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CRF-SP - Clipping de Notícias
 

CLIPPING - 27/04/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 
   

 

 

Vendas de genéricos têm maior expansão desde 2012

27/04/2016 - Valor Econômico


As vendas de medicamentos genéricos nas farmácias brasileiras saltaram 18,7% no primeiro trimestre deste ano, para 270 milhões de unidades, com a maior taxa de expansão registrada para o intervalo desde 2012. A crise econômica, a antecipação de compras diante do reajuste de 12% autorizado pelo governo a partir de abril e uma agressiva política de descontos ajudam a explicar esse desempenho, que chamou a atenção da própria indústria por causa de sua magnitude.

Historicamente, em outros períodos de crise, como em 2009, as vendas de genéricos acabaram impulsionadas pela substituição por parte dos consumidores dos medicamentos de marca, que são mais caros, por esses produtos. Esse movimento, na avaliação da presidente-executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), Telma Salles, pode ter se repetido no início deste ano. "Em momentos de dificuldade da economia, o genérico absorve mais consumidores", afirma.

Ao mesmo tempo, o aumento de até 12,5% no preço dos medicamentos autorizado pelo governo federal, com aplicação a partir de abril, pode ter levado a um esforço maior de antecipação de compras. Essa foi a primeira vez, em mais de dez anos, que o índice máximo de reajuste para medicamentos ficou acima da inflação, o que teria potencializado a corrida por compras antes da entrada em vigor do aumento.

Apenas em março, segundo dados da consultoria IMS Health, complicados pela PróGenéricos, as vendas de genéricos somaram 107,5 milhões de unidades, acima da média registrada em janeiro e em fevereiro, de 81,5 milhões e 81 milhões, respectivamente.

Esse efeito foi percebido no mercado farmacêutico como um todo, diz o presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, para quem a "vida real para a indústria farmacêutica" vai acontecer a partir de maio". "Todos sabiam que haveria reposição de perdas via reajuste e que o deste ano seria maior, porque a fórmula [de cálculo do índice] é amplamente conhecida", diz.

A partir do mês que vem, porém, quando o reajuste já estará incorporado à cadeia de medicamentos, o setor vai começar a sentir os efeitos do aumento do desemprego e é provável que as taxas de expansão exibidas neste início de ano não se repitam. "Pela primeira vez nos últimos dez anos, o crescimento [das vendas em reais] deve ser menor do que a inflação", opina Mussolini. No ano passado, a alta foi de 12%.

No segmento de genéricos, a postura também é de cautela em relação a projeções para o acumulado de 2016. "Não dá para saber como a economia deverá se comportar diante dos desafios políticos que o Brasil precisa equacionar", diz Telma, lembrando que as vendas de genéricos registraram queda de 0,4% na comparação de fevereiro com janeiro. Segundo a executiva, não está descartada a possibilidade de o segmento realizar pela primeira vez na história um resultado abaixo da casa dos dois dígitos.

Com o forte desempenho do primeiro trimestre, os genéricos mais uma vez alavancaram o volume total de vendas de medicamentos no país. De janeiro a março, o mercado farmacêutico total cresceu 9,6% em volume, para 890,1 milhões de unidades, enquanto em receitas, já considerados os descontos praticados, a expansão foi de 10,8%, para R$ 11,3 bilhões. "Ao excluirmos os genéricos do resultado da indústria, o crescimento fica na casa dos 6%", diz Telma.

A percepção de que laboratórios podem ter lançado mão de uma política de descontos mais agressiva no primeiro trimestre é alimentada pelo baixo crescimento das vendas em reais desse tipo de medicamento. De janeiro a março, o crescimento por esse critério foi de 9,52%, para R$ 1,5 bilhão, incluídos todos os descontos praticados, inferior aos 18,7% de expansão em unidades comercializadas e aos 10,7% do total.

Segundo fontes da indústria, alguns laboratórios teriam intensificado promoções ao longo do trimestre, com vistas a manter ou ampliar participação no mercado de genéricos. No topo do ranking do segmento estão a Hypermarcas, a EMS e a Medley (da Sanofi). Sobre essa política, a presidente-executiva da Pró-Genéricos afirma que, tradicionalmente, o varejo concede descontos significativos ao consumidor e lembra que as margens de lucro dos laboratórios seguem em retração, pressionadas por aumentos de custo e pelo câmbio.




Fabricante de remédios consegue reduzir ICMS

27/04/2016 - Valor Econômico


A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) voltou atrás e, após duas mudanças de relator, reduziu a base de cálculo do ICMS para medicamentos vendidos a hospitais. A decisão foi dada em um segundo recurso após a decisão de mérito (embargos de declaração em embargos de declaração) proposto pelo Instituto BioChimico Indústria Farmacêutica.

No processo, o fabricante discute uma autuação fiscal lavrada em março de 2003 pela Fazenda da Bahia por recolhimento a menor de ICMS. O valor original é de R$ 429 mil - atualizado chegaria próximo de R$ 1 milhão. A empresa e o Estado discordam sobre a base de cálculo do tributo, que é recolhido por meio do sistema de substituição tributária.

