouco menos que os cerca de 12 mil que tem na Alemanha, disse. Mais de 25% da receita do último ano veio da América do Norte.

A mais recente - e a maior - investida da Merck nos EUA aconteceu no ano passado, com a aquisição, por US$ 17 bilhões, da fabricante de equipamentos de laboratório Sigma-Aldrich Corp., agora parte da divisão de Ciência da Vida da Merck. A compra também foi o maior passo da empresa fora de suas raízes farmacêuticas. A Merck estima que o negócio gere sinergias de 260 milhões de euros até 2018.

Oschmann disse que a Merck pode se beneficiar da estratégia inteligente da Sigma-Aldrich na internet. "A Sigma Aldrich é uma empresa que está muito avançada em relação a nós quando se trata de comércio eletrônico e modelos de negócios digitais", disse. Eles "fizeram um tremendo trabalho na cadeia de suprimento e distribuição."

A integração da Sigma-Aldrich elevou as vendas da unidade Ciências da Vida em quase 80% no trimestre encerrado em junho, para 1,4 bilhão de euros, divulgou a empresa neste mês.

Em 2014, a Merck já havia pago 1,9 bilhão de euros pela britânica AZ Electronic Materials, fabricante de produtos químicos especiais com elevado grau de pureza para o setor de eletrônicos. A aquisição ampliou o portfólio de produtos químicos especiais da Merck, a maior fornecedora global de cristais líquidos para a produção de telas usadas em televisores, smartphones e tablets.

Mesmo com a firma se afastando dos remédios, Oschmann vê chances de ela colocar no mercado drogas possivelmente importantes para o combate ao câncer - inclusive uma desenvolvida em parceria com a Pfizer Inc.

No fim de 2014, a Merck se uniu à rival americana para desenvolver e comercializar um tratamento para câncer chamado anticorpo anti-PD-L1. Dados do estágio final de testes de algumas aplicações do tratamento devem se tornar disponíveis em 2017 (Concorrentes como MSD, Roche Holding AG, Bristol-Myers Squibb e Astra Zeneca PLC também vêm desenvolvendo ativamente drogas semelhantes).

"Acreditamos que temos uma série significativa de drogas em desenvolvimento. Achamos que os mercados de capital ainda não entenderam isso totalmente", disse Oschmann. "Mas os mercados têm uma atitude de 'ver para crer' e acho que vão reagir quando virem os dados."

Markus Manns, gestor de portfólio da Union Investment, acionista da Merck que faz parte da Union Asset Management Holding AG, diz que antes a empresa era vista como tendo poucos novos produtos para lançamento no futuro, "mas isso mudou drasticamente no último ano". Se, porém, os dados do anti-PD-L1 não forem bons, vender a divisão farmacêutica "deve ser uma opção", diz Manns.

Oschmann não quis especular sobre o futuro da divisão. Ele disse que a "Merck tem uma história de sempre avaliar muito ativamente nosso portfólio".




Anvisa amplia lista de medicamentos de baixo risco

25/08/2016 - Guia da Farmácia Online


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, esta semana, o texto da RDC que inclui mais 37 medicamentos na lista de medicamentos de baixo risco, sujeitos a notificação simplificada.

Quando os produtos são enquadrados nessa categoria, as empresas são dispensadas do protocolo do processo de registro e recebem da Agência a autorização para fabricar e comercializar os medicamentos listados, por meio da notificação simplificada. O procedimento eletrônico confere maior agilidade ao processo de liberação de medicamentos para o mercado.


MEDICAMENTOS DE BAIXO RISCO


A classificação de baixo risco é dada a medicamentos com o perfil de segurança e eficácia conhecido e menor impacto para a saúde de quem o utiliza.

A categoria dos medicamentos de baixo risco foi criada há dez anos por meio da Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa número 199, publicada no ano de 2006, a RDC 199/2006.

A norma original, que ainda está vigente, a RDC 199/2006, define em seu Anexo I que a Anvisa faria uma Instrução Normativa (IN) listando e nominando os medicamentos que poderiam ser enquadrados como de baixo risco sujeitos a notificação.

