37015
ESTABELECIMENTOS REGISTRADOS

83507
PROFISSIONAIS INSCRITOS ATIVOS
CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 28/07/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Setor farmacêutico sustenta vendas da Ibema

28/07/2016 - DCI


São Paulo - As encomendas da indústria farmacêutica estão ajudando a Ibema Papelcartão, a manter o ritmo das vendas neste ano, segundo o diretor comercial da empresa, Jorge Grandi.

De acordo com ele, com a redução nos pedidos dos setores de alimentos e cosméticos, a fabricante de embalagens de papel-cartão está encontrando dificuldade para superar os números do ano passado.

"De maneira geral, a demanda do setor de embalagens está estável. Mas existem setores em queda, como o cosmético e o alimentício, coisa rara de acontecer no Brasil. Porém, o setor farmacêutico está compensando com um crescimento acima de dois dígitos na comparação com 2015", afirmou Grandi, em entrevista exclusiva ao DCI.

Ele revelou que o volume de vendas da empresa está abaixo das metas estipuladas para 2016, mas que ainda mantém o patamar registrado em 2015. A maior competitividade no mercado externo, acrescentou o executivo, também está pressionando os resultados da Ibema este ano.

"Isso aumenta a necessidade de apresentarmos soluções customizadas para manter a participação de vendas", disse o executivo. Na avaliação de Grandi, porém, o setor deve continuar estável, apesar do fraco desempenho da economia, e não deve registrar retração acentuada, como em outros ramos produtivos.

A produção brasileira de embalagens de papel acumula alta de 1,4% de janeiro a maio deste ano com 2,274 milhões de toneladas ante igual período do ano passado. As vendas internas, entretanto, estão 0,1% menores na mesma comparação, de acordo com dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que representa as fabricantes do setor.


ESTRATÉGIA


Sem poder depender apenas das encomendas da indústria farmacêutica, Jorge Grandi revelou que a Ibema está concentrando esforços na reformulação de seu portfólio, com objetivo de ampliar a oferta de produtos. "A impressão digital é uma tendência em nosso mercado, que estamos avaliando e procurando explorar", destacou ele.

A facilidade na aplicação de impressão digital é uma das principais vantagens das embalagens de plástico flexíveis, segmento que vem crescendo principalmente em alimentos e higiene e beleza, áreas nas quais a demanda por papel-cartão está caindo.

Segundo a diretora do Instituto de Embalagens, Assunta Camilo, as embalagens flexíveis são as que mais crescem na indústria brasileira atualmente, porque são o formato mais econômico. "No cenário atual, as embalagens mais econômicas devem se destacar, assim como as fabricantes de embalagens mais ágeis", defendeu ela.

"Diante deste cenário, estamos desenvolvendo formas de aumentar os ganhos em produtividade com a melhoria dos processos internos", explicou o diretor da Ibema, citando ainda a maior pressão dos custos sobre as margens de lucro da empresa.




Glaxo Smith Kline aumenta receita, mas tem prejuízo no trimestre

27/07/2016 - Valor Econômico / Site


A fabricante britânica de medicamentos GlaxoSmithKline reverteu o lucro entregue no segundo trimestre de 2015 e registrou um prejuízo líquido de 435 milhões de libras (US$ 620 milhões) no mesmo intervalo deste ano.

As receitas da companhia subiram 10,9% no segundo trimestre também frente a igual período em 2015 e somaram 6,53 bilhões de libras (US$ 9,21 bilhões) — superando as estimativas de analistas de 6,3 bilhões de libras.

A empresa registou prejuízo de abril a junho devido a uma amortização de 1,8 bilhão de libras (US$ 2,36 bilhões) relativa ao aumento de encargos depois da forte queda da libra na sequência do Brexit — saída do Reino Unido da União Europeia.

A fabricante reporta seus resultados em libras, mas realiza a maior parte das suas receitas fora do Reino Unido, o que significa que tais números se beneficiaram com a desvalorização da moeda britânica. Por outro lado, essa queda também aumentou outros encargos da empresa.

Em termos ajustados aos efeitos cambiais, os lucros operacionais ajustados aumentaram 15% e as receitas cresceram 4%.




Mais remédios serão vendidos sem receita nas farmácias

28/07/2016 - Folha de S.Paulo


Uma nova resolução aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) cria regras para definir quais medicamentos podem ser vendidos sem receita, cujo número pode aumentar nas farmácias brasileiras.

A mudança atende a um pedido de indústrias do setor, que afirma que remédios com tarja vermelha poderiam estar na lista dos “isentos de prescrição”.

