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CLIPPING - 12/06/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

Dengue: vacina do Butantã tem pendências

11/06/2015 - O Estado de S.Paulo


O pedido para a liberação da fase 3 de testes da vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantã ainda não foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A primeira análise, feita em caráter emergencial, a pedido do instituto, foi concluída há alguns dias. A equipe técnica da Anvisa identificou algumas pendências que precisam ser resolvidas pelo instituto. é preciso que as exigências sejam solucionadas para que a autorização seja emitida.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro,afirmou que,num cenário otimista, a vacina do Butantã deverá ser oferecida somente em 2018. “Temos o maior interesse de que o produto esteja disponível rapidamente, mas temos de ser francos”, disse ontem, durante audiência pública realizada no Senado.

O ministro observou ser necessária a conclusão da fase 3 da pesquisa e a construção de uma área industrial somente para produção da vacina. Chioro rebateu as afirmações de que a Anvisa teria responsabilidade no atraso da pesquisa feita pelo Butantã.

Segundo o ministro, em fases anteriores, o próprio instituto demorou para apresentar documentos considerados essenciais para avaliar fases anteriores da pesquisa. A reportagem não conseguiu contato com o Butantã ontem à noite.

O ministro informou ainda não estar animado a incorporar no Sistema único de Saúde (SUS) a vacina da Sanofi Pasteur, o produto que está na fase mais adiantada de desenvolvimento, já com pedido de registro na Anvisa.

“Não me sinto estimulado. Ela não tem boa capacidade de resposta ao surto.” Para justificar a falta de entusiasmo com o produto, Chioro citou a necessidade de aplicar três doses do imunizante e o fato de a vacina não ser indicada para dois grupos de alta vulnerabilidade: crianças e idosos.

O ministro salientou que sua opinião sobre a vacina da Sanofi não é a decisão de governo. “Essa é a minha avaliação técnica.

Essa vacina tem uma limitação”, disse. Ele lembrou que a decisão final será dada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS.

A Sanofi Pasteur informou que a recomendação sobre o público-alvo da vacina é definida pela autoridade local, não pela indústria. A empresa afirmou também que a redução de casos graves é superior à que foi citada pelo ministro: 95%,e o número de internações, de 80,3%.

Casos. Entre os meses de abril e maio, o Brasil registrou uma queda de 68% dos casos de dengue, segundo dados divulgados ontem pelo ministério. No mês passado, foram identificados 111,1 mil pacientes com a infecção. Em abril, haviam sido contabilizados 348,2 mil casos.

Neste ano, foi comunicado 1 milhão de casos prováveis da doença, 148% a mais do que foi registrado em 2014. Quase metade dos casos está concentrada no Estado de São Paulo, com 496 mil infecções. Durante o ano, foram identificadas 378 mortes pela doença, a maioria (256) em São Paulo.




O cobertor curto da saúde

11/06/2015 - O Estado de S.Paulo


As despesas decorrentes do fornecimento de remédios a pacientes por decisão judicial vêm crescendo de tal forma, nos últimos anos, que todos os que têm uma parcela de responsabilidade na questão não podem mais se esquivar da busca de uma solução para o problema. Ele só tende a se agravar, porque a crise que vive o País está obrigando os governos federal e estaduais, que pagam essa conta, a fazer significativos cortes em suas despesas, que não poupam nem mesmo áreas vitais como a da saúde.

No ano passado, a União e o governo paulista foram obrigados a gastar R$ 314 milhões com a compra de remédios importados indicados para o tratamento de doenças graves, já comercializados em outros países, mas ainda sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e destinados a pessoas que para isso recorreram à Justiça, como mostra reportagem do Estado. Objetos de ações judiciais são também remédios já comercializados no País, mas que não integram a lista dos que são fornecidos pela rede pública de saúde.

Com esses remédios e com tratamentos médicos caros, disponíveis no País ou que têm de ser feitos no exterior, mas não são oferecidos pelo Sistema único de Saúde (SUS), o gasto dos governos federal e estaduais foi de mais de R$ 1,2 bilhão em 2014, e as previsões são de que chegue a R$ 1,7 bilhão neste ano. O crescimento desse gasto pelo Ministério da Saúde é impressionante - saltou de R$ 139,6 milhões em 2010 para R$ 838,4 milhões em 2014. Desse total, apenas 11 remédios não registrados na Anvisa custaram R$ 257,9 milhões. O gasto do governo paulista foi de R$ 430 milhões, sendo R$ 52 milhões com remédios importados, quantia que corresponde a mais de um terço dos recursos destinados à assistência farmacêutica.

Uma das principais razões da chamada judicialização da saúde é a demora dos órgãos reguladores do setor em aprovar e incluir novos medicamentos na lista dos fornecidos pelo SUS. Outra causa é o alto custo dos remédios. Se a demora pode ser resolvida com medidas que simplifiquem os trâmites burocráticos, o problema do custo é mais difícil de resolver, porque esbarra nas limitações de recursos. Um exemplo citado na reportagem deixa isso bem evidente: era de mais de R$ 2 mil por mês o custo do remédio pago pelo SUS, durante 10 anos, a um paciente por ordem de Justiça.

O secretário de Saúde de São Paulo, David Uip, tem razão quando afirma: “Temos de avançar na discussão (do problema), porque isso vai ficar inadministrável”. A busca de entendimento envolve tanto os governos como o Judiciário. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já está estudando a adoção de recomendações aos juízes para que ajam com muita cautela. Uma delas, por exemplo, sugere que pedido de remédio ainda não aprovado pela Anvisa só seja concedido se for fundamentado em sua evidência científica e em sua necessidade premente.

