
CLIPPING - 07/08/2015
Assessoria de Comunicação do CRF-SP
Incrível potencial terapêutico
06/08/2015 - Estado de Minas
A psicóloga Loiva Maria de Boni Santos, de 52 anos, integrante do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas, do Ministério da Justiça, e especialista em dependência química, vinha acompanhando as discussões sobre as diretrizes da política nacional de drogas e o uso da maconha como forma de inibir a utilização de drogas mais pesadas e sobre a maconha medicinal quando, terminando um mestrado, descobriu que tinha câncer no peritônio em estágio quatro, derivado de um tumor no ovário. Ela fez uma cirurgia, mas quando a abriram, os médicos disseram que não havia o que fazer. Por isso, o corte foi fechado, mas Loiva, encaminhada para a quimioterapia, não teve coragem de usar maconha para facilitar seu tratamento. “Na época, já sabia dos efeitos benéficos da cânabis, mas não tive coragem de usar, por questões morais”, reconhece.
Só mais tarde, depois de uma recidiva, ela passou a usar a erva para amenizar os efeitos da quimioterapia e também como forma de “estacionar” o tumor. “Quando terminei a primeira ‘químio’, perguntei ao médico e ele disse que não poderia recomendar, porque era ilegal, mas reconheceu os benefícios. Fiquei mais segura dividindo isso com o meu médico. Já o oncologista que estava me receitando o medicamento para náuseas não proibiu, mas percebi que desaprovava”, lembra. Agora, já em outro tratamento de quimioterapia, Loiva usa maconha com o conhecimento do seu médico. “Não é tão fácil conseguir e também não gosto dos efeitos psicoativos. Uso mais no fim de semana, nos dias de quimioterapia, mas só quando consigo com amigos que cultivam”, explica. Quando usa, ela afirma que se sente muito bem e até consegue comer. “Houve um período, na segunda recidiva, em que sentia dores fortes e constantes e a única coisa que amenizava o meu sofrimento era fumar maconha”, sustenta.
AJUDA O grupo do psiquiatra, neurocientista, pesquisador e professor da Faculdade de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), José Alexandre Crippa, entre outros no país, está na vanguarda mundial da pesquisa sobre o potencial uso terapêutico do canabidiol (CBD), conduzindo pesquisas de seu uso para a doença de Parkinsson, esquizofrenia, ansiedade, distúrbios do sono, dependência de drogas e outros problemas. Ele lembra que um medicamento que combina o uso do CBD e do THC está disponível para o tratamento da esclerose múltipla no Canadá, Espanha e Reino Unido, mas lamenta que o uso benéfico dos canabinoides seja usado como argumento para a legalização da maconha para fins recreativos. “Os compostos de canabinoides têm mostrado incrível potencial terapêutico e poderão ajudar milhões de pessoas no mundo todo, inclusive no Brasil”, sustenta Crippa. Mas, para ele, a ampliação dos ensaios clínicos avaliando a segurança e faixa de dose é essencial.
EFICÁCIA
>> Dores crônicas
Revisão de 15 estudos sobre uso da maconha e derivados no controle de dores crônicas mostra que ela é eficaz e produz poucos efeitos colaterais adversos. Há benefícios para pacientes com fibromialgia, artrite reumatoide, dores neuropáticas, que produzem dores que não podem ser aliviadas por nenhuma medicação disponível em farmácias e, às vezes, nem por morfina. Em 2014, nada menos do que 80% dos pacientes do programa federal de cânabis medicinal da Holanda afirmaram que a terapia funciona, 53% deles com dores crônicas.
Quimioterapia
A quimioterapia, usada para o controle de tumores, produz náuseas e vômitos em muitos pacientes, que perdem o apetite e passam a se alimentar mal, o que compromete sua saúde real e, logo, o tratamento contra o câncer. O THC contido na maconha é antiemético (inibe enjoo e vômitos). Por isso, ela tem sido usada em pacientes com câncer em diversos países. A cânabis ajuda na saúde geral dos pacientes, porque aumenta o apetite e combate a insônia. Medicamentos com THC ou similares são indicados para pacientes com câncer pela Rede Nacional de Câncer, composta pelas instituições de pesquisa oncológica mais importantes dos Estados Unidos.
Esclerose múltipla
A esclerose múltipla é uma doença degenerativa do sistema nervoso que causa dores crônicas, espasmos musculares e perda progressiva dos movimentos, da memória e da sensibilidade. Desde os anos 1990, estudos indicam que o uso da cânabis in natura ajuda a diminuir diversos sintomas da doença, principalmente os espasmos musculares e as dores. Pesquisas clínicas mais recentes confirmam a eficácia do medicamento Sativex, extrato natural de maconha, no controle da doença.
