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CRF-SP - Clipping de Notícias
 

CLIPPING - 03/05/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 
   

 

 

Lote de teste da ‘pílula do câncer’ fica pronto

03/05/2016 - O Estado de S.Paulo


FRANCA - O laboratório autorizado a produzir a fosfoetanolamina sintética para análises clínicas, em Cravinhos, no interior paulista, finalizou a produção do primeiro lote. São 35 quilos da chamada “pílula do câncer” que serão enviados nesta semana para a Fundação para o Remédio Popular (Furp) para serem transformados em 70 mil cápsulas.

A substância em seguida será testada em pacientes de hospitais em um trabalho coordenado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Mais cinco remessas da fórmula serão encaminhadas nos próximos meses.

O Estado entrou em contato com o laboratório, que não divulgou mais detalhes sobre a produção. A informação é de que um informe público será posteriormente agendado.

A fosfoetanolamina ficou conhecida como “pílula do câncer” por supostamente combater a doença. Para dirimir as dúvidas sobre a substância, durante seis meses será realizado um estudo clínico de eficácia.

O trabalho será necessário porque, apesar de liberada por uma lei federal já sancionada pela presidente Dilma Rousseff no mês passado, a fosfoetanolamina não passou por testes científicos com humanos para ser considerada um medicamento. Entidades médicas também cobram no Supremo Tribunal Federal (STF) que a liberação seja considerada inconstitucional.

Pela lei, quem tem tumor maligno ganhou direito ao uso da substância. Basta comprovar o diagnóstico, por laudo médico, e assinar um termo de responsabilidade. No entanto, a Furp já antecipou que não produzirá cápsulas para comercialização.


TESTES


Em um primeiro momento, o estudo definirá a dose a ser ministrada em dez pacientes. Também serão analisados efeitos colaterais graves. Não havendo problemas, 21 voluntários passarão a tomar a substância. Entre outros, estarão envolvidos doentes com tumores no pulmão, próstata, fígado e estômago. A intenção é ir ampliando o número de pacientes até chegar a 1 mil.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação prevê gastar em torno de R$ 5 milhões com o estudo clínico. A fosfoetanolamina sintética foi desenvolvida inicialmente na cidade de São Carlos (SP), no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), pela equipe coordenada pelo professor aposentado Gilberto Chierice. Durante anos, a substância foi distribuída gratuitamente para pessoas interessadas.

Há dois anos, porém, uma determinação interna da USP barrou a distribuição, o que levou os interessados à Justiça. Muitos doentes garantem ter detectado efeitos positivos ao usar a fosfoetanolamina. Análises iniciais de laboratório não comprovaram a sua eficácia.




Primeira vacina contra dengue deve custar até R$ 400

03/05/2016 - Folha de S.Paulo


A primeira vacina contra dengue já aprovada no Brasil poderá chegar às clínicas privadas com preço de até R$400 a dose. O produto prevê três doses para obter máxima efetividade.

A estimativa inicial de preço máximo foi calculada pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) —órgão interministerial responsável pela determinação dos preços de remédios no país—após análise de dados enviados pela Sanofi Pasteur, empresa que produz a vacina. O valor final será divulgado em até 60 dias.

O primeiro resultado das análises foi informado pelo presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Jarbas Barbosa, durante encontro com gestores de saúde. A Folha acompanhou o evento.

“Todo primeiro produto é mais difícil, porque há dificuldade de estabelecer precificação. Exigimos metodologia de custo-efetividade. Esse trabalho está sendo concluído. Provavelmente o parâmetro é preço similar ao da vacina contra HPV, em torno de R$ 400 a dose”, afirmou no encontro.

Fabricante e varejo, no entanto, podem negociar preços menores, lembra.

“De HPV, o preço-teto é de R$400 [na rede privada, o valor cobrado por dose fica em torno de R$380],mas [é] vendida ao SUS por um preço muito menor. Normalmente o preço-teto é utilizado quando o produto vai para o setor privado e não tem concorrência”, diz Barbosa, que ressaltou que o custo inicial deve passar por nova análise.

A vacina da Sanofi é a única já aprovada no país. Há outras três em estudo—duas em fase final de pesquisas.

Sugerido inicialmente para a rede privada, o valor reduz as chances de a vacina ser incorporada no SUS. A avaliação entre membros do governo é que o preço não compensaria o resultado do produto, cujos índices de eficácia são considerados baixos —a média é de 66% entre os quatro tipos de vírus da dengue.

