CLIPPING - 15/06/2016
Assessoria de Comunicação do CRF-SP
|

Medicamento para diabetes reduz em 13% o risco de morte cardiovascular
14/06/2016 - Brasileiros
Uma das maiores preocupações dos médicos que tratam do diabetes é proteger o paciente das possíveis complicações cardiovasculares da doença. Na tarde desta segunda (12), profissionais de todo o mundo reunidos no 76th Congresso da Associação Americana de Diabetes, em New Orleans (EUA), viram apresentações de estudos mostrando que o liraglutida, medicamento conhecido e disponível para baixar a glicose, pode ajudar a evitar complicações do coração. Trata-se da principal causa de internações e morte dos diabéticos.
Nos estudos, o liraglutida se revelou eficaz em diminuir o risco de ataque cardíaco ou morte em pacientes de diabetes tipo 2 (adquirida) de alto risco para doença cardiovascular. Nos voluntários da pesquisa, o risco de morte cardiovascular foi reduzido em 13%. O composto discutido em New Orleans tem o nome comercial de Victoza e é fabricado pela Novo Nordisk, empresa com sede na Dinamarca. O medicamento já está disponível em vários países, inclusive no Brasil.
O liraglutida é uma substância para controle das taxas de glicose no organismo e que também leva à perda de peso. Sua ação principal ocorre no intestino, onde inibe a ação do hormônio GLP-1, prolongando a sensação de saciedade. Ele é usado por pessoas com diabetes tipo 2 que têm dificuldade em controlar os níveis de glicose no sangue com dieta, exercícios e ajustes no estilo de vida. Recentemente, foi liberado também contra a obesidade.
“O que se viu é que a substância não só não faz mal como também protege o coração dos diabéticos. E é uma notícia excelente”, disse à Saúde! Brasileiros a endocrinologista Rosângela Rea, coordenadora do braço da pesquisa realizado no Brasil que envolveu 700 pacientes.
Segundo o cardiologista Francisco Saraiva, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP) e um dos pesquisadores do estudo, o efeito protetor da substância abre um novo campo de ação para os especialistas. “Até recentemente, não tínhamos um medicamento que reduzisse a glicose e protegesse o coração”.
O efeito cardioprotetor do composto foi inesperado. O objetivo principal do estudo era confirmar sua segurança e avaliar se o remédio não fazia mal ao coração e às artérias. Isso porque desde 2008, por exigência do FDA (a agência reguladora de medicamentos americana), fabricantes devem comprovar que seus medicamentos para o diabetes não agravam doenças do coração.
A medida foi adotada depois que um dos medicamentos disponíveis para tratamento da doença foi retirado do mercado por aumentar os riscos para o coração. No ano passado, outro medicamento mais recente contra o diabetes, a dapaglifazina, também comprovou seus efeitos cardioprotetores. “Essa geração de medicamentos com impacto cardioprotetor melhora as perspectivas do tratamento”, diz a endocrinologista Maria Fernanda Barca, de São Paulo.
COMO FOI O ESTUDO
A pesquisa foi feita em 32 países e envolveu um grupo de 9.340 pessoas diabéticas com alto risco de doença cardíaca. Isso ocorre porque a evolução da doença fragiliza os vasos e artérias e, dependendo de sua evolução, também prejudica a função renal. Desse contingente, uma parte tomou o liraglutida (4668), enquanto a outra foi tratada com drogas placebo (4672) e acompanhada por uma média de 3,8 anos.
Os diabéticos que tomaram o remédio receberam injeções diárias, aplicadas com uma canetinha especial. Os participantes tinham idade média de 64 anos. Também 64% eram homens e 73% tinham doença cardiovascular prévia.
Tanto os pacientes que tomaram o remédio como os que foram tratados com placebo se utilizaram de outros medicamentos para controlar o diabetes e condições associadas, como hipertensão arterial e altos níveis de colesterol. Todos foram monitorados e receberam visitas mensais no primeiro mês, no terceiro e a cada seis meses até completarem cinco anos de tratamento.
Os exames de sangue, amostras de urina e eletrocardiograma foram feitos no início do estudo e depois anualmente. Para avaliar se havia doença renal por causa da diabetes, foram verificados os índices de creatinina e de proteína em exames de urina a cada seis meses.
QUEDAS E PROBLEMAS RENAIS
Na prática, a redução de 13% da mortalidade cardiovascular esperada no grupo que participou do estudo evitou a morte de 98 pessoas, de acordo com os pesquisadores. Além disso, a análise dos dados em separado mostrou aos pesquisadores uma diminuição de 15% de risco de morrer por qualquer causa. Neste item, pode-se incluir, por exemplo, uma queda após um pico de hipoglicemia (a diminuição brusca da taxa de açúcar no sangue).
Os dados do estudo mostram ainda chances 22% menores de virem a ter doença renal em comparação com os que tomaram placebo. Quanto aos efeitos colaterais, o estudo confirmou que pode haver náuseas, vômitos e cálculos renais e de vesícula.
