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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 24/05/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Anvisa suspende venda e uso de lotes de medicamento para câncer de mama

23/05/2016 - Portal EBC


Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada hoje (23) no Diário Oficial da União, suspende a distribuição, o comércio e o uso, em todo o território nacional, dos lotes nº 5F201B, 5F207B, 5F223A, 5F199A e 6F237A do produto Taxotere (docetaxel tri-hidratado), solução injetável da empresa Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

De acordo com o texto, o próprio fabricante enviou à Anvisa comunicação de recolhimento voluntário por conta de incorreção na rejeição de frascos-ampolas durante as operações de envase do medicamento, indicado para tratar câncer de mama.

A Anvisa determinou à empresa o cumprimento de todos os requisitos relativos ao recolhimento dos lotes do produto. A resolução entra em vigor hoje.




O pedido de licença biológica da Samsung Bioepis para o biossimilar SB2 Infliximab foi aceite pela FDA (Food and Drug Administration) nos EUA

23/05/2016 - Portal Exame


A Samsung Bioepis Co., Ltd. anunciou hoje que a FDA (Food and Drug Administration) nos EUA aceitou analisar o pedido de licença biológica da empresa (BLA) para SB2, um candidato biossimilar que faz referência ao Remicade® (infliximab), para o tratamento de artrite reumatoide, doença de Crohn, colite ulcerosa, espondilite anquilosante, artrite psoriásica e psoríase.

Esta Publicação Smart News contém multimédia. Ver aqui a publicação na íntegra: http://www.businesswire.com/news/home/20160523006526/pt/

O SB2 é o primeiro candidato biossimilar da Samsung Bioepis enviado para análise nos Estados Unidos (EUA). Se aprovada, a comercialização e distribuição do SB2 nos EUA serão manejadas pela Merck, em conformidade com um acordo de comercialização assinado em 2013.

"Na Samsung Bioepis, estamos dedicados a tornar acessíveis, medicamentos biológicos de alta qualidade para pacientes nos Estados Unidos. Já em outros países, os nossos biossimilares começaram a desempenhar um papel importante no aumento do acesso do paciente às opções de tratamento de alta qualidade, ao mesmo tempo em que reduz os gastos de saúde. Esperamos fazer o mesmo nos EUA", disse Christopher Hansung Ko, Presidente e CEO da Samsung Bioepis. "Vamos continuar o nosso caminho implacável até a inovação e futuro avanço de uma das maiores carteiras biossimilares da indústria, para que mais pacientes possam ter acesso a medicamentos a preços acessíveis, sem comprometer a qualidade do tratamento."

A BLA da Samsung Bioepis para o SB2 esteve baseada na Fase 1 e Fase 3 de estudos clínicos que testaram a biossimilaridade do SB2 para Remicade®. Em um estudo clínico de Fase 3 de 54 semanas, o SB2 mostrou segurança e eficácia equivalente comparável ao Remicade®, conforme evidenciado na taxa de resposta ACR20 de 65,3% na rama do SB2 contra 69,2% na rama do Remicade® na semana 54, apoiando plenamente os resultados do estudo de 30 semanas de 64,1% e 66,0%, respectivamente. O estudo do SB2 randomizou 584 pacientes com artrite reumatoide de moderada a grave, apesar da terapia com metotrexato em 73 locais em 11 países.


CARTEIRA DE BIOSSIMILARES DA SAMSUNG BIOEPIS


A Samsung Bioepis continua a promover uma carteira de 13 candidatos biossimilares, que inclui os seguintes seis de produtos candidatos do "primeiro grupo" que cobrem as áreas terapêuticas de imunologia, oncologia e diabetes:

SB4, candidato biossimilar em investigação que faz referência ao Enbrel® (etanercepte)

SB2, candidato biossimilar em investigação que faz referência ao Remicade® (infliximabe)

SB5, candidato biossimilar em investigação que faz referência ao Humira® (adalimumabe)

SB9 (MK-1293), candidato biossimilar em investigação que faz referência ao Lantus® (insulina glargina)

SB3, candidato biossimilar em investigação que faz referência ao Herceptin® (trastuzumabe)

SB8, candidato biossimilar em investigação que faz referência ao Avastin® (bevacizumabe)


COMERCIALIZAÇÃO DOS BIOSSIMILARES SAMSUNG BIOEPIS


A Samsung Bioepis é a única responsável pelo desenvolvimento e fabricação de todos os biossimilares de imunologia e oncologia em sua linha, assim como os ensaios clínicos globais e registro regulamentar em todos os mercados, em todo o mundo, para esses biossimilares. Após a aprovação, os produtos biossimilares Samsung Bioepis são comercializados e distribuídos pelos seus parceiros comerciais, a Merck e a Biogen.


