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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 02/08/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Mercado Aberto: Remédio anticrise

02/08/2016 - Folha de S.Paulo


A venda de genéricos teve alta anual de 14,3% no primeiro semestre –resultado acima do mercado total de medicamentos, que avançou 6,1%, porém abaixo do desempenho de anos anteriores, quando as taxas foram acima de 20%.

Foram comercializadas 534,6 milhões unidades, contra 467,7 milhões no mesmo período de 2015, apontam dados do IMS Health compilados pela Progenéricos, que representa as fabricantes dos medicamentos.

"O Brasil ainda não é um mercado maduro para o setor, há espaço para crescimento, mas tem se estabilizado", afirma Telma Salles, presidente da associação.

A crise, porém, tem beneficiado as vendas, segundo ela. "As pessoas tendem a substituir mais."

Em junho, os genéricos chegaram a 30,7% do total de remédios vendidos, três pontos percentuais a mais que no ano passado.

Em termos de faturamento, porém, a expansão do setor foi menor: a receita nominal subiu 8,7%. No mercado como um todo, o avanço foi de 11,96% –a inflação no período foi de 4,4%.




Droga bloqueia a transmissão do HIV em casais

01/08/2016 - Época Online


O uso de medicamentos antirretrovirais tornou praticamente nula a chance de transmissão do HIV entre casais sorodiscordantes (quando um está infectado pelo vírus e o outro não), mesmo quando eles não usam preservativos em suas relações sexuais. Isso está demonstrado num estudo novo.

O trabalho, o mais amplo já realizado sobre o tema, foi publicado no Jornal da Associação Médica Americana, o Jama. Foram acompanhados quase 900 casais (dois terços homossexuais e um terço heterossexuais) entre 2010 e 2014, em 14 países europeus. Onze pessoas que não tinham HIV foram infectadas. As análises moleculares dos vírus confirmaram que eles eram distintos do genoma do HIV do parceiro estável. Oito pessoas confirmaram ter casos extraconjugais.

Mesmo com esse excelente resultado, os especialistas não garantem que antirretrovirais sejam 100% eficazes para evitar a transmissão do vírus, embora o risco caia muito. Uma falha no uso regular ou uma eventual resistência do vírus ao esquema terapêutico poderiam expor ao HIV o parceiro negativo. Para maior segurança, é importante que a pessoa com HIV tome o medicamento por pelo menos seis meses antes de ocorrerem relações sem preservativos e que a supressão viral seja completa.

Outro estudo, também divulgado na última semana, durante a Conferência internacional de aids em Durban, na África do Sul, mostra que o aumento da circuncisão, aliado ao maior uso de antirretrovirais, também teve um impacto bastante importante na redução da transmissão do HIV em comunidades rurais em Uganda, país muito afetado pela aids. A circuncisão facilita a higiene e reduz a exposição de células que podem ser alvos do HIV.

Durante o período do estudo, de 1999 até 2013, cerca de 40% dos homens foram circuncidados nessas comunidades. Além disso, 21% dos homens e 23% das mulheres passaram a receber medicamentos contra o HIV. Nas comunidades em que os índices de circuncisão e o uso de antivirais foram maiores, houve uma redução de até 40% de novas infecções quando comparadas às comunidades que não foram tão bem-sucedidas na implementação dessas estratégias. O trabalho também foi publicado pelo Jama.

Para o Brasil, que, segundo novo relatório da ONU, registrou um avanço de 4% de novas infecções entre 2010 e 2014, é necessário pensar em estratégias complementares à tradicional prevenção, como o oferecimento de drogas que ajudam a prevenir o contágio entre pessoas que correm mais risco, como o grupo dos homens que fazem sexo com homens.




Medicamento promete acabar com as injeções diárias a portadores de diabetes

01/08/2016 - Veja Online


Um medicamento, identificado como ITCA 650, promete ser um alento aos portadores de diabetes tipo 2. Produzido nos Estados Unidos pelo laboratório Servier em parceria com a Intarcia Therapeutics Inc, o dispositivo tem o tamanho de um palito de fósforo e pode assegurar até um ano de tratamento. Ele bombeia exenatida – substância que estimula a produção de insulina –, e é implantado sob a pele na região abdominal, sem necessidade de cirurgia.

