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CRF-SP - Clipping de Notícias

 

CLIPPING - 22/03/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 
   

 

 

Anvisa libera prescrição de derivados da maconha após decisão judicial

22/03/2016 - O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - Medicamentos e produtos que levem em sua composição derivados de maconha, como bolos e biscoitos, podem ser importados por pessoas físicas e consumidos no Brasil, desde que haja prescrição médica e um termo de responsabilidade do paciente.

Atendendo a uma determinação da Justiça, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta segunda-feira, 21, uma resolução em que retira o Tetrahidrocannabinol (THC) e o canabidiol (CDB), presentes na maconha, da lista de substâncias psicotrópicas de uso proscrito no País. A partir de agora, os produtos são considerados como substâncias sujeitas à notificação da receita.

A Anvisa vai recorrer da decisão. “Há um risco nesta medida, sobretudo em relação aos produtos que tragam em sua composição THC. Não há estudos sobre eficácia para uso terapêutico, muito menos sobre a sua segurança”, disse o diretor presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa. “Há estudos científicos em curso sobre os efeitos do THC, há um produto em análise para liberação no País com essa substância ativa. O perigo maior não está em aguardar a análise, mas em aprovar algo que não se sabe quais serão os efeitos.”

A medida da Justiça, uma antecipação de tutela, foi dada numa ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF). O MPF pede que, além da permissão da importação, seja permitido o plantio, a cultura e colheita da Cannabis para fins médicos e científicos. A medida autorizada pela Justiça não deixa claro se tais atividades são permitidas. Cita apenas a importação e prescrição médica de quaisquer espécies ou variedades da Cannabis.

A justificativa, dada pelo juiz da 16.ª Vara Federal, Marcelo Rebello Pinheiro, é de que pacientes não podem esperar. “Enquanto pendente a conclusão das análises sobre a segurança e a eficácia das substâncias e, assim, enquanto perdurar o pronunciamento definitivo pelas rés sobre o tema, milhares de brasileiros continuarão a sofrer intensamente, ou mesmo virem a óbito, em razão de doenças graves e degenerativas.”


‘DESASTRE’


A importação de medicamentos com canabidiol já é permitida no Brasil. A medida determinada pela Justiça amplia essa permissão para uso de produtos com THC, qualquer que seja a concentração. Atualmente, o uso do THC somente é permitido em estudos científicos, mediante autorização.

O professor da Universidade de São Paulo (USP) Anthony Wong classificou a medida como “um desastre”. Ele afirma haver vários estudos mostrando a eficácia do canabidiol, sobretudo para reduzir problemas relacionados a crises convulsivas. O mesmo não ocorre, no entanto, com o THC. “Muito do que se atribuía ao THC, descobriu-se agora, é fruto da ação do canabidiol”, completou.

Existem na maconha cerca de cem substâncias ativas, entre elas o THC, o canabidiol e o canabiol. “O THC tem efeitos psicogênicos, altera a consciência”, disse Wong. “Há um risco em seu uso, sobretudo quando se leva em consideração que serão permitidos produtos dos quais não se tem controle nenhum sobre teor e, portanto, efeitos do THC”, completou.


COMEMORAÇÃO


Norberto Fischer, pai de Anny, a primeira paciente que teve pela Justiça o direito garantido de importar canabidiol – abrindo espaço para que, meses depois, o produto tivesse seu uso terapêutico liberado pela Anvisa –, comemorou a decisão.

“Quando passamos a discutir o uso do canabidiol, pouco se sabia também. Foi preciso pressionar para que autoridades médicas olhassem de forma mais atenta para o assunto.”

Fischer acha importante que o mesmo caminho seja trilhado pelo THC. “Não estamos aqui falando de uso recreativo, mas terapêutico. Ele deve ser discutido, avaliado, garantido.”

A lista de indicações, de acordo com ele, é extensa: pacientes com dores, em tratamento para câncer. Wong, no entanto, acha que para esses casos há opções mais seguras e já comprovadas pela eficácia. “Há outras drogas potentes. Por que usar algo que não se sabe ao certo quais são os efeitos? Um biscoito que leva THC pode provocar efeitos psicotrópicos.”




‘Pílula do câncer’ não age contra doença, apontam testes

22/03/2016 - O Estado de S.Paulo


SÃO PAULO - Os primeiros testes com a substância fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”, realizados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), mostraram que a substância não é pura, como afirmavam seus criadores, e que ela não apresenta eficácia contra células cancerígenas em testes in vitro.

