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CLIPPING 24/04/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde


Medicamentos

 

SMS destaca a importância da vacinação em adultos
23/04/2015 - Tribuna Hoje

Quando se fala em vacinas todo mundo pensa na vacinação das crianças, por meio da qual se busca obter imunidade contra agentes e doenças que o organismo não estaria preparado para combater. Porém, não é só na infância que as vacinas são necessárias. Jovens, adultos e especialmente idosos precisam estar em dia com sua programação de vacinação.
Entre os motivos para os adultos serem vacinados está o fato de que algumas vacinas não existiam quando os eles ainda eram crianças. Como alguns não foram imunizados, com a idade avançada, se tornam mais vulneráveis a certas doenças. Atenta a isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), disponibiliza em toda a rede pública municipal, vacinas para esse público em seu calendário básico de imunização.
De acordo com Eunice Raquel Amorim, coordenadora do PNI da SMS, os usuários adultos contam com vacinas contra Difteria, Tétano, Hepatite B, Tríplice Viral e Febre Amarela (para viajantes em regiões endêmicas). “Contra o HPV, que também é uma vacina para adultos, a rede pública disponibiliza apenas para meninas de 9 a 11 anos, público alvo da campanha do Ministério da Saúde. Já os adultos que desejam tomar, devem buscar na rede privada”, esclareceu. A coordenadora explica ainda que para mulheres de até 26 anos de idade portadoras do vírus do HIV, a vacina contra HPV é disponibilizada de forma gratuita na rede pública.
Já o tétano, por exemplo, pode acometer indivíduos em qualquer faixa etária e deve ser repetida a cada dez anos, tempo que dura seu efeito protetor. Eunice Raquel Amorim, coordenadora do PNI, afirma, porém, que alguns grupos de risco devem estar atentos à essa imunização. “Trabalhadores da construção civil, motoqueiros, caminhoneiros e industriários estão no grupo de risco do tétano, porém as outras pessoas fora desse grupo não devem se descuidar, pois a bactéria pode estar em qualquer lugar e não mais apenas em objetos enferrujados, como se costumava pensar”, explicou.
Existem também outros trabalhadores incluídos em grupos de risco e que, portanto, devem estar com sua vacinação em dia, como manicures e profissionais de saúde para a Hepatite B e profissionais da rede hoteleira e de saúde para a Tríplice Viral. Para as gestantes, o município disponibiliza a dTpa (tríplice bacteriana acelular), que protege contra difteria, tétano e coqueluche e evita que a mãe possa contaminar a criança. Já a vacina contra a Influenza é indicada para crianças de seis meses a menores de cinco anos e para adultos que tenham doenças crônicas, gestantes, puérperas, idosos e profissionais de saúde.
Os adultos que têm carteira de vacinação da época que eram crianças e agora decidiram se vacinar, não precisa recomeçar todo o esquema vacinal, a orientação é continuá-lo, avaliando as necessidades de reforços. Contudo, se o adulto não tem mais esse cartão, a indicação é que ele tome as vacinas novamente, indicadas para sua faixa etária, já que algumas são apenas para crianças.



Agora é esperar
24/04/2015 - Exame

A ação da rede de farmácias BR Pharma é. disparada, a pior do setor de consumo na bolsa. Só neste ano a ação já desvalorizou 70% — a companhia, que chegou a ter valor de mercado de 6 bilhões de reais, em 2013, vale 300 milhões de reais. Com dívida alta. lucro em queda e uma difícil integração entre as diversas marcas da empresa, os analistas não gostam do papel — mas acham que já caiu tanto que, agora, vender é besteira. Nenhum dos oito analistas que cobrem o papel recomenda vendê-lo. O jeito é esperar para ver se a coisa melhora.
 

 

 



Pesquisa e Desenvolvimento 

 

 

Manipulação genética no limite da ciência
24/04/2015 - O Globo

Chineses manipulam embriões humanos pela primeira vez na História e reacendem um debate ético. A divulgação de um artigo científico em que pesquisadores chineses descrevem como manipularam embriões humanos numa tentativa de corrigir um defeito genético responsável pela beta-talassemia (uma doença do sangue potencialmente fatal) reacendeu o debate sobre o uso das ferramentas da biotecnologia para alterar o genoma humano, a bioética e os limites da ciência. Cautelosos quanto a esse tipo de pesquisa, muitos cientistas temem que as modificações, mesmo que com o objetivo de curar doenças, tenham consequências imprevisíveis sobre gerações futuras. A experiência também traz preocupações de seu uso em iniciativas de eugenia, filosofia surgida no século XIX que prega a “melhoria” das populações por meio do casamento de pessoas com características supostamente “superiores” e eliminação ou esterilização das ditas “indesejadas” — classificação que, dependendo da sociedade e da época, incluiu desde doentes mentais a homossexuais, passando por negros, índios e judeus — e resultou em pesadelos como o nazismo.
Rumores sobre a realização do experimento circulavam no meio acadêmico desde março. Segundo o site da revista “Nature”, tanto a “Nature” quanto a “Science”, duas das mais prestigiadas publicações científicas do mundo, rejeitaram o artigo pelo menos em parte devido às questões éticas que o trabalho suscita. Mas a equipe de pesquisadores, liderada por Junjiu Huang, da Universidade de Sun Yatsen, em Guangzhou, na China, conseguiu que ele fosse aceito para publicação, no último dia 18, pelo bem menos conhecido periódico “Protein & Cell”.

