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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 09/08/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Pílula contra asma tem resultados promissores em casos graves

08/08/2016 - O Globo / Site


Uma nova pílula pode ajudar milhões de pessoas ao redor do mundo que sofrem de asma grave, mostra um estudo baseado nos resultados de testes iniciais com o medicamento. Cientistas dizem que os dados são "muito promissores", mas que ainda é cedo. De acordo com eles, os pacientes devem alimentar um "otimismo cauteloso" em relação à droga.

O tratamento da asma, uma doença respiratória crônica que pode causar tosse, fazer o paciente arfar e deixá-lo ofegante e sem respirar, praticamente não mudou nos últimos 20 anos. Quem não consegue controlar os sintomas usa inaladores ou esteroides, sendo que estes últimos geram o risco de ganho de peso, além de diabetes, osteoporose e pressão alta.

Segundo os resultados do estudo, publicado na revista "Lancet Respiratory Medicine", o novo medicamento, chamado Fevipiprant, poderia mudar tudo isso. O teste clínico foi feito na Universidade de Leicester, no Reino Unido. Um pequeno grupo de 30 pacientes recebeu a pílula durante três meses. Outros 30 tomaram um placebo. Ambos continuaram com sua medicação normal.

Os resultados mostraram que o uso do remédio duas vezes ao dia levou a uma queda significativa nos sintomas, melhorou as funções pulmonares, reduziu a infamação dos pulmões e ajudou a reparar os danos causados pela doença às vias aéreas pulmonares. A droga opera bloqueando as células inflamatórias, que não conseguem entrar na corrente sanguínea. Separadamente, também repara as vias aéreas.

"Esse remédio pode virar o jogo no tratamento de asma num futuro próximo. Estou realmente empolgado com isso, é o primeiro tratamento que vejo que tem efeitos em todos os sintomas e danos", disse ao jornal britãnico "The Guardian" o médico Chris Brightling, líder do estudo e professor na Universidade de Leicester.

O número de pessoas com asma no mundo é atualmente de 300 milhões. Entre estes pacientes, cerca de 10% têm sintomas graves que podem levar à morte e precisam ser controlados com fortes medicamentos ou esteroides.


MAIS TESTES ANTES DE APROVAÇÃO


Os pesquisadores afirmam, porém, que mais testes e estudos são necessários antes que se possa considerar que o Fevipiprant tem realmente todos esses efeitos no combate à asma.

"O trabalho mostra muita promessa e deve ser recebido com um otimismo cauteloso. Precisamos de mais pesquisas e ainda estamos longe de podermos receitar uma pílula para asma e comprá-la em qualquer farmácia, mas é empolgante ver um desenvolvimento que, a longo prazo, pode ser uma real alternativa", disse à imprensa britânica Samantha Walker, diretora de pesquisa do instituto "Asma Reino Unido".

O Reino Unido já está liderando outro teste clínico com o uso do Fevipiprant, envolvendo 850 pacientes. Porém, os resultados desse só ficarão prontos em 2018, e outros já estão sendo planejados.

Médicos britânicos acreditam que, se for provado que o remédio é eficaz, os pacientes tenham sintomas graves com menos frequência e precisem de menos cuidados médicos, o que seria uma grande economia para a saúde pública do país, que gasta £ 1 bilhão (R$ 4,15 bilhões) por ano em tratamentos.




Resolução altera RDC de medicamento específico

08/08/2016 - Guia da Farmácia Online


Anvisa alterou o critério que estabelece quais são os medicamentos específicos isentos de comprovação de eficácia e segurança

A Resolução da Diretoria Colegiada de número 97, a RDC 97/2016, publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última quarta-feira (3/8) modifica um artigo da RDC 24/2011, que é o regulamento sobre registro e renovação de registro de medicamentos específicos.

A RDC 97/2016 altera o Artigo 33 da RDC 24/2011 que define quais são os medicamentos específicos isentos de comprovação de eficácia e segurança.

