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CRF-SP - Clipping de Notícias
 

CLIPPING - 12/04/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 
   

 

 

Remédio tem ‘resultado promissor’ contra o zika

12/04/2016 - O Estado de S.Paulo


RIO - Cientistas da Universidade Federal do Rio (UFRJ) e do Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa estão testando medicamentos que podem inibir a destruição pelo vírus da zika das células neuronais em fetos. Pelo menos um medicamento, entre dez já testados, se mostrou promissor, informou o neurocientista Stevens Rehen. Esse remédio já é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tem indicação para ser usado por grávidas.

Os pesquisadores esperam publicar nos próximos dois meses um estudo sobre a atuação do remédio, caso os efeitos iniciais sejam comprovados. Não há ainda informação se o medicamento inibe a replicação do vírus. Os pesquisadores estão analisando de suplementos a antivirais, mas preferem não informar os produtos para evitar automedicação da população.

O anúncio foi feito durante o lançamento de uma pesquisa que será publicada nesta semana pela revista científica Science sobre o efeito do zika em modelos que representam o cérebro de fetos no segundo mês de gestação. O trabalho mostrou a destruição de células neuronais e a redução do crescimento em 40%. “O resultado é equivalente ao que é observado nas crianças com microcefalia. Agora, nós temos um bom modelo para testar possibilidades de tratamento”, afirmou Rehen, coautor da pesquisa. O estudo foi liderado pela professora do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ Patrícia Garcez, especialista em microcefalia.

Os pesquisadores infectaram minicérebros, estruturas de menos de 2 milímetros obtidas a partir de células-tronco. Elas têm as camadas, os ventrículos e as características anatômicas observadas em um cérebro.

O minicérebro foi infectado com o vírus da zika no 35.º dia de desenvolvimento (que seria equivalente ao feto no 2.º mês de gestação) e teve a taxa de crescimento acompanhada pelo período de 11 dias. O resultado foi a redução do crescimento, comparado ao minicérebro não infectado. É nessa fase do desenvolvimento que começa a ser formado o córtex, área nobre do cérebro.


REDE


Essa pesquisa surgiu da formação de redes para o estudo de zika e microcefalia, criadas com base em edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio (Faperj). O lançamento da rede ocorreu pouco antes do carnaval.

“Desde o primeiro experimento à submissão à Science passaram-se 25 dias. Isso reflete o que é a comunidade científica brasileira”, afirmou Rehen. Por causa da crise financeira que afeta o Estado, porém, as verbas para a pesquisa (cerca de R$ 400 mil) ainda não foram liberadas. Os bolsistas também estão com pagamento atrasado. A previsão é de que o financiamento comece a ser liberado neste mês.




Justiça de Ourinhos manda prender secretários por falta de canabidiol

12/04/2016 - O Estado de S.Paulo


A falta de canabidiol levou a novo pedido de prisão de autoridades no Estado de São Paulo.

Em Ourinhos, no interior, a juíza Renata Ferreira dos Santos Carvalho, da Vara da Infância e Juventude, mandou prefeitura e governo do Estado fornecerem o medicamento, feito à base de uma substância presente na maconha, até amanhã.

Caso a decisão seja descumprida, está prevista a prisão do secretário municipal de Saúde, André Luís Camargo Mello, e do secretário estadual, David Uip.

A decisão vale para a família de Miguel Costa, de 12 anos, que sofre de epilepsia, precisa do medicamento e tem decisão favorável na Justiça. A Secretaria de Saúde de Ourinhos informou que a pasta estadual entrou em contato ontem e esclareceu que o medicamento será entregue amanhã.

Na semana passada, o Ministério Público Federal de Marília (SP) pediu a prisão de Uip e do ministro da Saúde, Marcelo Castro, pelo mesmo motivo.




São Paulo vacina 243 mil contra H1N1 em uma semana

12/04/2016 - O Globo


O primeiro dia de vacinação contra o vírus H1N1 em São Paulo, destinado a idosos, crianças e grávidas, teve ontem alta procura, com filas em postos de saúde e espera de 1h30m. A Secretaria estadual de Saúde diz que 243 mil pessoas foram vacinadas contra a gripe desde o início da campanha antecipada na capital e Região Metropolitana, no dia 4. Desse total, 123 mil são profissionais de saúde de serviços públicos e privados que receberam as doses até a última sexta. O estado enfrenta um surto de H1N1, com 534 casos confirmados e 70 mortes pelo vírus.