‘CORTE E COSTURA’ DE DNA

Numa tentativa de driblar as preocupações éticas quanto ao experimento, Huang e seus colegas usaram embriões “inviáveis”, isto é, que não resultariam em nascimentos, obtidos em clínicas de fertilização locais. Com uma técnica de edição genética conhecida como CRISPR/Cas9, uma espécie de “tesoura molecular" que corta e une o DNA em locais específicos, eles procuraram remover a mutação responsável pela beta-talassemia e substituí-la por um trecho de DNA saudável em 86 embriões. Destes, 71 sobreviveram ao procedimento, dos quais 54 foram testados para saber se ele tinha funcionado. Em 28, o DNA defeituoso de fato tinha sido removido no local pretendido, mas só em quatro a substituição pela cópia saudável injetada junto com o complexo de enzimas CRISPR/Cas9 foi bem-sucedida. Além disso, muitos dos embriões manipulados acabaram com alterações também em outras regiões do gene que controla a fabricação deste tipo de hemoglobina ou genes similares em outros cromossomos que, se expressadas em um ser humano, provocariam graves problemas de saúde ou morte. Diante destes resultados, Huang e sua equipe reconhecem que o experimento foi um fracasso, mas ainda assim defendem a realização de novas experiências para melhorar a precisão da técnica de edição genética.
— Se quisermos fazer isso com embriões normais, precisamos estar perto de 100% (de sucesso) — disse Huang ao site da “Nature”. — É por isso que interrompemos (o experimento). Acreditamos que (a técnica) ainda está muito imatura. Mas queríamos mostrar nossos dados para o mundo de forma que as pessoas soubessem o que realmente aconteceu neste modelo (de experimento) em vez de ficarem apenas falando sobre o que aconteceria.
Para isso, no entanto, eles também vão ter que superar as repercussões éticas que o anúncio de seu experimento provocou. No mês passado, a “Nature” já havia publicado um alerta de alguns dos pesquisadores mais proeminentes na área pedindo uma moratória total nos estudos que envolvam a manipulação genética de espermatozoides, óvulos e embriões humanos. “Não somos ratos de laboratório, muito menos algo como um milho transgênico. Por décadas, os países desenvolvidos debateram a modificação de genes em células reprodutivas e se posicionaram contra isso”, disse então ao GLOBO Edward Lanphier, presidente da Aliança para a Medicina Regenerativa e um dos cinco cientistas que assinaram o artigo na revista.
Para Regina Parizi, presidente da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), Huang e sua equipe falharam primeiro pela falta de transparência em sua pesquisa, que só ficou sujeita ao escrutínio e à avaliação científica e ética de outros pesquisadores e do público após a publicação pelo periódico “Protein & Cell”. Além disso, ela lembra que, de acordo com a Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), assinada no anos 1990, todas as pesquisas na área devem levar em conta suas implicações éticas e sociais.
— A SBB é uma organização plural e multidisciplinar e, dentro desta pluralidade, nossa posição é que a ciência deve avançar, mas sempre com prudência, para que os procedimentos científicos realmente resultem em benefícios para a Humanidade e evitem malefícios — diz. — Entendemos a ansiedade dos cientistas e da sociedade para que as pesquisas avancem, mas os experimentos com o genoma humano devem ser feitos com cautela. A ciência deve ser feita com consciência. Ao manipularmos o DNA humano, ninguém sabe ao certo o que pode acontecer. Podemos corrigir um problema e criar vários outros, além de abrir caminho para ideias perigosas de filosofias como a eugenia e criação de “super-raças”. Por isso, os processos científicos do genoma humano devem ser feitos com segurança, transparência e controle da sociedade, e os cientistas devem sempre se fazer a pergunta: “Isso é necessário?”.

RESPONSABILIDADE ÉTICA

Já Volnei Garrafa, professor e coordenador do Programa de PósGraduação em Bioética da Universidade de Brasília e integrante do Comitê Internacional de Bioética da Unesco, destaca que, quanto a questões de segurança e ética das pesquisas, não existe meio-termo.
— A ética, assim como a ciência, é glacial. Ou seja, diante de um determinado fato, o indivíduo não pode ser 40%, 60% ou 80% ético — considera. — No caso de pesquisas científicas relacionadas aos limites biote-cnocientíficos, sabe-se há algumas décadas que nem tudo que pode ser feito deve ser feito, especialmente por razões de biossegurança identificadas com a própria genômica das gerações que estão por vir. Não se trata de precaução exagerada, mas de responsabilidade ética com relação a procedimentos cujos resultados não são absolutamente seguros e que possam vir a colocar em xeque a vida futura da espécie no planeta. Neste novo território do conhecimento denominado Bioética, é preferível falar em prudência do que em temor. O problema central está no fato de que certas modificações radicais inseridas na estrutura original do genoma humano poderão tornar-se irreversíveis, inviabilizando a reprodução futura da espécie tal como vem acontecendo até hoje. E em uma catástrofe destas proporções, a quem caberá a responsabilidade?