Medicamentos específicos são produtos farmacêuticos com finalidade profilática, curativa ou paliativa que não podem ser enquadrados nas categorias de medicamento novo, genérico, similar, biológico, fitoterápico ou notificado. O princípio ativo destes medicamentos, independente da natureza ou origem, não é passível de ensaio de bioequivalência frente a um produto comparador.

Na categoria medicamentos específicos são enquadrados, por exemplo, os produtos para prevenção da desidratação e os medicamentos à base de vitaminas, minerais e aminoácidos que são isentos de prescrição médica.

A RDC 97/2016 determina ainda que os medicamentos específicos alcançados pela nova redação, e que possuem atualmente uma bula padronizada, terão um ato normativo para detalhar como deve ser sua bula padrão, a partir da publicação da Resolução.

A regulamentação das bulas dos medicamentos específicos que se enquadrarem como isentos de comprovação de eficácia e segurança estão descritos na Instrução Normativa de número 9, a IN 9/2016, publicada na mesma edição do DOU que trouxe a RDC 97/2016.




Droga controla câncer grave no fígado

09/08/2016 - Correio Braziliense


Lutar contra tumores malignos é predestinação para quase 600 mil pessoas no Brasil neste ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Esses pacientes não só têm que vencer o estigma da doença que invade vorazmente tecidos e órgãos, como travar uma batalha em busca do tratamento mais eficiente e de melhor resposta. O problema é que, para alguns, como os diagnosticados com cancro no fígado, há situações em que as terapias se esgotam e os remédios deixam de responder. Um trabalho apresentado no 18º Congresso Mundial sobre o Câncer Gastrointestinal, na Espanha, pode trazer alívio aos que vivem o terrível impasse.

Cientistas apresentaram os resultados da fase 3 do estudo Resorce, que investiga os efeitos do composto regorafenibe em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável, aquele cujos tumores não podem ser completamente removidos e evoluíram durante o tratamento com comprimidos de sorafenibe, considerada a droga-alvo para esse tipo de câncer no fígado. A substância mostrou resposta positiva no aumento da sobrevida dos participantes do teste.

O ensaio clínico envolveu 573 pessoas de 21 países — no Brasil, ocorreu em Salvador. Dos voluntários, 379 receberam o composto e 194, placebo. A fórmula reduziu em 38% o risco de morte sobre o período experimental, em torno de três meses. Enquanto a sobrevida média observada com pacientes que usaram placebo foi de 7,8 meses, aqueles que receberam regorafenibe tiveram sobrevida de 10,6 meses.

“Na prática, isso significa que o paciente, mesmo após o diagnóstico severo que pode levá-lo à morte entre seis e oito meses, tem a chance de viver quase dois anos, e com melhor qualidade de vida, quando segue as duas linhas de tratamento”, explica o coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor clínico da Clínica Personal, em Belo Horizonte, André Márcio Murad.

Oncologista clínico do Inca, Cristiano Guedes Duque reforça a importância do aumento da sobrevida em pacientes com câncer em estágio terminal. “Três meses podem fazer muita diferença para essas pessoas. Só de saber que vai haver um tratamento para combater o tumor, ainda que paliativo, dá um conforto. Pode parecer pouco, mas é muito positivo”, avalia. O médico lembra que, apesar do aumento da qualidade de vida nessa fase severa da doença, a pessoa apresenta efeitos colaterais com a administração do medicamento. Entre eles, fadiga, diarreia, aftas e a síndrome mão/pé, conhecida pela descamação da pele nesses membros.


USO DIÁRIO


No experimento, os pacientes receberam 160mg de regorafenibe ou do placebo uma vez por dia, durante três semanas, além de uma semana sem administração do remédio, somando um ciclo de tratamento de 28 dias. O objetivo principal do estudo foi a sobrevida global; e os secundários, tempo de progressão, sobrevida livre de progressão, taxa de resposta tumoral objetiva e taxa de controle da doença. A segurança e a tolerância também foram monitoradas continuamente e mostraram resposta positiva.

