CLIPPING - 07/04/2016
Assessoria de Comunicação do CRF-SP
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Vacina contra dengue já está no país
06/04/2016 - Valor Econômico
A farmacêutica francesa Sanofi Pasteur aguarda apenas a definição do preço para sua vacina contra a dengue, pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), para iniciar a distribuição do imunizante no Brasil. De acordo com a diretora médica do laboratório, Sheila Homsani, 500 mil doses da Dengvaxia já estão disponíveis no país e serão fornecidas no mercado privado.
Até o momento, não há definição do Ministério da Saúde quanto ao uso desse imunizante no Sistema Único de Saúde (SUS). Uma decisão sobre a inclusão da vacina depende, entre outros fatores, também do preço que for estabelecido pela CMED, órgão interministerial responsável por regular o mercado de medicamentos.
De acordo com a diretora médica da Sanofi Pasteur, a partir da aprovação da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que ocorreu no fim de dezembro, a CMED tem 90 dias para estabelecer o preço. "Esse prazo já passou um pouco, então seguimos aguardando", comentou, em evento organizado ontem pelo laboratório, em São Paulo, para apresentar um estudo publicado no Jornal Brasileiro de Economia da Saúde (JBES) que avalia o impacto potencial da vacinação contra a dengue no Brasil.
A Sanofi tem uma fábrica dedicada exclusivamente à produção da vacina, que foi a primeira a ser registrada no mundo, em funcionamento em Neuville-sur-Saône, perto de Lyon, na França, com capacidade de produção de 100 milhões de doses por ano. O produto da farmacêutica francesa também já foi aprovado no México, em El Salvador e nas Filipinas, que acaba de lançar um programa de vacinação que deve atingir 1 milhão de crianças das escolas públicas.
A Dengvaxia deve ser aplicada em três doses, com intervalo de seis meses entre cada uma, e tem eficácia global de 65,6% contra os quatro sorotipos da dengue. As pesquisas do laboratório mostraram ainda que a vacina reduz em 81% os casos de hospitalização.
No ano passado, o número de casos notificados de dengue no país superou a marca de 2,3 milhões, dos quais 1,68 milhão foram classificados como prováveis (outros 652,7 mil foram descartados). Indivíduos da faixa etária de 9 a 45 anos, que estão aptos a receber a vacina da Sanofi, concentraram 66% do total de casos. Neste ano, até 1º de abril, foram registrados no país quase 400 mil casos prováveis da doença.
De acordo com o estudo publicado no JBES, liderado pelo médico e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Denizar Vianna Araújo, a adoção de um programa de vacinação de rotina no país, na população de 9 a 40 anos, poderia reduzir em 81% o número de casos de dengue em cinco anos. Se esse período fosse estendido para dez anos, a redução chegaria a 92%.
Presidente do STF autoriza USP a suspender 'pílula do câncer'
05/04/2016 - Folha de S.Paulo / Site
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, autorizou a USP a interromper o fornecimento da substância química fosfoetanolamina sintética a pacientes de câncer após acabar seu estoque.
Na sua petição de suspensão de tutela antecipada, a USP afirma que a liberação da substância "cuja eficácia, segurança e qualidade são incertas" coloca em risco a saúde dos pacientes.
Em resposta, Lewandowski decidiu manter o fornecimento da substância pela USP "enquanto remanescer o estoque" mas entende que deve ocorrer a suspensão após esse término.
O ministro Ricardo Lewandowski ressaltou que "a inexistência de estudos científicos que atestem que o consumo da fosfoetanolamina sintética seja inofensivo ao organismo humano" e o desvio de finalidade da instituição de ensino, que tem como atribuição promover a educação, são justificativas à suspensão.
A decisão também informa que, além de não ter o registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),o uso da substância como medicamento não é autorizado em nenhum outro país, por agências reguladoras similares à brasileira, e que não existem estudos publicados sobre os benefícios de sua utilização na cura do câncer, nem a comprovação de que seu consumo seja inofensivo à saúde humana, segundo os protocolos legais.
Esse entendimento suspende decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo e outras decisões judiciais no mesmo sentido, que tenham determinado à USP o fornecimento da substância para tratamento de câncer.
FECHAMENTO
O laboratório do IQSC-USP (Instituto de Química de São Carlos, da USP) no qual estava sendo produzida a fosfoetanolamina, suposta "pílula do câncer", foi fechado na sexta-feira (1º). A medida foi tomada pela universidade porque o único funcionário responsável por sintetizar a molécula foi deslocado temporariamente para um laboratório de Cravinhos (SP), onde serão produzidas remessas das pílulas que servirão para testes preliminares de sua eficácia em seres humanos.
Conforme a Folha informou, apenas três pessoas conheciam bem o processo de produção da "fosfo", seu criador, o professor aposentado Gilberto Chierice e dois técnicos que trabalhavam com ele, um que se demitiu da USP e outro, o que foi remanejado para Cravinhos.
Sem especialistas para produzir a substância, a USP já não cumpria as ordens judiciais de fornecer as pílulas aos pacientes. Isso fez com que doentes, seus advogados e familiares tentassem obter a "fosfo" indo diretamente ao laboratório do IQSC, sem sucesso.
Anvisa aprova nova droga contra câncer de pulmão e melanoma
06/04/2016 - Folha de S.Paulo / Site
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda (4) o Opdivo (nivolumabe), da farmacêutica Bristol, primeiro medicamento imunoterápico para tratamento de dois tipos diferentes de tumor: o melanoma (câncer de pele agressivo) e o câncer de pulmão.
Os imunoterápicos, bola da vez da indústria farmacêutica, são medicamentos que agem ativando o próprio sistema imunológico para que ele combata a doença. Estudos mostraram aumento expressivo da sobrevida e poucos efeitos colaterais em relação às terapias tradicionais.