‘Sozinho, o estresse não adoenta o coração’
24/04/2015 - O Globo

Especialista em arritmia cardíaca, médico grego esteve no Brasil para o 32º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro “Tenho 65 anos e sou ex-presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia. Atualmente, chefio o Departamento de Cardiologia da Universidade de Creta, na Grécia. Meu objetivo é combater problemas cardíacos que são as principais causas de mortes em diversos países.”
Conte algo que não sei.
A chamada fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca, já pode ser considerada uma epidemia mundial. Isso porque, em diversos países, a população mais velha está crescendo, e a incidência de problemas cardíacos nos indivíduos acima de 80 anos já é de 25 casos a cada cem pessoas. Esperamos ver triplicar os casos de fibrilação atrial neste ano.
Como enfrentar essa epidemia mundial?
Apesar dessa questão ser desafiadora, nós cardiologistas costumamos dizer que as doenças do coração são “honestas’’, se comparadas, por exemplo, com cânceres. Isso porque, na maioria dos casos, elas podem ser prevenidas, desde que a pessoa não tenha diabetes ou colesterol alto. Basta ter hábitos saudáveis e ter acompanhamento médico.
Quais são os vilões do coração hoje em dia?O ritmo de vida moderno não é bom para o sistema cardiovascular, que gosta de exercícios e dietas que não são baseadas em gorduras. Paralelo a isso, costumo dizer que se o número de fumantes fosse diminuído em 90%, a maioria dos cardiologistas perderia o emprego, já que o cigarro está intimamente ligado a doenças das artérias coronárias, além da hipertensão arterial.
E qual é o impacto de fatores como estresse e ansiedade?
Sozinhos, sem qualquer fator de risco, estresse e ansiedade não são suficientes para adoentar o coração, ainda que não sejam bons para ele.
Como manter hábitos saudáveis em meio ao ritmo de vida moderno?
A tecnologia moderna e a chamada saúde conectada podem ser grandes aliadas do sistema cardiovascular. É uma área com a qual tenho trabalhado muito nos últimos anos e que tem mostrado bastante evolução.
De que forma elas podem ser úteis à saúde do coração?
Atualmente, com alguns aplicativos e acessórios, smartphones podem ser excelentes monitores cardíacos. Por exemplo, um sensor atrás do meu celular o transforma num monitor de eletrocardiograma em tempo real. E essas informações podem facilmente ser enviadas ao meu médico por e-mail, mesmo que eu não esteja fisicamente numa sala com ele. Isso não era possível há alguns anos.
Essa tecnologia terá papel decisivo para os cuidados com o coração no futuro?
Sim. Smartphones e apps podem nos dar um novo entendimento sobre nossos hábitos, o que pode ser bom para pacientes e médicos. Outro exemplo: graças ao meu celular, sei que dei 9.108 passos hoje, o que é bom, já que menos de 5 mil passos por dia não é saudável. Por isso, a medicina cardiovascular será uma das principais beneficiadas desse fenômeno tecnológico.
Como a cardiologia tem evoluído nos últimos anos?
No passado, ela tinha como principal foco as doenças reumáticas do coração, e que, hoje, quase não existem nos países desenvolvidos. Já nos últimos anos, ela se voltou para as doenças das artérias coronárias, cuja incidência aumentou no mundo à medida que as pessoas passaram a desfrutar de comidas gordurosas e cigarros.
E como será o seu futuro?
Acredito que a cardiologia terá um foco cada vez maior nas doenças degenerativas, pois já está bastante claro como as pessoas podem evitar as doenças coronarianas. E como a população de diversos países está ficando mais velha, e o número de jovens diminuindo, as doenças degenerativas devem se multiplicar. E temos que estar prontos para tratar disso.



