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CRF-SP - Clipping de Notícias
 

CLIPPING - 04/05/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 
   

 

 

Ações conscientizam sobre uso de medicamentos

03/05/2016 - Diário de Pernambuco Online


No próximo dia cinco, é comemorado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. Para marcar a data, algumas ações promovem a conscientização e oferecem serviços de saúde. A campanha tem o obejtivo de informar sobre os cuidados com armazenamento, uso e descarte corretos de medicamentos.

Durante toda essa semana a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Departamento de Assistência Farmacêutica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e a Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) oferecem serviços aferição de pressão arterial e medição da glicose e ainda esclarecimentos sobre o uso racional de medicamentos.

Na UFPE a ação acontece na portaria 4 da unidade. Ainda serão ministrados cursos: “Farmácia Clínica em Oncologia, como eu faço”, às 8h no dia quatro, no auditório do curso de Enfermagem da UFPE (anexo ao HC) e "Incorporação de novas tecnologias (medicamentos) no sistema público de saúde" 13h também no auditório do curso de Enfermagem da UFPE. As inscrições estão abertas e podem ser feitas on-line ou presencialmente.

A campanha da FPS em parceria com o Imip acontece das 08h às 16h, na Praça da Santa no Instituto. No local, os estudantes, residentes e farmacêuticos atenderão a população com glicemia, aferição de pressão e IMC, além de orientações farmacêuticas, além de explicações sobre hipertensão e diabetes.

O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamento foi criado para alertar a população quanto os riscos à saúde causados pela automedicação. O objetivo é alertar sobre o uso indiscriminado de medicamentos e a automedicação como principais responsáveis pelos altos índices de intoxicação por medicamentos.




Medicamento da Pfizer é o primeiro anticorpo monoclonal biossimilar aprovado pelo FDA

03/05/2016 - UOL


O medicamento Inflectra (infliximabe) acaba de se tornar o primeiro anticorpo monoclonal biossimilar aprovado pelo órgão regulatório norte-americano, o Food and Drug Administration (FDA). Desenvolvido pela Celltrion, o produto é uma cópia autorizada do biológico Remicade (Janssen) e está indicado para o tratamento de artrite reumatoide, espondilite anquilosante, psoríase, artrite psoriásica, doença de Crohn (inclusive fistulante, ou avançada), colite e retocolite ulcerativa.

A Pfizer detém os direitos de comercialização do medicamento em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. A aprovação de um biossimilar eficaz e de alta qualidade possibilita a ampliação do alcance da população a medicamentos importantes, de alto valor agregado, utilizados no tratamento de doenças de forte impacto para a qualidade de vida dos pacientes.

"Companhia líder na produção de medicamento biológicos, a Pfizer conta com vários biossimilares em seu pipeline e considera que a aprovação de Inflectra representa um marco histórico para o início de uma promissora trajetória para esse grupo de medicamentos no mercado norte-americano", afirma o médico Salomon Azoulzy, vice-presidente sênior e chefe de equipe médica da Unidade de Produtos Estabelecidos da Pfizer.

No Brasil, infliximabe recebeu o nome de Remsima e foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril de 2015. Trata-se do primeiro biossimilar aprovado pela via de desenvolvimento por comparabilidade no País. Atualmente, a Pfizer aguarda a decisão do Comitê Técnico-Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CTE/CMED) sobre a metodologia mais apropriada para a precificação dos biossimilares aprovados pela via de desenvolvimento por comparabilidade, que representam um novo grupo no Brasil.