As doses protegem contra os vírus do inverno de 2016: A/California (H1N1), A/Hong Kong (H3N2) e B/Brisbane. A outra metade do público vacinado até o momento, segundo a secretaria, corresponde a 40% dos grupos prioritários (funcionários da saúde, crianças, idosos, gestantes, parturientes e pessoas com mais de uma patologia) da região de São José do Rio Preto, onde é grande o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza.

A meta é imunizar 3,5 milhões de paulistas.




'Temos estoque garantido', afirma Padilha sobre vacina da gripe.

12/04/2016 - DCI


No primeiro dia da campanha antecipada de vacinação contra a gripe H1N1 na capital, o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, pediu calma à população e assegurou que não faltarão vacinas.

Ontem, começou a campanha de imunização para 1,3 milhão de crianças entre 6 meses e 5 anos, gestantes e idosos, grupos mais vulneráveis à doença.

"A vacina vai estar presente. Temos um estoque absolutamente garantido", afirmou Padilha, que acompanhou a campanha, pela manhã, na UBS Dr. Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão, na Brasilândia, na zona norte da capital. Na unidade de saúde, o secretário anunciou um mutirão de vacinação em lares de idosos neste sábado, 16. Também estão previstas visitas a abrigos.

"Temos um período para atingir a meta de 80% ao longo de toda a campanha. Sabemos que hoje deve ter um grande afluxo de pessoas nas unidades de saúde. Pela manhã, em uma unidade, já tinham sido vacinadas 600 pessoas. Mas também é bom que todos saibam que teremos o período todo da vacina", assegurou Padilha.

O secretário voltou a pedir que as pessoas tenham calma e não procurem o tamiflu após qualquer sintoma de resfriado, que pode não desenvolver para a gripe H1N1.

"Sabemos que a população está preocupada por conta da antecipação da circulação do vírus. Mas é importante saber que nem todo resfriado é H1N1. Primeiro passo é vacinar os grupos vulneráveis que precisam ser vacinados. Segundo, é ter muita tranquilidade, pois o oseltamivir (nome técnico do tamiflu) tem uma indicação clara de uso, que é para ser utilizado quando a pessoa está em estado grave."

 

 

 
 

United Health procura novo presidente para a Amil

12/04/2016 - Valor Econômico


A Amil busca um novo presidente, para substituir Edson Bueno, o fundador do negócio. A empresa, controlada pela americana UnitedHealth e um dos maiores grupos de saúde do país, está contactando diversos executivos do setor de saúde. Mas não se trata de tarefa fácil e não há pressa.

O acordo firmado em 2012 entre Bueno e a UnitedHealth prevê que o empresário venda a participação de 10% que ainda detém na operadora brasileira de planos de saúde até setembro de 2017, quando também deve deixar o cargo de presidente.

Já circularam informações de que não avançaram as negociações entre Bueno e Claudio Lottenberg, que preside o Hospital Albert Einstein desde dezembro de 2001. Mas não é bem assim. As conversas entre os dois continuam, segundo fontes do setor. Lottenberg é sócio de uma rede de clínicas oftalmológicas em São Paulo e uma das condições para assumir a Amil seria o presidente do Einstein afastar-se do grupo Lotten Eyes Oftamologia Clínica e Cirurgia. A clínica foi criada em 1989 em São Paulo, onde tem cinco unidades.

Cerca de dez executivos ligados a operadoras de planos de saúde e hospitais já foram procurados diretamente por Bueno, mas as conversas não avançaram, segundo fontes do setor de saúde. O filho dele, Pedro Bueno, que preside a Dasa, grupo de medicina diagnóstica controlado por Edson Bueno, deve continuar onde está e não é cotado para comandar a Amil.

Alguns desses executivos já estão em posições consolidadas ou em projetos em fase de maturação e declinaram da proposta.

Trata-se de um posto complexo tendo em vista a representatividade do fundador da Amil. "O setor tem uma série de complexidades, com regulações, e é difícil substituir um personagem tão icônico", diz um headhunther que preferiu não se identificar.

Além do plano de saúde e dental, a Amil controla cerca de 30 hospitais. A última grande transação foi a compra do Hospital Samaritano, em São Paulo.