Os cinco primeiros relatórios foram divulgados pelo ministério na sexta-feira da semana passada, “com o objetivo de dar transparência aos estudos financiados pelo MCTI para esclarecer a segurança e eficácia da fosfoetanolamina”, segundo descrito no site oficial.

“A informação era de que a fosfoetanolamina era pura, mas há cinco componentes na cápsula. Os resultados preliminares mostram que a fosfoetanolamina não tem atividade contra o câncer”, diz Luiz Carlos Dias, professor titular do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que atuou na pesquisa do MCTI na etapa de caracterização e síntese dos componentes da cápsula.

Em novembro, o governo havia anunciado o investimento de R$ 10 milhões para a pesquisa. A substância, criada pelo professor aposentado Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, é distribuída há mais de 20 anos e não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada como medicamento.

Segundo Dias, a quantidade de fosfoetanolamina por cápsula é de 32,2% e que outra substância presente na fórmula, chamada monoetanolamina, apresentou capacidade de reduzir a proliferação de células cancerígenas. “Um dos componentes tem uma pequena atividade, mas é muito marginal, menor do que a apresentada por tratamentos convencionais.”

O ministério informou que os resultados são preliminares e que “não existe ainda um laudo conclusivo sobre a substância”.


TESTES


Luiz Carlos Dias explica que ainda serão feitos testes in vivo, que devem incluir animais de pequeno porte, cujos resultados devem sair em um mês.

Outro ponto preocupante, segundo o pesquisador, foi o fato de as cápsulas não terem a mesma quantidade de substância. Em 16 amostras pesadas, a quantidade variava de 233 miligramas a 368 miligramas. O rótulo indicava que deveria haver 500 mg por cápsula. “Cada uma tinha uma quantidade. Isso indica um processo artesanal.”

A reportagem do Estado contatou os responsáveis pela elaboração da fórmula por e-mail, mas não obteve resposta até as 21 horas de desta segunda-feira.




Custo exorbitante de importação ainda restringirá acesso

22/03/2016 - O Estado de S.Paulo


Há um ano e meio o Brasil dava um importante passo para a regulação do uso médico de produtos à base de maconha. A ação civil pública do Ministério Público do Distrito Federal (DF) solicitou à União e à Anvisa que o THC, maior princípio ativo da maconha, fosse regulado para fins médicos. Além disso, a ação exigia que a produção pessoal da Cannabis para fins medicinais fosse permitida e que fosse possível importar sementes, além de requerer a avaliação de segurança e eficácia desses produtos. Dessa ação derivou uma decisão judicial proferida por um juiz do DF no fim de 2015 que deferiu parcialmente as solicitações feitas pelo MPF. Ficou decidido que a Anvisa deveria retirar o THC da lista de substâncias proibidas, permitir a prescrição e importação de medicamentos de Cannabis.

Na sexta, foi publicada no Diário Oficial a aprovação da prescrição e regulação da importação de produtos derivados da Cannabis e que contenham THC. Até então, esta molécula era proibida no País. A decisão permitirá que milhares de brasileiros que precisem desses medicamentos possam importá-los sem consequências judiciais. Sem dúvida, foi um grande passo conquistado após muita luta e equívocos provocados pelo desconhecimento do tema. A conquista deve-se muito à sociedade, que pressionou o governo para que houvesse reformulação da lei e pavimentou o caminho para a criação de associações e redes que tomaram para si a iniciativa e muniram o MPF para que a ação fosse elaborada.

No entanto, engana-se quem acredita que a Anvisa regulou o acesso da população aos medicamentos. O custo da importação desses produtos fitoterápicos é exorbitante e só alguns conseguirão ter acesso a eles. Outros enfrentarão dificuldades para obtê-los em sua origem, em razão de restrições internacionais. Assim, é preciso continuar a pressão da sociedade para que a demanda seja atendida com excelência, não beneficiando só as grandes farmacêuticas, mas privilegiando o acesso a todos que precisam dos produtos. Isso passa pela consideração séria das opções de produção nacional e do cultivo de Cannabis para uso medicinal próprio.

 




Analgésicos à base de ópio estão na mira do controle de doenças dos EUA

21/03/2016 - G1 - Bom dia Brasil


O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos lançou um guia para a receita de analgésicos. Muita gente está ficando viciada em remédios para dor e até morrendo por causa disso.

Durante anos os médicos americanos se acostumaram a tratar a dor com um remédio poderoso e perigoso. Os opióides são um tipo de medicamento feito a partir do ópio. "Esses analgésicos podem provocar dependência. Tem as mesmas propriedades da heroína", explica uma médica.

