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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 04/08/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Mercado Aberto: Sem lenço, sem documento

04/08/2016 - Folha de S.Paulo


Aumentou a venda de remédios que podem ser comercializados sem receita médica. Nos últimos 12 meses, ela foi 2,6% maior do que no ano de 2015 fechado, aponta o Sindusfarma, sindicato das maiores empresas do setor.

Na quarta-feira (3) saiu no Diário Oficial uma regra da Anvisa (agência de vigilância sanitária) que altera os critérios para a venda de medicamentos isentos de receita.

Remédios considerados de baixo risco que estão no mercado há pelo menos dez anos, como os que combatem azia, serão vendidos livremente.

A indústria pede alterações desde 2009, diz Nelson Mussolini, do sindicato.

A consequência que as novas regras terão no mercado não será grande - as pessoas não vão comprar mais pela facilidade de acesso, afirma.

"Pode haver um impacto pequeno, porque a propaganda fica mais livre. Pelo mesmo motivo, as empresas que investirem mais em marketing vão ganhar uma fatia maior de vendas."




Anvisa revê regras para prescrição médica

04/08/2016 - O Estado de S.Paulo


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária divulgou ontem as novas regras sobre medicamentos isentos de prescrição médica (MIPs). O regulamento considera tempo de comercialização; segurança; sintomas identificáveis; tempo de utilização; ser manejável pelo paciente; apresentar baixo risco; e não dar dependência. A relação de MIPs, que antes seguia regra de 2003, ainda será publicada.




Nesta semana, a Rede Drogal

04/08/2016 - DCI


Nesta semana, a Rede Drogal inaugura duas filiais no nordeste do Estado de São Paulo: em Mococa e São João da Boa Vista. As aberturas fazem parte da estratégia de expansão da empresa na região. Nos últimos dois anos, a rede abriu mais quatro filiais nesta região (Pirassununga, Tambaú, Santa Cruz da Conceição e, recentemente, em Santa Rosa de Viterbo).




Comprar direto na distribuidora de medicamentos é mais barato?

03/08/2016 - Terra


Na hora de comprar medicamentos especiais, a pesquisa de preços é fundamental, seja na internet ou através das farmácias mais baratas por aí (on e off-line). Nesse caso, muita gente também procura saber os preços em alguma distribuidora de medicamentos,  por pensar que, nestes locais, os remédios serão mais baratos e sairão mais em conta do que comprar em uma drogaria famosa.

Por isso, neste caso, a maior dúvida dos consumidores e pacientes é: comprar direto na distribuidora de medicamentos é realmente mais barato do que comprar em uma farmácia?

Neste texto, vamos explicar como funciona uma distribuidora de medicamentos e se realmente elas vendem remédios com um custo mais baixo do que os comerciantes deste tipo de produto.


DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS: A REALIDADE FARMACÊUTICA BRASILEIRA


O Brasil é um dos países que mais consomem medicamentos no mundo inteiro. De acordo com o SEBRAE, o país possui a maior média mundial de farmácias por pessoa, sendo 3,4 delas para cada 10 mil brasileiros. Por isso, o setor farmacêutico é grande e produtivo e oferece oportunidades de negócios para todos os tipos de empresa envolvidos no ramo.

O mercado de medicamentos, dessa forma, está sempre fértil - cresce constantemente e não vê previsão de queda. Isso porque as pessoas estão consumindo medicamentos até mesmo sem consultar um médico especializado, seja para ansiedade, dor de cabeça ou qualquer um dos males considerados "urbanos". Além disso, durante os últimos anos, os consumidores conseguiram maior acesso ao mercado, além de que os custos de produção e de vendas diminuíram e a regulação do setor se desenvolveu. É um mercado estável durante todo o ano, possui baixa sazonalidade e não é muito afetado por crises econômicas, por ser um produto de primeira necessidade.

Dentre as áreas envolvidas com o setor farmacêutico, foi indicado que cerca de 70% do faturamento do mercado vem do varejo. Em 2014, por exemplo, o setor registrou crescimento de 11,4% na venda de medicamentos (dados da IMS Health) e não parece que o mercado vai parar, já que teve um aumento de 45,6% entre 2010 e 2014, de acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (SINDUSFARMA).