Em artigo publicado no Estado, a juíza Deborah Ciocci, que integra o CNJ, advertiu que se deve “ter em conta que não cabe ao Poder Judiciário definir e criar políticas públicas de saúde, substituindo-se aos Poderes Legislativo e Executivo”. E que por isso o juiz deve ponderar, “no caso concreto que lhe é apresentado, entre o respeito ao princípio da separação dos Poderes, os limites orçamentários do Estado e os direitos dos outros cidadãos de não terem seu acesso à saúde prejudicado, de um lado, e, de outro, o direito à vida e os princípios da dignidade”.

Melhor não poderia ser dito. Não se discute a necessidade e a justiça de oferecer o melhor remédio e o melhor tratamento ao cidadão que deles necessita. Mas isso vale para todos, não apenas para aqueles que têm meios de ir à Justiça. E o seu alto custo não pode também consumir recursos indispensáveis aos cuidados, mais baratos, mas igualmente importantes do ponto de vista médico, reclamados pela maioria dos pacientes da rede pública. é um equilíbrio difícil num país como o Brasil, que lembra o do cobertor curto, mas que tem de ser buscado a todo custo para evitar injustiças.




Roche consegue status de avanço terapêutico para tratamento de esclerodermia

10/06/2015 - Diário de Pernambuco Online


O grupo farmacêutico suíço Roche recebeu o status de avanço terapêutico nos Estados Unidos para o remédio Actemra/RoActemra, utilizado no tratamento da esclerodermia sistêmica - uma doença rara mas grave. A agência americana de medicamentos, a Food and Drug Administration (FDA), concedeu o status na sequência de um estudo de fase II que será apresentado nesta quinta-feira em uma conferência médica, informou o grupo suíço em comunicado.

Este status permite acelerar o desenvolvimento e a avaliação de fármacos para o tratamento de doenças graves, de modo que os doentes tenham acesso a eles o mais rapidamente possível.

A Roche explicou que o estudo da fase III, que corresponde aos testes mais avançados, já está em curso.

A esclerodermia sistêmica é uma doença crônica rara, caracterizada por vasos sanguíneos anormais e alterações degenerativas que fazem com que o tecido conjuntivo se endureça e fique grosso. Ela também pode causar inchaço e dor nos músculos e articulações.

Embora seu impacto seja difícil de avaliar, estima-se que 2,5 milhões de pessoas sofram desta doença reumatoide no mundo, que se caracteriza por sua alta taxa de mortalidade, informou a Roche. O Actemra/RoActemra, também conhecido como Tocilizumab, está homologado em uma centena de países para outras indicações, como a artrite idiopática poliarticular juvenil reumatoide severa, ativa e evolutiva.




Propaganda de remédio é criticada por chamar cólicas femininas de 'Mimimi'

11/06/2015 - Folha de S.Paulo


Uma marca de remédio contra cólica menstrual virou alvo de crítica nas redes sociais, acusada de machismo por sua nova propaganda, veiculada na internet.

De acordo com as reclamações, a campanha "#SEMMiMiMi -- Se você não tem tempo pra MiMiMi, descubra Novalfem", do laboratório Sanofi, equipara as dores que mulheres sentem à frescura.

O clipe foi publicado na segunda-feira (8) no Facebook e no YouTube e apresenta a cantora Preta Gil dizendo frases como "Sem Mimimi, Mimimi, Mimimi" e "Quando tô na balada, curtindo o batidão, você está em casa, mas que situação".

A campanha já recebeu mais de 5.000 comentários, a maioria deles negativa. "Desde quando cólica é Mimimi?" e "Se é Mimimi, por que precisa de remédio? Isso é ridículo" foram alguns dos questionamentos nas redes sociais.

Quando divulgou o lançamento da campanha, no dia 2 desde mês, a página da Novalfem no Facebook publicou um texto em que lista o que chamou de dificuldades de mulheres, como cuidar da família e do sucesso no trabalho. "Ainda temos que lidar com cólicas menstruais (...) muitas vezes sem descer do salto. Aí aparece o MIMIMI, um estado que só as mulheres compreendem", dizia o texto na rede social.

Procurada pela Folha, a Sanofi, dona da Novalfem, diz que a empresa decidiu reavaliar a campanha. "Acatamos as opiniões publicadas e esclarecemos que, em nenhum momento, se pretendeu subestimar o impacto dessas dores ou desrespeitar quem as sente", acrescentou.

A Publicis, agência responsável pela campanha, divulgou nota afirmando que a intenção era usar "um tom leve para falar de um assunto sério". Eles também dizem que não tiveram intenção de "minimizar as dores das mulheres ou de ofender quem sofre com problemas mais graves".

O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) informou que, até esta quarta (10), não havia nenhuma representação contra a campanha.

Neste ano, outras marcas sofreram acusações de machismo. A campanha "Homens que Amamos", da Risqué, foi acusada de parabenizar homens por ações corriqueiras, e a "Esqueci o 'não' em casa", da Skol, foi interpretada como uma apologia ao estupro.




Novo remédio é uma evolução no tratamento do linfoma de Hodgkin

12/06/2015 - Caras


Espalhado por todo o organismo, o sistema linfático é uma rede de vasos e pequenas estruturas, entre elas os linfonodos, fundamentais na defesa de nosso corpo e no combate a infecções. Esses órgãos presentes no pescoço, axila, virilha, tórax e abdome retêm e destroem os agentes causadores de doenças, como bactérias, fungos, vírus, células mortas e metástases (células que se soltaram de um câncer).