“Fica praticamente impossível incorporá-la no Programa Nacional de Imunização”, diz o ministro interino da Saúde, Agenor Álvares. “Para o governo, o valor informado foi de 22 euros a dose (cerca de R$ 88). Mesmo nesse preço, o impacto é de R$ 10,5 bilhões ao ano, três vezes o orçamento do programa.” IMPASSE Outro impasse é que a vacina só é indicada para pessoas entre 9 e 45 anos, o que exclui crianças e idosos, considerados mais vulneráveis a complicações e mortes.

Neste ano, o Brasil já soma 996 mil casos de dengue, segundo dados do Ministério da Saúde obtidos pela Folha.

Em 2015, o país registrou recorde da doença, com mais de 1,6 milhão de casos.

Em nota, a Sanofi Pasteur informa que aguarda a definição do valor pela Cmed para comentar. Ainda segundo a empresa, estudos clínicos apontam que a vacina é capaz de evitar 8 em cada 10 internações por dengue.O produto também reduziu em 93% os casos graves em pessoas acima de nove anos, diz.

Outros três institutos e empresas pesquisam vacinas antidengue: Butantan, Takeda e Bio-manguinhos/Fiocruz (em parceria com a GSK).

O mais adiantado é o Butantan.

Em dezembro, o instituto obteve aval para iniciar a terceira e última etapa de testes em humanos. O instituto prevê que a vacina, desenvolvida para ser aplicada em apenas uma dose, esteja disponível para uso até 2018.

 

 

 
 

Planos de saúde

03/05/2016 - Valor Econômico


Nos três primeiros meses deste ano, 617,4 mil pessoas perderam o acesso a planos de saúde, principalmente devido ao aumento do desemprego no país. Esse volume equivale quase ao total perdido em 2015, quando 766 mil usuários ficaram sem convênios médicos, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Trata-se da maior queda desde 2000, quando a agência reguladora começou a apurar os dados do setor. Em março deste ano, havia 48,8 milhões de usuários desse serviço no país - 32,4 milhões deles, de planos de saúde empresariais. Apesar do recuo no número de clientes, as operadoras registraram aumento de 11% na receita de 2015, para R$ 142,3 milhões, um reflexo do reajuste das mensalidades dos planos.




Planos de saúde perdem 617 mil mil clientes no 1º trimestre

02/05/2016 - Valor Econômico / Site


Nos três primeiros meses deste ano, os planos de saúde perderam 617,4 mil usuários nos vários segmentos, incluindo o empresarial, que equivale a 75% dos convênios no país. Esse volume equivale a quase totalidade do acumulado de 2015, quando 766 mil pessoas ficaram sem plano de saúde, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Trata-se da maior queda desde 2000, quando a agência reguladora começou a apurar os dados do setor.

Em março deste ano, havia 48,8 milhões de usuários de convênios médicos, sendo 32,4 milhões de planos empresariais, benefício concedido pelas empresas aos funcionários e que, no cenário de desemprego, é duramente afetado.

Considerando a base total, a queda no primeiro trimestre de 2016 não é tão representativa. Houve uma redução de 1,24% em relação a dezembro passado e de 2,65% quando comparado a um ano antes.

No segmento de planos dentais, 274,3 mil pessoas deixaram de ter o benefício nos três primeiros meses deste ano. O setor chegou em março com 21,6 milhões de usuários com plano odontológico, queda de 1,3% em relação ao último trimestre de 2015.


RECEITA


O setor de planos de saúde e dental registrou receita de R$ 142,3 milhões em 2015, o que representa uma alta de 11,21% quando comparado a um ano antes.

Esse aumento é reflexo, principalmente, dos reajustes de preço dos convênios médicos. Os planos individuais, definidos pela ANS, tiveram alta de 13,5%. Já nos planos empresariais, cuja negociação é livre, o reajuste médio foi de 16,5%, segundo dados da AON, consultoria de saúde.

Os custos médicos das operadoras de planos somaram R$ 119,2 milhões em 2015, aumento de 10,5% em relação ao exercício anterior.




Mercado Aberto: Em alta, laboratórios postergam fusões com grupos estrangeiros

03/05/2016 - Folha de S.Paulo


Laboratórios de diagnóstico brasileiros têm postergado os planos de fusões e aquisições com grupos estrangeiros para aproveitar seu período de crescimento.

O centro paulista de diagnósticos Salomão Zoppi, que no fim do ano passado negociava com grupos estrangeiros a venda de 20% a 30% da empresa, diz agora que não deve firmar acordos em 2016.

"Não temos interesse em evoluir com isso neste momento, em meio a uma forte expansão", afirma o presidente-executivo, Mário Pereira.