SOBRE A SAMSUNG BIOEPIS CO. LTD.


Fundada em 2012, a Samsung Bioepis é uma empresa biofarmacêutica empenhada em realizar cuidados de saúde que é acessível a todos. Através de inovações no desenvolvimento de produtos e um compromisso firme com a qualidade, a Samsung Bioepis pretende tornar-se a empresa biofarmacêutica líder mundial. Samsung Bioepis continua a avançar uma ampla carteira de 13 candidatos biossimilares, que incluem seis produtos candidatos do "primeiro grupo" que cobrem as áreas terapêuticas de imunologia, oncologia e diabetes. Samsung Bioepis é uma joint venture entre a Samsung BioLogics e a Biogen. Para obter informações adicionais, acesse www.samsungbioepis.com.

O texto no idioma original deste anúncio é a versão oficial autorizada. As traduções são fornecidas apenas como uma facilidade e devem se referir ao texto no idioma original, que é a única versão do texto que tem efeito legal.




Grupo pede financiamento ao desenvolvimento de remédios contra tuberculose

23/05/2016 - Terra


Um terço da população mundial sofre com tuberculose latente, ou seja, não desenvolveu a doença e nem pode transmiti-la, mas tem o risco de sofrer com ela, por isso a UNITAID lançou nesta segunda-feira uma iniciativa para financiar o desenvolvimento de teste de diagnóstico e tratamentos que evitem sua expansão.

Os objetivos de conseguir antes de 2035 "uma redução de 95% das mortes e uma queda de 90% na incidência são extremamente ambiciosos e para chegar lá é essencial lutar contra a tuberculose latente", disse em entrevista coletiva Mario Raviglione, diretor do programa de tuberculose da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Acreditamos que atacar a tuberculose latente pode ser um elemento essencial do combate contra a doença e pode mudar sua trajetória. Por isso, esta chamada a novos projetos que nós possamos financiar é fundamental", disse Lelio Marmora, diretor-executivo da UNITAID.

Esta entidade nasceu em 2006 por iniciativa do Brasil, Chile, França, Grã-Bretanha e Noruega -seus principais doadores- com o objetivo de encontrar soluções inovadoras para prevenir, diagnosticar e tratar o HIV, a malária e a tuberculose de forma mais barata e efetiva.

A UNITAID considera que lutar contra a tuberculose latente poderia reduzir o número de mortes pela doença, que mata 1,5 milhão de pessoas por ano.

Estima-se que um terço da população mundial tem tuberculose latente e, destes, 15% a desenvolverão.

Nos países ricos a prevalência é entre 5% e 10%, e nos países em desenvolvimento pode variar entre 40% e 60%.

As crianças menores de cinco anos e as pessoas infectadas com o HIV têm mais risco de desenvolver a tuberculose latente e de morrer por esta causa.

De fato, os soropositivos têm até 37 vezes mais possibilidades de desenvolver tuberculose ativa.

O objetivo da OMS é que dois grupos principais obtenham o eventual novo tratamento contra a tuberculose latente: as pessoas soropositivos -com alta probabilidade de desenvolver a doença- e as crianças menores de cinco anos que vivem em lares onde uma pessoa sofra com a doença.

A luta contra a doença enfrenta a falta de um tratamento efetivo, barato e rápido.

"Temos três desafios: que haja novos tratamentos; que sejam acessíveis e que os países os usem, porque se não houver um amplo uso, não haverá impacto", opinou Philippe Douste-Blazy, presidente do Conselho de Administração da UNITAID.

Perda de cromossomos Y pode levar ao Alzheimer

24/05/2016 - Correio Braziliense


A perda de cromossomos Y em grupos de células sanguíneas ao longo do tempo é uma das teorias mais bem-aceitas sobre a razão de a expectativa de vida masculina ser, em média, menor que a feminina. Pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, relataram, no American Journal of Human Genetics, outro desfecho negativo para essa dissolução cromossômica: homens cujas amostras de sangue indicam perda do cromossomo Y desenvolvem a doença de Alzheimer com a mesma frequência que pessoas nascidas com genes associados ao risco aumentado para a enfermidade neurodegenerativa.

