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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 16/06/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Crise amplia venda de medicamento online

15/06/2016 - O Estado de S.Paulo / Site


O aperto no orçamento está levando cada vez mais os consumidores a comprarem medicamentos em lojas online. No ano passado, o comércio eletrônico respondeu por 6% das vendas totais de remédios que somaram R$ 70 bilhões. Em 2014, essa fatia tinha sido de 4% de uma receita global de R$ 42 bilhões. Para este ano, a expectativa é que as vendas de medicamentos representem 10% da receita total do setor, que deve faturar R$ 81 bilhões.

Os dados das vendas online de medicamentos fazem parte de estudo da Multi Farmas, que monitora os preços do comércio online de remédios. “De 2014 para 2015 houve um aumento de 62% no número de pedidos de compra pela internet. Em anos anteriores essa taxa de crescimento era bem menor”, afirma o sócio-diretor da Multi Farmas, David Almeida.

Ele explica que, com a crise houve uma migração das compras de medicamentos das lojas físicas para as lojas virtuais. De acordo com Almeida, os preços dos remédios vendidos em lojas virtuais chegam a custar 30% menos do que em lojas físicas. “A maior parte da migração (70%) ocorre por causa de preço menor e o restante por comodidade.” Além da migração das lojas físicas para o comércio eletrônico, ele explica que a maior procura por produtos mais em conta está ampliando a concorrência entre as farmácias virtuais, que também estão cortando preços.


NACIONAIS


A pesquisa mostra que mais da metade (55%) das ofertas de medicamentos feitas nas lojas online são de produtos nacionais. O sócio-diretor da empresa explica isso ocorre porque a indústria nacional tem um número maior de apresentações de um mesmo produto.

Hoje é possível comprar pela internet não apenas medicamentos sem prescrição médica. É que existem lojas online com ferramentas que possibilitam fazer upload da receita médica. Ficam de fora das vendas online os medicamentos controlados, pois eles exigem a retenção de receita médica.

Entre as cidades com maior número de compras online de medicamentos, a pesquisa aponta São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Curitiba. Em 12 meses até maio, as campeãs de vendas de remédios pela internet foram, pela ordem de importância, foram as drogarias Ultrafarma, DrogaRaia.com, Onofre em casa, Drogasil e Netfarma. Almeida explica que todas as grandes redes varejistas estão no comércio online e é crescente a o número de pequenas drogarias interessadas em vender seus produtos por meio da rede mundial de computadores.




Estado fecha farmácias que distribuíam remédio gratuito

16/06/2016 - Agora São Paulo Online


A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) fechou duas farmácias da Rede Dose Certa, programa de distribuição de remédios gratuitos do governo do Estado.

Foram fechadas as unidades da estação de metrô Ana Rosa (zona sul) e a próxima ao Hospital Geral Santa Marcelina, no Itaim Paulista (zona leste).

O programa entrou em funcionamento em 2004, e tinha 14 postos. Hoje são 12.

Os postos fechados foram visitados pela reportagem ontem, que encontrou diversas pessoas buscando remédios nas farmácias.

Na zona leste, no início da tarde de ontem, em menos de 15 minutos, três pessoas chegaram à farmácia próxima ao Hospital Santa Marcelina.

A dona de casa Marina Francisco, 48 anos, foi buscar remédio para a tireoide.

"Não sabia que a farmácia tinha fechado", diz.


RESPOSTA


A Secretaria de Estado da Saúde, da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que o atendimento das farmácias da estação de metrô Ana Rosa e no Hospital Geral Santa Marcelina foi redirecionado para outras unidades em função da baixa demanda nesses locais.

"Ambas realizavam menos da metade do que uma unidade mais ativa, como a da estação Clínicas, e cerca de um terço em comparação à da estação Sé", diz a nota.