Ainda segundo fontes, outro ponto complexo é que a remuneração do novo presidente está atrelada a bônus e um plano de "stock options". Em 2015, a Amil teve prejuízo de R$ 107,5 milhões e receita líquida de R$ 14,6 bilhões.

Tem 5,6 milhões de clientes.




Aquisição do Aché

12/04/2016 - Valor Econômico


O laboratório Aché fechou a compra da paranaense Nortis Farmacêutica, conhecida no mercado pela produção de antibióticos cefalosporínicos, utilizados no tratamento de infecções bacterianas. Com sede em Londrina, a Nortis tem capacidade de produção mensal de 1,2 milhão de blísteres e 400 mil frascos de medicamentos e é responsável por cerca de 50% do segmento desse tipo de antibiótico no Brasil, com 20 milhões de unidades produzidas anualmente. O valor da operação não foi divulgado, mas a compra faz parte de investimentos industriais da ordem de R$ 80 milhões previstos pelo Aché para 2016, com aumento esperado de produção de 15%, para 310 milhões de unidades. A Nortis possui ainda uma linha de medicamentos isentos de prescrição (MIP) e nutracêuticos.




Mercado Aberto: Ciência sem fronteiras

12/04/2016 - Folha de S.Paulo


A multinacional de origem japonesa Shimadzu, que fabrica desde equipamentos e máquinas hospitalares até peças de aviões, adquiriu por US$ 12 milhões (R$ 42 milhões) a Sinc do Brasil, de instrumentação científica.

Com a compra, a empresa pretende se mudar de um terreno na Barra Funda (zona oeste de São Paulo) para um novo endereço, em Barueri, segundo o diretor-geral no Brasil, Hiroki Nakamine.

Essa é a primeira aquisição que a companhia japonesa faz no Brasil, apesar de estar presente no país desde 1988.

A Shimadzu discutia a transação há anos, diz o executivo. No entanto, as negociações só começaram faz seis meses, quando já estava claro que o Brasil enfrentava uma recessão.

"Nós pensamos no longo prazo. Agora, queremos crescer especialmente no mercado farmacêutico. Devemos abrir um ramo desse setor no Estado de Goiás."




Anvisa dá aval temporário a uso de mosquito transgênico

12/04/2016 - Folha de S.Paulo


Após quase dois anos de análise, a diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu conceder uma espécie de aval temporário a pesquisas com mosquitos transgênicos.

A medida, que ocorre em meio a críticas pela demora na avaliação do tema, é a primeira iniciativa da agência para regular o uso desse tipo de tecnologia no país. Até então, a Anvisa alegava ter dúvidas se poderia interferir nessa questão.

O pedido de análise foi feito em 2014 pela britânica Oxitec, que possui uma filial em Campinas (SP) e detém uma linhagem de mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados.

Na época, a empresa havia obtido aprovação inicial pela CTN Bio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) para uso da tecnologia em larga escala e consultou a Anvisa na tentativa de obter aval para a comercialização.

Liberados no ambiente, esses mosquitos têm como função reduzir a população dos mosquitos silvestres —e, assim, reduzir também a circulação de doenças por eles transmitidas, como adengue.

Dois anos depois, a agência definiu que os mosquitos geneticamente modificados “são objeto de regulação sanitária, no que diz respeito à segurança sanitária de seu uso e em relação à sua eficácia”. Mas ainda não se posicionou sobre eventual comercialização da tecnologia.

Segundo a Anvisa, até que seja concluída a elaboração de uma norma sobre o tema, a Oxitec ganhará um “registro especial temporário”, que permite que ela realize mais pesquisas para comprovar a eficácia da tecnologia.

A medida deve abrir espaço para novas parcerias com prefeituras que desejam utilizar a ferramenta no combate ao Aedes aegypti. Essa utilização, porém, ainda deve ocorrer em caráter de testes.

Em nota, a Anvisa diz que, além da análise da CTNBio, “caberá aos órgãos específicos dos ministérios o registro e a fiscalização comercial dos organismos geneticamente modificados”.

O uso de uma linhagem transgênica do aedes ganhou repercussão após resultados positivos em testes-piloto.

Na prática, funciona assim: como só as fêmeas do aedes picam —e assim podem contrair e transmitir vírus como a dengue, por exemplo— os pesquisadores liberam apenas os machos transgênicos no ambiente.