Agora, a agência finaliza uma resolução que define critérios para classificar quais medicamentos podem trocar de categoria e serem liberados da exigência de receita.


A FOLHA ANTECIPOU A MUDANÇA DAS REGRAS


A medida deve ser publicada no “Diário Oficial” da União na próxima semana e entrará em vigor em um mês.

A ideia é que remédios considerados de baixo risco e indicados para sintomas mais simples e de fácil identificação sejam enquadrados como isentos de prescrição.

Esses medicamentos também devem cumprir outros critérios: estar no mercado há pelo menos dez anos (ou cinco no exterior sem precisar de receita), não produzir efeitos adversos significativos ou criar dependência.

Da mesma forma, em remédios hoje isentos, a tarja poderá ser aplicada em caso de relatos de efeitos colaterais.

Antes, essa troca não era possível, afirma o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

“Com isso, um medicamento pode mudar de condição. É a primeira vez que estabelecemos uma regra clara sobre isso”, afirma.


NO BALCÃO


Para a vice-presidente executiva da Abimip (Associação das Indústrias de Medicamentos Isentos de Prescrição), Marli Sileci, a mudança pode fazer com que ao menos 30 substâncias passem a ser liberadas da receita médica —cada uma pode gerar mais um produto no mercado.

Um dos exemplos mais conhecidos é o omeprazol (para problemas de estômago), já isento de prescrição em outros países. Hoje, a maioria dos remédios do país são tarjados, ainda que nem sempre a receita seja cobrada.

Segundo Sileci, os MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição) respondem por cerca de 30% do mercado — os mais comuns são para dor de cabeça, anti-inflamatórios e vitaminas.

Com as novas regras, a expectativa é que esse percentual possa chegar a até 40%.

São remédios em que a propaganda é possível —daí a troca ser esperada pela indústria, que poderá aumentar o contato com o consumidor.

A reclassificação, porém, não é automática. Segundo Barbosa, cada caso deve passar por avaliação da Anvisa.

Questionado sobre um possível aumento da automedicação, ele admite a possibilidade, mas vê pontos positivos.


A SOCIEDADE ESTÁ MUDANDO


Há dez anos, quase não havia fontes de informação sobre medicamentos. Hoje, já é possível acessar a bula pelo celular.” Já Sileci, da Abimip, diz que é preciso diferenciar a “auto prescrição” do “autocuidado”.


“O USO DE MEDICAMENTOS ISENTOS FAZ PARTE DO AUTOCUIDADO”


Já a auto prescrição é quando o vizinho toma um medicamento e eu compro sem receita, mesmo com tarja vermelha. Aí sim há risco”.

Ela lembra das recomendações para uso de remédios isentos de prescrição.

“Se amanhã cair a lei que nos obriga a dizer ‘Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado’, continuaríamos dizendo. O uso do medicamento isento de prescrição deve ser só por um curto período de tempo.”




Novo antibiótico tem efeito contra ‘superbactérias’

28/07/2016 - O Estado de S.Paulo


Um grupo de cientistas descobriu, em um micro-organismo encontrado nas narinas humanas, um composto que tem potente efeito antibiótico contra bactérias resistentes aos medicamentos.

A crescente resistência das bactérias a antibióticos tem sido uma preocupação mundial. O novo estudo, publicado na Nature, foi liderado por Andreas Peschel, da Universidade de Tübingen (Alemanha).

Segundo Peschel, a descoberta do antibiótico em uma bactéria do corpo humano “foi totalmente inesperada” e poderá “auxiliar o desenvolvimento de novas terapias para as infecções bacterianas de difícil tratamento”.

O novo antibiótico conseguiu eliminar até mesmo a bactéria MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina), que também coloniza o nariz humano, causa graves infecções hospitalares e resiste aos antibióticos disponíveis. O novo composto, batizado de Lugdunin, foi identificado na bactéria Staphylococcus lugdunensis.




Vacina para prevenir câncer de colo de útero sobra nos postos de saúde.

27/07/2016 - G1 - Bom dia Brasil


A vacina que pode prevenir um dos tipos mais graves de câncer está sobrando nos postos de saúde. Nem metade das meninas brasileiras se imunizaram contra o HPV. Apenas 43% receberam a segunda dose da vacina.

Os pais até levam as filhas para tomar a primeira dose. Nesse caso, a procura por vacinas chega a 70%. O problema é que não voltam aos postos de saúde para que as meninas tomem a segunda dose. O câncer de colo de útero é um dos com maior incidência em mulheres.

