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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 03/06/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Pesquisa aponta efeito da ‘pílula do câncer’ em tumor

02/06/2016 - O Globo / Site


Em nova pesquisa feita com a fosfoetanolamina sintética, que ficou conhecida como ‘pílula do câncer’, o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), de Santa Catarina, apontou que uma dose maior da substância aplicada num grupo de camundongos conseguiu atrasar, de forma significativa, o crescimento de um melanoma.

Realizada entre fevereiro e abril, com 40 animais, divididos em quatro grupos, a pesquisa utilizou o cloreto de sódio 0,9%, a fosfoetanolamina sintética nas doses de 200 mg/kg e 500 mg/kg e a cisplatina 2 mg/kg, já aplicada em pacientes com câncer. A fosfo, na dose de 500 mg/kg, reduziu em 34%, o volume do tumor, enquanto a cisplatina apresentou diminuição de 68%.

Já o tratamento com a fosfo na dose de 200 mg/kg, segundo pesquisa, não foi capaz de prevenir o crescimento do tumor. Houve, inclusive, um aumento de aproximadamente 14 vezes de seu volume durante os 24 dias de teste.

O laboratório informa, no documento, que os tratamentos não levaram à morbidade e mortalidade dos animais utilizados no estudo.


SEM EFEITO SOBRE TUMORES DE PROLIFERAÇÃO RÁPIDA


Testes feitos com roedores demonstraram que a fosfoetanolamina sintética não tem efeito contra tumores. Os resultados das pesquisas, realizadas pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), foram publicados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que está financiando os estudos com a substância.

Segundo pesquisadores, os resultados indicam que a “pílula do câncer” não tem efeito sobre tumores de proliferação rápida, mas ainda não bastam para descartar uma eventual eficácia em seres humanos. Para isso, serão necessários exames clínicos.

A fosfoetanolamina é fruto de pesquisas do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos. A substância vinha sendo distribuída a pacientes localmente, até que isso foi proibido pela instituição, em junho de 2014.

O pesquisador Salvador Claro Neto, da equipe do criador da fórmula Gilberto Chierice, professor aposentado da USP, explicou que a fosfoetanolamina não mata o tumor. Essa é a função do sistema imunológico, que é onde a fosfo atua. A substância, aponta ele, estimula a morte celular programada, conhecida como apoptose e que é essencial para o bom desenvolvimento do organismo. Esse processo dispara o sistema imunológico, que retira a célula doente:

— Você tem que estar com o sistema imunológico em dia. Eles explicaram que os roedores não tinham imunidade? Se você tiver câncer e não tiver imunidade, e tomar a fosfoetanolamina, você também não vai curar.

Neto foi deslocado da USP de São Carlos para o laboratório PDT Pharma, em Cravinhos, onde a substância está sendo sintetizada para pesquisas em pacientes, coordenadas pelo Instituto do Câncer. Ela será entregue em lotes para a Fundação Para o Remédio Popular (Furp), do governo estadual, que vai encapsular o produto.




Vendas de medicamentos crescem 9,6% em abril, diz associação

02/06/2016 - IstoÉ Dinheiro Online


As vendas de medicamentos por distribuidores brasileiros cresceram 9,6% em abril de 2016 ante igual mês de 2015, segundo a Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). O faturamento no mês atingiu R$ 1,25 bilhão.

No acumulado do primeiro quadrimestre de 2016, o setor alcançou um faturamento de R$ 5,18 bilhões, alta de 21,75% na comparação anual.

No mês de abril, foram vendidas 68,64 milhões de unidades de medicamentos, crescimento de 2,8% ante igual mês de 2015. Em quatro meses, o total de unidades vendidas chegou a 304,9 milhões, crescimento de 16,02%.




Preço de remédio genérico varia até R$ 52 em farmácias de SP

03/06/2016 - Folha de S.Paulo


O preço de um medicamento genérico pode variar até R$ 52 na capital paulista, segundo pesquisa do ProconSP divulgada na quarta-feira (1º). Os valores foram pesquisados pelo órgão entre os dias 9 e 11 de maio. Essa diferença foi verificada no valor da atorvastatina cálcica,utilizada para a redução do colesterol. O maior preço encontrado foi de R$ 63,95, para a embalagem com 30 comprimidos de 10 mg. O mesmo medicamento poderia ser comprado pelo consumidor, em outra farmácia, por R$ 11,94.

No levantamento geral realizado pelo Procon,que inclui 68 medicamentos (34 de marca e 34 genéricos),a maior variação percentual entre os produtos chegou a 1.200%, na Nimesulida, 100 mg, com 12 comprimidos. O custo variou de R$ 1,77 a R$ 23,03.

Considerando os produtos selecionados pelo “Agora”, os preços mais baixos estão na Promofarma da rua Parapuã, 1.658, Brasilândia (zona norte), e na Drogaria Walmart da avenida Jabaquara, 2.979,Mirandópolis (zona sul). A pesquisa ocorreu em 15 farmácias nas cinco regiões da cidade




Margem de lucro maior faz farmácias subirem oferta de não medicamentos

03/06/2016 - DCI


São Paulo - A categoria de não medicamentos é a que tem apresentado o maior crescimento nas vendas dentro das farmácias e drogarias, puxando para cima a receita do setor. A margem de lucro maior, em comparação com os medicamentos, é um dos atrativos de vender esses itens, e estimula o investimento das lojas no segmento.

Segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) referentes ao primeiro quadrimestre, de 2011 até 2016 o crescimento acumulado do faturamento desse grupo - que engloba principalmente artigos de perfumaria e higiene pessoal - foi de 132,61%. À título de comparação, nesse mesmo período os medicamentos tiveram alta acumulada de 92,15%.

"Os não medicamentos já representam quase 35% da receita total do setor, o que mostra que o consumidor cada vez mais quer conveniência, buscando em um mesmo lugar um mix amplo de produtos", diz o presidente executivo da Abrafarma, Sergio Mena Barreto.

A importância da categoria é visível no balanço do primeiro trimestre deste ano de três grandes redes de farmácias: Raia Drogasil, Pague Menos e BR Pharma. Em todas elas, o grupo de não medicamentos foi o que apresentou o maior crescimento no período. Na Raia Drogasil, maior rede do País com 1.274 lojas, esses itens já representam 28,6% do faturamento total da empresa. De janeiro a março, o crescimento foi de 27,3%. Na Pague Menos, que possui 849 unidades, a categoria já representa 31,4% e o acréscimo nesse período foi de 28,9%, valor consideravelmente maior do que o registrado nas demais categorias.

O forte crescimento na venda desses artigos nos últimos anos é creditado pelo presidente da Pague Menos, Francisco Deusmar de Queirós, à ascensão da classe D e E. De acordo com ele, a melhoria das condições sociais de uma camada significativa da população brasileira, a partir de 2002, gerou um aumento na procura por produtos desse tipo, o que influenciou o crescimento da venda nas farmácias.

A estrutura e o preparo cada vez maior das drogarias é outra explicação para esse aumento. "O consumidor encontra em nossas lojas um sortimento grande de produtos de higiene e beleza, preços competitivos e conveniência", diz o vice-presidente de relações institucionais da Raia Drogasil, Antonio Carlos de Freitas. Segundo ele, isso faz com que o cliente não enxergue mais a farmácia como um espaço que vende apenas medicamentos, mas que oferece também bem-estar.

Para o dono da farmácia Maxifarma, no Paraná, Edenir Zandona, esse crescimento se deve a uma mudança no hábito dos consumidores, que migraram a compra desses artigos dos supermercados para as farmácias. "Isso começou há cerca de 5 anos. As drogarias passaram a conseguir negociações melhores nesses produtos, e os preços acessíveis atraíram os clientes", diz.


MARGEM MAIOR


Um aspecto apontado pelas farmácias ouvidas pelo DCI, e que torna a venda de não medicamentos muito atrativa para os empresários do setor, é que a margem de lucro na comercialização desses produtos é maior do que na venda de medicamentos. "A margem é consideravelmente superior. O preço dos medicamentos é tabelado, e, por isso, você não consegue trabalhar muito a margem", diz a gerente técnica da Rede Bem, Rosicler Simão.

Para Deusmar, da Pague Menos, esse fato faz com que seja importante aumentar ainda mais a participação desses artigos na receita da rede. Com isso em mente, o empresário espera que em dois anos a participação da categoria suba 3,6 pontos percentuais, para 35%.

"Estamos com um trabalho forte de gerenciamento de categorias, analisando quais produtos oferecer e quais tirar das gôndolas, em cada região que atuamos", afirma. "Outra ação deve ser aumentar a área para os não medicamentos, já que isso é uma tendência do setor".

A Rede Bem também afirma que tem trabalhado para aumentar a participação dos não medicamentos. Atualmente, a categoria já representa 40% do faturamento total da rede, e a expectativa é que em 5 anos esse valor suba para 45%.

"Desde o ano passado decidimos oferecer um mix maior de produtos. Investimos forte em dermocosméticos. Aumentamos tanto a oferta de itens, quanto a quantidade de marcas nas prateleiras", diz Rosicler. A Maxifarma foi radical nesse movimento e diz ter aumentado em cerca de 60% o mix de produtos ofertados, também visando uma expansão na fatia dessa categoria.

Na loja, os não medicamentos são responsáveis por cerca de 30% das vendas totais. "Há 4 anos esses produtos representavam apenas 10%. Foi um crescimento muito grande", diz Zandona. Segundo a proprietária da unidade, se a expansão continuar nesse mesmo ritmo, dentro de 5 anos a fatia deve chegar perto do 50%.




Vacina contra o câncer

03/06/2016 - O Globo


Nos últimos anos, a chamada imunoterapia emergiu como grande promessa de vitória contra o câncer. Com ela, os médicos procuram convocar as defesas do próprio organismo dos pacientes para destruir as células cancerosas, que por serem muito parecidas com as saudáveis acabam escapando da ação do sistema imunológico. Os tratamentos, no entanto, podem ser extremamente caros, com remédios que custam até dezenas de milhares de reais por mês e que algumas vezes precisam ser personalizados para identificar características específicas dos tumores do doente.

Mas uma nova técnica que ensina as defesas do organismo a atacar as células cancerosas como se fossem um vírus, ou outro corpo estranho invasor, pode mudar este cenário. Desenvolvida por pesquisadores na Alemanha, ela tem o potencial de permitir a criação de vacinas “universais” contra a doença, isto é, que funcionariam contra qualquer tipo de câncer em qualquer pessoa, o que também baratearia em muito os tratamentos. E em testes iniciais com camundongos e três pacientes humanos os resultados foram promissores, relatam os cientistas em artigo publicado na esta semana da revista “Nature”.