Por isso, cada vez mais, a área distribuidora de medicamentos aparece no mercado como forma de investimento dentro do setor e de deixar cada vez mais acessíveis até mesmo os fármacos mais improváveis.


DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS: O QUE É E PARA QUE SERVE?


Uma distribuidora de medicamentos não pode ser confundida com uma farmácia - cada um destes possui uma finalidade e um conceito diferente.

A distribuidora de medicamentos também não é aquela que os produz, mas sim a parte do setor responsável por fazer a ponte entre os laboratórios farmacêuticos (aqueles que produzem os remédios) e o comércio voltado para o público final (ou seja, os consumidores), como as farmácias, drogarias, hospitais, clínicas, consultórios e órgãos públicos. Os produtos vendidos vão desde os genéricos até os remédios de alto custo, próteses, órteses e também materiais cirúrgicos.

Para poder funcionar, a Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) estipula algumas condições para a distribuidora de medicamentos. Isso porque os remédios têm o caráter de relevância pública, e a responsabilidade pelo fornecimento deles para alguma região e pelo seu recolhimento fica a cargo da distribuidora em questão. É sua obrigação fornecer, em todas as condições favoráveis, os produtos ao comerciante final.

Para que uma distribuidora de medicamentos possa funcionar, é preciso que ela faça parcerias com laboratórios regionais, mas ela também pode fazer vendas diretas por telefone ao consumidor final. Caso a distribuidora faça parcerias com órgãos públicos, as compras são feitas através de licitações ou de vendas diretas aos hospitais públicos.


COMPRAR DIRETO NA DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS É MAIS BARATO?


Como dissemos, é possível que o consumidor final faça a compra de um remédio direto pela distribuidora. Porém, sempre fica aquela dúvida sobre o preço: na distribuidora, o medicamento é mais barato ou não?

Sim, o remédio, normalmente, é mais barato quando adquirido direto na distribuidora. Isso porque, quando você compra em drogarias, você também paga os impostos, o aluguel da loja e o salário dos funcionários. Por isso, muita gente prefere negociar diretamente com as distribuidoras, que não cobram nada além do valor do medicamento em si.

Por isso, antes de adquirir o remédio que precisa, entre em contato com uma distribuidora de medicamentos ou pesquise seus preços on-line, pois um pouquinho de tempo gasto fazendo a pesquisa pode te ajudar a economizar um bom dinheiro.

Caso esteja procurando algum medicamento especial, entre em contato conosco! Trabalhamos com uma grande variedade de fármacos e é bem provável que tenhamos o que você precisa. Entre em nosso site e faça sua pesquisa.

Além disso, caso queira ajuda em relação a algum remédio, nos comunique, pois podemos conversar tranquilamente sobre o assunto, sanando todas as suas dúvidas e deixando tudo bem claro. Estamos ao seu dispor!




Publicada regra da Anvisa que amplia remédios isentos de prescrição

03/08/2016 - G1 - Bem Estar


Uma nova regra publicada nesta quarta-feira (3) no Diário Oficial da União deve ampliar o número de medicamentos isentos de prescrição no Brasil. A norma foi aprovada pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) neste mês.

Atualmente, os remédios que podem ser comprados sem prescrição médica, também chamados de não-tarjados, são aqueles listados por uma resolução da Anvisa de 2003 (a RDC nº 138, de 2003). A lista inclui remédios para tratar diarreia, cólica, dor muscular, alergias, sintomas de gripe, cicatrizantes, entre outros.

A partir da nova regra, a Anvisa permite que as empresas farmacêuticas entrem com pedidos de novos registros para medicamentos que atualmente são tarjados para que eles possam se tornar isentos de prescrição. Ou seja, além dos medicamentos já listados na RDC nº 138, novos produtos poderão se enquadrar nessa categoria.