“Nossos resultados devem dar aos pacientes e prestadores de serviço o conforto de que o liraglutida pode melhorar com segurança os resultados para além do tratamento principal da diabetes tipo 2?, disse o principal investigador do trabalho, John Buse, da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, Chapel Hill.
“Além disso, o liraglutida reduziu o risco de complicações mais graves associadas com a diabetes do tipo 2, incluindo o risco de morte. É emocionante ver esse efeito em uma gama ampla de pacientes, porque a maioria dos estudos anteriores de medicamentos para diabetes não demonstraram tais benefícios”, disse Buse à uma plateia de milhares de pessoas.
Para o endocrinologista Walmir Coutinho, do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro e também pesquisador desse trabalho, a informação de que o remédio ajuda a poupar o coração será rapidamente incorporada à prática do consultório. “Rapidamente os médicos passarão a incluir essa opção no tratamento”, assegura o especialista.
O preço do remédio no Brasil, entretanto, deve limitar o acesso ao tratamento. Uma caneta com doses suficientes para cerca de um mês pode custar entre R$ 240 e $ 400.
Anvisa cria guia para prescrição de fitoterápicos
15/06/2016 - Folha de S.Paulo
Calêndula, cáscara-sagrada, erva-de-são-joão, valeriana. Fitoterápicos feitos a partir dessas plantas medicinais devem ter um guia específico para indicação e uso no país.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta terça (14)uma resolução que prevê a criação de um documento para orientar a prescrição e o uso de fitoterápicos no Brasil.
O guia, chamado de “Memento Fitoterápico”,terá dados sobre o uso terapêutico e características das plantas medicinais, que parte é aproveitada, nomes, contraindicações, efeitos adversos, formas de apresentação —em comprimido ou creme, por exemplo— e posologia.
Inicialmente, o compilado abrange dados de 28 espécies, mas a ideia é expandi-lo nos próximos meses, segundo a agência. Desse grupo, 17 estão na lista de plantas medicinais de interesse do SUS.
Segundo o diretor Ivo Bucaresky, relator da proposta, é o primeiro documento oficial com informações unificadas sobre fitoterápicos no Brasil. Até então, diz, a prescrição de doses e uso dependia apenas dos médicos.
“As pessoas acham que fitoterápico não tem risco, mas há efeitos adversos e restrições”, explica Bucaresky.
O documento também cita possíveis efeitos de interações com outros medicamentos.
Uma versão inicial do regulamento foi elaborada pela Universidade Federal do Amapá e pela Anvisa, em parceria com o Comitê Técnico de Apoio à Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, e passou por consulta pública no fim de 2015.
“É uma mistura de uma farmacopeia [que traz requisitos e informações para produção de medicamentos] com a ideia de um bulário, que serve para pacientes e médicos saberem o que tomar, para quê, e como”, diz o diretor.
Para ele, o documento deve facilitar o uso de fitoterápicos pelo SUS. Desde 2006, plantas medicinais e fitoterápicos também fazem parte do conjunto de opções terapêuticas na rede pública. O documento apresenta um resumo dos principais estudos farmacológicos disponíveis sobre as 28 plantas citadas.
Para a Maria Angélica Fiut, presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia, o memento deve ser ajudar no trabalho dos profissionais que utilizam a fitoterapia por ser o primeiro documento padronizado do país.
“Até então, não tínhamos um guia tão unificado, e cada profissional e farmácia tinha o seu”, diz ela, para quem o número de monografias de plantas medicinais no documento ainda “é muito pequeno”. “Só no SUS, temos 71 espécies listadas como de interesse”, compara.
Dados do banco IMSHealth mostram que, em 2014,foram vendidos 56 milhões de unidades de fitoterápicos no país, com faturamento de R$ 1,1 bilhão —cerca de 2% do mercado de medicamentos no Brasil. O “Memento Fitoterápico” será publicado no site da Anvisa após divulgação da aprovação no Diário Oficial da União.
|
|
Usuário de plano de saúde sofre com falta de transparência, diz especialista
14/06/2016 - Folha de S.Paulo / Site
Os usuários de planos privados de saúde sofrem com falta de transparência no sistema, afirmaram os três especialistas que participaram nesta terça (14) de debate no 3º Fórum a Saúde do Brasil, promovido pela Folha, Interfarma e Unimed.
Algumas das soluções propostas foram adoção de indicadores de qualidade que permitam comparação dos serviços e mudança na remuneração feita pelas operadoras.
Luiz Augusto Carneiro, superintendente do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar, citou como exemplo da falta de transparência a indicação de exames para os pacientes.
"Você vai ao médico, ele pede para fazer um exame de R$ 2 mil num laboratório que o plano não cobre e você não sabe se precisa ou se ele está recebendo algo", disse Carneiro. "Em países como EUA e França você tem leis de transparência para esse tipo de coisa."
O coordenador do Centro de Estudos em Negócios do Insper, Paulo Furquim destacou também que hoje o usuário não tem elementos objetivos para saber se um hospital é melhor do que o outro. Segundo ele, uma instituição com imagem ótima pode ter a mesma qualidade de outra menos bem vista.
"A publicização de índices estimularia a concorrência", afirmou.