O medicamento em estudo tem efeito direto nos processos que interferem na dinâmica do crescimento do tumor no fígado e na progressão da doença. Evita a formação de novos vasos sanguíneos e, consequentemente, a ‘alimentação’ e o aumento do cancro. Isso porque as células tumorais fazem parte de um tecido doente, sujeito a condições de vascularização, oxigenação, alterações de pressão e também de necrose tecidual.

A substância regorafenibe é indicada e usada contra outros tipos de carcinomas (veja quadro). Para o câncer colorretal, é prescrito em 90 países, incluindo Estados Unidos, nações da União Europeia e Japão, mas ainda não está aprovada no Brasil. A droga também é indicada para tratar tumores estromais gastrointestinais em mais de 100 países. Por aqui, está em fase de precificação e, portanto, não disponível.


INDICADO


Veja os tipos de câncer em que o regorafenibe é usado ou testado no tratamento


FÍGADO


• Ainda em fase de pesquisa, o princípio ativo mostrou bons resultados para pacientes com hepatocarcinoma

• Entre os tumores originados no fígado, o mais frequente é o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular. Agressivo, ocorre em mais de 80% dos casos

• A cirrose hepática — associada ao alcoolismo, à hepatite crônica e a infecções de hepatites B ou C — está na origem de metade dos casos de hepatocarcinoma


SINTOMAS


• Dor abdominal, massa abdominal e distensão

• Perda de peso inexplicada

• Perda de apetite e mal-estar

• Icterícia (tonalidade amarelada na pele e nos olhos)

• Ascite (acúmulo de líquido no abdômen)


GASTROINTESTINAL


• O produto é aprovado em mais de 100 países. No Brasil, está liberado, mas ainda não disponível para venda

• Tumores estromais gastrointestinais podem surgir do esôfago ao ânus. Diferenciam-se dos outros tipos por começarem na parede dos órgãos, junto às camadas musculares do trato gastrointestinal, em células que integram parte do sistema nervoso autônomo, que regula processos corporais como a digestão dos alimentos.


SINTOMAS


• Sangramento do trato intestinal

• Fezes escuras

• Náuseas e vômitos com sangue

• Dor e inchaço no abdome

• Perda de apetite e de peso

• Problemas de deglutição

• Obstrução no estômago ou no intestino


CÂNCER COLORRETAL


• O princípio ativo é aprovado em 90 países. No Brasil, não

• Tumores que afetam o intestino grosso (cólon) e o reto são tratáveis e, na maioria dos casos, curáveis, quando detectados precocemente. Surgem a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Quando retirados, os pólipos não evoluem.


SINTOMAS


•Mudança no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre)

•Presença de sangue nas fezes

• Vontade frequente de ir ao banheiro, com sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação

• Perda de peso sem razão aparente

• Cansaço, náuseas e vômitos

• Esforço ineficaz para evacuar

"Na prática, isso significa que o paciente, mesmo após o diagnóstico severo que pode levá-lo à morte entre seis e oito meses, tem a chance de viver quase dois anos e com melhor qualidade de vida” André Márcio Murad, oncologista


TAXA ALTA DE AGRESSIVIDADE


Há apenas um tratamento sistêmico aprovado contra o câncer de fígado, e não existem opções de terapia de segunda linha ou para pacientes com o tumor avançado, segundo oncologista Jordi Bruix, da Unidade de Fígado do Hospital Clinic, da Universidade de Barcelona, na Espanha. Bruix é o principal investigador do estudo Resorce, que testou o uso do composto regorafenibe para esse tipo de carcinoma. “Os dados podem ser traduzidos em esperança adicional aos pacientes, fornecendo a médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde uma segunda opção comprovada, e muito necessária, para o tratamento de câncer de fígado”, afirma.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, em 2013, 8.772 pessoas, sendo 5.012 homens e 3.759 mulheres, morreram em decorrência de complicações do câncer de fígado. Em cerca de 80% dos casos, os pacientes são acometidos pelo hepatocarcinoma, também chamado de carcinoma hepatocelular, um cancro bastante agressivo. Pedro Tavares Gontijo, 71 anos, morador de Pitangui, em Minas Gerais, descobriu, há cinco meses, que tem a doença. Não reagiu bem aos efeitos colaterais do único remédio disponível e teve que suspender o tratamento.