Na quimioterapia, as células que se reproduzem mais rápido são destruídas –o que inclui as tumorais e também algumas células saudáveis.
A aprovação é importante porque, entre os cânceres, o de pulmão é o que mais mata no mundo. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima 28.220 novos casos da doença no país em 2016, cinco vezes mais que os de melanoma.
Agora falta definir o preço do medicamento, que é determinado pela Anvisa em negociação com a farmacêutica –deve levar cerca três meses. Nos EUA, cada aplicação custa cerca de US$ 15 mil (R$ 55 mil). No país, esse custo costuma decair em aproximadamente 40%.
O tratamento combinado com outras drogas pode custar US$ 500 mil ao ano (R$ 1,8 milhão). Outros imunoterápicos, como o Keytruda (pembrolizumabe), da MSD, estão na fila de aprovação da Anvisa. O medicamento ficou "famoso" por ter driblado um melanoma metastático que já havia atingido o cérebro do ex-presidente daquele país Jimmy Carter, 91.
Segundo Bernardo Garicochea, Coordenador de Ensino e Pesquisa do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, "nunca mais vai se tratar câncer de pulmão do mesmo modo depois desse tipo de droga".
"Estamos falando de remissão de câncer metastático pela primeira vez na história. Há pacientes em que a doença não volta mais", diz o médico.
De acordo com a diretora médica de imuno-oncologia da Bristol no Brasil, Angélica Dimantas, a farmacêutica está trabalhando agora no dossiê para submissão à Anvisa do Empliciti (elotuzumab), imunoterápico para mieloma múltiplo, também já aprovado nos Estados Unidos.
No portfólio da farmacêutica também está o Yervoy (ipilimumabe), contra melanoma. O medicamento fora aprovado em 2013 pelo FDA (a "Anvisa" dos EUA) e está disponível no Brasil.
Mercado Aberto: Preço de medicamentos sobe quase 30% abaixo da inflação em 15 anos
06/04/2016 - Folha de S.Paulo
A inflação dos produtos farmacêuticos ficou 29,6% abaixo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2001 a 2015, segundo levantamento do Sindusfarma, que representa o setor.
Se considerado o período, os preços dos produtos médicos tiveram alta de 117,6%, enquanto o IPCA geral teve aumento de 166,9%.
"Variou abaixo da inflação devido à maior concorrência entre medicamentos similares e à entrada de opções de genéricos no mercado nos últimos anos", diz Nelson Mussolini, do Sindusfarma.
No ano passado, o preço dos remédios subiu 6,9% - abaixo do índice geral, que fechou 2015 em 10,67%.
A tendência é que a diferença nos aumentos de valores se mantenha nos próximos anos, segundo Mussolini. "Mas variar abaixo da inflação não significa que as pessoas estejam se tratando menos."
Na última semana, uma resolução da Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) fixou em 12,5% o reajuste máximo permitido aos fabricantes na definição dos valores desses produtos.
Em 2015, o maior aumento autorizado foi de 7,7%. Um ano antes, havia sido de 5,68%.
"Agora o reajuste foi mais alto, pois recompõe perdas que as empresas tiveram recentemente. A maior parte delas se deveu às altas de energia elétrica e do dólar."
A entidade estima que 95% da matéria-prima utilizada em medicamentos atualmente no país seja importada.
Álcool em gel já falta na farmácia
06/04/2016 - O Estado de S.Paulo
Depois de provocar corrida a clínicas de vacinação e lotação em hospitais, o surto antecipado de gripe H1N1 já causa também falta de álcool em gel em farmácias da capital paulista. O uso do itemé recomendado por médicos como uma das medidas de higiene que diminuem o risco de transmissão da doença.
Na tarde de ontem, o Estado percorreu sete drogarias de seis redes diferentes e só encontrou o produto em duas delas – em uma, só havia uma unidade restante.
Em uma loja da Drogaria São Paulo em Higienópolis, na região central, novas unidades do produto têm chegado todos os dias e esgotado em duas horas. “Agente recebe uns dez todas as noites para começar a vender na manhã seguinte. Abrimos a loja às 7 horas e quando chega às 9 horas já não tem mais nada”, disse uma atendente da farmácia, que preferiu não se identificar.
Na unidade da Farma Ponte do bairro do Limão, na zona norte, o produto está em falta desde sábado, sem previsão de chegada. Já na loja da Bifarma da Casa Verde, na mesma região, não há nenhum item e a previsão é de que novos produtos sejam entregues só a partir de sexta feira.
O item também está em falta em unidades da Droga Raia e da Drogasil na região central da cidade.
A reportagem só encontrou álcool em gel na Droga Verde, da Casa Verde, e na Drogasil, do bairro do Limão – uma unidade de 60 ml.
Questionada sobre a falta do produto, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos informou que não recebeu relatos de desabastecimento.
China fabrica remédios rejeitados pelo Ocidente
07/04/2016 - Valor Econômico
Remédios que não conseguiram chegar ao mercado em vários países estão tendo uma nova oportunidade na China.
Em 2013, a farmacêutica americana Bristol-Myers Squibb Co. parou de realizar testes em todo mundo de um remédio contra o câncer de fígado depois que ele não conseguiu obter um desempenho melhor que o de um rival. Mas ela licenciou a droga, a brivanib, para uma "startup" chinesa.
A Zai Lab Ltd., startup sediada em Xangai, vê um grande potencial no brivanib porque um tratamento com seu remédio concorrente - o sorafenib, desenvolvido pela alemã Bayer AG e a americana Onyx Pharmaceuticals Inc. - custa cerca de US$ 7.500 por mês e não é coberto pelo sistema de saúde do governo.
"Esperamos oferecer um preço mais razoável aos pacientes chineses", diz Samantha Du, fundadora da Zai Lab Ltd.