Em outras palavras, o medicamento pode fazer a pessoa se livrar das injeções diárias.

A expectativa é anunciar a produção do ITCA na América do Norte no terceiro trimestre desde ano, para, em seguida, vir à América do Sul, Europa e Ásia.




Vacina da dengue custa até R$ 915 em clínicas de SP

02/08/2016 - Folha de S.Paulo


Uma semana após a autorização da venda da vacina da dengue no país, cada uma das três doses pode ser encontrada por até R$ 305 em clínicas de São Paulo.

Esse é mais do que o dobro do preço pelo qual a fabricante, a multinacional francesa Sanofi, vende as doses da vacina para distribuidores e clínicas de imunização —o preço cobrado por dose fica entre R$ 132,76 e R$ 138,73 Três clínicas já estão oferecendo a imunização. Nos laboratórios Hermes Pardini, unidades Tatuapé (zona leste) e Santana (zona norte), o valor cobrado é de R$ 305.Na clínica Climuni, também em Santana, o preço deve ficar em R$ 250.

Na maioria das clínicas de imunização procuradas pela Folha, a previsão é que a vacina chegue até o final da semana. O preço pago pelo consumidor não deve sair por menos de R$ 200.

Na clínica Vacinarte, na Lapa (zona oeste), a estimativa é que a vacina chegue a partir de quarta-feira e que o preço fique entre R$ 200 e R$ 300.

O preço mais elevado, segundo as clínicas, é devido a impostos, gastos com transporte, já que o material deve ser refrigerado, e à remuneração de profissionais que vão aplicar a vacina.

Em nota à reportagem, a Sanofi Pasteur disse que “o preço para o consumidor final, estipulado pelos centros de vacinação, normalmente leva em consideração também o serviço oferecido. É uma situação diferente da comercialização nas farmácias, por exemplo, em que o consumidor adquire apenas o medicamento e não precisa do serviço de um profissional de saúde”.

Para a efetividade completa da vacina, o cliente deve ser vacinado três vezes, com intervalo de seis meses. Com o preço atual, o total pago pode ficar na casa dos R$ 900.

Para facilitar para os consumidores, os valores podem ser parcelados em até dez vezes no cartão de crédito, dependendo da clínica. Pode haver até desconto se o cliente já deixar pagas as três doses.


AGENDAMENTO


Alguns laboratórios só estão oferecendo a vacina com agendamento, quando se formam grupos de cinco pessoas, porque cada frasco de vacina contém cinco doses.

Uma vez aberto, seu conteúdo deve ser aplicado nos cinco pacientes em em um intervalo de seis horas.

No caso do Hermes Pardini, quem quiser se vacinar contra a dengue deve agendar terça ou quinta, das 9h às 14h. Algo semelhante deve acontecer na clínica Faster, no Portal do Morumbi (zona sul), que aguarda a chegada das doses ainda esta semana.

Segundo Ana Paula Pimenta, coordenadora de operação do Hermes Pardini, a clínica foi pega de surpresa com relação aos frascos multi dose.

“A gente não imaginava que ia ser assim. Estávamos esperando frascos individuais.

O agendamento foi a fórmula que a gente conseguiu para se adaptar a essa realidade.” A Sanofi diz que tem comercializado a apresentação multi dose “visando benefícios de amplas cobertura” e por “benefícios logísticos”.

“Nos próximos meses, a empresa também prevê a disponibilização da apresentação mono dose para a rede particular”, afirma.

Cade pode vetar venda de divisão da Hypermarcas à Reckitt Benckiser

02/08/2016 - Valor Econômico


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) poderá barrar a venda da divisão de preservativos da Hypermarcas para a multinacional Reckitt Benckiser, principalmente por causa do risco de concentração no mercado de lubrificantes íntimos. Em seu parecer, técnicos do órgão recomendaram a impugnação do negócio.

O acordo de compra e venda, no valor de R$ 675 milhões, foi anunciado em 29 de janeiro. Com a transação, a Hypermarcas transfere à companhia britânica, que já é dona das marcas Durex de preservativos e KY de lubrificantes íntimos, os negócios de preservativos Jontex, Olla e Lovetex e de lubrificantes Jontex e Olla.