Soltos, os mosquitos “recém-chegados” encontram as fêmeas silvestres e as fecundam. Os ovos desse encontro ganham um gene “mortal”, e produzem larvas que morrem antes de ultrapassar a fase da pupa e chegar à vida adulta.

Assim ocorre a redução na população de mosquitos.

Os projetos-piloto foram conduzidos em dois municípios da Bahia, Juazeiro e Jacobina, e em Piracicaba, no interior paulista. Em Piracicaba, resultados mostraram redução de 82% nas larvas selvagens em áreas onde o mosquito foi liberado, segundo dados da Oxitec.

O aval temporário à pesquisa foi concedido em meio a uma explosão da dengue no país. Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou 495.266 casos prováveis da doença em 2016, de janeiro até o início de março.

O número é 47% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando havia 337.738 casos notificados.

 
 

Mortes por H1N1 chegam a 102; 1º dia de vacinação tem filas a partir das 4h30

12/04/2016 - O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - O número de mortes provocadas pelo H1N1 em todo o País subiu de 71 para 102, em uma semana, alta de 43%. São Paulo concentra o maior o registro de vítimas, com 70 óbitos, segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Com longas filas nas unidades da rede pública, começou nesta segunda-feira, 11, em São Paulo a campanha de vacinação antecipada para grupos de risco - gestantes, pessoas acima de 60 anos e crianças de 6 meses a 5 anos -, inicialmente prevista para o dia 30 deste mês.

Na rede estadual, do dia 4, quando teve início a campanha para profissionais de saúde, até esta segunda, foram imunizadas 243 mil pessoas - dessas, 120 mil gestantes, idosos e crianças da região de São José do Rio Preto. A estimativa é de que 3 milhões de pessoas sejam imunizadas. A Prefeitura de São Paulo não divulgou balanço.

“Estamos no início da curva”, afirmou o diretor de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. A tendência, segundo ele, é de que a epidemia de gripe, que neste ano teve início antecipado, cresça no próximo mês e atinja o seu ponto máximo. A previsão é feita com base na trajetória da epidemia em 2013.

Dos 686 casos identificados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), 78% estão concentrados em São Paulo. Foram 534. Em todo o Sudeste, foram identificados 553 pacientes com complicações provocadas pelo vírus. Santa Catarina é o segundo Estado com maior número de casos da doença: 40, seguido do Paraná (21 casos), Goiás (12), Pernambuco (11), Minas (10), Bahia (9).

Ao todo, 18 Estados têm registro de complicações provocadas pelo H1N1. Há uma semana, eram 444 casos - alta de 54%. Além de São Paulo, outros 13 Estados registram mortes provocadas pelo vírus.

Maierovitch não descarta o risco de a epidemia atingir neste ano indicadores semelhantes ao registrado há três anos, que acabou com 768 óbitos. “Pode ser que vejamos uma repetição do grande número de mortes.” Ele, porém, observou que todos os anos a gripe provoca um número significativo de óbitos.


PREVENÇÃO


Com medo do surto, a população-alvo da campanha de vacinação chegou aos postos da capital nesta segunda-feira, 11, ainda de madrugada. O guia turístico Caio Damazio, de 27 anos, foi o primeiro a chegar à Unidade Básica de Saúde (UBS) Humberto Pascale, em Campos Elísios, no centro, para garantir uma dose para a sobrinha de 9 meses. Eram 4h20. “Na semana passada, nós tentamos em uma clínica particular. Cheguei às 4h30, mas não consegui senha”, disse Damazio. “A gente está assustado com esse surto.”

Não só ele. Em questão de minutos, o público se multiplicou. Às 6 horas, eram 20 pessoas. Às 6h30, havia cerca de 70 na fila. Por volta das 7 horas, já passavam de 120. “Tem de se cuidar, porque o negócio é muito sério”, disse o aposentado Antônio Amâncio, de 68 anos. “Um amigo meu ficou gripado na semana passada. Sentiu muita dor de cabeça e febre. Três dias depois, morreu”, contou.

Maria José Borges, de 66 anos, decidiu se vacinar o quanto antes. “Nos outros anos, eu não tinha muita pressa, mas agora eu quis vir logo no primeiro dia”, afirmou a aposentada, atendida na UBS Vila Ipojuca, na Lapa, zona oeste.

