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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 11/05/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Com remédios mais caros, veja saídas para economizar

10/05/2016 - Portal Exame


Os remédios ficaram 6,26% mais caros em abril, logo depois que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos autorizou um reajuste de até 12,5% nos preços de remédios vendidos em todo o país. Foram eles os maiores responsáveis por puxar a inflação de abril, que foi de 0,61% no mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E agora, dá para economizar?

Sempre dá, mesmo quando se fala de saúde, basta ter um pouco de paciência. Anote o que diz a receita dos especialistas ouvidos por EXAME.com: aproveite os subsídios do governo, prefira genéricos, compare preços e procure descontos.


FARMÁCIA POPULAR


O primeiro passo para economizar nos medicamentos é conferir se o remédio que você precisa é oferecido de graça ou com desconto pelo Farmácia Popular, como recomenda a professora de farmacologia Patricia Medeiros, da Universidade de Brasília (UnB).

O programa do Governo Federal oferece alguns remédios para o tratamento contínuo de pressão alta e diabetes, além de vender outros medicamentos com até 90% de desconto (veja a lista de medicamentos fornecidos).

Para aproveitar os benefícios do programa, o interessado precisa apenas se dirigir a uma farmácia credenciada (veja a mais próxima) e levar a receita médica e seu RG, não importa sua renda. “Fique atento, porque muitas farmácias credenciadas pelo Farmácia Popular vendem os medicamentos com desconto, quando na verdade deveriam oferecê-los de graça”, orienta Patricia.


GENÉRICOS X SIMILARES


Mais baratos, os medicamentos genéricos têm exatamente as mesmas propriedades que os medicamentos de marca, também chamados de referência, como explica o farmacêutico Rogério Hoefler, subcoordenador do Centro Brasileiro de Informações sobre Medicamentos (Cebrim), órgão do Conselho Federal de Farmácia (CFF).

Os medicamentos de marca só são mais caros porque foram desenvolvidos pela primeira vez pelo laboratório e têm o direito sobre a patente. A eficiência dos genéricos é comprovada por testes que devem ser apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por isso, Hoefler diz que não há problema algum em substituir o medicamento de marca pelo genérico.

“Ele só não vai funcionar no organismo se você não acreditar que ele funciona, ou em casos de descontrole de qualidade. Mas não podemos nos pautar pela ilegalidade”, ressalta o farmacêutico.

Para comprar genéricos que precisam de receita, o médico precisa prescrevê-los pelo nome do princípio ativo, e não pela marca comercial.

Além dos medicamentos de marca e dos genéricos, há também os remédios similares. “Costumo dizer que eles são genéricos com marca”, explica Hoefler. Os similares não são produzidos pela primeira marca que originou a composição química, mas têm uma marca própria e não levam apenas o nome da substância.

Eles também tendem a ser mais baratos, mas podem não ser tão confiáveis. Desde 2003, os laboratórios que produzem medicamentos similares são obrigados pela Anvisa a manter os mesmos principios ativos e a fazer testes de bioequivalência, como acontece com os genéricos.

No entanto, Patricia, da UnB, explica que nem todos os laboratórios se adaptaram 100% às regras, e que, às vezes, diferenças de embalagem, corantes e conservantes, por exemplo, podem mudar o efeito do remédio. “Se houver qualquer reação ao medicamento ou se ele não fizer o efeito esperado, procure seu médico e notifique a Anvisa, que precisa de denúncias”, aconselha.


DIFERENÇAS DE PREÇOS E DESCONTOS


Os preços costumam variar bastante entre as farmácias, por isso, se você tiver paciência para comparar os valores, a pesquisa pode render uma boa economia, como sugere Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste. Para facilitar a busca, uma boa dica é acessar sites que comparam preços de medicamentos, como o Consulta Remédios e o CliqueFarma (veja mais sites).

Outro caminho é tentar descontos por meio de entidades de classe e planos de saúde. Alguns deles têm parcerias com redes de farmácia e podem garantir preços menores se você apresentar a carteirinha do convênio no momento da compra. “Mas não deixe de pesquisar. Grandes farmácias conseguem negociar mais com os laboratórios e as pequenas às vezes colocam os estoques em promoção”, sugere Maria Inês.