"Concordo com tudo o que foi dito", disse o presidente da Gama Saúde, do Grupo Qualicorp, Mauricio Ceschin. Ele ressalvou que, ainda que usuários de planos possam estar insatisfeitos, quem não possui o serviço quer ter.
O sistema melhorará, afirma Ceschin, se mudar o modelo de remuneração no sistema. Hoje, os planos pagam os hospitais por material e mão de obra utilizados nos procedimentos. Ele defende que o pagamento seja feito com base no desfecho clínico, o que exigiria maior efetividade dos serviços.
"Não vejo sustentabilidade de longo prazo no sistema como ele é hoje. Não estamos entregando modelo saudável para as próximas gerações", afirmou Ceschin.
Mudanças encarecem certificação de produtos para saúde
14/06/2016 - Revista Hospitais Brasil
Em meio a um cenário político e econômico turbulento, quando se espera mais compreensão do mercado e menos taxas do governo, um assunto que precisa vir à tona é o processo de regulamentação dos produtos para a saúde. De 2014 para cá, houve três grandes mudanças que causaram impacto no bolso das empresas do setor, acarretando um aumento de custo de cerca de 300%.
"Claro que as normas têm como objetivo agregar segurança ao procedimento, porém, o alto custo inviabiliza o trabalho das companhias brasileiras e avinda de novas tecnologias para o país. Aqui na consultoria, pelo menos 15 empresas que lançariam produtos no Brasil desistiram", conta Paulo Passarini, Diretor da Consultoria Passarini.
A primeira grande mudança foi a entrada em vigor da 3â edição da 1EC60601: família de normas, reconhecida pelas autoridades de saúde pública na maioria dos países, que abrange a segurança, o desempenho e a compatibilidade eletromagnética de equipamentos elétricos de medicina e sistemas. Atender aos seus requisitos é fundamental para todos os fabricantes de equipamentos eletro médicos. "O problema não é a publicação da norma, mas o aumento nos custos de laboratórios que ela acarretará para as empresas do setor", explica.
A segunda mudança foi a publicação, em setembro último, da Portaria Interministerial n9 701, da Anvisa, que atualiza os valores da TFVS - Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária, gerando um aumento exorbitante, de quase 200%. Por exemplo, uma certificação de boas práticas com inspeção internacional de fabricante saltou de R$ 37.000,00 para R$ 108.611,71.
A tabela da Agência data de 1999 e tem os valores promulgados peia Lei 9782/99, que criou a autarquia federal. No entanto, a Medida Provisória nº 685, de julho de 2015, autorizou o Poder Executivo a atualizar os valores das taxas sanitárias. "O problema é que aumentou tudo de uma só vez", observa Paulo.
A ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios, entidade que representa 80% das indústrias de equipamentos para a saúde, ficou completamente indignada com a publicação da portaria e conseguiu, em dezembro último, uma liminar determinando a suspensão imediata do aumento para seus associados, que voltaram a pagar os valores anteriores a setembro de 2015.
Em abril desse ano, foi a vez da ABIMED -Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde obter uma liminar na Justiça Federal de São Pau lo contra o aumento. Com a decisão, as 190 empresas associadas da entidade passaram a pagar 50% do valor do reajuste, conforme determina uma lei sancionada em dezembro pela Presidência, que limitou a correção em 50%. Porém, como o Executivo não a regulamentou, a Anvisa continuou cobrando a correção integral.
'A falta de regulamentação criou um vazio legal e tributário no qual estão sendo praticados três valores diferentes para pagamento de uma mesma taxa. Isso é ruim para todos. Empresas que pagam o aumento integral terão novas despesas e enfrentarão burocracia para reaver os valores excedentes. As que não pagam a correção precisarão provisionar recursos para quitar o débito quando a lei for regulamentada. A situação cria também uma conturbação para o trabalho da Anvisa", analisa Carlos Goulart, presidente-executivo da ABIMED.
A terceira mudança foi a entrada em vigor da Portaria n9 54 do Inmetro, de 1 de fevereiro de 2016, que vai acabar aumentando a carga horária das certificadoras, dobrando o tempo de processo e, consequentemente, gerando mais gastos para as empresas. Isso porque as certificadoras passarão a realizar, segundo a nova portaria, análise de risco, auditoria nas importadoras, revisão da documentação do produto {que depois será analisada também pela Anvisa, gerando redundância), além de revisão de assuntos como análise de usabilidade e validação de software, que poderiam ser feitos por laboratórios.
