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CLIPPING - 21/09/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

Sindusfarma realiza Fórum de Ensaios Pré-clínicos em setembro

22/09/2015 - Portal Snif Brasil


Para debater os conceitos e benefícios advindos da racionalização de uso de animais e do uso de métodos in vivo, ex vivo e in silico, o Sindusfarma vai realizar, no próximo dia 23 de setembro, o II Fórum de Ensaios Pré-Clínicos, com a presença de representantes do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), CNPq, Anvisa, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), CellSeq, CNPEN, OAB e Academia Nacional de Farmácia.

Os métodos alternativos são aqueles que eliminam o uso de animais, reduzem a sua necessidade ou reduzem a necessidade de intervenção no animal. Atualmente, já existem 17 métodos alternativos aprovados pelo órgão. Entre os testes alternativos estão procedimentos para avaliar irritação da pele, irritação ocular, toxicidade aguda e absorção cutânea, entre outros. A Anvisa reconhece os métodos aprovados pelo Concea e as empresas têm prazo de cinco anos para adequação.




É justo uma empresa subir preço de um remédio em 5000%? Seu presidente defende que sim

22/09/2015 - BBC Brasil


Você acharia justo um aumento de 5000% no preço de um medicamento usado por pacientes com Aids da noite para o dia?

Martin Shkreli, presidente da Turing, uma farmacêutica americana, acredita que é. Ele está no centro da controvérsia após uma reportagem do jornal The New York Times revelar o aumento do preço dessa magnitude para uma dose de Daraprim.

A droga é usada em tratamentos contra toxoplasmose, doença infecciosa causada por um protozoário encontrado nas fezes de felinos e que afeta pessoas que estão com seu sistema imunológico comprometido (por exemplo, por culpa da Aids ou de alguns tipos de câncer). É uma doença rara, porém potencialmente fatal.

O comprimido do Daraprim passou de US$ 13,50 (R$ 54) para US$ 750 (R$ 3 mil) após a Turing comprar, em agosto passado, os direitos para fabricar o medicamento, que está há 62 anos no mercado. O comprimido custa cerca de US$ 1 para ser produzido.

Mas Shkreli, um ex-gerente de fundos de investimento, diz que esse valor não inclui outros custos, como marketing e distribuição, que teriam aumentado drasticamente nos últimos anos e que a receita obtida será usada em pesquisas de novos tratamentos para a toxoplasmose.

"Precisamos ter lucro com essa droga. Antes de nós, as empresas estavam praticamente dando-a de graça", afirmou ele em entrevista à emissora Bloomberg.

Prática 'comum' ou 'revoltante'?

O executivo afirma que essa prática é comum na indústria: "Hoje em dia, medicamentos modernos, como drogas para câncer, podem custar US$ 100 mil ou mais. O Daraprim ainda está mais barato em relação a esses medicamentos."

A Sociedade para Doenças Infecciosas dos EUA, a Associação de Medicamentos para HIV (HMA, na sigla em inglês) e outros órgãos da área de saúde dos Estados Unidos publicaram uma carta aberta para a Turning, demandando que a empresa reconsidere o aumento.

"O custo é injustificável para pacientes vulneráveis que precisam do medicamento e insustentável para o sistema de saúde", disse o grupo no documento.Wendy Armstrong, da HMA, ainda questionou a necessidade de novos tratamentos para toxoplasmose. "Essa não é uma infecção para a qual buscamos medicamentos mais eficazes", disse ela ao site Infectious Disease News.

Na Bolsa de Nova York, as ações de empresas de biotecnologia caíram na segunda-feira após Hillary Clinton, pré-candidata à Presidência pelo Partido Democrata, dizer que o aumento é "revoltante".

Caso seja eleita, Clinton prometeu tomar medidas contra empresas que elevem demais os preços de medicamentos especializados, como é o caso do Daraprim. (Des)controle de preços.

Determinar o preço de um medicamento é uma questão delicada, e as regras para isso variam de acordo com cada país.

No Brasil, por exemplo, cabe à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), um órgão interministerial no qual a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) responde por sua secretaria executiva, atuar neste mercado.

A CMED é responsável por monitorar os preços cobrados por drogas que já estão no mercado e auxiliar no estabelecimento dos preços para novos medicamentos.

Ainda determina os índices de ajuste anual de preços de acordo com critérios estabelecidos na lei federal 10.742, de 2003, como produtividade da indústria, variação dos custos de insumos e a concorrência no setor.Em março deste ano, o índice aplicado a 9.120 medicamentos variou entre 5% e 7,7%, seguindo a inflação registrada nos 12 meses anteriores, de acordo com o tipo de droga.

Os preços máximos para o consumidor, já incluídos os impostos, são informados pela Anvisa em seu site. Uma empresa pode ser multada caso descumpra essa determinação.

Mas não é assim que funciona nos Estados Unidos. Os principais compradores de medicamentos no país são as seguradoras de saúde e o governo. Nesse mercado, os preços variam de acordo com o que as pessoas estão dispostas a pagar.Doenças raras, lucro difícil.

No entanto, casos como o do Daraprim vêm despertando a atenção de consumidores e autoridades americanas para a forma como são determinados os preços de medicamentos no país.

Houve nas últimas semanas uma polêmica parecida quando subiu o preço de um medicamento para tuberculose. Sua fabricante, a Rodelis Therapeutics, voltou atrás e devolveu os direitos de fabricação para sua dona anterior, uma ONG associada a uma universidade.

No caso da Turing, Shkreli alegou que, nos últimos anos, a pesquisa e desenvolvimento de novas drogas desacelerou, e empresas precisam pensar com cuidado no que investirão.Medicamentos muito bem-sucedidos, como o Viagra, geram bastante dinheiro, mas drogas para doença raras são menos atraentes, porque menos pessoas as usam e torná-las lucrativas é mais difícil.

Segundo Shkreli, o aumento de preço não foi feito por ganância desmedida, mas por razões justificáveis do ponto de vista de seu negócio. Com isso, diz esperar criar um mercado que atrairá outras empresas para a busca por novos tratamentos para enfermidades raras.

Ele ainda afirma ter criado formas para dar a droga de graça para quem não puder pagar por ela.

Recuo

Shkreli chegou a dar sinais de que não recuaria do aumento, mas não resistiu à repercussão do caso. Ele afirmou nesta terça-feira à imprensa norte-americana que reduziria o preço do medicamento – sem, porém, informar quanto – e acusou os críticos de não entenderem o funcionamento da indústria farmacêutica.

"Nós concordamos em diminuir o preço do Daraprim até um patamar mais acessível e ao mesmo capaz de permitir à companhia ter lucro, embora bem pequeno", disse o presidente da Turing à ABC News.