 

 

 
 

Coty tem prejuízo

04/05/2016 - Valor Econômico


A multinacional de beleza Coty registrou em seu terceiro trimestre fiscal (encerrado em março) prejuízo líquido de US$ 26,8 milhões, revertendo lucro de US$ 75,5 milhões visto no mesmo período do ano passado. A receita somou US$ 950,7 milhões, um avanço de 1,8%. "As receitas no terceiro trimestre foram consistentes com nossas expectativas de tendências mais suaves até o fim do ano fiscal, com a racionalização gradual de linhas e produtos não-estratégicos da empresa", indicou Bart Becht, presidente interino da companhia. A empresa completou em fevereiro a aquisição da divisão de cosméticos da Hypermarcas, e informou que a operação brasileira contribuiu com US$ 14,3 milhões em receitas, que foram negativamente afetadas por mudanças para adaptar o novo portfólio aos padrões da companhia. A aquisição no Brasil foi feita por R$ 3,8 bilhões.




Plano de saúde deve cobrir atendimento a recém-nascido

04/05/2016 - Valor Econômico


O plano de saúde que oferece tratamento obstétrico deve atender o recém-nascido de segurado nos primeiros 30 dias de vida, independentemente do parto ter sido coberto pela operadora. O entendimento foi adotado pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao julgar, pela primeira vez, uma ação sobre o tema. A decisão foi unânime e aplicou dispositivos da Lei nº 9.656, de 1998.

A ação julgada refere-se a um nascimento ocorrido em agosto de 2007. A questão, porém, precisou ter uma interpretação sem precedentes no STJ, referente à cobertura de plano de saúde para recém-nascido nos primeiros 30 dias de vida, conforme destacou o relator, ministro Luis Felipe Salomão. O tribunal já julgou outras obrigações referentes aos planos de saúde previstos na mesma lei.

Conforme dispositivos da Lei nº 9.656, quando os planos de saúde incluírem atendimento obstétrico deve haver cobertura assistencial a recém-nascido durante os primeiros 30 dias após o parto, seja filho natural ou adotivo ou de seu dependente. Se a inscrição do filho no plano de saúde ocorrer nesses primeiros 30 dias, ficará isento do cumprimento dos períodos de carência.

No processo avaliado, porém, a Unimed-BH Cooperativa de Trabalho Médico afirmou que o recém-nascido só teria direito ao benefício nos 30 dias seguintes ao parto se fosse inscrito como beneficiário, porque o parto não havia sido realizado dentro da cobertura do plano de saúde.

No dia seguinte ao nascimento, o recém-nascido precisou de um tratamento respiratório. A família teve que arcar com os custos, de cerca de R$ 13 mil reais. O pai pediu indenização na Justiça. Na segunda instância, a decisão condenou a Unimed-BH a indenizar a família pelo gasto e também a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 7 mil, conforme relatou o ministro Luis Felipe Salomão.

De acordo com o relator, a lei determina que quando o plano de saúde incluir atendimento obstétrico devem ser respeitadas exigências mínimas, entre elas, a cobertura do recém-nascido nos primeiros 30 dias. "Independente de o parto ter sido realizado pelo sistema do plano ou não, o filho tem direito à cobertura", afirmou Salomão. Os demais ministros que integram a turma acompanharam o relator.

Segundo Renata Vilhena Silva, advogada especializada em direito à saúde do escritório Vilhena Silva Advogados, muitas decisões judiciais ainda não são observadas pelos planos de saúde. "As operadoras gastam muito na Justiça porque economizam no atendimento", disse. De acordo com a advogada, há temas em que, mesmo apesar de súmulas tratando da cobertura, os planos seguem negando pedidos de clientes. "Há muitos problemas com a cobertura de recém-nascidos", afirma.

Procurada pelo Valor, a Unimed-BH Cooperativa de Trabalho Médico informou que não comenta processos em andamento.




Pesquisas mapeiam o câncer de mama

04/05/2016 - O Estado de S.Paulo


Duas pesquisas lideradas por cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e publicadas anteontem fazem a análise mais abrangente já realizada sobre os genes e processos de mutação envolvidos com o câncer de mama.

Segundo os autores, ao localizar onde estão os “erros” genéticos ligados a tumores, os resultados ajudam a construir um conhecimento mais completo das bases genéticas da doença.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), depois dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o tumor mais frequente nas mulheres brasileiras. As estimativas do Ministério da Saúde no ano passado previam 57,9 mil novos casos da doença em 2016, com um risco estimado de 56 casos a cada 100 mil mulheres.