Ela também recomenda participar de programas de fidelidade de laboratórios, normalmente com cadastro pelo site. Os descontos costumam ser oferecidos em farmácias conveniadas, para remédios de tratamentos contínuos.




JHL Biotech abre uma fábrica inovadora de biossimilares na China

10/05/2016 - Portal Exame


A JHL Biotech (JHL), uma companhia biofarmacêutica, abriu a primeira fábrica biofarmacêutica KUBio™ do mundo com tecnologia de uso único para bioprocessamento. A cerimônia de inauguração ocorreu hoje em Wuhan, na China.

Esta Publicação Smart News contém multimédia. Ver aqui a publicação na íntegra: http://www.businesswire.com/news/home/20160510006242/pt/

A JHL vai usar a solução KUBio de manufatura oferecida pela GE Healthcare para fabricar biossimilares1 e anticorpos monoclonais (mAbs) para ensaios clínicos de fase final e distribuição comercial. As instalações também irão fornecer serviços de desenvolvimento de processos e de fabricação para a base de clientes globais da JHL.

A parceria entre JHL e GE Healthcare concluiu a construção das instalações em apenas 18 meses, utilizando a solução KUBio de manufatura da GE. KUBio é uma instalação pré-fabricadas compatível com cGMP e uma solução de processo projetada para a fabricação escalável a excelente custo-benefício.

A previsão é de que o mercado de biossimilares cresça significativamente na China, atingindo cerca de US$ 350 milhões em 2019 – acima dos US$ 44 milhões de 20092. A fabricação local na China é uma forma mais barata de proporcionar terapêuticas modernas para doenças mortais como o câncer, que é a principal causa de morte no país. Em 2015, cerca de 4,3 milhões de novos casos de câncer foram diagnosticados3 na China. O plano de ação de 10 anos do Conselho de Estado da China – “Made in China 2025” – reconhece os medicamentos biológicos e dispositivos médicos como uma das suas principais áreas de foco no setor4.

Racho Jordanov, CEO e cofundador da JHL Biotech, comentou: “A missão da JHL Biotech é fazer chegar medicamentos de qualidade a preços acessíveis a mais pessoas, e nós acreditamos que uma das regiões mais necessitada é a Ásia. Era importante estabelecermos a nossa capacidade de produção escalável nesse continente com uma fábrica na China capaz de produzir produtos biológicos de alto nível. As novas instalações da JHL em Wuhan têm a mesma tecnologia padronizada da GE FlexFactoryTM e das nossas instalações em Taiwan, o que nos permitiu dimensionar rapidamente a uma capacidade de até 2 mil litros. Com a abertura da nova fábrica em Wuhan, a JHL Biotech agora tem o maior volume de capacidade de cultura celular na Ásia”.

“A experiência da GE Healthcare na gestão e entrega do projeto foi crucial para completar a fábrica em apenas 18 meses, superando os rigorosos prazos e permitindo acelerar os nossos planos para produzir bioterapêuticas da próxima geração.”

Os avanços no diagnóstico estão aprimorando a capacidade de os biofarmacêuticos abordarem de forma precisa e eficaz as doenças mais desafiadoras. Dos 10 melhores tratamentos no mercado, sete são biofarmacêuticos5. As suas complexas demandas desenvolveram processos hábeis que garantem a produção eficiente.

John Flannery, presidente e CEO da GE Healthcare comentou: “Estamos trabalhando estreitamente com os nossos clientes e observando cuidadosamente as necessidades do mercado e, como resultado, criamos uma solução inovadora para melhorar o acesso aos produtos biofarmacêuticos em todo o mundo. Estamos oferecendo uma solução completa de manufatura mais rápida do que qualquer outro, o que significa que a JHL é capaz de entrar no mercado com produtos farmacêuticos de alta qualidade respondendo a uma necessidade real de mercado em tempo recorde”.