A maioria das pesquisas genéticas hoje é focada em variantes genéticas hereditárias "mutações que são herdadas pelos descendentes. Mas o que nós estudamos foram as mutações pós-zigóticas, adquiridas durante a vida", explica o autor-sênior Lars Forsberg, pesquisador do Departamento de Imunologia, Genética e Patologia da universidade sueca. Uma dessas mutações é justamente a perda de cromossomos Y, um prejuízo observado em até 17% dos homens, especialmente nos mais velhos e também entre tabagistas.

Os pesquisadores acreditam que a perda do cromossomo possa ser um biomarcador preditivo para o Alzheimer e também para cânceres. As conclusões são resultado da análise minuciosa de amostras de sangue doadas regularmente por mais de 3 mil homens que participaram de estudos de longo prazo: a Iniciativa Europeia para doença de Alzheimer, o Estudo Longitudinal de Homens Adultos e a Investigação Prospectiva da Vasculatura em Idosos de Uppsala.


DEFESA ENFRAQUECIDA


Uma das teorias para explicar a associação com o Alzheimer é o desempenho reduzido do sistema imunológico. "Mas apresentar a perda de Y não sugere uma previsão 100% certeira de que você terá câncer ou Alzheimer", pondera Forsberg, acrescentando que muitos participantes, mesmo tendo a mutação, não apresentavam sintomas e viviam bem aos 90 anos de idade. "Contudo, no futuro, a perda de Y nas células do sangue pode ser um novo biomarcador para o risco de doença e, talvez, a avaliação possa fazer a diferença na detecção e no tratamento dos problemas mais cedo", aposta. Forsberg e a equipe continuarão investigando o fenômeno, mas em populações maiores, o que permitirá uma exploração mais detalhada da relação da perda cromossômica e do risco para tipos específicos de câncer e Alzheimer. Eles também planejam examinar as alterações celulares causadas pelo decaimento de Y e os efeitos disso em diferentes linhagens de células sanguíneas.




Dentistas vão atrás dos planos para driblar queda de pacientes

24/05/2016 - DCI


São Paulo - Em meio à crise econômica e à queda do movimento de pacientes nas clínicas odontológicas, consultórios particulares procuram parcerias com planos de saúde para captar novos consumidores. Para franquias, a grande aposta é modificar os modelos de negócio e acrescentar novas formas de pagamento.

Apesar da queda de quase 800 mil beneficiários no sistema de saúde suplementar, os planos exclusivamente odontológicos conseguiram manter seu desempenho. Em março deste ano, o segmento teve alta de 2,8% ante o mesmo período do ano anterior, o que amplia o mercado para o prestador de serviço da área.

Para o CEO da provedora de serviços para planos odontológicos Brazil Dental, Rodrigo Califoni, os planos deste nicho têm mantido uma performance melhor que a média da saúde suplementar e como consequência conseguiu atrair os olhares não apenas de operadoras e seguros, como também de clínicas. "É uma forma de trazer o paciente para o consultório."

Além disso, o executivo aponta que o aumento da procura por planos odontológicos seja uma tendência. "Ele acaba sendo mais barato que o pagamento particular", aponta.

"Por isso, muitas clínicas que não atendiam planos tiveram que se adaptar ao cenário econômico e passaram a aceitar os convênios", explica a sócia e diretora da consultoria Vecchi Ancona, Ana Vecchi.

De acordo com a executiva, as clínicas independentes são as que mais têm utilizado esta estratégia. "Os dentistas de família têm um público fidelizado, mas para não sentir a crise é necessário um volume de atendimentos maior", indica. Segundo ela, culturalmente, a ida ao dentista não é muito rotineira e no momento de instabilidade macroeconômica piora com a queda no número de tratamentos contratados, abalando o tíquete médio. "As pessoas estão tirando da lista o que não é prioritário", ressalta Ana.


ESTRATÉGIAS


Assim como o varejo, outra estratégia que as clínicas têm usado para atrair mais clientes é a oferta de serviços agregados. "Estão oferecendo mais serviços no pacote, por exemplo, chama para a revisão e dá uma higienização", exemplifica a consultora.

Outro nicho que tem encontrado um espaço na crise é a clínica de família. "A família vai junto em uma única condução e é atendido ao mesmo tempo. O menor com o odontopediatra, o outro com o ortodontista e assim vai. A clínica pode montar um pacote", analisa.

Já no segmento de franquias, a executiva aponta que o impacto da crise pode ser um pouco menor, por conta do ganho em escala na compra de insumos e uma estratégia de marketing mais agressiva. "Muitas vezes a independente precisa queimar a reserva, por conta da queda na movimentação", explica.