Epilepsia
O uso de maconha para o tratamento da epilepsia é conhecido há pelo menos 500 anos, mas ganhou maior relevância nos últimos anos, com a repercussão de casos de diversas crianças que conseguiram controlar as dezenas ou centenas de convulsões que tinham por dia. O efeito anticonvulsivante da planta, revelado em diversos estudos com animais, é produzido pelo canabidiol (CBD), substância que não produz a “viagem” típica da maconha e não causa dependência. Atualmente, um grande estudo clínico para testar a eficácia do CBD no controle de epilepsias raras e sem cura está em curso nos Estados Unidos. Em Israel, o programa de maconha medicinal do governo federal autoriza o uso da substância em crianças que não respondam a outros tratamentos.
O QUE DIZ O CFM
Riscos e benefícios
O Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou, em 2014, o uso compassivo do canabidiol como terapêutica médica. O tratamento pode ser prescrito somente por neurologistas, neurocirurgiões e psiquiatras e deve ser usado exclusivamente para tratamento de epilepsias na infância e adolescência refratárias às terapias convencionais. Os pacientes ou responsáveis legais deverão ser esclarecidos sobre os riscos e benefícios potenciais dessa terapia e autorizar o tratamento por meio de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os médicos prescritores e os seus pacientes deverão ser previamente cadastrados no CRM/CFM para monitoramento.
Hetero anuncia o lançamento do Rituximab (MABALL™) biosimilar na índia
05/08/2015 - R7
O Hetero Group, uma das principais empresas de medicamentos genéricos da índia e uma das maiores fabricantes de drogas antirretrovirais para o tratamento do HIV/AIDS do mundo, hoje anuncia o bem-sucedido lançamento de seu 'Rituximab' biosimilar, sob a marca de nome MABALL[TM], na índia. Ele será comercializado e distribuído pela Hetero Healthcare Limited, uma empresa do grupo Hetero.
O lançamento do Rituximab biosimilar vai proporcionar um muito necessário acesso a pacientes na índia sofrendo de linfoma não Hodgkin (LNH) e leucemia linfática crônica (LLC). O Rituximab é recomendado como o tratamento de primeira linha para o LNH e está disponível em um frasco de dose única, com duas potências - 100mg/10ml e 500mg/50ml.
Comentando sobre o lançamento do produto, o Dr. Bandi Parthasaradhi Reddy, diretor-executivo médico do Hetero Group disse: "O lançamento do MABALL fortalece a posição do Hetero no mercado biosimilar e possibilitou à empresa juntar-se a seletas empresas de biotecnologia, com capacidade de desenvolver, fabricar e comercializar complexos anticorpos monoclonais (MAB's, sigla em inglês)".
Ele ainda acrescentou: "Biosimilares é uma das principais áreas estratégicas de negócios para o Hetero. Nós investimos em biosimilares e vamos apresentar mais MAB's biosimilares no futuro. Nós também temos planos de levar Rituximab biosimilar de preço acessível para mercados essenciais, fora da índia, por meio de nossos parceiros".
O Rituximab do Hetero é uma versão biosimilar do Rituximab da Roche. Rituximab é um anticorpo monoclonal usado sozinho ou com outras drogas para tratar o linfoma não Hodgkin, leucemia linfática crônica e outras indicações, com artrite reumatoide.
Sobre o Hetero
O Hetero é uma das empresas de medicamentos genéricos lideres da índia e é uma das maiores fabricantes mundiais de drogas antirretrovirais para o tratamento do HIV/AIDS. Fundado pelo Dr. B.P.S. Reddy, em 1993, o Hetero está no ramo do desenvolvimento, fabricação e comercialização de drogas intermediárias, ingredientes farmacêuticos ativos (APIs, sigla em inglês) e dosagens acabadas. O Hetero é a maior empresa farmacêutica privada e uma das 10 maiores empresas farmacêuticas da índia, com um lucro anual de US $1,2 bilhão. O Hetero possui mais de 25 unidades de fabricação de ponta que foram aprovadas por várias autoridades regulatórias como a FDA dos EUA, UE, OMS, etc. Com mais de 200 produtos em seu portfólio, em várias áreas terapêuticas, o Hetero possui uma forte presença global, em mais de 120 países, e foca em fazer medicamentos acessíveis para pacientes de todo o mundo. Para mais informações, visite http://www.heteroworld.com
Rastreamento de remédios
06/08/2015 - Câmera dos Deputados
O Congresso Nacional aprovou a Lei 11.903 em 2009, que prevê um Sistema Nacional de Rastreamento de Medicamentos e trata sobre a produção e o consumo de medicamentos, por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados, mas a implementação ainda não se concretizou.
A indústria farmacêutica pede uma prorrogação de 10 anos para colocar em funcionamento o controle do destino dos remédios desde a fabricação até a chegada ao consumidor.
O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa, tem uma visão diferente da do mercado de medicamentos no Brasil. Ele defende que seja criado um banco público de informações gerenciado pela Anvisa.