Reduzir remédio pode aumentar longevidade

23/09/2015 - Correio Braziliense


Diminuir em 75% o medicamento para viver mais. A recomendação vem de um grupo de pesquisadores norte-americanos e tem como alvo quem sobreviveu a um ataque cardíaco. Segundo o estudo, divulgado nesta semana, na revista American College of Cardiology, as pessoas que ingerem apenas um quarto da dose de betabloqueadores usualmente prescrita são beneficiadas por um aumento da longevidade.

Os pesquisadores chegaram à conclusão após analisar 6.682 pacientes, cujas taxas de sobrevivência após um ataque cardíaco foram relacionadas à quantidade de betabloqueadores ingeridos. Esses medicamentos ajudam a prevenir a falha cardíaca ao deterem o efeito da adrenalina no coração, evitando, assim, a arritmia. A substância é prescrita a quase todas as vítimas de um ataque cardíaco.

Conforme o resultado, os pacientes que tomam 25% da dose recomendada têm 20% a 25% a mais de possibilidades de sobreviver em comparação àqueles que ingerem a regular. Pela pesquisa, 14,7% dos que receberam a dose completa morreram ao longo de dois anos. Em contrapartida, 12,9% dos que ingeriram meia dose morreram no mesmo período, assim como 9,5% dos que tomaram um quarto da dose.

Jeffrey Goldberger, professor de cardiologia da Escola de Medicina da Northwestern University e principal autor do estudo, diz que a constatação surpreendeu a equipe. “Acreditávamos que os pacientes tratados com doses menores iam ter uma taxa de sobrevivência pior”, disse. “Ficamos surpresos em descobrir que sobreviveram bem e, talvez, até melhor”.

O estudo, porém, não avaliou qual é a dose apropriada de betabloqueadores para cada pessoa. Segundo Goldberger, pesquisas nesse sentido estão sendo iniciadas, mas com resultados que poderão ser questionáveis. “Provavelmente, não há uma dose correta que sirva a todos”, explica o pesquisador. “Não faz sentido que a mesma funcione para um homem frágil de 80 anos que teve um pequeno ataque cardíaco e para um homem corpulento de 40 anos que sofreu um ataque forte.”




5.000% a mais por uma droga contra AIDS e câncer

21/09/2015 - Veja Online


No complexo e cada vez mais importante debate sobre os custos da saúde, acaba de surgir um personagem que vai galvanizar a atenção dos políticos e do público, e colocar o custo dos medicamentos no meio da campanha presidencial norte-americana.

Martin Shkreli, de 32 anos, se tornou uma espécie de jovem Mr. Burns do mundo real — o símbolo da ganância desenfreada — depois que o The New York Times publicou ontem a estória da Turing Pharmaceuticals, a empresa de medicamentos fundada e dirigida por Shkreli, ex-gestor de um fundo de investimentos. Em agosto, a Turing comprou os direitos de comercializar uma droga chamada Daraprim, um remédio que existe há 62 anos e é usado para tratar crianças com toxoplasmose e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, principalmente pacientes com AIDS e câncer.

Cada comprimido de Daraprim custava 13,50 dólares, até que a Turing aumentou o preço, da noite para o dia, para 750 dólares — meros 5.455% a mais.

O Times foi atrás e descobriu que aumentos abusivos no preço de medicamentos estão se tornando a cocaína da indústria farmacêutica americana.

Exemplo 1: A cicloserina é um medicamento usado para tratar um tipo de tuberculose resistente a vários tipos de drogas. Depois que foi adquirida pela Rodelis Therapeutics, o preço pulou de 500 dólares (a embalagem com 30 pílulas) para impagáveis 10.800 dólares. (A empresa ‘justificou’ ao NYT que precisava do aumento para investir mais e assim poder garantir o fornecimento.)

Exemplo 2: Recentemente, a Valeant (uma das maiores farmacêuticas dos EUA) comprou duas drogas para doenças coronarianas: a Isuprel e a Nitropress. Imediatamente, os preços subiram 525% e 212%, respectivamente. Detalhe: a empresa que anteriormente detinha os direitos já havia quintuplicado os preços das drogas desde 2013, quando as comprou de seu proprietário anterior. Exemplo 3: Um antibiótico chamado doxiciclina foi de 20 dólares em outubro de 2013 para 1.849 dólares em abril de 2014.

Hoje de manhã, a matéria do NYT explodiu na cena política americana. Hillary Clinton, a pré-candidata do Partido Democrata, tuitou que esse tipo de aumento abusivo é inadmissível e prometeu apresentar amanhã um plano para combater esta prática. O tweet de Hillary derrubou os preços de várias empresas farmacêuticas, e fez o índice Nasdaq despencar momentaneamente.

No sistema de saúde americano, o programa federal Medicaid (que tenta garantir acesso à saúde para os mais pobres) e alguns hospitais conseguem comprar medicamentos com desconto, mas as seguradoras privadas, o programa Medicare e pacientes hospitalizados costumam pagar o preço de tabela.

Shkreli, o Mr. Burns da estória, conseguiu piorar a situação com frases de sensibilidade ímpar. Explicando a explosão no preço da Daraprim à Bloomberg, ele disse: “Esta droga salva sua vida por 50 mil dólares. Isso ainda é uma barganha para as seguradoras. Neste preço, não é nem pra pensar.”

Para o próprio NYT, posou de empreendedor fazendo a coisa certa: “Isso aqui não é uma companhia gananciosa tentando lesar pacientes. É a gente tentando continuar no azul.” (ele argumenta que, como os pacientes tendem a usar a droga ‘apenas’ por algumas semanas, o aumento não é um ‘big deal’.) Por essas e outras, já foi chamado no Twitter de ‘bloodsucker’ e ‘pharma-Hitler’.

O problema é que Shkreli não tem credibilidade. De acordo com o Times, depois de lançar seu fundo de investimentos com vinte e poucos anos, Shkreli chamou atenção ao empregar uma tática que confirma seus limites éticos (ou a falta deles): ele fazia lobby junto à Food and Drug Administration (a agência do governo americano que aprova medicamentos) para que a agência não aprovasse drogas fabricadas por algumas empresas. Quais empresas? Aquelas contra as quais seu hedge fund apostava na Bolsa.

Uma pessoa que conhece Shkreli disse à coluna que a comparação com Mr. Burns é um insulto… a Mr. Burns. Mas, como a Daraprim é uma droga de uso limitado — houve apenas 8.800 receitas nos EUA ano passado — Shkreli provavelmente vai se safar.

O debate sobre custos médicos em geral (e de medicamentos em particular) está pegando fogo em todas as partes do mundo. Os fabricantes de medicamentos precisam de políticas públicas que não tolham a pesquisa e o investimento, já que as drogas não nascem do intelecto e boa vontade dos cientistas apenas, mas também do incentivo que os acionistas das empresas têm ao financiar as pesquisas.