Em 1832, o médico Thomas Hodgkin descreveu que pacientes com aumento de nódulos no pescoço e nas axilas, a maioria deles jovens, estavam com câncer nos linfonodos. A doença, que recebeu o nome do jovem pesquisador inglês, afeta ambos os sexos em qualquer idade, mas há dois picos: em jovens entre 15 e 30 anos e em adultos, a partir dos 55.

Quando o linfoma de Hodgkin se manifesta cm crianças, acomete mais o sexo masculino (85%). Já na idade adulta, há um subtipo, chamado escleorose nodular, que predomina em mulheres.

O principal sintoma é o crescimento dos linfonodos (ou ínguas) — como caroços indolores — no pescoço, nas axilas, no tórax e, quando em forma mais avançada, no abdome. Outros sinais são cansaço, febre, sudorese, perda de peso e coceira pelo corpo.

Esse tipo de câncer tem ainda relação com o vírus Epstein Barr, que é encontrado junto às células cancerosas na maior parte dos pacientes. Mas não se descobriu ainda se é o vírus que ativa o câncer ou se o câncer próxima o vírus do linfonodo comprometido.

O diagnóstico é feito com biópsia (retirada) de um pedaço do linfonodo acometido e a identificação, em laboratório, da presença das células cancerígenas, que são grandes e multinucleadas e conhecidas por Reed Sternberg. O SUS conta com um exame muito eficaz para o diagnóstico, o TET/CT, uma tomografia considerada padrão ouro na investigação do estadiamento (grau de comprometimento) desse câncer.

O tratamento convencional nas formas mais precoces da doença é a associação de quimioterapia e radioterapia. Nessa fase, o índice de cura chega a 95%. O problema é que, após duas ou três sessões, os sintomas desaparecem e muitos jovens abandonam o tratamento. Um ano depois, retornam com a doença em estado avançado e com taxas de resposta de cura inferiores a 30%. E fundamental, portanto, fazer todas as sessões, que são quinzenais e duram seis meses.

Quando a doença só é descoberta na forma avançada ou reaparece, faz-se necessário intensificar a dose de quimioterapia na tentativa de vencer os mecanismos de resistência da célula tumoral. Altas doses de quimioterapia com o suporte de transplante de medula óssea é o tratamento ideal nesta fase.

Mas alguns pacientes mais idosos não toleram o procedimento e acabam sofrendo com a toxicidade do tratamento. A boa notícia é que, no final de 2014. uma droga nova, a brentuximabe, foi liberada no Brasil c se mostra eficaz em 75% dos pacientes que não puderam recorrer ao transplante. A droga está sendo usada com sucesso também em casos de recidiva em jovens. O medicamento é usado antes da realização do transplante de medula. A brentuximabe é a primeira droga criada para Hodgkin nos últimos 30 anos e está se mostrando muito promissora, sobretudo quando associada à quimioterapia.




Mercosul fará compra conjunta de remédios

12/06/2015 - O Estado de S.Paulo


O Brasil e os demais países do Mercosul vão criar uma plataforma para a compra conjunta de medicamentos de alto custo. A ideia é aumentar o poder de negociação com produtoras de remédios e, com isso, reduzir os preços. O acordo foi firmado ontem em reunião dos ministros de Saúde do Mercosul,em Brasília .Participaram da reunião, além do Brasil, os ministros de Argentina, Paraguai, Venezuela e Bolívia, os vice-presidentes do Chilee do Uruguai e a diretora da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), Clarissa Etienne.

Em 30 dias, um grupo de trabalho com representantes de países do bloco vai definir quais os primeiros produtos que serão alvo da nova estratégia. “A ideia não é fazer uma lista extensa”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Entre os candidatos mais fortes para integrar essa relação de medicamentos estão remédios para tratar doenças raras – drogas geralmente de custo altíssimo usadas por um número pequeno de pacientes em cada região.

Não está definida ainda a forma como a compra conjunta de medicamentos será feita.

Há três propostas em avaliação. A mais simples seria reforçar um mecanismo que já é usado pelos países, o Fundo Rotatório e o Fundo Estratégico da OPAS. Por meio desses fundos, países já compram vacinas e alguns medicamentos.

Outra proposta avaliada é fazer licitações numa quantidade de medicamentos superior à demanda do País. Por meio desse mecanismo, outros países comprariam após adesão ao contrato– uma espécie de “carona” na licitação brasileira.

A terceira alternativa em análise é a assinatura de um acordo internacional entre países do Mercosul. Técnicos avaliam agora se as duas últimas alternativas podem ser colocadas em prática imediatamente ou se precisam de mudanças na regulamentação.

O pool de países não descarta a possibilidade de adotar um modelo misto, em que as três alternativas sejam colocadas em prática.

Técnicos do Ministério da Saúde informaram que, com exceção do uso dos fundos rotatórios, países do bloco não costumam fazer compras conjuntas com o objetivo de reduzir os preços para nenhum produto. A área de medicamentos seria a primeira a adotar essa política.

Os países acertaram também a organização de bancos de registros de preços–instrumento que ajuda a comparar valores cobrados pelas farmacêuticas para melhorar as negociações.

Chioro disse esperar que as medidas sejam suficientes para tentar reduzir eventuais abusos nos preços. Observou que, caso isso não seja suficiente, “outros mecanismos” serão adotados.

Outras medidas. Além do acordo sobre medicamentos, ministros de Saúde dos países do Mercosul formalizaram ontem parcerias para segurança no trânsito, redução do tabagismo, obesidade infantil e de redução do sódio nos alimentos. Foi criado ainda um banco com informações sobre doações de órgãos.