A Mendelics, especializada em testes genéticos, também tem recusado negociações.

"A procura tem sido grande, os grupos de fora observam a crise no Brasil e esperam preços mais baixos. Mas, para nós, não seria um bom negócio agora", diz David Schlesinger, um dos fundadores.

A Mendelics atingiu, em maio, o equivalente à receita de todo 2015, afirma ele.

Com resultados positivos e caixa para investir, as empresas do setor têm optado por esperar atingir um valor mais alto para então negociar a venda, analisa o advogado Henrique Frizzo, sócio do escritório Trench, Rossi e Watanabe.

A procura internacional teve forte alta no último ano, após mudança na legislação que passou a autorizar a participação estrangeira em empresas de assistência à saúde.

Apesar de não citar diretamente laboratórios, a lei era uma barreira, pois criava insegurança jurídica e impedia a expansão para outros serviços de saúde, diz Frizzo. "Era uma demanda represada."




Mercado Aberto: Receita Legível

03/05/2016 - Folha de S.Paulo


O centro de diagnósticos SalomãoZoppi vai investir neste ano R$ 60 milhões para abrir três unidades em São Paulo, como parte de seu plano de expansão.

Em 2015, a empresa já havia anunciado outros quatro novos endereços —um deles, o 11° da rede, será inaugurado neste mês, em Osasco.

No primeiro trimestre deste ano, a receita aumentou 59% em relação ao mesmo período do ano passado.

"Neste ano, o plano é manter essa taxa de crescimento", diz o presidente-executivo, Mário Sérgio Pereira.

R$ 275 milhões

foi o faturamento em 2015

 
 

Mapa do câncer de mama

03/05/2016 - O Globo


Análise do DNA de 560 pessoas com câncer de mama revela 93 genes que, se modificados, podem causar tumores — 60% dessas mutações envolvem apenas dez genes. Dois estudos publicados ontem traçam o mapa mais completo já feito sobre o câncer de mama, identificando quais mutações no genoma humano são capazes de causar o tumor e os genes envolvidos nessas alterações. A descoberta é considerada um marco, porque permite que pessoas com a mesma doença possam receber tratamentos diferentes e personalizados, de acordo com o gene e o tipo de mutação que fez surgir o câncer de mama em cada uma delas. A partir de agora, os médicos conseguirão saber, ao identificar um tumor na mama, quais genes contêm erro e em que ponto do genoma ocorreu a mutação.

A equipe de pesquisadores analisou o DNA de 560 pacientes de câncer de mama (sendo 556 mulheres e quatro, homens) e chegaram a 93 genes — ou conjuntos de instruções — que, se modificados, podem causar tumores. A maioria deles já era conhecida, mas, desta vez, os pesquisadores acreditam ter alcançado o quadro mais definitivo de possíveis mutações. O trabalho foi realizado pelo Instituto Wellcome Trust Sanger — um dos maiores centros de estudo de genoma do mundo, no Reino Unido —, e as descobertas foram publicadas nas revistas “Nature” e “Nature Communications”.

Diretor do instituto onde as análises foram realizadas, Mike Stratton considera que os resultados são um divisor de águas para a compreensão do câncer de mama.

— Existem cerca de 20 mil genes no genoma humano. E, agora, com uma visão completa sobre o câncer da mama, sabemos que 93 desses genes, se alterados, irão converter uma célula normal da mama em uma célula cancerosa. Esta é uma informação de extrema importância — ressaltou ele, em entrevista à “BBC”.


60% DAS MUTAÇÕES EM DEZ SEGMENTOS DO DNA


Os dados das pesquisas mostram, ainda, que 60% das mutações que levam ao câncer de mama envolvem apenas dez genes. No outro extremo, porém, existem certas mutações tão raras que causam somente uma pequena fração dos cânceres, o que significa que é pouco provável que elas recebam investimentos para a criação de terapias.

Todas as mutações identificadas pelos estudos não são de origem genética, e sim somática: são adquiridas ao longo da vida, por interferências do ambiente ou de comportamento, como obesidade, tabagismo ou poluição. Por isso, elas não podem ser rastreadas antes do surgimento de um tumor, como foi o caso da atriz Angelina Jolie, que detectou em seu DNA a mesma alteração no gene BRCA1 que fez sua mãe morrer de câncer de mama antes dos 60 anos — assim como a avó e uma de suas tias.