O dentista de 1 bilhão
24/04/2015 - Exame

Quando decidiu seguir a carreira de dentista, nos anos 70, o paranaense Geninho Thomé não tinha a menor pretensão de fazer fortuna. Estudou odontologia para consertar alguns sorrisos e, se sobrasse algum dinheirinho no fim do mês, melhor. E assim foi levando a vida. Abriu o primeiro consultório na cidade de Santa Helena, no extremo oeste do Paraná, e, mais tarde, especializou-se em implantes, então coisa de gente rica. Três décadas depois. Geninho Thomé é um dos 54 bilionários brasileiros, com fortuna estimada em 1,2 bilhão de reais. Ele é dono da sétima maior fortuna do mercado de saúde — e, sem grandes surpresas, o único dentista de uma lista recheada de médicos, engenheiros, economistas. A fonte da fortuna de Geninho é a Neodent. fabricante de implantes dentários que ele fundou em 1993 e vendeu à suíça Straumann, líder mundial no mercado de implantes, em duas parcelas — de 550 milhões e 680 milhões de reais. O último cheque foi assinado no início de abril.
Como uma desconhecida fabricante de implantes dentários pôde fazer de seu fundador um bilionário? O Brasil é a pátria dos implantes. Segundo a associação da indústria de equipamentos médicos, cerca de 2,5 milhões de implantes são usados por ano no Brasil, o que coloca o país na posição de segundo maior mercado do mundo, atrás dos Estados Unidos. Mas com maiores taxas de crescimento — cerca de 15%, ante 10%. A Neodent é a líder do mercado brasileiro, com 37% de participação, o que garantiu a ela um faturamento de 258 milhões de reais em 2014. Já a Straumann é uma gigante mundial presente em 70 países, com capital aberto na bolsa da suíça e faturamento equivalente a 2,2 bilhões de reais. Sua maior e mais importante operação hoje é a Europa, onde os implantes já são amplamente difundidos e cuja demanda, portanto, está estagnada. Nesse contexto, investir no Brasil foi uma escolha lógica — e a Neodent virou o alvo preferido.
Geninho Thomé começou a fabricar implantes depois de ir a um curso de especialização nos Estados Unidos e constatar que fabricá-los não era nada de outro mundo. Mas, no Brasil, os pouos implantes disponíveis eram importados e custavam mais de 1000 reais, o que reduzia muito o público potencial. Thomé importou a tecnologia e as máquinas do exterior e as colocou em seu consultório para fabricar implantes por conta própria — eles consistem basicamente num pino de titânio revestido de esmalte e encaixado na mandíbula do paciente. Mesmo com o processo totalmente artesanal. o preço médio dos implantes caiu quase 80%. Aos poucos, a novidade se espalhou entre os colegas de profissão, que passaram a comprar as peças de Thomé. "Eu não tinha nenhuma ambição de fazer uma grande empresa. Queria apenas atender às minhas necessidades", diz. Meio que sem querer, Thomé conseguiu mudar a cara do mercado e permitir que uma fatia maior da população pudesse pagar pelos implantes. Quando ele começou, as peças custavam de 500 a 1000 dólares. Hoje, são vendidas por uma média de 100 reais.
Em 1998, Thomé construiu a primeira fábrica, em Curitiba, para produzir 20000 peças por ano. Em 2007, abriu a unidade atual, hoje com capacidade de 1,3 milhão de peças. A Neodent havia virado a maior do setor no país, mas ainda era administrada por Thomé, responsável pelo desenvolvimento dos produtos, e por Clemilda Thomé, sua mulher na época, responsável pelas finanças da companhia. Com margem operacional de 40%, Thomé rechaçou investidas de fundos de investimento e de grandes empresas do setor. Mas o mercado começou a mudar. Em 2009, a segunda maior fabricante de implantes do país, a SIN Implantes, foi comprada pelo fundo de private equity argentino Sourthern Cross. De lá para cá, abriu unidades em 14 países e acelerou também o crescimento no Brasil — onde já tem 25% do mercado, ante cerca de 37% da Neodent. Ao mesmo tempo, Thomé percebeu que fazer da Neodent uma empresa global de implantes dentários era mais difícil do que ele imaginava. "Comecei a abrir unidades em outros países e percebi que não teria dinheiro nem capacidade de gestão para competir lá fora", diz Thomé. Com tudo isso na mesa, ele viu que era hora de atrair um sócio para continuar a expansão da empresa.
O contrato de aquisição da primeira parte da Neodent pela Straumann foi assinado em 2012, para a compra de 49% das ações por 550 milhões de reais. Nele já estava prevista uma opção de compra de mais 26% em 2015 e o restante em 2018, mas a Straumann preferiu antecipar as coisas. Pelo acordo fechado em abril, Thomé continuará na empresa por mais dois anos, como presidente científico. "Ele desenvolveu um produto de qualidade e acessível aos brasileiros. Nosso produto é mais caro. O da Neodent é mais competitivo nesse mercado", afirma o suíço Mattias Schupp, desde de dezembro presidente da Neodent. Apesar da aquisição, as duas marcas serão independentes, até porque atuam em segmentos diferentes. Os planos de internacionalização da companhia vão se acelerar. Neste ano, a Neodent vai abrir filiais no Canadá, na Colômbia e na Argentina. Pelos planos da Straumann, 40% do crescimento deverá vir de fora do Brasil. Hoje, apenas 10% da produção da companhia é exportada.

Novos negócios

Agora Thomé vai dividir o tempo entre o novo cargo na Neodent e investimentos em outras duas frentes. Uma delas é o mercado imobiliário, em que é sócio da incorporadora Pasqualotto & GT, com o empresário Alcino Pasqualotto. A empresa é especializada em edifícios de luxo na região de Balneário Camboriú, no litoral catarinense. Ele investiu até agora cerca de 200 milhões de reais na construção de um edifício residencial com duas torres gêmeas de 74 andares que tem estacionamento para barcos e assinatura do escritório de design da Ferrari. A inauguração está prevista para 2019. Os apartamentos custam, em média, 3,5 milhões de reais. Uma cobertura foi comprada pelo jogador da seleção brasileira Neymar. Mas, com a desaceleração do mercado imobiliário, a procura por apartamento na região caiu 30%, e os preços, de 8% a 10% em 2015. Outro investimento é a Neoortho, empresa de implantes ortopédicos que nasceu dentro da Neodent em 2004 e em 2009 foi separada. Thomé é presidente e sócio majoritário da empresa, que faturou 47 milhões de reais em 2014.0 plano da companhia é dobrar de tamanho nos próximos dois anos e ganhar mercado também fora do Brasil. Seu filho, Guilherme Thomé, é diretor comercial e responsável pela expansão internacional tendo como base um escritório nos Estados Unidos. Thomé espera fazer com a Neoortho o que não conseguiu com a Neodent — virar uma empresa global na área de saúde. Com 1 bilhão para investir, fica mais fácil. 

 

Saúde

 

 

Pera evita diabetes e pressão alta

23/04/2015 - Portal Saúde Plena


Costuma-se dizer que uma maçã ao dia mantém o médico bem longe de casa. Menos popular que ela, a pera também pode desempenhar esse papel, de acordo com uma pesquisa publicada no jornal Food Research International. Os cientistas constataram que as variedades williams e starkrimson exercem um importante impacto na prevenção e no controle de diabetes 2 e hipertensão, além de combater a bactéria H. pylori, responsável pela formação de úlceras e precursora do câncer de estômago.