Chioro afirmou que a base de dados ajudará, no futuro, na transferência de tecnologia na área de transplantes.

O acordo para reduzir as mortes no trânsito deve incluir, segundo Chioro, a adoção de medidas como a melhoria da fiscalização, o incentivo ao uso do cinto de segurança e o enfrentamento do problema de motoristas que dirigem alcoolizados.

Chioro considera essencial também o uso de estratégias para tornar mais rígida a habilitação para motos e mecanismos que garantam o uso do capacete.

“As motos são compradas em várias parcelas, algo que não ocorre com capacete, o que torna o produto muitas vezes inacessível”, declarou.




Mercado Aberto: Venda de remédio sem receita tem recuo maior que a média do setor

12/06/2015 - Folha de S.Paulo

Colunista: Maria Cristina Frias


A desaceleração registrada pelo setor farmacêutico no início deste ano foi sentida com mais força entre os medicamentos que não necessitam de prescrição médica.

A alta no volume de vendas dos remédios sem receitas passou de 13% no primeiro trimestre de 2014 para 7,2% até março deste ano, segundo a Abrafarma (associação de farmácias), com base em dados da IMS Health.

A freada foi mais brusca que a do setor em geral, cujo crescimento foi de 11,7% para 8,1% no mesmo período.

A crise econômica, que reduziu o nível de confiança e o poder de compra do consumidor, é um dos principais motivos para o cenário.

A baixa nas vendas atingiu principalmente produtos que são considerados menos essenciais no curto prazo, como itens de nutrição, vitaminas e dermocosméticos.

"Isso ocorreu com menos intensidade entre os medicamentos prescritos, principalmente os de uso contínuo", diz Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma.

No grupo das grandes redes varejistas representadas pela entidade, o faturamento no primeiro trimestre de 2015 foi de R$ 8,24 bilhões, uma alta nominal de 10,4% em relação ao ano anterior.

Apesar do avanço ainda na casa de dois dígitos, ele foi inferior aos 16,7% computados de janeiro a março de 2014.




Gilead negocia novo tratamento da hepatite C com governo brasileiro

11/06/2015 - Valor Econômico


A Gilead Sciences, biofarmacêutica com sede nos Estados Unidos e forte atuação em medicamentos usados no tratamento da Aids e hepatite, está em negociações avançadas com o governo para oferecer um novo tratamento e cura da hepatite C. Foi justamente esse medicamento, com taxa de cura superior a 90%, o Sovaldi (Sofosbuvir), que alçou o laboratório californiano, conhecido globalmente por suas terapias de tratamento da Aids, ao grupo das maiores farmacêuticas em receita. Em 2014, o faturamento foi de US$ 24,9 bilhões.

De acordo com Norton Oliveira, vice-presidente da Gilead para América Latina e Caribe, o próprio Ministério da Saúde pediu urgência na aprovação do medicamento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diante da combinação de inovação e custo oferecida pelo tratamento. Com a nova tecnologia, a expectativa é a de que o número de pacientes que recebem o tratamento triplique em relação aos 10 mil a 12 mil por ano atualmente.

"Na Gilead, os preços são definidos conforme o PIB [Produto Interno Bruto] per capita do país. Acreditamos que a inovação não pode estar disponível para apenas uma parte da população", disse o executivo, em entrevista ao Valor. A expectativa, já sinalizada pelo próprio governo, é a de que o Sofosbuvir, aprovado em março pela Anvisa, esteja disponível no Sistema único de Saúde (SUS) no segundo semestre.

O contrato, segundo Oliveira, será o primeiro firmado diretamente pela Gilead do Brasil. "Já fornecemos um antiviral [o Tenofovir], mas o contrato é internacional. O objetivo de abrir um escritório no país foi justamente buscar novas oportunidades de negócio", acrescentou.

O primeiro escritório da Gilead na América do Sul, instalado em São Paulo (SP), foi inaugurado em outubro. A farmacêutica americana já tinha planos de aterrissar no país há quase dez anos, mas o início da produção da cópia genérica do Tenofovir, droga de alto custo que é usada no tratamento da aids, pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), de Minas Gerais, acabou adiando os planos.

Na região, contou o executivo, o tratamento da aids, de hepatites virais e drogas contra o câncer estão no foco da farmacêutica, que pretende ampliar parcerias com parceiros locais e desenvolver medicamentos adequados à realidade do país.

Neste momento, há oito estudos clínicos em andamento por aqui. Até o fim do ano, a previsão é a de abertura de laboratório de controle de qualidade e de um armazém e centro de distribuição em Brasília, escolhida por ser a sede do governo brasileiro.

Em todo o mundo, o laboratório atua em seis áreas terapêuticas, incluindo doenças inflamatórias e respiratórias graves e quadros clínicos cardiovasculares, e seu portfólio é composto por 19 produtos comercializados, entre os quais o tratamento completo para infecção por HIV em pílula única e uma dose diária.

Conforme Oliveira, na composição de seus preços, além da análise do PIB per capita, a biofarmacêutica leva em conta a prevalência de determinada doença no país e a existência de programas de governo para enfrentar epidemias, o que pode determinar um comprador único do medicamento.




Mulher de 27 anos dá à luz com ovário congelado aos 13

11/06/2015 - Folha de S.Paulo


Num feito inédito, uma mulher de 27 anos deu à luz após reimplantar tecido de ovário removido e congelado quando ela era adolescente.