Mercado Aberto: Chamado ao novo

26/08/2016 - Folha de S.Paulo


A Embrapii (de pesquisa e desenvolvimento) deverá anunciar em setembro sua próxima convocatória para parcerias com laboratórios de pesquisa.

Do R$ 1,5 bilhão reservado a esse tipo de convênio, R$ 300 milhões foram destinados desde 2014.

"A próxima chamada foi aprovada pelo conselho, resta apenas definir quais setores serão mais contemplados", afirma o diretor-presidente, Jorge Almeida Guimarães.

Entre eles, devem estar a indústria química, a farmacêutica e de alimentos.

Nesta sexta-feira (26), a empresa assina uma parceria desse gênero, com a Escola Politécnica da USP, onde serão investidos R$ 30 milhões em projetos de construção civil, em um prazo de seis anos.

Os recursos serão divididos com companhias do setor privado, que participarão da pesquisa.

O foco vão ser projetos de maior risco, que dificilmente as empresas bancariam sozinhas.




Johnson & Johnson

26/08/2016 - Valor Econômico


A Johnson & Johnson (J&J) começa a operar neste mês o seu quinto centro de distribuição (CD) no Brasil, em Goiânia, numa área de armazenagem de 6,4 mil m2. A unidade ampliará em 15% a malha logística da empresa no país. O atendimento às regiões Norte e Centro-Oeste, que antes era feito a partir da cidade mineira de Extrema, será transferido para Goiânia. O limite de capacidade do CD em Extrema estava bastante alto e com isso terá um importante alívio, diz Leonardo Curado, diretor comercial da J&J. Para ele, Goiás pode se tornar um centro integrador da malha das operações logísticas da empresa. Do conceito à construção, o projeto levou dois anos e meio para ser finalizado. A J&J contratou 60 funcionários diretos e estima gerar 130 empregos indiretos. A inauguração do CD de Goiânia será hoje.




A Droga Raia

26/08/2016 - DCI


A Droga Raia acaba de inaugurar nove lojas pelo Estado do Paraná. São quatro lojas em Curitiba e uma em Cascavel, Araucária, Maringá, Toledo e Ponta Grossa. Com essas inaugurações, a rede dá continuidade à sua estratégia de crescimento e à consolidação da sua presença no território nacional. “Nossos colaboradores estão preparados para prestar aos clientes o apoio técnico necessário e atendê-los dentro da filosofia do Prazer em Cuidar, que há mais de cem anos norteia a rede", disse o vice-presidente de relações institucionais da companhia, Antônio Carlos de Freitas.

EUA investem US$ 30 milhões contra zika

26/08/2016 - Folha de S.Paulo


Um “campo de força” de baixo custo capaz de impedir a passagem de mosquitos, sandálias tratadas com inseticida que evitam picadas de insetos por seis meses e uma armadilha inteligente que identifica o Aedes aegypti pelo bater de suas asas estão entre os projetos de combate ao vírus zika que receberão um total de US$ 30 milhões da Usaid, agência do governo dos Estados Unidos de combate à pobreza. A Usaid anunciou recentemente as primeiras 21 propostas vencedoras do programa ( um anova rodada de contemplados deve ser divulgada em breve). Uma delas, a da armadilha inteligente, foi bolada por pesquisadores do ICMCUSP (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP de São Carlos) e é a única ideia de cientistas brasileiros a ser aprovada por enquanto. “Sabe-se que 80% dos locais de reprodução do Aedes aegypti estão em propriedades privadas, então a chave é motivar as pessoas a fazer o controle dentro das casas delas”, diz Gustavo Batista, coordenador da pesquisa. Visto de fora, o sistema idealizado pela equipe da USP lembra um samburá (o recipiente de tela usado por pescadores para guardar peixes recém-pescados). Dentro da armadilha, temos a isca — uma fonte de dióxido de carbono, gás liberado pela respiração que atrai os mosquitos sequiosos de sangue humano —, um ventilador estrategicamente posicionado, papel adesivo e um sensor a laser. Quando algum inseto voador se aventura lá dentro, o movimento de suas asas interrompe parcialmente a passagem do laser. É justamente o ritmo do voo — típico de cada espécie — que permite saber que o intruso é um A. aegypti, e não uma abelha inocente, digamos. No segundo caso, o inseto é automaticamente devolvido à natureza; no primeiro, o mosquito da dengue é empurrado pelo ventilador rumo ao papel adesivo. A precisão do sistema é da ordem de 99%. A captura em si, porém, não é o mais importante. O sistema vai contabilizar os mosquitos capturados e repassar essa informação para um aplicativo de smartphone do dono da casa, via tecnologia Bluetooth. “A partir daí, podemos sugerir medidas bem simples, como esvaziar recipientes de água após uma chuva. Uma semana depois, o sistema vai fazer uma nova contagem dos mosquitos capturados e informar se as ações deram resultado”, explica Batista, cujo projeto recebeu da Usaid um financiamento de US$ 500 mil pelos próximos dois anos. Os dados também poderiam ser enviados pelo aplicativo para órgãos de vigilância epidemiológica, criando uma espécie de mapa colaborativo da presença do inseto em determinada região, desde que a pessoa que baixou o aplicativo aceite formalmente compartilhar os dados. Antes de chegar a esse estágio, porém, ainda é preciso refinar alguns detalhes da armadilha, como, por exemplo, o uso de gás carbônico.