O Estado, que pretende recorrer da decisão para a 1ª Seção, aplica a base de cálculo dos medicamentos vendidos a farmácias. A empresa, porém, defende um recolhimento menor de ICMS com a alegação de que seus clientes são hospitais.

De acordo com Antônio José Telles de Vasconcelos, procurador do Estado da Bahia que atua nos tribunais superiores, há um precedente da 2ª Turma favorável à tese do Estado. Além do valor, o que preocupa é o efeito multiplicador da decisão. "Não podemos abrir um precedente desse", afirmou.

Ao julgar o processo, no fim de 2013, a 1ª Turma decidiu de forma favorável ao Estado. A maioria dos magistrados havia seguido o voto do relator, ministro Ari Pargendler, para quem a situação dos hospitais se assimilava às empresas distribuidoras.

Segundo a decisão, quando vende medicamentos a hospitais ou distribuidoras, a indústria assume a condição de substituto tributário em relação à última fase do ciclo de comercialização (entre drogaria e consumidor ou hospital e paciente). Na última fase, se considera como valor da operação o preço do medicamento divulgado pela revista ABC Farma.

A empresa recorreu desse entendimento por meio de embargos de declaração. O recurso foi rejeitado em 2014, o que a levou a apresentar um novo recurso. O julgamento foi iniciado. Porém, anulado no início de 2015 por questão processual - não foi dada abertura ao Estado da Bahia para impugnação. Após a aposentadoria do ministro Ari Pargendler, o processo passou para o desembargador convocado Olindo Menezes. Novamente por sucessão, o processo foi redistribuído para o ministro Gurgel de Faria, em março.

Na sessão de ontem, o relator afirmou que, no recurso, a empresa defende que há omissão na decisão, que não trata da tabela de preços usada pelo Estado, que não contemplaria medicamentos de uso restrito no ambiente hospitalar. "A tabela não se aplica a medicamentos exclusivamente destinados a uso de hospitais e clínicas", afirmou o relator, acolhendo o recurso.

Os demais integrantes acompanharam o voto. O ministro Sérgio Kukina disse que o processo teve idas e vindas e mudou seu voto. "Fiz nova reflexão e vi que não tinha valorizado adequadamente a circunstância de que a operação tributada tinha como destinatário final um hospital, em nada se confundindo com venda no varejo", disse. No julgamento, a ministra Regina Helena Costa lembrou que há outro caso sobre o assunto. Em fevereiro, a 1ª Turma começou a julgar outro processo em que as mesmas partes travam discussão idêntica.




Vírus zika deve manter venda de repelentes em alta, diz Nielsen

26/04/2016 - Valor Econômico / Site


As vendas de repelentes, que no ano passado somaram R$ 217,4 milhões, com crescimento de 49,5% em relação a 2014, conforme o Valor informou em 12 de fevereiro, devem continuar crescendo neste ano por causa do vírus zika, segundo a Nielsen, empresa de pesquisas de produtos de consumo.

A expansão das vendas tomou ritmo maior nos últimos quatro meses do ano passado. “Somente no interior de São Paulo, no ano passado, as vendas subiram mais de 100% devido ao surto de dengue. Agora, com o [vírus] zika, os números vão aumentar”, diz João Otávio Silva, analista de mercado da Nielsen.

Em relação ao volume de vendas, o aumento foi de 32,5% para 14,7 milhões de unidades no ano passado. A maior demanda foi registrada em dezembro, quando o faturamento registrou alta de 230% e o volume de 115% quando comparado a um ano antes. Segundo a Nielsen, esse ritmo deve ser repetido em 2016.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), apesar de toda a América Latina estar sendo ameaçada pelo Aedes aegypit e suas doenças, o Brasil é o país onde mais casos de vírus da zika foram identificados, com 3.893 casos suspeitos reportados desde outubro, segundo dados oficiais, o que supõe um aumento de 30% em relação aos anos anteriores, desde 2010.

Grandes marcas, como Off!, da SC Johnson, Repelex, da Reckitt Benckiser, Loção Antimosquito, da Johnson & Johnson (J&J), e Exposis, da Olsen, têm se beneficiado do medo provocado pelo zika, cuja relação com casos de má formação cerebral em bebês já foi confirmada pela OMS.




Venda de medicamentos cresce 26,14% no 1º trimestre, diz Abradilan

26/04/2016 - IstoÉ Dinheiro Online


A venda de medicamentos por empresas de distribuição e logística cresceu 26,14% no primeiro trimestre de 2016 na comparação com igual período do ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) e IMS Health. O faturamento atingiu R$ 3,93 bilhões entre janeiro e março.

Já a quantidade de medicamentos vendidos aumentou 20,68% na comparação anual, segundo a Abradilan. Foram comercializadas 236,6 milhões de unidades nos três primeiros meses deste ano.

Os associados Abradilan são responsáveis pela distribuição de 21% das unidades vendidas dos medicamentos no Brasil, e 30% dos medicamentos genéricos.