Na UBS Dr. Manoel Joaquim, na Vila Madalena, zona oeste, o advogado Ubiratan Custódio, de 69 anos, reclamou da espera. “Você coloca um idoso em pé por horas depois diz que a campanha foi um sucesso, mas é uma tragédia”, afirmou. Custódio disse que levou 1h25 para ser vacinado.

Quem optou por ir mais tarde teve mais tranquilidade. Por receio de enfrentar uma multidão na UBS Jardim Icaraí, na Brasilândia, zona norte, a dona de casa Carla Ariade, de 21 anos, chegou às 11 horas com o filho Murilo, de 4. “Vim no primeiro dia já para prevenir porque dizem que essa gripe mata, né? Achei que de manhã estaria bem cheio, então vim mais tarde.”

A aposentada Manuela da Silva, de 84 anos, preferiu esperar, foi sozinha ao posto e saiu vacinada em dois minutos. “Todo ano eu tomo. E imaginei que neste ano teria confusão, então vim quando achei que estaria mais sossegado”, contou.

O secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, pediu calma. “A vacina vai estar presente. Temos um estoque absolutamente garantido”, disse em visita à UBS Dr. Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão, na Brasilândia, zona norte. Ele anunciou que neste sábado será realizado mutirão em lares de idosos. A Prefeitura pretende imunizar 1,3 milhão de pessoas




Mesmo com opção pública, filas continuam em clínica particular

12/04/2016 - O Estado de S.Paulo


SÃO PAULO - O início da vacinação na rede pública para idosos, gestantes e crianças não evitou a procura pela imunização em clínicas particulares. Nas filas havia nesta segunda-feira, 11, famílias inteiras buscando a vacina, além de interessados pela versão tetravalente (contra quatro tipos de vírus), que não é ofertada gratuitamente. Em algumas unidades, as doses acabaram rapidamente e não há data para a reposição.

Após 15 dias telefonando para consultar o estoque de uma clínica nos Jardins, na zona sul da capital, a bancária Marcia Matos, de 41 anos, conseguiu encontrar a vacina e foi com o marido, a mãe e os três filhos para o local. A filha de 10 meses e a mãe, de 84 anos, poderiam vacinar-se em uma unidade pública, mas ela preferiu que a vacinação fosse feita em um só lugar.

“Sou de Santana (zona norte) e o posto perto de casa não estava cheio, mas achei melhor não ter de pegar fila lá e aqui. Só me vacinei em 2009, mas fiquei preocupada com meus filhos.”

A engenheira civil Michelle Palladino, de 41 anos, foi com a filha Julia, de 6, e a sogra, a aposentada Luiza Palladino, de 85 anos, na mesma clínica, na tarde desta segunda. Elas já buscavam a dose desde a semana passada e o alerta de que a vacina estava disponível foi dado pela cunhada de Luiza, a também aposentada Therezinha Palladino, de 86 anos.

"Vim hoje ()segunda) às 6h30 e consegui. Já tinha tentado na sexta e no sábado. Vi que estava fácil e chamei a família.”

Embora a vacina esteja disponível para pessoas com mais de 60 anos em postos de saúde, Michelle conta que a sogra e a cunhada dela preferiram a rede privada. “Está difícil aqui. Imagine na rede pública.”

Em uma clínica de Higienópolis, na região central, dois cartazes na entrada informavam que as doses tinham acabado e não havia previsão de chegada. A assistente social Maria Angélica Oliveira, de 67 anos, tentou se vacinar e vai aguardar a chegada do imunizante. “Gostaria de tomar há mais de uma semana, porque minha filha está grávida. Não tomo todos os anos.”

Em apenas duas horas, as doses também acabaram em uma clínica em Perdizes, na zona oeste. Uma funcionária recomendava aos interessados que voltassem na quarta-feira, às 8 horas. “A vacina vai chegar amanhã (hoje), mas não tem previsão de horário. É melhor voltar na quarta.”


ASSÍDUO


O administrador de empresas Luiz Fernando Biasetto, de 69 anos, tentou tomar a vacina no fim da tarde desta segunda, mas não conseguiu. Ele sempre se protege contra a gripe, mas neste ano já buscou a clínica mais de uma vez, sem sucesso. “Está mais difícil. Não tentei na rede pública, porque prefiro a tetravalente.”