"Todas essas mudanças aconteceram, praticamente, ao mesmo tempo. Deveria ter sido estudado, primeiramente, como elas iriam afetar o mercado. No caso da 3a edição da IEC 60601, a atualização era mesmo necessária, mas a medida multiplicou por três o custos dos ensaios, sendo que em outros países, o valor apenas dobrou. Sobre as taxas da Anvisa, o aumento foi abusivo. E, em relação à portaria do Inmetro, não precisava tanta complexidade", analisa Paulo Passarini, observando, ainda, que 70% de todos os produtos médicos vendidos no Brasil são comprados pelo governo, a partir de licitação, e que, portanto, quem paga essa conta são os próprios cidadãos.
www.consultoriapassarini.com.br (16) 3421-8488
Planos de saúde perderam 818 mil clientes em cinco meses
15/06/2016 - DCI
São Paulo - A alta do desemprego e a diminuição da renda do brasileiro levaram o setor de saúde suplementar a encarar o fundo do poço. Em cinco meses foram perdidos 818 mil beneficiários, segundo levantamento divulgado ontem pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
De acordo com o balanço, em maio, o País possuía 48,623 milhões de beneficiários em planos médico-hospitalares, uma queda de 1,65% ante a um total de 49,441 milhões de pessoas registrado em dezembro do ano passado. Sobre abril, os planos de saúde perderam 30 mil clientes. Na divisão por setores a ANS ressalta que em maio houve alta de 5.974 beneficiário proveniente dos planos coletivos empresariais. Com isso, as operadoras de saúde soma 32,215 milhões de clientes. Em 5 meses, entretanto, este setor perdeu 606 mil clientes.
Na contrapartida, o número de participantes em planos individuais caiu de 9,518 milhões em abril para 9,49 milhões em maio. Este mês a agência aprovou reajuste de até 13,57% nos preços cobrados para esta modalidade.
ODONTOLÓGICO
Entre os planos exclusivamente odontológicos, destaca a ANS, houve um aumento no número de beneficiários em planos individuais, coletivos empresariais e coletivos por adesão. O total de clientes em solo nacional passou de 21,749 milhões e abril para 21,926 milhões em maio.
Neste ano, 788 mil pessoas perderam convênio
15/06/2016 - Valor Econômico
Cerca de 788 mil pessoas perderam o plano de saúde nos primeiros cinco meses deste ano, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que calcula 48,6 milhões de usuários em maio. No ano passado, pouco mais de 1 milhão de pessoas ficaram sem convênio médico, principalmente devido ao aumento na taxa de desemprego.
Em maio, a maior queda foi nos convênios individuais, segmento que vinha caindo menos em relação aos planos empresariais. "Com o reajuste autorizado pela ANS, o maior já aprovado até hoje, muito acima do reajuste da remuneração dos consumidores, a tendência é que mais usuários não consigam manter o plano de saúde", disse Rodrigo Araújo, advogado especializado em saúde do escritório ACJ Advogados. A ANS determinou um reajuste de até 13,75% nos planos individuais em 2016.
Segundo a Abramge, associação das operadoras de planos de saúde, cerca 3 milhões de pessoas podem perder o convênio médico no período de 2015 e 2016. Esse volume é elevado porque muitas empresas mantêm o benefício entre seis meses a dois anos após a demissão do funcionário. E como a onda de demissões intensificou-se em 2015 é esperada uma redução significativa no setor neste ano.
Em relação aos planos empresariais - que representam 66% do setor e o reajuste de preço não é regulado pela ANS -, as operadoras e seguradoras de saúde estão pleiteando um aumento médio de 18% a 20%, segundo dados da AON, consultoria especializada em saúde. Vale destacar que o percentual de reajuste varia conforme a taxa de sinistralidade do ano anterior. Quando esse indicador é superior a 75% - ou seja, quando os usuários gastam mais do que esse percentual da receita - o reajuste pode ultrapassar a média pedida pelas operadoras. A regra vale na mesma proporção quando o gasto é inferior aos 75% - esse número é considerado o ponto de equilíbrio. Em maio deste ano, a sinistralidade média do setor foi de 81,9%.
O número de usuários dos cinco maiores planos de saúde - Bradesco, Amil, Hapvida, SulAmérica e Notre Dame Intermédica - cresceu menos de 1% entre maio e abril. Essas cinco operadoras representam 27% do setor em número de usuários e 35% em receita. No primeiro trimestre, a receita do setor somou R$ 37,2 bilhões.
Em maio, o destaque foi a operadora São Francisco Saúde, fundada do interior de São Paulo, que cresceu 16,2% no volume de usuários entre maio e abril deste ano. A operadora tem 455,6 mil clientes e atua com o público intermediário. Uma das teses da São Francisco Saúde é que em cenários de crise econômica as empresas migram para um convênio médico mais barato.
Especialistas defendem mudanças no SUS em primeiro dia de fórum
14/06/2016 - Folha de S.Paulo / Site
É preciso repensar o tamanho do SUS e discutir o rol de serviços inclusos no sistema público de saúde. Essa é a opinião de especialistas que participaram do primeiro dia do 3º Fórum a Saúde do Brasil, promovido pela Folha, Interfarma e Unimed.
Com o tema saúde em tempo de recessão, o fórum teve a participação de 11 especialistas, em três mesas, no Tucarena, auditório da PUC-SP.
Já na abertura do evento, o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha, defendeu que durante a crise é preciso fortalecer o SUS, não o contrário.
"Gasto com SUS é investimento. O retorno do PIB é de uma vez e meia daquilo que é investido", afirmou.
A declaração de Padilha, ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff, soou como uma resposta à afirmação do atual ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), que em maio defendeu que o tamanho do SUS precisa ser revisto. No dia seguinte, Barros recuou e afirmou que o tamanho do sistema não será alterado.