— Nosso estudo introduz uma nova classe de vacinas contra o câncer extraordinariamente potentes que permitem um eficiente redirecionamento do sistema imunológico para atacar uma ampla gama de antígenos (qualquer corpo estranho que provoque uma resposta imunológica) tumorais —conta Ugur Sahin, professor da Universidade Johannes Gutenberg que liderou a pesquisa. —Este é um grande passo rumo ao nosso objetivo de tornar as imunoterapias acessíveis e aplicáveis contra todos os tipos de câncer.


NANOCÁPSULAS DE RNA


Na técnica, os cientistas encapsularam trechos de RNA — um tipo de código genético “mensageiro”, que carrega informações para a fabricação de uma proteína — característicos de células cancerosas, mas ausentes nas saudáveis, em uma membrana de lipídios (gorduras). Eles injetaram as nanopartículas na corrente sanguínea de camundongos e observaram a reação de seu sistema imunológico.

Nesta fase do estudo, os pesquisadores analisaram quais trechos de RNA e sua proporção com as nanocápsulas de gordura melhor ativavam a resposta das defesas do organismo, verificando também que ela provinha principalmente das chamadas células dentríticas. Estas células estão entre as principais responsáveis por identificar e “apresentar” novos antígenos aos chamados linfócitos T, fazendo a ponte entre o que são conhecidos como sistema imunológico inato e adaptativo.

Estes linfócitos, por sua vez, têm muitos tipos com funções múltiplas no corpo. Nas vacinas contra o câncer, os cientistas viram a produção principalmente de dois deles, chamados CD4 e CD8 . Os primeiros, parte do sistema adaptativo, também são conhecidos como “ajudantes” por guiarem a produção de anticorpos e outros mecanismos de defesa que destroem invasores, além de “lembrar” com quais antígenos o organismo já entrou em contato, tornando sua resposta mais eficiente. Já os linfócitos CD8 , também chamados “matadores”, atacam diretamente os invasores, característica típica do sistema inato.

E é justamente por provocar esta resposta combinada dos sistemas imunológicos inato e adaptativo dos pacientes o grande mérito da técnica, destacam os pesquisadores. “Estas vacinas são rápidas e baratas de produzir, e virtualmente qualquer antígeno tumoral pode ser codificado com o RNA”, escreveram na “Nature”. “Assim, a abordagem com nanopartículas de RNA introduzida aqui pode ser vista como universalmente aplicável em novas vacinas para imunoterapia contra o câncer”. FORTE RESPOSTA IMUNOLÓGICA Ainda no artigo na “Nature”, os pesquisadores relatam um teste clínico limitado da técnica em humanos. Nele, três pacientes diagnosticados com melanoma receberam injeções com nanopartículas carregando quatro trechos de RNA produtores de proteínas típicas deste tipo particularmente agressivo de câncer, que geralmente atinge a pele. E embora as doses recebidas por eles tenham sido proporcionalmente muito menores do que as dadas aos camundongos — já que nesta etapa de testes clínicos, conhecida como Fase 1, o principal objetivo é verificar a segurança, e não a eficácia, de um tratamento —, todos apresentaram o que foi considerado uma “forte” resposta imunológica, com sintomas iniciais parecidos com o de uma gripe, em mais uma indicação da ativação tanto de seus sistemas imunológicos inatos quanto dos adaptativos.

Em um dos pacientes, um tumor identificado em um nódulo linfático aparentemente diminuiu de tamanho. Já um outro, que teve os tumores removidos cirurgicamente da pele antes de receber a vacina, permaneceu livre do câncer por ao menos sete meses. O último deles, por sua vez, já tinha oito tumores espalhados em seus pulmões que permaneceram “clinicamente estáveis”, isto é, pararam de crescer.

Mas, apesar destes resultados promissores, especialistas alertam que ainda há um longo caminho a percorrer antes que vacinas contra o câncer produzidas com a nova técnica cheguem ao mercado.

— Embora a pesquisa seja muito interessante, ela ainda está um tanto longe de provar ser benéfica para os pacientes — comentou Alan Melcher, do Instituto de Pesquisas sobre Câncer do Reino Unido.




Takeda retoma plano de aquisições no Brasil.

03/06/2016 - Valor Econômico


Maior farmacêutica japonesa, a Takeda vai novamente às compras no mercado brasileiro. Em entrevista ao Valor, o presidente do laboratório no país e na América Latina, Ricardo Marek, afirmou que a companhia está buscando oportunidades de compra de outras farmacêuticas. "O Brasil é um país vital para o crescimento da organização. Estamos ativos em fusões e aquisições", disse.

Uma provável aquisição do laboratório tende a levar em conta as áreas terapêuticas estratégicas para a multinacional, em complementação a seu portfólio, e o mercado de OTC (medicamentos isentos de prescrição), que concentra um grande número de laboratórios nacionais.

Globalmente, a Takeda colocou no foco as áreas de gastroenterologia, oncologia, sistema nervoso central, cardiovascular e metabólica e vacinas, as duas últimas de maneira seletiva, conforme Marek. No país, 45% dos negócios da farmacêutica estão em OTC, outros 45% em medicamentos de prescrição e os 10% remanescentes são gerados por produtos inovadores em oncologia.