“O médico disse que ele teria de seis meses a um ano de vida. Os dias terminam e a angústia aumenta porque os especialistas dizem que não há nada que possa ser feito. Isso é doloroso para todos nós”, lamenta o filho de Pedro, o administrador de empresas Pedro Gontijo, 34. Ao relatar que o pai sempre foi uma pessoa ativa e com “sede de viver”, Pedro reforça a decepção de não haver mais saída. “A medicina está tão avançada que só de pensar que nada está sendo feito nos deixa arrasados. Conversamos com o médico e, infelizmente, agora é só aguardar. É muito triste”, desabafa.




Pílula anticoncepcional tem relação com trombose? Veja mais perguntas

09/08/2016 - G1 - Bem Estar


Depois que a jovem Juliana Bardella, de 22 anos, relatou nas redes sociais que desenvolveu uma trombose venosa cerebral e foi internada após usar pílula anticoncepcional, muitas usuárias do medicamento começaram a manifestar dúvidas sobre o uso desse medicamento.

Veja abaixo respostas aos principais questionamentos baseadas em informações do presidente da Sociedade Brasileira e Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência (Sogia), José Alcione Macedo Almeida, do presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Ivanésio Merlo, e do presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, César Eduardo Fernandes.


O QUE É A TROMBOSE VENOSA?


De acordo com a SBACV, é uma doença causada pela coagulação do sangue no interior das veias em um local ou momento não adequados -- não adequado porque a coagulação é um mecanismo de defesa do organismo. As veias mais comumente atingidas são as dos membros inferiores (cerca de 90% dos casos). Os sintomas mais comuns são inchaço e dor.

O angiologista Ivanésio Merlo diz que, para ocorrer trombose venosa, é preciso que ocorra uma das três situações: trauma vascular, estafe venosa (má circulação) ou alteração do poder de coagulação sanguínea.


SE EU TOMAR PÍLULA, É VERDADE QUE TEREI MAIS RISCO DE TER TROMBOSE?


Sim. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mulheres que usam anticoncepcionais contendo drospirenona, gestodeno ou desogestrel (caso das pílulas) têm um risco de 4 a 6 vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso, em um ano, do que as mulheres que não usam contraceptivos hormonais combinados. De qualquer forma, segundo os médicos especialistas, se não há outros fatores de influência, o risco ainda assim é pequeno.

“Os benefícios dos anticoncepcionais na prevenção da gravidez continuam a superar seus riscos. Além disso, os riscos de eventos como trombose envolvendo todos os contraceptivos orais combinados é conhecidamente pequeno”, informou a Anvisa.

Mesmo com a pequena chance, a possibilidade de efeitos colaterais é o principal argumento dos médicos para que as mulheres não escolham a pílula por conta própria. Antes de receitar o anticoncepcional ideal, o ginecologista deverá fazer um questionário para ver se a paciente tem alguns dos fatores que podem desencadear problemas pelo uso da pílula e aumentar a probabilidade de ter uma trombose, entre outras doenças.

Ainda segundo a Anvisa, “antes do início do uso de qualquer contraceptivo, deve ser realizado minucioso histórico individual da mulher, seu histórico familiar e um exame físico incluindo determinação da pressão arterial. Exames das mamas, fígado, extremidades e órgãos pélvicos, além do Papanicolau, devem ser conduzidos”.

Esses procedimentos devem ser feitos uma vez por ano. O ginecologista José Alcione Macedo Almeida diz que é importante também perguntar se a paciente toma qualquer outro medicamento que possa interagir com os hormônios da pílula. “Pacientes que tomam anticoagulantes exatamente pra evitar a trombose, é lógico, a gente evita [a pílula]”, disse.


QUEM DEVE EVITAR TOMAR A PÍLULA?


Fumantes, mulheres com histórico de trombose na família, pacientes com enxaqueca frequente, obesas, diabéticas, entre outros fatores. Mulheres sedentárias também podem apresentar algum efeito colateral, assim como aquelas pacientes que têm dores de cabeça com pequenos lampejos (cefaleia precedida de aura) -- quando a mulher vê “estrelinhas, raios de luz”. Os médicos apontam que aquelas que têm mais de 35 anos e são fumantes estão proibidas de usar pílula.