As pesquisas evidenciam, inclusive, que os genes BRCA1 e BRCA2 podem sofrer mutações por interferência de fatores externos, e não apenas dos herdados em família, como se acreditava anteriormente. Erros nesses genes aumentam muito o risco de desenvolver câncer de mama e de ovário porque são eles os genes responsáveis por proteger as células dessas duas partes do corpo. Quando eles não funcionam corretamente, não conseguem impedir o surgimento e a replicação de células cancerosas.

E são justamente os cânceres que não têm a ver com herança genética os maiores responsáveis pela alta na incidência de novos casos da doença ano após ano. São esperados, por exemplo, 58 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2016, pelo menos seis mil a mais do que se esperava cinco anos atrás, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

— Esse trabalho do Reino Unido mostra como é importante levarmos uma vida de qualidade — analisa o presidente da SBM, Ruffo de Freitas Júnior. — O estudo mostra que muitos de nós nascemos com o genoma perfeito e acabamos provocando erros por conta do nosso próprio estilo de vida.

Essas modificações pelas quais o DNA pode passar ao longo da vida formam padrões, também chamados de assinaturas de mutação, que podem ser detectados quando um tumor se forma, além de dar pistas sobre as causas do câncer.

— No futuro, seremos capazes de traçar o perfil individual de genomas de câncer, para identificarmos o tratamento com mais chances de ser bem-sucedido. Estamos um passo mais perto de uma medicina personalizada — disse a principal autora dos estudos, Serena Nik-Zainal, também pesquisadora da Universidade de Cambridge.

De acordo com Cristiane Nimir, patologista mamária associada ao Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês, um dos benefícios do tratamento personalizado para o câncer de mama é a redução dos efeitos colaterais.

— Muitos dos quimioterápicos usados hoje não conseguem distinguir as células normais das cancerosas, é como se eles não soubessem exatamente que tipo de erro procuram — explica ela. — Menos efeitos colaterais melhoram não só o bem-estar do paciente, como geram menos custos de internação e remédios. As terapias-alvo beneficiarão todas as pessoas com esse câncer, sejam aquelas com tumor hereditário ou somático.




Sai MP que estende prazo de permanência de estrangeiro no Mais Médicos

02/05/2016 - Valor Econômico / Site


Publicada nesta segunda-feira, 2, no Diário Oficial da União, a Medida Provisória (MP) 723 prorroga por três anos a permanência de estrangeiros no programa Mais Médicos.

A MP permite que os médicos estrangeiros continuem atuando sem ter que revalidar o diploma no Brasil.

A lei que criou o Mais Médicos em 2013 previa a dispensa de revalidação do diploma nos três primeiros anos de atuação. A MP publicada hoje estende esse prazo por três anos. O visto temporário para esses profissionais também foi ampliado pelo mesmo período.

Quando a MP foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff na semana passada, o Ministério da Saúde informou que sete mil profissionais sairiam do Mais Médicos e, com a edição da norma, poderão continuar atuando.




Falta médico em posto de parceira de Haddad

03/05/2016 - Folha de S.Paulo


Faltam médicos em três unidades de saúde da gestão Fernando Haddad (PT) que foram assumidas pelo Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde). Os postos ficam no centro e na zona norte de São Paulo.

A OS (organização social) é anova responsável por unidades antes administradas pela Santa Casa, como o pronto-socorro Lauro Ribas Braga (Santana) e as UBSs Jardim Joamar (Tremembé) e Parque Edu Chaves (Jaçanã).

Nesta segunda-feira(2), somente uma ginecologista atendia na UBS Jardim Joamar.

Uma grávida de quatro meses de gestação, que não quis ser identificada, conta que, há dois meses, perdeu uma consulta agendada por falta de ginecologista. “Estou há duas horas e meia esperando para ver se hoje consigo encaixe”, relata.

Também há problemas na pediatria no pronto-atendimento —que nesta segunda estava sem médico da especialidade— e nas consultas agendadas. “Estão marcando somente para outubro”, conta a do nade casa Ronilda Vieira, 29, que buscou ajuda.

Na UBS Parque Edu Chaves, a espera por consulta com pediatra é de cinco meses, diz a costureira Maria Maydana, 31. “Antes, era de três meses.” Nesta segunda, às 14h05,a sala de ginecologia da unidade estava fechada, sem atendimento.

No PS Lauro Ribas Braga, havia apenas médicos da prefeitura. Antes, também havia profissionais contratados pela Santa Casa.

Já o PS Álvaro Dino de Almeida (Barra Funda), que também irá para o Iabas, continua sob a antiga gestão. Segundo funcionários, há dois médicos por turno, quando deveria haver o dobro. Faltam também dois enfermeiros (deveriam ser quatro) e quatro auxiliares de enfermagem (o ideal são 12).Um funcionário diz que internados não são mais transferidos para a Santa Casa e permanecem ali.