Um dos estudos, publicado na revista Nature, analisa as mutações celulares ocorridas em sequências de genomas e relacionadas ao câncer de mama. A outra, publicada na revista Nature Communications, do mesmo grupo, avalia como essas mutações se relacionam com aspectos da estrutura genômica.

No primeiro levantamento liderado por Michael Stratton, os cientistas analisaram o genoma completo de tecidos normais e de tumorais de 560 pacientes de câncer de mama.

Os autores identificaram mutações em 93 genes que estão relacionados à gênese da doença. Várias das mutações estão associadas com problemas no mecanismo de reparo do DNA e com as funções de dois genes supressores de tumores, segundo os autores do artigo.

De acordo com Stratton, é um “marco” nos estudos sobre câncer. “Há cerca de 20 mil genes no genoma humano. Agora, com uma visão completa sobre o câncer de mama, sabemos que 93 desses genes, se alterados, vão converter uma célula normal da mama em uma célula de câncer de mama. Essa é uma informação muito importante”, disse à BBC.

Segundo Stratton, 60% das mutações que levam ao câncer de mama foram encontradas em apenas dez genes. “Vamos oferecer essa lista às universidades e às empresas farmacêuticas e de biotecnologia para que comecem a desenvolver novas drogas, pois esses genes com mutações e suas proteínas podem ser alvo para novas terapias”, afirmou.


ASSINATURAS


No segundo estudo, liderado por SerenaNik-Zainal, os cientistas usaram os mesmos 560 genomas de câncer de mama para identificar mutações específicas que podem servir como “assinaturas” desse tipo de tumor. Essas mutações estão associadas a elementos da arquitetura do genoma e ao momento de replicação de algumas das partes do código genético. “No futuro, gostaríamos de ser capazes de traçar o perfil individual de genomas do câncer, de modo que possamos identificar o tratamento com maior probabilidade de sucesso”, afirmou Serena à BBC.

 
 

Johnson & Johnson recebe nova condenação por caso de câncer ligado a uso de talco

03/05/2016 - Época Negócios Online


Um júri popular do estado do Missouri, nos Estados Unidos, condenou nesta segunda-feira a gigante farmacêutica e de produtos de higiene Johnson & Johnson a pagar US$ 55 milhões a uma mulher que desenvolveu câncer de ovário após o uso contínuo de talco da marca, na segunda sentença desse tipo emitida contra a companhia este ano.

A mulher, Gloria Ristesund, de 62 anos e moradora de Dakota do Sul, usou durante cerca de 40 anos produtos de higiene feminina com base de talco da Johnson & Johnson e em 2011 foi diagnosticada com câncer de ovário. Por isso, Gloria teve que se submeter a uma histerectomia (remoção do útero) e a outras operações.

Após a retirada do útero, os médicos encontraram talco no tecido de seu ovário e os custos médicos relacionados com o câncer superaram US$ 174 mil.

Apesar de o câncer da mulher estar regredindo, ela apresentou um processo contra a companhia farmacêutica e de higiene por ter escondido durante anos de seus consumidores os riscos do talco em produtos cosméticos e agora receberá US$ 50 milhões pelos danos causados e outros US$ 5 milhões como compensação adicional.

Em fevereiro, a Johnson & Johnson foi condenada a pagar US$ 72 milhões à família de outra mulher, Jacqueline Fox, que morreu de câncer após usar durante anos talco para bebê e outros produtos da empresa.

Os casos de Gloria Ristesund e Jacqueline Fox são apenas dois dos mais de mil processos similares que a companhia farmacêutica enfrenta na Justiça americana.

Pesquisadores da Escola de Medicina de Pittsburgh publicaram no ano de 2005 um estudo que sugere que as mulheres que evitam o talco na higiene genital têm menor probabilidade de desenvolver câncer de ovário.