"Trata-se de um serviço extra, mantido voluntariamente pelo governo do Estado para facilitar o acesso aos medicamentos do Dose Certa, uma vez que a assistência farmacêutica básica compete ao município e tais medicamentos também estão disponíveis na rede básica de saúde", diz a secretaria.




Novo medicamento contra diabetes previne ataques cardíacos e derrames

15/06/2016 - Portal Forbes Brasil


Nesta última segunda-feira (14), a gigante farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk lançou o Victoza, uma insulina para diabetes tipo 1 que previne infartos e derrames.

Esse é o segundo do tipo da droga a ser comercializada depois de a Jardiance, uma pílula das empresas Eli Lilly e Boehringer Ingelheim, ter mostrado resultados positivos no último ano. Pesquisadores dizem que esses remédios podem mudar a maneira que os médicos tratam a diabetes.

A Novo Nordisk e alguns estudiosos disseram, também, que a droga surgiu graças aos esforços da Administração de Comidas e Remédios (FDA) dos Estados Unidos em descobrir substâncias guardadas por empresas farmacêuticas. “As pessoas fazem descobertas e guardam durante anos, esperando lançá-las no mercado a preços absurdos”, conta o pesquisador John Buse, da Universidade da Carolina do Norte.

No lançamento do Vicotza, no encontro anual da Associação Americana de Diabetes, a Novo Nordisk mostrou o resultado em 9.340 pacientes voluntários que receberam aleatoriamente ou o remédio ou placebos, pílulas de farinha, durante 3 anos. Dos que receberam a droga, 13% tiveram ataques cardíacos ou derrames. Dos que receberam a pílula de farinha, 14,9% tiveram algum desses problemas.

Os testes da nova droga aconteceram no meio de um escândalo na FDA: a acusação de que a pílula contra diabetes mais vendida no mercado, a Avadia, da GlaxoSmithKline, aumentava as chances de um ataque cardíaco. Testes foram feitos e devem ser divulgados em breve.

Ainda não há como ter certeza que o novo remédio irá vender. No último ano, a Jardiance, que custa US$ 4 mil a unidade, vendeu apenas US$ 114 milhões, um número que deve atingir os US$ 2 bilhões até 2020. A Victoza deve chegar ao mercado por US$ 6 mil, ou mais.

STF avalia pagamento de ISS por operadoras de plano de saúde

16/06/2016 - Valor Econômico


O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar, em repercussão geral, a possibilidade de incidência do Imposto sobre Serviços (ISS) na atividade de administração de planos de saúde. Relator do caso, o ministro Luiz Lux foi o único a proferir voto na sessão de ontem. Ele negou o recurso do contribuinte.

O pano de fundo da discussão é se a atividade exercida pelas operadoras de planos se limita ao mero repasse de recursos a médicos e laboratórios, por exemplo, ou se deve ser considerada como prestação de serviço. O caso analisado é de um hospital de Marechal Cândido Rondon (PR).

Representante do hospital no caso, o advogado Guilherme Follador sustentou que não poderia ser considerado serviço o fato de a empresa apenas efetuar a cobertura dos gastos dos beneficiários. Ele citou ainda que a prestação para fins de incidência do ISS está ligada à distinção entre obrigações de dar e de fazer, sendo que somente à última caberia o imposto municipal.

"A obrigação de dar consiste em arcar os custos com assistência saúde dos usuários se e quando necessário. E quem diz isso é a própria Lei nº 9.656, de 1998, ao definir o objeto do contrato do plano de saúde como aquele destinado a prover a cobertura de custos assistenciais", afirmou o advogado.

No Supremo, a questão é discutida com base no artigo 156 da Constituição, que trata da competência dos municípios na cobrança de impostos. O ministro Luiz Fux afirmou, em seu voto, que a Lei Complementar nº 116, de 2003, consolidou a jurisprudência nos tribunais. "Existe a previsão de incidência do imposto tanto aos profissionais de medicina quanto à atividade e o fornecimento de plano de saúde e assistência médica hospitalar", disse.