Almeida explicou que “estatisticamente é muito pequena a taxa de pacientes muitos jovens que têm qualquer fenômeno trombótico sem nenhum antecedente”. Ele alerta, no entanto, que o cigarro é o fator que para as meninas mais jovens é o mais problemático. “Você pode pegar uma paciente de 20 anos. Ela não tem nenhuma história agravante de risco, mas ela sendo fumante já dobra o risco de ter um fenômeno de trombose”, disse Almeida.


QUAIS SÃO OS EFEITOS COLATERAIS CONFIRMADOS PELOS MÉDICOS?


Os médicos alertam que nem todas as mulheres que consomem a pílula terão esses efeitos colaterais. Há, no entanto, a chance de desenvolver trombose, dor de cabeça, enxaqueca, maior retenção de líquido, ganho de peso.

Sobre a diminuição da libido, o ginecologista César Eduardo Fernandes diz que é preciso analisar caso a caso, já que muitas vezes há outras questões que podem ocorrer na vida da mulher que tiram a vontade de fazer sexo.


HÁ ALGUM EFEITO COLATERAL POSITIVO PELO CONSUMO DA PÍLULA?


Sim. O remédio pode reduzir o risco de câncer de mama e de ovário. Há, no geral, uma redução da acne nas mulheres. O medicamento pode reduzir as cólicas menstruais e a tensão pré-menstrual. O ciclo menstrual fica mais regular.

“Qual é a melhor pílula para se tomar? Não tem a melhor pílula, todas elas têm progesterona e/ou estrogênio. Dificilmente o médico recomenda alguma coisa que pode resolver outra doença e não haja um efeito colateral, mesmo que pequeno”, explica Merlo.


HÁ ALGUM EXAME QUE COMPROVE QUE A MINHA TROMBOSE FOI CAUSADA PELA PÍLULA?


Não. Os especialistas apontam a pílula como causadora da trombose após fazer uma exclusão de outros fatores. Se a paciente fuma muitos cigarros por dia, por exemplo, é um fator que também aumenta as chances da trombose -- unido ao uso da pílula, pior ainda. De qualquer forma, quanto mais fatores de risco para a trombose a paciente tiver, maior será a chance de desenvolver a doença. O uso da pílula é apenas um deles.


QUAIS OUTROS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS PODEM SER UTILIZADOS?


Todos os métodos que apresentam os hormônios citados acima têm os mesmos riscos da pílula. Por isso, os médicos recomendam o uso da camisinha como o melhor método anticoncepcional do mercado. Há também o DIU de cobre e o diafragma, por exemplo. É importante ir ao médico e checar outros fatores de risco também desses outros contraceptivos.

Plano de saúde pode ter nova lei

09/08/2016 - Valor Econômico


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, pretende mudar a legislação que exige dos convênios médicos uma cobertura mínima de procedimentos. O objetivo da mudança é viabilizar a criação de um plano de saúde popular, cuja cobertura de atendimento seria menor do que a exigida hoje. Atualmente, os convênios são obrigados a cobrir um rol de 3,2 mil procedimentos determinados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

As operadoras não serão obrigadas a ofertar o plano de saúde popular, que poderá ser individual ou empresarial. Questionado se as operadoras teriam interesse em aderir a um produto com preço inferior e riscos de judicialização, o ministro argumentou que o "plano será mais barato, mas em contrapartida terá menos cobertura". Barros disse ainda, durante evento realizado em São Paulo com empresários do setor de saúde, não ter temer uma onda de ações judiciais.

A judicialização na área da saúde cresce de forma significativa. Em 2015, as operadoras perderam R$ 1,2 bilhão em ações judiciais e o governo outros R$ 5 bilhões em processos movidos por pacientes da rede pública contra o SUS.

O Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho para analisar o assunto e desenhar um modelo de plano de saúde popular. Ontem, o ministro convidou a Abramge e Anahp, associações dos planos de saúde e hospitais privados, para integrar esse grupo.