Em junho, a Superintendência-Geral do Cade já havia declarado "complexo" o ato de concentração. À época, determinou que fossem feitas diligências para subsidiar a análise da operação e concedeu 20 dias para que as empresas apresentassem as "eficiências" esperadas com a transação.

Agora, na avaliação da superintendência, "a operação não pode ser aprovada da forma como proposta pelas requerentes", sob risco de concentração no mercado de lubrificantes íntimos e diante da existência de "preocupações concorrenciais" no de preservativos.

Nesse último segmento, os técnicos do Cade elencaram cinco pontos de preocupação, entre os quais baixa concorrência dos importados, a existência de barreiras à entrada nesse mercado, o fato de que a Reckitt passará a controlar as três principais marcas existentes e a percepção de que as "eficiências" não necessariamente serão compartilhadas pelos consumidores.

Por outro lado, ponderaram os técnicos, há fatores que reduzem problemas concorrenciais no mercado de preservativos, como a existência de outros dois concorrentes de porte relevante (Blowtex e DKT) e a percepção de que é "improvável" que haja aumento de preços ao consumidor após a operação.

Já no segmento de lubrificantes íntimos, os técnicos afirmaram que a análise indicou "graves preocupações concorrenciais", uma vez que os importados não representam concorrência efetiva no mercado doméstico e há significativas barreira de entrada - o histórico mostra que, quando ocorre a chegada de um novo competidor, não há êxito em alcançar participação relevante de mercado.

Além disso, a percepção é a de que a concorrência após a operação no segmento de lubrificantes íntimos seria "bastante reduzida", já que a Reckitt passaria a deter "participação de mercado extremamente grande", com quatro das principais marcas, frente a concorrentes sem participação relevante. A análise indicou ainda que pode haver aumentos de preços. O parecer dos técnicos do Cade não representa veto definitivo à operação e a decisão final será tomada pelo plenário do órgão. Procurada, a Hypermarcas informou que não comentaria o assunto.




What's News: A GlaxoSmithKline

02/08/2016 - Valor Econômico


A GlaxoSmithKline, farmacêutica britânica, e a Alphabet, dona do Google, criaram uma nova empresa, a Galvani, para desenvolver o que chamam de tratamentos bioeletrônicos, que usam minúsculos dispositivos implantados no corpo para controlar os sinais elétricos enviados pelo sistema nervoso aos órgãos. Pesquisas mostram que distorções nesses sinais estão associadas a doenças como diabetes, asma e artrite, segundo a Glaxo. A farmacêutica vai ter 55% da Galvani e a Verily, braço de ciências da vida da Alphabet, 45%. As duas sócias vão gastar mais de US$ 700 milhões no negócio em sete anos.




Lucro da Qualicorp cai 1,7% no segundo trimestre

01/08/2016 - Valor Econômico / Site


A administradora de planos de saúde coletivos Qualicorp registrou lucro líquido atribuído aos sócios da empresa controladora de R$ 66,1 milhões no segundo trimestre, o que representa queda de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015.

Segundo a companhia, o resultado de abril a junho de 2015 teve componentes extraordinários, que prejudicam a comparação. Naquele trimestre, o lucro foi afetado positivamente pela venda da Potencial, no valor de R$ 45,7 milhões.

A receita líquida da empresa cresceu 16,5% no trimestre, a R$ 472,6 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recuou 5,4%, a R$ 175,3 milhões. Já o Ebitda ajustado avançou 15,5%, a R$ 192,2 milhões.

O total de beneficiários atingiu 4,7 milhões ao final do trimestre, numa redução de 10,8% na comparação anual. A queda foi puxada por uma diminuição de 56,3% nos contratos corporativos.




Identificadas 15 regiões do genoma ligadas à depressão

02/08/2016 - Correio Braziliense


Um estudo publicado na edição on-line da revista Nature Genetics revelou 15 regiões do genoma que parecem associadas à depressão em indivíduos com ascendência europeia. “Encontrar os genes que afetam o risco de uma doença é o primeiro passo rumo à compreensão da biologia da enfermidade, o que nos dá alvos para tentar desenvolver novos tratamentos”, disse Roy Perlis, do Departamento de Psiquiatria do Centro de Pesquisa de Genética Humana, do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos. “Isso também pode ajudar a tornar claro que a depressão é uma doença do cérebro, diminuindo o estigma ainda associado a ela”, disse.