O ministro sugeriu que, na repercussão geral, seja fixada a seguinte tese: "as operadoras de plano de saúde realizam prestação de serviço que gera ISS previsto no artigo 156 da Constituição Federal".

A análise do recurso foi interrompida por pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello. Ele avaliou ser necessário entender melhor a matéria porque "existe uma lei federal que define a atividade da recorrente como uma atividade ligada a seguro".

O julgamento no STF é a última chance das operadoras. O recurso do hospital paranaense tem repercussão geral reconhecida, o que significa que o entendimento final dos ministros servirá de parâmetro para processos que tratam do tema.

No Superior Tribunal de Justiça (STJ) foram várias as derrotas. As duas turmas especializadas em direito público entendem que os planos de saúde devem ser tributados pelos municípios. Os ministros já firmaram entendimento até sobre a base de cálculo do imposto. Esta questão não será avaliada no recurso em análise pelo STF.

Segundo decisões do STJ, o imposto deve ser recolhido sobre "a taxa de administração" recebida - diferença entre o valor pago pelos consumidores e o que é repassado aos prestadores de serviços.




Falta de gestão do médico gera preços altos em hospitais, dizem palestrantes

15/06/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Os altos custos dos hospitais particulares se devem à falta de visão gestora do médico e à fragmentação do sistema de saúde. Essa é a conclusão a que chegaram os palestrantes da sexta mesa do 3º Fórum a Saúde do Brasil, que aconteceu na manhã desta quarta (15).

"O profissional não tem estímulo para fazer uma medicina que gerencia custos," disse Claudio Lottenberg, presidente do Hospital Albert Einstein, no seminário promovido pela Folha em parceria com Interfarma e Unimed. "O médico deixou de ser reconhecido como líder e não é remunerado por um serviço bem feito."

Para ele, é preciso formar médicos que tenham perfil de liderança e conhecimento de toda a cadeia produtiva da saúde. Ele rechaçou, porém, a ideia de que o médico é a causa de todos os problemas financeiros do sistema. "Ele é mais produto do sistema que criamos. É preciso reposicioná-lo."

Para Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), é necessário instituir um modelo de governança corporativa em hospitais, de modo semelhante a outras empresas públicas e privadas.

"Os médicos de faixa etária mais alta são menos afeitos a mudanças de procedimento para uma governança clínica," opinou ele. Balestrin defende que hospitais e demais instituições de saúde devem estar abertos a ter gestores profissionais formados em outras áreas.

José Luiz Setúbal, provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, disse acreditar que tanto profissionais quanto pacientes precisam compreender melhor os ônus das atividades médicas. "Os médicos precisam se conscientizar que existe um custo por trás de cada procedimento que ele faz."

Setúbal disse acreditar que parte da culpa está numa visão dual da medicina, considerada no limiar entre ciência e arte. "O médico é um cientista que vem usando mais estatística, medicina baseada em evidência, mas na hora de aplicar em casos individuais, vê o que está fazendo como uma arte." Essa visão, para ele, impede que se pese os custos de maneira adequada. Ele discordou da opinião de que o médico é mal remunerado. "Ele é menos remunerado do que gostaria de ser."

O presidente do Einstein apontou que as contas de hospitais não são caras, mas infladas pela admissão de casos que não deveriam ser tratados ali. "Os hospitais têm muito desperdício, utilizam recursos complexos em casos simples, em internações que não deveriam nem acontecer".

Ele destacou que é necessário também que a sociedade tenha uma visão mais ampla do sistema de saúde. "É preciso que o desenho do sistema como um todo prevaleça ao paciente, e não a existência do hospital de forma isolada."

Setúbal concordou e adicionou que o foco para redução de custos deve estar na prevenção e promoção da saúde, que é o mais barato e eficaz. E complementou: "cara é a medicina mal feita."