A Secretaria Municipal da Saúde disse em nota que o Iabas assumiu todas as UBSs do Jaçanã/Tremembé, além de CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) em Santana e no Mandaqui.

Ainda de acordo com a prefeitura, o Iabas também assumiu o PS Lauro Ribas Braga, completando com profissionais contratados o quadro já existente de servidores públicos do local.

A prefeitura diz que o instituto se comprometeu a alocar mais dois clínicos, um ginecologista, um pediatra e um psiquiatra na UBS Parque Edu Chaves, ao longo da semana. Na UBS Jardim Joamar, a seleção para mais médicos está em fase final.

A pasta afirma que o PS Barra Funda estava com escala de profissionais completa nesta segunda.Procurado, o Iabas não se pronunciou.




Stents desnecessários só beneficiam indústria e quem dela ganha comissões

03/05/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Há bem pouco o que comemorar na saúde brasileira em tempos de tantas epidemias, cortes de orçamentos e do leilão em curso nos quadros do Ministério da Saúde.

Mas um fato me alegrou nos últimos dias: o fortalecimento da campanha "Choosing Wisely" (escolhendo com sabedoria) no Brasil, com adesão de ao menos duas sociedades médicas, a de cardiologia e de medicina de família, e apoio da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Para quem não conhece, essa campanha foi iniciada nos Estados Unidos em 2012 e tenta mostrar os riscos do excesso de exames, que pode levar a tratamentos desnecessários, alguns dos quais causando mais danos do que benefícios aos pacientes.

Na oncologia, mesmo com o advento de exames sofisticados e tratamentos modernos e caros, a mortalidade não caiu. Com a mamografia, o diagnóstico de um tipo de câncer de mama (carcinoma ductal in situ), por exemplo, aumentou de 3% para 25% em três décadas. Mas o índice de mortalidade permaneceu inalterado, independentemente do tratamento adotado.

No meio desse caminho, muitas biopsias, cirurgias e tratamentos foram feitos inutilmente, gerando gastos, riscos e estresse desnecessários. O mesmo tem sido observado em certos tumores de próstata e de tireoide.

No caso da tireoide, recentemente vimos um dos tumores ("variante encapsulada folicular do carcinoma papilar da tireoide, ou EFVPTC, na sigla em inglês) deixar de ser câncer. Isso significa que, anualmente, 46 mil pessoas no mundo foram operadas e de fizeram radioterapia desnecessariamente.

Voltando à campanha "Choosing Wisely", o objetivo não é impor nada a ninguém, mas, estimular que as sociedades médicas criem suas listas de procedimentos a serem evitados.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia, por exemplo, tomou uma atitude corajosa: está recomendando que os cardiologistas não coloquem "stents" em pacientes assintomáticos, prática ainda muito comum. Estudos apontam que 50% das intervenções coronárias nos Estados Unidos, por exemplo, são inadequadas ou incertas. E o pior: não previnem infartos.Leia mais outras orientações no site da SBC.

Quem ganha com os stents e outras próteses desnecessárias? A indústria e os distribuidores dos dispositivos (por razões óbvias), os hospitais (que têm taxas de comercialização sobre eles) e uma parcela de médicos que ganha "comissões" da indústria. As investigações sobre a "máfia das próteses" têm farta documentação sobre isso.

Quem perde? Você, paciente, que vai passar pelo risco de uma cirurgia desnecessária e não terá garantia alguma de que estará protegido. Quem mais perde? Os sistemas de saúde (público e privado) que, ao pagar por procedimentos desnecessários e alimentar "máfias" do setor, jogam no ralo recursos que poderiam estar sendo investidos onde realmente são necessários.

Ninguém aqui é contra exames ou tratamentos, é preciso deixar bem claro. A maioria das decisões médicas se baseia em exames e muitos deles são fundamentais na assistência. Mas não se pode negar o abuso existente hoje (há muita literatura documentando isso) e a necessidade de mais critérios nessas indicações. A meta deve ser a busca por diagnósticos e tratamentos que realmente tenham impacto na qualidade/expectativa de vida das pessoas.

Porém, só a campanha não basta para mudar essa cultura perniciosa do excesso de diagnósticos. Com as consultas cada vez mais rápidas (os planos pagam mal, e o médico tenta ganhar na quantidade de pacientes atendidos), o caminho natural acaba sendo priorizar pedidos de exames (e o paciente adora isso) em detrimento de uma anamnese bem-feita.