O câncer de colo do útero pode matar. O Instituto do Câncer, INCA, estima que mais de 5 mil brasileiras devem perder a vida, só este ano, vítimas da doença. Esse número pode diminuir muito nos próximos anos por causa da vacina contra o vírus HPV, que está disponível nos postos do SUS de todo país desde 2013 para meninas que têm entre 9 e 13 anos. Atualmente a vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.

Até hoje, 5,3 milhões meninas foram imunizadas, mas está sobrando vacina em muitos postos do país. Este ano a procura pela vacina está bem abaixo do esperado. Até março, menos de 70% das meninas entre 9 e 13 anos apareceram para tomar a primeira dose. Agora o retorno está ainda pior, menos de 50% das meninas voltaram para receber o reforço.

Em um posto, que fica na região central de Brasília, na terça-feira (26), ninguém foi vacinado contra o HPV. Em julho, 30 doses foram aplicadas, só seis de reforço. A enfermeira chefe diz que está ligando para as mães que deixaram telefone de contato para pedir que elas levem as meninas para tomar a segunda dose.

A Camila tem 10 anos e ainda não tomou a vacina. Ela conta que tem um pouco de medo de sentir dor, mas diz que as amigas que tomaram não reclamaram muito, não. “Elas só falaram que doeu um pouquinho a vacina, como dói mesmo, mas nada como caso extremo. assim, normal”, afirmou Camila Florêncio.

A Gracy, mãe da Camila, diz que ano passado a escola dela ofereceu a vacina, mas ela tinha dúvidas sobre a necessidade de imunizar a filha, que só tinha 9 anos.

“A gente acabou ficando insegura de autorizar a vacina nela, porque a gente viu coisas a favor, coisas contra”, declarou a pedagoga Gracy Florêncio.

O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica explica que as reações à vacina contra o vírus HPV são as mesmas de outras vacinas. Febre, dor no braço, normalmente sem nenhuma consequência grave. “O número de reações alérgicas que se tem com essa vacina é um número muito pequeno se comparado ao benefício que ela produz. Se a gente não fizer o trabalho hoje, daqui a dez, 20, 30 anos, vai estar lidando com o mesmo problema, perdendo milhares de vidas para o câncer de colo de útero no Brasil”, afirmou Gustavo Fernandes, presidente da Associação.

Mais de 6 milhões de meninas entre 9 e 13 anos não foram vacinadas ainda. O Ministério da Saúde alerta que a imunização não substitui a realização do exame preventivo.




Chega ao mercado a primeira vacina contra a dengue

27/07/2016 - Época Online


A fabricante francesa de medicamentos Sanofi Pasteur acaba de lançar no Brasil a primeira vacina contra a dengue. É uma das estratégias mais aguardadas para combater o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Até julho, o Brasil registrou 1,3 milhão de casos da doença e 318 mortes. Até o momento, Brasil, México, Filipinas, El Salvador e Costa Rica aprovaram a nova vacina. Apenas as Filipinas já começaram a vacinar a população. A vacina só estará disponível em clínicas particulares. O preço médio autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos foi estabelecido entre R$ 132,76 e R$ 138,53.

Ainda não há decisão sobre a incorporação da vacina da Sanofi Pasteur ao Sistema Único de Saúde (SUS). Para ser integrada ao SUS, como qualquer outro medicamento, ela precisa passar pela análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que leva em conta aspectos como eficácia, segurança e custo efetividade do produto, além dos benefícios da oferta para a população.

Apesar do avanço, a vacina ainda causa controvérsia. A eficácia não é considerada alta: 66% das pessoas imunizadas nos estudos se tornaram resistentes. Vacinas muito eficazes costumam ter cobertura superior a 90%. Além disso, um estudo publicado na revista Nature Immunology em maio levantou questionamentos sobre a interação entre o vírus zika e anticorpos produzidos pelo organismo em resposta à dengue. Eles facilitariam a infeçção pelo vírus. O estudo é longe de ser conclusivo, mas gerou dúvidas sobre o que aconteceria se pessoas vacinas contra dengue entrassem em contato com o zika. A fabricante afirmou que após a imunização nenhum dos indivíduos analisados apresentou sinais de dengue ou zika.