“Você precisa ter um tanque de gás com regulador de pressão, o que seria ultra complicado em grande escala”, diz Batista. Uma opção mais simples, que está sendo projetada em parceria com a empresa Isca Technologies, é um atrativo sintético baseado em odores florais — isso porque o principal alimento dos mosquitos é, na verdade, o néctar de flores (as fêmeas usam o sangue apenas como alimento especializado para a maturação dos ovos). “Se isso funcionar em campo, teremos uma armadilha bem mais simples.”


PROTEÇÃO CHOCANTE


Já a equipe de Krijn Paaijmans, do Instituto de Saúde Global de Barcelona, tropeçou por acaso na possibilidade de criar um “campo de força” antizika. Berta Domenech, pós-doutoranda do grupo, estava tentando capturar mosquitos com eletrostática, tentando fazer com que grudassem numa rede, quando descobriu que o campo elétrico na verdade estava repelindo os bichos — eles mudavam seu padrão de voo para se afastar da fonte eletrônica. A proposta do grupo da Espanha é refinar essa propriedade por meio de campos elétricos que variem de forma aleatória a sua força e frequência, de maneira que os mosquitos não consigam se acostumar com as emissões. Sistemas do tipo seriam acoplados a telas, caixas portáteis e hastes, de maneira a proteger uma área específica, como um jardim ou uma casa. Eles também estão planejando criar variações que funcionem em locais sem rede elétrica, com a ajuda de baterias solares. Na Tanzânia (África Oriental), um grupo do Instituto de Pesquisa de Ifakara resolveu apostar numa solução de baixíssimo custo ao propor chinelos e sandálias impregnados com doses duradouras de inseticida. Eles argumentam que seria possível evitar o uso constante e trabalhoso de repelentes no corpo com essa abordagem, protegendo os pés e tornozelos, áreas do corpo muito visadas pelo aedes. Dos 21 projetos, 13 são dos próprios EUA .A Austrália, que também sofre com epidemias de dengue e investe em pesquisas contra as doenças provocadas pelo aedes, teve três projetos incluídos na lista. Um deles é sobre o uso de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia, da Universidade Monash, em Melbourne. A bactéria “vacina” o mosquito contra dengue, mostram estudos. Pesquisadores brasileiros, da Fiocruz de Belo Horizonte, mostraram em maio deste ano que a bactéria diminui muito e até elimina o risco de transmissão do vírus da zika.




Cientistas acham mais oito tipos de câncer ligados à obesidade

26/08/2016 - Folha de S.Paulo


Estar acima do peso pode aumentar as chances de diagnóstico de câncer de estômago e do aparelho digestivo e de certos tumores cerebrais e do sistema reprodutivo. A conclusão é de estudo publicado na revista “New England Journal of Medicine” nesta quarta (24). O texto adiciona oito tipos à lista dos cânceres mais comuns entre as pessoas com sobrepeso. Em 2002, a Iarc (Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer), da Organização Mundial da Saúde, afirmou que os quilos a mais podiam aumentar o risco de câncer de cólon, esôfago, rim, mama e útero.