De outro lado, a Associação da Indústria farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) discorda da prorrogação defendida pela indústria farmacêutica, alegando que muitas empresas de pesquisa já compraram equipamentos e que esticar o prazo de implementação só traria prejuízos.
A rastreabilidade dos medicamentos vai inibir a falsificação de remédios? E você, o que acha? O Participação Popular desta semana debate o tema.
Para cientistas, burocracia trava pesquisas clínicas no Brasil
07/08/2015 - O Estado de S.Paulo
Em carta à presidente Dilma Rousseff, 44 pesquisadores pedem mais liberdade para estudos com pacientes.
Para alguns dos principais cientistas da área médica no Brasil, a burocracia estatal atrasa a pesquisa clínica no País. Um grupo de 44 pesquisadores publicou ontem uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff pedindo uma mplo debate para estabelecer novas normas que possam garantir mais liberdade científica nos estudos realizados com pacientes humanos.
A carta manifesta preocupação com uma proposta da Comissão Nacional de ética em Pesquisa (Conep) para revisar as normas da pesquisa clínica no Brasil e que poderia gerar ainda mais entraves para os estudos.
“A burocracia que penaliza a pesquisa clínica submete cientistas e pacientes a prazos e preconceitos há muito tempo superados em outros países.” De acordo com um dos signatários, Giovanni Guido Cerri, professor da Faculdade de Medicina da USP, é preciso aumentar a agilidade no procedimento de aprovação de pesquisas clínicas.
“Em países que fazem pesquisa clínica séria–como Canadá, França e Alemanha –, um estudo clínico leva em média três meses para ser aprovado. No Brasil, o processo chega a levar um ano. Isso tira a competitividade do pesquisador brasileiro e prejudica a inovação no País”, disse Cerri ao Estado.
Segundo ele, é frequente que cientistas brasileiros iniciem projetos de pesquisas clínicas em colaboração com pesquisadores de outros países. “Quando os outros países já encerram a pesquisa, nossa autorização ainda continua tramitando na Conep. Os prazos não são respeitados, e nós perdemos competitividade.” As pesquisas clínicas, de acordo com Cerri, envolvem grandes financiamentos internacionais, permitem que o cientista brasileiro fique apar de novos projetos e participe de redes internacionais de pesquisa. “Com a burocracia, ficamos fora disso.” O professor de Oftalmologia da Unifesp Rubens Belfort Junior, também signatário da carta, afirma que a burocracia da Conep prejudica a liberdade de pesquisa no País. “Há cada vez mais um engessamento dos processo se algumas das normas, na prática, negam a própria pesquisa científica. é o império da burocracia. Argentina e Colômbia estão à nossa frente nesse aspecto .Achamos indispensável abrir um debate amplo, com participação da sociedade brasileira”, afirmou.
Icesp usará novo equipamento para diagnosticar câncer
07/08/2015 - Folha de S.Paulo
Uma nova máquina que combina os exames de ressonância magnética e PET-scan para diagnosticar câncer acaba de ser comprada pela Faculdade de Medicina da USP e deverá ser usada principalmente para beneficiar os pacientes do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira).
Esse será o primeiro equipamento do tipo na América Latina. "Trata-se de tecnologia inovadora que vai nos permitir conhecer melhor a disseminação do câncer, especialmente no cérebro e no fígado, órgãos frequentemente acometidos por metástase", afirma Giovanni Cerri, professor titular de radiologia da USP e ex-secretário de Estado da Saúde de São Paulo.
Segundo ele, a máquina chegará entre outubro e novembro e será instalada até o fim do ano no centro de medicina nuclear do Hospital das Clínicas. A aquisição custou US$ 3,2 milhões (R$ 11,4 milhões), verba da Fundação da Faculdade de Medicina da USP. A instalação custará mais R$ 1 milhão.
A máquina é um avanço nos métodos híbridos de diagnóstico por imagem.
O primeiro deles, afirma Cerri, foi o PET-CT, combinação do PET-scan (que identifica a presença de elementos químicos que emitem radiação no organismo e é bastante usado para diagnóstico e monitoramento de câncer) com a tomografia computadorizada (método que usa raio-X e define estruturas anatômicas).
PREMIAÇÃO
O Icesp recebeu nesta quarta (5) a cerimônia de entrega do 6º Prêmio Octavio Frias de Oliveira. A láurea leva o nome do publisher da Folha, morto em 2007. Seus filhos Otavio Frias Filho, diretor de Redação, e Maria Cristina Frias, colunista, representaram o jornal no evento.
Durante o evento, Frias de Oliveira foi homenageado. "Foi uma grande pessoa no Estado de São Paulo, como empresário e jornalista, e sempre lutou pela democracia no país", afirmou em discurso o reitor da USP Marco Antonio Zago, laureado na categoria Personalidade em Destaque.
Na categoria pesquisa em oncologia, venceu estudo liderado por pesquisadores do A.C.Camargo Cancer Center que identificou mutações ligadas ao desenvolvimento do tumor de Wilms, o câncer renal mais frequente em crianças.