Ainda há outros pontos fracos, como a vacina ser administrada em três doses com intervalos de seis meses, e ser indicada para pessoas entre 9 e 45 anos, o que exclui crianças pequenas e idosos, dois grupos muito vulneráveis. “Se fôssemos citar alguns pontos negativos seriam: a faixa etária, o custo, a eficácia abaixo dos 90% e o fato de ser mais de uma dose, pois as pessoas esquecem de retornar para tomar a segunda ou a terceira dose", diz Juvêncio Furtado, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia. "Mas, mesmo com todas essas limitações, é importante lembrar que esta é a única vacina que temos. E, provavelmente, não teremos outra nos próximos anos”, diz. O Instituto Butantan, em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health, NIH), nos Estados Unidos, está em fase de desenvolvimento de uma vacina contra a dengue administrada em dose única.


CONHEÇA AS VANTAGENS E OS PONTOS FRACOS DA NOVA VACINA:


1) Como a vacina funciona?
A vacina contra a dengue é uma imunização induzida que protege contra os quatro sorotipos existentes (tipos 1, 2, 3 e 4) -- por isso, é chamada tetravalente. É produzida com vírus vivo, porém enfraquecido. Como as demais vacinas, ela estimula o sistema imunológico a produzir sua própria proteção (anticorpos) contra os vírus causadores da dengue, após o contato com a doença.
2) Quem pode ser vacinado?
Indicada para indivíduos entre 9 e 45 anos, a vacina será administrada em três doses com intervalos de seis meses. A farmacêutica garante que a partir da primeira dose, o medicamento já oferece proteção, mas é fundamental receber todas para garantir que a imunização seja duradoura e equilibrada para todos os sorotipos de dengue. Para o infectologista Juvêncio Furtado, a faixa etária restrita é uma limitação. “O ideal seria se o uso da vacina fosse universal, mesmo porque o mosquito não escolhe quem vai picar. Deveríamos proteger a todos”, afirma.
3) Qual é a eficácia da vacina em pessoas que nunca tiveram dengue? E naquelas que já tiveram dengue?
De acordo com a fabricante, a vacina é capaz de reduzir em até 93% os casos contra a dengue grave, como a forma hemorrágica da doença, e de proteger em até 66% dos indivíduos que nunca tiveram contato com o vírus.
4) Onde a vacina pode ser encontrada? Com qual preço?
Disponível em todo território nacional em clínicas particulares, o preço determinado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMed) foi estabelecido entre R$ 132,76 e R$ 138,53. Ele varia de acordo com a tributação em cada estado, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O preço final da vacina nas clínicas pode variar fora dessa faixa.
Ainda não há decisão sobre a incorporação da vacina pelo SUS.
Os estados e municípios têm autonomia para comprar a vacina. O Paraná foi o primeiro estado a aderir ao programa de imunização da Sanofi e comprou de cerca de 500 mil vacinas.
5) Seria possível uma interação indesejada, em que os anticorpos contra o vírus da dengue facilitem a ação do vírus zika?

Em maio, a revista americana Nature Immunology divulgou uma pesquisa que alerta para a possibilidade de a proteção contra o vírus da dengue potencializar a ação do vírus zika no organismo. O artigo sugere que o corpo humano pode produzir alguns tipos de anticorpos contra a dengue que ajudam o zika a se multiplicar. No entanto, os estudos foram feitos em células, em laboratório, e não é possível afirmar que o mesmo aconteceria no corpo humano. Em nota, a fabricante afirmou que após a imunização nenhum dos indivíduos analisados apresentou sinais de dengue ou zika. O mosquito transmissor da dengue também é vetor dos vírus da zika, febra amarela e chikungunya.

Cirurgias robótica e clássica têm os mesmos resultados

28/07/2016 - Folha de S.Paulo


Um estudo publicado na prestigiosa revista médica “Lancet” tenta colocar um ponto final em um dos grandes debates atuais da urologia: afinal, a cirurgia robótica, que surgiu nos anos 2000, é mesmo superior à cirurgia aberta convencional para tratar câncer de próstata? Segundo os autores, do Royal Brisbane&Women’s Hospital, na Austrália, a resposta é não. Três meses depois das cirurgias, os pacientes que se submeteram às duas técnicas tinham resultados semelhantes, principalmente em relação a continência urinária e função erétil.

O estudo temo grande mérito de ser o primeiro randomizado a comparar os dois tipos de cirurgia—ou seja, a dividir aleatoriamente pacientes em cada um dos grupos.

Nos EUA, onde a cirurgia robótica mais se difundiu, isso se tornou impraticável porque 1) a cirurgia aberta para retirada da próstata praticamente sumiu do país; 2) os médicos consideram a cirurgia robótica tão superior à técnica convencional que acreditam ser antiético submeter pacientes a outro tipo de operação e os próprios pacientes se recusariam.