Game critica as estratégias da indústria farmacêutica para lançar e vender drogas

26/04/2016 - Época Online


Bajular médicos, manipular resultados de testes clínicos, vender a preços desleais para quebrar a concorrência ou cobrar um preço exorbitante por um medicamento capaz de salvar vidas. Essa é a realidade da indústria farmacêutica -- pelo menos dentro do game Big Pharma. O jogo é o mais novo representante de um universo de games que, além de entreter, pretende criticar -- ou gerar reflexão sobre -- o funcionamento da sociedade. Nessa linha, há títulos como SUS: The Game, criado por brasileiros em 2013, que simula a dificuldade de ser atendido em hospitais públicos. No jogo, há somente um médico no hospital e o jogador precisa encontrá-lo para ser atendido (conheça outros exemplos na galeria abaixo).

O game Big Pharma, lançado no ano passado, ganhou esta semana novos recursos: agora, o jogador -- no game, o dono de uma indústria farmacêutica -- poderá oferecer brindes aos médicos para que eles prescrevam os medicamentos da empresa, manipular os resultados dos testes das drogas para que elas pareçam melhores do que realmente são e investir numa estratégia de comunicação a fim de convencer as pessoas que elas estão doentes. “O jogo explora os desafios que surgem ao tentar alinhar os objetivos de uma empresa lucrativa aos de uma indústria dedicada a ajudar pessoas doentes”, diz o americano Tim Wicksteed, o criador do jogo.

Wicksteed diz que as estratégias usadas no jogo têm base real. Ele se inspirou no livro Ciência picareta, do psiquiatra britânico Ben Goldacre. Goldacre é conhecido internacionalmente por criticar o modo como a ciência pode ser feita -- com números torturados para alcançar bons resultados. No livro, ele descreve as táticas desonrosas de que algumas empresas lançam mão para manipular a pesquisa científica, aprovar medicamentos e aumentar suas vendas. Wicksteed diz que também entrevistou um pesquisador americano que estuda como os ensaios clínicos podem ser construídos de forma tendenciosa. Mas ele admite que o jogo exagera nas falcatruas. "Peguei as ideias e as destilei para uma forma que capta a essência da indústria sem ser 100% exata", diz Wicksteed. "A forma como é feito no jogo não é realista. Na vida real, as ações são mais sutis.”

Para começar a jogar, é necessário escolher o nome da empresa e seu presidente. Já na primeira tela é possível dar uma olhada nos insumos farmacêuticos disponíveis. A descrição inclui sua atividade medicinal e os efeitos adversos. Com o maquinário certo, é possível dar um upgrade nos ingredientes, aumentar sua ação e diminuir os efeitos adversos, mas isso custa caro e é possível que o melhor produto para o mercado não seja o melhor para a população. Com o medicamento no mercado, o jogador monitora os lucros e os relatos de efeitos colaterais. Se a demanda cai ou a concorrência aumenta, seus lucros estão ameaçados. Aí a empresa começa a perder dinheiro, e o jogador deve dar um jeito de se manter lucrativo. É preciso expandir os negócios e entrar em outros campos de doenças, contratar cientistas e descobrir novos princípios ativos. O espaço físico é limitado e para aumentar a produção é necessário fazer malabarismos para o maquinário caber. Com as contas no negativo, o jogador pode fazer empréstimos, contratar mais gente e comprar máquinas de alta tecnologia.

Mas manter as máquinas funcionando não é a única função do jogador. Também é preciso habilidade em lidar com as empresas rivais que querem lhe tirar do negócio e com o mercado sempre dinâmico, que exige medicamentos diferentes a cada estação. Se sua indústria tem futuro ou não, só os lucros dirão e ser altruísta pode não ser o melhor plano de negócios. Com a nova atualização, o jogador também será capaz de ajustar os valores de seus medicamentos. Ao colocar no mercado um produto com o preço muito baixo, o jogador consegue eliminar a concorrência e transformar sua empresa numa monopolista. Como única opção na prateleira da farmácia, as pessoas não têm saída a não ser pagar o preço que a empresa determina, mesmo que seja muito alto.

Wicksteed diz que alguns jogadores querem que o jogo vá mais longe na crítica à indústria farmacêutica. Eles sugerem que exista a possibilidade de causar doenças para depois vender a cura. Wicksteed diz que resiste em implementar esse tipo de ação porque não acha que isso aconteça na vida real. "Evito esse tipo de ação tanto quanto possível porque eu não quero enganar as pessoas", diz Wicksteed. Mas os outros desafios éticos permanecem. “O jogo Big Pharma coloca as pessoas em posição de trabalhar para uma indústria farmacêutica e pergunta: ‘O que você faria nessa posição?’”. Wicksteed espera que os jogadores sejam capazes de discernir as consequências de suas escolhas. Transformar ciência em dinheiro exige estratégia e a desconfortável verdade - para a qual não há remédio - que a doenças geram negócios.

 

 

 
 

Setor farmacêutico gastou cerca de R$ 8 bi com publicidade

27/04/2016 - DCI


O setor Farmacêutico destinou R$ 8,1 bilhões para compra de espaço publicitário em 2015, o que indica um aumento de 35% em relação ao ano anterior, aponta o estudo Retrospectiva & Perspectivas 2015, da Kantar IBOPE Media.