SOBRE A GE HEALTHCARE


A GE Healthcare fornece serviços e tecnologias médicas transformadoras que atendem à demanda por acesso mais amplo a serviços de saúde de melhor qualidade e a um custo mais baixo. A GE (NYSE: GE) trabalha para fazer a diferença – grandes pessoas e tecnologias assumindo desafios difíceis. Com soluções que vão desde imagiologia médica, software e TI, monitoramento e diagnóstico de pacientes a descobertas de drogas, tecnologias de fabricação biofarmacêutica e soluções de melhoria de desempenho, a GE Healthcare ajuda os profissionais da área de saúde do mundo todo a oferecer qualidade médica aos pacientes. Para mais informações sobre a GE Healthcare, acesse www.gehealthcare.com.


SOBRE A JHL BIOTECH


A JHL Biotech Inc. (código de ações: 6540.TWO) é uma startup biofarmacêutica fundada por um grupo de veteranos da indústria com profunda experiência em operações e desenvolvimento de produtos farmacêuticos. A JHL é apoiada por empresas financeiras importantes, tais como Kleiner Perkins Caufield & Byers, Sequoia Capital, Biomark Capital, Milestone Capital, Fidelity e o Banco de Desenvolvimento Industrial da China. A missão da JHL Biotech é fornecer ao mundo medicamentos de baixo custo e qualidade excepcional. A JHL está focada em pesquisa e desenvolvimento de novas terapias à base de proteínas e biossimilares.

A JHL Biotech tem duas instalações de alto nível construídas de acordo com os regulamentos e normas da ICH cGMP, Estados Unidos e União Europeia. O Centro de Excelência da JHL em Taiwan faz trabalhos de I&D em fase pré-clínica e fase de primeiros ensaios clínicos para biossimilares. As instalações da JHL em Wuhan farão a fabricação em escala comercial de terapias biológicas. Esta infraestrutura fornece à JHL a capacidade única de produzir o seu próprio produto e executar ordens de contrato para clientes selecionados.

Para mais informações, acesse www.jhlbiotech.com.

Cientistas desenvolvem 'segunda pele' para esconder rugas e olheiras

10/05/2016 - BBC Brasil


Cientistas nos Estados Unidos desenvolveram uma película elástica e invisível que pode ser aplicada à pele para diminuir a aparência de rugas e pele flácida abaixo dos olhos e olheiras.

Depois de uma série de pequenos testes, a revista especializada Nature Materials informou que essa "segunda pele" é aplicada sobre a pele da pessoa e, quando ela seca, forma uma película que "imita as propriedades da pele jovem".

Por enquanto a película está sendo usada em testes apenas como um produto cosmético.

Mas os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) afirmam que essa "segunda pele" poderá ser usada no futuro como protetor solar ou como uma forma de ministrar medicamentos a pacientes através da pele.


PROTÓTIPO


A equipe de cientistas americanos testou o protótipo em alguns voluntários aplicando a fórmula da região abaixo dos olhos, nos antebraços e pernas.

O polímero polissiloxano foi sintetizado usando moléculas de silicone e oxigênio. O composto foi criado para imitar a pele humana e fornecer uma camada protetora e permeável.

Segundo os pesquisadores, a película temporária mantém a hidratação da pele e ajuda a aumentar sua elasticidade.

Em um dos testes, a pele foi beliscada por um tempo e depois solta, para verificar-se o quanto tempo ela demorava para voltar a sua posição normal.

Com o envelhecimento, a pele perde firmeza e elasticidade e, com isso, o desempenho nesse tipo de teste fica pior.

A parte da pele que foi coberta com o polímero ficou mais elástica do que a pele sem a película. E, a olho nu, a parte com a película parecia mais macia, firme e menos enrugada.

"Há muitos desafios em desenvolver uma segunda pele que seja invisível, confortável e eficaz para manter a hidratação", afirmou Robert Langer, que liderou o trabalho no MIT.

"Ela precisa ter as propriedades óticas certas, ou não vai ter uma boa aparência, e precisa ter as propriedades mecânicas certas, ou não vai ter a força certa e não vai desempenhar seu papel corretamente."

"Estamos muito animados com as oportunidades que são apresentadas como resultado deste trabalho e ansiosos para desenvolver mais esses materiais, para melhorar o tratamento a pacientes que sofrem de várias doenças de pele", acrescentou.