Mas casos como o de Shkreli e os outros listados pelo NYT jogarão a opinião pública (com razão) contra a indústria, e os justos provavelmente acabarão pagando pelos pecadores.




Empresário sobe preço de remédio de US$ 13,5 para US$ 750

21/09/2015 - Portal Exame


Da noite para o dia, um medicamento criado há 62 anos, usado para o tratamento de doenças infecto parasitárias com risco de vida, como Aids e Malária, teve seu preço aumentado de US$ 13,50 para nada menos que US$ 750.

A decisão foi da farmacêutica americana Turing Pharmaceuticals, recém-criada pelo empresário Martin Shkreli, de 32 anos, dono da droga pirimetamina desde agosto.

Ao mesmo tempo em que Shkreli pagou para a farmacêutica Impax US$ 55 milhões pelo direito de venda da medicação, o empresário levantou US$ 90 milhões com investidores para a sua nova empresa.

Aumentou então, de uma só vez, o preço do remédio com o argumento de que usaria o dinheiro a mais para investir em novas drogas.

O fato deixou especialistas em doenças infecciosas e usuários do droga enfurecidos com a situação.

Isso porque, além de aumentar em milhões o custo anual do tratamento com o uso da medicação, as acusações é de que o aumento visa apenas o lucro da empresa.

O reflexo dessa revolta pode ser visto nos posts das pessoas nas redes sociais (abaixo).

Pouco saudável

O histórico da carreira de Shkreli mostra que o empresário tem uma visão pouco saudável de como lidar com uma companhia cujo fim é promover tratamento de saúde.

Em 2011, ele fundou uma empresa que comprou direito de drogas antigas e, da mesma maneira, aumentou os preços sem justificativa.

Um dos conselheiros da Retrophin acusou o antigo chefe de usar a companhia como um cofrinho pessoal para pagar investidores ávidos por lucros, sem pensar na missão do negócio.

Sobre a Turing, os americanos questionam o que mudou na medicação em menos de um mês para que seu preço fosse multiplicado em mais de 50 vezes.

Também colocam em questão o fato da despreocupação da empresa com o fornecimento de um remédio essencial para tratar a toxoplasmose, que pode causar doenças graves e até fatais em bebês nascidos de mulheres que se infectaram durante a gravidez.

A droga também é usada para as pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, como pacientes com AIDS, Malária e de certos tipos de câncer.

Shkreli se defende e diz que essa é uma tentativa da empresa se manter no azul.

De acordo com uma entrevista dele ao New York Times, muitos pacientes usam a medicação por muito menos do que um ano.

O preço, segundo ele, teria de estar alinhado ao de outros também usados para tratar doenças raras.

"Este ainda é um dos produtos farmacêuticos mais baratos do mundo e não faz sentido qualquer crítica sobre isso (aumento de preço)", disse o empresário.




CFM suspende teto de idade para reprodução assistida

23/09/2015 - Folha de S.Paulo


Após dois anos em vigor, o CFM (Conselho Federal de Medicina) alterou a regra que fixava a idade de 50 anos como limite para uma mulher poder ser submetida às técnicas de reprodução assistida.

Desde 2013, pacientes que tivessem mais do que essa idade deveriam recorrer a Conselhos Regionais de Medicina para obter uma autorização para o procedimento – em muitos casos, o pedido era negado e o recurso chegava ao CFM.

Agora, o tratamento pode ser adotado desde que o médico responsável e a mulher assumam os riscos de uma gravidez tardia, como hipertensão e diabetes.

"Toda mulher tem sua autonomia, e o médico tem que fazer uma análise dessa autonomia. Houve uma demanda muito grande aos [conselhos] regionais e ficamos sensibilizados", disse Hiran Gallo, coordenador da câmara técnica sobre o tema no CFM.

O médico pondera que a entidade ainda defende a idade de 50 anos como limite máximo para as candidatas. "Continuamos alertando que há um risco muito grande para a mulher e o feto", afirma.

CASAIS GAYS

A nova resolução do CFM explicita ainda a permissão para que um casal gay feminino realize gestação compartilhada –quando uma mulher pode implantar o embrião gerado a partir da inseminação de um óvulo da parceira.

"A principal dúvida era a de que o óvulo [doado] deveria ser anônimo, e não da parceira. Mas há o reconhecimento da união homoafetiva, então ele se comporta como um casal", explica Adelino Amaral, diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, que participou das discussões que levaram à nova resolução.

O texto altera ainda a regra de seleção para transplante. Fica permitida a seleção de embriões compatíveis com um filho apenas para um futuro transplante de células-tronco, e não mais para órgãos, como antes definido.

"Doação de órgãos significa você criar uma criança para doar um rim [por exemplo]. É uma situação que a gente considera perigosa", afirma Amaral.

"BARRIGA DE ALUGUEL"

O Conselho Federal de Medicina suspendeu também a idade limite de 50 anos para mães, irmãs, avós, tias ou primas atuarem como barriga de aluguel. O texto da nova resolução prevê que "demais casos" estarão sujeitos à autorização dos conselhos regionais.

"[Houve caso em que] foi feito levantamento e a paciente não tinha nenhuma pessoa para fazer solidariedade em quarto grau de parentesco. E foi autorizada [a prática]", disse Hiran Gallo.

Ficam mantidas as regras de descarte de embriões (congelados por mais de cinco anos) e o impedimento para uso de técnicas de reprodução assistida para escolha do sexo do bebê.

Todas essas alterações nas regras ligadas à medicina reprodutiva devem ser publicadas nos próximos dias no "Diário Oficial da União", a partir de quando entram em vigor.

PLANOS

Os planos de saúde brasileiros não são obrigados a custear técnicas de reprodução assistida, mas muitos casais têm recorrido à Justiça para obrigá-los o oferecer o tratamento. Também não há obrigatoriedade de custeio pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

No ano passado, foram registrados cerca de 28 mil ciclos de fertilização e foram congelados por volta de 48 mil embriões nas clínicas de reprodução assistida do país.




CFM libera reprodução após os 50 anos com aval de médico

23/09/2015 - O Estado de S.Paulo


O Conselho Federal de Medicina (CFM) tornou menos rígidas as normas para reprodução assistida de mulheres com mais de 50 anos.A resolução anunciada ontem atualiza normas estabelecidas há dois anos e também cria regras que facilitam a gestação compartilhada entre casais formados por mulheres.

Pela nova regra, o procedimento será permitido às mulheres mais velhas quando houver autorização do médico responsável e forem oferecidas as devidas informações sobre os riscos da gestação. Anteriormente, os profissionais não tinham essa autonomia e os casos precisavam obrigatoriamente ser avalizados pelos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs).

A idade máxima de 50 anos para as mulheres se submeterem à reprodução assistida foi estabelecida pela primeira vez em 2013. Na época, o conselho nacional justificou a determinação da idade com base nos riscos de hipertensão, diabete e partos prematuros.