Embora se saiba que a depressão pode ocorrer em vários integrantes de uma família, a maior parte dos estudos genéticos é incapaz de identificar variantes que influenciam no risco da doença. Um trabalho em particular encontrou duas regiões do cromossomo que podem contribuir para isso em chinesas, mas essas versões de genes são extremamente raras em outros grupos étnicos. A equipe de Perlis observa que as muitas formas em que a depressão se manifesta e afeta os pacientes implicam que, assim como outros distúrbios psiquiátricos, ela provavelmente é influenciada por muitos genes, com efeitos que poderiam ser demasiadamente sutis para serem detectados em pesquisas com amostra relativamente pequena.

Para o estudo atual, os investigadores analisaram variações genéticas comuns usando dados de mais de 300 mil indivíduos com ancestralidade europeia, sendo que mais de 75 mil reportaram terem sido diagnosticados ou tratados para depressão e mais de 230 mil sem histórico familiar da doença. A análise identificou duas regiões genômicas — uma contendo um gene muito pouco estudado que se expressa no cérebro e outra contendo um gene previamente associado à epilepsia e ao deficit intelectual — que estariam associadas ao risco de depressão.

Os pesquisadores combinaram essas informações com dados de um grupo menor, contendo 9,2 mil indivíduos com histórico de depressão e 9,5 mil de controle. Depois, fizeram o mesmo com um banco de dados de 45,8 mil pessoas que enfrentaram a doença psiquiátrica e 106 mil que jamais apresentaram sintomas. O resultado identificou 15 regiões, incluindo 17 locais específicos, significativamente associadas à depressão. Muitas estão localizadas perto de genes sabidamente envolvidos no desenvolvimento cerebral.

Laboratórios miram envelhecimento do brasileiro e regulação no País

02/08/2016 - DCI


São Paulo - O aumento da expectativa de vida dos brasileiros, a mistura de raças, o sistema de saúde e rigorosas regras devem manter a atratividade do mercado farmacêutico do Brasil, mesmo depois de um primeiro semestre aquecido para fusões e aquisições no setor.

Na visão do diretor da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Pedro Bernardo, todos esses fatores corroboram a atratividade do País. "É um mercado que está sempre de olho no que está por vir e trabalha o longo prazo. Uma empresa que entra no País realiza um investimento de olho nos próximos 10, 20 ou até 30 anos", destaca.

Já o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, vê uma saturação dos mercados europeus e aposta num fluxo contínuo de interessados pelo mercado brasileiro. "Eles já possuem indústrias estabelecidas e os produtos desses laboratórios se adequam bem ao Brasil, especialmente aqueles voltados para a terceira idade", analisa.

Mussolini observa ainda que franceses e americanos estariam entre os principais interessados na indústria farmacêutica brasileira, devido à dificuldade de expansão nos países de origem pela tendência de encolhimento da população.

Dados da KPMG mostram que somente no primeiro semestre de 2016 foram realizadas pelo menos 24 operações de fusão e aquisição (produtos químico e farmacêutico). O montante é o mesmo registrado ao longo de todo o ano passado, conforme a consultoria.

De acordo com um dos sócios da KPMG, Leonardo Giusti, França, Estados Unidos e Índia devem continuar na liderança desses negócios por aqui. "Há interesse de acesso de investidores de todos esses países, uma indicação de que essas movimentações vão continuar mesmo que o real se valorize mais em relação ao dólar. A crise interna contribui para que empresas em dificuldade busquem recursos externos", acrescenta ele.

Recentemente, notícias de que a brasileira TheraSkin teria contratado o Credit Suisse para assessorá-la na busca de potenciais compradores circularam no setor. Assim, como a confirmação de que a sul-africana Aspen Pharma continua buscando negócios no Brasil, após adquirir os produtos Omcilon, já consolidados no mercado brasileiro para o tratamento de aftas e alívio de inflamações causadas por doenças de pele, que pertenciam à Bristol-Myers Squibb.