A preservação do tecido ovariano foi uma medida preventiva contra um tratamento que poderia deixá-la --e, de fato, deixou-- infértil.

Nascida na República do Congo, ela foi diagnosticada com anemia falciforme aos cinco anos de idade. Aos 11, mudou-se para a Bélgica, onde vive até hoje.

Como seu estado era grave, a única saída era um transplante de medula óssea, procedimento que pode curar a doença, mas também causar infertilidade.

Isso porque é preciso destruir a medula óssea "defeituosa" por meio de quimioterapia para que a pessoa receba, de um doador compatível, uma nova medula.

Antes do tratamento, quando a paciente tinha 13 anos, os médicos então indicaram que ela retirasse o ovário direito e congelasse fragmentos do tecido do órgão. Ela já mostrava sinais de puberdade, mas ainda não tinha menstruado.

Aos 25 anos, veio o desejo de ser mãe. A paciente precisou passar por uma cirurgia para implantar enxertos do ovário jovem congelados no ovário defeituoso restante e recuperar a fertilidade. Fragmentos de ovário também foram implantados sob a pele e na cavidade abdominal.

Dois anos depois da cirurgia, ela engravidou naturalmente, e em novembro deu à luz um menino saudável.

O sucesso do tratamento da paciente, que pediu para não ser identificada, foi relatado na revista científica "Human Reproduction", publicada nesta terça-feira (9).

Os autores afirmam no artigo que a abordagem já tinha se mostrado bem-sucedida em pacientes adultas.

DE OLHO NO FUTURO

Segundo Flávio Garcia de Oliveira, especialista em reprodução assistida, o congelamento de fragmentos ovarianos de jovens prestes a se submeter a químio ou radioterapia não é raro, mas não havia relatos de gestações.

Os autores do artigo afirmam que o avanço aponta para um futuro no qual crianças com doenças graves, como câncer, podem encontrar uma forma de ter filhos mais tarde. O potencial do procedimento, porém, ainda precisa ser mais explorado para meninas que ainda não atingiram a puberdade.

"Ainda havia dúvidas se o tecido ovariano retirado de meninas tão jovens poderia ser 'competente' para produzir óvulos maduros, férteis. O caso de hoje é, ao mesmo tempo, animador e reconfortante", disse Adam Balen, professor do Centro Leeds para Medicina Reprodutiva, no Reino Unido.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica tem se empenhado em conscientizar oncologistas para atentarem à questão da fertilidade das pacientes do sexo feminino.

"Em torno de 80% dos cânceres atualmente são curados. Temos de pensar mais no futuro das crianças", diz a presidente Teresa Fonseca. De 1% a 3% dos casos de câncer acontecem em infantes.

Para Arnaldo Cambiaghi, diretor do centro de reprodução humana do IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia), a preservação da fertilidade em pacientes oncológicos tem sido deixada de lado. "Alguns médicos nem avisam o paciente sobre o que vai acontecer e que há alternativas."

No Brasil, retirar um ovário para congelá-lo pode custar até R$ 10 mil, fora o congelamento, que pode custar até R$ 8 mil. Reimplantar fragmentos no ovário restante, como foi feito com a paciente do estudo, pode sair por até R$ 20 mil. No caso dos meninos, congelar o esperma é mais fácil e barato --em torno de R$ 1.000 anuais.

Alguns convênios cobrem a retirada dos enxertos e o congelamento, mas ainda não há regulamentação para a reimplantação.




Esperança para os cardíacos

12/06/2015 - Revista Planeta


Cientistas do Instituto Weizmann de Ciência, de Israel, e do Instituto Victor Chang, de Sydney (Austrália), descobriram uma forma de estimular células do músculo cardíaco a multiplicar-se, o que poderá ter implicações importantes no tratamento de pessoas que sofrem ataques cardíacos. Ao contrário do que ocorre com as células do sangue, do cabelo e da pele, a divisão celular no coração fica praticamente paralisada logo após o nascimento. Os cientistas descobriram que, estimulando um sistema sinalizador no coração controlado pelo hormônio neurcgulina, as células musculares do coração se dividem de forma notável em ratos jovens e adultos, levando o coração a ficar perto da condição pré-ataque. Segundo os cientistas, em até cinco anos será possível saber se a técnica poderá ser aplicada em humanos.




Aplicativo ajuda a evitar reação alérgica a medicamentos

11/06/2015 - Portal Exame


O Alergia a Medicamentos é um aplicativo disponível apenas para iOS que ajuda o usuário a conferir se ele é alérgico a um remédio.

Desenvolvido com a consultorias de médicos especialistas em imunologia e alergias, o programa não deve substituir a opinião de um profissional, mas é bastante útil para consultas rápidas.

Para utilizar o app, é necessário que o usuário saiba, ao menos, alguns remédios ou substâncias que lhe causam alergia e para que seja possível registrá-los no programa.

A partir daí, quando for comprar um medicamento, basta que o usuário digite no aplicativo o nome do remédio para descobrir se há alguma substância naquele medicamento que causará uma reação alérgica.

O nome do remédio é conferido no banco de dados do programa, que contém todos os remédios registrados no Brasil pela Anvisa até maio de 2015. São mais de 27 mil medicamentos cadastrados, com todas as informações sobre seus componentes.

O aplicativo custa 2,99 dólares e foi criado pelo médico alergista e professora da Faculdade de Medicina da USP, Fábio Morato Castro.




Pâncreas artificial é aposta de 'startups'

12/06/2015 - Valor Econômico


Hoje, o Santo Graal no universo da diabetes é um dispositivo que possa monitorar o açúcar no sangue de uma pessoa e fornecer insulina quando necessário, o que seria, na prática, um pâncreas artificial.