Essas startups estão de olho em um mercado onde novas drogas promissoras enfrentam uma longa demora para serem aprovadas, ao passo que os reguladores chineses aprovam medicamentos de forma acelerada.
Mas a nova tendência também está levando alguns a questionar se a China se tornou um destino de remédios de qualidade inferior. Na China, por exemplo, um remédio não precisa comprovar superioridade em relação a outras drogas existentes para ser aprovado - um grande obstáculo nos Estados Unidos, onde 90% dos candidatos a novos remédios são reprovados no processo de testes clínicos.
Mercado de genéricos tem o maior volume de lançamentos em cinco anos
06/04/2016 - Valor Econômico / Site
Um total de 35 medicamentos genéricos inéditos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no ano passado, devem chegar ao mercado brasileiro em 2016, naquele que representa o maior volume de lançamentos dos últimos cinco anos, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos).
AGÊNCIA BRASIL /ABr
Conforme a entidade, formada por 15 associadas que concentram aproximadamente 90% das vendas do segmento no país, esses lançamentos têm potencial de adicionar R$ 615,7 milhões em vendas no mercado de genéricos.
Do lado do consumidor, os novos medicamentos representam uma economia direta aproximada de R$ 215 milhões. Dos 35 produtos autorizados pela Anvisa, sete são de uso predominantemente hospitalar e não são encontrados no varejo.
A agência também autorizou o uso de 15 formas farmacêuticas inéditas de remédios que já estão no mercado. “Trata-se do maior volume de genéricos inéditos lançados nos últimos cinco anos”, afirma, em nota a presidente-executiva da entidade, Telma Salles.
Conforme a PróGenéricos, entre os produtos que poderão ser encontrados em versão genérica estão o antidepressivo Donaren (da Apsen) e o Ritmonorm (Abbott), indicado para arritmia.
Golpe com remédios para leucemia
07/04/2016 - O Globo
A descoberta de um esquema ilegal de venda de remédios levou a Polícia Federal a realizar, em 2007, a chamada Operação Placebo em sete estados brasileiros. Os alvos eram empresários que negociavam, inclusive pela internet, anabolizantes, abortivos e compostos sem eficácia comprovada, daí o nome da operação. Um dos endereços nos quais agentes cumpriram mandados de busca e apreensão foi o da distribuidora Nova Vitória, no Centro, que pertencia a Miguel Ângelo Santos Jacob.
A Nova Vitória fornecia medicamentos para a Secretaria estadual de Saúde: pelo menos três contratos, num total de R$ 805 mil, todos sem licitação, foram assinados entre a empresa e o órgão. E, de acordo com investigadores, a Nova Vitória distribuiu para outros clientes parte de um lote falsificado de Glivec 400mg, que combate a leucemia mielóide crônica. Hoje, uma caixa com 30 comprimidos custa mais de R$ 12 mil.
Em um período de sete anos (da abertura da distribuidora de medicamentos, em 2000, até a realização da Operação Placebo), Miguel Ângelo passou de morador de uma humilde casa em Bento Ribeiro, no subúrbio carioca, para proprietário de uma residência luxuosa em um condomínio da Barra. Além de faturar alto com os contratos da Nova Vitória, ele teria ganhado várias apostas consecutivas em corridas de cavalos no Jockey Club Brasileiro.
Com o sucesso nos negócios e a sorte no turfe, o empresário começou a alimentar uma paixão por carros importados. Gostava, por exemplo, de Mercedes- Benz: chegou a ter dois na garagem, entre modelos de outras marcas. Mas, apesar de rico, Miguel Ângelo aparecia em documentos como dono de poucos bens. Na época da ação da PF, a casa em que ele morava na Barra estava no nome de um irmão que vivia em Bento Ribeiro e dirigia uma Fiat Uno.
A Operação Placebo levou Miguel Ângelo a encerrar as atividades da Nova Vitória. Mas ele acabou abrindo uma outra distribuidora de medicamentos, a New Vitory II, que funcionava no mesmo endereço: Largo de São Francisco 42.
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Nova regra põe em xeque fusão entre Pfizer e Allergan
06/04/2016 - O Globo
A fusão de US$ 160 bilhões entre a farmacêutica Pfizer e a irlandesa Allergan, fabricante do Botox, corre o risco de ser suspensa, devido a mudanças na legislação fiscal dos EUA. Na noite de segunda-feira, o Departamento do Tesouro propôs medidas para evitar a chamada inversão fiscal — manobra em que uma empresa compra uma estrangeira para se beneficiar de uma carga tributária menor, como a praticada em países como a Irlanda.
A proposta do Tesouro tem como alvo o que o órgão chamou de “inversões em série”. O plano é desconsiderar os efeitos das fusões entre companhias americanas e de fora do país realizadas nos últimos três anos para determinar o tamanho das estrangeiras. Com isso, companhias como a Allergan, fruto de diversas operações de inversão, teriam uma fatia americana menor.
Isso é importante porque, pelas regras atuais, uma empresa dos EUA não pode mudar de domicílio fiscal se for dona de mais de 80% da estrangeira. Como a proposta, na prática, reduz o tamanho da estrangeira, os efeitos da inversão fiscal podem ser anulados. Esse é o objetivo do governo americano, que viu uma série de empresas, como o Burger King e a Apple, adotar a estratégia nos últimos anos.
PFIZER PODE SAIR DO NEGÓCIO
Segundo fontes da Reuters, a Pfizer está inclinada a abandonar o negócio. A empresa não quer mudar os termos do acordo com a Allergan. Ontem, as ações da irlandesa despencaram 15,4%, diante da possibilidade de o acordo não ir à frente.
A medida também pode afetar outras transações pendentes, como a fusão entre a Johson Controls e a também irlandesa Tyco. A companhia americana disse que está revisando a regulação. A Tyco não se pronunciou.