Dirce Maria Carraro, coordenadora do estudo, dedicou o prêmio aos jovens pesquisadores de sua equipe. "Essa é uma área estimulante, mas em alguns aspectos muito difícil. é preciso estimular os jovens cientistas também com recursos financeiros."
Uma pesquisa que construiu, por engenharia genética, um fragmento de anticorpo (Fabc4) capaz de diagnosticar o câncer de mama foi a premiada na categoria Inovação Tecnológica. O estudo foi coordenado por Thaise Gonçalves de Araújo, da Universidade Federal de Uberlândia.
Uso de anticoncepcional já evitou 200 mil casos de câncer, aponta estudo
06/08/2015 - O Povo Online
Para chegar até este resultado, os estudiosos tiveram que reunir mais de 27 mil mulheres com o mesmo tipo de câncer de todos os lugares do mundo.
Os anticoncepcionais orais preveniram cerca de 200 mil casos de câncer de endométrio nos últimos 20 anos. Pelo menos é o que destaca um estudo divulgado nesta quarta-feira, 5, pela revista médica britânica "The Lancet Oncology Journal".
Segundo os cientistas da Universidade de Oxford, nos países desenvolvidos - que possuem renda mais alta - o comprimido evitou 400 mil casos desta doença nos últimos 50 anos. De acordo com a principal pesquisadora do projeto, Valerie Beral, o "efeito protetor" é duradouro.
"As mulheres mais jovens ainda continuam com a proteção ao atingir os 50 anos, idade em que o a aparição da doença é mais comum", disse Valerie.
Para chegar até este resultado, os estudiosos tiveram que reunir mais de 27 mil mulheres com o mesmo tipo de câncer de todos os lugares do mundo. Após as análises de dados, foi identificado que por cada cinco anos da utilização do anticoncepcional, o risco de câncer endometrial se reduzia um quarto.
Conforme as análises, a aferição é mais perceptível quando verificada em países de rendas altas, já que a prevenção é mais acessível e rotineira.
Leite materno pode reduzir chances de câncer no bebê e na mãe, afirma especialista
06/08/2015 - NE10
Sabia que o leite materno garante não apenas a saúde do bebê, mas também a da mãe? Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a cada ano de amamentação completa o risco de a mulher desenvolver câncer de mama diminui de 3% a 4% em média. Já para a criança, o leite garante todos os nutrientes necessários para se desenvolver bem nos primeiros seis meses de vida – além de proteger contra infecções e reduzir o risco de doenças mais graves, como é o caso da leucemia, com estimativa de 11.370 novos casos por ano.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há registro de 57.120 casos de câncer de mama por ano no Brasil. Esse tipo de câncer é o mais comum entre as mulheres e representa 22% dos casos novos de câncer a cada ano. Relativamente raro antes dos 35 anos, sua incidência aumenta gradativamente com o envelhecimento, pois a cada ciclo menstrual a mulher fica exposta aos hormônios e assim tem mais chances de desenvolver a doença. “Durante a amamentação, a mulher tem seu ciclo suprimido, devido a isso, quanto maior o tempo de amamentação, menos a chance de desenvolver o câncer, pois ela não sofre as ações dos hormônios”, explica o oncologista Amândio Soares, diretor da Oncomed BH.
Nas crianças, o leite materno pode reduzir o risco de doenças mais graves, a exemplo da leucemia linfóide, mais comum nos pequenos. O diagnóstico é feito a partir de quadro clínico suspeito caracterizado por fadiga, cansaço, palpitações, sangramentos, febre associada à alteração do hemograma que evidencia anemia, plaquetopenia, neutropenia e presença de blastos circulantes, quando leucemia aguda. E pode ser confirmado com a coleta da medula óssea para estudo citomorfológico, imunofenotípico e citogenético. “é uma doença maligna dos leucócitos (glóbulos brancos), caracterizada pela proliferação anormal destas células na medula óssea, ocasionando produção insuficiente de células sanguíneas maduras normais. Mas podem ocorrer casos de leucemia mielóide aguda, que acomete tanto adultos (80%), como crianças (15-20%)”, pontua o especialista.
A taxa de sobrevida em cinco anos para a leucemia linfóide aguda (LLA) em crianças, segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), tem aumentado ao longo do tempo, chegando a 80% dos casos. Já a mielóide aguda (LMA) aumentou para 50% a 70% dos casos.
ALERTA
No caso das mães, a prevenção é ainda o melhor meio de evitar qualquer tipo de câncer. “Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos e não ingerir bebidas alcoólicas são recomendações importantes na prevenção primária dessa doença”, ressalta Soares. O autoexame – que deve ser realizado uma vez a cada mês, na semana seguinte ao término da menstruação – também é uma forma de prevenção, porém não elimina a necessidade da consulta de rotina com o médico, reforça o oncologista.