A categoria Outros Medicamentos (produtos para emagrecimento, tratamento capilar, varizes, entre outros) foi responsável por 27% da compra de espaço publicitário do setor, totalizando R$ 2,2 bilhões, com crescimento de 90% em relação a 2014. A TV aberta foi o destino de 91% do volume, dos quais 21% em ações de merchandising.

Ainda sobre o setor farmacêutico, 23% dos investimentos foram provenientes da categoria Tônicos Fortificantes e Vitaminas representando um crescimento de 68% em 2015. Os destaques desse segmento foram os complexos vitamínicos e de suplemento alimentar para adultos, que concentraram mais de 80% do volume de mídia publicitária da categoria.




Ressarcimento ao SUS

27/04/2016 - Valor Econômico


Operadoras e seguradoras de saúde pagaram R$ 1,2 bilhão para ressarcir o Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2000 e março de 2016, por atendimentos a pacientes de planos privados na rede pública.




Resultado da Eli Lilly encolhe 17% no primeiro trimestre

26/04/2016 - Valor Econômico / Site


A farmacêutica Eli Lilly registrou queda de 16,9% no lucro líquido do primeiro trimestre, para US$ 440,1 milhões, na comparação anual. A receita cresceu 4,7% de janeiro a março, para US$ 4,87 bilhões. Os analistas projetavam vendas de US$ 4,82 bilhões.

A companhia, dona do antidepressivo Prozac e do medicamento para disfunção erétil Cialis, indicou que o aumento de receita no último trimestre foi beneficiado pelo incremento das vendas de novos medicamentos, ajudando a compensar o declínio em alguns produtos já estabelecidos.

A Lilly também reduziu sua previsão de lucro para o ano, citando a crise financeira da Venezuela e uma baixa contábil de US$ 203,9 milhões relacionada às operações no país sul-americano. A empresa agora espera lucro anual por ação entre US$ 2,68 e US$ 2,78, ante o intervalo de US$ 2,83 a US$ 2,93 de ganho projetado anteriormente. No primeiro trimestre, o lucro por ação foi de US$ 0,41.

Ainda assim, a empresa aumentou sua previsão de receita, dizendo que agora espera vendas anuais entre US$ 20,6 bilhões e US$ 21,1 bilhões, ante os US$ 20,2 bilhões e US$ 20,7 bilhões na estimativa anterior.

As vendas do Humalog, para o tratamento da diabetes, principal produto da Lilly em receita, caíram 11% para US$ 606,3 milhões, com a empresa reduzindo os preços do medicamento, cujas vendas foram parcialmente compensadas pelo aumento da demanda.

As vendas na divisão de saúde animal subiram 1% no trimestre, para US$ 754,6 milhões.

 
 

Brasil notifica 1 mil casos de zika por dia

27/04/2016 - O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - O Brasil registrou um aumento de 62% nos casos de dengue em menos de um mês. Até o dia 2 de abril foram contabilizados no País 802.429 casos da doença, enquanto em 5 de março a marca era de 495.266 infecções. O Sudeste segue como a região com maior número de registros, 463.807 - o equivalente a 57,8% da marca nacional. O número também é expressivamente maior do que o indicado no boletim anterior, quando eram contabilizados 280.118 casos.

Em seguida, vem o Nordeste, com 158.235 casos, 71% mais do que no informe de março. No Centro-Oeste foram 94.672 notificações, um aumento de 50,7% em relação ao mês de março. No Sul, o aumento foi de 55%. Com isso, a região atinge agora a marca de 57.282 casos. No Norte, o aumento foi pouco expressivo, quando comparado com o restante do País: 3,5%.

O número de óbitos por dengue também apresentou um aumento bastante expressivo. Até o dia 2 de abril, o País identificou 140 mortes por dengue, mais do que o dobro do que havia sido contabilizado no mês de março, quando 67 casos fatais foram informados.

Como o Estado revelou nesta terça-feira, o Brasil registrou ainda um aumento significativo de registros de casos de chikungunya. No País, a marca chegou a 39.017 casos, cinco vezes mais do que o identificado no mesmo período do ano passado e quase três vezes a marca do boletim de março, quando havia, 13.676 registros. O número de mortes confirmadas também aumentou de forma expressiva, de 2 para 15 em menos de um mês.




Ministério pede investigação de mortes por chikungunya

27/04/2016 - O Estado de S.Paulo


Em uma reunião de emergência realizada nesta terça-feira, 26, em Brasília, o Ministério da Saúde encomendou a um grupo de especialistas a elaboração de um protocolo direcionado a autoridades sanitárias para se investigar mortes suspeitas de terem sido provocadas por chikungunya. Como o Estado revelou, os Estados de Pernambuco e Paraíba registraram este ano um expressivo e inexplicado aumento de mortes relacionadas a vírus transmitidos por mosquitos, arboviroses. A principal hipótese é de que os óbitos tenham sido provocados pela doença, conhecida até pouco tempo como prima da dengue.