Judicialização da saúde em SP chegará a R$ 1,2 bi em 2016, diz secretário

15/06/2016 - Folha de S.Paulo / Site


A judicialização da saúde no Estado de São Paulo deve atingir neste ano a cifra de R$ 1,2 bilhão, patamar semelhante ao nível federal, apontou o secretário de Saúde, David Uip, durante a abertura do segundo dia do 3º Fórum A Saúde do Brasil, promovido pela Folha em parceria com Interfarma e Unimed. "Estamos vendo indivíduos de outros Estados sendo incentivados a vir judicializar em São Paulo, que tem uma resposta mais ágil da Justiça", disse Uip.

Segundo o secretário, as pessoas criam residências fictícias em São Paulo, com a compra de contas de água e luz, e vão à Justiça para exigir o acesso a medicamentos, internações e até transplantes de coração, o que impacta os custos da saúde em um momento de dificuldades econômicas, em que os repasses federais encolheram na ordem de R$ 100 milhões/mês.

Na avaliação de Uip, existem casos em que a judicialização é pertinente, mas há muitos outros casos que beiram a excentricidade –como uma liminar que obrigou o Estado a vacinar todos os moradores de Tupã, o que contraria a própria lei federal, que prevê prioridades no acesso às vacinas.

Entre as excentricidades, há processos também exigindo que o Estado arque com itens como sabonetes íntimos, achocolatados e água de coco. "Se eu não atender em 24 horas, sou ameaçado de prisão. Não tem uma semana em que não seja ameaçado de prisão e até de morte", afirmou Uip. A mais recente ameaça foi de um ex-militar especializado em bombas e munição, que disse que vai me matar e todos à minha volta", completou.

A secretaria está tomando medidas para tentar reduzir os processos na Justiça, por meio de acordos com universidades e a Justiça do Estado para criar varas especializadas para discutir tecnicamente os casos em que a judicialização é pertinente.

O secretário anunciou ainda que hospitais e entidades de saúde que recebem recursos do governo estadual poderão ser auditados a qualquer momento, como forma de controlar a gestão do dinheiro público, em uma ação batizada de Operação Raio X. A intenção é prevenir casos de mau uso dos recursos como ocorreu na Santa Casa de São Paulo, que passou por quatro auditorias que detectaram sérios problemas de gestão.


PARCERIAS


Uip anunciou investimentos de R$ 800 milhões para a área de saúde em cinco regiões do Estado que, segundo ele, estão mais carentes de recursos e infraestrutura. Dois terços dos recursos virão de um financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e um terço do Tesouro estadual, e serão utilizados para a construção de dois novos hospitais, nos municípios de Registro e Caraguatatuba. Também serão usados para construção de novas UBS (Unidades Básicas de Saúde) e Capes (Centros de Atendimento Psicossocial), além de custear a capacitação de gestores e profissionais da área.

Outra parceria público-privada, com recursos do BNDES, vai garantir a construção de hospitais em Sorocaba, São José dos Campos e da nova unidade do Hospital Pérola Byington, na região da Luz, na capital paulista –cujas obras ainda não começaram, pois o Estado enfrenta problemas de desapropriação dos imóveis.

Consumo de café não causa câncer, mas bebida muito quente, sim

16/06/2016 - Folha de S.Paulo


Segundo um grupo de especialistas ligados à OMS (Organização Mundial da Saúde), beber café não aumenta o risco de câncer —muito pelo contrário.

A Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (Iarc, na sigla em inglês) afirmou nesta quarta-feira (15) que o consumo da bebida não causa a doença e está associado a um risco menor de câncer de útero e fígado. Não há evidências conclusivas para outros 20 tipos de tumor.

A nova avaliação mudou o status do café na agência. Em 1991, ele tinha entrado para a lista de substâncias possivelmente carcinogênicas em humanos.

Mais de mil estudos foram avaliados para chegar a essa conclusão.