Os fabricantes de aparelhos médicos ainda não conseguiram lançar um produto assim, mas um grupo de especialistas americanos em informática, cujos filhos sofrem de diabetes, tem feito grandes avanços.

Alguns desses pais abriram a "startup" Bigfoot Biomedical, que já desenvolveu algoritmos para um pâncreas artificial e está construindo capacidade técnica com a meta de levar um ao mercado até 2018. No fim de maio, a Bigfoot adquiriu os ativos de um fabricante de bombas de insulina. Na semana passada, anunciou uma parceria com a DexCom, uma empresa americana que fabrica um popular monitor de açúcar no sangue.

As origens da Bigfoot remontam a quatro anos atrás, quando o filho de Bryan Mazlish foi diagnosticado com diabetes do tipo 1. Na época, Mazlish trabalhava em finanças quantitativas, escrevendo programas de computador que ajudam a prever quais ações comprar. Ele concluiu que princípios semelhantes poderiam ser aplicados para prever a quantidade de insulina que corpo necessita para regular o açúcar no sangue.

Mais de 347 milhões de pessoas em todo o mundo têm diabete, segundo dados de 2014 da Organização Mundial da Saúde. Na diabete do tipo 1, também conhecida como diabete juvenil, o pâncreas perde sua capacidade de regular o açúcar no sangue através da produção de insulina. Quem convive com a doença enfrenta o desafio constante de gerenciar a saúde, acompanhando de perto os níveis de açúcar no sangue, a ingestão de alimentos e exercícios físicos, e combinando isso cuidadosamente com injeções de insulina para manter o açúcar no sangue sob controle. Um nível de glicose muito alto ou muito baixo pode causar problemas potencialmente fatais.

"Foi só depois que tive de cuidar do meu filho que entendi completamente o ônus que gerenciar isso representa", diz Mazlish, cuja mulher também tem a doença.

Mazlish começou a fazer experimentos com bombas de insulina, monitores de glicose e códigos de computador e não demorou muito para que tivesse um protótipo funcionando. Ele conectou um monitor de açúcar no sangue a um programa que desenvolveu e que roda num smartphone. O aplicativo controlava a bomba de insulina via conexão sem fio, determinando a quantidade de insulina a ser injetada no corpo. Tudo que uma pessoa precisava fazer era inserir algumas informações sobre a quantidade de exercícios que estava praticando e quanta comida estava comendo.

A mulher de Mazlish começou a usar o dispositivo, ajudando o marido a fazer ajustes para melhorar seu funcionamento. Aí, passaram a usar o aparelho no filho. Ambos têm usado o dispositivo com sucesso por mais de dois anos.

No fim do ano passado, Mazlish fundou uma empresa com Jeffrey Brewer, que já presidiu uma grande fundação americana de diabetes, e Lane Desborough, engenheiro de uma empresa de dispositivos médicos que costumava usar seu tempo livre ajudando a desenvolver um sistema para fazer uso de um monitor de glicose popular e conectá-lo à internet.

Os fabricantes tradicionais de aparelhos médicos têm sido mais lentos. Eles são limitados por regulações complexas envolvendo testes e aprovações dos dispositivos, mas também admitem que demoraram para reconhecer as necessidades dos pacientes.

"O movimento do 'faça você mesmo' dos programadores tem proporcionado uma série de descobertas sobre o que as pessoas precisam", diz Amanda Sheldon, uma porta-voz da Medtronic, fabricante de monitores de glicose e bombas de insulina.

Sheldon diz que a indústria reconheceu a necessidade de sistemas mais inteligentes de insulina há algum tempo, mas conseguir aprovação dos reguladores para os dispositivos e desenvolvê-los através de ciclos de inovação tradicionais leva um longo tempo. "é preciso muita coisa para se comercializar um sistema", diz ela.

Na semana passada, a Medtronic informou que a FDA, a agência do governo americano que regula os setores de medicamentos e alimentos, aprovou o uso de um dispositivo que permite que os pacientes acessem os dados de seus monitores de glicose e bombas de insulina remotamente, através de um smartphone. A empresa afirmou ainda que está testando um sistema que funciona de forma similar a um pâncreas artificial.

Se a Bigfoot conseguir lançar o seu sistema, ela vai tirar o movimento dos "geeks" da garagem para levá-lo ao mercado.

Os ativos da Asante, o fabricante de bombas de insulina que a Bigfoot comprou, e sua parceria com a DexCom, que produz o monitor de glucose, devem permitir que uma fase de testes do sistema seja iniciada no fim do próximo ano, um passo necessário para que ela solicite a aprovação da FDA, diz Brewer, diretor-presidente da Bigfoot.



Pacientes têm que limpar banheiro de hospital estadual de cardiologia

11/06/2015 - O Globo


A crise financeira do governo estadual chegou ao Instituto de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá. Com o pagamento dos serviços de limpeza atrasado, pacientes estão fazendo a faxina dos banheiros, correndo risco de contaminação. Fora isso, as cirurgias na unidade de referência estão suspensas desde a última segunda feira porque os elevadores estão parados por falta de manutenção.

Desesperados, doentes jogaram ontem pelas janelas do hospital bilhetes para os repórteres, mostrando a penúria da unidade. Num deles, um paciente diz que aguarda há cem dias por uma cirurgia para a colocação de pontes de safena, que não teria sido feita por falta de fio de sutura.