O autoexame pode ser feito de duas formas. No chuveiro ou deitada, a mulher deve colocar a mão direita atrás da cabeça e deslizar os dedos indicador, médio e anelar da mão esquerda suavemente em movimentos circulares por toda mama direita, repetindo o movimento utilizando a mão direta para examinar a mama esquerda.
A outra maneira é diante do espelho. Nesse procedimento, a mulher deve levantar os braços, colocando as mãos na cabeça e observar se ocorre alguma mudança no contorno das mamas ou no bico. A técnica deve ser repetida, dessa vez colocando as mãos na cintura e apertando a região, observando se há qualquer alteração. Finalmente, deve-se espremer o mamilo delicadamente e observar se sai qualquer secreção. Alterações cutâneas ou no bico do seio, de nódulos ou espessamentos e secreções mamárias não significa necessariamente a existência de câncer.
Santa Casa não paga e perde segurança
07/08/2015 - O Estado de S.Paulo
Empresa terceirizada encerrou contrato por causa de dívida de R$ 10 mi; entidade diz que valor era ‘incompatível’ com momento atual.
O GrupoGR, que presta serviços de segurança e portaria para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, anunciou ontem que vai encerrar o contrato que mantém com a entidade desde 2007 por causa de atrasos no repasse de recursos.
De acordo com a empresa, a dívida acumulada nos últimos seis meses chega a R$ 10 milhões, e 500 funcionários serão demitidos. A Santa Casa informou que outra empresa será contratada.
A instituição enfrenta uma séria crise financeira desde o ano passado e está com déficit de R$ 440 milhões. Segundo Maurice Braunstein, presidente do grupo, mesmo como atraso, o pagamento dos funcionários está sendo feito, mas não é possível sustentar a situação. Por isso, a empresa optou pela ruptura do contrato e pela dispensados servidores.
“Tem limite para dar crédito para uma organização que está desgovernada. Sabemos que a Santa Casa é uma operação importante para a cidade e para o Estado de São Paulo, porque é uma questão de saúde pública, mas há muita promessa.”
Braunstein afirma que, durante crise que atingiu a instituição, parte da verba estava chegando para o grupo, mas a situação se agravou nos últimos três meses. “Houve a negociação da dívida e a promessa de parcelamento em longo prazo, mas disseram que não atrasaria. Só que o conta-gotas ficou muito pequeno e não recebemos praticamente nada. A gente tomou, com muita dor no coração, a decisão de não continuar por uma questão de sobrevivência. Temos 500 funcionários e todos serão desligados.”
O presidente da empresa disse que todos os direitos trabalhistas serão arcados pelo Grupo GR. “Vamos honrar os compromissos com todos os colaboradores e quitar os direitos trabalhistas por uma questão de decência.”Braunstein disse ainda que hoje será o último dia de trabalho dos porteiros e seguranças que atuam na entidade.
Ruptura. Ao menos duas empresas terceirizadas já romperam contratos com a Santa Casa desde o fim do ano passado.
A primeira foi a Vivante, que prestava serviços de limpeza e manutenção, e que afirmou na época que as dívidas superavam os R$ 20 milhões.
Em janeiro deste ano foi a vez da Logimed, responsável pela compra de medicamentos e materiais para a entidade. A ruptura de contrato se deu após atraso no pagamento de R$ 79 milhões. A Santa Casa absorveu parte dos funcionários e designou a função de comprar, armazenar e distribuir os medicamentos e materiais à diretoria farmacêutica da instituição. Incompatível.
Em nota, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo confirmou o encerramento do contrato e informou que o valor firmado com a antiga gestão da entidade é “incompatível com o que a Santa Casa podia e pode, hoje, pagar”. A entidade afirmou que outra companhia será responsável pela segurança. “Uma nova empresa assumirá a partir das 6 horas do dia 8 de agosto. Em reunião, a GR se comprometeu a manter a equipe de segurança atual em seus postos até este horário, garantindo a troca. ”Não foi informado quantos funcionários serão contratados.
A instituição disse que a negociação da dívida com a empresa terceirizada foi feita ainda pela antiga gestão, comandada pelo ex-provedor Kalil Rocha Abdalla, que renunciou em abril deste ano, e que o pagamento seria parcelado. Informou também que “as parcelas estão sendo pagas em dia”.
Segundo a entidade, foi elaborado um plano de negócios para conseguir “fechar as contas no azul”. “Dessa forma, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo ressalta que a prioridade, neste momento, é garantir o atendimento à saúde pública e que todos os esforços seguem nesse sentido”, finalizou a nota.
Depressão pós-parto
06/08/2015 - Malu
A chegada de um bebê é sempre um momento feliz na vida de qualquer pessoa. Porém, algumas mães enfrentam um problema que contrasta com essa expectativa normal de alegria: a depressão no pós-parto. Para entender um pouco mais sobre esse problema, o psiquiatra Ivan Morão esclarece as principais dúvidas.