Em Pernambuco, há 191 óbitos em investigação por arbovirose, oito vezes mais do que os 23 casos registrados no mesmo período no ano passado.

“A letalidade da doença era considerada como próxima de zero. Oficialmente confirmados no País são 15 mortes provocadas pela doença. É um número que está bem fora da curva”, avaliou o diretor de Vigilância em Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. Na conta do Ministério, no entanto, não entram três novos casos confirmados em Pernambuco, mas que ainda não foram incorporados às estatísticas nacionais.

O aumento de casos de mortes relacionados a arboviroses espantou autoridades sanitárias. Até hoje, todos os instrumentos usados no País, tanto para notificação de óbitos quanto para investigação, levavam em consideração apenas a dengue, doença que chegou ao País na década de 80 e já provocou sucessivas epidemias. A chikungunya chegou ao País em 2014 e a zika, no ano passado.

Mortes relacionadas a chikungunya eram muito pouco expressivas. As primeiras confirmações, referentes a registros ocorridos no ano passado, ocorreram há poucos meses. Até março, havia apenas dois casos. Agora, além de 12 casos confirmados por autoridades da Secretaria de Saúde de Pernambuco, há outros três casos na Bahia, 2 na Paraíba e um no Rio Grande do Norte.

“Precisamos dar uma resposta rápida. Investigar o que de fato está acontecendo”, afirmou o coordenador do Programa de Controle de Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho para especialistas durante a reunião desta terça. A equipe terá como missão preparar um protocolo em que várias questões terão de ser observadas pelos médicos: quais sintomas o paciente apresentou, quais exames laboratoriais devem ser feitos em um primeiro momento, quais amostras devem ser coletadas.

Se forem confirmados os óbitos por chikungunya, uma série de questões deverão ser respondidas. Entre elas estão os motivos que levaram uma doença, até então considerada pouco letal, a provocar um aumento do número de mortes. Uma das hipóteses que serão investigadas é a ocorrência de infecções simultâneas - além de chikungunya, dengue ou zika.

Outra possibilidade considerada muito importante por especialistas é que mortes tenham sido provocadas pela prescrição incorreta de medicamentos. Já há um consenso de que pacientes com zika e dengue, por exemplo, somente devem ser tratados com analgésicos que levem em sua composição paracetamol. Chikungunya, no entanto, provoca fortes dores nas articulações. “Há uma tendência de médicos de receitarem, por exemplo, anti-inflamatórios não hormonais”, disse o professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Brito, um dos primeiros a chamar a atenção para o aumento das mortes por arboviroses no seu Estado.

Há ainda a automedicação. “É preciso checar todas as variantes e de forma rápida. As respostas serão importantes não apenas para esclarecer o passado, mas para dar instrumentos aos governos para que tomem todas as medidas necessárias”, disse Brito.




Prefeitura libera ‘quarteirização’ para reduzir déficit de pediatras em postos

27/04/2016 - O Estado de S.Paulo


SÃO PAULO - As unidades de saúde da capital gerenciadas por organizações sociais (OSs) estão contratando clínicas particulares de pediatria para suprir a falta de médicos. Levantamento feito pelo Estado com base em dados publicados no site da Prefeitura mostra que há pelo menos 273 plantões vagos na rede terceirizada para atendimento infantil. Somadas outras especialidades, como clínica médica e ginecologia, o número chega a 662. O aval para a “quarteirização” foi dado pelo secretário municipal Alexandre Padilha, com o objetivo de agilizar a cobertura dos plantões diante do surto de H1N1.

Pelo sistema emergencial, as OSs podem recorrer a “prestadores de serviço”, condição prevista em contrato. As entidades foram liberadas para selecionar médicos sem a necessidade de registro nem qualquer outro tipo de vínculo com o sistema público, subcontratação criticada por especialistas.

Desde 2013, quando começou a ser divulgada pela gestão Fernando Haddad (PT), a seleção de médicos das OSs não revela o número de profissionais em falta. As listagens indicam quantos plantões de 12, 20 ou 40 horas estão vagos.

Os profissionais têm assumido plantões em Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) e prontos-socorros, geralmente à noite e nos fins de semana. A hora varia entre R$ 110 e R$ 130, sem descontos. Esses médicos já atendem, por exemplo, na AMA Parque Anhanguera, zona oeste, e na AMA Waldomiro de Paula, zona leste.

Com o novo modelo de seleção, 152 plantões de pediatria já foram cobertos, segundo a secretaria, e outros 264 estão em fase final de contratação pelas entidades Santa Marcelina e Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) - a demanda é, portanto, maior do que a informada.


POPULAÇÃO


Para quem precisa de atendimento, no entanto, a nomenclatura não faz diferença. “A gente paga imposto e fica sem médico. Não pode. Ele tem bronquite e, vira e mexe, tem de ir ao médico, mas não tem pediatra”, reclamava a auxiliar de limpeza Lusiene Batista de Alcântara, de 46 anos, na quarta-feira passada. Ela tentou consulta para o filho Pedro, de 6 anos, na AMA Jardim Romano, na zona leste, que, de acordo com funcionários, estava sem pediatra havia mais de 15 dias.