Atendimento no SUS

12/04/2016 - Valor Econômico


A 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) manteve condenação solidária do Estado e de município do sul catarinense ao pagamento de indenização por danos morais a agricultor que perdeu a chance de reverter falta de visão por atraso na prestação de tratamento clínico adequado por parte do Sistema Único de Saúde (SUS). O cidadão sofreu acidente de trabalho que lhe causou lesão ocular - foi atingido pelo laço de corda que prendia boi de sua propriedade e arrebentou. Após submeter-se a cinco transplantes de córnea, todos sem sucesso, a vítima buscou amparo no SUS, quando ainda havia chance de reversão do quadro de baixa acuidade visual - pelo menos de seu olho esquerdo. Passados dois anos sem resposta satisfatória dos órgãos públicos, foi diagnosticada sua definitiva cegueira bilateral completa. Com a decisão, o trabalhador receberá cerca de R$ 180 mil (valor corrigido).




Primeiro dia de vacinação contra H1N1 em SP tem confusão e bate-boca

11/04/2016 - Valor Econômico / Site


O primeiro dia da campanha de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe H1N1, começou com briga, bate-boca e desmaio nesta segunda-feira.

Na UBS Moóca 1, na rua Taquari, por volta das 9h20, houve um princípio de confusão quando uma idosa supostamente furou a fila. Houve bate-boca, gritaria e pacientes quase chegaram às vias de fato. Uma senhora desmaiou e foi atendida por funcionários da Unidade Básica de Saúde.

Estão sendo vacinadas crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, idosos com mais de 60 anos e gestantes.

Depois de muita confusão e desorganização na fila, os próprios usuários da UBS Moóca 1 passaram a organizar a espera para fugir do sol. Graça Tucci, 89, estava havia três horas à espera da vacina. A aposentada acordou às 5h e chegou na unidade de saúde as 6h. Após a espera sua preocupação era com os mais novos. "É um absurdo, está cheio de criança e grávida esperando debaixo do sol", disse.

À medida em que o sol ia esquentando, a fila para a vacina se transformou em uma sequência de sombrinhas na Moóca. À espera é também de cerca de uma hora e meia.

No Belenzinho (zona leste), na UBS Marcus Wolosker, cerca de 300 pessoas estavam na fila desde às 7h. A espera dura cerca de uma hora e meia e a imunização só é dada para quem retira senha. A cada ônibus que para no ponto em frente à UBS, mais idosos vão chegando.

Um deles é a aposentada Roseni Dattas Corrêa, 79. Ela tem problemas cardíacos e com medo de se contaminar foi para a UBS com uma máscara. "Tenho problemas no coração e não quero pegar uma gripe esperando para ser vacinada", diz.

Já na UBS Nossa Senhora do Brasil, na Bela Vista (região central), 250 pessoas estavam à espera da vacina por volta das 9h. Os primeiros haviam chegado às 6h, uma hora antes de a unidade abrir. Haviam sido distribuídas, àquela altura, 200 senhas para idosos e gestantes e 50 para crianças. Uma fila se formou na rua onde fica a unidade.




Cientistas brasileiros ligam zika a novo distúrbio cerebral em adultos

11/04/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Cientistas brasileiros revelaram um novo distúrbio cerebral em adultos associado ao vírus da zika: uma síndrome autoimune chamada encefalomielite disseminada aguda, ou Adem, que ataca o cérebro e a espinha dorsal.

O vírus já foi relacionado a outro distúrbio autoimune, a síndrome de Guillain-Barré, que ataca os nervos periféricos fora do cérebro e espinha dorsal, causando uma paralisia temporária que pode, em alguns casos, fazer com que os pacientes precisem da ajuda de equipamentos para respirar.

A nova descoberta mostra que o zika pode provocar também um ataque imune contra o sistema nervoso central. Com isso, aumenta a lista de danos neurológicos associados a ele.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existe um grande consenso científico de que, além da Guillain-Barré, o vírus da zika pode causar a microcefalia em recém nascidos, embora a produção de provas conclusivas ainda deva demorar meses ou anos.

A microcefalia é uma má-formação cerebral, na qual os bebês nascem com cabeças menores do que o normal, o que pode resultar em problemas de desenvolvimento.