Laboratório nacional entra em consórcio para novas drogas
06/04/2016 - Folha de S.Paulo
A farmacêutica brasileira Aché acaba de entrar no Structural Genomics Consortium (SGC), uma parceria internacional entre universidades, governos e indústrias para acelerar o desenvolvimento de novos remédios.
O objetivo do consórcio, que se iniciou há onze anos e tem sede nas universidades de Toronto e Oxford, é reunir grandes equipes de cientistas para fazer a primeira parte da pesquisa que permite o desenvolvimento de novos fármacos.
A proposta do consórcio é que essa etapa seja feita de modo aberto e colaborativo: cientistas das universidades e da indústria trabalham juntos e suas descobertas são compartilhadas sem patentes.
Para o biólogo Paulo Arruda, o número de novos remédios lançados no mercado estagnou nos últimos 20 anos porque atingimos um platô de conhecimento biológico. “Para sair dele, é preciso fazer pesquisas mais extensas e coletivas.” No Brasil, o SGC tem parceria com a Unicamp desde 2015, quando foi construído o Centro de Biologia e Química de Proteínas Quinases.
Procon notifica 8 laboratórios e hospitais por preço alto da vacina
06/04/2016 - O Estado de S.Paulo
O Procon de São Paulo notificou oito hospitais e laboratórios que terão de prestar esclarecimentos sobre o aumento do preço da vacina contra o H1N1. Após receber denúncias de consumidores, o órgão constatou que os preços quase dobraram em alguns locais. A lista de estabelecimentos visitados ainda não foi divulgada.“Sabemos que não tem tabela de valores, mas o Código de Defesa do Consumidor veta qualquer prática de preço abusivo.
Até o momento, recebemos 28 reclamações e também saímos às ruas para fiscalizar. No dia 31, que foi o primeiro dia (de fiscalização), fizemos oito notificações”, diz Carlos Alberto Estracine, diretor executivo em exercício do Procon. Segundo Estracine, há casos em que a diferença de preço foi notada pelos consumidores em um curto período de tempo. “Tivemos o caso de uma mulher que levou um filho para vacinar em uma semana e estava por R$ 120. Na outra semana, quando foi imunizar o outro filho, pagou R$ 215. Já sabemos que tem lugares cobrando até R$ 230.” Multa. Estracine diz que, caso o preço abusivo seja confirmado, as empresas podem pagar multa. O valor será calculado de acordo com o potencial econômico da empresa, lucro obtido com a prática e o grau de lesão ao consumidor. “Não dá para precisar o valor. As multas do Procon variam de R$ 570 a R$ 8 milhões.” As empresas notificadas terão um prazo de dez dias para justificar o aumento do preço das doses do imunizante. “A gente sabe que houve aumento do dólar e os laboratórios não poderiam manter o preço do ano passado.
Mas nada justifica fazer no começo do ano por R$ 120 e passar para R$ 230. Estamos falando de saúde pública, de pessoas que não abrem mão de vacinar um pai, uma mãe, um idoso.” O diretor executivo em exercício diz que, caso o consumidor se sinta lesado, deve registrar a queixa no Procon por meio do telefone 151. Ele, porém, diz acreditar que haverá queda nos preços. “A gente espera que, com a antecipação da vacinação, a tendência é de que esses preços caiam bastante. Mesmo assim, isso não impede que o Procon continue realizando fiscalizações”, afirma.
Fim de patentes pode inflar receita de fabricantes de genéricos em R$ 615 mi
06/04/2016 - O Estado de S.Paulo
As farmacêuticas que produzem de genéricos estão concentrando seus esforços para produzir medicamentos que perderam a patente no ano passado ou tinham apenas versões similares no mercado. Levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) mostra que, em 2015, foram autorizadas a reprodução de cópias de 35 medicamentos. A expectativa das indústrias do setor é de uma receita extra de R$ 615 milhões por ano.
Com uma expectativa de crescimento menor para este ano, o setor farmacêutico, até então blindado pela crise econômica, começou a ficar em alerta. Os altos custos de produção estão espremendo ainda mais as margens das indústrias, que já começaram a reduzir os descontos nos medicamentos no varejo, segundo fontes.
Como boa parte dos insumos farmacêuticos é importado – a valorização do dólar afeta o setor –, os custos com mão de obra e energia, além do reajuste abaixo da inflação para os remédios controlados pelo governo, as indústrias já projetam um crescimento entre 5% e 7% em 2016, frente a 10% no passado, segundo Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma.
As indústrias de genéricos, que sempre cresceram acima de dois dígitos desde o início dos anos 2000, quando a Lei dos Genéricos entrou em vigor, afirmam que avançaram “apenas” 8% no acumulado dos 12 meses, até fevereiro.
“As incertezas sobre a crise política e econômica não nos permite fazer uma projeção para o ano. A nosso favor conta o fato de os medicamentos genéricos serem mais baratos que os de referência (com patente). Com a crise, os consumidores estão substituindo produtos de referência pelos sem marca”, diz Telma Salles, presidente da Pró Genéricos.
Em unidades, a fatia dos genéricos respondeu por 29,2% do total dos medicamentos vendidos no País, nos 12 meses encerrados em fevereiro.
ESTRATÉGIA
A Neo Química tem sido uma das mais agressivas nesse mercado. A empresa já colocou no mercado o Torsilax, versão similar – também conhecida como “genérico de marca” – do anti-inflamatório Tandrilax, um dos carros-chefes do laboratório nacional Aché. A estimativa é de que a versão genérica do Tandrilax movimente, sozinha, quase R$ 80 milhões dos R$ 615 milhões de faturamento estimados para a lista dos 35 medicamentos.
O laboratório da Hypermarcas informou que planeja lançar em 2016 ao menos três produtos dentre os que tiveram queda de patente recentemente: tadalafila, celecoxibe e cloridrato de olopatadina. Todos devem chegar às farmácias no segundo semestre.