"O SUS precisa ser integral, o que a gente tem que discutir é o rol de serviços oferecidos", disse Lenir Santos, secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, durante mesa que discutiu o modelo do sistema de saúde.
O presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, Stênio Miranda, que participou da mesma mesa, também defendeu uma melhor definição na área de atuação do SUS. Já Antônio Britto, presidente-executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, questionou o conceito de integralidade defendido pela secretária.
"Quem não entrega a integralidade é o próprio SUS, por falta de recursos. O sistema que serviu para um país de 25 anos atrás não serve para hoje", disse.
O professor do Instituto de Economia da Unicamp Geraldo Biasoto Jr. disse que é um "milagre absoluto" o SUS funcionar com os recursos que tem.
Em outra mesa, especialistas defenderam um sistema de saúde mais integrado e menos fragmentado em especialidades.
Eugênio Vilaça Mendes, consultor internacional na área de saúde pública, afirmou que o sistema atual não responde às necessidades da população.
Para Gustavo Gusso, professor de clínica geral da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o problema no atendimento inicial dos pacientes não está na falta de médicos, mas sim na má distribuição por especialidade e região do país.
"Ninguém quer ser médico de família, todo mundo quer ser cirurgião plástico", disse Gusso.
TRANSPARÊNCIA
O Fórum também discutiu a sustentabilidade dos planos de saúde. Segundo os especialistas,falta transparência no sistema.
O coordenador do Centro de Estudos em Negócios do Insper, Paulo Furquim destacou que hoje o usuário não consegue saber se um hospital é melhor do que o outro. Para Mauricio Ceschin, presidente da Gama Saúde, do Grupo Qualicorp, o sistema melhorará se mudar o modelo de remuneração no sistema.
O evento seguirá nesta quarta (15), com abertura do secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip. Confira a programação completa.
|
|
OMS vê risco baixo de zika na Olimpíada
15/06/2016 - O Estado de S.Paulo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afasta qualquer possibilidade de pedir o cancelamento ou adiamento dos Jogos Olímpicos por conta do zika vírus, mas mantém a emergência internacional e faz novas recomendações para evitar a proliferação da doença. A entidade também elevou o alerta e passou a considerar como emergência não apenas microcefalia, mas o próprio zika vírus.
"Existe um risco muito baixo de uma proliferação ainda maior do zika vírus como resultados dos Jogos Olímpicos", disse a OMS. "Não deve haver uma restrição generalizada em viagens, incluindo ao Brasil e cidades que recebem os Jogos", afirmou a entidade. Mas a OMS pede que o Brasil "intensifique os controles".
David Heymann, presidente do Comitê de Emergência ainda explicou que, pela primeira vez, a OMS constatou que o alerta internacional não se refere mais apenas à microcefalia. Mas também ao zika vírus. "Existe um consenso de que é o vírus que causa a má formação e, portanto, a emergência é agora de zika", disse.
Em uma reunião de emergência, os cientistas convocados pela entidade indicaram que não existiria motivo para reduzir o nível de alerta, mesmo com a queda no número de casos em alguns países. O encontro foi o terceiro realizado desde fevereiro, quando a microcefalia em áreas com o surto de zika foi identificada como uma emergência internacional para a saúde pública global.
A OMS estava sendo pressionada por cientistas para tomar uma postura mais dura em relação aos Jogos no Rio em agosto, com grupos de atletas e de pesquisadores apontando que seria uma "irresponsabilidade" sugerir a manutenção do evento diante da proliferação de casos.
Depois de mais de cinco horas de reuniões, porém, os cientistas convocados pela OMS apontaram que não haveria justificativa para recomendar o cancelamento do evento no Brasil. Entre os motivos evocados está o fato de que a suspensão teria um "efeito limitado" e que propagação do vírus continuará mesmo se a Olimpíada foi anulada.
Para tentar convencer a OMS a manter o evento, o governo brasileiro apresentou besta terça-feira aos cientistas sua avaliação e mostrando que, nos meses de inverno no País, a população do mosquito vetor do vírus tende a sofrer uma queda importante.
RECOMENDAÇÕES
Apesar de manter o evento, a OMS apresentou uma nova relação de medidas para reforçar o contrôle e evitar a proliferação do vírus. Para a entidade, mulheres em países afetados devem adiar planos de gravidez, enquanto estrangeiros que passem pelo Brasil devem considerar um adiamento da gestação de pelo menos 2 meses.
Em caso de um estrangeiro identificar algum sinal da doença, a recomendação é de que a gravidez seja adiada em seis meses. O encontro desta terça, porém, foi marcado por uma polêmica. A OMS retirou de sua reunião de emergência um dos especialistas que criticou a entidade e pediu o cancelamento dos Jogos Olímpicos no Rio.
O cientista canadense Amir Attaran havia sido convidado para o encontro. Mas acabou sendo retirado da lista, sob a justificativa de que ele se recusou a assinar documentos estabelecendo as condições de sua participação.