O executivo pondera que não é possível dizer se um negócio vai ser fechado ainda em 2016, uma vez que esses processos podem ser de longa maturação. "Esse é um ano de namoro. Estamos olhando, avaliando alguns ativos", disse.

Foi justamente por meio da compra de outros laboratórios que a Takeda, dona de marcas famosas como Neosaldina e Eparema, efetivou e consolidou sua presença no mercado brasileiro. No fim da década passada, a farmacêutica contava apenas com um escritório no país e, hoje, está entre as dez maiores farmacêuticas do país em vendas e é a sétima maior no segmento de genéricos em unidades.

Globalmente, a farmacêutica também voltou a atuar no redesenho da indústria, que tem resultado em transações bilionárias e troca de portfólio entre multinacionais. No fim de maio, o jornal "The Wall Street Journal" informou que a Takeda, em parceria com o fundo TPG Capital, teria feito uma oferta pela canadense Valeant. A proposta, porém, foi rejeitada. No início do ano, a companhia japonesa já havia comprado uma fábrica de biológicos em Minnesota, nos Estados Unidos, pertencente à Baxalta.

Em 2011, a Takeda garantiu presença relevante no mercado farmacêutico europeu com a aquisição da Nycomed, laboratório suíço com foco em países emergentes, por US$ 14 bilhões. A operação também representou a entrada efetiva do laboratório no mercado brasileiro, onde a Nycomed estava presente desde 1954. No ano seguinte, a Takeda fechou a compra da Multilab, por R$ 540 milhões, consolidando sua presença no país.

Conforme Marek, a farmacêutica ajustou o foco para manter as posições conquistadas em mercados já constituídos e entrar em novas áreas terapêuticas. No concorrido mercado brasileiro de genéricos, que é disputado por grandes fabricantes como EMS, Hypermarcas (Neo Química), Medley (Sanofi) e Eurofarma, os esforços da Takeda visam a sustentar a participação de mercado alcançada. "É um dos mercados mais pujantes dentro da indústria", afirmou.

Ao mesmo tempo, o lançamento de produtos inovadores no país tende a ampliar a participação desses medicamentos nos negócios e acelerar o ritmo de expansão das receitas no país. Nesse sentido, o próximo passo é trazer ao país o primeiro biológico da Takeda, o Entyvio (vedolizumab), indicado para tratamento de colite ulcerosa e doença de Crohn.

A farmacêutica participa ainda da corrida para desenvolvimento de uma vacina contra a dengue, que é liderada pela francesa Sanofi. O imunizante da Sanofi já recebeu o aval da Anvisa, mas ainda não começou a ser distribuído no país. Já a vacina da Takeda está em vias de entrar na última fase de pesquisas clínicas (a chamada fase III), que incluirá pacientes brasileiros. Normalmente, a partir desse momento, são necessários até dois anos para que o medicamento chegue ao mercado.

Com faturamento global equivalente a US$ 16,6 bilhões no ano fiscal encerrado em 31 de março, a Takeda registrou vendas de US$ 890 milhões na América Latina. Na região, o crescimento recorrente superou a taxa consolidada e ficou em 7,4%. A desvalorização do real, porém, fez a subsidiária brasileira perder alguns postos no ranking das maiores operações da farmacêutica. Em 2013, o país estava em as quatro mais relevantes. Hoje, está no grupo das oito.

Cientistas apresentam projeto para criar genoma humano sintético

03/06/2016 - O Globo


Um grupo de cientistas propôs, ontem, um projeto ambicioso para criar um genoma humano sintético, que tornaria possível o desenvolvimento de seres humanos sem a necessidade de pais biológicos. Esta possibilidade levanta polêmica sobre o quanto a vida humana pode ou deve ser manipulada.

O projeto, que surgiu em uma reunião de cientistas da Universidade Harvard, nos EUA, no mês passado, tem como objetivo desenvolver e testar o genoma sintético em células dentro de laboratório ao longo de dez anos. O genoma sintético humano envolve a utilização de produtos químicos para criar o DNA presente nos cromossomos humanos. A meta foi relatada na revista “Science” desta semana pelos 25 especialistas envolvidos. A intenção do projeto, de acordo com os cientistas, é compreender melhor como o genoma humano funciona e, dessa forma, buscar novos tratamentos para doenças.

Os autores da proposta a ser lançada ainda este ano, com o nome Projeto de Escrita do Genoma Humano, defendem que a fabricação de grandes trechos de DNA permitiria inúmeros avanços científicos e médicos, como por exemplo a confecção de organismos resistentes a todos os vírus, ou a criação de órgãos em porcos adequados a transplantes em pessoas. E dizem ter intenção de envolver o público nessa discussão, que inclui questões éticas, legais e sociais.

— O principal benefício (do projeto) é uma melhor compreensão de aspectos como a estrutura dos cromossomos e saber de que maneira o genoma funciona. É um esforço de compreensão básica assim como foi com o sequenciamento do genoma humano, que nos deu uma enorme quantidade de informações e até trouxe algumas surpresas — afirmou a pesquisadora Susan Rosser, uma das signatárias do relatório, em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”. BARREIRAS ÉTICAS O cientista Tom Ellis, do Centro de Biologia Sintética do Imperial College, em Londres, afirmou que ainda não está convencido se essa é uma boa ideia.