Deverão ser levados em conta sete critérios para o enquadramento de um medicamento como isento de prescrição: o tempo de comercialização, a segurança, os sintomas identificáveis, o tempo de utilização, o fato de ele ser facilmente manejável pelo paciente, apresentar baixo potencial de risco e não apresentar dependência.

Ainda não foi divulgado o prazo que as empresas terão para pedir o reenquadramento de medicamentos como livres de prescrição.

Para Pedro Menegasso, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, a decisão é “relativamente positiva” para o consumidor. “É importante você ter esses medicamentos isentos de prescrição, porque eles são uma alternativa importante ao cidadão que muitas vezes não precisa ir ao médico. É um tipo de problema simples que ele consegue resolver com um medicamento”.

No entanto, Menegasso disse o Conselho enviou uma recomendação à Anvisa para que a proposta de quais produtos devam ser liberados seja estabelecida pelo governo diretamente. “Existe uma avaliação nossa de que esses medicamentos deveriam ser propostos pela própria Anvisa, pelo próprio governo", disse. “Essa decisão acaba saindo no critério do mercado e não no critério da saúde”, completou.

Ele acredita que remédios já liberados no exterior e que há anos já são utilizados pelos consumidores sem grandes danos à saúde. “Eu creio que vão liberar os medicamentos para estômago, para gastrite e hiperacidez. Talvez, também, alguns medicamentos analgésicos e antiflamatórios".




Confira dicas para economizar na hora de comprar remédios

04/08/2016 - Zero Hora Online


Quem depende de medicamentos sabe o quanto eles podem provocar um verdadeiro rombo no orçamento familiar. Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico em 16 capitais brasileiras revelou, por exemplo, uma variação de 800% no preço do paracetamol (genérico do tylenol – 750mg) em Porto Alegre.

Para aliviar os efeitos no bolso, preparamos algumas dicas. Fique atento.


ECONOMIA FAZ BEM À SAÚDE


Pesquise em diferentes redes de farmácias e drogarias, e não deixe de pechinchar. Pode haver diferenças dentro de uma mesma rede, de uma loja para outra. Negocie para que o estabelecimento que você escolheu cubra o preço da concorrência.

Consulte seu médico sobre a possibilidade de usar a versão genérica do medicamento. Eles, em regra, são mais baratos. Mas, não deixe de pesquisar preços de genéricos fabricados por diferentes laboratórios, já que os preços podem variar entre eles. E, atenção: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta que o medicamento genérico deve ser, no mínimo, 35% mais barato do que o convencional.

Peça para seu médico receitar o medicamento pelo nome do princípio ativo, e não pelo nome de marca. Assim será mais fácil verificar a existência de genéricos e optar pelo mais barato.

Se na prescrição do medicamento constar o nome de marca, é permitida a troca por medicamento genérico na farmácia, desde que seja feita por farmacêutico, que pode orientar o consumidor.

Pacientes que tratam hipertensão ou diabetes devem consultar o médico sobre a possibilidade de utilizar um dos medicamentos presentes na lista do Programa Farmácia Popular. Além de remédios gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, é possível obter descontos que podem chegar a 90% em produtos para tratar dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma. Contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência também podem ser adquiridos pelo menor preço. Para obter esses descontos, é preciso que o paciente leve a receita e tenha em mãos o CPF e se informe se o estabelecimento participa do programa.

Outra forma de economia é a adesão a programas de fidelização de laboratórios. O cadastro é feito pelo site das empresas ou por um telefone 0800, identificados nos rótulos dos produtos. O usuário se inscreve por telefone ou e-mail e passa a fazer parte do programa dos laboratórios. Dependendo do medicamento, os descontos chegam até 70%, o que equivale em alguns casos aos preços das versões genéricas.

Verifique se seu plano de saúde oferece algum convênio com redes de farmácias ou drogarias.




Cientistas criam droga que inibe o crescimento do câncer de pulmão

04/08/2016 - Correio Braziliense Online


O câncer de pulmão é responsável por cerca de um terço de todas as mortes provocadas por tumores malignos. Os adenocarcinomas — tipo de câncer pulmonar nas células não pequenas — responde por até 40% dos diagnósticos da doença, mas poucos tratamentos estão disponíveis para tratá-los. Na revista Science Translational Medicine, um consórcio internacional de pesquisadores detalha um novo tratamento capaz de inibir a progressão do carcinoma utilizando um medicamento já testado em humanos nos Estados Unidos.