A mudança passa por novos modelos de remuneração que valorizem a qualidade da assistência, e não a quantidade de procedimentos realizados. Tem muita gente discutindo isso há muito tempo. Difícil é fazer com que os "players" deixem de lado interesses corporativos e pensem no bem comum.




Saúde diz que não há falta de vacina antigripe

03/05/2016 - O Estado de S.Paulo


O Ministério da Saúde divulgou ontem nota em que garante não haver falta de vacina contra gripe no País. De acordo com a pasta, os Estados receberam, até sábado,71% do total de doses previamente estabelecido. São Paulo, por exemplo, teria recebido 78% do previsto. Estados do Norte teriam recebido 100% do acordado.

O Estado mostrou ontem que a grande procura fez com que o produto se esgotasse rapidamente em cidades do interior de São Paulo.

A distribuição do imunizante neste ano teve início quase um mês antes da Campanha Nacional de Vacinação. A estratégia foi adotada em virtude da antecipação da epidemia. Quando a medida foi adotada, a pasta recomendou que Estados reservassem parte das doses para a campanha de vacinação.


DOSES


De acordo com a nota, foram distribuídas no País 54 milhões de doses de vacinas, o suficiente para imunizar 49,8 milhões de pessoas. Neste ano, foi adquirido um excedente de 4 milhões de doses.




Vacina se esgota em clínicas do Rio

03/05/2016 - O Globo


O medo da gripe suína, que já matou 18 pessoas no estado, levou a uma corrida a clínicas particulares do Rio, onde vacinas contra H1N1 estão esgotadas. A procura foi acima da esperada. No estado, mais de 1 milhão de pessoas foram imunizadas. O medo de contrair o vírus H1N1 — que este ano já causou 18 mortes no estado — provocou uma corrida aos postos das redes públicas de saúde e às clínicas de imunização privadas, onde os estoques da vacina contra a gripe estão esgotados ou muito baixos. A grande demanda causou congestionamento nas linhas telefônicas das unidades particulares, que usaram as redes sociais e seus sites para alertar os interessados para o desabastecimento. Na Neovacinas, por exemplo, que tem filiais em Botafogo e na Barra, os estoques já estão esgotados desde a semana passada e não há previsão de novas remessas. Segundo a pediatra Maria Cristina Senna Duarte, diretora da clínica, o fato de os casos de H1N1 terem ocorrido mais cedo este ano levou a população a buscar proteção o quanto antes.

— As pessoas ficaram mais conscientes da necessidade de se imunizar e correram para a clínica. Acontece que a capacidade de produção de vacinas da gripe não correspondeu a essa procura — disse a médica.

A esteticista Carmen Luísa da Silva, de 33 anos, contou que passou a manhã de ontem telefonando para a filial da clínica Profilaxys na Tijuca e, como não conseguiu ser atendida, decidiu ir pessoalmente ao local para tentar vacinar o filho de 6 anos. Quando chegou, viu logo na porta do estabelecimento uma plaquinha informando: “Não temos vacina de gripe”

— O telefone só dava ocupado, então eu vim até aqui, mas dei azar. Não tem essa vacina da gripe em lugar algum. Já liguei para várias clínicas — disse ela, que foi no horário do almoço à clínica, que estava fechada.


SEM PREVISÃO DE REPOSIÇÃO


Mais tarde, por telefone, uma funcionária informou a Carmen que não há previsão de chegada do produto. Também lhe disse que não havia a vacina nas unidades de Botafogo e Barra 2. Segundo Carmen, informaram-lhe que os laboratórios não têm mais doses em estoque.

Uma equipe do GLOBO ligou para dez clínicas das zonas Sul, Norte e Oeste, para saber se a vacina contra o H1N1 está disponível. Em todas, a resposta foi a mesma: só havia a quadrivalente pediátrica (para menores de 3 anos), justamente a faixa etária de um dos grupos que podem ser imunizados nos postos de saúde gratuitamente, sem precisar desembolsar os cerca de R$ 150 cobrados na maioria dos estabelecimentos privados.

Há dois tipos de vacina: a trivalente, que progete contra o H1N1, o H3N2 (ambos vírus da influenza A) e uma cepa da influenza B,e a quadrivalente, que combate todos esses micro-organismos e mais uma outra cepa da influenza B.

A jornalista Mônica Lima, de 45 anos, procurou a filial da clínica Vaccini no Méier, no último sábado, para tentar vacinar a filha Laura, de 9. Quando chegou, um cartaz avisava sobre a falta do produto.