Os pesquisadores da Universidade Estadual da Dakota do Norte e da Universidade de Massachusetts, ambas nos Estados Unidos, analisaram estudos anteriores que investigaram os efeitos do consumo da pele, da polpa e do suco da pera. Depois, fizeram experimentos em laboratório para entender como essas duas variedades da fruta atuam no metabolismo de forma a proteger o organismo contra diversos males. Os testes indicaram que o segredo está nos compostos fenóis encontrados principalmente na casca, que contém essas substâncias em maior quantidade. Comparada à da starkrimson, a polpa da williams tem mais fenóis totais.

“Nossos resultados no tubo de ensaio sugerem que, se consumirmos as duas variedades de pera como um todo (a pele e a polpa), elas podem fornecer um controle melhor dos primeiros estágios da diabetes como parte de uma dieta saudável”, disse Kalidas Shetty, da Universidade de Dakota do Norte e um dos autores do estudo. O artigo publicado informa que “essas estratégias dietéticas envolvendo frutas, incluindo as peras, podem não apenas ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue, mas também reduzir a dependência de medicamentos nos estágios prediabéticos e complementar a dosagem farmacológica dessas drogas nos primeiros estágios do diabetes 2”.


Como os remédios


Os pesquisadores também investigaram se as peras estudadas podem ajudar a controlar a hipertensão. Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina são medicamentos usados para ajudar a tratar a pressão elevada e, no estudo, foi constatado que o extrato da polpa da pera williams tem uma atividade inibitória semelhante, embora moderada. Já a pele da fruta não apresentou a mesma característica. “Isso sugere que a polpa da williams pode ser usada como um inibidor leve dessa enzima depois de mais avaliações com diferentes concentrações e processos de extração”, explicou Shetty.

No estudo, os cientistas também investigaram se o suco fermentado das duas variedades da pera (incluindo a pele) podem inibir a H. pylori. Encontrada nas vísceras, essa bactéria geralmente está associada à gastrite e às úlceras estomacais. Os resultados indicaram que o extrato da fruta pode evitar o crescimento desse patógeno, ao mesmo tempo em que sustenta a função probiótica dos micro-organismos benéficos ao organismo.

Os pesquisadores ressaltaram que são necessários mais estudos para investigar os compostos bioativos da pele e da polpa da pera. “Estudos sobre outras propriedades, como fibras, aminoácidos e vitamina C, podem nos dar mais informações sobre o papel das peras sobre a dieta saudável”, escreveram.

 
 

 



Doenças degenerativas
23/04/2015 - DM.com.br

Doenças degenerativas são aquelas que alteram o funcionamento de uma célula, um tecido ou órgão, porem neste caso não tem nenhuma relação com inflamações, infecções e ou tumores. As mesmas são chamadas assim devido o fato de provocarem a degeneração no organismo, envolvendo vasos sanguíneos, tecidos, visão, órgãos internos e cérebro.
Normalmente esses tipos de doenças são adquiridas devido hábitos alimentares errados (uso excessivo de gordura), vida sedentária, predisposição genética e alcoolismo são doenças crônicas, não transmissíveis e algumas não têm causa conhecida A Medicina moderna já dispõe de tratamentos, porém, a cura para tais enfermidades ainda não existe.
Os exemplos mais conhecidos para doenças degenerativas são o diabetes, a arteriosclerose, a hipertensão, as doenças cardíacas e da coluna vertebral, além de câncer, mal de Alzheimer, reumatismo, esclerose múltipla, artrite deformante, artrose, glaucoma, cabeça, e membros. Trata-se de um comportamento induzido por hábitos decorrentes dos confortos existentes no nosso cotidiano que acabam por tornar nossa vida mais simples, como o simples fato de nos alimentarmos de fast-food ou evitarmos andar de escada para subir no elevador, coisas que tornam nossa vida mais pratica.
As doenças crônico-degenerativas são as principais causas de mortes em países desenvolvidos, por isso devemos analisar e pensarmos, será que a forma que estamos vivendo nosso cotidiano irá influenciar em nosso futuro, lembrando o fato de que este tipo de doença esta sendo ocasionada por nos mesmos, e não estão relacionadas com medidas de saneamento básico, o que faz chegarmos ao fato de que quem pode cuidar de nossa saúde somos nos mesmo, será que estamos fazendo isso certo?
Se toda a população fizesse uma caminhada, de 30 minutos por dia, poderíamos evitar doenças degenerativas, como diabetes, a arteriosclerose, a hipertensão, também claro doenças cardíacas e da coluna vertebral, além de câncer, mal de Alzheimer, reumatismo, esclerose múltipla, artrite deformante, artrose, glaucoma etc. ate uma simples dor de cabeça poderia ser evitada com a pratica de exercício físico. Normalmente essas doenças são adquiridas, por erros alimentar e o excesso de gordura no corpo, e a vida sedentária. Ou seja, nos estamos tornado essas doenças mais comuns devido a erros diários nosso.