FRANQUIAS


De modo geral, as franquias odontológicas também sentiram uma queda no tíquete médio por cliente, mas para não depender de operadoras de saúde, onde os valores podem ser mais baixos, as franquias criaram suas próprias estratégias de meios de pagamento. "Ainda há insatisfação de dentistas com os planos. Mas temos visto esse movimento de consultórios [fora da franquia] procurando planos. No nosso caso, fomos a primeira a lançar o nosso próprio convênio", diz o vice-presidente da Sorridents, Cleber Soares.

Há seis meses, a empresa começou seu próprio convênio e já possui 3 mil beneficiários. "Isso é um diferencial para o prestador de saúde e para o consumidor", indica.

Outro fator que tem beneficiado o franqueado é a parceria com os meios de pagamento. "Fechamos parceria com a Cielo e repassamos os benefícios. O custo para o franqueado é de 1,5%, normalmente é 3%", diz.

Segundo o executivo, tanto o cartão de crédito ofertado nas clínicas quanto o convênio tem conseguido manter a performance dos consultórios. "O tíquete médio usado no cartão é de R$ 850 e parte do ganho fica com a clínica", diz o executivo.

Segundo ele, este é outro movimento que o segmento tem passado. "Muitas [clínicas] aceitavam apenas dinheiro, mas agora vemos o mercado se adaptando", complementa.

Outra adaptação da rede é o modelo de negócio. Em janeiro a rede Sorridents lançou o formato de microfranquia. Ao contrário do modelo tradicional vai custar menos da metade do preço, cerca de R$ 120 mil, permite até quatro consultórios e estará localizada em cidades com menos de 100 mil habitantes. "Acreditamos no movimento de interiorização e visa atender os empreendedores com menos capital disponível para investir", explica.

A expectativa da rede é de inaugurar 24 clínicas no formato padrão e 10 microfranquias. Atualmente são mais de 200 unidades no País.


NOVO INVESTIDOR


A Ortodontic Center, focada em tratamentos de ortodontia, também reinventou o modelo de franquia. "Procuramos investidores imobiliários para dividir o custo de infraestrutura", afirma o presidente da companhia, Fernando Massi. Agora, o franqueado precisa de cerca de RS 220 mil para reforma, compra de insumos e outros aportes necessários para começar o negócio. "Antes ele precisava de R$ 600 mil", complementa.

A meta da rede é de abrir 77 unidades neste ano, das quais 47 já haviam sido vendidas em 2015 e serão entregues até o final de 2016.

Mesmo com a saída da classe D entre seus clientes - provocada pela queda do poder de consumo - ele aponta que houve um aumento considerável do público da classe B. "Nosso tratamento tem um preço menor que outras clínicas particulares e para não parar o tratamento muitos pais trazem seus filhos", revela o executivo.

Outros fatores que ajudaram no aumento da demanda são o reposicionamento da marca, o lançamento de novas campanhas publicitárias e o plano de prospecção de novos clientes - que tem como meta 100 novos consumidores por mês. "Até agora atingimos alta de 30% do faturamento e 60% de crescimento da rede", diz.

Para reduzir o custo de operação das franquias, o executivo também contou que está em fase de teste o modelo de pagamento via boleto. "Antes ficavam duas pessoas na clínica só para receber o pagamento por carnê. Agora pode ser pago em banco", complementa.

Além da redução de mão de obra, com o boleto a empresa já identificou uma queda no nível de inadimplência. "Passou de 23% para 4%", indica.


REGIÃO


A rede Ortoplan já teve alta do faturamento em 2016, no entanto, o desempenho foi marcado por uma disparidade entre capitais e cidades do interior. "Vimos queda em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília", afirma o presidente da rede, Faisal Ismail. No total, 60% da rede teve alta, 20% ficou estabilizada e 20% teve queda na comparação com o semestre anterior.

Segundo ele, o motivo é a economia local. "Uma cidade pequena tem a vida mais administrada localmente e sofre menos influências do governo", acredita o executivo.

Para conseguir aumentar a clientela, Ismail aponta que a rede redirecionou suas estratégias de marketing para focar nas redes sociais, aumentou o número de parcelas de pagamento e tem trabalhado com ações de pós-atendimento para medir o índice de satisfação do cliente.

Entre os principais gargalos do setor, citados por ele, estão o aumento dos custos fixos, a alta do dólar - que subiu em 45% o custo dos insumos e impacta entre 18% e 22% dos custos fixos das clínicas.