— Ainda não estou particularmente convencido sobre a questão. Eu gosto da ideia de discutir o assunto e chegar a algum tipo de padrão ético e tecnológico antes de alguém começar a trabalhar com isso — ponderou.

O projeto, que será executado pela organização sem fins lucrativos Centro de Excelência de Engenharia Biologia, tentará arrecadar este ano US$ 100 milhões — o equivalente a R$ 361 milhões — em financiamento público e privado.

Os organizadores se recusam a declarar o custo final do projeto, mas acham que os custos totais serão inferiores aos US$ 3 milhões utilizados no Projeto do Genoma Humano original, que mapeou pela primeira vez o DNA humano.

Na revista “Science”, os 25 cientistas, liderados pelo geneticista Jef Boeke, do Centro Médico Langone, da Universidade de Nova York, escreveram que o novo projeto “incluirá a engenharia completa do genoma de linhas de células humanas e de outros organismos importantes para a agricultura e saúde pública, ou aqueles que interpretar as funções biológicas humanas”.

Não se sabe ainda se o governo federal vai apoiar ou não o projeto. O médico Francis Collins, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos EUA, principal financiador de pesquisas médicas no país, deu uma resposta morna a esta questão. Em comunicado, Collins disse que, embora o NIH esteja interessado em incentivar avanços na síntese de DNA, “todo o genoma, os projetos de síntese de todo o organismo se estendem muito além das capacidades científicas atuais, e imediatamente levantam inúmeras bandeiras vermelhas éticas e filosóficas”.




What's News: A Johnson & Johnson

03/06/2016 - Valor Econômico


A Johnson & Johnson vai comprar a firma americana de produtos para cabelo Vogue International por US$ 3,3 bilhões em dinheiro, negócio que vai ampliar sua área de consumo. A unidade de consumo da J&J faturou US$ 13,5 bilhões em 2015 e tem feito pequenas aquisições, como a da marca brasileira Hipoglós, ainda pendente. Já a receita da Vogue foi de US$ 300 milhões e vem crescendo 25% ao ano.




Governo anuncia R$ 65 milhões para pesquisas sobre zika

02/06/2016 - Valor Econômico / Site


O governo federal lançou hoje edital que prevê R$ 65 milhões em recursos para pesquisas que contribuam na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de infecções causadas pelo vírus zika e doenças correlacionadas. Do montante, R$ 20 milhões são parte do orçamento do Ministério da Saúde, R$ 30 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e R$ 15 milhões do Ministério da Educação. Os recursos fazem parte de ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia, lançado em dezembro do ano passado.

Os pesquisadores interessados em participar do edital devem encaminhar os projetos pelo site do CNPq, juntamente com o Formulário de Propostas online, disponível na Plataforma Carlos Chagas. O CNPq destaca que está chamada tem caráter emergencial, já que os pesquisadores estão tendo dificuldades financeiras para dar continuidade a investigações científicas de impacto social.

O projeto deve estar inserido dentro de uma das nove linhas temáticas de pesquisas relacionadas ao zika: desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas; desenvolvimento e avaliação de repelentes e de imunobiológicos; inovação em gestão de serviços em saúde; imunologia e virologia; epidemiologia e vigilância em saúde; estratégias para controle de vetores; desenvolvimento de tecnologias sociais; inovação em educação ambiental e sanitária; e fisiopatologia e clínica.

Os estudos devem ser concluídos dentro do prazo de 48 meses. As propostas vão passar por quatro etapas de análises por especialistas e consultores do Capes, do CNPq, do departamento de Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Vigilância em Saúde.

Os resultados e a contratação das pesquisas estão previstos para o início do segundo semestre deste ano. Os projetos vão ser financiados dentro de três faixas de recursos: até R$ 500 mil; de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão; e de R$ 1,5 milhão a R$ 2,5 milhões.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou que o edital tem como objetivo encontrar mecanismos de controle e combate ao vírus zika. "Nossa prioridade absoluta é combater o mosquito", disse, ao se referir ao Aedes aegypti. Já o ministro da Ciência, Tecnologia e Informação, Gilberto Kassab, classificou a chamada pública como uma parceria entre o governo federal e a comunidade científica. "É uma oportunidade de renovar esforços", concluiu.

HU da USP vai restringir pronto-socorro adulto

03/06/2016 - O Estado de S.Paulo


SÃO PAULO - Após restringir o atendimento pediátrico e oftalmológico, e encaminhar mulheres grávidas para unidades da rede pública da zona oeste da capital, o Hospital Universitário (HU), da Universidade de São Paulo (USP), vai limitar agora serviços do pronto-socorro adulto. A partir do dia 10, a próxima sexta-feira, das 19 horas às 7 horas, apenas casos de emergência serão recebidos no local. Os pacientes deverão procurar outros equipamentos de saúde da região.

A restrição foi anunciada nesta quarta-feira, 1, aos funcionários em um comunicado assinado pelo superintendente Waldyr Antônio Jorge. O informe diz que a medida segue “padrões mínimos de segurança e garantia na qualidade de atendimento à população e ensino aos alunos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Medicina”. A decisão foi tomada após consulta ao Conselho Deliberativo do HU e já foi informada ao Ministério Público Estadual e às secretarias estadual e municipal da Saúde. De acordo com o comunicado, no período de restrição de atendimento, as “equipes reduzidas” ficarão responsáveis pelos pacientes em observação e atendimento de emergência.