México fracassa em conter consumo de refrigerantes com mais imposto

04/05/2016 - Valor Econômico


As vendas de refrigerantes estão subindo dois anos depois de o México ter criado um imposto de 10% sobre bebidas açucaradas - um resultado positivo para uma indústria que temia enfrentar os mesmos problemas que os fabricantes de cigarros.

O imposto mexicano foi uma tentativa de conter as alarmantes taxas de obesidade e diabetes num país com o maior consumo per capita de refrigerantes do mundo. Ele foi lançado na época em que o então prefeito de Nova York, o bilionário Michael Bloomberg, estava tentando limitar a venda de refrigerantes na cidade. Agora, mais países estão cogitando um imposto semelhante.

As vendas de refrigerantes, entretanto, estão subindo no México depois de uma queda inicial, tornando o país novamente um mercado essencial para as gigantes dos refrigerantes Coca-Cola Co. e PepsiCo Inc. O imposto de 1 peso mexicano (quase US$ 0,06) por litro arrecadou mais de US$ 2 bilhões desde janeiro de 2014, cerca de 35% a mais do que o governo esperava.

"A Coca é como o cigarro - ela deixa você viciado", diz Luis de León, que tem 24 anos e é manobrista num estacionamento da Cidade do México, em pé ao lado de uma garrafa de três litros que dividiu com dois colegas de trabalho. Ele diz que parou de beber refrigerante por um mês após ver uma campanha publicitária financiada pela Bloomberg Philanthropies, organização filantrópica financiada por Bloomberg, que vinculava a diabete às bebidas açucaradas. A campanha perguntava se eles comeriam 12 colheres cheias de açúcar, quase a quantidade que a popular garrafa de 600 ml da Coca contém.

Embora a campanha de saúde pública tenha acabado há muito tempo, os fabricantes de refrigerantes continuam a anunciar seus produtos pesadamente e afirmam que não é justo discriminar algo que representa menos de 10% da ingestão diária de calorias.

A Coca-Cola Femsa SAB, maior engarrafadora de Coca-Cola do país, informou na semana passada que suas vendas de refrigerantes por volume no México cresceram 5,5% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2015. A Arca Continental SAB, a segunda maior engarrafadora, divulgou uma alta de 11% no volume.

A recuperação começou no ano passado, quando os volumes da indústria mexicana de refrigerantes subiram 0,5%, depois de terem recuado 1,9% em 2014, segundo o serviço de dados Canadean. Os consumidores também não estão migrando para bebidas com zero caloria e isentas de impostos. A participação de mercado das calóricas Coca-Cola e Pepsi-Cola aumentou no ano passado para 48% e 11%, respectivamente, segundo a firma de dados Euromonitor.

As organizações contrárias aos refrigerantes ainda não estão dispostas a reconhecer que o imposto foi um fracasso e afirmam que as vendas foram beneficiadas por temperaturas anormalmente altas.

O Instituto Nacional de Saúde Pública do México estima que o consumo per capita de bebidas açucaradas foi 8% menor em 2015 do que no período anterior ao imposto, entre 2007 e 2013, depois de fazer ajustes para o crescimento da população e da atividade econômica.

Em janeiro, uma comissão da Organização Mundial de Saúde recomendou aos governos taxar bebidas que adicionam açúcar para reduzir a obesidade infantil, citando um estudo conjunto das autoridades de saúde do México e da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. A pesquisa, que foi avaliada por outros especialistas, estimou que as compras de bebidas açucaradas caíram 6% em 2014, comparado com a média dos dois anos anteriores.

O estudo concluiu ainda que a queda foi acentuada para 12% em dezembro de 2014, ante os dois dezembros anteriores. Vários países estão cogitando impostos especiais sobre refrigerantes, como Índia, África do Sul e Filipinas. No Brasil, há um projeto sendo discutido no Congresso há anos para proibir a venda de refrigerantes nas escolas.

Nos EUA, o prefeito de Filadélfia sugeriu um imposto de US$ 1 por litro em bebidas adoçadas.