Além de doenças autoimunes, alguns pesquisadores também têm apresentado relatos de pacientes com vírus da zika que desenvolvem encefalite e mielite –distúrbios neurológicos tipicamente causados pela infecção direta de células nervosas.

"Embora nosso estudo seja pequeno, pode fornecer evidência de que, nesse caso, o vírus tem efeitos diferentes sobre o cérebro do que aqueles identificados nos estudos atuais", disse em um comunicado a doutora Maria Lúcia Brito, neurologista do Hospital da Restauração, no Recife.

A Adem ocorre tipicamente como consequência de uma infecção, provocando o inchaço acentuado do cérebro e da espinha dorsal e danificando a mielina, a proteção esbranquiçada que envolve as fibras nervosas. Os sintomas são fraqueza, dormência e perda do equilíbrio e da visão, similares aos da esclerose múltipla.

Maria Lucia Brito apresentou suas descobertas neste domingo, durante um encontro da Academia Americana de Neurologia, em Vancouver, no Canadá.

O estudo envolveu 151 pacientes que foram atendidos no hospital entre dezembro de 2014 e junho de 2015. Todos foram infectados com arbovírus, a família de vírus da qual fazem parte dengue, zika e chikungunya.

Seis dos pacientes desenvolveram sintomas consistentes com distúrbios autoimunes. Desses, quatro tinham Guillain-Barré e dois tinham Adem. Em ambos os casos de Adem, imagens do cérebro mostraram danos na mielina. Os sintemas da Adem duram tipicamente seis meses.

Todos os seis pacientes testaram positivo para zika, e todos tiveram efeitos prolongados após receberem alta do hospital, com cinco pacientes tendo apresentado disfunção motora, um problemas de visão e um declínio cognitivo.




Casos de dengue crescem 47% no país e chegam a quase 500 mil

11/04/2016 - Folha de S.Paulo / Site


A dengue continua a avançar com força no país. Dados do Ministério da Saúde, divulgados nesta segunda-feira (11), mostram que o Brasil já registra 495.266 casos prováveis da doença.

O número, que abrange os dados contabilizados desde janeiro até o início de março, já é 47% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando havia 337.738 casos notificados.

O aumento ocorre em 20 Estados e no Distrito Federal. Destes, nove já apresentam incidência de dengue no patamar de uma epidemia –a OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que isso ocorre quando há mais de 300 casos de dengue a cada 100 mil habitantes.

São eles: Acre, Tocantins, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.


MINAS


A situação é mais grave em Minas Gerais, onde essa proporção já é o dobro deste parâmetro, com 775 casos a cada 100 mil habitantes. O Estado também lidera em número de registros de atendimentos.

Até o dia 5 de março, o Estado somava 161.844 notificações de casos prováveis da doença. No mesmo período do ano anterior, eram 18.331.

O novo avanço da dengue ocorre menos de um ano após o país registrar números recordes da doença, com 1,6 milhão de atendimentos nas redes de saúde e 863 mortes.

Uma das explicações apontadas para o novo aumento está na distribuição dos casos. Enquanto no ano passado cerca de metade dos registros ocorria em São Paulo, agora, os casos estão espalhados em mais pontos do país.

Outra hipótese é que parte dos casos enquadrados como dengue após diagnósticos clínicos sejam de outras doenças com alguns sintomas semelhantes, como zika e chikungunya. Ambas são transmitidas pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti.

Apesar do novo avanço, o país registra menos mortes por dengue em relação ao ano anterior. Boletim do Ministério da Saúde aponta 67 registros até o dia 5 de março -uma redução de 73% em relação ao mesmo período do ano passado.


SÃO PAULO


Em São Paulo, o número de casos de dengue teve redução de 167% nos dados até 5 de março deste ano em comparação ao mesmo período de 2015. Agora, são 79.263 registros, contra 212.360 em igual época do ano anterior.

A queda nos registros paulistas ocorre, em parte, pela redução no número de pessoas suscetíveis ao sorotipo de vírus da dengue em circulação – devido ao alto número de infecções no ano anterior.

Dados do Ministério da Saúde, obtidos a partir da análise de 1.575 amostras, apontam que o tipo 1, entre os quatro existentes, ainda teria circulação predominante nesta região. A situação, porém pode variar conforme o local. Também há novas amostras sendo analisadas.

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