“Toda mulher tema sua autonomia e o médico tem de fazer a avaliação. Se esta gravidez for arriscada, ele vai assumir a responsabilidade sobre qualquer dissabor que acontecer com essa mulher ou com o binômio mãe e feto”,explica o coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM, José Hiran Gallo.

Para Newton Busso, presidente da comissão nacional especializada em reprodução humana da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a mudança deixou a resolução mais próxima da realidade. “Essa resolução é um aperfeiçoamento da anterior, que tinha situações que não eram claras.Ela se adaptou à realidade, porque o que estabelece o limite de idade são as condições clínicas.” Há dois meses,a cirurgiã dentista Silvia Aparecida de Mello Arraval Arrabal, de 54 anos, tornou-se mãe dos gêmeos Rafaela e Miguel, após quatro anos lutando na Justiça. Ela comemorou a nova resolução. “É maravilhoso, porque eu sofri e gastei muito. Isso vai facilitar, pois muitas mulheres têm saúde compatível, mas não podiam ter filhos por causa da regra.”

Casais gays. O documento também deixou as regras para o uso do procedimento em casais gays formados por mulheres mais claras. Elas podem fazer a gestação compartilhada, quando uma mulher pode receber o embrião gerado com base na fertilização do óvulo da parceira.

Sobre a doação de espermatozoides e de óvulos, o texto define que somente a primeira opção é permitida.




Saúde destina R$ 96 mi para estados ampliarem o SUS

22/09/2015 - Portal Brasil


O Ministério da Saúde destinou R$ 96 milhões para custeio das ações da área de Média e Alta Complexidade (MAC) de 20 estados. O objetivo do reforço orçamentário é ampliar o atendimento prestado à população na rede pública e conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

As ações do bloco de financiamento MAC incluem a ampliação e melhoria da Rede Cegonha, Rede de Urgência e Emergência, possibilitando a habilitação de novos serviços como leitos de UTI Adulto, Pediátrico e Neonatal, e Centros de Trauma.

As portarias que estabelecem os novos recursos foram publicadas na segunda-feira (21), no Diário Oficial da União (DOU).

Os valores incluem a expansão da rede de atendimento nas regiões beneficiadas, com a habilitação de Leitos de UTI Adulto, Pediátrico, Neonatal, Unidades de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa), Unidades de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo), Unidades de Terapia Intensiva Coronariana (UCO), Unidades de Cuidados Prolongados (UCP) e Unidades de Cuidado aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (U-AVC), além de Leitos Clínicos de Retaguarda no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Dentro do Plano de Expansão da Rede de Urgências e Emergências, o município de Patos de Minas (MG) foi contemplado com o montante de R$ 3 milhões por ano (R$ 250 mil/mês) para a qualificação de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h).

No município de São Luís, no Maranhão, o Hospital Dr. Carlos Macieira passa a ser habilitado em Serviços de Nefrologia e receberá o valor de R$ 3,1 milhões por ano, em forma de custeio, para manutenção do novo serviço. A verba será paga mensalmente, na ordem de R$ 262 mil, por meio do Fundo Estadual de Saúde.

Centros de Trauma

Parte das portarias publicadas destinam R$ 6,8 milhões para habilitar oito centros de trauma, nos estados do Paraná (Hospital e Maternidade Ivaiporã / Hospital e Maternidade Municipal de São José dos Pinhais / Hospitalar Angelina Caron), Minas Gerais (Casa de Caridade de Carangola / Hospital São Sebastião / Hospital Cesar Leite) e São Paulo (Hospital de Base de São José do Rio Preto).

Os centros de trauma são estabelecimentos de saúde integrantes da Linha de Cuidado ao Trauma da Rede de Atenção às Urgências e Emergências que desempenham o papel de referência especializada para atendimento aos pacientes vítimas de trauma.

Rede Cegonha

Para o programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, serão destinados R$ 6,3 milhões para reforçar a assistência integral, especializada e gratuita à saúde das mulheres (antes, durante e após a gestação) e das crianças recém-nascidas.

Por meio desta estratégia, o governo federal tem incentivado, por exemplo, o parto normal humanizado. Entre as ações adotadas pela pasta está a implantação de Centros de Parto Normal, onde a mulher é acompanhada por uma enfermeira obstetra ou obstetriz, em um ambiente devidamente preparado para que possa se movimentar livremente e ter acesso a métodos não farmacológicos de alívio da dor.

O Ministério da Saúde também está desenvolvendo uma série de ações voltadas para a formação e a capacitação de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiras obstétricas e obstetrizes.

As secretarias de saúde dos estados e municípios também estão contando com o apoio do Ministério da Saúde para reorganizarem a rede de assistência, tanto no sentido técnico quanto no financiamento, criando estratégias e políticas de atendimento mais eficientes e ampliando leitos nas áreas de maior necessidade, como os leitos de UTI Neonatal, definindo, assim, diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave ou potencialmente grave.

Os 20 estados contemplados

Rio Grande do Norte (Natal / Parnamirim / Pau dos Ferros), João Pessoa, Paraíba, Pará (Capanema), Rondônia (Porto Velho), São Paulo (São Paulo / São José do Rio Preto / Marília / Campinas / Assis), Goiás (Goiânia), Acre, Pernambuco (Recife), Espírito Santo (Cachoeiro de Itapemirim), Santa Catarina (Rio do Sul / Blumenau / Jaraguá do Sul / Caçador), Paraná (Londrina / São José dos Pinhais / Ivaiporã / Campina Grande do Sul / Francisco Beltrão), Minas Gerais (Minas Gerais / Manhuaçu / Patos de Minas / Três Corações / Ouro Preto), Aracajú (Sergipe), Bahia (Salvador), Goiás (Goiânia), Maranhão (São Luís), Alagoas, Piauí (Parnaíba / Teresina / Floriano) e Tocantins.




Um transplante contra as superbactérias

23/09/2015 - Correio Braziliense


O uso indiscriminado de antibióticos pode resultar no surgimento de micro-organismos resistentes ao tratamento e responsáveis por infecções hospitalares fatais. A estimativa é de que hoje as superbactérias matem 700 mil pessoas por ano no mundo. Um estudo publicado na revista científica Plos Pathogens sugere uma intervenção inusitada para evitar que a ação de dois patógenos responsáveis por cerca de 10% das contaminações sem controle seja potencializada: o transplante fecal.

O procedimento consiste em utilizar fezes de pessoas saudáveis para colonizar o intestino de pacientes que sofrem um desequilíbrio crítico na microbiota. “Ocorre uma briga por alimento, as bactérias saudáveis comem os alimentos das resistentes, eliminando-as”, explica Arnaldo José Ganc, gastroenterologista do Hospital Israelita Albert Einstein. A instituição realiza o procedimento há dois anos.