O estudo australiano começou em 2010 e os pacientes foram operados até 2014.

No final, 121 pacientes que fizeram a cirurgia aberta e 131 que fizeram a robótica completaram o acompanhamento de três meses. Cada grupo foi operado por um mesmo cirurgião experiente.

Os resultados funcionais depois de três meses foram similares, afirmam os autores.

Mas houve diferenças principalmente no pós-operatório imediato. Pacientes da cirurgia aberta reportaram mais dor nas primeiras 24 horas e na primeira semana e tiveram três vezes mais perda de sangue e um maior tempo de internação. A duração do procedimento também foi maior.

Não houve, porém, diferenças no número de pacientes que sofreram complicações após a operação.

Para especialistas ouvidos, houve um consenso: o estudo foi muito bem conduzido, mas o tempo de acompanhamento dos pacientes foi curto e o número de voluntários poderia ser maior —segundo comentário publicado junto com a pesquisa, foi uma decisão do Comitê de Monitoramento Independente de Dados parar de recrutar mais pacientes após quatro anos, na ausência de diferenças entre os principais resultados.

“Os dados são interessantes, mas não é ‘o’ trabalho que vai acabar com essa discussão longa. Em congressos de urologia, ninguém aguenta mais esse debate. Chegamos num ponto que quem quer faz, vai da preferência do cirurgião e do paciente”, diz Anuar Mitre, urologista do Hospital Sírio-Libanês.

“Sou cirurgião que faz a convencional, alaparoscópica pura e a laparoscópica robótica. A cirurgia é exatamente a mesma, mas as duas últimas são menos invasivas.

Pergunta se alguém quer fazer a aberta. Claro que você cria uma concorrência entre médicos, mas a conclusão do trabalho é que importa mais o cirurgião do que a técnica”, diz Mitre. “Você não precisa de uma Mercedes no dia a dia, mas tem gente que opta por esses carros e pode pagar por eles”, compara.


DIFERENÇA DE PREÇO


A diferença de custo é um dado crucial, especialmente na rede pública. Hoje, há 23 robôs para cirurgia no Brasil, sendo três no SUS —o Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Rio, e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre têm um cada.

Estima-se que, nos hospitais de ponta, só a cirurgia aberta custe de R$ 17 mil a R$ 20 mil e a robótica, de R$ 27 mil a R$ 30 mil (sem contar custos como internação). E o próprio robô tem um preço alto: cerca de US$ 3 milhões.

É por isso que o Icesp está fazendo um estudo para não só comparar as duas técnicas, mas também avaliar custo efetividade da robótica.

“Trouxemos o robô para responder aos ministérios da Saúde e Ciência quanto custa a tecnologia e se vale a pena lançar mão desses recursos”, diz William Nahas, coordenador da urologia cirúrgica do Icesp e professor da Faculdade de Medicina da USP.




Certificação digital no setor da saúde

28/07/2016 - DCI


A Certificação digital está presente em todos os setores que precisam garantir a autenticidade e a integridade de ações no meio eletrônico, seja por meio da assinatura de um documento, seja para o envio de uma obrigação fiscal. No setor da saúde, não é diferente. Tanto que, desde o dia 19 de julho, os laboratórios de análises clínicas devem utilizar o certificado digital como meio de assinatura de laudos eletrônicos.

E os benefícios vão além. O uso da certificação digital melhora a eficiência operacional e possibilita a migração de 100% dos processos físicos para o meio digital. O Hospital Regional de Cotia (HRC) e o Hospital Geral de Itapecerica da Serra (HGIS), geridos pelo Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo Seconci-SP, são exemplos de instituições que vivenciam esses benefícios na prática.

Em ambos houve a integração da tecnologia ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), o que facilitou o armazenamento de dados, a consulta ao histórico e aos prontuários e a troca de informações entre todos os profissionais dos hospitais. Com isso, foi possível reduzir a burocracia e agilizar o atendimento.

Outra vantagem do uso do certificado digital na área da saúde é a segurança, já que os processos no meio eletrônico são mais fáceis de serem administrados e rastreados.

A sustentabilidade também é um benefício. Com o PEP integrado à certificação digital é eliminada a necessidade do uso do papel para a assinatura de um procedimento. Todas as etapas podem ser autorizadas no meio eletrônico, com validade jurídica, por meio da utilização da assinatura digital, gerada a partir do uso do certificado.