Líder no segmento de genéricos, a EMS, de Hortolândia (SP), informou que já tem a aprovação da Anvisa para produzir até dez medicamentos, que serão lançados nos próximos três meses. Entre eles, está a versão genérica do antidepressivo Donaren, que movimentou cerca de R$ 50 milhões e é o segundo mais vendido no segmento, atrás do Tandrilax, na lista dos liberados pela Anvisa em 2015. Outra aposta da EMS é a versão genérica do Ezetimiba Sinvastatina, que combate o colesterol e deve ser a responsável por uma das maiores receitas dessas novas safras, com um mercado de R$ 150 milhões.
Carlos Aguiar, diretor de negócios do Medley, informou que ao longo de 2015 a empresa lançou dois genéricos: a tadalafila (versão do Cialis), para disfunção erétil, e o antidepressivo escitalopram (Lexapro). Para este ano estão previstos quatro lançamentos – dois deles já feitos no primeiro trimestre.
Adavium compra fornecedor de reagentes Hemogram e Alka
07/04/2016 - Valor Econômico
A Adavium Medical - fabricante e distribuidora de equipamentos médicos e de reagentes para exames laboratoriais - adquiriu duas empresas que atuam nesses mercados: a Hemogram e a Alka Tecnologia.
Com as aquisições, a Adavium prevê encerrar o ano com faturamento de R$ 200 milhões e 130 milhões de testes comercializados. A empresa fornece reagentes e equipamentos médicos para 5 mil laboratórios como Dasa, SalomãoZoppi, Fleury e Hermes Pardini e clínicas médicas no país. Hoje, a maior parte dos reagentes usados em exames de análises clínicas é importada.
Fundada em 2011 pelo médico Fred Aslan, a Adavium e as empresas adquiridas são brasileiras. O negócio cresceu com aportes de mais de US$ 26 milhões dos fundos de venture capital Venrock, Aberdare e Aboretum, todos dos Estados Unidos. Em 2013, a empresa já havia comprado a Imunotech Sistemas Diagnóticos. O valor das aquisições não foi divulgado.
A Adavium produz reagentes para 2 mil diferentes tipos de exames de hematologia, imunologia e bioquimíca. "Temos um teste que detecta num único exame os quatro tipos de dengue, zika e chikungunya que está em fase de aprovação no Brasil, além disso estamos trazendo para o país o teste rápido para o vírus H1N1", disse Claudia Goulard, diretora de operações da Adavium Medical. Anteriormente, Claudia foi CEO da GE Healthcare na América Latina.
Outra frente de negócio da Adavium é a importação de equipamentos médicos e a fabricação, no Brasil, de uma linha de máquinas chamada SlideInk. Com esse equipamento, que é exportado para vários países, é possível reduzir a quantidade de corantes usados em exames de sangue.
Fabricantes de Botox e Viagra abandonam fusão de US$ 160 bi
07/04/2016 - Folha de S.Paulo
A Pfizer, fabricante do Viagra, decidiu abandonar sua fusão de US$ 160 bilhões com a Allergan, produtora do Botox, depois que o governo de Barack Obama adotou novas medidas para pôr fim a transações de inversão tributária — em que as empresas transferem a sede para países com carga tributária mais baixas.
A decisão de encerrar o acordo marca uma vitória para a Casa Branca, cujas tentativas anteriores de desencorajar esse tipo de transação haviam fracassado.
O conselho da Pfizer votou por abandonar o acordo depois que o Tesouro dos EUA promulgou, na segunda-feira (4), regras que pareciam direcionadas especificamente ao acordo de fusão com a Allergan, disse uma pessoa informada sobre o assunto.
As novas regras do Tesouro teriam tornado a transferência para a Irlanda, onde a Allergan tem seu domicílio legal, menos lucrativa para a farmacêutica americana,porque eliminam um benefício fiscal, no caso de transações de inversão “abusivas”.
A Pfizer escaparia à tributação dos EUA sobre mais de US$ 128 bilhões em lucros que tem acumulados no exterior.Pelo rompimento de contrato com a Allergan, ela terá de pagar US$ 400 milhões.
MUDANÇAS
Sob as novas regras,no cálculo do tamanho de uma empresa estrangeira que esteja adquirindo uma companhia norte-americana, quaisquer ativos adquiridos de uma empresa norte-americana nos três anos anteriores à assinatura da mais recente aquisição terão de ser ignorados.
A fusão entre a Pfizer e a Allergan foi estruturada de forma que os acionistas da Pfizer detivessem 56% da empresa a ser formada pela aquisição, abaixo do limiar crucial de 60% que teria restringido os benefícios da inversão sob as normas anteriores.
Mas isso só seria possível porque a Allergan teve suas dimensões ampliadas por uma sucessão de aquisições.
Em 2013, a Actavis, dos EUA, adquiriu a Warner Chilcott, sediada na Irlanda, abrindo caminho para que a companhia transferisse sua base tributária para fora dos EUA, e conduzindo a uma série de aquisições agressivas, que culminaram com a tomada de controle da Allergan.
Sob as novas regras, os acionistas da Pfizer deteriam 80%da nova empresa, o que ultrapassaria o limite de 60%.
O revés é um golpe para Ian Read, presidente-executivo da Pfizer, que procurou por três anos um parceiro por meio do qual pudesse escapar ao alcance das autoridades tributárias americanas.
Ele tentou sem sucesso tomar o controle da AstraZeneca (Reino Unido) e estudou adquirir a Valeant (Canadá) e a britânica GlaxoSmithKline.