 

 

 
 

Saúde libera R$ 4,8 milhões para testes rápidos de gravidez

21/03/2016 - Valor Econômico / Site


O Ministério da Saúde liberou R$ 4,8 milhões para custear testes rápidos de gravidez no Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo, segundo a pasta, é reforçar a atenção e o cuidado ao grupo, facilitando o diagnóstico precoce da gestação. A autorização dos repasses, que serão pagos em parcela única aos gestores locais, foi publicada no Diário Oficial da União.

“Em função dos casos de microcefalia associados ao vírus zika, o Ministério da Saúde reforça, com os testes rápidos, a importância do diagnóstico precoce de gravidez e as ações de planejamento reprodutivo com o devido acompanhamento pré-natal, essencial para a qualidade de vida da mãe e da criança”, informou a pasta, por meio de nota.

Segundo o comunicado, o teste rápido de gravidez é indicado para mulheres adultas, jovens e adolescentes que apresentem atraso menstrual igual ou superior a sete dias. O exame será disponibilizado em todas as unidades básicas de saúde do país e pode ser feito dentro ou fora das instalações, conforme desejo da mulher.

De acordo com o Ministério, com os resultados do teste, profissionais de saúde podem detectar precocemente a gravidez para início do pré-natal em tempo oportuno, identificar situações para uso de anticoncepção de emergência (caso tenha havido relação desprotegida num prazo de até cinco dias), orientar sobre o planejamento reprodutivo e acolher mulheres adultas, jovens, adolescentes e casais que estão em situação de gravidez indesejada.

“No pré-natal, são oferecidos todos os exames, vacinas e acompanhamentos necessários para uma boa gestação, além de ser o momento ideal para investigar sinais de infecção pelo vírus zika e outras doenças, com os devidos registros na caderneta da gestante e no prontuário médico”, concluiu a pasta.




Novo modelo de consultoria na área da saúde é criado com atuação no Mercosul

21/03/2016 - Portal Exame


A consultoria Seferin & Coelho, atuando com uma equipe especializada de consultores e parcerias, pretende inovar no mercado de saúde através de soluções integradas de saúde e gestão de negócios.

Dois renomados profissionais da área da saúde, Claudio Seferin e Daniel Coelho, associaram seus conhecimentos e experiências – na área médico-hospitalar e de operadores de planos de saúde – e inauguraram um novo modelo de consultoria.

A consultoria Seferin & Coelho, atuando com uma equipe especializada de consultores e parcerias, pretende inovar no mercado de saúde através de soluções integradas de saúde e gestão de negócios.

A Consultoria tem como foco a recuperação de instituições de saúde deficitárias, a incorporação de novos modelos de gestão, o planejamento para a captação de recursos para investimentos, além de prospecções e desenvolvimento de novos negócios. Também atua em projetos de desenvolvimento de produtos para acesso e financiamento dos serviços de saúde.

De acordo com Daniel Coelho, a saúde desponta como uma das áreas mais problemáticas da atualidade brasileira. "Além dos pacientes terem dificuldades diversas de atendimentos, as instituições de saúde nem sempre possuem condições econômico-financeiras de oferecer todos os serviços dos quais a população necessita".

Mediante aos impasses que a área de saúde atravessa no país, Seferin complementa: "As instituições de saúde não podem mais depender unicamente de verbas públicas ou mesmo dos repasses monetários de planos de saúde, precisamos repensar os negócios de forma que sejam rentáveis e sustentáveis, pois a população merece ser bem atendida em suas necessidades com dignidade".


INOVAÇÃO CONTÍNUA


Seguindo a filosofia de contínua inovação e ampliando os seus parceiros de destaque, na última sexta (18), a Seferin & Coelho assinou um acordo de cooperação técnica com a Seferin Arquitetura – especializada em projetos arquitetônicos e decoração de hospitais e clinicas; e a L M Gets, de São Paulo – especializada em gestão, espaços e tecnologia em saúde, com mais de 35 anos de atuação em toda a América do Sul. Ambas as empresas são premiadas por projetos de edificações inovadoras e sustentáveis.

Conforme Lauro Miquelin, sócio-diretor da L M Gets, nós estamos em um novo mundo e as alianças são fundamentais. "Os relacionamentos e as alianças de negócios podem atuar para atingir aquele estado de melhor bem-estar possível. É necessário criar oportunidades para que todos possam viver felizes".

Gustavo Seferin, diretor da Seferin Arquitetura, acrescenta: "Nós queremos trazer para o setor da saúde modernidade e podemos oferecer muita capacidade de trabalho e soluções inovadoras".