Em 20 anos, o certificado digital nunca esteve tão presente em todos os setores econômicos como nos últimos tempos. Isso é o reflexo de como a utilização dele ajuda, e muito, o dia a dia dos profissionais e das empresas.

EUA investigam dois novos casos de suspeita de transmissão local de zika

27/07/2016 - Folha de S.Paulo / Site


As autoridades de saúde do estado americano da Flórida anunciaram nesta quarta (27) que estão investigando dois novos casos de suspeita de transmissão local do vírus da zika, aumentando o número para quatro.

Se ao menos um desses casos for confirmado, isso provaria pela primeira vez que os mosquitos portadores da zika estão presentes na zona continental dos EUA.

O zika é transmitido na maioria das vezes pela picada do mosquito Aedes Aegypti, e em alguns casos por contato sexual.

Em geral, a doença provoca sintomas brandos e muitas vezes passa despercebida.

O vírus pode provocar, porém, transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré, ou má-formações congênitas graves e irreversíveis, como a microcefalia, que se caracteriza por um desenvolvimento insuficiente do cérebro, em fetos de mulheres que foram infectadas pelo vírus durante a gravidez.

"As autoridades ampliaram suas investigações em curso para outros casos de infecção que poderiam não estar ligados a viagens para países ou territórios onde a epidemia está ativa", disse em um comunicado o Departamento de Saúde da Flórida, detalhando que estes casos foram detectados em Miami e no condado de Broward, respectivamente.

"Os residentes e visitantes desses lugares estão obrigados a fornecerem amostras de sangue e de urina para os serviços sanitários, já que os resultados vão ajudá-los a determinar o número de pessoas infectadas", acrescentou o Departamento de Saúde.

Na semana passada, a Flórida anunciou os dois primeiros casos de zika no estado em pessoas que aparentemente não tinham viajado para zonas endêmicas.

Este estado já registrou 381 casos de zika, todos eles em pessoas que tinham viajado para países ou territórios onde o vírus está em circulação.

As autoridades de saúde dos Estados Unidos tinham advertido que era possível que ocorressem surtos locais de zika no país com a chegada do verão, especialmente após a rápida propagação da infecção na América do Sul e na América Central ao longo dos dois últimos anos.

Não existe vacina, tratamento nem exames de diagnóstico rápido para este vírus, descoberto em 1947 em Uganda.




Desafio do balde de gelo leva a descoberta de gene de esclerose

27/07/2016 - Folha de S.Paulo / Site


O desafio do balde de gelo que viralizou em 2014 conseguiu arrecadar fundos para uma descoberta científica importante: a identificação de um novo gene que contribui para a esclerose lateral amiotrófica (ELA), o NEK1, segundo a ALS Association– que representa pessoas com ELA e outros tipos de doenças do neurônio motor.

A campanha, que estimulava pessoas a compartilharem vídeos do momento em que jogavam baldes de água gelada em si mesmas, tinha o objetivo de conseguir doações para a instituições de caridade ligadas a doenças do neurônio motor, como a ELA.

O desafio foi criticado, mas arrecadou US$ 115 milhões (mais de R$ 377 milhões) e financiou seis projetos de pesquisa.

A pesquisa desenvolvida pelo MinE, um projeto internacional para analisar o genoma de 15 mil pessoas com doenças do neurônio motor, foi publicada na revista especializada Nature Genetics. Trata-se do maior estudo a respeito da ELA hereditária. Mais de 80 pesquisadores em 11 países procuraram pelo gene da doença em famílias afetadas.

"A análise genética sofisticada que levou a esta descoberta só foi possível por causa do grande número de amostras de ELA disponíveis", disse Lucie Bruijn, da ALS Association.

A identificação do gene NEK1 abre caminho para que os cientistas desenvolvam uma terapia genética para o tratamento da doença.

Apesar de a forma hereditária da ELA afetar apenas 10% dos pacientes com a doença, os pesquisadores acreditam que a genética contribui com uma porcentagem muito maior dos casos.


REDES SOCIAIS


No meio de 2014, as redes sociais e o YouTube foram invadidos por vídeos de pessoas - inclusive celebridades globais - despejando baldes de água gelada sobre as próprias cabeças. Os vídeos foram compartilhados mais de 17 milhões de vezes.

Na época, a campanha foi criticada –dizia-se que poucos participantes sabiam realmente o que estava por trás do desafio. Os vídeos foram assistidos mais de 440 milhões de vezes.