O déficit atinge todas as regiões e especialidades, mas preocupa, principalmente, na zona leste. Na AMA Santa Marcelina, em Itaquera, a espera por um pediatra também era longa naquele dia.

“Vim às 7 horas e, quando cheguei, três pessoas já estavam na minha frente. Não tenho mais convênio e é a segunda vez que venho aqui, mas não estou satisfeita. Só tem uma pediatra”, disse a vendedora Jeniffer Caroline Oliveira, de 22 anos, que levou a filha Valentina, de 1 ano e 2 meses. Elas ficaram mais de três horas na unidade. A secretaria informou que, naquele dia, o outro pediatra faltou.


ESFORÇO


As OSs afirmam que têm intensificado a captação de pediatras e outros especialistas, mas que há falta desse tipo de profissional no mercado, assim como baixo interesse em atuar na periferia.

Segundo a Santa Marcelina, a contratação de empresas, por meio de pessoas jurídicas, é uma estratégia para suprir a demanda. “Atualmente, a área responsável pela contratação de médicos conseguiu contratar alguns pediatras em regime CLT, mas não tem sido o suficiente para preencher as vagas existentes. Quanto às tratativas com as empresas de pediatras, elas já acontecem e a previsão de início é para o mês de maio”, informou a entidade, em nota. Uma das unidades é a AMA Jardim Romano.

A SPDM afirma já ter coberto 30 plantões via empresas de pediatria. “Nosso modelo é CLT. A Prefeitura é que nos solicitou essa nova forma de contratação, há cerca de duas a três semanas, para preencher vagas”, disse o superintendente da SPDM, Mário Monteiro.

Em nota, quando questionada sobre o déficit de médicos, na semana passada, a secretaria ressaltou que publica as vagas em aberto em seu site e cobra a reposição de profissionais. Informou também que já fez dois concursos para a contratação de 2 mil médicos (600 foram convocados). Questionada na segunda-feira, 25, sobre a quarteirização, a pasta não se manifestou.

A gestão Haddad dividiu a saúde em 23 territórios. Cada um só pode ser gerenciado por uma OS. Os primeiros contratos sob esse novo formato entraram em vigor em outubro de 2014. O valor repassado às OSs cresceu 35% - de R$ 2,3 bilhões, em 2013, para R$ 3,1 bilhões em 2015. Esse aumento, segundo a Prefeitura, é explicado pela ampliação da oferta de serviços médicos no período.




Superlotado, HU nega consulta oftalmológica e não atende grávidas

27/04/2016 - O Estado de S.Paulo


Além de limitar o atendimento pediátrico, o Hospital Universitário (HU) da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital paulista, também não está fazendo atendimento de emergência oftalmológico e vem encaminhando mulheres grávidas para outras unidades de saúde. Um cartaz na frente do centro médico informa que o berçário e a maternidade estão superlotados. Para os pacientes, as restrições têm sido um transtorno e outras unidades de saúde da região estão sobrecarregadas.

Nesta terça, no fim da tarde, funcionários indagavam aos pacientes, ainda no lado de fora, o motivo para procurar a unidade e distribuíam folhetos com endereços de postos da rede municipal. Pais e crianças que chegam no início da noite já são orientados a ir para outra unidade. Desde o dia 20, o pronto-socorro infantil está funcionando apenas das 7 às 19 horas – depois, há apenas um especialista de plantão, o que obrigou a diretoria a atender só casos emergenciais.

Na sexta-feira passada, Marcia Regina de Moraes, de 44 anos, levou a filha de 1 ano que estava com febre ao HU. “Cheguei às 16 horas lá e consegui que ela fosse atendida, mas vi muita gente que chegou às 17h30 com criança doente ser mandada para outra unidade”, contou.

Nesta terça, a menina voltou a ter febre e Márcia ficou com receio de ter o atendimento rejeitado no HU. Por isso, procurou o Pronto-socorro do Butantã. “Cada dia eles mudam alguma coisa, não dá para a gente ficar de um lado para o outro com criança doente. Eu gosto muito do atendimento na USP, mas a gente nunca sabe se vai poder ser recebido.” No início da noite desta terça, a espera no PS para uma consulta com pediatra era de ao menos duas horas, segundo os pais que estavam no local.

Já o motoboy Rafael Duarte, de 28 anos, levou o filho de 3 ao HU na tarde desta terça e esperou por três horas. “Fomos muito bem atendidos, mas a espera é muito longa. Dos três consultórios infantis, só dois estavam com médico.”


GRÁVIDAS


O cartaz na entrada do hospital informa que a superlotação na maternidade e no berçário ocorre desde 14 de abril. Ressalta ainda que a suspensão no atendimento às grávidas é por “tempo indeterminado”.

Sobre a limitação no atendimento pediátrico, a Superintendência do hospital informou, em comunicado oficial, que é provocada pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV) e pela suspensão de novas contratações na USP, em função da crise financeira da instituição. Questionada, a USP e o hospital não informaram os motivos da superlotação na maternidade e no berçário e da suspensão do atendimento oftalmológico.