Há cerca de um mês, o hospital já havia limitado os serviços do pronto-socorro infantil entre 7 horas e 19 horas, suspendido os serviços oftalmológicos e deixado de receber grávidas por causa da superlotação na maternidade e no berçário. As restrições são decorrentes do déficit de especialistas provocado pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV) e pela suspensão de novas contratações na instituição por causa da crise financeira.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), desde o início do PDV, o hospital perdeu cerca de 300 funcionários, a maioria enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Desses, 43 eram médicos, uma redução de 15% no quadro.

“Ao todo, 213 funcionários aderiram ao PDV, mas depois muitos pediram demissão ou se aposentaram. Não houve nenhuma contratação, reposição”, disse Rosane Vieira, auxiliar de enfermagem e diretora do Sintusp. Além das restrições no atendimento médico, outra consequência do programa de demissões foi o fechamento de 49 leitos. Hoje, o hospital opera com 184.

A USP informou, porém, que nos últimos meses não houve nenhuma alteração no quadro de funcionários do HU. Para Rosane, a restrição ao atendimento no pronto-socorro adulto é uma medida política. “A situação de falta de médicos e funcionários é a mesma desde 2014. Ao fechar o pronto-socorro, o superintendente dá a entender que não quer nos sobrecarregar, mas por que isso agora? É porque estamos em greve”, afirmou Rosane. Segundo ela, a intenção é colocar a população contra o movimento.


GREVE


Médicos e funcionários do HU estão em greve desde o dia 23 do mês passado. Eles mantêm equipe mínima de 30% dos servidores. Além de pedir a contratação de novos servidores, eles também são contrários à proposta da universidade de reajuste salarial apresentada pela reitoria.

Na segunda-feira, a negociação de servidores e professores com o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) foi interrompida - o órgão que representa a direção das instituições manteve, como proposta final, o reajuste de 3%. O Estado solicitou entrevista com o superintendente do HU, mas a assessoria de imprensa informou que ele não conseguiria atender a reportagem.




Empresas se adaptam à nova regra da ANS e já apontam benefício da norma

03/06/2016 - DCI


São Paulo - Apesar da difícil adaptação, a Resolução Normativa (RN) 395 de 2016 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já começa a trazer resultados positivos para as operadoras. A medida, que vale desde 15 de maio, teve mais de 40 empresas fiscalizadas. Até agora, nenhuma recebeu notificação da agência reguladora.

A norma que regulamenta o atendimento aos beneficiários - além de exigir atendimento presencial, telefônico e abertura de protocolos - demandou alto investimento das operadoras. No entanto, para executivos do setor, em longo prazo, a RN poderá trazer redução de custo com a queda de reclamações e a melhoria de processos. "Nós reduzimos R$ 1,5 milhão por ano nas despesas da área de atendimento", diz o gerente de atendimento do Grupo Life Empresarial Saúde, Filipe Rodrigues Ribeiro Silva.

Segundo ele, o investimento em canais de relacionamento reduziu o gasto com call center. "Depois de implantar o site, o aplicativo, o chat e o atendimento presencial conseguimos reduzir o contato por e-mail - muitas vezes pouco eficiente - em 70%", apontou o executivo durante Workshop da M2G realizado em São Paulo.

Para conseguir oferecer as ferramentas de atendimento ao consumidor, a empresa contratou serviços de tecnologia terceirizados. "É o caminho, porque meu negócio não é esse", indica o executivo.

O especialista em regulação da Mapfre Saúde, Alexandre Sampaio, aponta que ainda não viu redução de custo, mas que os ganhos a longo prazo são inevitáveis. "Você melhora a qualidade do atendimento, reduz o número de Notificações de Investigação Preliminar [NIPs] e consequentemente gasta menos com o jurídico e a ouvidoria", argumenta.

Segundo ele, o impacto na companhia não foi tão grande, porque os investimentos em ferramentas do tipo já eram previstas. "Só alinhamos aos padrões da ANS", diz. Contudo, uma crítica colocada pelo executivo é o requisito do atendimento presencial. "Faz sentido para dar um retorno ao consumidor, mas na entrada a informação não, porque não chega de forma clara e temos que procurar o prestador de serviço. Hoje existem meios mais fáceis de fazer isso sem gerar um custo extra", informa.

De acordo com o gerente de fiscalização da ANS, Frederico Cortez, quase todas as operadoras de saúde de grande porte foram fiscalizadas e até agora não houve necessidade de multa. Até agora, apenas três reclamações relacionadas a RN foram apuradas pela ANS. Para ele, iniciando a fiscalização com as maiores dá às pequenas uma oportunidade de terminarem de se adaptar. "Todas devem ter, mas fica um tempo para os ajustes", conta.

Para empresas que oferecem aplicativos para dispositivos móveis, a agência prorrogou por 90 dias, a adaptação.


OPORTUNIDADES


Com a crise e novas normas da reguladora sendo aplicadas de forma acelerada, o mercado de tecnologia ganhou espaço. Exemplo disso é a desenvolvedora de ferramentas de multicanalidade M2G, que ano passado ampliou atenção ao setor de saúde. "Já era 80% do faturamento, agora é 100% do nosso foco", afirma o sócio-diretor da M2G, Daniel Lindenberg.