Agora, a agência adiciona os cânceres de estômago, fígado, vesícula, pâncreas, ovário e tireoide, assim como um tipo de tumor cerebral conhecido como meningioma e o mieloma múltiplo, um tipo de câncer do sangue. Pesquisadores analisaram mais de mil estudos sobre excesso de peso e riscos de câncer e concluíram que limitar o ganho de peso pode ajudar a reduzir o risco desses tipos de câncer. “A incidência do câncer devido ao excesso de peso ou à obesidade é mais extensa do que o que foi pressuposto”, diz o presidente do grupo de trabalho da Iarc, Graham Colditz, da Universidade de Washington. As causas do câncer podem ser vírus, como o HPV, poluentes, fatores genéticos e radiação. Fatores de estilo de vida, como o tabagismo e o excesso de peso, também podem tornar uma pessoa mais propensa a ter câncer. Acredita-se que cerca de 9% dos casos câncer entre as mulheres da América do Norte, Europa e Oriente Médio estejam ligados à obesidade, diz o relatório. A gordura extra pode causar inflamação e levar a uma superprodução de estrogênio, testosterona e insulina. Cerca de 640 milhões de adultos e 110 milhões de crianças no mundo são obesos. “Manter um peso saudável e fazer exercício, além de não fumar, podem ter um impacto significativo na redução do risco de câncer”, diz Colditz.




Ibope: Saúde é a maior preocupação do eleitor em 19 capitais

26/08/2016 - O Globo


Dados das mais recentes pesquisas do Ibope sobre as eleições municipais mostram que a Saúde é, de longe, a maior preocupação dos eleitores em todas as 19 capitais onde foram realizadas consultas. Em cidades como Rio, São Paulo e Belo Horizonte, o setor foi citado por mais da metade dos entrevistados. Na capital fluminense, 54% responderam que é o principal problema, muito à frente da Segurança Pública, mencionada por 15%. Em todas as regiões do país, não importa se o estado é pobre ou rico, a Saúde aparece sempre como a maior preocupação do eleitor. Segundo dados das últimas pesquisas Ibope em 19 capitais do país, a área é apontada como aquela com os maiores problemas na opinião da maioria do eleitorado. Em algumas capitais, como Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Velho, Macapá e Aracaju, mais da metade dos eleitores vê esse setor como o mais problemático, e a distância entre a Saúde e a área mencionada como a segunda pior nesses municípios chega a ser de mais de 30 pontos percentuais.

Segundo a diretora do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, enquanto outros temas, como inflação e desemprego, saíram do topo da lista de preocupações dos eleitores desde os anos 1980, a Saúde tem sido “um problema crônico”.


NO RIO, PIOR PARA 54%


No Rio e em São Paulo, por exemplo, 54% do eleitorado apontaram o setor da Saúde ao responderem à pergunta “Qual é a área em que, na sua opinião, a população da cidade está enfrentando os maiores problemas?”, presente no questionário do Ibope. No Rio, o segundo lugar, Segurança, teve 15%. Em São Paulo, a distância é ainda maior em relação ao segundo lugar, ocupado também pela Segurança, com 9%.

Mas a capital com a maior parcela de eleitorado crítica à Saúde, entre os municípios pesquisados, é Aracaju, onde 61% dos eleitores entrevistados veem o setor como aquele com mais problemas, seguido da Segurança, com 14%. A capital de Sergipe é seguida por Macapá, onde 59% dos eleitores do município se preocupam mais com a Saúde; em segundo lugar no ranking das áreas mais críticas, vem a Segurança, com 10%.

No Centro-Oeste, Goiânia aparece com um percentual de 43% para a Saúde; no Sul, Curitiba tem 49%. Os percentuais se referem a respostas dadas a partir de uma lista de áreas apresentada aos entrevistados, em pesquisas divulgadas a partir do dia 22 deste mês.