O grupo, porém, concluiu que bebidas quentes —acima de 65º C— provavelmente causam câncer de esôfago. Os resultados sugerem que a culpa é da temperatura, e não da bebida em si. Isso porque os cientistas também avaliaram a relação entre câncer e a erva mate, que é consumida quente no chimarrão. Outros estudos haviam apontado uma possível relação entre chimarrão e câncer.

No fim, a OMS afirmou que beber mate em temperaturas mais baixas não está associado a um risco maior da doença.


Brasil tem 1.581 casos confirmados de bebês com microcefalia, diz ministério

15/06/2016 - Folha de S.Paulo / Site


O número de casos confirmados de bebês com microcefalia já chega a 1.581 registros, distribuídos em diferentes regiões do país, de acordo com boletim atualizado do Ministério da Saúde.

As confirmações correspondem a cerca de 20% do total de casos notificados como suspeitos –desde o início das investigações, 7.936 casos foram informados ao governo federal por secretarias estaduais de saúde, a maioria em Estados do Nordeste.

Deste total, 3.047 ainda permanecem em investigação. Outros 3.308 foram descartados após exames de imagem não apontarem sinais de alteração no cérebro dos bebês ou confirmarem que o quadro de microcefalia, que ocorre quando o perímetro da cabeça é menor do que o esperado para a faixa etária, não foi causado por agentes infecciosos.

O Ministério da Saúde considera que a maioria dos casos confirmados está ligado a uma infecção pelo vírus da zika durante a gestação. Estudos apontam que, em alguns casos, o vírus pode atingir o sistema nervoso do bebê. A pasta estuda outros fatores associados que podem levar ao quadro.

Entre os casos confirmados, ao menos 226 já tiveram resultado positivo para o vírus em exames laboratoriais. O novo balanço abrange dados desde outubro de 2015, momento em que o Brasil declarou emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de bebês recém-nascidos com suspeita de microcefalia, até 11 de junho deste ano.

Neste período, também foram confirmadas 73 mortes de bebês com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central. Em geral, o ritmo de novos casos de microcefalia diminuiu neste ano se comparado a 2015. Por outro lado, têm crescido o número de casos já confirmados e descartados. Os relatórios do Ministério da Saúde são divulgados todas as terças-feiras.




Gays pedem direito de doar sangue nos EUA

16/06/2016 - O Estado de S.Paulo


Ao lado do namorado, Salvatore Iadicicco, o designer Benjamin Garcia aguardava ontem na sala de espera do banco de sangue Oneblood para fazer sua contribuição às vítimas do massacre do clube gay Pulse, no qual perdeu dois amigos.Mas sua determinação seria logo frustrada pelas regras que impedem a doação de sangue por homens que tiveram sexo com outros homens no ano anterior.

A exigência excluiu virtualmente toda a comunidade gay de Orlando da mobilização que tomou conta da cidade nos últimos quatro dias para atender a demanda por sangue nos hospitais que tratam os 53 feridos no maior ataque a tiros da história dos EUA. “Nosso sangue é tão bom quanto o de qualquer pessoa”, disse Garcia ao Estado, ressaltando que faz exames regulares de HIV.

“Essa é uma discriminação absurda contra a comunidade LGBT”, afirmou o diretor-executivo do Centro LGBT para Flórida Central,Terry De Carlo.

“Os bancos de sangue possuem protocolos suficientes hoje para checar se há doenças no sangue.

O que eles estão dizendo é que todo homem LGBT tem HIV, o que não é verdade.” Durante a epidemia de aids, no início dos anos 80, as autoridades de saúde dos EUA adotaram regulamentações que proibiam a doação de sangue durante toda a vida por homens que tivessem tido relações sexuais com outros homens.

No ano passado, a orientação foi modificada, com a adoção do período de um ano. A menos para doadores celibatários, a alteração teve pouco efeito prático.