Saúde e ajuste fiscal

11/06/2015 - Valor Econômico


O ajuste fiscal não pode ser entendido apenas como corte de gastos. Questões como a melhoria da gestão, a coibição do desperdício, aumento da produtividade, o aperfeiçoamento da legislação pública, deveriam fazer parte do rol de medidas para a obtenção das metas do ajuste.

No caso específico dos serviços públicos de saúde é difícil medir o que se gasta com recursos humanos em ações resultantes da não efetividade na sua administração.

A prestação desses serviços é centrada na qualidade e quantidade dos recursos humanos que operam equipamentos e insumos de alto custo, em um ambiente dinâmico e complexo de tomada de decisão. Os gastos com folha de pagamento, encargos e benefícios gira ao redor dos 50% nos hospitais terciários e pode chegar a 70% nos secundários.

A deterioração de alguns dos serviços públicos no país ocorreu pela forma arcaica de administração dos recursos humanos pelo Estado, em princípio fortemente resultado da falta de autonomia das instituições públicas e pela má burocracia, onde aspectos como recrutamento, seleção, admissão, capacitação, distribuição de benefícios e demissão são dificultados ou quase impossibilitados, o que leva a gestão amadora, contribuindo para o inchaço da máquina. Este se dá à medida que funcionários se acomodam, deixando de executar ou executando de maneira inadequada as suas tarefas, devendo confirmar que isto acontece mais pelas falhas do sistema do que pela vontade dos profissionais.

Na tentativa de corrigir aquela situação, mas de forma equivocada, concurso público é aberto para um novo grupo que, aos poucos, sem motivação, sem treinamento e reconhecimento tornam-se iguais aos que os antecederam, já que objetivos não são claros, prioridades mudam constantemente, métodos e técnicas de administração e motivação inexistem, chefias são por vezes despreparadas e as poucas avaliações realizadas não atingem os objetivos.

Concursos públicos atraem um grande contingente de candidatos, excetuando-se algumas categorias de saúde (médicos), em serviços de saúde localizados na periferia ou regiões distantes dos grandes centros. Dificilmente provas práticas são possíveis de serem feitas face ao elevado número de concorrentes. Da mesma forma, não são realizadas avaliações mais completas, com entrevistas e testes, que trariam outras informações sobre os mesmos.

O processo de admissão, lento, leva à desistência boa parte dos concursados, certamente os melhores, que encontram colocação no mercado. Nem sempre o treinamento de integração é feito, pois muitos dos responsáveis pela admissão desconhecem a máquina como um todo.

Capacitação pode acontecer com profissionais da linha de frente, como médicos, enfermeiros e biomédicos, em áreas como ambulatório/emergência, diagnóstico/terapêutica e internação clínico-cirúrgica.

Os profissionais da infraestrutura, com metade da força de trabalho da unidade, são esquecidos. Mesmo com a linha de frente preparada, tarefas serão realizadas de maneira imprópria, com falhas ou omissões devido à falta de insumos, equipamentos ou processos inadequados, prejudicando a qualidade e quantidade dos serviços.

Contribui para o panorama negativo a falta de comprometimento com o serviço prestado e com a instituição. A preocupação é com o bem-estar individual, como se somente a instituição tivesse "obrigações" para com o funcionário. A cultura institucional deve ser reconstruída.

O conhecimento global da instituição, das atividades de todos, o entrosamento das equipes são imprescindíveis para o bom andamento dos processos, estes inúmeros - mais de 2.700 diagnósticos - gerando milhares de produtos, mais de 4.000 na Tabela SUS (programas e serviços de promoção da saúde, prevenção da doença, tratamento e reabilitação).

A eficiência das unidades exige que se dê aos técnicos conhecimentos das funções da administração: planejamento, organização, direção (coordenação e regulação) e avaliação (controle, monitoramento, fiscalização, auditoria). Racionalização das formas de trabalho, uso intensivo de informações e informatização, essenciais. Isto é parte do conjunto de habilidades que permite a humanização.

Facilidade para contratação de professores e empresas de treinamento só será possível com revisão da legislação.

Como saída, a implantação de palestras semanais, a montagem de cursos rápidos, o estímulo à leitura, a discussão de textos técnicos e administrativos, cursos fora da instituição, repassando o conhecimento adquirido quando do retorno, além de entrosamento e disseminação das formas de atuação das diversas áreas. Pesquisa, desenvolvimento e inovação são fundamentais para incentivar a criatividade, desenvolvendo novas formas de trabalho.

Em muitos casos, dever-se-ia reestruturar os órgãos públicos, rever a quantidade dos cargos em comissão, até o quadro ficar do tamanho ideal para as necessidades e, se for o caso, proibir novos concursos. O recrutamento de pessoal interno, hoje proibido pela legislação vigente, pode contribuir para esta adequação.

Terceirização é uma saída para trabalhos em todas as áreas, já que estudos comprovam sua viabilidade e eficiência. Porém, efetiva monitoração dos serviços terceirizados é necessária, não somente para assegurar qualidade, mas também produtividade e custos compatíveis com a eficiência planejada.

Salários inadequados são desmotivadores, mas coibir o crescimento vegetativo da folha de pagamento, como pela promoção por tempo de serviço, deve ser discutido. A estabilidade do servidor é um entrave para manter na ativa somente aqueles que realmente enobrecem a classe.

Métodos inteligentes de avaliação da instituição e profissional, informação robusta, uso da necessária burocracia, podem superar dificuldades, atingir o número adequado de funcionários, praticar uma boa saúde pública, colaborando com o ajuste fiscal, restituindo à sociedade em forma de uma melhor relação custo-benefício, o valor que paga em impostos e taxas. Isto tudo na área de saúde - que tal em outras também?