Com cientistas da Universidade de Cingapura e da Universidade de São Paulo (USP), Elena Levantini, pesquisadora sênior do estudo e professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, identificou marcadores tumorais que permitem a identificação de quais pacientes com adenocarcinomas serão favorecidos pela nova droga. Um desses marcadores é a baixa expressão de C/EBPa, fator de transcrição que regula a expressão genética e a proliferação de células nos tecidos pulmonares.

A representante brasileira participou ativamente dessa etapa da pesquisa. Professora da USP, Daniela Basseres conta que se envolveu no projeto em 2002, durante o pós-doutorado no laboratório de Daniel Tenen, coautor do estudo e também pesquisador de Harvard. Inicialmente, ela descobriu que o C/EBPa está envolvido no desenvolvimento e na diferenciação dos pulmões. No entanto, ao investigar a função dessa proteína no câncer, Basseres constatou que ela também atua como um supressor da doença.

“Isso permitiu a geração de modelos animais geneticamente modificados e, neles, induzimos a perda de C/EBPa Por esse modelo, confirmamos que o C/EBPa atua de fato como um supressor tumoral, uma vez que a perda de expressão dessa proteína desencadeou o aparecimento de tumores pulmonares em 33% dos camundongos”, conta Basseres. O C/EBPa age restringindo a expressão de outra proteína, a BMI1. Conhecida por desencadear e manter o crescimento de cancros, essa molécula também está associada ao câncer de cólon, de mama, gástrico e à leucemia.

Para determinar a relação entre a duas proteínas, os investigadores alteraram células de adenocarcinoma humano a fim de que superexpressassem uma delas, o fator de transcrição C/EBPa. Quando isso ocorreu, os cientistas notaram a redução dos níveis de BMI1. Ao analisarem tecidos de 261 pacientes com cancro pulmonar nas células não pequenas, perceberam uma correlação inversa entre as duas moléculas: mais de 80% dos tecidos de doentes com níveis baixos de C/EBPa apresentaram expressão elevada de BMI1. No entanto, tecidos com pouca ou nenhuma expressão de C/EBPa, mas com níveis igualmente baixos de BMI1 pertenciam a pacientes com melhor prognóstico e maior chance de sobrevivência.


EFEITOS CONFIRMADOS


Os resultados foram validados em animais. Ao manipular a expressão da BMI1 em cobaias, os investigadores descobriram que a diminuição da expressão dessa proteína foi suficiente para inibir totalmente a formação de tumores e significativamente o crescimento tumoral. “Como a BMI1 é altamente expressa em muitos tumores além dos de pulmão, a terapia voltada para essa proteína pode deter boas promessas para muitos pacientes”, acredita a principal autora.

A droga PTC-209 é a aposta dos cientistas. Daniela Basseres explica que a pequena molécula derivativa do aminotiazol inibe a expressão da BMI1. “O mecanismo de ação desse inibidor, ou seja, como ele causa inibição da expressão de BMI1, ainda precisa ser determinado”, pondera. Levantini completa que outra substância parecida, produzida pela mesma companhia farmacêutica, está em testes de fase I nos Estados Unidos em humanos. “É importante dizer que ainda não podemos curar o câncer de pulmão, mas essa droga visa um gene altamente expresso em tumores e, por isso, não é uma quimioterapia generalizada, mas molecularmente sintonizada para combater um oncogene, contribuindo para frear o crescimento do tumor”, completa a líder da pesquisa.

Lottenberg deve assumir Amil.

04/08/2016 - Valor Econômico


A UnitedHealthcare Brazil, dona da Amil, deve ter um novo CEO a partir de janeiro. O nome mais provável para o cargo é do médico Claudio Lottenberg, atual presidente do Hospital Albert Einstein, em substituição ao fundador da operadora de planos de saúde Amil, Edson Bueno, segundo o Valor apurou.