O estudo detalhado na revista científica foi feito com ratos e pesquisadores do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, nos Estados Unidos. Observou-se, no intestino das cobaias, as interações entre a Enterococcus faecium (VRE), resistente ao antibiótico vancomicina; e a Klebsiella pneumoniae, resistente ao carbapenes. Comuns na microbiota, os dois patógenos, em situação de desequilíbrio, podem se espalhar pelo resto do corpo ou para outros pacientes, causando infecções localizadas ou sistêmicas.

A primeira descoberta do grupo foi a de que as bactérias ocupam os mesmos locais no intestino e não competem entre si. Esse dado sugere que elas satisfazem as suas necessidades metabólicas específicas sem disputar por nutrientes. Já se sabia que o transplante de fezes de ratinhos saudáveis para os doentes pode eliminar a VRE. A intenção era saber se o mesmo procedimento pode limpar o intestino da K. pneumoniae e depois da VRE com a K. pneumoniae.

As cobaias foram contaminadas com as duas superbactérias simultaneamente. Durante três dias consecutivos, um grupo foi submetido ao transplante fecal. Outro recebeu uma solução de controle estéril, composta por medicamentos que exterminam de forma indiscriminada os micro-organismos. Em todos os roedores submetidos ao transplante, a K. pneumoniae diminuiu em um dia e se tornou indetectável no prazo de sete dias. A VRE foi eliminada em 60% desses animais e reduzida nos 40% restantes.

Nos bichos do grupo de controle, o nível dos patógenos permaneceu elevado. “A descoberta dessas características, anteriormente desconhecidas, de como a VRE e a K. pneumoniae colonizam e se disseminam no intestino, dará indicativos de como erradicá-las”, explica Eric Pamer, do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center e um dos coautores do trabalho.

Guilherme Andrade, gastroenterologista e coordenador do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, tem opinião parecida. “A pesquisa é uma esperança concreta para pacientes que são infectados por bactérias resistentes nos hospitais, local em que elas são mais encontradas”, comemora. Segundo o especialista, a estimativa é de que o corpo de um adulto tenha 2kg só de bactérias.

“Elas vivem no intestino e carregam 100 vezes a carga genética de um ser humano. Antes, usávamos remédios que eliminavam toda a flora intestinal, o que desregula o intestino. Já o transplante fecal repovoa o intestino com bactérias boas e mata as más.” O procedimento, porém, tem riscos. As fezes são uma mistura complexa de bactérias e outros micro-organismos; embora exista uma análise rigorosa com os doadores, a possibilidade de que um agente patogênico passe despercebido é real.

No Brasil

O primeiro transplante fecal realizado no Brasil foi feito no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, em 2013. A técnica foi utilizada para o tratamento da colite (inflamação do intestino grosso) pseudomembranosa causada pelo Clostridium difficile. Desde então, segundo Arnaldo José Ganc, gastroenterologista da instituição, 35 procedimentos foram realizados. “Em apenas dois, precisamos refazê-lo”, conta.

Apesar dos resultados promissores, a prática é pouco difundida entre a comunidade médica brasileira.“Aqui, ainda existe muita resistência em relação ao transplante fecal. Fora do país, esse é um procedimento utilizado há muito tempo. Difundi-lo aqui será um grande passo para reverter infecções que podem ser fatais”, aposta Victor Yokana, do Núcleo de Gastroenterologia do Hospital Samaritano de São Paulo. A adoção do transplante fecal tem que passar pelo crivo do comitê de ética do hospital em que será feito o tratamento.

Relação estratégica

O corpo humano contém uma grande quantidade de germes, milhões de organismos com os quais partilhamos o espaço chamado de microbioma. Esses seres microscópicos desempenham um papel fundamental em numerosas funções fisiológicas. Por isso, têm uma grande influência sobre a nossa saúde. O estudo deles é uma das áreas mais ativas da biologia atualmente, e os cientistas estão apenas começando a arranhar a superfície para encontrar as relações complicadas entre o microbioma intestinal humano com doenças do aparelho digestivo, como a síndrome do intestino irritável; e outras que aparentemente não se relacionam, a obesidade e o diabetes, por exemplo.




Inca completa 500 cirurgias de câncer com robôs desde 2012

21/09/2015 - Terra


Primeiro hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) a incluir a robótica em procedimentos cirúrgicos, o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca) completou em agosto deste ano 500 cirurgias, desde março de 2012, feitas com auxílio do robô Da Vinci, equipamento adquirido em dezembro de 2011, ao custo estimado de US$ 2,6 milhões.

O cirurgião da Área de Cabeça e Pescoço do Inca, Fernando Luiz Dias, disse hoje (21) que essa ferramenta permite realizar cirurgias que, no passado, eram feitas de maneira tradicional, com índice de morbidade ou possibilidade de complicação muito elevados. Incisões externas e eventuais acessos cirúrgicos por estrutura óssea da face, no caso de cirurgias de cabeça e pescoço, faziam o paciente sofrer muito mais pelos efeitos desse acesso cirúrgico do que a retirada do tumor em si, comentou o cirurgião.

“O robô trouxe a possibilidade de fazermos essas cirurgias sem a necessidade desses acessos cirúrgicos. Fazemos diretamente pela cavidade natural, que é a boca”. O uso da robótica reduziu o tempo das cirurgias de quatro a cinco horas para menos de uma hora e a internação, que durava de sete a oito dias, foi reduzida para três a quatro dias.

Segundo o especialista, o novo equipamento proporcionou ao corpo médico do Inca acumular uma experiência com cirurgia robótica incomparável: “Eu diria que o Inca tem hoje a maior experiência brasileira em cirurgia robótica, não só em cabeça e pescoço, mas também em outras especialidades”. Nessa área, foram operados mais de 150 pacientes desde março de 2012.

O robô é utilizado no Inca também em cirurgias de tumores abdominais, urológicos e ginecológicos. Como as cirurgias são cada vez mais rápidas com o uso do robô, os médicos do Inca podem fazer de dois a três procedimentos por dia, durante os cinco dias úteis e a expectativa é operar pelo robô entre oito e dez doentes por mês com câncer de pescoço e cabeça. O robô é cedido a cada especialidade médica durante um dia por semana.

Além de ser mais rápido, o procedimento robótico reduz a exposição de tecido corporal do paciente, que ocorre na cirurgia aberta. “A dor é muito menor, o incômodo é muito menor, a necessidade de o paciente ser submetido a uma traqueostomia também é muito menor. Enfim, existe uma série de ganhos de conforto do paciente para os quais essa cirurgia seja indicada e que auxilia na reabilitação desse paciente na sua vida cotidiana e, eventualmente, até na sua vida profissional”.




Netfarma busca novo rumo para operação

22/09/2015 - Valor Econômico


A Netfarma, maior farmácia on-line do país, está em processo de reestruturação para tentar dar outro rumo ao negócio. A empresa não quer ser exclusivamente uma varejista de medicamentos e produtos de higiene e beleza. Vai tentar montar um modelo de negócios que ofereça estrutura maior de serviços e atendimento na área de saúde e bemestar.

Segundo informações que circulam no mercado, a Netfarma quer criar uma operação mais completa para uma provável venda no futuro.

Grupos internacionais têm planos de entrar ou ampliar a atuação no país e a Netfarma já teria sido sondada nos últimos anos por redes estrangeiras e locais. "Nunca vamos deixar de ser uma rede de venda on-line de farmácias, mas não dá para ser apenas isso. Algumas ações para ampliar a atuação estão sendo desenhadas pelo comando", diz o presidente da Netfarma, Eduardo Mangione, ex¬ P&G, e no cargo há quatro meses.

Criada em 2012, a empresa tem como sócios Omilton Visconde Jr., fundador da Biosintética e Segmenta, com 52% das ações? Alexandre Panarello, exdiretor geral da distribuidora Panarello, com 33%? e Nelson Libbos e Walter Geraigire com 7,5% cada. Márcio Kumruian, da Netshoes, vendeu sua participação na sociedade em 2014, mas se mantém como conselheiro.

Medidas serão voltadas para um formato de atendimento mais ativo e próximo ao cliente ¬ cobrando por isso. Atualmente, no máximo, o consumidor da Netfarma consegue fazer a compra programada, determinando as datas para receber produtos de uso contínuo. A Netfarma evita detalhar as ações, mas no mercado, comenta-se que o formato planejado passaria por um acompanhamento menos burocrático da situação de saúde do cliente. O consumidor poderá ter uma espécie de ficha on-line com histórico de compras de medicamentos. Os dados estarão acessíveis para consulta de seu médico.

Outro caminho é um atendimento mais individual de pacientes que tomam medicamentos de forma recorrente, apurou o Valor, por meio de uma equipe de médicos e farmacêuticos, pagando um valor mensal pelo serviço.

Outras redes também têm analisado o segmento de serviços de saúde. A Raia Drogasil comprou, há dois meses, uma varejista de medicamentos e o diferencial será atendimento e serviços ao cliente. Para analistas, existe uma movimentação no sentido de as redes se "descolarem" da concorrência no varejo de farmácias, focado basicamente em preço e ofertas, com batalha forte por rentabilidade, para ampliar margem em serviços.

A Netfarma afirma que reduziu o ritmo de expansão para concluir mudanças internas neste ano. Um novo centro de distribuição deve ser aberto junto a um novo escritório, em Carapicuíba (SP), em algumas semanas. Sistema de gestão também foi trocado, em maio. O atual centro e a sede ocupam 2,6 mil m2 e a nova área terá 8,2 mil. "Não dá para fazer tudo ao mesmo tempo, colocar a equipe para vender mais e ainda tocar as mudanças. Decidimos segurar um pouco o crescimento este ano", diz ele A companhia prevê crescer de 25% a 30% em 2015 (quando deve atingir receita bruta na faixa de R$ 60 milhões), versus 150% em 2014. Questionado se o menor ritmo de expansão reflete efeito negativo da crise sobre a empresa, Mangione nega. "Perdemos velocidade porque mudamos o foco, se houve queda porque a demanda caiu, eu não consigo identificar isso dentro do meu número, porque nós decidimos já desacelerar".

Segundo o executivo, a empresa, operando no prejuízo, estima entrar no ponto de equilíbrio no prazo de um ano e meio. E considera a possibilidade de entrada de novos fundos de investimento após 2016. "Já estaremos mais estruturados até lá, aí essa entrada faz mais sentido. Podemos fazer os aportes com os sócios atuais e as portas para novos fundos podem estar abertas após 2016".




TRATAMENTOS ATUAIS PARA O PARKINSON

22/09/2015 - Revista Viva Saúde Online


Esta é uma doença neurológica degenerativa em que há perda de neurônios no sistema nervoso com especial acometimento das células nervosas. “Hoje o tratamento do Parkinson é multidisciplinar. Há um ‘tripé’ terapêutico com medicações específicas, reabilitação física e cognitiva e procedimentos operatórios”, conta Erich Fonoff, neurocirurgião do Núcleo da Dor e Distúrbios do Movimento do Hospital Sírio-Libanês (SP). Ele diz que esses fármacos são de vários tipos e trazem melhora, e com eles os pacientes têm redução dos sintomas e têm atingindo ótimo resultado funcional. Fonoff afirma que a cirurgia auxilia quando há necessidade. “E é indicada quando as medicações não trazem melhora satisfatória”, diz. Outra forma de tratar é pela estimulação cerebral profunda (DBS), técnica neurocirúrgica. Se aplicada no alvo escolhido, modifica as oscilações cerebrais patológicas do Parkinson, sendo ocasionadas pela perda dos neurônios dopaminérgicos.




Dilma fortalece PMDB com a Saúde

23/09/2015 - Correio Braziliense


Para garantir a manutenção dos vetos, barrar processos de impeachment no Congresso e assegurar a aprovação da CPMF encaminhada ontem ao Congresso, a presidente Dilma Rousseff deu a alma do governo ao PMDB e ofereceu à legenda o Ministério da Saúde, a pasta com o maior orçamento da Esplanada: R$ 109,2 bilhões, de acordo com números deste ano.

“A aprovação da CPMF é uma construção. Claro que, se de fato estivermos no governo, o diálogo nesse sentido será muito mais fácil”, admitiu o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ). Reunida ontem no plenário 2 da Câmara, a bancada do PMDB na Casa — que tem integrantes que defendem abertamente o impeachment da presidente — aprovou por ampla maioria os nomes para o Ministério da Saúde e para a pasta de infraestrutura, que será fruto da fusão das Secretarias de Portos e Aviação Civil. Para a primeira, foram aprovadas as indicações de Marcelo Castro (PI) e Manoel Júnior (PB). Para a segunda, Celso Pansera (RJ), José Priante (PA) e Carlos Marun (MS).

Das cinco opções apresentadas pela legenda, quatro têm uma ótima ligação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ). O Planalto sabe que o peemedebista, que tem em suas mãos o poder de engavetar ou dar seguimento aos pedidos de impeachment de Dilma, precisa ser cortejado. As bancadas do PSB na Câmara e no Senado, por exemplo, fecharam questão a favor do afastamento da presidente, embora os governadores da legenda, como Rodrigo Rollemberg (DF), sejam contrários à iniciativa.

Dilma quer manter o atual ministro Eliseu Padilha na provável pasta de infraestrutura. Apesar de não ter sido aliado de primeira hora, a presidente reconhece o esforço que ele fez, ao lado do vice-presidente Michel Temer, para aprovar o primeiro ajuste fiscal enviado ao Congresso. Mas os deputados esperam ser contemplados com essa indicação, já que Padilha não é mais parlamentar e “não representaria a bancada do PMDB na Casa”.

Dilma, que começou a pensar seriamente na possibilidade de ceder ao PMDB o Ministério da Saúde, após o pedido expresso feito pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, em audiência na tarde de segunda-feira, precisa administrar outro problema. O Ministério da Pesca será anexado à da Agricultura. Bom para Kátia Abreu, mas, com isso, Helder Barbalho — filho do senador Jader Barbalho — perde assento na Esplanada.

Jader está possesso. Dilma avisou que encontrará um lugar adequado para Helder, mas o pai continua irritado. O senador paraense foi fundamental para reaproximar Dilma do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), na época em que este mantinha arroubos oposicionistas explícitos. “Jader foi fundamental para nós em um dos momentos mais agudos da crise, quando perdemos Eduardo Cunha e víamos Renan nos escapando das mãos. Dilma saberá recompor-se com ele”, assegurou um interlocutor palaciano.

Papel

Se o cenário com o PMDB da Câmara está delineado, Dilma precisa definir o papel dos senadores. Kátia Abreu (Agricultura) e Eduardo Braga (Minas e Energia) serão mantidos nos cargos. Não que sejam os favoritos do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). Mas, de olho na sucessão de Renan na presidência da Casa, em 2017, Eunício não quer exonerar senadores da Esplanada para que estes voltem para a bancada irritados com ele. Tentou emplacar um nome para a Integração Nacional, mas Dilma não demonstrou disposição de mexer com o PP — o titular da pasta é Gilberto Occhi.

Mas Renan quer ser compensado pela fidelidade. Ele está de olho no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), que deverá ter anexado a ele o Ministério do Turismo. O problema é que Dilma gosta de Armando Monteiro Neto. Ele foi o primeiro nome da área econômica anunciado por ela no ano passado. Mas ele desgastou-se ao criticar a segunda etapa do ajuste fiscal, que pretende cortar R$ 8 bilhões do Sistema S, responsável pelo treinamento e aperfeiçoamento de trabalhadores para a Indústria.

Dilma também recuou da disposição de tirar o status de ministério de algumas pastas, como a Advocacia-Geral da União (AGU). “Pela função que exercemos, pela interlocução que temos com todas os Ministérios da Esplanada, acho importante que mantenham o status de ministério”, defendeu o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Ele esteve ontem no Tribunal de Contas da União (TCU) para apresentar àquela corte propostas do governo para evitar a repetição de procedimentos como as “pedaladas fiscais”.

O novo desenho

Para não melindrar aliados, Dilma Rousseff abre espaço para o PMDB e desiste de fundir pastas. Confira:

» No Ministério da Saúde, a presidente Dilma Rousseff oferecerá a pasta à bancada do PMDB da Câmara dos Deputados.

» As secretarias dos Portos e da Aviação Civil serão fundidas em uma pasta de infraestrutura, a ser comandada pelo PMDB. As pastas não serão mais anexadas ao Ministério dos Transportes para não melindrar o PR.

» O Ministério da Pesca será anexado ao Ministério da Agricultura.

» Será criado o Ministério da Cidadania, englobando Direitos Humanos, Políticas para Mulheres e Igualdade Racial.

» O Ministério da Micro e Pequena Empresa será fundido ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

» A pasta do Turismo também poderá ser fundida ao MDIC, ou ao Esporte. Não há, contudo, ainda decisão sobre isso.

» O Banco Central, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) devem manter status de ministério.

» O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) será fundido ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).




Prevenção no DNA

22/09/2015 - Correio Braziliense


O mapeamento do genoma humano representou um avanço sem precedentes para a medicina. Hoje, sabe-se que fatores genéticos estão presentes em patologias das mais variadas especialidades médicas, seja determinando, seja contribuindo, em conjunto com outros fatores ambientais e não genéticos, para a eclosão de doenças. Esse conhecimento pode ajudar a evitar enfermidades antes mesmo da concepção, no caso de uma reprodução assistida. Há ainda importantes testes durante a gestação que preparam familiares e especialistas para uma atenção especial no parto.

Segundo Marcos Aguiar, professor de pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador do Serviço de Genética do Hospital das Clínicas, quando se pensa na genética em função da prevenção, a primeira coisa a se fazer é uma história familiar. “Por meio dela, sabemos se há risco aumentado para algumas doenças. Temos exames para identificar isso, embora ainda exista uma série de limitações”, diz.

Aguiar explica que, para a maioria das patologias, principalmente as mais comuns, ainda não se sabe exatamente como é a interação entre os fatores genéticos e os ambientais. “Já foram identificados, por exemplo, muitos genes relacionados ao diabetes, mas poucos daqueles que definem se a pessoa terá ou não a doença”, ressalta.

Esses são os chamados genes de predisposição. “Quando a pessoa tem uma mutação, pode ter uma chance maior de desenvolver a doença. É preciso que fique claro que não significa que ela vai ter o problema. Trata-se de uma indicação de uma probabilidade maior”, ressalta Aguiar. Segundo o especialista, a grande questão é que a maioria das doenças, as mais comuns, não depende apenas de fatores genéticos, mas também dos externos.

“No caso de um diabético, mais importante do que identificar os genes é fazer uma dieta adequada. O mesmo se aplica àqueles com histórico familiar de cardiopatias isquêmicas, como o infarto. Nessa condição, mais importante do que fazer um estudo genético é praticar exercício físico e ter uma dieta saudável”, exemplifica.

Aguiar explica que a genética ajuda muito na identificação de grupos de risco. Como entre pessoas com um histórico familiar de câncer, já que existem alguns tumores malignos com natureza genética. “Se for encontrada uma mutação de gene, não significa que a pessoa necessariamente terá câncer. Uma mutação nos BRCA1 e BRCA2, por exemplo, indica uma maior probabilidade de a mulher ter câncer de mama e de ovário e de o homem ter câncer de mama e de próstata”, pondera.

Mais indicados

Quando procurar um geneticista? Para Aguiar, as situações mais comuns são quando existe uma doença genética bem estabelecida na família, como fibrose cística, anemia falciforme, síndrome de Down e outras máformações, além do câncer. Outra situação são casais que planejam engravidar e têm um filho, parente próximo ou são consanguíneos de alguém com má-formação.

Mulheres com histórico de abortamento de repetição, que tiveram um filho natimorto e aquelas com mais de 35 anos também podem se beneficiar de uma investigação desse tipo. “O geneticista pode ajudar na prevenção para que os problemas não ocorram de novo ou informar sobre os riscos para que as pessoas tomem suas decisões reprodutivas”, explica.

O Projeto Genoma Humano representou uma revolução em relação às gestações de risco, ao tratamento fetal e ao aconselhamento familiar. Segundo Anisse Chami, médica geneticista do Grupo Hermes Pardini e da Rede Mater Dei de Saúde, ao se pensar em genética e prevenção, é preciso considerar os cuidados maternos para evitar má-formações congênitas e doenças genéticas antes mesmo da gravidez.

“O uso do ácido fólico evita defeitos do tubo neural, estrutura que forma o sistema nervoso central. O consumo de álcool durante a gestação pode causar graves e diversos problemas para o feto, culminando, inclusive, em um quadro chamado síndrome alcoólica fetal. Doenças maternas como lúpus eritematoso sistêmico, obesidade e diabetes melitus devem ser controladas, pois estão associadas a má-formações congênitas. Determinados medicamentos de uso controlado, muitas vezes, também requerem substituições por outros que não causariam problemas fetais”, lista Chami.

Gravidez assistida

Segundo Rívia Mara Lamaita, ginecologista especialista em infertilidade, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenadora do Centro de Reprodução Humana da Rede Mater Dei de Saúde, ainda entre os cuidados pré-gestacionais, existe a possibilidade de fazer um diagnóstico genético pré-implantacional (PGD). Nesse tipo de rastreamento, depois de identificada alguma doença genética na família do pai ou da mãe, pesquisa-se se alguns dos embriões candidatos à implantação têm a mesma mutação para que seja evitada a implantação de um embrião não saudável.

A outra opção é o screening cromossômico pré-gestacional (PGS), que avalia casais com risco reprodutivo aumentado de ter anomalias cromossômicas por causa da idade, por exemplo. O acesso a esses exames, entretanto, ainda é pequeno — o PGS custa entre R$ 6 mil e R$ 8 mil, por exemplo. Por outro lado, eles podem garantir, se identificada alguma dessas situações, a possibilidade de fazer uma seleção de embriões com o objetivo de evitar uma doença gênica. “É possível ainda eleger o melhor embrião para uma gravidez saudável, o que também pode diminuir a incidência de gestação múltipla”, explica Rívia.




Viver de sombra: exposição proposital ao Sol por vitamina D divide médicos

22/09/2015 - Folha de S.Paulo


A vida moderna, com o ar-condicionado dos escritórios, tem um problema: a baixa exposição ao Sol abala a produção de vitamina D.

Além de passarmos muitas horas em ambientes fechados, o uso do protetor -fundamental contra o câncer de pele- também reduz a exposição.

Em vários países, estudos têm apontado carência de vitamina D na população -a luz artificial, sem raios ultravioletas, não substitui o Sol.Um estudo da USP com 603 funcionários da universidade entre 18 e 90 anos apontou que 77% deles tinham algum grau de hipovitaminose D.

Outros países fizeram estudos mais abrangentes.

Nos Países Baixos, o Estudo Longitudinal de Envelhecimento apontou que 45% dos homens e 56% das mulheres tinham níveis de vitamina D abaixo de desejável. Outras pesquisas mostram fenômeno parecido nos EUA.

A vitamina D é importante por atuar na absorção de cálcio e fosfato da dieta, na mineralização dos ossos e no controle de mais de 200 genes, incluindo os responsáveis pela proliferação, diferenciação e morte das células.

Baixos níveis de vitamina D estão associados a diversas doenças, como osteoporose, raquitismo, esclerose múltipla e doenças cardiovasculares. alimentação

Apesar do nome, a vitamina D não é uma vitamina. É um hormônio, nomeado erroneamente ao ser descoberto, no início do século passado.

Para o neurologista e professor da Unifesp Cícero Coimbra, a confusão cria problemas. "Vitamina passa a ideia de que é possível obtê-lo só a partir da alimentação."

O Institute of Medicine (IOM), que emite as recomendações dietéticas nos EUA e Canadá, sugere o consumo de 600 UI (Unidades Internacionais) de vitamina D por dia.

Não é consenso, porém. Um estudo publicado no periódico "Nutrients" argumenta que a recomendação deveria ser de 7000 UI. No Hospital Sírio-Libanês, o ginecologista Alexandre Pupo diz recomendar de 800 a 1000 UI às pacientes.

Cem gramas de salmão têm entre 100 e 250 UI de vitamina D. A gema do ovo tem 20 UI.

O Sol é bem mais eficiente: só cinco ou dez minutos de exposição direta de pernas e braços, sem protetor, garantem cerca de 3000 UI. Ou seja, para ter carência de vitamina D, é preciso não tomar sol algum.

Mas tomar sol sem proteção é algo que incomoda os dermatologistas. E o câncer de pele? Qual é o nível seguro?

"É como cigarro. Existe uma quantidade segura? Nós recomendamos filtro solar, sempre" diz Gabriel Gontijo, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Já Coimbra considera que pequenas exposições podem ser benéficas. "A palavra-chave é tempo. É só não se expor demais. Uma solução é não sair de casa com o protetor, passar uns minutos depois."

Enquanto não entram em acordo, alguns médicos sugerem suplementação. Em cápsulas ou gotas, é possível ingerir de 200 UI a 7000 UI por dia.

A enfermeira Vanessa Costa, 39, toma uma cápsula de 5000 UI ao dia. "A dermatologista jamais me mandaria tomar mais sol, mas nem se dependesse de mim eu tomaria. Estou sempre trabalhando, não consigo." Ela descobriu que seus índices estavam baixos em um exame de sangue. Depois de um ano de suplementação, o nível subiu de 20 ng/ml para 55 ng/ml.

A carência de vitamina D não tem fortes sintomas no curto prazo. "Geralmente são sintomas gerais de deficiência imunológica: menor produtividade, cansaço", diz Pupo. Crianças também podem tomar a vitamina, em doses menores. Mas é preciso cautela.

"Para ter problemas sérios de saúde é preciso ter níveis muito baixos. Eu recomendo a forma natural: alimentação e exposição solar", diz José Paulo Ferreira, médico da Sociedade Brasileira de Pediatria.

O excesso de vitamina D no organismo pode deixar os rins sobrecarregados, mas são necessárias doses muito grandes.




Atendimento do HCor é feito com má vontade, reclama leitora

22/09/2015 - Folha de S.Paulo


A leitora Samanta Akemi Nemoto reclama do atendimento do Hospital do Coração, no Paraíso.

Ela conta que queria solicitar a entrega de resultados de exames no seu endereço comercial. Contudo, a atendente, sem perguntar, agendou a entrega para o endereço residencial de Samanta. A leitora pediu a correção –que, relata, foi feita com má vontade.

No dia da entrega, Samanta foi avisada pelo HCor que o entregador estava na sua residência. Como a consulta médica seria naquele dia, não era possível adiar a entrega.

Os documentos acabaram sendo levados ao consultório do médico de Samanta. Ela conta ainda que tentou contatar o setor de entregas do HCor e uma funcionária desligou o telefone na sua cara.

RESPOSTA

O HCor informa que entrou em contato com a cliente para pedido de desculpas e que ela foi isentada da taxa de entrega.




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