A grande aposta da rede é o segundo semestre. Até agora a empresa vendeu uma unidade e espera totalizar 20 até o final deste ano. "Temos 18 contratos em mãos", afirma.




Judicialização em planos de saúde

24/05/2016 - DCI


Diante da atual crise que assola o Brasil, sobretudo em diversos setores econômicos, a situação do mercado de seguros não é menos dramática. Por ser uma atividade privada, o mercado de seguros busca atingir seu objeto social, consubstanciado na prestação de serviços de saúde, de forma ampla e contratualmente prevista. No entanto, o equilíbrio econômico-financeiro na arrecadação de prêmios e formação da reserva técnica não pode ser ignorado ou colocado em segundo plano, pois do contrário, coloca-se em risco a continuidade dos serviços.

A reserva técnica nada mais é do que espécie de fundo, calculado pelas operadoras de planos de saúde com base na arrecadação dos prêmios dos segurados, para fazer frente aos custos da prestação de serviços de saúde. Sua previsão vem estampada na Resolução Normativa nº 392, publicada no ano passado, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

As operadoras de planos de saúde, notadamente, são alvo de milhares de ações judiciais, as quais colocam em risco a saúde financeira da reserva técnica e, consequentemente, a continuidade dos planos comercializados, sobretudo dos coletivos por adesão.

O acesso à Justiça, principalmente com a criação dos Juizados Especiais Cíveis, veio a dar concretude ao princípio constitucional esculpido no artigo 5º, inciso XXXV e LXXVIII da Constituição Federal.

Todavia, nem sempre o acesso à justiça significa estabelecer um equilíbrio na relação entre consumidores e operadoras de planos de saúde. Não parece haver limite para a intervenção do Judiciário frente á atividade subsidiada por recursos privados.

Mesmo não havendo como atender a todos os anseios das partes (empresas e consumidores), é seguro afirmar que, atualmente, a judicialização exacerbada não é o melhor caminho para se alcançar uma solução rápida e coerente no mercado brasileiro de seguros.

A desjudicialização vem crescendo no País - reforçado pelo novo Código de Processo Civil (CPC) - e coloca à disposição do beneficiário dos planos de saúde meios para resolver pendências extrajudicialmente com as empresas que oferecem esse tipo de serviços, como acontecem nas Câmaras Privadas de Mediação e Conciliação, nas quais se faz justiça sem processo.

Bebês de mães com zika serão acompanhados, diz ministro da saúde

24/05/2016 - O Estado de S.Paulo


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta segunda-feira, 23, em Genebra que os bebês que não desenvolveram microcefalia, mas cujas mães contraíram o vírus zika na gestação, também serão acompanhados, para garantir que não há sequelas. Uma instituição parceira, que possa fazer esse monitoramento, deve ser definida em breve.

Segundo o ministério, dos 7.534 casos suspeitos de microcefalia no País, 2.818 foram descartados, mas devem continuar em observação. Outros 1.384 casos da doença foram confirmados e 2.818 estão sob investigação. Barros discursou nesta segunda na Assembleia Mundial da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS). Sua prioridade foi tranquilizar a comunidade internacional sobre os riscos relacionados às transmissão de dengue, chikungunya e zika durante os Jogos Olímpicos, no Rio, em agosto.

Barros apresentou um mapa que mostra que, na época em que a Olimpíada será realizada, a incidência das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti será menor por causa da diminuição da temperatura e das chuvas.

A preocupação central é mostrar que o País está preparado e garantir que as doenças estão controladas e não devem influir na segurança do evento. Segundo o ministério, o País deve receber de 350 mil a 500 mil turistas estrangeiros no período.

Barros procurou reforçar que o Brasil não é o único país que lida atualmente com o surto de zika. Segundo ele, a doença está presente em 60 países. O ministro afirmou que 3,5 mil agentes externos foram contratados para garantir que a região dos Jogos estará livre do mosquito.

Para Margaret Chan, diretora-geral da OMS, que também falou ontem, a epidemia de zika na América Latina é o resultado do abandono das políticas de combate ao Aedes nos anos 1970.




Samu mais lento

24/05/2016 - Folha de S.Paulo


O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), tem o hábito de propagandear as realizações que dão à sua administração uma feição avançada, como as faixas pintadas para bicicletas e ônibus. Já quando se trata de explicar atrasos, seu governo tropeça e fica pelo meio do caminho.

Um caso flagrante é o desempenho do serviço de ambulâncias de emergência, o Samu. Reportagem publicada nesta Folha na segunda-feira (23) revelou que, no ano passado, o tempo médio dos atendimentos em que há risco de morte aumentou em quatro das cinco regiões da capital em relação a 2014.