REGULAÇÃO


Além do campo econômico, os especialistas notam um grande interesse das multinacionais farmacêuticas no Brasil em função da segurança nos processos de regulatórios. "A indústria farmacêutica precisa ter previsibilidade", diz Mussolini, acrescentando que "nosso rigor regulatório e padrões elevados atraíram muitas empresas. "Elas negociam com o Brasil sabendo que é investimento de longo prazo com geração de caixa longo", acredita.

Pedro Bernardo aponta ainda semelhanças de parâmetros da indústria nacional com os praticados na Europa e Estados Unidos como outro fator positivo. "As estrangeiras confiam em trazer investimentos. Até mesmo na aprovação de novos produtos e inspeções obtivemos uma melhora nos últimos anos, isso colabora para o cenário", afirma.

Nesse sentido, o diretor da Interfarma avalia que as aquisições e fusões são uma solução mais rápida para as estrangeiras ingressarem no mercado brasileiro. "Em muitos casos as companhias internacionais fazem uma fusão ou aquisição, começam vendendo produtos de fora e, com o tempo, são capazes de produzir aqui. É um caminho mais simples."


SUS


Mussolini também acredita que a dinâmica de vendas de medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS) é outro atrativo potencial. "O SUS está previsto na Constituição, algo que não ocorre em outros países. Para a indústria é uma garantia de importantes contratos, uma demanda certa com valores consideráveis. No atual momento econômico, por exemplo, há muitas pessoas perdendo o seguro saúde e recorrendo ao SUS", explica.

Segundo dados do setor, as compras públicas de medicamentos representam mais da metade dos negócios. No ano passado, os laboratórios movimentaram cerca de R$ 21 bilhões, sendo que 57% foram negócios com órgão públicos.

Apesar das cifras chamarem a atenção, um levantamento da Interfarma aponta desaceleração nas compras do governo e também atrasos nos pagamentos: em dezembro de 2015, a dívida dos governos federal, de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina com o setor era de R$ 1 bilhão.

"Mesmo com essas dificuldades econômicas, trata-se de um mercado importante", conclui Mussolini.




O mistério do orgasmo feminino

02/08/2016 - O Globo


Ao contrário do orgasmo dos homens, que leva diretamente à ejaculação, com a consequente liberação dos espermatozoides necessários para a fecundação, o orgasmo das mulheres não parece ter uma função biológica óbvia no sucesso reprodutivo. Tanto que pesquisas apontam que até 75% delas não costumam vivenciar esta explosiva sensação de prazer apenas com a penetração durante o ato sexual, e algo entre 10% a 15% relatam nunca a terem experimentado.

Diante disso, ao longo das últimas décadas diversas hipóteses foram levantadas para explicar o antigo mistério de sua existência para além de tornar o sexo prazeroso e inflamar sua prática, como num reflexo ao orgasmo masculino. A princípio, imaginou-se que o orgasmo feminino poderia ter uma ação mecânica, levando a teorias como de que as contrações uterinas associadas criariam um “vácuo” que ajudaria a sugar o esperma para mais fundo no aparelho reprodutivo, ou que a prostração propiciada por ele, chamado de “pequena morte” pelos franceses, estimularia a mulher a ficar deitada após o coito, evitando que os espermatozoides tivessem que “subir” para isso.

Mais recentemente, a descoberta de que o orgasmo leva à liberação, no corpo da mulher, das substâncias prolactina e, mais especialmente, de oxitocina, apelidada de “hormônio do amor”, levou muitos a acreditarem que ele serviria para reforçar os laços afetivos entre os parceiros, importantes para sua própria segurança no delicado período da gravidez e na criação dos filhos dela resultantes, ou mesmo como um tipo de “teste de qualidade” do macho. Agora, no entanto, uma dupla de biólogos da Universidade de Yale, nos EUA, propõe uma nova abordagem para a questão.

De acordo com análise publicada por Gunter Wagner e Mihaela Pavlicev na última edição do periódico científico “Journal of Experimental Zoology Part B: Molecular and Developmental Evolution”, o orgasmo das mulheres seria um “resquício evolucionário” dos tempos em que esta descarga hormonal estava diretamente ligada à ovulação da fêmea de um ancestral comum de todos mamíferos, que teria vivido algo como mais de 150 milhões de anos atrás. Este traço ainda está presente nas fêmeas de algumas espécies, como coelhos e esquilos, mas foi perdido nos humanos e outros primatas, que desenvolveram ciclos ovulatórios independentes da presença dos machos ou do estímulo do ato sexual.