O mandato de Lottenberg como presidente do Eisntein termina em dezembro deste ano. O médico ocupa esse posto há 15 anos e não pode ser mais reconduzido. Procurado pela reportagem, Lottenberg negou que tenha aceito o convite de Bueno e explicou que seu foco atualmente é encontrar um substituto para a presidência do Einstein. "Não tem nada de concreto. Minhas atenções estão voltadas para encerrar o processo na instituição que estou hoje", disse Lottenberg, informando ainda que no próximo ano assume a liderança do conselho do hospital.

Ainda segundo Lottenberg, já há um nome praticamente certo para presidência do Einstein, mas isso só será definido numa eleição da comunidade judaica. Ele pontuou que a substituição não é uma missão fácil: é necessário encontrar um médico jovem, respeitado, e que aceite trabalhar como voluntário - não há remuneração para a posição de presidente executivo.

Já na UnitedHealthcare Brazil, o cargo de CEO foi criado há cerca de três meses. A Amil passa por uma grande reestruturação e foi dividida em três negócios: planos de saúde, hospitais e tecnologia. A companhia foi adquirida em 2012 pela americana UnitedHealthcare, um dos maiores grupos de saúde do mundo, numa transação de quase R$ 10 bilhões. Bueno permaneceu à frente do negócio.

Segundo fontes do setor, o empresário procura há algum tempo um substituto. Na época da venda da Amil para UnitedHealth em 2012, foi divulgado que Bueno deixaria o comando da operação até setembro de 2017. A troca na presidência é complexa porque Bueno é um dos ícones do setor de saúde no país e seu sucessor precisa ter também um nome forte na área.

Bueno fundou a maior operadora de plano de saúde do Brasil, com 5,7 milhões de usuários e é conhecido por estar sempre um passo à frente dos seus concorrentes: a Amil foi uma das pioneiras a ter uma rede verticalizada de hospitais e foi a primeira empresa de convênio médico brasileira a ser vendida para um grupo internacional. Atualmente, Bueno é dono da maior companhia de medicina diagnóstica do país, a Dasa, que passa por uma profunda reestruturação, e de uma rede de hospitais, segmento considerado a bola da vez no setor de saúde.

A própria UnitedHealth acaba de criar uma rede com 22 hospitais da Amil para atender pacientes dos demais convênios médicos. Essa rede, batizada de Américas Serviços Médicos, é composta por hospitais como Samaritano (São Paulo e Rio), Paulistano, Pro Cardíaco, TotalCor, Santa Joana (Pernambuco), entre outros. Esse negócio passa a ser comandado por Luiz de Luca que, até então, presidia o Samaritano de São Paulo. Com isso, a Américas Serviços Médicos se posiciona como um dos maiores grupos hospitalares do país. A líder é a Rede D'Or com mais de 30 unidades. A Amil tem ainda 10 hospitais exclusivos para seus conveniados, que também podem usar os demais 22 da rede Américas.

HIV: Prevenção da transmissão

03/08/2016 - Carta Capital


Alguns estudos levantaram a suspeita de que os medicamentos anti-HIV reduzem o risco de transmitir o vírus para parceiros sexuais.

O estudo multinacional HPTN 052 foi desenhado para avaliar o impacto dos antirretrovirais na transmissão do HIV. Nele, 1.763 casais discordantes (um infectado, o outro não), matriculados em 13 centros de nove países, foram divididos em dois grupos.

1. Intervenção precoce (886 casais): grupo que recebeu antirretrovirais assim que o participante entrou no estudo.

2. Intervenção tardia (887 casais): quando eles foram prescritos somente depois de a contagem de células CD4 no sangue cair abaixo de 250 ou ao surgirem as doenças típicas da Aids.

As primeiras análises mostraram que, em relação ao grupo de intervenção tardia, o tratamento precoce reduziu em 96% o risco de transmitir o HIV para o (a) parceiro(a) sexual.

Com base nesse achado, em maio de 2011 os organizadores decidiram prescrever os medicamentos para todos os participantes que ainda não os recebiam.