Além disso, os consultores da Seferin & Coelho realizaram, nos dias 18 e 19.03 deste ano, uma capacitação no curso Design Thinking, que é uma nova metodologia para a criação de novas ideias e soluções. "Essa abordagem permite a criação de processos que impacta a vida das pessoas, diminui custos e torna as experiências mais satisfatórias para todos os atores envolvidos", diz André Diniz de Moraes, Consultor Associado da Design Thinkers Group.


SAIBA MAIS SOBRE OS PROFISSIONAIS


- Claudio Seferin, além de ter atuado muitos anos em hospitais públicos, foi o principal executivo do Sistema de Saúde Mãe de Deus por mais de 30 anos.

- Daniel Coelho atuou ao longo de sua vida profissional como executivo de várias operadoras de planos de saúde, hospitais e clínicas. Ambos atuaram em entidades de classe de hospitais e operadores de planos de saúde em nível estadual e nacional.


CONHEÇA TODOS OS SERVIÇOS E PRODUTOS DA SEFERIN & COELHO


SERVIÇOS

- Análise de mercado (Matriz Swot) e Diagnóstico Institucional;
- Desenvolvimento e implantação de novos modelos médico-assistenciais e de gestão de serviços de saúde;
- Formas de acesso a financiamento e investidores;
- Prospecção e desenvolvimento de oportunidades de negócios de saúde adequado ao mercado e ao perfil epidemiológico.
- Recuperação de instituições de saúde deficitárias (hospitais, clínicas e planos de saúde);
- Adequação dos serviços de saúde as exigências e normas dos órgãos reguladores (ANS e ANVISA);
- Desenvolvimento de novos sistemas de acesso aos serviços de saúde;
- Compra e venda de hospitais, clínicas e operadoras de planos de saúde.


PRODUTOS

- Gestão de instituições de saúde (individual ou rede);
- Gestão de pacientes crônicos;
- Gestão de sinistralidade em hospitais e clínicas para operadoras de planos de saúde;
- Gestão e rastreabilidade de instrumentos cirúrgicos (CME);
- Diagnóstico epidemiológico de grupos populacionais;
- Gestão e planejamento tributário.

 
 

Secretaria de Saúde do Recife confirma segunda morte por chikungunya

21/03/2016 - Valor Econômico / Site


A segunda morte por chikungunya, arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, foi confirmada no Recife pela Secretaria Municipal de Saúde. O caso é de uma mulher de 54 anos, moradora de Água Fria, zona norte do Recife, que faleceu no dia 30 de janeiro. Arboviroses são viroses transmitidas por artrópodes, como os mosquitos.

A primeira morte causada pela doença foi comprovada no início de março. A vítima foi uma idosa de 88 anos, que faleceu no dia 21 de fevereiro. Os nomes das vítimas não foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde do Recife.

De acordo com Boletim Epidemiológico divulgado pelo órgão, neste ano, até o dia 5 de março, foram notificadas no Recife 24 mortes suspeitas por arboviroses. Cinco já foram descartadas para dengue, duas foram confirmadas para chikungunya e os demais casos continuam em investigação. Para o mesmo período de 2015, foram notificados duas mortes suspeitas por dengue.

Em 2016, foram notificados, no Recife, 7.946 casos das três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, chukingunya e zika. A dengue é a campeã de registros, com 3.673 suspeitas. Em seguida, vem chikungunya, com 2.632 notificações, e o vírus zika, com 1.641 casos. Desse total, foram confirmados 1.488 registros de dengue e 385 de chikungunya.




Doação anônima encerra drama de menino dos ‘ossos de vidro’ em SP

22/03/2016 - Folha de S.Paulo


O menino Pedro Henrique Alves Leite, 3, que estava internado na Santa Casa de São Paulo havia quatro meses à espera de uma cirurgia para evitar a quebra de seus “ossos de cristal”, foi operado na manhã desta segunda feira (21). Ele passa bem, após a colocação de hastes de metal em suas pernas.

Segundo o hospital, a demora para o procedimento, mesmo com uma ordem judicial para que o atendimento fosse realizado com urgência, ocorreu devido à falta do material, de responsabilidade do SUS.

A mãe da criança, Tereza Cristina Alves Rodrigues, 22, diz que nos quatro meses de internação Pedro só recebia “de vez em quando” dipirona e,nas madrugadas, era visitado por médicos residentes.O drama e a espera de Pedro foram revelados pela Folha na última quinta (17).