— Estudos anteriores (sobre orgasmo feminino) tenderam a se focar mais na biologia humana e na modificação de um traço do que na sua origem evolucionária — explica Wagner.

Segundo os pesquisadores, apesar da enorme diversidade da biologia reprodutiva dos mamíferos, algumas de suas características podem ser acompanhadas ao longo de toda a evolução, e suas análises mostram que a ovulação induzida pelos machos teria surgido antes, com a ovulação cíclica, ou espontânea, só aparecendo depois, como um traço derivado do primeiro. Assim, embora tenha se tornado supérfluo do ponto de vista biológico para o sucesso reprodutivo, o orgasmo feminino se manteve e foi liberado para assumir papéis secundários no processo, do mesmo modo que penas, pelos, bexigas natatórias e outras características físicas de animais se originaram com um propósito e só foram cooptadas para outras funções depois.


MUDANÇA DE POSIÇÃO DO CLITÓRIS


Para reforçar sua análise filogenética (estudo da relação evolutiva entre grupos de organismos em torno de um possível ancestral comum), a dupla também fez um estudo comparativo das mudanças na anatomia da genitália feminina na evolução das espécies de mamíferos. Segundo eles, com o surgimento da ovulação espontânea, a localização do clítoris, principal ponto de estímulo ao prazer sexual das fêmeas, mudou de sua ancestral posição dentro do canal onde se dá a cópula para fora, diminuindo as chances de que ele seja estimulado adequadamente durante o ato para que elas cheguem à explosão neuroendócrina de prazer conhecida como orgasmo entre humanos.

— Traços homólogos entre diferentes espécies normalmente são difíceis de serem identificados, já que eles podem mudar substancialmente no curso da evolução — aponta Pavlicev. — Consideramos então que a descarga hormonal caracteriza o traço que conhecemos como orgasmo feminino nos humanos, e foi esta percepção que nos permitiu acompanhar a evolução deste traço entre as várias espécies (de mamíferos).

Isto não quer dizer, porém, que o milenar mistério do papel do orgasmo das mulheres está solucionado, admite o próprio Wagner. Segundo ele, “todas as direções ainda estão em aberto”, mas decifrar sua história pode ajudar a melhorar a medicina reprodutiva ao forçar que o aparelho reprodutor delas seja visto como um todo que evoluiu a partir de um modelo básico.




Lotado, hospital terceirizado atende menos na capital

02/08/2016 - O Estado de S.Paulo


Mesmo com salas de espera lotadas, hospitais estaduais de administração terceirizada reduziram o número de atendimentos de urgência feitos nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados publicados no Diário Oficial do Estado.

Levantamento feito pela reportagem nos relatórios de produção dos cinco hospitais estaduais da capital geridos por Organizações Sociais da Saúde (OSS) mostra que eles atenderam 62 mil pessoas a menos no período analisado. A maior queda aconteceu no Hospital Geral do Grajaú, na zona sul da capital, administrado pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês. Se comparados os primeiros quadrimestres de 2015 e de 2016, o número de atendimentos de urgência caiu de 108,6 mil para 61,5 mil, 43,4% a menos.

Segundo pacientes, nos últimos meses o centro médico passou a restringir os atendimentos do pronto-socorro a casos graves. A regra faz com que alguns pacientes com quadros menos complexos sejam recusados na triagem e orientados a procurar uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA).

Foi o caso da dona de casa Ariana Braga Ramos, de 24 anos, que procurou a unidade na sexta-feira com uma crise de hemorroida. Ao passar pela triagem, foi informada que não poderia ser atendida por um médico porque seu caso não era uma emergência. “Disseram que era para procurarmos uma AMA, mas não aceitamos porque outro dia trouxemos nosso filho aqui, nos mandaram para a AMA e lá não tinha médico. Desta vez, não aceitei e briguei para nos atenderem”, afirma o pedagogo Antonio Eduardo Moreira da Silva, de 33 anos, marido de Ariana.