— A atendente disse que não há previsão para chegar. É preciso ficar acompanhando: ligando, vendo no site ou vindo aqui perguntar — disse Mônica, que foi informada pelo grupo de WhatsApp da escola da filha que ainda é possível encontrar doses numa clínica da Barra.

No site da Vaccini, um quadro com a data de ontem divulgava a disponibilidade de vacinas contra a gripe em todas as filiais. O texto, no entanto, deixava claro que não era possível “estimar o tempo de duração dos estoques”. De acordo com o aviso, no Estado do Rio só era possível achar doses da trivalente (adulto e pediátrica) em Macaé. Em nenhuma das 12 filiais havia estoque de vacina quadrivalente contra a gripe. Avisos semelhantes foram publicados nos sites das clínicas Neovacinas e Kinder.

A pediatra Maria Cristina Senna Duarte destacou que tanto a trivalente quanto a quadrivalente oferecem proteção contra o H1N1.

Dois laboratórios que fornecem vacina a clínicas no município alegam que a procura este ano foi acima da média. O Sanofi Pasteur informou que “atendeu a todas as solicitações realizadas antecipadamente pelas clínicas de vacinação”. Desde o fim de março, a empresa está fornecendo para todo o Brasil a trivalente. Também antecipou em cerca de três semanas a entrega da quadrivalente, que começou a ser distribuída em 11 de abril. Este ano, em comparação com 2015, o número de doses dessa vacina dobrou. Já o laboratório GSK destacou que a “demanda está muito acima do esperado devido ao recente surto de H1N1.” Acrescentou que, “em razão da complexidade de produção da vacina, a capacidade de abastecimento é coberta por diferentes laboratórios.”


META NA CAPITAL É IMUNIZAR 1,2 MILHÃO


A corrida pela imunização se repete nos postos da Secretaria municipal de Saúde, que, desde sábado, dia D da vacinação, já imunizaram 486.226 pessoas, o que representa 3% da população alvo. A meta é chegar a 80% — cerca de 1,2 milhão. A coordenadora municipal de Imunização, Nadja Greffe, avalia a corrida aos postos como um resposta positiva da população. E garante que não há risco de faltar vacina. Atendendo a recomendação do Ministério da Saúde, a rede municipal só imuniza idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a 5 anos incompletos (até 4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, doentes crônicos e profissionais de saúde.

— A população está entendendo o benefício da vacinação como uma forma importante de prevenção dos casos de influenza e procurando os postos. Recebemos do Ministério da Saúde 1,2 milhão de doses da vacina trivalente — disse ela.


“ACHO MUITO IMPORTANTE ME CUIDAR"


No Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca, o movimento começou cedo ontem. Das 8h ao meio-dia, foram aplicadas 1.240 doses. O tempo médio de espera, segundo a Secretaria de Saúde, foi de 15 a 20 minutos. A aposentada Ruth Azevedo, de 70 anos, contou que, por volta das 10h, passou pela Rua Desembargador Isidro e, quando viu que a fila virava a esquina, desistiu. Já Maria das Graças da Silva, de 74 anos, esperou 30 minutos para ser vacinada. Ela preferiu ir logo cedo, pois temia que as doses acabassem:

— Eu vi na televisão que os estoques podem acabar. No sábado, não pude vir porque tinha outro compromisso, mas hoje (ontem) vim logo. Tomo a vacina todos os anos, acho muito importante me cuidar — comentou ela.

A Secretaria estadual de Saúde informou que, até o fim da tarde de ontem, 1,06 milhão de pessoas foram imunizadas: 492.422 crianças entre 6 meses e 5 anos incompletos (52,21% do públicoalvo), 45.433 gestantes (25,94%), 452.523 idosos (21,45%), 7.726 doentes crônicos (26,84%), 66.863 profissionais de saúde (17,35%) e 290 indígenas (44,62%).




HPV se aproveita de fragilidade emocional

03/05/2016 - Correio Braziliense


Diferentes estudos têm mostrado que estresse e depressão, além de afetarem a qualidade de vida, enfraquecem o sistema imunológico. Agora, pesquisadores americanos constatam que esse efeito pode ser especialmente perigoso para mulheres com o papiloma vírus humano (HPV). Após acompanharem por 11 anos jovens infectadas pelo micro-organismo, os cientistas descobriram que esses problemas emocionais, principalmente se aliados a hábitos pouco saudáveis, como fumar e beber, aumentam a capacidade de o vírus agredir o organismo.