A atualização dos dados do HPTN 052 acaba de ser publicada no The New Englancl Journal of Medicine. Até agora estão documentadas 78 novas infecções pelo vírus, número ao qual corresponde uma incidência de 0,9%.

Foram 19 transmissões no grupo de intervenção precoce ante 59 no de intervenção tardia.

Os pesquisadores conseguiram analisar os genes dos vírus em 72 dos 78 casais infectados. A comparação deixou claro que em 26 casos, o vírus apresentava padrão genético não compatível com o do(a) parceiro(a) participante do estudo. Em outras palavras, cerca de 30% tinham contraído o HIV em relações extraconjugais.

Entre os 46 infectados em que houve compatibilidade genética, três pertenciam ao grupo de tratamento precoce e 43 ao tardio.

No final, os dados atualizados revelaram que a intervenção precoce reduziu 93% do risco, quando comparada à tardia.

No decorrer do acompanhamento aconteceram oito transmissões quando o parceiro infectado ainda não tinha completado três meses de tratamento, fase em que a carga virai não estava indetectável

Como seria de esperar, participantes que apresentavam cargas virais elevadas no início do seguimento transmitiram o HIV com mais facilidade.

Os resultados finais do HTPN 052 confirmam definitivamente que a medicação antirretroviral é capaz de reduzira transmissão do HlV tanto em casais heterossexuais quanto em homossexuais.

Em 2015, a Organização Mundial da Saúde revisou as recomendações anteriores, para incluir o teste universal anti-HIV e instituiro tratamento antirretroviral imediato em todas as mulheres e homens HlV-positivos, independentemente da contagem de células CD4.

Em 1995, quando surgiram os primeiros antirretrovirais de alta eficácia, a prevalência do HIV no Brasil era semelhante à da Africa do Sul. Nós adotamos a política de distribuição gratuita de medicamentos, eles não. Hoje, 10% dos sul-africanos adultos são III V-positivos. ante 780 mil brasileiros.

Se estivéssemos na situação deles, teríamos de 17 milhões a 18 milhões de infectados.




É hora de revolucionar a alimentação

04/08/2016 - Folha de S.Paulo


Enfrentamos uma grave crise global de alimentos, e o Brasil pode ajudar a resolver esse problema. Uma em cada dez crianças com menos de cinco anos sofre de má nutrição no mundo.

Cerca de 41 milhões delas estão acima do peso ou obesas. Outras 159 milhões delas passam fome ou estão tão subnutridas que não conseguem se desenvolver de forma satisfatória.

A humanidade encontra-se nessa situação insana na qual bilhões de pessoas se alimentam de grandes quantidades de comida de má qualidade, enquanto outros bilhões comem muito pouco de uma comida saudável. Em diversos países, comunidades e até nas famílias, obesidade e desnutrição agora coexistem.

O custo da obesidade e da subnutrição no mundo é imenso. Ele pode ser medido pelos gastos dos sistemas de saúde, que arcam com as consequências desses problemas, e pela perda de produtividade dos trabalhadores. Globalmente, o prejuízo econômico da obesidade é de US$ 2 trilhões por ano.

O mundo tem muito a aprender com a experiência brasileira para combater essa crise global. De acordo com o Programa Mundial de Alimentos da ONU, o número de brasileiros subnutridos caiu de 11,2%, entre 2000 e 2002, para menos de 5%, entre 2014 e 2016. Todavia, como em muitos outros países, a obesidade só aumenta: 54% de brasileiros estão acima do peso e 20%, obesos.

Políticas bem-sucedidas têm sido implementadas, mas é preciso muito mais para resolver esse e outros problemas. Nesta semana, é hora de aproveitar a atenção mundial que os Jogos do Rio receberão para dar visibilidade aos desafios relacionados à nutrição.

O governo brasileiro sedia nesta quinta (4) o evento Nutrição para o Crescimento. Esperamos que esse encontro avance a agenda global de alimentação e que o Brasil anuncie uma cúpula global para 2017. Na ocasião, líderes de todo o mundo se comprometerão, política e financeiramente, a colocar um ponto final na crise de alimentos.