A assessoria da Secretaria Municipal de Saúde informou que, sempre que um serviço de saúde é interrompido, as unidades do entorno são afetadas. Em nota oficial, destacou que nos últimos 15 dias a Prefeitura, por meio das organizações sociais, contratou 152 plantões de pediatras e 264 estão em fase de contratação.




Vírus zika

27/04/2016 - Valor Econômico


O Brasil já soma neste ano 91.387 casos prováveis de infecção pelo vírus da zika, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. O relatório aponta ainda 7.584 casos de gestantes atendidas com sintomas da doença. Dessas, 2.844 já tiveram o diagnóstico confirmado após exames. É a primeira vez que os dados da doença são divulgados no país. Os dados mostram que o vírus continua a circular no Brasil, mas com intensidade maior em outras regiões além do Nordeste, onde foi confirmado pela primeira vez. Os casos estão distribuídos em 1.359 municípios. O Sudeste lidera em número de registros, com 35.505 casos prováveis. Em seguida, está o Nordeste (30.286).




País tem 7.584 grávidas com sintomas de vírus da zika

27/04/2016 - Folha de S.Paulo


Em pouco mais de dois meses, o Brasil registrou 91.387 casos prováveis de infecção pelo vírus da zika e vive um novo avanço de dengue e chikungunya.

Para o Ministério da Saúde, a situação indica que o país continua a viver uma “tríplice epidemia”.

Do total de casos de zika, 7.584 são de gestantes atendidas com sintomas da doença, como manchas vermelhas no corpo e coceira. Destas, 2.844 já tiveram o diagnóstico confirmado após exames.

A doença foi associada ao aumento do número de bebês com microcefalia. De outubro de 2015 a 23 de abril deste ano, são 1.198 casos confirmados da má-formação cerebral e 3.710 em investigação.

O ministério avalia que o número de registros oficiais de zika é menor que o real.

Segundo o boletim, o Rio lidera entre os Estados, com 25.930 atendimentos de pacientes com quadro provável de zika. Em seguida, com 25.061, vem a Bahia.

Os registros mostram também o avanço da chikungunya.

São 39.017 casos prováveis nos três primeiros meses do ano. No mesmo período de 2015, eram 7.412 registros —aumento de 426%.

O país vive ainda uma epidemia de dengue. De janeiro a abril, são 802.429 casos prováveis da doença, aumento de 13% em relação a 2015.

Para o ministério, a boa notícia é que os dados indicam redução no ritmo de notificações desde fevereiro.




Rio é o estado que registrou mais casos de zika em todo o país

27/04/2016 - O Globo


Um boletim do Ministério da Saúde mostra que, de fevereiro a 2 de abril, foram registrados no país 91.387 casos prováveis de zika, dos quais 7.584 em grávidas. É a primeira vez que o documento traz dados da doença, que passou a ser de notificação compulsória há cerca de dois meses. No texto, também há destaque para o avanço de 13,8% da dengue, comparando os 802.429 casos suspeitos em 2016 com os 705.231 notificados no mesmo período do ano passado. Já a chicungunha explodiu no Brasil, com 39.017 registros prováveis este ano, que já superam todos os 38.332 feitos em 2015.

O Estado do Rio tem o maior número de casos de zika do país: 25.930 ( 28,3% do total). Levandose em consideração a população, fica na quarta posição no ranking de incidência, com 156,7 registros por cem mil habitantes, perdendo apenas para Mato Grosso ( 491,7), Tocantins ( 190,9) e Bahia ( 164,8). Claudio Maierovitch, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, afirma que as comparações podem não representar bem a realidade, porque muitos estados ainda têm dificuldade de notificar e os boletins vão se aperfeiçoando com o tempo.

— Provavelmente o Rio de Janeiro está notificando bem os casos e também está enfrentando uma epidemia de grandes proporções. É um estado populoso, inclusive há uma concentração maior de casos na Região Metropolitana, como na Baixada Fluminense, onde existe aglomeração de pessoas — afirmou.


CASOS SÃO SUBNOTIFICADOS


Maierovitch reconheceu que o número de casos de zika no país é maior do que o notificado. Ele calcula que, para cada registro, haja outros quatro infectados, que não apresentam os sintomas ou que não procuram assistência pelo fato de ser uma doença geralmente leve. Todos os estados já relataram suspeitas da febre causada por zika. Do total de 91.387 casos, 31.616 tiveram resultado positivo para o vírus em exames laboratoriais ou clínicos. Entre as 7.584 grávidas, o diagnóstico de 2.844 se confirmou. O restante continua em investigação.

Ainda não se sabe qual a probabilidade de gestantes infectadas terem bebês com microcefalia, afirmou Maierovitch. Dados atualizados ontem mostraram que, no país, desde o ano passado, foram confirmados 1.198 casos da malformação e outros problemas cerebrais associados, em sua maioria, ao vírus e 3.710 estão em investigação.