Os autores do estudo, divulgado na semana passada durante a reunião da Sociedade Americana de Pediatria, destacam que o trabalho constata suspeitas que já haviam sido levantadas na área médica e reforça a necessidade de mudança de estilo de vida em mulheres com HPV. Segundo eles, para essas pacientes, é fundamental buscar por estilos de vida menos desgastantes para reduzir as chances de aparecimento do câncer de colo de útero, enfermidade causada pelo vírus.

A análise teve início em 2000, quando 333 mulheres que tinham em média 19 anos e haviam sido diagnosticadas com o HPV passaram a ser acompanhadas. As voluntárias realizavam visitas semestrais aos médicos responsáveis pelo estudo para a coleta de amostras. Nessas ocasiões, também respondiam um questionário sobre seus hábitos e como estavam se sentindo. Algumas das perguntas serviam para avaliar o nível de estresse e depressão enfrentado pelas participantes e como elas lidavam com esses problemas.

Após 11 anos de acompanhamento, os pesquisadores analisaram os dados, cruzando as informações colhidas pelos questionários com os exames médicos. Constatou-se um aumento considerável no nível de presença do vírus nas voluntárias com maior desgaste emocional. “Descobrimos que as mulheres que estavam deprimidas ou que haviam sofrido muito estresse eram mais propensas a ter persistência do HPV”, declarou em um comunicado Anna-Barbara Moscicki, professora de pediatria e pesquisadora da Universidade da Califórnia.

Outro ponto observado pelos investigadores foi a influência de hábitos pouco saudáveis com a constância do HPV. “As mulheres que relataram estratégias autodestrutivas para enfrentar problemas emocionais, como beber, fumar cigarros ou usar drogas quando estavam estressadas, eram propensas a ter o HPV mais ativo no organismo”, destacou a autora.


ALERTA


Os cientistas ainda não sabem explicar por que problemas emocionais estão ligados à permanência do HPV no corpo, mas acreditam que o estresse esteja ligado a respostas imunes anormais, dificultando a ação do sistema imunológico contra o vírus. Isso faz com que a pessoa se torne mais propensa a ter problemas de saúde, incluindo câncer de cólon, que tem como uma de suas causas o papiloma vírus humano. “As infecções por HPV são a causa dos cânceres cervicais e são extremamente comuns. O vírus que está no organismo corre o risco de desenvolver cancro do colo do útero. Isso é preocupante, pois muitas dessas mulheres adquiriram a infecção desde adolescentes”, explicou Moscicki.

Para Janaína Sturari, ginecologista e diretora do Hospital Maria Auxiliadora, em Brasília, o estudo americano é de grande importância, pois confirma suspeitas da área médica. “Sempre falamos que o estresse e a depressão parecem prolongar a infecção desse vírus, e, com essa análise, os cientistas provaram o que já vínhamos observando. Fatores como a bebida e o cigarro aumentam os processos inflamatórios, e eles também interferem na área genital. Isso vai levar à persistência da infecção”, avaliou a especialista, que não participou do estudo.

Os autores do estudo acreditam que pesquisas futuras poderão determinar os marcadores inflamatórios que determinam o câncer de colo do útero e estão associados ao estresse. Para eles, a investigação atual já serve como um alerta às mulheres com HPV, que devem buscar estilos de vida mais saudáveis e menos desgastantes. Para Janaína Sturari, essa medida é essencial. “Caso não existam fatores que prolonguem a vida do HPV, como estresse, bebida e cigarro, o organismo consegue eliminar o vírus em cerca de dois anos, porque ele para de se replicar. Mas, para isso, todos os cuidados são necessários, incluindo uma boa alimentação”, detalhou.

A ginecologista lembra que a incidência da doença é alta em todo o mundo. “Ou mudamos nossos hábitos ou vamos sofrer com doenças cada vez mais cedo. Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fala em 231 mil mortes a cada ano por câncer do colo de útero. Quando se fala de HPV, pensamos só nas mulheres, mas ele pode provocar enfermidades também nos homens, como câncer de pênis, de ânus e de laringe”, destacou a especialista.

"As mulheres que relataram estratégias autodestrutivas para enfrentar problemas emocionais, como beber, fumar cigarros ou usar drogas quando estavam estressadas, eram propensas a ter o HPV mais ativo no organismo”

Anna-Barbara Moscicki, professora de pediatria e pesquisadora da Universidade da Califórnia

"Sempre falamos que o estresse e a depressão parecem prolongar a infecção desse vírus, e, com essa análise, os cientistas provaram o que já vínhamos observando”

Janaína Sturari, ginecologista e diretora do Hospital Maria Auxiliadora.

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