“O que é isso? Estão tentando me agradar dizendo que vão me deixar doar sangue, mas que não posso ter tidos exo com ninguém por um ano? Como isso não é discriminação?”, perguntou De Carlo.

A frustração dos gays diante da impossibilidade de doar sangue foi acentuada com a revelação de que o atirador que matou 49 pessoas na Pulse, Omar Mateen, doou sangue em uma unidade móvel da Oneblood em 29 de maio. A informação foi divulgada pela rede ABC. O banco de sangue não informou se o material foi usado no tratamento de vítimas do ataque. Normalmente, as doações podem ser usadas em um período de até 42 dias.

O brasileiro Eder Curiel trabalha no Oneblood desde 2013 e disse não ter visto nada semelhante à mobilização dos últimos dias. “Como os gays não podem doar sangue, fiquei comovido em ver tantos heteros sexuais dispostos a ajudar”, disse Curiel, que frequentava a Pulse e perdeu dois amigos no massacre.

Na noite do ataque, o brasileiro preferiu ir a outro clube gay de Orlando, Parliament House.

Curiel dormiu por volta das 2 horas, quando o ataque começava, e foi acordado no dia seguinte com uma chamada de emergência do banco de sangue. Ele chegou no local às 9 horas do domingo e só saiu às 4h30 da segunda-feira.

Michael Rogers, vice-presidente regional da Oneblood, disse que nos três dias seguintes ao ataque cerca de 20 mil pessoas doaram sangue nos 20 centros e 170 unidades móveis em todo o Estado da Flórida.

Normalmente, cerca de 6 mil doações são registradas em período semelhante. Segundo ele, a mobilização só é comparável à que ocorreu após os atentados de 11 de setembro de 2001.




Doença será a maior causa de mortes em 2029

16/06/2016 - O Estado de S.Paulo


O câncer passará a ser a maior causa de morte no Brasil em 2029, quando a taxa de mortalidade pela doença deverá superar o índice de vítimas de problemas cardiovasculares, hoje a maior causa de óbitos no País.A estimativa foi feita em estudo da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) apresentado ontem no Fórum Big Data em Saúde, em São Paulo.

A pesquisa mostra ainda quais serão os tipos de tumores que mais matarão os brasileiros daqui a 13 anos, segundo a região do País e o gênero.

Um dos dados que chamaram a atenção dos pesquisadores foi a estimativa de que a taxa de mortalidade por câncer de pulmão, brônquios e traqueia cairá ou se manterá estável entre os homens,mas crescerá de forma significativa em pessoas do sexo feminino, o que estaria relacionado ao aumento de mulheres fumantes no País.

“Com esse cenário, teremos de melhorar o diagnóstico precoce de câncer”, defendeu Merula Steagall, presidente da Abrale.




Ministério estuda ampliar a vacinação contra HPV no País

16/06/2016 - O Estado de S.Paulo


O Ministério da Saúde estuda a ampliação do público-alvo para a vacinação contra HPV, vírus responsável pelo câncer de colo de útero, segundo tipo mais comum de câncer entre mulheres.

Hoje, meninas de 9 a 13 anos e mulheres com HIV até os 26 anos são vacinadas na rede pública. O grupo de trabalho, que reúne técnicos do ministério, representantes de sociedades médicas e pesquisadores, define até o fim do ano quem serão os próximos beneficiários. Os integrantes do grupo revisarão resultados de estudos sobre o impacto da vacinação em meninos, homens com HIV e pacientes imunodeprimidos.

“O grupo de trabalho começará a reunir-se em agosto para que possamos pensar, em curto prazo de tempo, quem deverá ser incluído como estratégia de saúde pública”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues.

Ela participou, na manhã de ontem, do lançamento da campanha Onda Contra o Câncer, sobre a importância da vacinação contra HPV, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), realizada em São Paulo.


BAIXA ADESÃO


A vacinação, neste ano, está abaixo do esperado.