Ebola atingiu mais de 26 mil pessoas desde início da epidemia, diz OMS
23/04/2015 - Valor Econômico 

O vírus ebola contaminou mais de 26 mil pessoas desde o início da epidemia, há 16 meses, quando 10.823 morreram, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na quarta-feira (22).
A entidade observou que a redução do número de casos confirmados parecia ter estagnado e apelou a mais esforços para interromper definitivamente a transmissão do vírus. Na semana anterior ao dia 19 de abril, foram confirmados 33 novos casos, 21 na Guiné-Conacri e 12 na Serra Leoa.
Até essa data já tinham sido confirmados 37 novos casos e 30 na semana anterior.
“A queda no número de casos confirmados foi interrompida nas últimas três semanas”, destacou a OMS, no seu último balanço. “Para acelerar o declínio da epidemia e reduzir a zero o número de casos, será preciso um empenho mais firme da comunidade internacional, melhorar a investigação dos contatos e o diagnóstico precoce”, acrescentou a organização.
No total, a doença foi contraída por 26.079 pessoas, quase todos na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa, os três países mais afetados pela epidemia na África Ocidental.



Indenização da Shell pagará estudos sobre câncer em SP
24/04/2015 - Folha de S.Paulo

Cem mil crianças da região de Campinas serão acompanhadas do nascimento até os 18 anos por médicos do Centro Infantil Boldrini, referência em câncer infantojuvenil.
O estudo é coordenado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e engloba 1 milhão de crianças em oito países.
O hospital de Campinas só conseguiu iniciar a pesquisa porque foi beneficiado com o pagamento de parte dos R$ 200 milhões da indenização por danos morais coletivos em um dos maiores casos de contaminação ambiental do país, o "Caso Shell", ocorrido a partir da década de 70 em Paulínia (a 117 km de SP).
Além do Boldrini, mais quatro instituições --entre elas o Hospital de Câncer de Barretos-- foram as primeiras a receber os valores repassados pelo Ministério Público do Trabalho, que entrou com uma ação em 2007 contra as empresas Shell e Basf.
A pesquisa vai analisar hábitos alimentares, uso de medicamentos, condições de moradia e até de trabalho dos pais e relacioná-los com a incidência de câncer. Serão feitos questionários com a mãe ainda gestante.
Segundo a presidente do Boldrini, Silvia Brandalise, se não fosse esse financiamento a pesquisa não seria possível. Ela afirmou que os outros países participantes (China, EUA, Inglaterra, Austrália, Japão, Dinamarca e Alemanha) já estão em estágio avançado do levantamento.
A incidência da doença em crianças e adolescentes de 0 a 18 anos é de até 13 casos a cada 100 mil nascimentos. Com o dinheiro, também será construído um centro de pesquisa onde ficarão armazenados pedaços da placenta da mãe e o teste do pezinho do recém-nascido. O projeto todo está orçado em R$ 90 milhões e novos aportes poderão ser feitos.

OUTROS CASOS

No Hospital de Câncer de Barretos, a pesquisa vai mapear características genéticas e de ocupação de pacientes detectados com algum tipo de câncer e que passaram por exames nas carretas do câncer, que são veículos adaptados que percorrem o interior do Estado para realizar exames de prevenção da doença.
No total, serão 350 mil exames à disposição dos cientistas. "A partir disso, teremos condições de adotar medidas de prevenção e tratamento de forma mais fácil, além de identificar o agente causador do câncer nos indivíduos", afirma Rui Reis, coordenador de pesquisa em oncologia molecular do hospital.
O diretor-geral do Hospital de Câncer e Barretos, Henrique Prata, afirmou que o valor de R$ 69,9 milhões repassado pelo Ministério Público do Trabalho foi o maior já recebido para pesquisas. "Temos o maior banco de tumores da América Latina e os valores que recebíamos para pesquisas eram medíocres."
Além dessa pesquisa, o hospital vai construir mais uma unidade de diagnóstico e tratamento do câncer de mama em Campinas e um laboratório em Barretos. Quatro novas carretas também serão equipadas com o tomógrafo, máquina de ressonância magnética e mamógrafos.
Em nota, a Shell informou que estudos mostraram que a contaminação ambiental não impactou a saúde de ex-trabalhadores e seus dependentes. A Basf informou que mantém seu compromisso em se posicionar com transparência e integridade em todos os aspectos relacionados a este assunto.
 
 


Dengue assusta bairros da região central que 'desconheciam' doença
24/04/2015 - Folha de S.Paulo