Principais motivos
"Além de ser marcado por uma alteração hormonal, o pós-parto é também uma mudança no estilo de vida. Têm mães que entendem a gravidez não como um ganho, mas como uma perda de beleza, espaço, convívio social e relações no trabalho. Isso pode desenvolver um quadro depressivo grave que vai fazer com que surja um sentimento de rejeição".
Sintomas
"Variação de humor para o polo negativo, tristeza, apatia, desinteresse, fraqueza, diminuição do apetite, sono perturbado, irritação e baixa autoestima. A mulher pode apresentar sintomas até mesmo durante a gravidez ou a partir de duas a três semanas após o parto".
Riscos para o bebê
"O risco de uma agressão é muito baixo. O maior risco é o próprio desinteresse e rejeição da mãe".
Predisposição da mãe
"Se ela teve um quadro depressivo anterior, a chance de ter novamente é maior. Além disso, se a mulher teve depressão pós-parto em outra gravidez, ela tem 50% de chance de ter novamente".
Ajuda médica
"Se o quadro for muito grave - já nos primeiros dias a pessoa fica incompatibilizada com o bebê - tem que buscar tratamento imediato. Mas quando o quadro é mais leve, uma alteração sutil de humor que contrasta com uma expectativa de felicidade, é possível aguardar duas semanas".
Tratamento
"Combinação de abordagens entre a psicoterapia e remédio. O medicamento pode mexer na questão da alteração bioquímica, mas tem questões, como a relação entre a mãe e a criança, que o medicamento não vai resolver. Alguns antidepressivos estão há muito tempo no mercado e têm uma certa segurança no seu uso em relação ao bebê. Na amamentação, esses medicamentos têm metabolização mais rápida no corpo da mãe e, por isso, baixo concentração no leite".
Mamografia sem medo
06/08/2015 - Revista Ana Maria
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que 57 mil novos casos serão diagnosticados em 2015. Além disso, um em cada cinco tumores detectados no país é nos seios! E a mamografia - um raio-X das mamas - é a maneira mais eficaz para descobrir o problema precocemente. "Ela detecta alterações, como nódulos e microcalcificações, que podem ser benignas ou malignas", explica o mastologista Fábio Arruda, do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, de São Paulo. Mas ainda existem alguns mitos envolvendo o exame, que fazem com que muitas de nós fujamos dele. Pesquisa do Instituto Datafolha mostrou que uma em cada cinco mulheres entre 40 e 69 anos de idade, atendidas pelo SUS, nunca passaram por uma mamografia. Isso precisa mudar o mais rápido possível, já que, quando detectado no início, o câncer de mama tem 90% de chance de cura. Conheça melhor essa aliada e corra logo para marcar a sua!
Aos 30 ou aos 40?
A partir dos 40 anos, a mulher precisa fazer o exame anualmente. Mas quem tem mãe ou irmãs com a doença, ou muitos casos na família, deve começar já aos 30 anos.
Qual a melhor época pra fazer?
O ideal é que a mamografia seja feita dez dias depois da menstruação, pois nessa fase as mamas já não estão tão sensíveis, o que toma o desconforto bem menor para a mulher.
Dói mesmo?
Sim, pois a mama precisa ser comprimida para que o raio-X atravesse todo tecido mamário. Claro que a sensibilidade varia de mulher para mulher. Quanto mais jovem, maior tecido glandular, e maior o sofrimento. Ainda assim, lembre-se de que por pior que seja essa dor, esses cinco minutos podem ajudar a salvar a sua vida! Outra coisa: os médicos dizem que as mulheres entram muito mais tensas na sala de exame do que saem.
é necessário algum tipo de preparação?
Não existe nenhum preparo especial para o exame. O que alguns médicos recomendam, mas é apenas uma sugestão, é que a mulher tome um anti-inflamatório um dia antes para minimizar o desconforto. Além disso, os especialistas aconselham a não usar desodorante aerossol no dia. é que ele libera partículas de alumínio que podem confundir a imagem.
O tamanho da mama interfere no resultado?
Não, mas quem tem o seio pequeno costuma sofrer mais para esparramar o tecido mamário.
E se aparecer alguma coisa?
Ao detectar qualquer alteração, o médico irá avaliar o caso com base nas características do nódulo ou microcalcificação, e levando em conta o padrão internacional. Quando o especialista chegar à conclusão de que é algo mais sério ou se a dúvida permanecer, normalmente é solicitado um complemento. Na maioria das vezes, costuma ser uma ultrassonografia das mamas ou até mesmo uma biópsia do tecido mamário para detectar se há câncer ou algo que possa se transformar na doença mais para frente.
Tenho silicone. Posso fazer?