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Casos de diabete no Brasil cresceram 62% entre 1980 e 2014, diz OMS
06/04/2016 - Valor Econômico / Site
A diabete está em alta, não é mais uma doença predominantemente de países ricos e é necessária uma ação urgente dos governos, o que pode passar por mais taxação sobre alimentos pouco saudáveis, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS), em relatório publicado nesta quarta-feira.
A doença está aumentando mais velozmente em países de renda média, o que inclui o Brasil. A prevalência de diabete no país quase dobrou de 1980 a 2014, de 5% para 8,1% da população adulta, ficando ligeiramente abaixo da média global de 8,5%.
Pelos últimos dados da OMS, a diabete causou a morte de 71,7 mil pessoas no Brasil em 2014, sendo 56,8% mulheres. O número de mortes atribuídas à glicemia alta chegou a 106,6 mil no país em 2014.
Para a OMS, esse cenário está associado a fatores de risco, como obesidade e estilo de vida sedentário.
Globalmente, estima-se que 422 milhões de pessoas viviam com diabete em 2014, comparado a 108 milhões em 1980. A doença causou a morte de 1,5 milhão de pessoas em 2012. A glicemia elevada matou outras 2,2 milhões de pessoas.
A diabete pode causar complicações em várias partes do corpo e aumenta os riscos de morte prematura e ainda provoca perdas econômicas substanciais para as pessoas afetadas e para suas famílias, diz a OMS. Uma pesquisa mostra que um mês de tratamento com insulina no Brasil custaria para um funcionário público de salário modesto nada menos de 2,8 dias de trabalho, comparado a 4,7 dias no Paquistão e até 19,6 dias no Malawi.
A OMS recomenda medidas urgentes para os governos estimularem políticas de prevenção e controle da diabete e da obesidade, incluindo programas para desencorajar o consumo de alimentos pouco saudáveis, incluindo refrigerantes.
A entidade insiste na importância de se alcançar a redução de 30% até 2030 da taxa de mortalidade prematura causada por doenças não transmissíveis, incluindo a diabete. Também volta a defender o uso da política fiscal, ou seja, aumento de taxas sobre os chamados alimentos pouco saudáveis, que contenham muito açúcar, por exemplo, para combater os riscos à saude.
H1N1 tem agressividade igual à de outros anos
07/04/2016 - O Estado de S.Paulo
Sequenciamento genético feito pelo Instituto Evandro Chagas em amostras de vírus de gripe coletadas em dez Estados do Norte e do Nordeste revela que o H1N1 não está mais agressivo do que em anos anteriores. O estudo mostra que a capacidade de a cepa provocar doenças e de se propagar na população se manteve inalterada. A conclusão derruba a hipótese, apresentada por infectologistas, de que a alta dos casos poderia estar associada a um potencial mais ofensivo do vírus.
O estudo também mostra que a prevalência do H1N1 entre os pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) chegou a 100% das amostras coletadas na rede pública das duas regiões. Resultado semelhante não era registrado desde 2009, ano da pandemia causada pela influenza A.
Para a pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratório do instituto, Mirleide dos Santos, a rapidez da proliferação do H1N1 está ligada a outros fatores. Uma das hipóteses seria o aumento do número de viajantes estrangeiros no Brasil durante dezembro e janeiro, provocado pelo câmbio favorável. “Parte dos turistas pode ter chegado ao País portando o vírus, que encontrou uma população suscetível”, afirmou.
A última epidemia provocada pelo H1N1 no Brasil foi em 2013. “Depois disso, outras cepas passaram a circular com maior prevalência”, disse Mirleide. O intervalo de dois anos levou a uma redução significativa dos indicadores de influenza em 2014 e 2015. Em contrapartida, o grupo de pessoas mais suscetíveis ao vírus cresceu. Associado a esses dois fatores está um problema já identificado por especialistas: a antecipação do surto, sobretudo em São Paulo e Santa Catarina.
Os novos casos teriam encontrado autoridades sanitárias ainda desmobilizadas e uma população vulnerável - como idosos, crianças e gestantes - mais suscetível, uma vez que a vacina ficou pronta somente na semana passada.
O problema também foi apontado nesta quarta-feira pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro. Ele disse estar preocupado com o aumento do número de casos, principalmente por estar acontecendo em um período atípico. “Mas fomos ágeis e antecipamos a distribuição da vacina a partir do dia 1.º”, afirmou.
OTIMISMO
A boa notícia do sequenciamento genético é que o vírus em circulação sofreu mutações pontuais, o que garante que a vacina usada atualmente é efetiva. A proteção, no entanto, não é imediata. Tradicionalmente, a vacina contra influenza começa a aumentar a imunidade a partir de duas semanas após a aplicação. A proteção mais acentuada se dá um mês depois. A estimativa é de que, um ano depois da aplicação, a imunidade contra a infecção já esteja bastante reduzida.
Para fazer a análise, o Evandro Chagas, referência da Organização Mundial de Saúde (OMS) para influenza, avaliou 464 amostras. Ao contrário do que aconteceu em outras regiões, o aumento de casos de influenza A no Norte e no Nordeste nesses meses não surpreende - historicamente, é registrado nesta época do ano. “Ele está mais ligado ao aumento das chuvas. Ao contrário do que se vê no Sul e Sudeste, onde indicadores estão associados a baixas temperaturas”, disse Mirleide.