Após brigar para ser atendida, a dona de casa passou pelo clínico e descobriu que vai precisar se submeter a uma cirurgia.


OUTRAS UNIDADES


Também registraram queda nos atendimentos de urgência os Hospitais da Pedreira, na zona sul, do Itaim Paulista, da Vila Alpina e de Sapopemba, todos na zona leste. No de Pedreira, administrado pela SPDM, o número de pacientes atendidos no pronto-socorro caiu de 97,9 mil para 91,2 mil no período analisado. As salas de espera lotadas, no entanto, mostram que a demanda continua alta. Na sexta-feira, um visor na entrada do pronto-socorro mostrava que a espera média por atendimento era estimada em quatro horas.

Foi o tempo que teve de esperar o estudante Jonatan Bertunes, de 18 anos, que chegou à unidade às 12h45, mas só conseguiu passar por um clínico por volta das 17 horas. “Ele estava com tosse com sangue, mas deram a classificação menos grave para ele e precisamos esperar todo esse tempo”, diz a educadora Elizângela Bertunes, de 34 anos, tia do rapaz.

Mesmo casos classificados como mais graves não eram atendidos imediatamente. Um idoso de 86 anos, que chegou de ambulância encaminhado por um posto de saúde da região, esperou mais de uma hora para passar por um médico. Ele estava com falta de ar e vômito, e a suspeita era de uma pneumonia. “Tive de ir lá na sala das enfermeiras três vezes para falar que o caso era grave, só depois ele foi atendido”, diz um familiar do paciente, que não quis ter o nome revelado.


QUEDA NA DEMANDA


Questionada sobre a queda nos atendimentos de urgência, a Secretaria Estadual da Saúde informou que houve queda na demanda. De acordo com a pasta, a alta procura no primeiro quadrimestre do ano passado se deve à pior epidemia de dengue que o Estado já viveu. “A incidência da doença foi recorde em São Paulo, com consequente aumento da demanda nos prontos-socorros dos hospitais estaduais. Neste ano, até junho, o número de casos de dengue caiu 78,8% no Estado, com consequente diminuição da procura nos PSs”, afirmou a secretaria, em nota.

O levantamento feito pelo Estado, no entanto, mostra que o número de atendimentos do primeiro quadrimestre de 2016 também é menor do que o registrado nos quatro primeiros meses de 2014, quando a epidemia de dengue não foi tão grande quanto à do ano passado. Comparados os dois períodos, foram cerca de 47 mil atendimentos a menos.

Com relação ao Hospital do Grajaú, a secretaria afirma que houve uma reorganização regional do atendimento de saúde para que o pronto-socorro “pudesse cumprir a sua real vocação, que é atender casos graves e gravíssimos”. Disse que a paciente Ariana “passou pela classificação de risco às 14h21 da última sexta-feira e foi prontamente atendida às 14h30”. A pasta disse ainda que o hospital aumentou em 80,9% o número de cirurgias eletivas entre 2015 e 2016.

Sobre o Hospital de Pedreira, a secretaria negou que pacientes esperem quatro horas por atendimento, embora o visor na unidade mostrasse esse tempo. Segundo a pasta, “esse pode ser o intervalo entre a triagem e a realização dos procedimentos, conforme a urgência, como exames, medicação e reavaliação clínica”. A secretaria informou ainda que não faltam médicos em nenhum dos hospitais estaduais citados.




EUA confirmam mais dez casos de transmissão local da zika na Flórida

01/08/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Autoridades de saúde americanas confirmaram nesta segunda (1º) mais dez casos de transmissão local do vírus da zika na Flórida. O CDC (Centros para Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos recomenda que mulheres grávidas não viajem para a área e enviou especialistas para investigar o surto da doença.

Com os novos diagnósticos, o Estado soma 14 casos causados por transmissão local, de acordo com nota divulgada pelo governador da Flórida, Rick Scott. Segundo o Departamento de Saúde, as transmissões estão restritas a Wynwood, um bairro ao norte de Miami.

Com os novos casos, o CDC fez uma série de recomendações direcionadas a mulheres grávidas e homens e mulheres que pretendem ter filhos. Não viajar para a área de Miami em que ocorreram os casos é uma das orientações.