Sim. Quem tem prótese de silicone na mama pode (e deve) fazer o exame. A mamografia é realizada da mesma forma, a única diferença é que o profissional precisa fazer três imagens do órgão, enquanto que em mulheres sem silicone são apenas duas - uma de cima para baixo e outra da lateral. No caso de quem tem prótese, o silicone precisa ser deslocado e tira-se mais uma chapa. Mas isso não altera a prótese, a aparência da mama e, muito menos, o resultado do exame.
O medo da radiação tem fundamento?
Algumas mulheres reclamam da radiação e acabam não fazendo o exame por conta disso. Entretanto, não há motivos para pânico! Segundo os especialistas, o nível de radiação é o mesmo de uma radiografia normal, portanto, ele só se torna perigoso quando realizado muitas vezes seguidas e em um curto espaço de tempo. E esse não é o caso, não é mesmo?
Vale a pena fazer o autoexame?
Muita gente é adepta do autoexame, um método em que a própria mulher apalpa as mamas todo mês em busca de alterações. Apesar de muito importante para o autoconhecimento, ele não substitui o acompanhamento com o ginecologista e a mamografia, pois não é eficaz na detecção de tumores em fase inicial. De qualquer forma, ele precisa ser feito uma vez por mês, e a melhor época é logo após a menstruação. As mulheres que não menstruam mais devem escolher um dia no mês e repeti-lo sempre, por exemplo, todo dia 15. Diante do espelho, deve-se procurar por deformações ou alterações no formato das mamas, feridas ao redor dos mamilos, secreções e caroços nas mamas ou axilas. Ao sinal de qualquer tipo de mudança na região, marque imediatamente uma consulta com seu médico, e não tenha medo da mamografia!
Pessoas que sofrem de câncer têm maior propensão à trombose venosa
06/08/2015 - Caras
Trombose é o entupimento de um vaso sanguíneo e, se ocorre em uma veia, chama-se trombose venosa. A formação do coágulo pi >de ocorrer no corpo codo, mas é bem mais comum nos vasos das pernas, principalmente das panturrilhas. O grande perigo é que um fragmento do coágulo pode se desprender, cair na circulação sanguínea e atingir os pulmões, o que é chamado embolia pulmonar. Isso às veies ate leva à morte súbita, repentina.
O coágulo bloqueia o fluxo de sangue no local e causa estes sintomas: dor traça localizada, que vai aumentando de intensidade; inchaço e calor local. Outros sintomas são: aumento da temperatura nas pernas, que podem apresentar cor vermelho-escura ou roxa, e enrijecimento da pele. Já quando o coágulo se desprende e atinge o pulmão, a pessoa sente dor toráxica, falta de ar e pode expelir sangue quando tosse.
Vários fatores podem levar á formação dos coágulos, como lesão local do vaso (devido a uma pancada ou batida na perna, por exemplo); idade avançada (os vasos de nosso organismo também envelhecem); presença de varizes; uso de hormônio; e cirurgia longa, principalmente ortopédica, que obriga o paciente a ficar na cama por longos períodos.
Além disso, pessoas obesas, hipertensas, diabéticas, fumantes ou com predisposição genética (casos na família) têm mais tendência a formar coágulos. O risco é sempre maior quando esses fatores se associam, por isso o tromboembolismo venoso é considerado uma doença multigênica e multifatorial. As pessoas devem ficar atentas e consultar um médico tanto como forma de prevenção quanto se apresentarem algum dos sintomas.
Pacientes com câncer também precisam de atenção especial, porque as células tumorais podem liberar substâncias que ativam a formação do coágulo. Quando o tumor é no pâncreas, o risco é ainda maior. Tratamentos como a quimio e/ou a radioterapia e alguns medicamentos também podem alterar as células do vaso, aumentar a resposta inflamatória e ativar a coagulação sanguínea.
Outro problema é quando o tumor cresce muito e comprime os vasos. Isso faz com que o sangue passe mais lentamente, aumentando o risco de trombose. Doentes em estágios mais avançados possuem ter duas vezes mais o risco de desenvolver a trombose venosa.
O tratamento objetiva tornar o sangue mais fluido com o uso de medicação anticoagulante (injeções e via oral). Em portadores de câncer, usa-se heparina (anticoagulante injetável) Ou medicações por via oral que só devem ser tomadas com indicação médica. Esses pacientes têm maior risco de sangramento e precisam de um rígido acompanhamento médico.
O ideal é identificar o paciente que integra o grupo de risco para fazer a prevenção e não deixar que a trombose se forme. Há medicamentos para reduzir a viscosidade do sangue e dissolver o coágulo que ajudam a diminuir o perigo. Esses tratamentos preventivos evitam também a ocorrência de novos episódios e o surgimento de sequelas. Todos só devem ser usados com avaliação e acompanhamento do especialista.
E importante, enfim, tratar e controlar os fatores de risco e evitar o estresse. Quem tez cirurgia deve caminhar logo que possível, sempre com a orientação de um médico.