A Associação Americana de Bebidas está lutando contra essa proposta e planeja apresentar um novo estudo que mostra que a indústria de bebidas do México perdeu cerca de 3 mil empregos no primeiro trimestre de 2014 devido ao imposto. A pesquisa, conduzida pela Beverage Marketing Corp., consultoria americana do setor de bebidas, estima que o consumo de refrigerantes no México voltou para os níveis anteriores ao imposto em meados de 2015.

Mesmo a queda inicial no consumo apenas reduziu a ingestão calórica diária dos mexicanos de seis a sete calorias, ou 0,2%, segundo o estudo.

"Sabemos que esses impostos não funcionam", disse o diretor- presidente da Coca-Cola, Muhtar Kent, durante a assembleia anual de acionistas realizada na semana passada, apontando o México.

Os governos também devem investir dinheiro para tornar as pessoas mais informadas sobre a ingestão de açúcar, exigir rótulos nutricionais esclarecedores e incentivar os exercícios físicos, entre outras medidas, dizem especialistas em saúde.

"O imposto do açúcar é uma parte importante, mas não é a única", diz Kelly Henning, que dirige o programa de saúde pública da Bloomberg Philanthropies. Quando era prefeito de Nova York, Bloomberg também tentou limitar o tamanho dos copos de refrigerantes, mas não teve sucesso.

Defensores dos impostos sobre bebidas adoçadas afirmam que o tributo mexicano devia ser mais alto para ter um impacto maior. O senador Armando Ríos Piter quer dobrar o imposto para compensar o custo dos órgãos de saúde pública para tratar pessoas com diabetes, uma doença que afeta desproporcionalmente os mexicanos pobres, que compram a maioria das bebidas açucaradas.

Wilebaldo Ramírez, um engraxate de 45 anos da Cidade do México, diz que usa cerca de 6% de seus ganhos diários para beber refrigerante, embora sua esposa esteja insistindo para que ele beba água engarrafada.

"Se a água fosse mais barata que o refrigerante, talvez eu mudasse. Mas, enquanto isso, eu quero algum sabor", diz Ramirez, depois de beber uma garrafa de 600 ml de Jarritos, um refrigerante local com sabor de frutas.

A garrafa é vendida por 6,50 pesos numa loja perto de onde ele engraxa sapatos, comparado com o preço de pelo menos 8 pesos de uma garrafa de água do mesmo tamanho.




Estoque de vacinas contra gripe no interior e litoral de SP são esgotados

04/05/2016 - Folha de S.Paulo / Site


A intensa procura por vacinas contra a gripe H1N1 fez os estoques de municípios do interior e do litoral de São Paulo acabarem nos últimos dias. Em alguns locais, a vacinação deve ser retomada nesta quarta-feira (4). Segundo o Ministério da Saúde, não há falta de vacina.

Em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), por exemplo, as 54 mil doses disponíveis para vacinação no último sábado (30) acabaram nos postos de saúde e a vacinação será retomada somente nesta quarta-feira (4).

De acordo com a Secretaria da Saúde, foram recebidas mais 49 mil doses –um total de 103 mil nas duas remessas–, ainda insuficientes para atender o público-alvo, de 174 mil. A meta é vacinar 80% desse contingente, o equivalente a 139 mil pessoas.

A perspectiva é de nova alta procura pelos moradores, razão pela qual até um posto volante será instalado provisoriamente no calçadão da região central da cidade.

Em outras cidades da região, como Sertãozinho e Batatais, os lotes enviados também não foram suficientes. Já no Vale do Paraíba, em 13 unidades de saúde de São José dos Campos houve falta de doses nesta segunda-feira (2), de acordo com a prefeitura.

No último sábado, foram aplicadas 51.353 doses da vacina, 79% do total recebido para o início da campanha.

Conforme o governo, é o recorde de imunização na cidade para um único dia. A imunização também foi acima da marca de 2015 em cidades como Piracicaba, que vacinou cerca de 26 mil pessoas agora, ante menos de 10 mil no ano passado.