Liberdade, que não teve nenhum caso em 2013 e só um em 2014 inteiro, tem agora 38 registros
Baixa imunidade da população é analisada, mas razões para a expansão em algumas áreas seguem incertas
Áreas de São Paulo onde a quantidade de casos de dengue sempre foi muito baixa, principalmente distritos do centro, passaram a conviver com esse assunto nas rodinhas de conversas pelas ruas.
Na Liberdade, por exemplo, já há 38 casos confirmados. Embora não esteja em epidemia, é a área da capital com a maior explosão --porque teve só um caso em 2014 inteiro e nenhum em 2013.
O cabeleireiro José Inaldo Furlan Mendes, 56, trabalha no bairro e foi infectado pela doença na última semana. "Dói tudo. Tive de ficar uma semana em casa", conta.
Depois de melhorar dos sintomas e voltar ao batente, Mendes comprou uma raquete elétrica para caçar os mosquitos transmissores da doença. "Já acertei vários. Quem sabe agora eles não sentem pelo menos um pouco de medo", diz, sorrindo.
Com menor concentração de casas e mais comércios, outros pontos do centro, que pouco conviviam com a dengue, também estão tendo de enfrentar a doença de forma intensa. Por exemplo, Bom Retiro, Consolação e Sé que somam a maior quantidade de casos em cinco anos. No Pari, a situação é epidêmica.
Também chama a atenção a penetração da doença em distritos residenciais que evitavam grandes surtos, como Ipiranga, com 118 casos (maior número desde 2010), Bela Vista e Cambuci.
Especialistas dizem ainda não ser possível apontar motivos de expansão da doença para determinadas áreas.
Mas a forte presença do vírus 1 da dengue neste ano (um dos quatro existentes), aliada à baixa imunidade de parte da população a esse sorotipo, é um fatores em análise.
A pessoa infectada pela dengue fica imune ao mesmo tipo de vírus. Assim, em regiões pouco afetadas nos últimos anos, a tendência é que haja menor imunidade hoje.
O secretário-adjunto municipal da Saúde, Paulo Puccini, diz que a quantidade de áreas em epidemia ainda deve crescer. Mas classifica a situação como "surto epidemiológico", por não afetar a cidade inteira. Para ele, estamos no pico de casos da doença, que deve se estender até maio.
No balanço divulgado pela prefeitura no final de fevereiro, 29 distritos da cidade estavam imunes à dengue. Agora, só Marsilac (extremo sul) não registra casos da doença, o que é frequente devido à baixa densidade populacional. 



Mercado Aberto: Ampliação de leitos
24/04/2015 - Folha de S.Paulo
Colunista: Maria Cristina Frias

Quase nove (88%) em cada dez hospitais privados do país deverão expandir a oferta de leitos de alta complexidade neste ano, de acordo com pesquisa da Anahp (associação do setor).
Uma parcela de 22% dos dirigentes ouvidos pela entidade afirmou ter a intenção de ampliar a estrutura atual entre 20% e 30%. Pouco mais de 10% informou querer dobrar o número de leitos.
Outros 11% dos diretores disseram que não haverá aumento ou qualquer outra intervenção na estrutura dos leitos hospitalares.
Com as expansões, as instituições deverão colocar no mercado 479 novos leitos. No total, eles custarão R$ 335,4 milhões, segundo estimativas dos entrevistados.
A Anahp afirma que, além da construção dos espaços, o investimento também leva em consideração a ampliação do quadro de especialistas e de equipamentos de ponta.
Na cidade de São Paulo, 76% dos hospitais têm projetos de expansão. Desses, 71% são para a ampliação do número de leitos.
Para realizar a pesquisa, a entidade ouviu 50 dirigentes.



Artigo: Dengue e a previsibilidade de uma trágica realidade
24/04/2015 - Folha de S.Paulo
Jornalista: Carlos Frederico Dantas Anjos

Em junho de 2007, na Coluna Opinião desta Folha, escrevi um artigo cujo título era "Dengue hemorrágica: uma morte evitável". Lamentavelmente, 8 anos depois vemos a Folha estampar que "Em 3 meses, mortes por dengue em SP já superam o total de 2014 (Cotidiano, 2/4/15).
Por que isto acontece uma vez que para os especialistas a ocorrência de óbito por dengue é um evento inesperado e evitável?Primeiro, vale lembrar que a dengue tem algumas características epidemiológicas que vai de casos esporádicos, pequenas epidemias e epidemias explosivas, com caráter de atividade cíclica e sazonal a cada 2 a 5 anos.
Segundo, a propagação e expansão da dengue é dependente de características e comportamentos do mosquito Aedes aegypti (lembrar que uma fêmea do mosquito pode picar até 10 pessoas/dia, que seus ovos depositados podem resistir por até um ano e o mosquito permanece infectado por toda a sua vida), de alterações ambientais, climáticas, da urbanização desordenada e da elevada infestação domiciliar.
Nesse sentido, dado que previsível, é fundamental que os municípios estabeleçam um planejamento adequado, com recursos humanos e financeiros, executando medidas de controle do vetor, eliminação de criadouros e capacitação da rede de saúde para assistência médica adequada.
No Estado de São Paulo é preocupante a extensão da atual epidemia. Segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde (MS), até a Semana Epidemiológica 12 (28/03/15), foram registrados no Brasil 460.502 casos de dengue, na região Sudeste 304.251 (66,1%) casos e no Estado de São Paulo 257.809 casos (56% dos casos do país e 85% dos casos do Sudeste), mostrando um importante aumento da incidência entre 2014 e 2015 de 79,8 casos/100 mil habitantes para 585,5 casos/100 mil habitantes.
Também, no mesmo período, entre os casos confirmados de dengue no Estado, a ocorrência de casos graves saltou de 37 para 136 (268%), de casos com sinais de alarme de 604 para 2.382 (294%) e de óbitos por dengue de 15 para 99 óbitos (560%).
Frente a esta situação epidemiológica, vemos claramente que estamos tendo quebra de barreiras no controle do vetor e no atendimento aos pacientes como demonstram os dados de extensão da epidemia e o aumento significativo dos casos com sinais de alarme, dos casos graves e do número de óbitos por dengue.
Considerando que o óbito por dengue é um evento inesperado e evitável, o "aumento dos óbitos por dengue é um evento sentinela de avaliação da qualidade da assistência, e o que parece influenciar diretamente a ocorrência do óbito é o manejo clínico dos casos"(Cad. Saúde Publ. 2011).
A partir de 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) modificou a classificação dos casos de dengue frente à baixa sensibilidade e especificidade da classificação antiga em diagnosticar gravidade, gerando com isto sub-diagnósticos e sub-notificações (Trop.Med. Intern. Health, 2006).
Com a nova classificação, baseada em sinais de alarme e sinais de choque, adotada hoje em todo o país, é ofertada aos gestores, gerentes e profissionais de saúde uma ferramenta simples e sensível de abordagem dos casos e direcionamento de fluxo, factível de ser realizada na chegada do paciente na Unidade de Saúde através da Classificação de Risco estruturada e realizada por profissionais qualificados.
Como profissional de saúde, atuando em frentes de assistência de urgências/emergências, inclusive no treinamento das equipes de saúde, percebo que alguns gargalos necessitam ser enfrentados para assegurar uma melhor eficiência na assistência aos pacientes.
Destaco a agilidade na realização do hemograma e o seu seriamento, fundamentais para o diagnostico e a condução clínica do caso. É inadmissível não se assegurar nos locais de maior demanda de pacientes e no menor tempo possível, especialmente nos Prontos Socorros, a realização simplificada do hemograma, especialmente a contagem de plaquetas, hematócrito e hemoglobina. São exames simples e factíveis de serem realizados em qualquer unidade de saúde e que são fundamentais como marcadores de gravidade, avaliação da necessidade de hidratação e resposta à terapia.
É preciso rigor na observância dos sinais de alarme e de choque. A condução do caso deve rigorosamente observar o estado clínico, os sinais de alarme, os sinais de gravidade e o destino adequado do paciente, conforme o grau de risco.
Lembrar que a dengue é uma sepses causada por vírus. A sua abordagem deve ter no atendimento, diagnóstico e hidratação precoce, seu principal ponto de cuidado e fator determinante na mortalidade.
 