A ELA, também conhecida como doença de Lou Gehrig, é um mal neurodegenerativo progressivo e fatal que afeta uma em 400 pessoas. Sua causa ainda é desconhecida, portanto não há uma cura. A doença afeta o cérebro e a coluna, ataca os nervos que controlam o movimento e impede o funcionamento dos músculos.

A ELA pode deixar o paciente preso em um corpo que não funciona, sem conseguir se mover, falar e, com o avanço da doença, respirar. O cientista Stephen Hawking é a pessoa mais conhecida que sofre da doença.




Paraguai informa sobre os primeiros casos no país de microcefalia por zika

27/07/2016 - Folha de S.Paulo / Site


O ministério da Saúde do Paraguai informou nesta quarta (27) os dois primeiros casos de recém-nascidos com microcefalia por efeito do vírus da zika em duas zonas do país.

"O laboratório central confirmou o nascimento de dois bebês com microcefalia por causa da zika", revelou à imprensa a diretora de Vigilância Sanitária, Agueda Cabello.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou o vírus da zika como uma emergência sanitária mundial e afirmou que poderá afetar até quatro milhões de pessoas nas Américas.


MUNDO


Recentemente, também houve notificação de bebês com microcefalia associada à zika na Europa e em Nova York (EUA).




Brasil tem 1.749 casos de microcefalia confirmados, diz Ministério da Saúde

27/07/2016 - Portal EBC


Os casos confirmados de microcefalia aumentaram neste mês, revela boletim divulgado hoje (27) pelo Ministério da Saúde. Segundo o boletim, o número de casos confirmados em todo o país subiu para 1.749. Os dados incluem as alterações no sistema nervoso sugestivas de infecção congênita.

Permanecem em investigação 3.062 casos suspeitos, número que permaneceu praticamente inalterado. Até o mês de junho, 1.638 casos haviam sido confirmados, em 3.061 investigados.

Desde o início das investigações, em outubro do ano passado, 8.703 casos foram notificados ao Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, destes, 3.892 foram descartados porque os exames tiveram resultado normal, ou por apresentarem microcefalia ou malformações confirmadas por causa não infecciosas.

Os casos confirmados em julho ocorreram em 609 municípios, localizados em todas as unidades da federação e no Distrito Federal.

Segundo o Ministério da Saúde, no mesmo período, o Brasil registrou 371 mortes suspeitas de microcefalia após o parto ou durante a gestação, o que representa 4,3% do total de casos notificados. Destes, 106 foram confirmados para microcefalia, 200 continuam em investigação e 65 foram descartados.


ZIKA


Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio do ano passado. O vírus provoca sintomas semelhantes aos da dengue e da febre chikungunya, só que mais leves. Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. A Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo Zika.

A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos, além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

A principal recomendação do ministério às gestantes é adotar medidas que possam reduzir a presença do Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição ao mosquito, com a manutenção de portas e janelas fechadas ou com telas, vestir calças e camisas de manga comprida e usar os repelentes permitidos para mulheres grávidas.




"O prazo mínimo para cesárea vai proteger a saúde da mulher"

27/07/2016 - Época Online


O Conselho Federal de Medicina (CFM), na Resolução 2.144/2016, decidiu que o médico só pode realizar o parto cesáreo, a pedido da grávida, a partir da 39ª semana de gestação. A justificativa de garantir a segurança do feto e da gestante, no entanto, é questionada por profissionais. O prazo garante a autonomia da mulher e diminui os riscos? Ou legitima a cesariana eletiva, sem indicação obstétrica?

Maria do Carmo Leal, médica e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, critica a prática de cesáreas a pedido. (Leia mais aqui). “Os conceitos de autonomia da mulher estão muito deturpados. É uma autonomia desinformada. A facilidade é para o médico, que agenda as cesáreas conforme sua disponibilidade”, afirma. Juvenal Borriello, diretor de Defesa e Valorização Profissional da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), discorda. Ele afirma que a resolução traz resultados positivos.

ÉPOCA - Quais as consequências da instituição do prazo mínimo de 39 semanas para realização de cesárea?

Juvenal Borriello - Antes, tinha de ser respeitada a vontade da paciente, sem uma idade mínima do feto. Essa resolução veio dizer aos médicos que fazem ginecologia e obstetrícia que, se ele fizer uma cesárea a pedido a partir de 39 semanas, a paciente não vai poder recorrer ao Conselho de Ética se ele tiver feito essa cesárea a pedido. A resolução regulamenta o exercício da profissão. Se o médico entender que ele precisa fazer uma cesárea com 38 semanas e conseguir documentar que isso é necessário, ele pode fazer. Mas precisará apresentar justificativa.