No plano internacional, aceita-se que o intervalo de espera ideal fique entre 10 e 12 minutos. Com a ampliação da demora verificada em 2015, duas regiões da cidade —centro-oeste, com 13min08s, e sul, com 15min08s— ficaram acima disso; em 2014, nenhuma área ultrapassara o recomendado.

A prefeitura fica devendo uma explicação mais detalhada e convincente para a piora no desempenho do Samu.

Em reação à reportagem, no lugar de informações específicas sobre as equipes disponíveis, restringiu-se a afirmar que o tempo médio é determinado por fatores como as distâncias percorridas, a dificuldade de acesso a alguns locais e a velocidade média da frota.

A resposta beira a obviedade e nada esclarece nem justifica. Mais ainda, o retrocesso no Samu aparece em contradição evidente com a tendência de melhora no trânsito paulistano verificada do ano passado para este.

O prefeito gostaria talvez de imputar a queda na lentidão no horário de pico apenas a suas iniciativas de mobilidade urbana, como os mais de 400 km de faixas exclusivas de ônibus que alardeia ter implantado na cidade.

Mas decerto ela resulta também da crise produzida por Dilma Rousseff (PT), sua correligionária e presidente afastada, com a diminuição de deslocamentos.

É lícito deduzir ainda que o serviço de emergência deveria tornar-se mais eficiente —e não menos— com a diminuição da quantidade de acidentes e lesões graves no trânsito. Com menos dessas ocorrências típicas de atendimento pelo Samu, cai também a demanda pelo serviço e se espera que haja mais ambulâncias disponíveis para cada deslocamento.

A piora no tempo de resposta do Samu não parece preocupante, à vista de flutuações constatadas nos anos anteriores, mas a falta de explicações objetivas pode minar a confiança que a população deposita no serviço.




ANS propõe novo modelo para tratar idoso

24/05/2016 - Folha de S.Paulo


A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) vai propor um novo modelo de atenção à saúde de idosos na rede privada com a justificativa de evitar as atuais falhas que geram má assistência e aumento crescente de custos.

Hoje, 12,5%dos cerca de 50 milhões de usuários de planos de saúde têm 60 anos ou mais. No Brasil, há mais de 20 milhões de idosos —serão 65 milhões em 2050. Quase 90% têm algum tipo de doença crônica, como diabetes, hipertensão, artroses e câncer.

Atualmente esses idosos estão “soltos” no sistema de saúde. Passam por vários especialistas, fazem inúmeros exames, usam muitas medicações (que podem interagir entre si e causar danos), mas não há ninguém cuidando deles como um todo.

A meta do projeto “Idoso bem cuidado”, que será lançado nesta terça (24), no Rio de Janeiro, é mudar essa lógica. Uma das propostas é que os planos de saúde criem estruturas, como centros geriátricos, capazes de reconhecer riscos que podem agravar a saúde do idoso e atuem de uma forma preventiva.

O idoso passará por uma avaliação clínica para saber dos seus riscos e dos cuidados que precisa. Será criado um registro eletrônico com seu histórico, que poderá ser acessado de qualquer lugar, inclusive pelo próprio idoso.

Outra novidade é que o paciente contará, além de um médico de referência, com a figura de um “navegador” dentro do sistema, um enfermeiro que vai orientá-lo conforme a necessidade, como tirar dúvidas sobre medicação.

De acordo com Martha Oliveira, diretora de desenvolvimento setorial da ANS, o novo modelo será testado inicialmente em um projeto piloto que envolverá 15 organizações, como operadoras e hospitais (ainda a serem escolhidos), a partir do segundo semestre deste ano.

Para ela, a identificação precoce do risco e os cuidados ao idoso prestados de forma integrada são o cerne da proposta. “É uma oportunidade para monitorar a saúde e não a doença”, afirma.

A ideia, diz Martha, é que as emergências dos hospitais deixem de ser a porta de entrada, ficando reservadas aos aos momentos mais graves.

Na opinião do médico Renato Veras, professor da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e especialista em envelhecimento, o Brasil precisa fazer o que está sendo feito em outros países — cuidar de forma integral.

“Não pode ter fragmentação do cuidado, o idoso não pode ficar passando por quatro, cinco médicos, fazendo um monte de exames a cada 15 dias e ninguém estar cuidando dele de fato. Todo mundo sabe o que fazer, mas ninguém faz”, afirma.