Em 2015, 92% das meninas tomaram as duas doses da vacina – para garantir a imunização, é necessário repetir a aplicação da vacina seis meses depois da primeira dose. Neste ano, 43% das meninas de 9 a 11 anos tomaram a segunda dose.

O ministério vai propor que os municípios intensifiquem a campanha de vacinação nas escolas, uma vez que adolescentes frequentam menos consultórios médicos e postos de saúde. A vacinação nas escolas públicas e particulares é feita por profissionais das Secretarias Municipais de Saúde e esbarra na dificuldade de logística para o deslocamento de funcionários e falta de pessoal. “Temos de buscar estratégias que melhorem a cobertura”, afirmou Carla.

A preocupação é maior com a Região Norte, onde a cobertura é ainda mais baixa do que no restante do País. “São Estados com maior prevalência de HPV e onde as meninas iniciam a vida sexual mais cedo”, disse a coordenadora.

Outra dificuldade é a resistência de pais e mães com a vacinação a partir dos 9 anos, já que as meninas estariam longe de iniciar a vida sexual. “É importante tomar a vacina quando ela é mais eficaz. Estudos mostram que quanto mais cedo a criança recebe a vacina, maior é a produção de anticorpos e mais ela estará protegida”, afirmou.

Para a presidente da SBIm, Isabella Ballalai, é importante dissociar a ideia de que tomar a vacina tenha a ver com vida sexual precoce. “A primeira vacina que o bebê toma quando nasce é contra uma doença sexualmente transmissível, a hepatite B; 23% das meninas no início da atividade sexual com um parceiro já têm lesão no colo do útero, que dirá a infecção”, afirmou ela.


CONSCIENTIZAÇÃO


A SBIm lançou ainda a segunda fase da campanha Onda Contra o Câncer (www.ondacontracancer.com.br).Pelas redes sociais,serão divulgadas mensagens voltadas para o público jovem, famílias, professores e médicos. No ano passado, em apenas três meses de campanha, as menções positivas sobre a vacinação passaram de 17,5% das postagens para 34,5%.




Caxumba provoca corrida aos postos

16/06/2016 - Correio Braziliense


O brasiliense começa a procurar proteção contra a caxumba, doença que infectou 525 pessoas neste ano. A Secretaria de Saúde disponibiliza doses da vacina de acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Até abril, 17,7 mil pessoas receberam a defesa. Ontem, a movimentação no Centro de Saúde Nº 7, da 612 Sul era grande, em busca de informações. A Vigilância Epidemiológica monitora a situação e não descarta a possibilidade de epidemia. Em um colégio da quadra, pelo menos 10 alunos tiveram a infecção. Outros dois contraíram coqueluche — mal sob controle, segundo autoridades sanitárias.

Na próxima semana, o Executivo local deve receber outras 8,5 mil doses da vacina Tríplice viral, que combate o sarampo, a caxumba e a rubéola. O montante deve abastecer o estoque de 12 mil unidades da Secretaria de Saúde. “A cobertura vacinal para a caxumba atinge 95%. Esse índice é muito bom. Todos os locais com surtos estão sendo acompanhados. Em escolas, por exemplo, realizamos até a imunização. É um momento de extrema atenção, mas não necessita alarde”, explica a gerente de Vigilância Epidemiológica, Priscilleyne Reis.

Para diminuir os riscos de contrair a doença, a estudante do 7º ano Isabella Gertrudes, 12 anos, esteve no Centro de Saúde Nº 7, da 612 Sul. A avó dela, a contadora Suely Wanderley, 56, está assustada e procurou a imunização. “É preciso a Secretaria de Saúde explicar o motivo de a doença ter voltado com essa intensidade. Houve falhas na vacinação? O vírus mudou? A gente fica preocupada com essa situação”, reclama a moradora do Lago Sul.