Attaran foi um dos que liderou uma carta aberta de 150 cientistas à OMS pedindo que a entidade recomendasse o adiamento ou cancelamento dos Jogos no Rio. Segundo a agência de Saúde da ONU, não foram suas posições que fizeram o convite a ser retirado. "A carta dos cientistas fará parte dos debates, assim como outros tantos estudos", disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS.
Segundo ele, cada um dos participantes é obrigado a assinar um termo de compromisso com a OMS para participar do encontro. Nele, fica estabelecido a exigência de que os cientistas mantenham total confidencialidade sobre como as decisões são tomadas e sobre o conteúdo do debate. "Ele (Attaran) não assinou o compromisso", indicou Lindmeier.
Até os 75 anos, um em cada cinco brasileiros terá câncer
14/06/2016 - Revista Hospitais Brasil
No Brasil, assim como em outras nações, as doenças crônicas não transmissíveis representam um importante ônus para a sociedade, sobretudo as neoplasias malignas, que são responsáveis por pouco mais de 15% de todas as mortes no país. Com cerca de 600.000 novos casos estimados pelo inca - Instituto Nacional do Câncer para 2016, o câncer compreende a segunda causa de morte na população brasileira, ceifando a vida de 225.000 indivíduos anualmente. A previsão é que até os 75 anos, um em cada cinco brasileiros desenvolva algum tipo de câncer. Os tumores de mama, do colo do útero e colorretal são os mais incidentes entre as mulheres, enquanto nos homens destacam-se o de próstata, de pulmão e o colorretal.
Estas e outras informações sobre a doença estão na segunda edição do Atlas do Câncer, desenvolvido pela Sociedade Americana de Câncer, em parceria com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer e a União Internacional para Controle do Câncer. A versão brasileira contou com revisão do Hospital de Câncer de Barretos (SP).
O material, que pode ser acessado no link www.atlasdocancer.com.br, evidencia o impacto da doença para a sociedade em diversos cenários pelo mundo, incluindo o panorama na América Latina, além de discutir medidas para o seu controle. O Atlas contém informações técnicas que podem servir de fonte de consulta não apenas para profissionais dedicados à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento das neoplasias malignas, mas também para gestores públicos, pesquisadores e demais interessados.
De acordo com o Dr. Robson Moura, presidente da SBC - Sociedade Brasileira de Cancerologia, o aumento previsto do número de pessoas com câncer se deve ao envelhecimento da população brasileira. "Os idosos são mais sensíveis às doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares e o câncer", conta.
De fato, conforme o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento, divulgado pela Organização Mundial da Saúde, o número de pessoas com mais de 60 anos no pais deverá crescer muito mais rápido do que a média internacional. Enquanto vai duplicar no mundo até o ano de 2050, quase triplicará no Brasil.
Em resposta a isso, muitas instituições de saúde estão mudando o perfil, investindo em áreas exclusivas para o tratamento da doença, como observa Dr. Robson. No entanto, ele lembra que é necessário ter uma equipe bem preparada e com foco na humanização. "É preciso tratar com carinho e oferecer conforto para essas pessoas, que chegam ao consultório ou hospital fragilizadas, por portarem uma doença com estigma de incurável", conta.
Felizmente, tem aumentado a atenção aos tratamentos paliativos, visando à melhor qualidade de vida dos pacientes. Dr. Robson salienta que nos encontros anuais da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, realizados nos Estados Unidos, cerca de 60% a 65% dos temas abordados nas palestras envolvem cuidados paliativos.
O médico ressalta, no entanto, que faltam políticas públicas mais eficientes para facilitar o diagnóstico precoce da doença e oferecer tratamento adequado para a população que não tem condições financeiras de arcar com planos de saúde privados e medicamentos custosos.
TMO
Uma das instituições que estão investindo em áreas dedicadas ao tratamento de pacientes com câncer é o Hospital 9 de Julho, de São Paulo (SP), que destinou R$ 6 milhões para uma unidade de Transplante de Medula Óssea, inaugurada em fevereiro deste ano.
O onco-hematologísta Dr. Celso Massumoto, explica que o transplante é uma forma de imunoterapíaque elimina as células antigas, doentes, para que a medula receba as novas, com menor risco de rejeição. "Após a realização do procedimento, o paciente precisa ficar isolado para não correr risco de infecção, já que o sistema imunológico está comprometido", diz.
Por este motivo, os hospitais têm unidades separadas e com rigorosas políticas de isolamento para minimizar o risco de infecções. Entre os principais diferenciais da nova unidade do 9 de Julho está a filtragem do ar dentro de todo o setor. "Normalmente, ela é feita somente dentro do quarto e, por isso, o paciente não pode sair de lá. Nós implantamos um sistema que permite a eles circular também pelos corredores", afirma o médico ao salientar que esse é um diferencial inédito no Brasil. Outro sistema inédito é o de tratamento especial da água que abastece o setor: à base de prata e cobre, o que reduz, consideravelmente, os riscos de infecção.
No corredor da unidade foram criadas estações de atividade física para que o paciente possa iniciar seu processo de reabilitação no próprio local, evitando atrofia muscular. A nova unidade de TMO é composta por 16 leitos, sendo um deles de pronto atendimento e dois de completo isolamento, para casos mais graves.