Segundo ele, hoje as decisões da ANS determinam o comportamento das operadoras. "Se não correm o risco de multa, NIPs e até suspensão", diz. Por isso, o espaço para quem desenvolve soluções integradas para o mercado é grande. "Ninguém tem investimento sobrando, mas quando é regra não tem opção", explica. Para este ano, além das 16 operadoras e segurados que a M2G atende, a empresa espera entre 4 e 5 a mais em 2016.




Hospital de Câncer terá auditoria do Estado

03/06/2016 - Folha de S.Paulo


Um dia após o gestor do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata, ameaçar fechar uma unidade da instituição por falta de repasses financeiros, a Secretaria da Saúde do Estado anunciou que irá vasculhar, por meio de uma auditoria, a aplicação de dinheiro público na fundação que gere a instituição.

Na quarta-feira (1º), a direção do hospital veio a público informar que, devido a um atraso de R$ 30 milhões do governo de Geraldo Alckmin (PSDB),a unidade de Fernandópolis (a 555 km de SP) poderia ser fechada por 30 dias.

Inaugurado em 2013,o local realiza exames preventivos de câncer de colo de útero, de pele, de próstata e de boca. São cerca de 3.000 atendimentos por mês.

Além da “ampla auditoria” na Fundação Pio 12, instituição filantrópica que controla os hospitais do câncer de Barretos, de Jales e o ambulatório em Fernandópolis, o secretário estadual da Saúde, David Uip, chamou de “inconsequentes, mentirosas e irresponsáveis” as declarações públicas dadas por Prata contra ele e o governo.

Uip nega que a devassa nas contas seja em retaliação à administração do hospital e afirmou que a auditoria tem um “espírito de colaboração” com a gestão.

“Fizemos um sorteio e, por coincidência, Jales, onde está o hospital, entrou. Todos os equipamentos de saúde do Estado que receberam dinheiro público irão ser auditados.

O espírito é de colaboração.

A experiência que fizemos na Santa Casa de São Paulo mostrou que havia problemas de gestão e as auditorias que fizemos ajudaram”, diz.

O secretário negou que haja valores atrasados com a instituição e informou que, desde 2013, cerca de R$ 700 milhões foram repassados a ela.

“Espero que o fechamento não aconteça. Está à frente de qualquer embate, a população, e vamos ajudar”, afirma.


MENTIRAS


A irritação maior do secretário foi porque, em conversas públicas, o gestor do hospital reclamou de demora no credenciamento federal da instituição, o que poderia gerar recursos maiores.

“Nenhum deles se trata pelo SUS. Não sabem o que é estar na fila esperando para ser atendido, com dor, e não ter remédio”, falou Prata em entrevista coletiva.

Segundo Uip, o encaminhamento da creditação das unidades de Jales e Fernandópolis já foi feito por “11 vezes” ao Ministério da Saúde, que está de acordo com o pedido, mas ainda não tem recursos para fazê-lo.

“Ele[Prata] é inconsequente quando diz que o pedido não foi feito. Ele mente quando diz que não foi recebido por mim. Até avisei a ele, quando nos mostrou balanços, que estava sendo imprudente por depender demais de verbas de doação e de renúncia fiscal.” A direção do hospital não quis se pronunciar e informou que sabia da auditoria.




Pronto-socorro da USP restringe funcionamento à noite

03/06/2016 - Folha de S.Paulo


O HU (Hospital Universitário) da USP vai interromper o atendimento do PS (pronto socorro)noturno na próxima semana. Só atendimentos emergenciais serão realizados a partir da sexta (10).

A unidade havia limitado em 2015 o pronto-socorro infantil a noite, das 19h às 7h.

Comunicado do HU oficializa agora o mesmo procedimento para os adultos.

A unidade vem sofrendo um desmonte nos últimos anos. A nova limitação no atendimento é reflexo da falta de profissionais e consequente fechamento de 49 leitos a partir de 2014.

Por contratações, os médicos do HU entraram em greve no início desta semana.

O esvaziamento das equipes provocou uma redução de 30% nas consultas ambulatoriais entre 2013 e 2015, conforme a Folha revelou na quinta-feira (2). Atendimentos de urgências recuaram 24% e internações, 21%.

Em 2014, a reitoria da USP realizou um PDV (Plano de Demissão Voluntária) na universidade. Desde então, o HU perdeu 43 médicos (15% da equipe) e 195 servidores técnico-administrativos.

Por causa da crise financeira na USP,novas contratações estão congeladas.

A restrição do PS noturno, segundo o HU, tem o objetivo de seguir “padrões mínimos de segurança e qualidade”.

“As equipes reduzidas ficarão responsáveis pelos pacientes em observação [...] e pelos atendimentos dos casos emergenciais [no período noturno]”, cita o texto.

Servidores administrativos da unidade já haviam aderido à paralisação puxada pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP). A categoria está em greve desde o dia 12 de maio.




Zika pode ser transmitido por sexo oral, dizem cientistas

03/06/2016 - Folha de S.Paulo


Cientistas levantaram a possibilidade de o vírus da zika ser transmitido pelo sexo oral —ou talvez até pelo beijo— em um artigo da revista médica “New England Journal of Medicine”, citando um caso na França.