Em Limeira, sobraram apenas 180 doses da campanha de imunização do último sábado, insuficiente para abrir uma segunda etapa da vacinação. Foram vacinadas 19.473 pessoas.

Com isso, os postos também ficaram sem doses nesta segunda-feira e a vacinação somente foi retomada nesta terça-feira (3).

No litoral, Bertioga retomará a campanha nesta quarta-feira após a suspensão devido à alta procura no último sábado. Foram imunizadas 4.233 pessoas do grupo prioritário.


AVISO


A Secretaria de Estado da Saúde disse que na última semana informou ao Ministério da Saúde que o total de doses de vacina não seriam suficientes para atender a demanda do interior no Dia D, no último sábado (30).

Um novo lote foi enviado no fim da tarde de sexta-feira (29), o que prejudicou a logística de distribuição, ainda conforme o Estado. Duas novas remessas, para atingir as 12,7 milhões de doses necessárias para imunizar o público-alvo, devem ser entregues até a próxima sexta-feira (6).

Já segundo o Ministério da Saúde, não há falta de vacina para imunizar o público prioritário na campanha deste ano. Balanço do ministério divulgado nesta terça-feira (3) aponta que 21,3 milhões de pessoas já foram imunizadas neste ano, 43,6% do público-alvo.

A meta é vacinar ao menos 80% das 49,8 milhões de pessoas consideradas de risco. A campanha prossegue até o próximo dia 20.

De acordo com a pasta, em São Paulo a vacinação atingiu 61,6% de cobertura e, anualmente, o governo federal recebe as vacinas em etapas e, conforme chegam, são distribuídas aos Estados.


MORTES


Segundo o Ministério da Saúde, o país teve 1.571 casos de H1N1 neste ano, com 290 mortes. O Sudeste tem 1.106 casos, dos quais 988 em São Paulo. Santa Catarina (100), Goiás (69), Rio Grande do Sul (53) e Minas Gerais (50) aparecem em seguida.

São Paulo registrou também o maior total de mortes (149), seguido por Santa Catarina (20), Rio de Janeiro (18) e Rio Grande do Sul (18).




Hospital do Rio faz 1º Autotransplante Renal

04/05/2016 - O Estado de S.Paulo


Médicos do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),fizeram o primeiro auto transplante renal para o tratamento de pacientes com aneurisma grave de aorta abdominal.

Pela cirurgia tradicional para tratar esse tipo de aneurisma, é introduzido um cateter para implantar uma prótese, como um stent, na artéria aorta abdominal. Dessa forma, o sangue circula pela prótese e a dilatação na aorta reduz até desaparecer.

Mas em alguns casos o aneurisma está muito próximo da artéria renal (que leva sangue até o rim) e o implante da prótese obstruiria a entrada dessa artéria, o que torna o procedimento inviável. Os médicos retiraram o rim e o reimplantaram abaixo da aorta, na artéria pélvica. Dessa forma, a prótese pôde ser instalada.

“Este hospital foi pioneiro na técnica de tratamento endovascular de aneurisma, em 1997.Como a gente tem muita experiência comendo prótese e muita experiência com transplante renal, juntamos as duas ideias para viabilizar o tratamento do aneurisma”, afirmou o chefe do Serviço de Cirurgia Vascular, Gaudencio Espinosa. O aneurisma da aorta abdominal atinge cerca de 4% da população, principalmente homens acima dos 60 anos. É uma doença quase sempre assintomática, costuma ser descoberta por acaso, quando o paciente faz uma ultrassonografia ou tomografia para investigar outros problemas, como dor na coluna. Se não for tratada, a dilatação na artéria pode aumentar até chegar ao rompimento. “Não se sabem as causas exatas do aneurisma. Há um componente genético, mas hipertensão e fumo têm relação com a formação do aneurisma”, disse o médico.