De acordo com informações do Inca, existem no Brasil 70 centros para transplante de medula óssea, sendo 26 para transplantes com doadores não aparentados. O Hospital 9 de Julho realiza esse tipo e, inclusive, haploidêntico, que permite o procedimento mesmo quando o doador não é totalmente compatível com o paciente.
‘Recauchutagem’ de célula ajuda a combater leucemia
15/06/2016 - Folha de S.Paulo
Uma nova e arriscada modalidade de terapia tem saltado aos olhos dos médicos como uma possível cura para alguns casos de leucemia difíceis de tratar.
Ela envolve uma espécie de recauchutagem de células do sistema de defesa que são retiradas do organismo. Após a injeção das células turbinadas, o impacto é notório.
A terapia com as chamadas células CART obteve taxas de sucesso que chegam a 90% em estudos clínicos —a terapia ainda é experimental— com pacientes com leucemias linfoides crônica e aguda.
Também houve relativo sucesso em outros tipos câncer.
As conquistas dessa modalidade de tratamento da leucemia linfoide aguda, que representa cerca de 10% do total das leucemias, foi classificada como “sem precedentes” pela pesquisadora Noelle Frey, médica da Universidade da Pensilvânia (EUA). Os pacientes tinham doenças refratárias ou reincidentes.
O problema da terapia é sua complexidade, afirma o coordenador de hematologia clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes Phillip Scheinberg.
Para a recauchutagem, é necessário remover do organismo as células brancas de defesa do sangue. O potencial impacto disso no organismo é severo: até infecções como viroses poderiam matar.
Fora do organismo, essa células são transformadas, isto é, recebem um DNA exógeno.
Elas são multiplicadas e passam a apresentar, em sua membrana, uma proteína quimérica, projetada para se ligar a um antígeno, no caso a molécula CD19,proteína geralmente presente nas células cancerosas.
Mirando no CD19, as células T recauchutadas conseguem se ligar às células-alvo e fazer valer todo seu arsenal antitumoral.
REMÉDIO AMARGO
O problema da terapia com as células CAR T é uma resposta inflamatória exagerada que acompanha a ação anti tumoral.
Essa resposta pode matar, sem um rápido e adequado tratamento.
“Ainda temos muito o que aprender. O efeito da terapia pode ser desastrosos e ela não for bem controlada”, disse Scheinberg.
Em um estudo, Noelle e colegas resolveram tentar fracionar a dose de células para ver o balanço entre eficácia e segurança. A dose “normal” era de 500 milhões de células e tinha resposta em 100% dos casos e inflamação em todos os pacientes.
Fracionando em três a dose original, em três dias seguidos, a eficácia passou a 86%e a inflamação apareceu em 66% dos casos. Uma única dose de 50 milhões de células reduziu a eficácia para 33% e a inflamação apareceu em 66% dos casos.
O estudo era de fase 1: pequeno, preliminar e com poucos pacientes (46). Um de seus objetivos era ver a segurança, e foi observado que pacientes com uma forma mais branda da doença eram razoavelmente protegidos desses efeitos inflamatórios.
A saída, afirma Scheinberg, é otimizar ainda mais o processo, além de se valer de outras moléculas para deixar o tratamento mais seguro.
A sobrevida após um ano ficou em 73% e 57% para os grupos menos e mais graves, respectivamente. O trabalho foi apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) de 2016, em Chicago.
A expectativa de vários médicos é que a terapia em breve esteja na linha de frente do combate às leucemias.
Caxumba e coqueluche avançam
15/06/2016 - Correio Braziliense
A Secretaria de Saúde emitiu nota técnica às unidades e aos profissionais de saúde das redes pública e privada para que permaneçam em estado de sentinela para a notificação obrigatória dos casos de caxumba. A pasta teme uma epidemia da doença na capital federal com a chegada do inverno, período em que a circulação do vírus aumenta. Outra infecção altamente contagiosa, a coqueluche, acometeu pelo menos duas pessoas em uma escola da Asa Sul. A Vigilância Epidemiológica garante que vai investigar os casos, apesar de ainda não ter sido notificada. Até então, foram 44 registros do mal em 2016, sendo que o último ocorreu em março.
O documento do Executivo local ressalta orientações sobre notificação e registro da incidência da caxumba na cidade. Há, ainda, medidas que devem ser adotadas em caso de epidemia — como o bloqueio vacinal. Além disso, a Secretaria de Saúde pede, como ação de combate, a não permanência em aglomerados. As regras valem para todos os estabelecimentos médicos. “Os pacientes que sentirem os sintomas devem procurar imediatamente um atendimento médico. Todo pediatra e clínico está apto para realizar o diagnóstico”, destaca nota da pasta.