ANS publica novas regras para avaliação idade dos prestadores

08/08/2016 - Revista Hospitais Brasil


A ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar está reestruturando o Qualiss, Programa de Qualificação dos Prestadores de Serviços de Saúde, tornando-o mais acessível e eficiente através de regras para agilizar o ingresso de hospitais, serviços de diagnóstico e profissionais de saúde no programa, unificando as normas existentes.

As mudanças, efetuadas após uma ampla discussão com os principais representantes do setor, resultarão em informações mais claras sobre a qualidade da rede de prestadores e darão mais subsídios às contratações entre prestador e operadora. Para o beneficiário de plano médico ou odontológico, as medidas vão garantir melhores opções de escolha na hora de decidir sobre o profissional e o estabelecimento de saúde que irá atendê-lo.

"O Qualiss oferece informações relacionadas à assistência que permitem aos beneficiários de planos de saúde fazer escolhas baseadas em qualidade; permite às operadoras investir em redes assistenciais mais efetivas na solução de problemas de saúde; e, aos prestadores, possibilita que aperfeiçoem seus processos e desempenhos assistenciais", explica a diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, Martha Oliveira.

O novo modelo do programa prevê a utilização do CNES- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde para o registro dos atributos e contará com a parceria de três tipos de entidades participantes: acreditadoras, colaboradoras e gestoras de outros programas de qualidade. Essas instituições serão responsáveis peia obtenção dos dados e pelo monitoramento dos indicadores, além do acompanhamento, avaliação e envio das informações à ANS. Com isso, espera-se uma melhoria no fluxo da coleta de informações entre a Agência e os prestadores, dando mais agilidade e eficiência ao programa.

Vale lembrar que a participação de estabelecimentos e profissionais de saúde no Qualiss é voluntária. Para fazer parte do programa, cada prestador deve apresentar um conjunto específico de atributos conforme o tipo de estabelecimento do qual faz parte: hospitais, serviços auxiliares de diagnóstico e terapia e clínicas ambulatoriais, profissionais de saúde ou pessoas jurídicas que prestam serviços em consultórios isolados e prestadores de serviços de hospital-dia isolado. As qualificações obtidas são obrigatoriamente divulgadas à sociedade, de forma padronizada, pelas operadoras de planos de saúde. Mais informações no site www.ans.gov.br.




Johnson & Johnson muda comando no Brasil

08/08/2016 - Valor Econômico / Site


A Johnson & Johnson (J&J) está mudando seu comando no Brasil. Duda Kertész, presidente da divisão de consumo da companhia no país há cinco anos, vai para os Estados Unidos, assumir em setembro o comando da divisão Health-E da multinacional. A área é responsável por produtos de cuidados com a saúde, como o Listerine e Band-aid.

Ela será substituída por André Mendes, atual presidente da J&J Consumo Cone Sul (que responde pelas operações de Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia). O executivo assume como presidente da operação de consumo do Brasil em outubro.

Mendes começou a trabalhar na companhia no Brasil em 1995 e, em 2012, foi para Buenos Aires, para assumir a posição que ocupa hoje.

O Brasil é a segunda maior operação de consumo da J&J no mundo. Seus produtos estão presentes em 78% dos lares brasileiros, segundo dados de 2015 da Nielsen.




Ministro quer mudar rol de cobertura para criar plano de saúde popular

08/08/2016 - Valor Econômico / Site


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que pretende mudar a legislação do rol mínimo de procedimentos médicos obrigatórios dos convênios médicos para criar o plano de saúde popular.

Segundo o ministro, esse plano de saúde terá uma cobertura menor, mas é preciso mudar a norma do rol. Questionado se esse novo plano de saúde não vai aumentar a judicialização, Barros disse não temer uma onda de processos por parte de usuários que podem precisar de uma cobertura maior no decorrer da vida.

Ele explicou que as operadoras e seguradoras não serão obrigadas a oferecer o plano popular. “O plano será mais barato, mas em contrapartida terá menos cobertura”, disse o ministro, durante evento organizado pelo Lide. O plano de saúde popular poderá ser ofertado na modalidade individual ou empresarial.