Exército 'caça' mosquitos nas residências de SP
24/04/2015 - Folha de S.Paulo

Um grupo de 50 militares do Exército iniciou nesta quinta-feira (23) uma operação de apoio à Prefeitura de São Paulo no combate à dengue.
No primeiro dia da ação, eles se dividiram em dois turnos para atuar no bairro do Limão, na zona norte. A região vive situação de epidemia da doença.
Cada militar vai formar dupla com um agente de zoonoses para as visitas. A intenção é, além de reforçar as equipes de combate ao mosquito transmissor, convencer pessoas resistentes às vistorias dos profissionais da prefeitura.
O soldado Victor Benevides, 19, foi muito bem recebido pela diretora cultural Marisa Rosetto, 57. "Que chique. Gente, o Exército veio na minha casa."
"O respeito ao Exército vai nos ajudar muito", disse o agente de zoonoses Mauricio Kattarow, 47, que diz enfrentar muita resistência de moradores.
O coronel do Exército Ricardo Carmona diz que a operação não tem prazo para terminar. "A princípio, vai durar 30 dias."



Epidemia explode na zona norte, e dengue avança em todas as regiões
24/04/2015 - Folha de S.Paulo

Os casos de dengue dispararam na zona norte de São Paulo, enquanto todas as regiões da cidade têm ao menos um foco de epidemia.
Na capital, 13 dos 96 distritos já estão enfrentando surto epidêmico --mais de 300 casos por 100 mil habitantes.
Oito desses distritos estão na região norte, que tem incidência de 370 casos para cada 100 mil habitantes. Há ainda outras 16 localidades em "emergência", ou seja, sob risco próximo de epidemia.
Os dados da doença fazem parte do mais recente balanço da prefeitura, divulgado nesta quinta-feira (23).
Quando uma região entra em situação de epidemia, como nos casos de Brasilândia, Perus e Pirituba, todos na zona norte, não são mais necessários exames laboratoriais para confirmar a doença.
Assim, moradores com sintomas clínicos, como manchas avermelhadas aliadas a febre alta, já são tratados como casos de dengue.
Raposo Tavares e Rio Pequeno, na zona oeste, e Cidade Ademar, na zona sul, também estão em surto epidêmico, assim como o Parque do Carmo, na zona leste, e o Pari, no centro da cidade.
Em todo o ano passado, 22 distritos chegaram a esse nível de contaminação --neste ano, porém, o pico da epidemia está previsto para o final de abril e o início de maio.
Até 11 de abril deste ano já foram confirmados, em toda a cidade, 20.764 casos da doença, o que corresponde a aumento de 191,3% em relação aos casos registrados no mesmo período de 2014.
Também foi confirmada mais uma morte pela doença na capital. A vítima é um homem de 92 anos, da região do Jaraguá (zona norte).
Já são cinco óbitos desde o início do ano (foram 14 em 2014 inteiro). Outras 22 mortes ainda estão sendo investigadas --em todo o Estado, já são ao menos 122 mortes por dengue somente em 2015.
As autoridades de saúde do Estado e do município, assim como especialistas, ainda não divulgaram razões conclusivas para esse nível de contaminação na zona norte.
No começo da infestação deste ano, a prefeitura chegou a ligar o problema da crise hídrica ao maior número de casos, o que não tem sido repetido nas últimas análises.
Cerca de 80% dos criadouros da dengue estão dentro das residências, por isso a recomendação é que se faça, ao menos uma vez por semana, uma vistoria completa em casa atrás de possíveis focos.
 
 


 

 

 

 

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