Como chefes de cozinha, sabemos que a revolução da comida não é só urgente como também possível. Por isso, somamos esforços para gerar mudanças e convidar todos a agir. Para nós, o acesso à alimentação barata, de qualidade, variada e saudável deve ser um direito humano assegurado a todas as populações.

Precisamos disseminar a educação alimentar pelo mundo para que as crianças saibam o que estão ingerindo. Temos de difundir essa ideia nas escolas e fora delas, além de pôr um fim ao marketing agressivo de fast-food para crianças.

Diminuir o desperdício de alimentos ao longo de toda a cadeia de produção também é urgente. Um terço de toda a comida produzida é desperdiçada. O que jogamos fora seria o suficiente para alimentar o mundo inteiro.

Durante a Olimpíada, mostraremos como isso pode ser possível. O Refettorio Gastromotiva, um novo restaurante-escola na Lapa, usará ingredientes excedentes para servir refeições nutritivas a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Essa iniciativa, com chefes renomados como o italiano Massimo Bottura (Food for Soul) e o brasileiro David Hertz (Gastromotiva), mostrará como lutar contra o desperdício, a má nutrição e a exclusão social. O espaço será inaugurado durante a Olimpíada e continuará operando como um legado para a cidade.

A revolução da comida deve ser preparada por muitas mãos. Convidamos o povo brasileiro e os governos do mundo a se juntarem a nós nesse esforço de levar o debate sobre alimentação saudável para a mesa dos líderes mundiais que estarão no Rio.




EUA vão iniciar teste clínico de vacina de DNA contra a zika

04/08/2016 - Folha de S.Paulo


Os EUA deixaram o Brasil pra trás e vão ser os primeiros a testar em humanos uma vacina contra a zika. Serão recrutados 80 voluntários saudáveis, entre 18 e 35 anos para a pesquisa. A expectativa é que os resultados sejam divulgados até o final de 2016 e, caso sejam positivos, que os testes continuem em grupos maiores de voluntários no início de 2017, em países onde a zika é endêmica.

Os voluntários vão ser divididos em quatro grupos, que vão recebera vacina duas ou três vezes, em diferentes arranjos temporais.

O estudo ainda está na fase um, ou seja, o objetivo principal é a avaliação da segurança e de possíveis efeitos colaterais da vacina. A duração total é de 44 semanas de acompanhamento (o que inclui consultas médicas e exames de sangue e de urina).

Entre os efeitos colaterais, de repente, pode aparecer algo além de reações locais e alergias, pois trata-se de uma nova modalidade de vacina baseada em DNA. Ou seja, em vez de pedaços de vírus ou vírus “moribundos” (atenuados), como em algumas vacinas convencionais, o que é injetado é um pedaço de material genético que contém informações para a produção das proteínas virais pelo próprio corpo humano.

Não há nenhuma vacina do tipo que seja comercializada, mas há testes em andamento, como os de uma contra a dengue criada pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fiocruz.

Uma possível vantagem desse tipo de imunização é um maior recrutamento de células B e T, responsáveis pela defesa do organismo, o que refletiria em uma rápida neutralização e anulação de uma infecção viral futura.

Para tomar a vacina do Niaid (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, na sigla em inglês), os voluntários não precisarão encarar uma agulhada no braço. O dispositivo faz uma inoculação por pressão, forçando as moléculas de DNA para dentro do braço.


BACTÉRIA

 

Esse DNA é circular e recebe o nome de plasmídio. Na natureza, ele é usado por bactérias para a troca de genes entre indivíduos, como aqueles de resistência a antibióticos.

Esse tipo de abordagem também já foi testado como uma forma de realizar terapia gênica (inserir uma versão correta de um gene defeituoso) e não elicitou nenhum efeito adverso grave, segundo o Niaid.

O instituto é o mesmo que iniciou os testes da vacinada dengue hoje testada pelo Instituo Butantan e também patrocina, além do estudo dessa vacina própria, o desenvolvimento de outras.

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