Segundo os pesquisadores, a película pode ser usada o dia todo sem causar irritação e resiste ao suor e à chuva.

Por enquanto ainda são necessários mais estudos para determinar a eficácia desta segunda pele, e o polímero aguarda aprovação de órgãos reguladores.

Tamara Griffiths, da Associação Britânica de Dermatologistas, afirmou que, apesar dos resultados promissores, ainda é preciso fazer mais testes.

"Os resultados (com o) polímero parecem ser comparáveis aos de uma cirurgia, mas sem os riscos. É preciso fazer mais pesquisas, mas esta é uma abordagem nova e promissora para um problema comum. Vou acompanhar o desenvolvimento (da película) com interesse", afirmou.




A rede de farmácias Droga Raia

11/05/2016 - DCI


A rede de farmácias Droga Raia acaba de inaugurar sete lojas pelo interior de São Paulo.

As novas unidades da rede estão localizadas nas cidades de Marília, Capivari, Barretos, Limeira, Franca, Jacareí e Sorocaba. Com essas inaugurações, a companhia dá continuidade à sua estratégia de crescimento e à consolidação da sua presença no território nacional.




Robô-cirurgião: os novos avanços da cirurgia robótica em casos de câncer de próstata no Brasil

10/05/2016 - Portal Exame


“No futuro, haverá a possibilidade de uma cirurgia ser realizada à distância e até entre países diferentes”

De acordo com uma pesquisa recente divulgada pelo Inca, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Para auxiliar os pacientes que sofrem da doença, a cirurgia robótica no Brasil vem avançando e muito. Criada no fim da década de 90 nos Estados Unidos para campos de guerra, a cirurgia robótica avançou, e a empresa Intuitive Surgical lançou seu primeiro robô cirúrgico, o da Vinci, no mercado, em 2000, para utilização em cirurgias laparoscópicas. O robô-cirurgião foi sendo adaptado ao longo dos anos e chegou ao Brasil em 2008 em uma cirurgia urológica no Hospital Sírio Libanês. A robótica ajuda os cirurgiões a realizar cirurgias minimamente invasivas com suas inúmeras funções e facilidades. Os últimos modelos foram construídos com visão 3D, com qualidade HD (1080i) e instrumentais cada vez mais modernos e eficientes.

A cirurgia robótica no caso do câncer de próstata veio como continuidade da laparoscopia. No Rio, por exemplo, o primeiro a ter foi o INCA em 2012, depois o Samaritano em dezembro do mesmo ano, e em seguida o Hospital da Marinha, Marcilio Dias, em 2014 e a Rede Dor em 2016. Poucos médicos foram treinados rigorosamente nos Estados Unidos para utilizar a técnica. De 1 robô, agora o Rio de Janeiro já tem quatro unidades, mostrando que os avanços estão acontecendo cada vez mais. Ainda segundo pesquisas, o Brasil é o primeiro em número de robôs da América Latina. No país todo devem ter aproximadamente mais de 20 robôs.

De acordo com o urologista Mauricio Rubinstein, Professor doutor em Medicina com Mestrado e Doutorado em Cirurgia e Urologia, com área de concentração em Videolaparoscopia pela UERJ, os avanços da cirurgia robótica são cada vez mais expressivos. "No futuro, haverá a possibilidade de uma cirurgia ser realizada à distância e até entre países diferentes", explica. E para ele, a grande vantagem da cirurgia robótica é, sem dúvida, a precisão. "O robô também atribui à cirurgia minimamente invasiva, menos dor, menos chances de sangramento e, portanto, menos chances de transfusão sanguínea, além de recuperação pós-operatória mais rápida, menos uso de analgésicos no pós, mais rápido retorno às atividades e menos tempo de hospitalização", esclarece Mauricio.

Mas, e as dúvidas a respeito do tema? O especialista responde algumas dúvidas comuns sobre o assunto:

Qual o tamanho da incisão?

Pequenas incisões de cerca de 1 cm em média. Nas cirurgias aberta, podem ser de até 30 cm.