Assim como o número de casos, as mortes por chicungunha também avançam. Foram 15 óbitos confirmados por exames de laboratório este ano, contra seis notificados em 2015. Identificada no país no segundo semestre de 2014, em comunidades do Nordeste e do Norte, a chicungunha se alastrou pelo Brasil e hoje está presente em pelo menos 1.126 cidades de todos os estados. O avanço da doença pelo país é motivo de apreensão para o governo, segundo Maierovitch.


DENGUE: CRESCIMENTO MENOR


Os 802.429 casos de dengue este ano também representam um incremento de 13,8% em relação ao total verificado no mesmo período de 2015. Segundo o governo, porém, o ritmo de crescimento vem diminuindo nas últimas semanas, o que pode significar um arrefecimento não só da própria doença, como de zika e chicungunha, que também são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Maierovitch atribui a desaceleração às inspeções de imóveis e outras ações de conscientização.

— Nossa expectativa é que os novos casos de dengue continuem caindo, expressando, provavelmente, os resultados das medidas de prevenção iniciadas no fim do ano passado. E a mesma coisa deve valer para as outras doenças — disse.

Foram confirmadas 140 mortes por dengue este ano, um recuo de 67% em relação ao mesmo período de 2015. Entretanto, há 307 óbitos ainda sendo investigados. Entre cidades com mais de um milhão de habitantes, a incidência de dengue em São Gonçalo é a terceira maior: de 389,9 casos por cem mil habitantes.




Brasil tem alta de 62% nos casos de dengue em menos de um mês

27/04/2016 - DCI


O Brasil registrou aumento de 62% no número de casos de dengue em menos de um mês. Até o dia 2 de abril, foram contabilizados no País 802.429 casos da doença, enquanto em 5 de março a marca era de 495.266 infecções. O Sudeste segue como a região com maior número de registros, 463 807 - o equivalente a 57,8% da marca nacional.

O número também é expressivamente maior do que o indicado no boletim anterior, quando eram contabilizados 280.118 casos.

O número de óbitos por dengue também subiu. Até dia 2 de abril, o País identificou 140 mortes por dengue, mais do dobro do que havia sido contabilizado no mês de março, quando houve 67 mortes.

Ontem, o Ministério da Saúde revelou que o País somou 91,3 mil casos prováveis de zika, entre fevereiro e 2 de abril, enquanto os casos confirmados de microcefalia chegaram a 1.198. "A taxa de incidência, que considera a proporção de casos, é de 44,7 casos para cada 100 mil habitantes", informou o ministério, que tornou compulsória a notificação dos casos de zika em fevereiro.




Epidemia de dengue é a maior da história

27/04/2016 - Correio Braziliense


O Ministério da Saúde divulgou ontem o 13° boletim epidemiológico com os números de casos suspeitos, confirmados e óbitos causados pelas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Os dados coletados de 1º de março até 2 de abril indicam aumento de 62% nos casos de dengue em relação a 2015. Para a febre chicungunha, há 38.332 notificações. Em relação à zika, 91.387 casos foram registrados desde abril de 2015. É a primeira vez que o documento traz uma notificação universal do vírus zika no país.

Em 2015, considerada até agora a maior epidemia de dengue do país, com mais de 1 milhão de notificações, foram registrados cerca de 700 mil casos no mesmo período. Neste ano, houve um aumento de 62%, cerca 800 mil notificações. Apesar do crescimento, o número de mortes e casos confirmados é menor. E embora a Região Sudeste ainda lidere o ranking, Minas Gerais superou São Paulo. São 463.807 ou 57.8%, em toda a região. Em contrapartida, a Norte mantém o menor índice, 28 mil casos.

De acordo com o ministério, houve uma redução de 67% no número de mortes — caiu de 693 para 140. Entretanto, o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, afirmou que “pode parecer uma boa notícia, mas ainda é cedo demais para se falar nisso”. Segundo o diretor, cerca de 300 outras pessoas morreram com suspeita de dengue, mas a confirmação laboratorial ainda não veio. “É necessário testes nas vísceras, e muitos laboratórios não fazem”. Isso significa que o número pode aumentar.


GESTANTES


Em relação ao vírus zika, foram notificados 91.387 casos distribuídos em 1.359 municípios. Desse número, 31.616 foram confirmados. O Rio de Janeiro tem 35 mil casos notificados. Em relação à incidência em gestantes, cerca de 7.500 casos são prováveis, enquanto 2.844 foram confirmados por detecção de sintomas ou testes laboratoriais. O restante ainda está em investigação. Três óbitos de adultos foram registrados, um no Maranhão, outro no Pará e o terceiro no Rio Grande do Norte. O informe traz os números de zika desde abril de 2015, quando os primeiros casos foram notificados. Os óbitos de recém-nascidos, natimortos, abortamentos ou fetos que tenham associação com a microcefalia causada pelo vírus zika, são apresentados em outro informe.

Foram notificados 39 mil casos possíveis de febre chicungunha. Desses, 6.159 foram confirmados. Testes comprovaram que 15 pessoas morreram no Nordeste em função do vírus. Bahia tem o índice mais alto, são 13.836 casos até agora. Há ocorrência da febre em 1.126 municípios.

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