A vacina leva até três semanas para começar a produzir anticorpos. Por isso, segundo a Secretaria de Saúde, nos próximos dias, deve haver o aumento dos casos. “Não temos alternativa no momento a não ser a vacinação. Os pais devem manter a carteira de vacinas atualizada. Aqueles que perderam o cartão ou não sabem se foram imunizados devem procurar o posto de saúde mais próximo”, alerta Priscilleyne. Adolescentes e adultos também têm direito à vacina (leia Imunização).

A professora aposentada Maria Regina de Paula, 62, levou a neta Gabriela, 1, para atualizar a tabela de vacinas. “O que continua valendo é o velho ditado: melhor prevenir do que remediar. A situação parece estar emergente e ainda não há explicações para o aumento dos casos. Fico temerosa, pois tenho outros netos em idade escolar”, conclui a moradora de Santa Maria.

Por volta das 17h, horário de fechamento das salas de vacinação, ainda havia gente esperando para se imunizar no Centro de Saúde Nº 7, da 612 Sul. Muita gente procurou o local em busca de informações. “Quando há muitos casos de uma doença sempre aumenta o volume de gente aqui. A comunidade está em alerta para a caxumba e também para os recentes casos de coqueluche”, informou uma enfermeira.

A caxumba, doença caracterizada principalmente pelo inchaço das glândulas que produzem saliva, pode ser contraída mais de uma vez, mesmo quando ocorre a vacinação ou a primeira contaminação. Entretanto, esses casos são bastante raros. Segundo a literatura médica, um indivíduo pode registrar mais de uma ocorrência de coqueluche, infecção marcada por tosse severa e seca, embora sejam situações isoladas.


“SITUAÇÃO DE ROTINA”


A Secretaria de Saúde ressalta que, em 2016, houve a notificação de 44 casos de coqueluche — seis estão confirmados. Entre 2006 e 2015, a doença infectou 682 vítimas no DF. Apesar do registro de duas ocorrências no Colégio Marista, a Vigilância Epidemiológica ainda não constatou a contaminação. “A situação para a coqueluche é de rotina. Estamos dentro do esperado”, destaca a gerente de Vigilância Epidemiológica. Neste ano, segundo cálculos da Secretaria de Saúde, 9,8 mil gestantes receberam doses da vacina Adsorvida difteria, tétano e coqueluche tipo adulto (dTpa).

O Brasil registrou uma elevação do número de casos de coqueluche. O que coloca o mal como uma infecção reemergente, segundo classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre 2014 e o ano passado, a doença cresceu 544,7%. Passou de 340 para 2.192 situações, de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. No ano passado, houve a identificação de 117 situações no DF.

Marta Pereira de Carvalho, especialista em doenças imunopreveníveis, explica que com o passar do tempo a produção de anticorpos cai mesmo quando ocorre a imunização. “A vacina vai perdendo eficácia. A partir dos 50 anos, o ideal seria que os adultos fossem vacinados contra tudo novamente. Vacina não é eterna. O programa de vacinação do Brasil é muito focado na criança, mas, para os adultos, poucas são as ofertas”, avalia.


IMUNIZAÇÃO


Veja as vacinas e os períodos de aplicação das doses contra caxumba e coqueluche

Pentavalente: aos 2, 4 e 6 meses, contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenza tipo B, hepatite B. Reforços aos 15 meses e aos 4 anos.

Tríplice viral (SRC): aos 12 meses, é recomendada a primeira dose contra sarampo, rubéola e caxumba. Adolescentes e adultos até 49 anos também devem tomar.

Tríplice bacteriana: aos 15 meses, a imunização é contra difteria, tétano e coqueluche. Aos 4, é aplicado o reforço.

Tetraviral e varicela: imunização aos 15 meses, contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela (catapora). Funciona como reforço da tríplice viral e dose única para catapora.

Vacina Adsorvida Difteria, Tétano e Coqueluche tipo adulto (dTpa): dose da vacina a partir da 27ª semana e até a 36ª semana de gestação.

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