Como é a cicatriz?

Na cirurgia da próstata fica em cima do umbigo e tem tamanho entre de 2 a 3 cm.

Qual é o tempo de recuperação?

Em torno de 20 dias para voltar às atividades.

E o tempo de internação?

Em média de 24 a 48 horas.

É preciso uma equipe grande?

Não, normalmente a equipe conta com 4 pessoas (1 cirurgião, 1 assistente, 1 anestesista e 1 instrumentador). O médico controla o robô à distância, usando joysticks, e visualizando as imagens em 3D, com ampliação da imagem de 10 x.

Existe risco nesse tipo de cirurgia?

O robô não apresenta riscos, mas sim a formação do cirurgião, que é essencial. O robô facilita ao bom especialista alcançar melhores resultados. O risco técnico existe, mas é mínimo. Se há um problema, o médico continua a cirurgia com a laparoscopia. Por isto é essencial esta formação. Devemos sempre procurar um bom cirurgião.

Experiência profissional:

Um grande estudioso pela área da urologia é a frase que define Mauricio Rubinstein. O médico sempre buscou qualificações e especializações de peso em seu currículo. É Professor doutor em Medicina com Mestrado e Doutorado em Cirurgia / Urologia, com área de concentração em Videolaparoscopia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Membro da Sociedade Internacional de EndoUrologia, Membro da Sociedade Brasileira de Videocirurgia (Sobracil), Membro Correspondente da American Urological Association (AUA) e Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Além dos inúmeros títulos nacionais, Dr. Mauricio não quis parar e se especializou em Laparoscopia Urológica e Cirurgia Robótica na Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, e concluiu sua qualificação de Cirurgia Robótica no Florida Hospital (Orlando/USA), se tornando um dos difusores da cirurgia robótica em casos de câncer de próstata no Brasil




Cientistas mapeiam efeitos do zika em cérebros em formação

10/05/2016 - O Estado de S.Paulo / Site


Pesquisadores mapearam, pela primeira vez, os efeitos do vírus zika isolado no Brasil em neurosferas humanas, estruturas celulares que reproduzem o cérebro em formação. O trabalho permitiu identificar mais de 500 genes e proteínas alterados na infecção pelo vírus.

“É uma descoberta importante porque permite que pesquisadores do mundo inteiro entendam com mais profundidade como o zika age e possam encontrar formas de bloqueá-lo. O vírus pode matar a célula de diferentes formas. Mas agora a gente sabe, como num script, o que ele está fazendo. A pesquisa de quem estuda drogas que inibem infecção e replicação viral, se já se sabe qual é o script do vírus, fica muito mais fácil”, disse a neurocientista Patrícia Garcês, do Laboratório de Neuroplasticidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D’Or de Pesquisa.

O estudo, que reuniu cientistas da Universidade de Campinas, Instituto Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto de Biologia da UFRJ, foi publicado pelo jornal científico PeerJ, em sistema de preprint (antes da revisão por colegas).

Os pesquisadores identificaram que o vírus age de diferentes formas. Ele interrompe o ciclo celular, impedindo as células de se dividir e de dar origem aos neurônios. Provoca danos no DNA da célula, que acaba replicando o próprio vírus no organismo. Por fim, o vírus leva as células à morte.

“A célula tem genes e proteínas para dar origem aos neurônios. Mas, como esses genes e proteínas estão desregulados pela ação do zika, isso acaba não acontecendo. O vírus manipula a célula a favor dele e utiliza toda a maquinaria celular para se autorreplicar. Ao perceber esses problemas, a célula inicia um processo de autodestruição”, disse ela.

As neuroesferas foram cultivadas com a presença dos vírus. Ao fim de 12 dias, não havia células porque todas entraram no processo de autodestruição. “Acreditamos que esse seja o mecanismo que cause a microcefalia porque essas células são as mães do neurônio. Os bebês com microcefalia quase não têm neurônios”, afirmou a pesquisadora.