Gilead negocia novo tratamento da hepatite C com governo brasileiro

11/06/2015 - Valor Econômico


A Gilead Sciences, biofarmacêutica com sede nos Estados Unidos e forte atuação em medicamentos usados no tratamento da Aids e hepatite, está em negociações avançadas com o governo para oferecer um novo tratamento e cura da hepatite C. Foi justamente esse medicamento, com taxa de cura superior a 90%, o Sovaldi (Sofosbuvir), que alçou o laboratório californiano, conhecido globalmente por suas terapias de tratamento da Aids, ao grupo das maiores farmacêuticas em receita. Em 2014, o faturamento foi de US$ 24,9 bilhões.

De acordo com Norton Oliveira, vice-presidente da Gilead para América Latina e Caribe, o próprio Ministério da Saúde pediu urgência na aprovação do medicamento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diante da combinação de inovação e custo oferecida pelo tratamento. Com a nova tecnologia, a expectativa é a de que o número de pacientes que recebem o tratamento triplique em relação aos 10 mil a 12 mil por ano atualmente.

"Na Gilead, os preços são definidos conforme o PIB [Produto Interno Bruto] per capita do país. Acreditamos que a inovação não pode estar disponível para apenas uma parte da população", disse o executivo, em entrevista ao Valor. A expectativa, já sinalizada pelo próprio governo, é a de que o Sofosbuvir, aprovado em março pela Anvisa, esteja disponível no Sistema único de Saúde (SUS) no segundo semestre.

O contrato, segundo Oliveira, será o primeiro firmado diretamente pela Gilead do Brasil. "Já fornecemos um antiviral [o Tenofovir], mas o contrato é internacional. O objetivo de abrir um escritório no país foi justamente buscar novas oportunidades de negócio", acrescentou.

O primeiro escritório da Gilead na América do Sul, instalado em São Paulo (SP), foi inaugurado em outubro. A farmacêutica americana já tinha planos de aterrissar no país há quase dez anos, mas o início da produção da cópia genérica do Tenofovir, droga de alto custo que é usada no tratamento da aids, pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), de Minas Gerais, acabou adiando os planos.

Na região, contou o executivo, o tratamento da aids, de hepatites virais e drogas contra o câncer estão no foco da farmacêutica, que pretende ampliar parcerias com parceiros locais e desenvolver medicamentos adequados à realidade do país.

Neste momento, há oito estudos clínicos em andamento por aqui. Até o fim do ano, a previsão é a de abertura de laboratório de controle de qualidade e de um armazém e centro de distribuição em Brasília, escolhida por ser a sede do governo brasileiro.

Em todo o mundo, o laboratório atua em seis áreas terapêuticas, incluindo doenças inflamatórias e respiratórias graves e quadros clínicos cardiovasculares, e seu portfólio é composto por 19 produtos comercializados, entre os quais o tratamento completo para infecção por HIV em pílula única e uma dose diária.

Conforme Oliveira, na composição de seus preços, além da análise do PIB per capita, a biofarmacêutica leva em conta a prevalência de determinada doença no país e a existência de programas de governo para enfrentar epidemias, o que pode determinar um comprador único do medicamento.




Dor nas costas

12/06/2015 - Revista Máxima


E normal sentirmos dificuldade para sustentar o próprio corpo conforme as horas vão passando. O cansaço físico, somado ao stress do dia a dia, acaba tornando a coluna um ponto de tensão. Resultado? Surge a lombalgia. O peso sentido nas costas é uma incômoda realidade para 80% da população mundial, segundo dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). "Reações do sistema nervoso, má postura na hora de sentar, movimentos repetitivos e até a maneira como dormimos e caminhamos são as causas mais comuns para o aparecimento do mal", garante o ortopedista Fabiano Nunes (SP). Por sorte, esses fatores podem ser corrigidos ou modificados. Aprenda a se livrar dos desconfortos...

Encontre a postura ideal

Em pé, com a coluna alinhada, estique os braços para cima. Agora abaixe devagar, mantendo-os retos, em direção à lateral do corpo. Você ficará com o peito para fora e a barriga levemente encolhida — essa postura previne dores.

Ande com suavidade

Você não pode ouvir um baque a cada passo dado! Distribua o impacto entre lombar, quadril, joelhos e tornozelos alongando-se todos os dias, use palmilhas ortopédicas e prefira sapatos com salto de 3 cm.

Durma com dois travesseiros

"Ao deitar de lado, use um travesseiro que alinhe a cabeça com a coluna e outro entre os joelhos. Para dormir de costas, coloque um travesseiro baixo sob a cabeça e um embaixo das pernas", indica Fabiano. Assim, você não força a lombar.

Reforce a musculatura

Exercícios abdominais aliviam as dores porque os músculos da barriga dão sustentação às costas. Sendo assim, comece a malhar! Pratique duas séries de 15 abdominais retas em dias alternados. Deitada de costas, basta colocar os pés no chão, flexionar os joelhos e apoiar as mãos nas têmporas; dai, eleve o tronco e volte. Se possível, recorra a um orientador físico para fazer um treino completo e personalizado.

Na hora da crise...

"Mantenha compressas quentes na área por 20 minutos para relaxar a musculatura", indica o fisioterapeuta Pedro Henrique Alvarenga (SP). "Massagem com movimentos circulares também ajuda", diz a massoterapeuta Nice Cavalcante (SP). Use um creme com semente de uva, castanha-da-índia, camomila ou lavanda, que são calmantes e anti-inflamatórios.

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