ÉPOCA - O limite é seguro para a mãe e o bebê?

Borriello - O limite vai proteger a saúde da mulher ao respeitar sua autonomia e exigir condições técnicas para o parto. Com 39 semanas, o útero está mais preparado contra complicações. E quando você elimina um recém-nascido com mais de 39 semanas do útero, diminuem-se riscos como insuficiência respiratória e icterícia neonatal.

ÉPOCA - Como reduzir o índice de cesáreas feitas no Brasil, muito acima do recomendado pela OMS?

Borriello - A gente não consegue coibir com decreto essas coisas. Nas grandes capitais, você tem um número de maternidades que não atende à demanda da saúde suplementar. Em São Paulo, pelo menos 15 maternidades na região metropolitana fecharam. Haveria dificuldade de arranjar vaga, se todas as mulheres entrassem em trabalho de parto espontaneamente. Esse é um dos problemas. Várias entidades se associaram a um programa chamado Parto Adequado. Essa é uma das medidas que vai ajudar a ter indicadores melhores.

ÉPOCA - Como garantir que a gestante seja bem informada sobre os riscos da cesárea, antes de escolher?

Borriello - A boa prática obstétrica recomenda isso. Muita gente acha que o alto índice de cesáreas no Brasil, em torno de 85%, se deve à desinformação. Não é só isso. Existe uma série de motivos pessoais, familiares, sociais e trabalhistas. Não é uma coisa tão simples.

ÉPOCA - É necessário mudar a conduta dos médicos?

Borriello - O alto índice de cesáreas não pode ser atribuído só aos médicos. Quando se fala em violência obstétrica, é como se tudo isso fosse culpa do médico. Um documento da Defensoria Pública do Estado de São Paulo identifica as causas de violência obstétrica. Começa assim: "Pacientes que procuram maternidade e não encontram"; "paciente que chegou na maternidade e foi maltratada pela recepcionista". Que gerência um obstetra tem sobre a capacidade de ambiência de um hospital? Nenhuma. Você não consegue marcar a internação, você não consegue colocar a paciente na saúde suplementar. Isso é culpa do médico? Não.

ÉPOCA - O que favoreceria uma assistência obstétrica adequada?

Borriello - A mulher fazer o acompanhamento da gravidez o mais correto possível. Pré-natal, por volta de dez consultas, duas a mais no final da gravidez. O ideal seria se ela fizesse o acompanhamento com a vaga garantida no sistema público ou no sistema privado, e saber desde o começo qual maternidade vai ter condições de ambiência para acolhê-la num ambiente adequado para o trabalho de parto, onde ela seja atendida por uma equipe multidisciplinar.

ÉPOCA - A cesariana não deveria ser feita apenas em casos de risco, de acordo com a medicina baseada em evidências?

Borriello - Mundialmente, os índices de cesárea hoje giram em torno de 30%, porque 30% das grávidas levam a gravidez até o final com algumas complicações. Em nosso país, os números deveriam girar em torno dos 25% ou 30%. A comunidade médica obstétrica acredita que seria difícil conseguir índices menores do que esse. Isso com uma assistência muito boa. Ao longo destes últimos anos, o próprio desenvolvimento tecnológico, como ultrassom, cardiotocografia, ecocardiograma fetal e uma série de exames, passou a detectar determinadas situações do feto e da mãe mais precocemente, e muitas gravidezes são, muitas vezes, interrompidas por causa disso. Hoje, os que ainda têm índice mais baixo do que 20% é a Inglaterra, a Irlanda, que têm um modelo de assistência obstétrica bastante adequada. Os países em desenvolvimento praticamente não são tão ruins quanto o Brasil, com índices tão altos, mas também têm índices bem acima de 50%.

ÉPOCA - O índice de recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) não é de 15%?

Borriello - Isso é divulgado de uma forma não correta no meio acadêmico, pois é de 1985. Faz muito tempo que nenhum país tem 15% assim com facilidade. Pontualmente, esses dois que eu citei para você. É que a OMS não corrigiu isso. E, nos países que têm índice próximo de 15% ou abaixo disso, você tem os índices de mortalidade materna e fetal extremamente aumentados, porque é desassistência. Quando se fala de índice de cesárea, você não pode criar maus resultados para a mãe e o bebê. Olhar só de um lado não contempla a grandiosidade do sistema.

Icone do VLibras Widget. Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana.