
CLIPPING - 21/08/2015
Assessoria de Comunicação do CRF-SP
Takeda anuncia a aceitação da Agência Europeia de Medicamentos do pedido de autorização para comercialização do ixazomibe para pacientes com mieloma múltiplo refratário/recidivante
21/08/2015 - R7
Takeda Pharmaceutical Company Limited (TSE: 4502) anunciou hoje que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA - European Medicines Agency) aceitou o Pedido de Autorização para Comercialização (MAA) para o ixazomibe, um inibidor oral da proteassoma em investigação para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo refratário e/ou recidivante. Em 23 de julho, o Comitê dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP, Committee for Medicinal Products for Human Use) da EMA concedeu ao ixazomibe uma avaliação acelerada, uma designação reservada para os medicamentos considerados de grande interesse em termos de saúde pública e, em particular, de inovação terapêutica.
“Os pedidos de autorização do ixazomibe na Europa e nos Estados Unidos são os primeiros de vários pedidos dos quais antecipamos a apresentação até o final deste ano fiscal”, disse Melody Brown, vice-presidente da área de assuntos regulatórios da Takeda. “Mediante a solicitação de aprovação em rápida sucessão e em várias regiões, esperamos trazer o ixazomibe para o maior número de pessoas que vivem com o mieloma múltiplo refratário e/ou recidivante, tão logo seja possível. Expressamos nossos agradecimentos aos pacientes e médicos que participam no programa de ensaios clínicos do TOURMALINE no mundo inteiro, já que seu suporte tem sido essencial para tornar estes solicitações de aprovação possíveis.”
A apresentação do MAA foi baseada principalmente nos resultados da primeira análise interina pré-especificada do principal ensaio de Fase 3 TOURMALINE-MM1, um ensaio clínico internacional randomizado, duplo-cego, controlado por placebo de 722 pacientes, idealizado para avaliar a superioridade do ixazomibe mais a lenalidomida e dexametasona sobre o placebo, além da lenalidomida e dexametasona em doentes adultos com mieloma múltiplo refratário e/ou recidivante. Os doentes continuam a ser tratados quanto à progressão neste ensaio e serão avaliados para resultados a longo prazo.
Além da apresentação do MAA do ixazomibe junto à EMA, um pedido de autorização para medicamento novo para o ixazomibe foi registrado junto à U.S. Food and Drug Administration (FDA). Solicitações de aprovação adicionais em outros países estão previstas para começar no final deste ano fiscal.
Sobre mieloma múltiplo
O mieloma múltiplo é um câncer das células plasmáticas que se encontram na medula óssea. No mieloma múltiplo, um grupo de células plasmáticas, ou células de mieloma, tornam-se cancerosas e se multiplicam, elevando o número de células plasmáticas para um nível superior ao normal. Como as células plasmáticas circulam amplamente no corpo, elas podem afetar muitos ossos e causar fraturas por compressão, lesões ósseas líticas e dor relacionada. O mieloma múltiplo pode causar diversos problemas de saúde graves que afetam os ossos, o sistema imunológico, os rins e a contagem dos glóbulos vermelhos de uma pessoa, com alguns dos sintomas mais comuns incluindo dor óssea e fadiga, que é um sintoma da anemia. O mieloma múltiplo é uma forma rara de câncer com cerca de 39.000 novos casos por ano nos EUA e 114.000 novos casos por ano no mundo inteiro.
Sobre o Ixazomibe
O ixazomibe (MLN9708) é um inibidor de proteassoma oral em investigação que está sendo estudado no mieloma múltiplo, amiloidose AL de cadeia leve sistêmica e outras doenças malignas. O ixazomibe recebeu a designação de medicamento órfão para tratamento do mieloma múltiplo, tanto nos EUA quanto na Europa, em 2011 e para amiloidose AL nos EUA e na Europa em 2012. O ixazomibe recebeu o status de Terapia Inovadora (Breakthrough Therapy) da U.S. Food and Drug Administration (FDA) para amiloidose AL refratária ou recidivante em 2014. Ele também é o primeiro inibidor de proteassoma oral a entrar em ensaios clínicos de Fase 3.
O programa de desenvolvimento clínico do ixazomibe reforça ainda mais o contínuo compromisso da Takeda com o desenvolvimento de terapias inovadoras para pessoas que vivem com o mieloma múltiplo em todo o mundo e para os profissionais de saúde que tratam destes pacientes. Há cinco ensaios clínicos globais de Fase 3 em andamento:
TOURMALINE-MM1, que investiga ixazomibe versus placebo em combinação com a lenalidomida e dexametasona em mieloma múltiplo recidivante e/ou refratário TOURMALINE-MM2, que investiga ixazomibe versus placebo em combinação com a lenalidomida e dexametasona em pacientes com mieloma múltiplo diagnosticado recentemente TOURMALINE-MM3, que investiga ixazomibe versus placebo como terapia de manutenção em pacientes com mieloma múltiplo diagnosticado recentemente após terapia de indução e transplante de células-troncos autólogas (ASCT) TOURMALINE-MM4, que investiga ixazomibe versus placebo como terapia de manutenção em pacientes com diagnóstico recente de mieloma múltiplo que não foram submetidos a ASCT TOURMALINE-AL1, que investiga ixazomibe mais dexametasona versus regime escolhido pelo médico entre os regimes selecionados em pacientes com amiloidose AL recidivante ou refratária.
Para informações adicionais sobre os estudos em andamento da Fase 3, acesse www.clinicaltrials.gov.
Sobre a Takeda Oncology
A Takeda Oncology é a marca para a unidade de negócio global de oncologia da Takeda Pharmaceutical Company Limited. A Takeda aspira curar o câncer através da apresentação de novos medicamentos para atender às necessidades exclusivas e urgentes das pessoas que vivem com o câncer, seus entes queridos e prestadores de cuidados com a saúde que os socorrem no mundo todo. Takeda é a 11a maior empresa global de oncologia com um portfólio de terapias inovadoras e um extenso pipeline de produtos em investigação que têm o potencial de melhorar significativamente os desfechos dos pacientes em diversos tipos de câncer. Ao combinar o poder das principais mentes científicas com o nosso espírito ágil e empreendedor e os vastos recursos de uma empresa farmacêutica global, a Takeda Oncology está descobrindo maneiras novas e inovadoras para melhorar o tratamento do câncer. Informações adicionais sobre a Takeda Oncology estão disponíveis em seu site, www.takedaoncology.com.
Sobre a Takeda
Localizada em Osaka, Japão, a Takeda (TSE: 4502) é uma empresa global voltada para pesquisas, com foco principal em produtos farmacêuticos. Como a maior empresa farmacêutica do Japão e uma das líderes globais do setor, a Takeda está empenhada em lutar por uma saúde melhor para as pessoas em todo o mundo por meio da liderança de inovações em medicamentos.
Valeant compra fabricante do ‘Viagra feminino’ por US$ 1 bi
21/08/2015 - O Estado de S.Paulo
A canadense Valeant Pharmaceuticals International anunciou, ontem, a compra da Sprout Pharmaceuticals, que desenvolveu o primeiro medicamento do mercado para aumentar a libido da mulher. A transação foi de cerca de US$ 1 bilhão. A controversa pílula rosa para a libido feminina, Addyi, foi aprovada na última terça-feira pela agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês). A droga é indicada para mulheres que ainda não chegaram à menopausa e teve aprovação rejeitada duas vezes no passado devido a preocupações sobre sua efetividade e efeitos colaterais.
A Addyi, popularmente conhecida como “Viagra feminino”, carrega um alerta forte de seu potencial risco de quedas de pressão e desmaios, especialmente quando ingerida com álcool, o que criou dúvidas sobre suas perspectivas comerciais. Raghuram Selvaraju, diretor da corretora H.C. Wainwright & Co, estimou um máximo de vendas de US$ 100 milhões de dólares por ano do novo medicamento.
O Viagra – um “blockbuster” na linguagem da indústria farmacêutica – gerou vendas de cerca de US$ 1,7 bilhão em 2014.
“O problema é que não sabemos o quão grande é o mercado para esta condição”, disse Selvaraju, acrescentando que “há ainda uma percepção de que isso não é uma condição médica real”.
Também há preocupações de que o FDA tenha sido pressionado para aprovar a Addyi, dado que o Viagra – o primeiro a tratar a disfunção erétil masculina – foi aprovado há mais de uma década.
Diferentemente do Viagra, da Pfizer, que afeta a circulação de sangue no genital, a Addyi foi desenvolvida para ativar impulsos sexuais no cérebro. A Valeant afirmou que espera concluir a compra da Sprout no terceiro trimestre e que a Addyi comece a ser distribuída nos Estados Unidos até o final do ano.
Feira reúne grupos farmacêuticos para mostrar tendências
21/08/2015 - DCI
A CPhI South America oferece ingredientes, outsourcing e biotecnologia para a indústria farmacêutica. Com 250 marcas, o evento reúne tecnologias, ciência, conteúdo e networking qualificado em um só local.
QUANDO: 25 A 27 DE AGOSTO.
ONDE: TRANSAMERICA EXPO CENTER (AV. DOUTOR MÁRIO VILAS BOAS RODRIGUES, 387, SÃO PAULO) SITE: WWW.CPHI-SA.COM.BR
Identificados os principais fatores de risco do Alzheimer
21/08/2015 - Correio Braziliense
Um estudo publicado na edição on-line da revista Journal of Neurology Neurosurgery & Psychiatry concluiu que nove fatores de risco podem contribuir com até dois terços dos casos da doença de Alzheimer em todo o mundo. A boa notícia é que todos esses elementos são contornáveis, disseram os autores, ressaltando a complexidade desse distúrbio neurodegenerativo. De acordo com eles, estratégias preventivas que visem dieta, fármacos, química corporal, saúde mental, doenças preexistentes e estilo de vida podem ajudar a reduzir casos futuros de demência. Isso é particularmente importante, visto que, por enquanto, não existe cura para a doença, destacaram.
Os pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, queriam investigar os fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença para determinar se haveria potencial de reduzi-los. Para isso, se debruçaram sobre os mais relevantes estudos publicados em inglês sobre o assunto desde 1968 até julho de 2014. De quase 17 mil pesquisas, 323 foram incluídas na análise. Elas listavam 93 tipos de fatores em potencial e incluíam mais de 5 mil pessoas.
Ao agregar esses dados, descobriram uma evidência em favor do efeito protetivo do hormônio feminino estrógeno, das drogas de redução do colesterol (estatinas), dos medicamentos para baixar a pressão alta e dos fármacos anti-inflamatórios. Eles também encontraram o mesmo nível de evidência para o folato, as vitaminas C e E e o café, que ajudariam a afastar o risco da doença. De forma similar, os dados indicaram uma forte associação entre níveis altos de homocisteína, um aminoácido produzido no corpo, e a depressão, o que aumentou significativamente o risco de desenvolvimento de Alzheimer.
As evidências também apontaram para um papel complexo de condições preexistentes tanto para aumentar como para diminuir as chances de se ter a doença. De acordo com o estudo, os fatores associados a um risco aumentado incluíram estreitamento da artéria carótida, pressão alta ou baixa e diabetes 2 (no caso apenas da população asiática). Já o histórico de artrite, doença coronariana, síndrome metabólica e câncer era inversamente proporcional aos casos de Alzheimer.
Como o estudo é observacional — não investiga causa e efeito —, não há conclusões definitivas que se possa tirar dos resultados. Contudo, os pesquisadores sugerem que estratégias preventivas, como dieta apropriada e mudanças no estilo de vida, entre outros cuidados, podem ajudar a frear a doenças no futuro.
Trabalhar muitas horas aumenta risco de derrame, diz estudo
20/08/2015 - Folha de S.Paulo / Site
A análise de dados de mais de meio milhão de pessoas mostrou que quem cumpre longas jornadas de trabalho tem mais chances de ter um derrame. O estudo foi publicado na revista de medicina Lancet.
Ainda não se sabe qual é a relação exata entre as duas coisas. Suspeita-se que índices maiores de derrame entre pessoas que cumprem longas jornadas possam ser explicados por mais estresse no trabalho e estilo de vida nocivo.
Especialistas dizem que quem trabalha além do tradicional turno de "9h às 17h" deve monitorar a pressão sanguínea.
O estudo mostrou que quem cumpre uma jornada de até 48 horas semanais tem 10% mais chances de ter um derrame do que aqueles que trabalham entre 35h e 40h por semana. Já uma jornada de 54 horas eleva os riscos em 27%, e a de mais de 55 horas, em 33%.
Mika Kivimaki, do University College London, disse que no grupo que trabalha entre 35 a 40 horas por semana houve menos de cinco derrames a cada mil pessoas por década.
A frequência aumentou para seis derrames por mil pessoas por década entre aqueles que trabalham 55 horas ou mais. Kivimaki disse que os pesquisadores ainda estavam no "estágios iniciais" para entender o que ocorre.
Entre as possíveis causas estão o estresse extra de longas jornadas e o fato de que ficar sentado por muito tempo é ruim para a saúde e pode aumentar os riscos de derrame. Mas os índices também poderiam ser apenas um indicativo de problemas de saúde de pessoas que, presas ao escritório, não têm tempo para preparar refeições saudáveis ou fazer exercícios."As pessoas precisam ser extremamente cuidadosas para continuar mantendo um estilo de vida saudável e assegurar que sua pressão sanguínea não aumente", diz Kivimaki.
"Cumprir longas jornadas pode envolver sentar por longos períodos e estar sujeito a estresse. Também leva a ter menos tempo para se cuidar", diz Shamim Quadir, da Associação Derrame.
"Aconselhamos as pessoas a checar regularmente sua pressão sanguínea e, se você tiver alguma preocupação com a possibilidade de ter um derrame, marcar um consulta com um médico", afirma.
"A maioria de nós poderia reduzir a quantidade de tempo que passa sentado, aumentar nossa atividade física e melhorar nossa dieta enquanto trabalha, e isso pode ser mais importante de acordo com nossa jornada", diz Tim Chico, um cardiologista baseado na Universidade de Sheffield.
Biolab cruza fronteiras e vai investir no Canadá
21/08/2015 - Valor Econômico
O grupo farmacêutico brasileiro Biolab acaba de dar o pontapé inicial em sua estratégia de internacionalização. Com investimentos de US$ 40 milhões nos próximos dois anos, o laboratório, controlado pelos irmãos Cleiton e Paulo de Castro Marques, vai instalar seu primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento fora do Brasil, na província de Ontário, no Canadá. O centro também será o primeiro de uma indústria farmacêutica brasileira naquele país.
"Já há algum tempo sabemos que há necessidade de sair do país. Por aqui, falta uma política de governo voltada à inovação", afirma Cleiton de Castro Marques. O apoio econômico existente, segundo Marques, não está alinhado ao Ministério da Saúde e os prazos para aprovação de pesquisas clínicas ou registro de patentes são muito extensos em comparação a outros países. Tais "pênaltis" levaram o grupo a buscar alternativas fora do país e a instalação de um centro de inovação mostrou-se o caminho natural.
"Vamos atender a uma necessidade nossa de ter dossiês robustos para atender as autoridades [regulatórias] dos Estados Unidos, Canadá e Europa", explica. Em entrevista ao Valor, Marques contou que a Biolab, inicialmente, avaliou montar o centro de pesquisa em Nova Jersey, nos Estados Unidos, onde estão presentes praticamente todas as grandes multinacionais do setor. Chicago também entrou no radar da empresa brasileira, mas o Canadá conquistou a Biolab diante do apoio e atenção conferidos ao laboratório, dos incentivos e da pujante indústria farmacêutica em Ontário.
Segundo o cônsul comercial de Ontário no Brasil, Todd Barrett, a província conta com mais de 300 empresas farmacêuticas, emprega cerca de 27 mil pessoas no segmento e, em 2012, gerou US$ 27 bilhões em receitas, ou o equivalente a 49% do total do Canadá nessa indústria. "A Biolab também vai encontrar muita facilidade para exportar a partir do Canadá, por causa dos acordos comerciais", afirma Barrett.
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Biolab no Canadá deve entrar em operação em seis meses - o aporte inicial será de R$ 20 milhões - e ocupará uma área de mil metros quadrados no principal polo de inovação canadense. O laboratório já opera no Brasil um centro de desenvolvimento, em Itapecerica da Serra (SP), com 120 pesquisadores e 180 projetos de inovação. Segundo Marques, no futuro, o laboratório poderá avaliar ter também instalações fabris naquele país.
Ainda como parte da estratégia de internacionalização, a Biolab instalou uma unidade de negócios em Miami, nos Estados Unidos, com foco na ampliação de parcerias com multinacionais. Neste momento, o laboratório brasileiro está negociando o licenciamento de duas drogas inovadoras que desenvolveu, um nanoanestésico tópico e uma molécula fruto de inovação radical, o dapaconazol, com duas grandes farmacêuticas. Com a licença, as novas drogas poderão ser vendidas no mercado internacional. "Vamos vender a tecnologia e, por meio de licenciamentos, entrar em outros mercado", afirma.
No ano passado, a Biolab teve vendas de R$ 1,06 bilhão e projeta faturar neste ano entre R$ 1,25 bilhão e R$ 1,3 bilhão, considerando-se também os negócios da Avert (que tem os mesmos sócios). No primeiro semestre, conforme o empresário, a taxa de expansão ficou em 18%. Para 2016, o orçamento, que está sendo elaborado agora, trabalha com previsão de crescimento de 12% a 14%. A Biolab tem duas fábricas em São Paulo e está construindo uma nova unidade fabril em Minas Gerais, com investimento estimado em até R$ 250 milhões.
Conforme Marques, ainda não há um desfecho para o litígio entre os três irmãos, Cleiton, Paulo e Fernando de Castro Marques, que comanda a União Química, em torno do descruzamento societário nos dois laboratórios.
Mercado Aberto: Impulso
21/08/2015 - Folha de S.Paulo
Colunista: Maria Cristina Frias
A Memed, start-up que ajuda médicos a pesquisar remédios e fazer a prescrição eletrônica, venceu a etapa latino-americana do QPrize, da Qualcomm Ventures.
Hospital Santa Catarina promove I Simpósio em Oncologia
20/08/2015 - DCI
O Hospital Santa Catarina promoverá amanhã, dia 21, o I Simpósio em Oncologia.
Com o objetivo de disseminar as boas práticas relacionadas ao atendimento do paciente oncológico, o evento é voltado à equipe multidisciplinar em saúde e estudantes de medicina. Haverá no Simpósio uma análise ministrada pelo coordenador médico do Centro de Oncologia da instituição, dr. Antonio Cavaleiro de Macedo, onde estamos e para onde vamos em relação ao câncer. O evento será no auditório Prof. Dr. Benedicto Montenegro, a partir das 7h30. O valor para a participação é R$ 50 e as inscrições são realizadas no site : www.inscricoes.hsc.org.br.
Obesidade adultera as células da mama
20/08/2015 - Correio Braziliense
Pela primeira vez, cientistas detalham como a obesidade pode causar ou agravar o câncer de mama. O trabalho, publicado hoje na revista Science Translational Medicine, descreve o processo celular que leva o tecido rico em gordura a promover o desenvolvimento de tumores. A descoberta confirma que o excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o carcinoma que mais mata mulheres no mundo e serve de alerta, principalmente, para aquelas que passaram pela menopausa, condição que aumenta as chances de surgimento da doença.
Embora pouco compreendida, a relação entre a obesidade e o câncer de mama já era bem estabelecida pelos médicos. Mulheres que estão acima do peso são um grupo bastante representativo entre as pessoas que sofrem desse tumor e também tendem a apresentar os mais agressivos. Para compreender melhor esse fenômeno, pesquisadores estudaram amostras de tecido adiposo retiradas dos seios de pacientes e observaram como a obesidade influencia diretamente na matriz extracelular das mamas.
Foi possível notar que a estrutura que reveste e dá suporte às células havia sofrido um processo chamado fibrose, similar ao que ocorre durante a cicatrização. Se comparadas com o tecido mamário de pacientes de peso saudável, as células de mulheres obesas apresentaram fibras de colágeno mais grossas e endurecidas.
A inflamação causada pela obesidade havia deixado o tecido mais rígido, mudando completamente a configuração das células e a maneira como elas se comportam. Esse novo formato seria ideal para o desenvolvimento de cancros. “Os nossos dados mostram que o endurecimento dos tecidos de tumores e dos mamários é similar”, diz Claudia Fischbach, professora da Meinig School of Biomedical Engineering da Cornell University, nos Estados Unidos, e uma dos autores do trabalho.
Potencializador
Em testes in vitro, a equipe observou que células pré-cancerosas cultivadas em tecidos adiposos afetados pelo excesso de peso tinham uma tendência maior a desenvolver tumores malignos do que aquelas que cresciam em tecido magro. Isso indica que a obesidade pode não somente promover o surgimento de tumores, como também aumentar a agressividade da doença.
“Esse estudo fornece uma importante peça adicional que ajuda a integrar o que sabíamos sobre obesidade e câncer de mama em um cenário unificado”, ressalta Charlotte Kuperwasser, professora de biologia molecular e química na Tufts University School of Medicine e pesquisadora do Molecular Oncology Research Institute, ambos nos Estados Unidos. “Essa pesquisa fornece uma forma de olhar para esses mecanismos bem estabelecidos sob uma nova luz”, completa a especialista, que não participou do estudo.
A nova compreensão da relação entre gordura e câncer de mama poderia mudar, por exemplo, como são feitas as cirurgias de reconstrução de mama. O uso habitual de tecido adiposo para a modelagem do seio, ressaltam os autores do estudo, pode oferecer um risco às pacientes que já se recuperaram do tumor. “Implantar o tecido adiposo obeso pode ativar o câncer de mama residual depois da mastectomia e, assim, promover a recorrência”, acredita Fischbach. “Parece que materiais sintéticos para a reconstrução das mamas podem ser seguros e, portanto, poderiam ser usados como uma alternativa.”
Cérebro humano criado em laboratório
20/08/2015 - Correio Braziliense
Cientistas americanos fizeram crescer, em laboratório, uma versão quase completa de um pequeno cérebro humano, o que, segundo os autores do experimento, representa um avanço crucial para o tratamento de doenças neurológicas. Fruto do trabalho da equipe de Rene Anand, professor da Universidade Estadual de Ohio, o órgão é equivalente, em termos de maturidade, ao de um feto de cinco semanas.
O cérebro organoide foi cultivado a partir de células de pele adultas e, de acordo com um informe emitido pela universidade, contém 99% dos genes presentes na estrutura de um feto. “Não apenas se parece com um cérebro em desenvolvimento; seus diversos tipos de células expressam quase todos os genes como um cérebro”, afirmou Anand no comunicado.
O principal uso do cérebro de laboratório será a realização de estudos e testes de drogas para doenças que afetam o sistema nervoso, como o autismo. “Nós lutamos há muito tempo para resolver complexos problemas cerebrais que provocam muita dor e sofrimento. Esse modelo antecipa muito bem reações que podem acontecer no cérebro humano, sendo uma opção melhor e mais relevante para testar terapias do que animais”, diz Anand, que apresentou os resultados na terça-feira durante o Simpósio de Pesquisa Militar sobre Sistemas de Saúde, realizado na Flórida.
O cientista conta que começou a elaborar o modelo depois que suas pesquisas sobre uma nova droga para tratar autismo, feitas com ratos, apresentaram resultados insatisfatórios. Ele começou, então, a trabalhar com células-tronco pluripotentes, aquelas elaboradas a partir de células adultas. Quatro anos depois, chegou ao cérebro. A grande falta do organoide, diz Anand, é um sistema vascular, mas isso não impede o uso para experimentos.
“Poderemos investigar suscetibilidades genéticas ou influências meramente ambientais, ou a combinação de ambas, em doenças do sistema nervoso central. Estudos genômicos inferem que existem em torno de 600 genes ligados ao aparecimento do autismo, mas paramos aí. Correlações matemáticas e métodos estatísticos são insuficientes para, sozinhos, identificar as causas. Precisamos de um sistema experimental — precisamos de um cérebro humano”, defende.
Além da internet: o plano do Google para curar doenças e estender a vida
19/08/2015 - Olhar Digital
Ao anunciar a reorganização do Google como Alphabet, Larry Page explicou que a empresa foi criada por conta de negócios independentes, de diferentes áreas, destacando os esforços da gigante de tecnologia no ramo da medicina. "Iniciativas que estão bastante distantes de nossos produtos principais da internet estão contidas na Alphabet, como a Calico e a Life Sciences", explicou o CEO em um post.
Ao que tudo indica, o Google quer agora curar doenças e prolongar a vida humana. Mas será que a empresa conseguirá? Confira quais são os principais esforços neste sentido:
1. Revolução na medicina
Com a criação da Alphabet, a Life Sciences, que antes era uma divisão do Google X, passará a ser uma divisão independente, com o nome ainda não anunciado. O mercado pode ser uma das grandes apostas da companhia para o futuro. Em julho, o CFO Ruth Porat destacou o empreendimento como uma das "fontes de receita a longo prazo". Funcionários afirmam que a ideia é mudar a maneira como as pessoas cuidam de sua saúde, trazendo uma abordagem mais simples e rápida. "Nossa tese central é que há claramente algo errado na medicina ocidental", explica Andrew Conrad, diretor científico do LabCorp e um dos responsáveis pelos projetos do Life Science.
2. Nanotecnologia
Uma das propostas do Google é usar a tecnolgia para melhorar o diagnóstico de doenças e monitorar a saúde dos pacientes. Para isso, a empresa tem usado a nanotecnologia e se focado em duas etapas: parceria com universidades nas pesquisas e desenvolvimento de dispositivos domésticos, como sensores.
3. Atenção às doenças crônicas
A intenção do Google é desenvolver maneiras de diagnóstico e tratamento de doenças crônicas como o diabetes. No ano passado, a empresa desenvolveu lentes de contato inteligentes que usam as lágrimas dos olhos para medir os níveis de açúcar no sangue. O projeto foi bem recebido: pouco depois, a farmacêutica Novartis anunciou que iria licenciar a tecnologia. Há indícios também de que será lançado um medidor de glicose descartável, mais barato do que os que existem atualmente.
4. Genética
O Google também está mergulhando na área genômica. Recentemente, a companhia anunciou uma parceria com Ancestry para analisar o DNA e a árvore genealógica de pessoas cujos ancestrais são conhecidos por ter uma vida longa para descobrir se há algum fator que representa a herança de longevidade.
Em janeiro, Conrad anunciou também que a equipe pretende trabalhar em parceria com a farmacêutica Biogen para estudar fatores ambientais e biológicos que podem fazer com que a esclerose múltipla progrida.
5. Envelhecimento
Retardar o envelhecimento é outra grande preocupação da companhia, que criou a Calico justamente com este propósito. Enquanto não é possível, o foco é melhorar o conforto de idosos. No ano passado, a gigante comprou a Lift Labs, empresa que desenvolveu uma colher projetada para ajudar pessoas com tremores neurodegenerativos a se alimentar.
Quatro dicas para acelerar o metabolismo
21/08/2015 - O Globo
Durma
1 Segundo o médico Antonio Carlos Till, diretor do Vita Check-Up Center, o metabolismo da glicose é afetado em pessoas que dormem menos do que deveriam. Cada pessoa tem uma necessidade, que varia de seis a oito horas de sono, mas é importante que seja o suficiente para se manter descansado.
Não pule refeições e faça exercícios
2 Para emagrecer, é preciso comer bons alimentos, em intervalos de até quatro horas. Proteínas dão energia e facilitam a queima de calorias. Gorduras de peixes, abacate e castanhas também são importantes. E os exercícios contribuem efetivamente para a queima de gordura.
Beba água e café
3 Beber de dois a três litros de água por dia facilita o transporte de vitaminas e ajuda a eliminar toxinas. O consumo de cafeína estimula o corpo e aumenta a capacidade de queimar calorias. Já os sucos com excesso de açúcar e conservantes atrapalham os processos metabólicos.
Evite estresse e adoçantes
4 O estresse excessivo leva à liberação de grande quantidade de cortisol, atrapalha o metabolismo e pode resultar em indesejado acúmulo extra de gordura. O uso de alguns adoçantes pode aumentar o apetite e a demanda por carboidratos.
Distração calórica
21/08/2015 - Correio Braziliense
“É pra viagem?”. Com a correria do mundo moderno, cada vez mais a resposta tem sido “sim”. Os bons tempos em que a hora do almoço ou do lanche significava pausas na rotina ficaram para trás. Mesmo quem consegue reservar alguns minutos para as refeições raramente dedica os preciosos momentos à comida em si. Há sempre uma televisão ligada e, com maior frequência, um celular à mão. Pior: muita gente nem mais se senta para comer, devorando rapidamente o alimento enquanto se desloca para o trabalho ou passeia pelo shopping.
Se a estratégia parece um ganho de tempo, é preciso saber que ela também pode significar um ganho de peso. Não é novidade que, quando se está desatento, o costume é comer mais. Contudo, mesmo quando a quantidade de comida é exatamente a mesma, quem divide o momento da refeição com outras distrações corre risco maior de engordar, principalmente quando se está em movimento.
Especialista em distúrbios alimentares, Jane Ogden, professora de psicologia da saúde da Universidade de Surry, na Inglaterra, conduziu uma pesquisa com 60 adultas para verificar a influência da forma que se come no controle da saciedade. Ela distribuiu barrinhas de cereais às participantes, que foram divididas em três grupos. No primeiro, as mulheres deviam comer enquanto andavam pelo corredor. O segundo grupo degustou o lanche sentado no sofá, assistindo a um seriado de tevê. Por fim, as 20 voluntárias restantes comeram a barra à moda antiga: sentadas à mesa, de frente para um interlocutor.
No fim do experimento, as participantes completaram um questionário e foram submetidas a um teste em que foram colocadas diante de quatro tigelas de lanche: chocolate, palito de cenoura, uva e batatas fritas. Aquelas que comeram a barrinha de cereal enquanto andavam foram as que mais atacaram as guloseimas. Além disso, consumiram cinco vezes mais chocolate que as outras.
“Tanto comer em frente à tevê quanto comer andando não são coisas boas para você, já que essas são formas poderosas de distração, que significam que as pessoas não estão atentas sobre o que comem e, portanto, não se sentem satisfeitas”, diz Jane Ogden. “Mas, no nosso estudo, comer enquanto se locomoviam foi particularmente ruim para as participantes, porque elas acabaram comendo mais depois, possivelmente porque sentiam que haviam se exercitado e, por isso, mereciam um alimento extra”, afirma.
Comando cerebral
A nutricionista Ana Carolina Icó, do programa de reeducação alimentar Dieta e Saúde, lembra que fome e saciedade não são só questão de barriga cheia ou roncando. Na verdade, quem comanda essas sensações é o cérebro, que se comunica com o estômago por meio de hormônios para saber se é hora de cruzar os talheres ou se o organismo ainda precisa se nutrir um pouco mais. Os estímulos visuais e a mastigação fazem parte desse processo.
“O cérebro, nosso comandante, precisa entender que tem um prato de comida na frente. Se você fica fazendo outras coisas, como mexer no celular, ele não consegue entender que está no momento da refeição. Então, a pessoa corre o risco de comer mais, sem perceber, e, pouco tempo depois, pode sentir fome novamente”, afirma Ana Carolina Icó. De acordo com ela, comer em pé tira ainda mais a sensação de estar se alimentando, o que pode agravar o vazio no estômago mais tarde. A nutricionista Patrícia de Andrade, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (RJ), lembra que, ao mastigar pouco e comer depressa, o cérebro não processa adequadamente a liberação dos hormônios envolvidos na digestão e na absorção dos nutrientes.
Jane Ogden, que publicou o resultado de seu estudo na edição de hoje da revista Journal of Health Psychology, reconhece que, atualmente, é muito mais difícil se render ao ritual da alimentação à mesa, sem distrações ao redor. “O ideal é que a comida seja ingerida como uma refeição, e as refeições deveriam ser eventos, de forma que a comida fosse processada e relembrada”, diz. “Mas, se as pessoas precisam comer enquanto se deslocam, deveriam escolher lanches pouco calóricos, como frutas. Dessa forma, não importa tanto se elas comeram sem pensar. Se você tem de fazer isso, então, deve encontrar uma forma de dizer a si mesmo, conscientemente, que está tomando seu café da manhã, almoçando ou jantando para que se lembre do que comeu e não acabe exagerando nos alimentos mais tarde”, recomenda. Ogden também é autora do recém-lançado livro The good parenting food guide (O guia dos bons cuidados alimentares para os pais, em tradução livre), em que ressalta a importância de pais e mães darem o exemplo aos filhos e não comerem em movimento.
Para Ana Carolina Icó, o segredo de fazer as refeições adequadamente sem precisar ficar no sufoco é o planejamento.
Lembrando que a reeducação alimentar não é só o que comer, mas também como se alimentar, ela ressalta que, com antecedência, dá para contornar a falta de tempo.“É importante priorizar o momento da refeição. Há estratégias, como deixar, no domingo, saladas lavadas e frutas cortadas na geladeira e fazer o planejamento da semana. Basta se organizar”, ensina. “Assim como temos que parar para tomar banho, temos que parar para nos alimentar e dar a devida atenção ao ato de comer”, reforça a nutricionista Patrícia de Andrade.
ANS suspende venda de 73 planos de saúde a partir de hoje
20/08/2015 - Valor Econômico / Site
A partir de hoje, 73 planos de saúde de 15 operadoras estão com a comercialização suspensa. A determinação é da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para as empresas que tiveram muitas reclamações dos beneficiários. A lista com os planos suspensos está disponível no site da agência.
A medida é resultado do 14º ciclo do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, que avalia as reclamações de consumidores, como não cumprimento dos prazos máximos de atendimento e negativas indevidas de cobertura.
Das 15 operadoras com planos com venda suspensa nesta etapa, 11 constavam na lista de suspensão do período anterior. Além de interromper a venda, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil.
Segundo a ANS, a punição só termina quando a empresa provar que melhorou o atendimento aos clientes. Desta forma, 52 planos de saúde que tiveram a comercialização suspensa em ciclos passados podem voltar a ser vendidos, pois conseguiram melhorar o atendimento.
Desde o início do monitoramento, 1.140 planos de 155 operadoras já tiveram as vendas suspensas e mais 976 planos voltaram ao mercado após comprovarem melhorias no atendimento.
Hospital Emílio Ribas cria medição do ‘IMC’ exclusiva para paciente com HIV
21/08/2015 - DCI
Hospital Emílio Ribas cria medição do ‘IMC’ exclusiva para paciente com HIV.O Instituto de Infectologia Emílio Ribas desenvolveu uma ferramenta que torna mais preciso o diagnóstico e tratamento de quem tem problemas de nutrição em função da Aids. A ferramenta funciona nos moldes do popular Índice de Massa Corpórea (IMC) com a classificação da Organização Mundial de Saúde, porém, levam-se em conta fatores extras como o percentual de perda de peso do paciente e a circunferência do braço. Ela foi baseada em estudo com mil pacientes realizado no próprio hospital.
Anvisa diz que um terço dos alimentos consumidos no Brasil está contaminado 19/08/2015 - Olhar Direto
Pesquisadores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmaram, nesta segunda-feira (17), em audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, que um terço dos alimentos consumidos no dia a dia pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos.
A análise foi feita pela com base em amostras coletadas nos 26 estados, no ano de 2011. Os agrotóxicos usados na agricultura, no ambiente doméstico e em campanhas de saúde pública como inseticida estão associados a diversas doenças como o câncer, o mal de Parkinson e a depressão.
O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Luiz Claudio Meirelles, alertou para a ingestão contínua de quantidades pequenas de agrotóxicos no dia-a-dia. Segundo ele, 75% dos alimentos têm resíduos de agrotóxicos. “A cada vez que você bota uma refeição na mesa, ela está ali com uma quantidade de resíduos enormes, e os estudos têm mostrado que chegam a 17 diferentes tipos de agrotóxicos para o qual a ciência sequer tem ferramentas para dizer como é que isso vai funcionar para a vida."
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), alguns herbicidas banidos do mercado internacional ainda têm livre trânsito no País. É o caso do glifosato, usado no plantio da soja geneticamente modificada. Esse agrotóxico, que foi associado ao surgimento de câncer pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é o mais consumido no Brasil.
A pesquisadora do Inca, Márcia Sarpa, acredita que a Anvisa precisa reavaliar o teor nocivo de alguns agrotóxicos. Entre as medidas defendidas pelo instituto, ela cita proibir também no Brasil o uso de agrotóxicos que já são proibidos em outros países. “Se já são proibidos em outros países, porque jogar para a gente.” O Inca também propõe o fim dos subsídios públicos aos venenos e a implantação também nos municípios das vigilâncias em saúde dos trabalhadores expostos e da população.
Para ser comercializado no Brasil, o agrotóxico deve passar pela análise da Anvisa, vinculada ao Ministério da Saúde, e também dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. As informações são da Agência Câmara.
Para FDA, aprovação da primeira pílula contra baixa libido feminina prevalece sobre riscos 19/08/2015 - UOL
A primeira pílula para baixa libido em mulheres sairá à venda nos EUA. Os órgãos reguladores do país decidiram que, apesar do benefício modesto e dos sérios efeitos colaterais, a droga é válida como forma de solucionar uma disfunção que não conta com nenhum outro tratamento aprovado.
A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) disse na última terça-feira que os médicos precisarão fazer um curso de treinamento para obter a certificação necessária para receitar o Addyi, da Sprout Pharmaceuticals Inc., que estará disponível já em 17 de outubro. E os pacientes deverão assinar um formulário no qual reconhecem os riscos, como desmaios e sonolência extrema.
Essas precauções se aplicam a um remédio que mostrou, nos testes clínicos, que só provoca uma leve melhoria no desejo sexual das pacientes. Isso significa que a Sprout, que é uma empresa de capital fechado, terá que convencer os médicos a receitarem o Addyi e os planos de saúde a cobrirem o medicamento, que precisa ser tomado diariamente e custará em torno de US$ 350 a US$ 400 por mês sem a cobertura do seguro. A Sprout espera que os planos de saúde coloquem o fármaco nos níveis 2 ou 3 de seus formulários, com um copagamento (valor pago pelo paciente) de US$ 30 a US$ 75.
"Com qualquer tipo de medicamento você sempre tem que equilibrar o benefício e o risco", disse Holly Thacker, diretora do Cleveland Clinic Center for Specialized Women's Health. "Sim, há efeitos colaterais. Eles não implicam risco de morte e não estão fora da norma das medicações em classes similares", tais como os neurotransmissores para transtornos como a depressão.
Relações prazerosas
Nos testes clínicos, as mulheres que tomaram o Addyi registraram um aumento médio de mais 0,5 a 1 relação sexual prazerosa por mês em comparação com as que tomaram placebo. As mulheres iniciaram os testes tendo duas a três relações sexuais prazerosas por mês. Algumas mulheres chegaram a ter de seis a oito relações sexuais prazerosas a mais por mês, disse a CEO da Sprout, Cindy Whitehead, em entrevista, por telefone.
A FDA tinha rejeitado o remédio em 2013 por seu efeito modesto e, por isso, enfrentou a reação de alguns médicos e pesquisadores, que afirmaram que a agência estava sendo sexista. Os fármacos para tratar disfunção sexual masculina se tornaram onipresentes desde que o Viagra, da Pfizer Inc., foi aprovado, em 1998. O Viagra gerou US$ 1,69 bilhão em vendas no ano passado.
Diferente do Viagra, que ajuda os homens que querem ter relações sexuais a terem uma ereção por meio do aumento do fluxo sanguíneo no pênis, o Addyi foi desenvolvido para alterar a química cerebral das mulheres para que elas considerem o sexo mais desejável. O medicamento atua sobre neurotransmissores como a dopamina e a norepinefrina, que são usados pelo cérebro para transmitir informações e podem afetar o humor. Os antidepressivos utilizam mecanismos similares.
O Addyi, também chamado de flibanserina, está aprovado para mulheres diagnosticadas com uma condição chamada transtorno do desejo sexual hipoativo, que é a baixa libido que causa estresse. Whitehead disse que os médicos poderão obter a certificação para receitar o remédio assistindo um vídeo on-line.
Em junho, os conselheiros da FDA recomendaram, por 18 votos a 6, que a FDA aprovasse o fármaco. Apesar de terem dito que o efeito do comprimido não é tão forte quanto eles gostariam, os conselheiros afirmaram que votaram a favor de colocar o primeiro medicamento para o desejo sexual feminino no mercado e aumentar o nível de conscientização com o objetivo de levar melhores tratamentos às prateleiras das farmácias no futuro.
Cerca de 2 milhões de mulheres estão buscando tratamento atualmente para o transtorno e deverão surgir mais quando o Addyi chegar ao mercado, disse Carl Spana, CEO da Palatin Technologies Inc., que está desenvolvendo seu próprio tratamento para melhorar a libido feminina, o bremelanotide.
A Palatin poderia levar o bremelanotide ao mercado no início de 2018, disse Spana. A empresa manteve negociações com grandes laboratórios farmacêuticos, que ele preferiu não identificar, e estas empresas provavelmente licenciariam o bremelanotide para venda.
Uma pinta pode indicar câncer de pele?
20/08/2015 - Revista Sou Mais Eu
Você sabia que, a cada ano, um adulto ganha em média de dez a 15 pintas? A princípio, isso não tem nada demais, mas é importante ficar de olho porque as pintinhas deixam de ser inofensivas quando fogem da regra básica do ABCD. "O melanoma. que é o tipo de câncer de pele mais temido, tem o ABCD: assimetria, borda, cor e diâmetro", explica a dermatologista Samantha Enande. "O diagnóstico é mais preciso no consultório, mas o paciente pode começar a observação em casa", sugere. Quanto mais rápido for identificado o melanoma. maior a chance de cura. A dermatologista ensina o passo a passo para o autoexame das pintas:
A primeira coisa a olhar é a simetria. É como uma pizza dividida em quatro quadrantes: direita, esquerda, em cima e embaixo. Se em um dos quadrantes a pinta está com formato desigual, é um fator de alerta.
A borda precisa ser contínua.
A cor deve ser uma só. Se tiver multitons, merece cuidados.
E, por último, o tamanho. Se perceber que ela cresceu muito rápido, principalmente no rosto e no nariz, há grandes chances de ser câncer de pele.
Ministério lança campanha para levar moradores de rua ao SUS
20/08/2015 - O Globo
O Ministério da Saúde lançou ontem campanha com o objetivo de garantir aos moradores de rua o acesso ao Sistema Único de Saúde ( SUS). Para isso, foram produzidos vídeos, cartazes e folhetos voltados aos profissionais de saúde e movimentos sociais ligados à população sem teto. As redes sociais também serão usadas na campanha, que foi elaborada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social ( MDS) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República ( SDH). Segundo o Ministério da Saúde, moradores de rua colaboraram com a campanha, aproximando- a da sua realidade.
O ministério criou em 2011 o Consultório na Rua, voltado à população sem teto. Ao todo, a ação conta com 144 equipes, formadas por profissionais de saúde e educação, que atuam em 83 municípios. Também em 2011, foi aprovada uma portaria dispensando a obrigatoriedade de apresentação de comprovante de endereço para a aquisição do cartão SUS.
— Jamais pode haver preconceito ou qualquer tipo de discriminação — comentou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
A estimativa do governo é que 50 mil adultos sejam moradores de rua. Pesquisa feita em 2008 pelo Ministério do Desenvolvimento Social mostrou que 18,4% dos entrevistados já tinham sido impedidos de receber atendimento na rede de saúde. Ao todo, 29,7% afirmaram ter algum problema de saúde, e 18,7% tomavam algum remédio. Os motivos mais frequentes que os levaram a sair de casa foram: alcoolismo ou drogas ( 35,5%), desemprego ( 29,8%) e conflitos familiares ( 29,1%). A maioria é homem ( 82%) e da cor negra ( 67%).
Uma pesquisa de 2010 realizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável identificou 23.973 crianças e adolescentes em situação de rua em 75 das maiores cidades brasileiras, sendo que a maioria — 71,8% — era de meninos.
Ontem foi celebrado o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua.
'Viagra feminino' não preenche de tesão uma vida em preto e branco
20/08/2015 - Folha de S.Paulo Online
O movimento feminista nos Estados Unidos está rachado. E o culpado é o "viagra feminino", a droga Addyi, produzida pela farmacêutica Sprout e recém-aprovada pelo FDA, que promete aumentar o desejo sexual das mulheres.
A história é um bom exemplo de como uma bandeira justa, como a igualdade de direitos sexuais, pode ser desvirtuada e usada a favor de lobbies da indústriua farmacêutica e de grupos apoiados financeiramente por ela.
A aprovação de uma droga que promete aumentar o desejo sexual feminino já era tida quase como uma causa perdida. O FDA tinha rejeitado duas vezes o pedido de liberação do remédio. Mas cedeu a pressões de grupos feministas que acusavam o órgão de sexismo. Segundo as ativistas, remédios para homens eram aprovados com mais facilidade.
Detalhe: a farmacêutica Sprout patrocinou grupos que fizeram o lobby, como o National Council of Women's Organizations (grupo que congrega várias associações de mulheres), o Black Women's Health Imperative (voltado para a saúde de mulheres negras), a Association of Reproductive Health Professionals (associação de profissionais que atuam na saúde reprodutiva) e a Liga Nacional dos Consumidores.
Médicos da Georgetown University Medical Center organizaram um abaixo-assinado com mais de cem assinaturas dizendo que "tal campanha relações públicas financiada por uma farmacêutica é algo sem precedentes e injustificável". Grupos feministas adversários aos citados acima endossaram o documento.
O Addyi funciona alterando o equilíbrio de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina no cérebro da mulher. Foi desenvolvido originalmente como um antidepressivo. A eficácia também é polêmica. Comparados com placebo, os benefícios são mínimos. Mas são vários os efeitos colaterais, como diminuição da pressão arterial, desmaios, sonolência, náuseas e tonturas. Os riscos também aumentam com o consumo de álcool.
Mas a grande questão é que o medicamento parte de um pressuposto errado. Muitas vezes, a falta de desejo não é doença ou disfunção, é simplesmente falta de estímulo adequado. Conheço muitas histórias de mulheres que se queixavam de falta de libido e que, após resgatar a autoestima ou trocar de parceiro sexual voltaram a ter prazer.
A libido da mulher é complexa, muito complexa. Vai muito além da sexualidade genital. Envolve outros prazeres da vida, amizades, trabalho, admiração pela pessoa que está ao nosso lado. Não é uma pilulazinha que vai dar conta de preencher de tesão uma vida em preto e branco.
A responsabilidade em ter uma vida sexual feliz é nossa, não de uma substância medíocre do ponto de vista da evidência científica. Se por alguma razão o desejo sexual desapareceu, é hora de encarar o problema de frente e entender o que está por trás disso. Paliativos como o "viagra feminino" só criam dependência psicológica e outros riscos à saúde.
Saúde, beleza e esporte avançam 23,5% no semestre
20/08/2015 - Valor Econômico
A autoestima está elevada. O faturamento das franquias de saúde, beleza e esporte atingiu R$ 10,3 bilhões no primeiro semestre, uma alta de 23,5% em relação ao resultado do mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Essas três categorias representaram 16% das vendas totais do setor de franchising, que cresceu 11,2% nos primeiros seis meses do ano.
Na avaliação do Departamento de Inteligência de Mercado da ABF, os consumidores têm migrado para itens mais em conta de uma mesma marca ou buscado concorrentes, porém, não abandonam seus hábitos. Ao longo dos últimos anos, os brasileiros incorporaram nas suas rotinas diversos produtos e serviços com elementos de qualidade de vida e bem estar.
O crescimento de dois dígitos dos segmentos de saúde, beleza e esporte também significa uma recuperação em relação a 2014, ano de Copa do Mundo, que teve o primeiro semestre atípico. O evento esportivo promoveu algumas categorias, porém, criou dificuldades para outras. Em 2015, muitas redes estão colocando em prática estratégias diferenciadas para fortalecer seus negócios.
A Hoken, empresa que fabrica, vende e aluga aparelhos para tratamento de água, teve um aumento no faturamento de 20% entre janeiro e julho deste ano sobre a mesma base de 2014. "No Brasil, as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde. Mas este ano, a crise hídrica tem despertado uma atenção maior em relação à qualidade da água", diz Claudio Eschecolla, diretor geral.
A rede conta com 150 lojas e até o final do ano pretende chegar a 200. A empresa colocou um plano em prática para atrair investidores. A taxa de franquia de R$ 40 mil, que era paga à vista, pode ser dividida em 40 vezes e, caso a unidade consiga atingir metas mensais de vendas, há isenção da parcela. A rede também concede desconto de 50% no estoque inicial.
Especializada em tratamentos estéticos corporais e faciais com uso de alta tecnologia, a Onodera tem apresentado desempenho positivo. Em julho, as vendas aumentaram 12% sobre o mesmo mês do ano passado. "No semestre, não crescemos tanto quanto gostaríamos. Projetamos encerrar o ano com um aumento de 12% no faturamento, um resultado relativamente bom", afirma Lucy Onodera, diretora geral da Onodera. A empresária comenta que o segundo semestre costuma ser mais movimentado. "As mulheres cuidam mais da beleza, se preparam para o verão", ressalta.
A rede tem 58 unidades em 14 Estados. Este ano, três lojas foram inauguradas e há uma quarta prestes a abrir. "A procura dos investidores continua, mas eles demoram mais para tomar suas decisões", diz Lucy.
A Onodera tem uma equipe de Pesquisa & Desenvolvimento e a inovação está sendo fundamental para a empresa lidar com a alta do dólar. "As máquinas importadas encareceram muito. Então, usando os equipamentos que já temos, adotamos novas técnicas de aplicação com o uso de produtos diferenciados", explica.
Para atrair a clientela, a Onodera intensificou promoções e campanhas. A rede também está modernizando a marca e as fachadas dos estabelecimentos. Lucy considera que a concorrência aumentou bastante nesse segmento, porém, o mercado também avança.
A Contours, rede de academias exclusivas para mulheres, teve no primeiro semestre resultado ligeiramente acima do apresentado no mesmo período do ano passado. A franqueadora intensificou as consultorias individualizadas nas unidades. "Orientamos sobre a redução de custos de manutenção, gestão de pessoas e capacitação. Focamos na qualidade do atendimento e na retenção das alunas", explica Patrícia Martins, diretora da Contours. Atualmente, são 32 academias. O objetivo é expandir a rede entre 15% a 20% no próximo ano.
Segundo a executiva, há muito espaço a ser ocupado. "A concorrência é pequena porque não consideramos as academias mistas de bairro nossas competidoras", avalia. De acordo com ela, a Contours tem expertise e equipamentos desenvolvidos para o corpo da mulher. "Somente hoje as academias no país estão despertando para os circuitos funcionais e adotamos esse tipo de treino há dez anos", comenta Patrícia.