— Começamos a monitorar os maiores problemas das cidades em 1989, e a Saúde sempre esteve entre os três principais. A inflação já foi um grande problema, mas diminuiu bastante. O desemprego também impressionou, e hoje já é muito menor. A Saúde, no entanto, é um problema crônico. As pessoas não percebem melhorias — diz Márcia Cavallari, diretora do Ibope Inteligência. — A Saúde certamente não deixará de ser uma preocupação a curto prazo. Com a crise econômica, muitas pessoas deixaram de pagar planos privados. Os desempregados perderam os planos empresariais. E a Saúde, com problemas no acesso e na qualidade, é ainda mais complexa, porque envolve as três esferas de governo.

Professora da Faculdade de Medicina da UFRJ, Ligia Bahia chama atenção para a diferença entre as necessidades da população no campo da Saúde e as promessas que são feitas pelos candidatos para ele:

— Analisamos o discurso dos candidatos a prefeito de Rio e São Paulo, e vemos que a Saúde não é encarada como prioridade. Os prefeitos adotam o discurso de que a Saúde não é sua responsabilidade. Para eles, esse papel cabe ao estado ou à União. No entanto, em nenhuma das esferas vemos políticas públicas bem-sucedidas. Todas as propostas apresentadas são aquém das necessidades das capitais. Preferem abordar problemas pontuais, como mutirões e campanhas comunitárias, a tratar de atividades de qualidade de rotina.




Transmissão sexual faz zika se replicar por dias

26/08/2016 - O Estado de S.Paulo


Um novo estudo feito por cientistas americanos mostra que o vírus da zika, quando transmitido sexualmente, alastra-se desde os genitais da mãe até o cérebro do feto. De acordo com a pesquisa, publicada na revista científica Cell, o vírus encontra na vagina um nicho onde consegue se replicar por extenso período. Para estudar o processo, o grupo de cientistas, liderado por Akiko Iwasaki, da Universidade de Yale (EUA), desenvolveu o primeiro modelo em camundongos para estudar a infecção vaginal pelo vírus zika.




Saúde em tempos díspares

26/08/2016 - Correio Braziliense


As discussões para a melhoria da saúde no Brasil não podem resvalar no equívoco de considerar a Saúde Suplementar como uma opositora do Sistema Público de Saúde. São duas esferas com papéis e públicos distintos, mas que se fortalecem ao trabalhar de forma colaborativa e transparente. Uma parte não se opõe a outra. Na tentativa de pensar novos caminhos e soluções para os problemas que incidem sobre o setor de saúde, há uma neblina que tenta confundir o público e o privado, o Estado e as empresas. E pior: um perigoso reducionismo das diferentes características de cada ator do sistema com o objetivo de englobar qualquer crítica, misturando obrigações e atuações e negando a própria legislação. É fundamental elevar o debate para atender às demandas variadas da população que estão longe de ser homogêneas.

A Saúde Suplementar tem 70 milhões de vínculos, entre planos médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos. O setor cobre 48,4 milhões de pessoas, somente na assistência médico-hospitalar. Empresários da saúde movimentaram, no primeiro trimestre de 2016, R$ 38,9 bilhões em receitas. No entanto, as despesas assistenciais também tiveram um ritmo acelerado de expansão, totalizando R$ 30,7 bilhões, sem contar os impostos, taxas administrativas e de comercialização. Para cada R$ 100 recebidos, o setor gastou R$ 99,3.

A saúde tem custo alto e, no caso da assistência privada, a operadora tem o papel de administrar os recursos coletivos que lhe foram confiados pelos beneficiários. A operadora paga toda a cadeia que presta serviço no atendimento ao paciente, abrangendo hospitais, laboratórios, materiais, insumos e profissionais de saúde. Um imbróglio que ainda acompanha o setor é acreditar que as seguradoras e operadoras se beneficiam de desperdícios, tratamentos desnecessários ou até mesmo de condutas irresponsáveis de profissionais da saúde. Ao contrário, os planos de saúde perdem duplamente com os custos majorados e saída crescente de beneficiários. Nos últimos 12 meses terminados em junho deste ano, 1,6 milhão de consumidores deixaram o sistema privado.

Ao longo do tempo, o tamanho do bolso do brasileiro também está sendo reduzido devido ao desequilíbrio nos gastos: abuso e desperdício na cadeia de saúde. As empresas, sozinhas, não conseguem combater essas distorções. Para a conta fechar, os médicos precisam ter a ciência de que o tratamento, além de ser correto e ético, precisa ser viável para os beneficiários, pois são eles que pagam as mensalidades dos planos. Novas práticas médicas devem ser inseridas dentro da rede privada de acordo com a capacidade financeira de serem absorvidas. Tratamentos eficazes não deveriam ser substituídos por novas tecnologias que, simplesmente, atendem apenas a modismos ou interesses mercadológicos. O caminho equilibrado é a prescrição de tratamentos e materiais menos dispendiosos e que produzam os mesmos resultados clínicos, com segurança.

Para se ter uma ideia do volume de atendimentos, em 2015, o segmento realizou cerca de 1,4 bilhão de procedimentos, aproximadamente quatro milhões por dia. Nesse mesmo período, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registrou 101.974 reclamações, que representa 0,2% do total beneficiários. Obviamente, a Saúde Suplementar está longe de ser um setor dos mais reclamados devido à quantidade de eventos bem-sucedidos prestados diariamente. Mas, como em qualquer área de atuação, empresas com práticas reiteradamente nocivas à operação dos planos de saúde devem ser mais que multadas, e sim afastadas do mercado.

Diante desse quadro, nota-se que a saúde privada no Brasil conquistou uma alta qualidade ao longo dos anos e que pode ser facilmente atestada. Uma realidade visível é a quantidade de idosos beneficiários de planos de saúde que ganharam uma sobrevida a partir do tratamento médico de qualidade, chegando aos 80, 90 e até 100 anos. Os idosos estão entre os grupos que mais crescem entre beneficiários de planos de saúde no Brasil. Destaca-se também o aperfeiçoamento da saúde do trabalhador, que passou a contar com o benefício do plano de saúde nas empresas.

O setor privado traz, ainda, um estímulo à economia, com o financiamento que movimenta toda a rede produtiva do setor de saúde. Esse investimento reflete em tecnologia de ponta e novos procedimentos a serviço da saúde no país. Ampliou-se a estrutura, a qualidade de atendimento melhorou, centros de referência sobressaíram, atraindo grupos estrangeiros como investidores e até mesmo um incipiente turismo médico. Os caminhos para melhorar a saúde no Brasil devem ser da transparência, da viabilidade econômica e do respeito à legislação. Nesse momento, o estágio da saúde no país exige debate amplo e sincero junto a diversos setores da sociedade em busca de soluções concretas para ampliação do acesso, com foco no combate aos desperdícios e nos gastos excessivos. Só o diálogo pode dispersar as nuvens que pairam sobre a saúde.




Problemas de visão devido à diabetes crescem no mundo, diz estudo

26/08/2016 - G1 – Bem-Estar


Em um período de 20 anos, entre 1990 e 2010, a proporção de casos de problemas de visão relacionados à diabetes tem crescido no mundo todo. A conclusão é de um estudo liderado por pesquisadores da Universidade Nova Southwestern, nos Estados Unidos, e da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido publicado esta semana na revista médica "Diabetes Care".

Em 2010, 1 em cada 39 cegos tinha o problema devido à retinopatia diabética, o que representa um aumento de 27% desde 1990. Neste período, também aumentou em 64% a proporção de pessoas com deficiência visual moderada ou grave devido à retinopatia diabética: em 2010, 1 em cada 52 pessoas com esse problema tinha diabetes.

A retinopatia diabética, provocada por taxas altas de açúcar no sangue resultantes da diabetes, se caracteriza por danos nos vasos sanguíneos da parte de trás do olho, o que leva a problemas de visão.

"Infelizmente, a retinopatia diabética geralmente não têm nenhum sintoma nos estágios iniciais", diz Janet Leasher, uma das autoras da pesquisa e professora da Universidade Nova Southwestern. "Pessoas diagnosticadas com diabetes devem ter um exame com dilatação dos olhos pelo menos todo ano e ser orientadas por seu oftalmologista. Pacientes devem trabalhar de perto com seus médicos para determinar os melhores métodos para controlar o nível de açúcar do sangue."

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