Na sexta-feira, o ministro criou um grupo de trabalho para a viabilização do convênio médico mais acessível. Nesta segunda-feira, Barros convidou a Abramge e Anahp, associações das operadoras e hospitais, para participar do estudo. A ideia é que em 60 dias seja apresentado um projeto sobre a viabilidade do plano e impactos financeiros, entre outros. Esse prazo é prorrogável por mais 60 dias.


MEDICAMENTOS


Barros disse que vai abrir uma licitação para contratação de uma empresa privada para fazer a logística de medicamentos na rede pública. Segundo ele, há muito desperdício de remédios, inclusive, com medicamentos que perdem validade.




Governo articula núcleo para frear ações na saúde

09/08/2016 - Folha de S.Paulo


Para frear pedidos judiciais que vão de água de coco e absorventes íntimos até remédios não aprovados no país, o Ministério da Saúde e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) articulam a criação de núcleos de apoio técnico para subsidiar os juízes em decisões sobre direito à saúde.

Apesar da lei federal, que em 2011 regulamentou os critérios para acesso a terapias no SUS, o Judiciário ainda não a considera e entende que, segundo a Constituição, o Estado é obrigado a ofertar cuidado integral à saúde, o que, na prática, tem se traduzido em “tudo para todos”.

Isso fez explodir o número de ações que pedem acesso geral e irrestrito a bens e serviços de saúde. Neste ano, os gastos de municípios, Estados e União com a judicialização devem atingir R$ 7 bilhões.

Em 2010, os gastos foram de R$ 139,6 milhões, segundo o Ministério da Saúde.

O assunto foi discutido durante simpósio sobre judicialização da saúde realizadona pela Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro.

Segundo o médico Francisco Sampaio, presidente da academia, a judicialização favorece os mais esclarecidos, com melhores condições financeiras e acesso a melhores advogados, em detrimento dos mais necessitados.

Os números paulistas deixam isso claro: só o governo do Estado de São Paulo gasta R$1,2 bilhão com a judicialização na saúde. De 60% a 70% das ações vêm de advogados e médicos privados.

“De onde vou tirar R$ 1,2 bilhão se os recursos estão cada vez mais escassos? É uma situação incompatível com a realidade”, diz David Uip, secretário da Saúde do Estado.

Segundo ele, a judicialização impede que o gestor faça compras por meio de processo licitatório e busque o melhor preço. “Com a liminar, preciso atender a demanda em 24 horas, se não corro o risco de ser preso”, conta ele, que em dois meses sofreu dez ameaças de prisão.

Para o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, diretor do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde, o tema traz um conjunto de contradições e desafios, pois a judicialização é danosa para o planejamento e a sustentabilidade dos sistemas de saúde, mas, ao mesmo tempo, expressa um direito constitucional do cidadão.

“Quem deve arbitrar? O Judiciário, que muitas vezes parece estar exercendo ilegalmente a medicina? O médico prescritor, que está envolvido em escândalos com as farmacêuticas? O legislativo, que passa por cima da agência reguladora?”, provocou.

Antonio Brito, presidente da Interfarma (associação das farmacêuticas de pesquisa), defende um pacto contra a crescente judicialização.

“Nenhum país do mundo consegue oferecer tudo, mas é preciso mais organização no país. O Ministério da Saúde precisa fazer uma lista do que está faltando de essencial e exigir preços [de remédios, por exemplo] condizentes”, sugere ele.

Para a médica Maria Inês Gadelha, da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, observa-se hoje uma perigosa amplitude do conceito de saúde nas decisões judiciais. “A saúde responde por direito social, assistência social. As ações pedem fraldas,comida”,diz ela.

Com isso, argumenta Gadelha, “há uma negação das normas estabelecidas e uma imposição a despeito de ações e serviços disponíveis.” O ministro do STJ(Superior Tribunal de Justiça) João Otávio de Noronha, corregedor nacional de Justiça, diz que a judicialização tem sido desastrosa para os sistemas público e suplementar de saúde.