Para identificar os genes e proteínas afetados pelo vírus, os pesquisadores combinaram duas técnicas sofisticadas: transcriptoma (sequenciamento do RNA, em que é possível observar os genes) e proteômica (análise das proteínas expressadas na célula). Depois, os dados foram comparados com os de neuroesferas não infectadas pelo zika.

Genes que atuam na produção neuronal estavam sub-regulados. Já os genes relacionados ao reparo do DNA ou estavam suprarregulados (esses genes atuam além do que deveriam e acabam levando à morte celular). “Vimos muita proteína relacionada à replicação viral. Talvez seja a primeira coisa que o vírus faça na célula. Ele para tudo o que está acontecendo na célula e começa a replicar o genoma dele.”

Conhecer a dinâmica da infecção permitirá aos pesquisadores testar drogas que impeçam a ação do vírus no organismo. A cloroquina, droga já usada para malária, se mostrou promissora. “A cloroquina consegue bloquear a infecção antes do vírus entrar na célula. Também tem ação antiviral depois que o vírus entrou na célula, pois bloqueia a replicação viral. Por enquanto só temos teste em células, é importante salientar isso. Há artigos científicos, com testes em animais, que a cloroquina se mostrou tóxica. Precisamos ampliar os estudos”, afirmou.

Treino ideal para a mente

11/05/2016 - Correio Braziliense


Para prevenir ou retardar o surgimento da demência, incluindo a doença de Alzheimer, médicos e cientistas recomendam manter a mente ativa. Contudo, isso não significa bombardear o cérebro com jogos e testes de memória, como os que têm aos montes na internet. Uma pesquisa publicada no Journal of Alzheimer’s Disease sugere que ioga e meditação podem ser estratégias mais eficazes para incrementar a função cognitiva do que os tradicionais desafios mentais. E isso em idosos que já apresentam algum comprometimento.

No estudo-piloto, foram recrutadas 25 pessoas com mais de 55 anos, todas com comprometimento cognitivo leve (CCL). “Essa é uma condição que afeta até 20% da população idosa, sendo que indivíduos com o problema têm um risco duas vezes e meia maior de desenvolver todos os tipos de demência. Geralmente, o CCL é um antecessor do Alzheimer”, observa Helen Lavretsky, principal autora do trabalho, e professora do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Segundo a médica, o interesse em investigar o poder da ioga sobre as funções cerebrais surgiu principalmente porque a técnica, utilizada no Oriente há milênios, tem conquistado rapidamente o interesse dos ocidentais, que, antes de tudo, procuram os estúdios especializados buscando reduzir o estresse. “Além disso, há novas pesquisas indicando que intervenções baseadas na integração do corpo e da mente, como meditação de plena atenção, tai chi e qui gong, têm efeitos promissores em questões cognitivas associada à idade”, justifica Lavretsky.

Uma pesquisa recente que avaliou o resultado de um programa de oito semanas de hatha yoga em idosos, por exemplo, constatou melhorias significativas na memória de trabalho e na flexibilidade mental. Outro artigo, publicado no Indian Journal of Psychiatry, indicou que moradores de casa de repouso tiveram ganhos em todos os campos cognitivos após seis meses de ioga, comparados ao grupo de controle. “Até agora, porém, nenhum estudo de que temos notícia havia examinado a conectividade funcional do cérebro em seguida a uma intervenção de ioga entre idosos”, afirma a pesquisadora.


COMPARAÇÃO


Para verificar se havia alguma associação positiva, ela desenhou um teste nos quais os participantes fizeram uma aula semanal de kundalini ioga (uma das escolas da técnica), que incluía exercícios de meditação, e explorou, por meio de ressonância magnética funcional, se houve melhoras na memória e na plasticidade funcional do cérebro nas redes neuronais relevantes para o armazenamento de informações. “Nosso foco principal era a relação entre as mudanças na conectividade neural e na performance mnemônica”, explica.

Como se trata de um estudo piloto, o número de participantes foi pequeno. Os voluntários foram divididos aleatoriamente em dois grupos: 14 entraram no programa de ioga, e o restante participou das atividades tradicionais de treino mental. Antes e depois da intervenção de 12 semanas, todos passaram pela ressonância magnética funcional, para rastrear a atividade cerebral, e fizeram testes cognitivos padrões. Além das aulas com instrutor, os do primeiro grupo receberam CDs para praticar, em casa, 12 minutos de meditação por dia. Os do segundo grupo também fizeram “dever de casa”, tendo que realizar atividades diárias, como testes de associação de rostos e nomes, recordar listas, categorizar itens etc.