Por que não faz? Para Martha, a razão está na forma como o sistema suplementar de saúde foi organizado, que “vende” acesso a especialistas,a exames e a hospitais, por exemplo, e não um modelo de promoção à saúde e prevenção de doenças.

Além da mudança assistencial, o projeto prevê formas alternativas de remuneração.

A proposta, inspirada no modelo norte-americano, é um sistema híbrido, com remuneração fixa mais uma bonificação pela performance.

Segundo Veras, o objetivo é que todos ganhem com esse modelo. “O médico ganha mais se tiver um bom desempenho, o paciente pode receber bônus [descontos na mensalidade, por exemplo], além do ganho da melhor assistência,e a operadora poderá ter redução de custos.” Para Ligia Bahia, professora do Instituto de Saúde Coletiva da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a nova proposta da ANS é bem vinda, mas precisa ir além dos projetos pilotos.

“O setor suplementar vive de projeto piloto, um substitui o outro.

E a assistência ofertada é muito ruim. É comum a queixa ‘o médico nem olhou na minha cara’. Para o idoso isso é mortal.”




Mosquitos infectados com zika são achados na natureza pela 1ª vez

24/05/2016 - Folha de S.Paulo


Pesquisadores do IOC (Instituto Oswaldo Cruz)identificaram mosquitos da espécie Aedes aegypti infectados com o vírus da zika na natureza.

Os insetos foram coletados no bairro carioca do Realengo e em São João de Meriti,na Baixada Fluminense.

Ainda haveria alguma dúvida sobre o elo entre o zika e o mosquito da dengue? “A verdade é que sempre há”, explica Ricardo Lourenço, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC.

“Desde que o zika emergiu de modo epidêmico em locais como a Polinésia Francesa, a Micronésia e a Nova Caledônia, ninguém tinha encontrado nenhum mosquito infectado naturalmente com ele.” A associação com o A. aegypti e outros mosquitos do mesmo gênero, porém, parecia lógica por causa da origem africana comum do vírus e do inseto e pela presença de ambos em ambientes urbanos.

Além disso,o zika pertence ao grupo dos Flavivirus, parasitas microscópicos como os causadores da dengue e da febre amarela, que são transmitidas pelo mosquito.

Para confirmar a hipótese, os pesquisadores coletaram cerca de 1.500 mosquitos (de diversas espécies) no entorno e dentro das casas de pacientes que tinham tido sintomas de infecção pelo zika.

Por meio de análises genéticas e de uma técnica que isola as partículas do vírus, a presença do zika foi confirmada em quatro mosquitos A. aegypti. “Essas taxas de infecção geralmente são baixas mesmo”, diz Lourenço.

Ele lembra que a maior parte dos mosquitos nasceu faz pouco tempo e não teve tempo de ser infectar ainda; alguns podem não picar pessoas com zika ou seu organismo pode eliminar o vírus antes que possam transmiti-lo a algum ser humano.

Os dados sobre o trabalho do Instituto Oswaldo Cruz estão em fase de publicação.

Os especialistas estão tentando analisar se a presença do zika pode ter algum efeito sobre a viabilidade de outros vírus carregados pelo A. aegypti, como o da dengue e o da chikungunya. “Estamos testando todas as combinações possíveis desses vírus”, afirma Lourenço.

É concebível que haja uma competição entre eles dentro do organismo dos insetos, ou mesmo que zika e dengue troquem material genético.

Também ainda é cedo para dizer se outras espécies de mosquitos seriam capazes de atuar como vetores do zika.




Fase extra de campanha começa sem vacina

24/05/2016 - Folha de S.Paulo


Muitos dos que acreditaram na promessa do governo do Estado de que um novo lote de vacinas contra a gripe estaria disponível nesta segunda-feira (23) não conseguiram ser imunizados.

A Folha visitou 11 postos de saúde de São Paulo e encontrou a vacina disponível em apenas um deles. Na semana passada, o governo anunciou a prorrogação da campanha até o dia 31 —ela terminaria na sexta-feira (20).

Em alguns desses postos, o estoque estava completamente zerado. Em outros, havia vacinas disponíveis apenas para crianças que já haviam tomado a primeira dose e precisavam da segunda para completar a imunização.

O aposentado Dino Tallia, 87, precisou ir cinco vezes, em dois postos diferentes, para finalmente conseguir a vacina.

“Fui no início, no meio e no final da campanha. É uma vergonha, um descaso com os idosos. Não adianta nada prorrogar, se não tem doses.