No DF, não haverá uma unidade de referência para o tratamento da caxumba. Até o momento, 525 pessoas adoeceram com a infecção altamente contagiosa este ano. Há 11 surtos simultâneos na cidade. A incidência porém, deve ser maior, já que a notificação não era obrigatória. A Vigilância Epidemiológica deve divulgar novas estatísticas da doença na sexta-feira. Os primeiros casos de caxumba apareceram no Bloco D da Penitenciária II do Complexo da Papuda. O GDF chegou a suspender as visitas no local — 142 detentos tiveram a infecção.
A literatura médica explica que a doença geralmente é benigna, mas pode haver complicações, como meningite viral — forma mais branda da infecção, que atinge as membranas que envolvem o encéfalo. Outras são a orquite, inflamação dos testículos, e a ooforite, inflamação dos ovários. A caxumba também pode levar à surdez, embora os casos sejam muito raros. Na gestação, pode causar aborto espontâneo. De julho a dezembro do ano passado, período que o governo passou a monitorar a caxumba, houve 130 situações.
TOSSE INTENSA
Subiu para 10 os casos de caxumba registrados no Colégio Marista, na 609 Sul, desde 31 de maio. Ontem, a escola alertou famílias e responsáveis pelos alunos para duas contaminações de coqueluche. A instituição pediu que os pais mantenham o cartão de vacina atualizado e sinalizem qualquer sintoma dos males. “Intensificamos os cuidados quanto a medidas preventivas, tais como: higienização dos espaços e dos brinquedos; retirada dos bicos individuais dos bebedouros; reposição de álcool em gel em locais estratégicos; e reforço da higienização das crianças”, ressalta comunicado enviado aos pais.
A coqueluche é, geralmente, marcada por uma tosse severa e seca. Mortes associadas à coqueluche são raras, mas podem acontecer, principalmente em bebês e crianças. A bactéria Bordetella pertussis, que afeta o topo da garganta (faringe), dá origem ao mal. A contaminação ocorre quando uma pessoa infectada com coqueluche espirra ou ri e pequenas partículas de saliva ou muco contendo a bactéria são lançadas no ar. A portaria Nº 104/2011 do Ministério da Saúde recomenda a notificação compulsória, ou seja, obrigatória da doença. Em todo o ano passado, houve 117 casos de coqueluche no DF, segundo a Secretaria de Saúde.
O infectologista Bruno Vaz é taxativo ao explicar a melhor forma de conter o avanço da coqueluche e da caxumba é a vacinação. “O essencial é manter o cartão de vacinação em dia. A estratégia mais correta é imunizar as pessoas”, explica. Segundo o especialista, uma mudança da cepa dos vírus da coqueluche, ou seja, na estrutura da bactéria, pode explicar o surgimento de casos. No caso da caxumba, o médico diz que não há explicações plausíveis até o momento. “Existem meios de se diminuir os riscos de transmissão das doenças, como isolamento dos pacientes e remédio para diminuir a propagação”, destaca.
Uma porção de cereais integrais por dia reduz risco de morte por câncer
14/06/2016 - O Globo / Site
Uma porção de mingau por dia é capaz de reduzir significativamente o risco de um indivíduo ter câncer, de acordo com uma grande pesquisa realizada por cientistas da Universidade Harvard, nos EUA.
Estudos recentes vêm sendo coerentes em afirmar que a melhor forma de se prevenir contra o câncer é adotar hábitos saudáveis, como exercícios regulares e dieta equilibrada.
A aveia está no rol dos super-alimentos, do tipo que combate doenças como diabete e problemas do coração.
De acordo com a nova pesquisa, que investigou resultados de 12 estudos diferente, totalizando informações de 786 mil participantes, a ingestão de 70 gramas de cerais integrais, o equivalente a uma tigela de mingau, reduz o risco de morte em geral em 22%. Já o risco de morte por câncer cai 20%. E também corta em 20% as chances de morte por doenças cardiovasculares.
Aparentemente, segundo a análise de cientistas, cereais integrais ajudam na redução do colesterol e na regulação das taxas de açúcar no sangue. Além disso, o consumo do alimento deixa uma sensação de saciedade duradoura, o que mantém a pessoa longe de lanches e alimentos industrializados por mais tempo.
“Baseado nas evidências dessa análise e em diferentes estudos anteriores que coletivamente documentam os efeitos benéficos de cereais integrais, acho que os provedores de saúde pública deveriam unanememente recomendar o consumo de cereais integrais para a população geral assim como para pacientes com certas doenças com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e talvez reduzir o risco de morte", aconselha o médico Qi Sun, professor da Escola de Saúde Pública de Harvard, no texto de divulgação sobre a pesquisa.
Bebidas muito quentes "provavelmente" provocam câncer de esôfago
15/06/2016 - IstoÉ Dinheiro Online
As bebidas muito quentes "provavelmente" provocam câncer de esôfago, anunciou nesta quarta-feira a agência especializada em pesquisas de câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), que fez questão de explicar que a temperaturas "normais" o café e o mate não possuem efeito cancerígeno.
"O consumo de bebidas muito quentes é uma causa provável de câncer de esôfago e é a temperatura - não a bebida em si - que parece ser a causa", disse Christopher Wild, diretor da Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer (IARC, na sigla em inglês), ao apresentar o estudo realizado por um comitê de 23 especialistas.
|
| | |