Ao fim dos três meses de estudo, participantes de ambos os grupos apresentaram melhoras na conectividade de regiões cerebrais associadas à memória verbal (lembrar nomes e listas, por exemplo). Contudo, os que fizeram ioga tiveram mais ganhos também nas habilidades espacial-visuais, relacionadas à recordação de localidades quando se está andando ou dirigindo — a diminuição dessa função faz com que muitos idosos se percam.

As alterações verificadas nos circuitos do cérebro se traduziram em melhorias cognitivas reais: os testes mnemônicos feitos após a prática da técnica milenar confirmaram que os voluntários do grupo de ioga se saíram melhor que os do grupo do treino cerebral. Outro ganho dos praticantes da atividade foi a redução dos sintomas de depressão, um mal comum entre pessoas que sofrem de demência leve e avançada.


CONEXÃO E FOCO


Segundo Helen Lavretsky, os benefícios da ioga para o cérebro podem ser explicados por vários fatores, como a produção aumentada de uma proteína chamada fator de crescimento neurotrófico, que estimula a conexão entre os neurônios e acelera um processo que repõe material genético perdido ou danificado. Outra explicação é que os exercícios, por exigirem foco na respiração e na execução de movimentos, acabam treinando a mente dos praticantes para se concentrar em uma atividade.

“Na ioga, você se movimenta em uma série de posturas estilizadas. Essa atividade requer um esforço focado para fazer as posições de forma correta, controlando o corpo e a respiração em uma taxa estável. É possível que esse foco no corpo, na mente e na respiração seja levado pelo praticante para situações do dia a dia, resultando em uma atenção maior para o que está ao redor”, afirma Neha Gothe, pesquisadora de saúde comunitária da Universidade de Illinois, que não participou do estudo.

“Quando os participantes da ioga mostram melhoras significativas na memória de trabalho, isso significa que eles estão atentos às informações que recebem”, observa. Há alguns anos, Gothe fez uma pesquisa com 108 adultos de 55 a 79 anos, que participaram de aulas de ioga durante oito semanas. Todos registraram ganhos nos testes cognitivos feitos ao fim do trabalho.

Embora o estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles tenha sido piloto, a psiquiatra Helen Lavretsky diz que os resultados dessa e de outras pesquisas não deixam dúvidas de que praticar ioga e meditação é uma boa opção para deixar o cérebro afiado, além de reduzir o estresse e a depressão associados à perda de memória. Os benefícios não são apenas para pessoas que já estão com comprometimento cognitivo leve: os cuidadores também tiram proveito da prática milenar. Segundo a pesquisadora, alguns trabalhos recentes sugerem que os responsáveis por idosos com demência, incluindo Alzheimer, relatam alívio da pressão sofrida no dia a dia e se sentem mais dispostos para se dedicar aos pacientes.




Pista sobre o Alzheimer

11/05/2016 - Correio Braziliense


Uma das características fisiológicas do Alzheimer é o acúmulo de placas da proteína beta amiloide no cérebro, o que danifica as conexões entre os neurônios. Agora, pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego e da Faculdade de Medicina de Harvard descobriram que a enzima PKC alfa também desempenha um papel nesse processo. Eles também identificaram as variações genéticas que estimulam a atividade dessa molécula nos pacientes com a doença. O estudo, publicado ontem na revista Science Signaling, pode resultar em um novo alvo terapêutico para combater o mal.

“Até recentemente, acreditava-se que a PKC ajudava as células a sobreviver, e que uma hiperatividade dessa enzima poderia levar ao câncer. Baseado nessa suposição, testaram-se inibidores da PKC como drogas para tratar o câncer, mas elas não funcionaram”, contou Alexandra Newton, coautora do estudo.