Em Wynwood, além dos casos de infecção, foi encontrado um número de mosquistos e larvas de Aedes Aegypti "moderadamente elevado". O bairro é uma área de prédios industriais e residenciais. Na região há galpões, galerias de arte, restaurantes, apartamentos e condomínios.

Seis dos dez novos casos são assintomáticos e foram identificados durante uma pesquisa realizada na comunidade afetada. Na última quarta (27) foram divulgadas as primeiras contaminações locais na mesma área.

A Flórida já havia reportado 381 casos da doença. Porém, todos em pessoas que tinham viajado para países ou territórios onde o vírus está em circulação. As autoridades de saúde dos Estados Unidos já haviam advertido que era possível que ocorressem surtos locais da zika no país com a chegada do verão, especialmente após a rápida propagação da infecção na América do Sul e na América Central ao longo dos dois últimos anos.

Não existe vacina, tratamento nem exames de diagnóstico rápido para este vírus, descoberto em 1947 em Uganda. O vírus da zika é transmitido na maioria das vezes pela picada do mosquito Aedes Aegypti, e em alguns casos por contato sexual. Em geral, a doença provoca sintomas brandos e muitas vezes passa despercebida.

O vírus pode provocar, porém, transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré, ou má-formações congênitas graves e irreversíveis, como a microcefalia, que se caracteriza por um desenvolvimento insuficiente do cérebro, em fetos de mulheres que foram infectadas pelo vírus durante a gravidez.




Opioides são mais letais em idosos

02/08/2016 - Correio Braziliense


Idosos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) que começam a ingerir opioides têm risco mais de duas vezes maior de morrer por complicações respiratórias, quando comparado àqueles que não se tratam com esses medicamentos, descobriram pesquisadores do Hospital de St. Michael, no Canadá. O estudo, publicado no Jornal Respiratório Europeu, aumenta as preocupações sobre a segurança com a utilização dessas drogas por adultos com o problema respiratório, disse Nicholas Vozoris, pneumologista e principal autor do trabalho. De acordo com ele, no caso dos opiodes mais potentes, o risco de morte é cinco vezes mais alto.

A DPOC afeta de 4% a 10% da população, com taxa de mortalidade, após cinco anos de diagnóstico, variando entre 40% e 70%, dependendo da severidade do quadro. Metade dos que apresentam a forma grave da doença morre após dois anos. Para o estudo, os pesquisadores investigaram dados de mais de 130 mil idosos de Ontário com mais de 66 anos e a enfermidade. “Pesquisas anteriores mostraram que cerca de três quartos dos adultos com DPOC receberam receita de opioide, o que é uma taxa extremamente alta em uma população potencialmente mais sensível aos narcóticos”, critica Vozoris. “Nosso trabalho mostra que não apenas há um risco aumentado de morte associada ao novo uso de opioide, mas também um risco elevado de visitas a pronto-socorros, hospitalizações e de necessidade de antibióticos ou pílulas esteroides. ”

Entre abril de 2007 e março de 2012, 68% dos idosos da pesquisa receberam receita de opioide, como codeína, oxicodina e morfina. Esses remédios geralmente são prescritos para ajudar a tratar dor muscular e óssea crônica, tosse persistente e falta de ar, apesar da terapia inalatória. “Trata-se de uma população com sintomas que, às vezes, podem ser difíceis de lidar”, reconhece Vozoris. “Essa classe de remédio pode oferecer algum alívio. Contudo, há também evidências sugerindo que os opioides podem afetar de forma negativa o fôlego e a saúde pulmonar das pessoas que já têm os pulmões cronicamente comprometidos.”

Para reduzir os riscos de eventos adversos nessa população, costuma-se prescrever opioides menos potentes ou em doses mais baixas. Contudo, Vozoris descobriu um aumento significativo no risco de complicações de morte, independentemente da dosagem. O médico afirma que espera que os clínicos considerem o resultado do estudo ao prescrever opioides aos pacientes com DPOC. “Às vezes, as pessoas procuram uma solução rápida para a dor crônica ou para problemas com o fôlego e os médicos podem acreditar que os opioides oferecem a elas algum alívio. É preciso explicar que há riscos e fazê-las compreender que aliviar os sintomas pode ter um alto custo para a saúde.”

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