Não tem justificativa.” Ele e sua mulher, Nilda Barreto, 76, foram primeiro em um posto na Mooca, onde foram informados de que ainda havia vacinas na unidade da Vila Gomes Cardim. Mesmo assim,o casal teve que esperar duas horas na fila.

“Somos aposentados e vendemos artesanato na rua.

Para nós, é impossível pagar R$ 300 por duas doses na rede particular”, disse Tallia.

Na unidade Dr. Humberto Pascale, no centro, as vacinas acabaram na segunda feira passada. “Todo dia vem gente aqui e pergunta se a vacina chegou, hoje já vieram umas 30”, disse uma funcionária, por volta das 10h.

Em algumas unidades, como a da República, funcionários entregam um pequeno papel, com uma lista de postos que ainda teriam doses.

“Mas chega cedo, porque vai ter muita fila”, recomenda a atendente. Nos três locais indicados, que seriam postos de referência, a vacina estava em falta.

Para a fase extra da campanha, o governo comprou 705 mil doses para a cidade e para a Grande SP. A secretaria afirma que as novas vacinas foram entregues na semana passada para a prefeitura, que seria responsável pela distribuição. Já a gestão municipal diz que a vacinação será toda normalizada nesta terça-feira (25).




Alternativa ao SUS é a barbárie sanitária

24/05/2016 - O Globo


O ministro da Saúde indicado pelo governo Temer revelou-se um adversário do SUS, apesar de todas as evidências que indicam sua importância para o bem-estar da sociedade. A alternativa ao SUS é a barbárie sanitária. O verdadeiro desafio está em completar a implementação das políticas e programas que vêm funcionando, e não em desconstruí-los.

Os sistemas públicos de saúde — inspirados no pioneiro National Health Service da Inglaterra — demonstraram maior eficiência do que os dos países que conservam o modelo tradicional centrado no mercado. O gasto per capita inglês com atenção em saúde é metade daquele dos EUA. Em 2015, o SUS realizou 46% do total de gastos em saúde, e isso para atender 75% da população; o setor privado precisou de 56% para assistir apenas 25% dos brasileiros.

O processo de reforma sanitária precisa completar-se, a gestão precisa melhorar; entretanto, não no sentido imaginado pelo ministro. Outras medidas são necessárias, por exemplo, extinguindo o livre provimento pelo Poder Executivo de todos os cargos de gestão de programas e serviços (isto não aumentará custos); ampliando a cobertura de atenção básica para 80% das pessoas; fazendo investimentos estratégicos em saúde coletiva e em serviços regionais onde haja dificuldade de acesso a hospitais; integrando a gestão e o planejamento dos vários SUS existentes (federal, estaduais e municipais); criando política de pessoal que respeite profissionais e usuários.

A necessidade de redução dos gastos públicos não poderá ser realizada na área social. A equidade e a justiça social exigem que se considere que os grandes gastos do orçamento público estão sendo realizados em projetos da elite econômica e política. Quase 50% do imposto arrecadado em 2015 foram gastos com serviços da dívida pública; o “bolsa empresário” custou, nos últimos cinco anos, mais do que o SUS; a renúncia fiscal na saúde corresponde a mais de 15 bilhões de reais.

As diretrizes do SUS indicam o rumo para nossas políticas e para a gestão — está na Constituição. As reações imediatas obrigaram o ministro a recuar e a desdizer o que tinha dito sobre a impossibilidade de assegurar o direito de todos à saúde. Mais que isso: as reações demonstraram que esse princípio democrático está enraizado na sociedade brasileira porque nasceu da sociedade (e não do Estado) em luta pela democracia nos anos 1970 e 1980, inscreveu-se na Constituição de 1988 e se disseminou por todos os rincões do Brasil com a implantação do SUS.

Mas todos sabem que o SUS apresenta muitas deficiências, com serviços superlotados e de má qualidade. E todos sabem que, entre as causas dessas deficiências, está o baixo investimento. Qualquer ministro comprometido com a Saúde não pode se furtar a reconhecer essa realidade. O próprio PMDB lançou o documento “A travessia social” — espécie de plataforma de governo para Michel Temer, em que afirma, no capítulo Saúde, que é preciso “melhorar a gestão financeira e (...) elevar os recursos para o financiamento do sistema”. Esperamos que a fala inicial de Ricardo Barros não tenha sido um balão de ensaio e que seu recuo tenha sido sincero. De todo modo, ele e o governo interino como um todo já devem ter percebido que estarão entrando em confronto com a cidadania brasileira se insistirem em mexer no direito à saúde.

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