“Contudo, descobrimos que a PKC serve como um freio para o crescimento celular, então as células cancerígenas se beneficiam quando ela está inativa. Agora, nosso estudo mais recente revela que muita atividade da enzima também é ruim, levando à neurodegeneração. Isso significa que as drogas que falharam para o câncer podem fornecer uma nova oportunidade terapêutica para o Alzheimer”, explicou.


AÇÃO COMBINADA


Uma das descobertas foi que, quando ratos não têm o gene PKC alfa, os neurônios funcionam normalmente, mesmo quando existe um acúmulo de placas beta amiloide. Quando a atividade da enzima foi restabelecida, a proteína associada ao Alzheimer voltou a prejudicar a função neuronal. Em outras palavras, a beta amiloide não inibe a função cerebral, a não ser que a PKC alfa esteja ativa.

Além disso, os cientistas analisaram um banco de dados genéticos de 1.345 pessoas de 410 famílias com casos avançados da doença. Eles encontraram três variantes associadas à enzima PKC alfa que tinham implicações com o Alzheimer em cinco famílias. No laboratório, eles replicaram as mutações genéticas em células. Em todos os testes, a atividade da enzima aumentou. Os cientistas acreditam que haja muitas outras variações genéticas que, indiretamente, estimulam ou inibem a atividade da PKC, influenciando, a propensão à doença.




OMS recomenda o uso de preservativos por 6 semanas após Rio-2016

10/05/2016 - O Estado de S.Paulo / Site


Para evitar a proliferação do vírus zika, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda aos estrangeiros que viajarão ao Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos em agosto que pratiquem "sexo seguro" ao retornar aos seus países por até seis semanas. A recomendação foi feita depois que ficou claro para a entidade que o risco de um contágio por relações sexuais é maior do que se imaginava.

A OMS indica que tem "confiança" nas autoridades brasileiras de que, em agosto e durante os Jogos no Rio, o controle do vetor seja eficiente. Mas, ainda assim, recomenda que tanto agora quanto no evento esportivo no Brasil, cada turista, atleta ou jornalista tome medidas de proteção, até mesmo no retorno a seus locais de origem.

"Para os viajantes retornando do Brasil, recomendamos a prática de sexo seguro de quatro a seis semanas", afirmou o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier.

Em um informe publicado na semana passada, a OMS ainda destacava que "o fato de que a transmissão sexual do zika é mais comum do que se pensava e complica ainda mais a recomendação a casais planejando suas famílias". Em um ano, nove países registraram a transmissão da doença por meio do sexo.

No Brasil, a recomendação é para que cada estrangeiro "se proteja da melhor forma possível". Isso inclui o uso de inseticidas, dormir em locais fechados, o uso de redes nas janelas ou ar-condicionado.

Para mulheres grávidas, a recomendação é de que consultem seus médicos e autoridades, além de avaliar se a viagem é de fato necessária.

Lindmeier, porém, apontou que acredita que as autoridades brasileiras façam um controle concentrado nas áreas dos Jogos para reduzir a população do mosquito que serve como vetor da doença. "O Brasil fará o que for necessário para ter Jogos seguros em termos de saúde pública", insistiu a OMS.

Durante a estadia no Brasil, o turista deve, ainda assim, monitorar sintomas. "Se sentir alguma suspeita, recomendamos ir ao médico e pedir um teste", indicou Lindmeier.


NORMALIDADE


Para a OMS, tudo indica que, em alguns meses, o zika passará a ser a nova realidade de uma doença que não será simplesmente eliminada. "Vamos ter de conviver com ela, assim como é o caso da malária e outras doenças", disse o porta-voz. "O cenário mais provável é que o turista tenha de consultar quais vacinas serão necessárias para ir a determinados países e, a partir de agora, terão de incluir o zika nessa conta", afirmou.

Uma vacina contra o vírus ainda não existe. Mas a OMS aposta que essa realidade possa mudar em dois anos.

A entidade também deixou claro que deixou de tentar contar quantas pessoas no mundo estão contaminadas pelo zika. "Isso seria simplesmente impossível", disse Lindmeier. A conta de casos de microcefalia, porém, continua, com 1,2 mil no Brasil.

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