Vacina contra H1N1
06/04/2016 - Valor Econômico
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Paraná negou os pedidos de nulidade da demissão, reintegração e indenização por danos morais feitos por um auxiliar de pintor que desenvolveu a síndrome de Guillain Barré depois de tomar a vacina contra o vírus H1N1. A síndrome é uma doença autoimune em que o organismo ataca o sistema nervoso ao combater um vírus ou bactéria. Os desembargadores da 5ª Turma consideraram que a empresa não teve culpa pela doença do funcionário, uma vez que a vacinação era facultativa e não havia como prevenir a reação à substância. A decisão, da qual cabe recurso, manteve a sentença da juíza titular da 2ª Vara de Araucária, Ângela Neto Roda. Contratado pela Pinturas Ypiranga em março de 2010, o trabalhador prestava serviços para o Consórcio CCPR - Repar, nas dependências da Petrobras, em Araucária, região metropolitana de Curitiba. Poucos dias depois de receber a dose da vacina, em abril de 2011, o auxiliar apresentou sintomas como formigamento das mãos e pés, paralisia facial e distúrbios dos nervos da região da cabeça e do pescoço. Ele foi diagnosticado com a síndrome de Guillain Barré, uma inflamação aguda de nervos e raízes nervosas que provoca fraqueza muscular. O empregado foi despedido sem justa causa em outubro de 2011.
Erro de diagnóstico
06/04/2016 - Valor Econômico
A 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a legitimidade passiva do município de São Paulo em ação de indenização por danos morais movida em razão de erro de diagnóstico realizado em hospital municipal. O caso aconteceu em 2009. Uma mulher esteve por duas vezes no hospital municipal com fortes dores abdominais e dificuldade de locomoção. Em ambas as oportunidades, foram receitados medicamentos para dor, sem nenhum exame clínico. Ela foi liberada para casa logo em seguida. Sem apresentar melhoras, a mulher decidiu procurar outro hospital, no qual recebeu o diagnóstico de um tumor de cólon abscessado. Nas alegações do processo, ela relatou que, por causa da demora no diagnóstico correto, precisou ser submetida a três cirurgias e que a municipalidade deveria responder pelo equívoco e os prejuízos morais dele decorrentes. Ao analisar o caso, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) entendeu pela responsabilidade civil do município. Segundo o acórdão, embora o hospital municipal possua personalidade jurídica própria, enquanto autarquia, ele integra a esfera da administração pública, por exercer atividade pública, sendo a municipalidade responsável pelos danos a terceiros. O município recorreu então ao STJ.
Número de diabéticos no mundo quadruplicou desde 1980
06/04/2016 - Folha de S.Paulo / Site
O número de adultos que sofrem de diabetes quadruplicou desde 1980, e o problema afeta 422 milhões de pessoas no planeta, devido sobretudo à obesidade, segundo o primeiro relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a enfermidade crônica.
"A diabetes progride. Não é mais uma doença que predomina nos países ricos. Ela aumenta sem parar em todas as partes, de forma mais pronunciada nos países com renda intermediária", destaca a diretora geral da OMS, Margaret Chan, na introdução do relatório.
Em escala mundial, a OMS calcula que 422 milhões de adultos tinham diabetes em 2014, contra 108 milhões em 1980. A doença afeta 8,5% dos adultos, o que significa duas vezes mais que em 1980, devido sobretudo ao aumento dos fatores de risco, como o sobrepeso e a obesidade.
Em 2012, a diabetes matou 1,5 milhão de pessoas no mundo, mas é necessário acrescentar 2,2 milhões de falecimentos por doenças relacionadas à enfermidade, o que eleva o total a 3,7 milhões.
SUDESTE ASIÁTICO
Mais da metade dos diabéticos no mundo vive no Sudeste Asiático e na região do Pacífico, onde os hábitos alimentares mudaram muito nos últimos anos.
Na região das Américas, o percentual subiu de 5% em 1980 a 8,3% em 2014, ou seja, de 18 milhões para 62 milhões.
O estudo da OMS denuncia as perdas econômicas consideráveis provocadas pela doença, tanto para as pessoas afetadas como para os sistemas de saúde.
A diabetes é uma doença crônica que se desencadeia quando o pâncreas não produz insulina (hormônio que regula o nível de açúcar no sangue) suficiente ou quando o organismo não consegue utilizar com eficácia a insulina que produz.
Hospitais privados divulgam onde achar vacina em SP
06/04/2016 - Folha de S.Paulo
Entidades da classe médica e hospitalar do Estado de São Paulo lançaram uma campanha com ênfase em prevenção em prontos-socorros para evitar que o surto de gripe H1N1 se alastre ainda mais. Entre os serviços está uma relação de estabelecimentos privados que, segundo as entidades, têm a vacina contra a gripe.
De 40 estabelecimentos na capital e no interior, cinco tinham a vacina nesta terça(5).
Em São Paulo,a Pro Matre (Cerqueira César) e o Hospital Mariah (Planalto Paulista).No interior, apenas uma clínica de Pindamonhangaba,no Vale do Paraíba, tinha a vacina disponível. A maioria dos demais têm previsão de receber doses nos próximos dias.
A partir da próxima segunda-feira (11), a vacina será aplicada gratuitamente em postos de saúde nos grupos de risco (crianças de seis meses a cinco anos de idade, gestantes e idosos).
País investiga 6.906 casos de microcefalia
06/04/2016 - O Estado de S.Paulo
O número de casos suspeitos de microcefalia passou de 6.776 para 6.906 em uma semana no País. Do total de registros acumulados desde agosto do ano passado até agora, 1.814 foram descartados, 1.046 foram confirmados para microcefalia e 4.046 estão sob investigação. Há 303 casos confirmados em Pernambuco – Estado que lidera o ranking – e 1.053 em análise.
Foram encontrados traços de infecção pelo vírus da zika em 170 amostras de bebês com a má-formação, 40 a mais do que o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na semana passada.O número de abortos e mortes de bebês com microcefalia logo depois do parto também aumentou. Foram registrados 227 óbitos, ante 208 relatos da semana passada.
SÃO PAULO
Os dados federais consideram as informações do Centro de Vigilância Epidemiológica “Professor Alexandre Vranjac”, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Por esses dados,162 casos de microcefalia se encontram em investigação no Estado para infecção congênita.Desses, 39 são possivelmente associados com a infecção pelo vírus da zika, mas ainda não foram finalizadas as investigações.