Um leitor do jornal ficou sensibilizado com o caso e doou o material para a realização da cirurgia — ele não quis se identificar.


SETE FRATURAS


A operação era necessária porque o menino tem osteogênese imperfeita —a síndrome dos “ossos de cristal”— e a prótese anteriormente colocada em sua perna direita para evitar fraturas (ele já teve sete) saiu do prumo e não serve mais para o seu tamanho.

Em um exame de raio-X, é possível ver o material perfurando a carne do menino, na altura da cintura. “Fui pega de surpresa quando falaram que ele faria a cirurgia de emergência. Talvez ele tenha de fazer outra, daqui a um tempo, mas estou feliz porque alguma solução foi dada.

E ele vai voltar para a escola que tanto me cobra”, disse.

A cirurgia durou cinco horas, foi um sucesso, e Pedro reagiu bem e está sem dor.

Ainda não há previsão de alta.

As duas pernas do menino, agora, estão com a proteção que vai ajudá-lo a ter uma vida normal.

Procurada, a Santa Casa não havia se pronunciado sobre o caso até a conclusão desta edição. O hospital passa pela pior crise financeira de sua história e tenta administrar uma dívida de cerca de R$ 800 milhões.

Tereza e seu marido Daniel, 26, que é ajudante de pedreiro, se mudaram de Bom Conselho, no interior de Pernambuco, para Santo André (Grande SP), para que o filho tivesse acesso a um tratamento médico especializado.

Antes da cirurgia, Pedro não poderia receber alta, já que corria risco de infecção.




Longe dos holofotes, zika e 'pílula do câncer' avançam

22/03/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Enquanto o país só tem olhos para a crise política e econômica, temas de saúde que até bem pouco tempo atrás dominavam o noticiário praticamente desapareceram do cenário.

Mas não se iludam. Longe dos holofotes, o vírus da zika se alastra no Estado de São Paulo e a "pílula do câncer" está prestes a ser aprovada pelo Senado, à revelia da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou de qualquer estudo que ateste a eficácia e a segurança da substância.


ZIKA


No território paulista, há 38 casos confirmados de microcefalia com suspeita de ligação com o vírus da zika. Outras 900 gestantes já receberam o diagnóstico de infecção pelo vírus e estão sendo monitoradas.

Como não há exames diagnósticos disponíveis na rede pública, Estado e prefeituras estão priorizando grávidas que apresentam sintomas de zika e que tiveram exames de dengue negativos.

Mas uma pesquisa recente da Faculdade de Medicina de Jundiaí mostra que é preciso muito mais. O trabalho, que compara gestantes saudáveis com aquelas que tiveram sintomas de zika, verificou que entre as grávidas assintomáticas, 80% tinham a presença do vírus da zika no sangue. Ou seja, tem muita gestante por aí infectada sem saber...

Levando em conta que dengue e chikungunya também podem causar danos aos fetos e aos bebês, é urgente os testes para as três arboviroses sejam incluídos o pré-natal. Mas de forma efetiva, e não só na propaganda política do governo de Geraldo Alckmin.


'PÍLULA DO CÂNCER'


Sobre a "pílula do câncer", a situação fica cada dia mais surreal. A fabricação e o uso da substância fosfoetanolamina foram aprovados pela Câmara dos Deputados, a despeito da unânime desaprovação da comunidade médica e científica, que defende o óbvio: que a "pílula" passe por testes clínicos e pela aprovação da Anvisa antes de ser liberada. O projeto agora está no Senado e há grandes chances de ser aprovado.

É compreensível que o desespero de um doente de câncer incurável o leve a correr riscos e a buscar tratamentos que não passaram pelos escrutínio científico, mas é inaceitável que políticos façam uso do apelo popular que o tema carrega e passem por cima de regras regulatórias e instituições.

Isso acontece ao mesmo tempo que são divulgados os primeiros relatórios sobre as pesquisas financiadas pelo governo federal a respeito da substância. Eles indicam que a molécula não age contra o câncer.

Nas análises, as "pílulas da USP", como também ficaram conhecidas, possuem composição irregular, com um máximo de 32,2% de fosfoetanolamina. No total, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vai investir, em três anos, R$ 10 milhões nesses estudos.

Diante dos resultados negativos, já começou a gritaria insana nas redes sociais. Pessoas acusam os pesquisadores de "defenderem os interesses da indústria farmacêutica que não querem a cura do câncer".

Senhores senadores, um pedido: tenham o mínimo de responsabilidade com a saúde e com o dinheiro público. Guiem-se pelas evidências científicas, não pelo sabor do voto.

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