A ‘revolução’ do Mais Médicos
06/08/2015 - O Estado de S.Paulo
O Mais Médicos é um dos mais ilustrativos exemplos de como as administrações petistas alçam o improviso à categoria de política de governo em áreas essenciais. Em dois anos, o programa, lançado às pressas no calor das manifestações de junho de 2013, provou ser apenas combustível para o populismo com o qual a presidente Dilma Rousseff pretendia, como pretende, enfrentar o derretimento de seu governo. Enquanto isso, o sistema público de saúde, que a propaganda do PT não consegue maquiar, continua a ser o pesadelo dos cidadãos que dele precisam.
Na falta de algo melhor para explorar numa gestão que produziu tantos desastres, Dilma transformou a efeméride do Mais Médicos em um evento político, para tentar mostrar que ainda há quem a apoie – mesmo que se tenha constatado que a claque que a aplaudiu calorosamente era formada só por gente do governo e por integrantes do programa.
Num ambiente à prova de vaias, no Palácio do Planalto, Dilma pôde qualificar o Mais Médicos como “uma revolução na área da saúde pública”, resultado, segundo ela, de “árdua e penosa elaboração”. São declarações como essas que ajudam a explicar a destruição da credibilidade da presidente.
O Mais Médicos, como se sabe, foi criado pelo governo com dois objetivos: ajudar a candidatura do então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo paulista na eleição de 2014; e financiar a ditadura de Cuba, por meio da contratação de milhares de médicos cubanos. De quebra, o programa pretendia criar a sensação, para os incautos, de que os petistas haviam encontrado a fórmula para acabar com os problemas da saúde: bastava enviar médicos para o interior para se fazer a tal “revolução” alardeada por Dilma.
Dos objetivos petistas, o único plenamente satisfeito – porque era apenas isso que realmente interessava desde sempre – foi a transferência de dinheiro para Cuba. Como se sabe, os médicos cubanos para cá enviados recebem apenas uma fração do salário prometido, ficando a maior parte com os irmãos Castro. Além disso, o programa ajudou a transplantar para o território brasileiro as práticas da ditadura cubana, pois os médicos exportados por Cuba são vigiados o tempo todo por capatazes de Havana e sofrem severas restrições de movimento e de expressão. Não é à toa que, quando podem, muitos escolhem desertar.
Dilma, é claro, não deixou de agradecer a “solidariedade” do governo de Cuba, com quem o Brasil, graças ao programa, “estreitou relações”. E a presidente aproveitou para atacar aqueles que lhe fizeram “críticas extremadas” quando o programa foi lançado, porque, segundo ela, havia “desconhecimento básico” a respeito da iniciativa.
Passados dois anos, porém, já está claro que, embora o atendimento possa ter melhorado em alguns lugares remotos, o Mais Médicos não passa de um remendo – e malfeito, conforme constatou auditoria do Tribunal de Contas da União, que verificou diversos problemas graças à execução apressada.
Enquanto Dilma festeja o Mais Médicos como solução mágica dos problemas na área de saúde – afinal, para os petistas basta apenas demonstrar a tal “vontade política” para que tudo melhore –, aqueles que são obrigados a encarar as terríveis condições do Sistema Único de Saúde (SUS) não estão nem um pouco satisfeitos. Na última pesquisa do Ibope sobre o governo de Dilma, nada menos que 86% dos entrevistados disseram reprovar a maneira como a presidente lida com a saúde pública.
Pudera. Um levantamento recente do Conselho Federal de Medicina mostra que 74% dos procedimentos hospitalares previstos na tabela do SUS não tiveram seus valores corrigidos pela inflação entre 2008 e 2014.
Em certos casos, a defasagem pode passar de 400%. é preciso lembrar também que, enquanto Dilma brincava de importar médicos cubanos, seu governo fechava 14 mil leitos de internação. Nessas condições, fica muito difícil esperar que hospitais e médicos consigam dar atendimento decente a milhões de pessoas que dependem do SUS – justamente os mais pobres, aqueles cuja saúde Dilma diz ter revolucionado.
Plano de saúde
06/08/2015 - Valor Econômico
A alegação genérica de que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) se omitiu no dever de fiscalizar os planos de saúde não é suficiente para incluí-la no polo passivo de ação que contesta reajustes supostamente abusivos. O entendimento foi adotado pela 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em julgamento que excluiu o órgão de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra uma administradora de planos de saúde. A ação pretende a anulação de reajustes, de 63,45% em média, efetuados nos planos a partir da faixa etária de 59 anos, os quais foram considerados abusivos pelo MPF. Para o relator do caso, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, a ação diz respeito à relação jurídica entre o consumidor e o plano de saúde, e não há interesse direto da agência reguladora. "é certo que também houve pedido de condenação da autarquia federal ao pagamento de indenização por danos morais e à revisão dos contratos. Esses pedidos, contudo, não justificam a legitimidade da ANS, pois, se dano moral houve, o ato causador desse dano foi praticado exclusivamente pela operadora de plano de saúde", afirmou o relator.