Instituto do Câncer em SP tem surto de H1N1; paciente morreu
06/04/2016 - O Estado de S.Paulo
Principal hospital público oncológico da capital paulista, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) vive um surto interno de H1N1, com 171 casos suspeitos da gripe, dos quais 62 já foram confirmados, segundo a direção do hospital especializado. Um paciente morreu por complicações da gripe e vários funcionários estão afastados do trabalho por suspeita da doença. Para tentar barrar a disseminação do vírus, o hospital adotou, há cerca de um mês, medidas mais rígidas de higiene e de controle de entrada de visitantes.
“É um aumento expressivo de casos, mas a maioria dos pacientes já chega com a infecção. Tem alguns que até pegaram lá dentro, mas não sabemos se foi de outro paciente, de visitante ou de um funcionário”, diz Edson Abdala, coordenador do serviço de controle de infecção hospitalar do Icesp. Ele relata que, do total de casos registrados no instituto, 22 pacientes precisaram ser internados, 3 deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
REFLEXO
“Essa alta de casos no Icesp é um reflexo do aumento de H1N1 na cidade. O que acontece é que isso se torna mais importante nos pacientes com câncer, porque eles têm risco maior de evoluir para quadros graves de doença”, diz Abdala.
A partir da identificação do crescimento de infecções, o hospital determinou o isolamento dos pacientes com suspeita da doença e adotou medidas de contenção do vírus, como a distribuição de máscaras, recomendação de higienização constante das mãos e orientação para que pessoas com sintomas da gripe evitem fazer visitas na instituição.
Segundo Abdala, as ações de contenção do vírus no hospital atingem pacientes, visitantes e funcionários com foco na identificação precoce dos casos suspeitos. Destacam-se ainda campanhas educativas.
“Também identificamos profissionais com sintomas respiratórios. Nessas situações, o mais importante é afastar o colaborador. A gente começou as ações no dia 9 de março e, com as medidas, notamos uma diminuição importante de casos”, diz o coordenador do serviço de controle de infecção.
Ele afirma que os dados referentes a funcionários ainda não estão disponíveis para divulgação, mas que a vacinação dos servidores está sendo feita com agilidade. “Uma medida muito importante foi antecipar a campanha de vacinação, que começou na segunda-feira. Em dois dias, vacinamos quase 2.500 funcionários, mais da metade do total.”
PREOCUPAÇÃO
Diagnosticada com câncer de mama em fevereiro, a dona de casa Ivone Gonçalves Simões, de 69 anos, passa por consultas e exames pré-operatórios no Icesp, mas teve de procurar o pronto-socorro da unidade no sábado por outro problema.
"Sentia muita fraqueza, tosse, dor no corpo e no peito. Vim aqui e me disseram que pode ser H1N1, mas o exame só sai em seis dias. Aí me liberaram no domingo porque disseram que podia ser mais perigoso ficar no hospital”, contou ela, que recebeu o medicamento oseltamivir para finalizar o tratamento em casa.
Nesta terça-feira, no entanto, a paciente procurou novamente a unidade porque continuava com o mal-estar. “Não sei o que é isso, mas sinto que não melhoro”, disse ela, que usava uma máscara cirúrgica para evitar a disseminação do vírus e se proteger de novas infecções.
O uso do item foi recomendado pelos médicos a diversos pacientes e acompanhantes. “Desde sábado, ninguém pode subir para a UTI sem a máscara”, diz a psicóloga Luana Santos, de 25 anos, que foi visitar a mãe, internada no hospital com câncer de mama.
SURPRESA
A dona de casa Fátima Rosa dos Santos, de 49 anos, que faz quimioterapia no hospital contra tumores no cérebro e na mama, também foi surpreendida pela gripe. “Não sei se foi aqui dentro ou fora, mas no pronto-socorro tem vários casos. Já comecei a tomar o Tamiflu”, conta ela.
Luta contra câncer tem nova promessa
07/04/2016 - Correio Braziliense
Um novo tratamento traz novas esperanças na cura da doença: a imunoterapia. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última segunda-feira, o Opdivo (nivolumabe), primeiro medicamento desta categoria capaz de combater dois tipos de tumores: melanoma (câncer de pele agressivo) e câncer de pulmão. Especialistas comemoram a regulamentação e ressaltam a importância da droga.
A imunoterapia consiste em fortalecer o sistema imunológico para que este seja mais eficaz na destruição de células cancerígenas. Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Patrícia Schorn explica o porquê de o tratamento ser mais produtivo do que a clássica quimioterapia: “Os imunoterápicos agem em alvos celulares específicos; por isso, são menos tóxicos e mais eficazes”. A especialista é ainda mais didática em relação ao novo medicamento: “É como se você tirasse a venda dos olhos da célula boa e fizesse com que ela passasse a ver, no tumor, um agente estranho”.
De acordo com a diretora médica de imuno-oncologia da Bristol no Brasil, Angélica Dimantas, existem casos em que, devido ao uso da droga, os pacientes foram totalmente curados.
De acordo com Dimantas, a distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS) depende das políticas públicas de saúde do governo e de suas prioridades. “Infelizmente, no Brasil, já temos medicamentos de alta complexidade que estão há muitos anos em clínicas particulares”.
PÍLULA
Na contramão do Opdivo, na terça-feira a fosfoetalonamina, mais conhecida como pílula do câncer, voltou a causar polêmica. Após ser aprovado um projeto de lei que permite a distribuição, a fabricação e o uso da substância, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, determinou que a Universidade de São Paulo (USP) deverá fornecer o medicamento somente “enquanto remanescer o estoque” do composto. O fornecimento poderá ser suspenso sob as justificativas de ausência de registro na Anvisa e falta de estudos publicados sobre os benefícios de sua utilização na cura do câncer.
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