IMPROVISO


De acordo com o diretor, o primeiro paciente operado havia passado por outras instituições. “O aneurisma ia explodir. Os médicos, então, retiraram o rim, o reimplantaram mais abaixo e corrigiram o aneurisma.

Foi uma criação na hora”, afirmou o médico. A equipe do Serviço de Cirurgia Vascular se prepara para descrever a técnica e submeter o artigo a revistas científicas.

No ano passado, três pacientes foram submetidos à técnica. O aposentado Ismair Oliveira, de 70 anos, foi um deles. Hipertenso, fumante por 55 anos, acordou na madrugada de 26 de abril de 2015 com intensa dor abdominal.

“Até hoje não senti nada no rim, nenhum problema para a urina”, conta. Ele tentava havia muitos anos parar de fumar. “Desde essa dor, parei de fumar. Fez um ano agora que eu larguei.”




Zika e chicungunha, uma nova ameaça

04/05/2016 - O Globo


“Houve no mundo tantas pestes como guerras. E, contudo, as pestes, como as guerras, encontram sempre as pessoas igualmente desprevenidas.” Albert Camus

Desde a Antiguidade, há surtos de epidemias. Na Idade Média ocorreu a mais devastadora de todas, a peste bubônica ou “morte negra”. Aparecendo na China por volta de 1330, em 1347 chegou à Itália e, em 1353, já estava em toda a Europa. Estima- se de 75 a 200 milhões de mortes, e somente no século XVII a população europeia atingiu os níveis da fase pré- peste. De 1918 a 1920 a “gripe espanhola”, a primeira das pandemias do H1N1, dizimou de 50 a 100 milhões de pessoas. A melhoria das condições sociais e econômicas e o avanço da ciência do século XX trouxeram mais segurança às populações em relação às epidemias. Esse fugaz alívio foi quebrado pelo aparecimento da Aids nos anos 1980, que destruía o sistema imunológico e causou milhões de mortes. Como em 1980 a ciência já estava adiantada, em tempo recorde foram desenvolvidos os medicamentos que controlaram a doença.

Agora enfrentamos a epidemia de zika e a chicungunha. Ainda não se sabe muito sobre esses vírus, mas originaram- se na África e são transmitidos pelo Aedes aegypti e pelo sexo, entre outros. Seus efeitos são devastadores: microcefalia, Guillain- Barré, com paralisia muscular e respiratória, problemas articulares e outras complicações.

A epidemia causará impacto social e econômico. Crianças com microcefalia necessitarão de cuidados que poderão durar mais de 30, 40 anos. O problema articular da chicungunha poderá incapacitar para o trabalho e durar 36 meses. Os custos diretos de saúde com os pacientes e os indiretos com perda de força de trabalho e manutenção de incapacitados devem atingir bilhões de reais.

Na Aids e no H1N1, os países ricos foram acometidos e gastaram bilhões em pesquisas, e nós aproveitamos esses resultados. A epidemia de zika e chicungunha, no entanto, não está os atingindo, pois os mosquitos sobrevivem menos nas regiões temperadas, e eles não estão financiando a doença. Mas não teremos êxito se não tivermos informações, e o Brasil terá de investir em pesquisas. Não enfrentaremos esse problema sem dados, com improvisações.

Temos de conhecer bem a transmissão do vírus, validar métodos diagnósticos e compreender sua evolução clínica. Não podemos deixar situação tão grave à mercê dos acontecimentos. Haverá necessidade de organizar uma rede de atendimento e treinar profissionais rapidamente. A universidade brasileira tem de participar ativamente. No Hospital do Fundão, da UFRJ, acabamos de criar um Centro de Pesquisa Clínica da Zika e Chicungunha e estamos adequando instalações para atendimento de enfermos. Para isso, precisaremos aumentar a capacidade de leitos e contratar mais profissionais. O enfrentamento dessa epidemia necessita de um esforço amplo do governo.

O Congresso Nacional também precisa se envolver. Sabemos que passamos por enorme crise política e econômica, mas nessa hora difícil temos de nos superar. Não há outra saída.

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