“O julgador precisa interpretar as normas dentro do princípio da razoabilidade. O direito coletivo deve prevalecer em relação ao direito individual”, afirmou.

Noronha apoia a criação de mais núcleos de apoio técnico e outras propostas que visem frear a judicialização, como as varas especializadas em saúde e a criação de câmaras de conciliação.

Hoje é Dia Nacional do Controle de Colesterol

08/08/2016 - Portal EBC


O Dia Nacional do Controle de Colesterol é comemorado hoje, 8 de agosto. O Repórter Rio entrevistou o presidente da Sociedade de Cardiogologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Ricardo Mourilhe, que explicou sobre os riscos do colesterol elevado.

"Hábitos alimentares errados, falta de atividades físicas, cigarro, falta de controle da hipertensão arterial e diabetes contribuem para agravar as complicações relacionadas ao colesterol", ressaltou o médico.

Mourilhe afirmou ainda que para reverter esse quadro é preciso levar uma vida sáudável, atividade física, cerca de 150 minutos por semana, alimentação balanceada entre outros. Outro ponto importante são as campanhas educativas, inclusive durante as Olimpíadas a Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro vai manter postos de coletas pela cidade para ajudar nesse diagnóstico. Para Ricardo, os exames para detectar o colesterol alto têm um custo baixo acessível a toda população.




Doença misteriosa faz criança de 4 anos se parecer com um idoso

09/08/2016 – O Globo


DACA, Bangladesh - Um menino de 4 anos, portador de uma doença misteriosa que o deixa com a aparência de um idoso, foi internado no Hospital Universitário de Daca, capital do Bangladesh, na África, para se submeter a uma série de exames, informaram médicos locais e a família do garoto. O objetivo da equipe é identificar a doença e tratar, gratuitamente, a criança.

Bayezid Shikdar é filho de agricultores. Ele nasceu com excesso de pele, principalmente em seus membros e no seu rosto, dando a ele o aspecto de um idoso. O menino também tem uma série de problemas cardíacos, de audição e de vista, provavelmente ligados à enfermidade.

A família levou o garoto a diversos médicos, mas nenhum deles conseguiu diagnosticar o problema, explicou o pai, Lablu Shikdar, no hospital em Daca. Vários profissionais de saúde já falaram em progeria, ou síndrome de Huntchinson-Gilford, uma enfermidade genética que leva a um envelhecimento brusco do paciente, pouco após o nascimento. Foi esta doença que inspirou o filme "O curioso caso de Benjamin Button", no qual o astro Brad Pitt interpreta um homem que nasce com aparência de idoso e rejuvensce ao longo da vida.

Os médicos do hospital em Daca, porém, mostraram-se cautelosos com essa hipótese e disseram que serão necessários mais testes antes de um diagnóstico definitivo. A criança está na mesma unidade onde foi tratado um jovem de 26 anos com verrugas que fazem suas mãos se parecerem com galhos de árvore.

- Nós vendemos nosso terreno para pagar pelo tratamento em hospitais locais. Levamos o menino a curandeiros, tentamos terapias com plantas naturais, mas nada mudou. Este hospital é nossa última esperança - explicou o agricultor à agência de notícias AFP. - Esperamos que ele possa se parecer com todos os outros meninos.

No caso da progeria, o processo de envelhecimento se acelera com o tempo, explicou o médico Abul Kalam, chefe da unidade de cirurgia reparadora do hospital em Daca. Mas, segundo os pais de Bayezid, o envelhecimento do filho foi retardado recentemente, dando sinais de melhora.

De acordo com a equipe do hospital, a doença também pode estar relacionada com a consanguinidade. Nas zonas rurais de Bangladesh, são frequentes os casamentos entre membros de uma mesma família.

Para a mãe da criança, Jatun, seu filho é um menino como todos os outros.

- Ele joga futebol e e brinca de se esconder com os primos. É uma criança muito talentosa. Às vezes pega livros e quer ir para a escola, mesmo que ainda seja novo demais para isso - disse ela à AFP.

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