Um único incidente pode parecer pouco. Mas até o começo deste ano só havia um caso registrado de transmissão sexual do vírus: em 2008, um pesquisador que voltou da África infectou sua mulher no Colorado (EUA).

Outros casos depois levantaram a suspeita. Agora cientistas acreditam que a transmissão sexual seja uma via importante da epidemia de zika na América.

Isso porque casos da infecção foram registrados em dez países onde não há mosquitos que transmitem o vírus, incluindo Alemanha, Itália, Portugal e Nova Zelândia.

O caso francês é de um homem de 46 anos que esteve no Rio de Janeiro e voltou a Paris no dia 10 de fevereiro, depois de apresentar sintomas do zika ainda no Brasil.

Ele e sua parceira de 24 anos tiveram relações sexuais sete vezes entre os dias 11 e 20, cada uma envolvendo sexo vaginal sem ejaculação e sexo oral com ejaculação.

O casal estava usando o sexo oral como forma de evitar uma gravidez, disse Yazdan Yazdanpanah, especialista em doenças infecciosas do National Institute of Health, pesquisador em Paris e um dos autores do artigo.

A mulher adoeceu no dia 20. Ambos fizeram testes para o zika no dia 23. O homem tinha altos níveis do vírus no sêmen e na urina, mas nada apareceu no sangue ou na saliva.

Já a mulher tinha o vírus na urina e na saliva, e anticorpos para o zika no sangue.

Uma coleta de material vaginal, porém, mostrou resultado negativo para a infecção.

“Não acho que isso mude alguma coisa, mas mostra como há muitas formas de transmissão”, disse William Schaffner, chefe de medicina preventiva da Vanderbilt University Medical School.

Ele concorda que a via mais provável de transmissão do zika foi o sexo oral, ainda que seja possível que a mulher tenha sido infectada pelo fluido pré-ejaculatório durante o sexo vaginal ou que as recordações do casal apresentem falhas.

Yazdanpanah, porém, disseque os dois foram entrevistados separadamente e as descrições bateram.

John T. Brooks, epidemiologista do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC),disse não estar surpreso com a probabilidade de transmissão do zika via sexo oral. Já a transmissão pelo beijo é improvável, disse.




Estudo liga câncer de próstata ao tamanho da cintura

03/06/2016 - BBC Brasil


Homens de cintura larga têm maior risco de desenvolver tipos mais agressivos de câncer de próstata, indicou um novo estudo.

Um levantamento realizado com 140 mil homens de oito países europeus mostrou que 10 cm a mais na circunferência abdominal aumentariam as chances de desenvolver o câncer em 13%.

O maior grupo de risco, contudo, era o de homens com cintura maior do que 94 cm, indicou o estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra.


O CÂNCER DE PRÓSTATA É O MAIS COMUM EM HOMENS


O estudo, que foi apresentado na Cúpula de Obesidade Europeia em Gotemburgo, na Suécia, analisou a associação entre as medidas do corpo de homens na faixa dos 50 anos e o risco de câncer de próstata em 14 anos.

Durante o período, houve cerca de 7 mil casos de câncer de próstata, dos quais 934 foram fatais.

Os pequisadores descobriram que homens com um Índice de Massa Corporal (IMC) alto e uma cintura larga tinha maiores chances de desenvolver câncer de próstata de alto risco, uma forma mais agressiva da doença.

Por exemplo, homens com cintura de 94 cm tinha 13% maior risco de câncer de próstata agressivo do que homens com cintura de 84 cm.

Cientistas também observaram um maior risco de morte por câncer de próstata com maior IMC e circunferência abdominal.

Aurora Pérez-Cornago, da Universidade de Oxford, disse que o estudo mostrou que a associação entre o tamanho do corpo e o câncer de próstata é complexa e varia conforme a agressividade da doença.

Segundo ela, os grandes vilões seriam os hormônios causadores de câncer presentes nas células de gordura, mas isso ainda não foi provado.


RECOMENDAÇÃO


A recomendação da especialista é de que os "homens devem manter um peso saudável e se possível perder medidas na cintura".

Mas ela acrescentou que o estudo não analisou especificamente o impacto da perda de peso no risco do câncer de próstata.

Um porta-voz da Prostate Cancer UK, maior ONG de saúde masculina, disse: "Manter-se ativo e com um peso saudável pode proteger contra várias doenças, incluindo o câncer".

"Essa pesquisa complementa uma série de outras evidências segundo as quais o peso e o tamanho da cintura podem influenciar no surgimento do câncer de próstata", acrescentou.

Thea Cunningham, da ONG Cancer Research UK, que se dedica a pesquisas sobre a doença, diz que mais estudos são necessários para comprovar a associação entre a circunferência abdominal e o risco de desenvolver câncer de próstata.

"Não está claro se o excesso de peso leva ao desenvolvimento de tipos mais agressivos de câncer de próstata, ou se existe uma menor probabilidade de o tumor ser diagnosticado em um estágio inicial em homens com sobrepeso,. Nesse caso, o câncer poderia ser mais agressivo ou estar mais avançado quando for diagnosticado".

"Manter um peso saudável pode ajudar homens a reduzir o risco de outros tipos de câncer incluindo câncer do intestino".

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