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Medicamentos
Vacina francesa está mais adiantada que a do Butantã A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ontem que o processo de liberação da vacina contra dengue desenvolvida pela francesa Sanofi Pasteur está mais adiantado que o do imunizante do Instituto Butantã, ligado ao governo de São Paulo. Em nota, a Anvisa disse que as duas vacinas estão em análise prioritária e sem prazo para liberação. Hepatite C: quatro remédios aprovados somente neste ano
23/04/2015 - O Estado de S.Paulo
Mais um exemplo de que a Anvisa está tentando acelerar suas análises é a liberação ontem de um remédio contra a hepatite C.
O tempo transcorrido após a aprovação de prioridade de análise do registro do medicamento Viekira Pak foi de quatro meses.
Trata-se do quarto medicamento novo para o tratamento da hepatite C registrado pela agência federal somente neste ano. O produto passa a integrar a lista de medicamentos inovadores – também composta por daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir – que tiveram processos de análise de registros priorizados a pedido do Ministério da Saúde. A Anvisa garante que manteve todas as etapas para o registro de um medicamento no País, como análise da tecnologia farmacêutica, de eficácia e de segurança.
Anvisa simplifica as regras para importar canabidiol A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quarta-feira (22) novos critérios para liberar a importação de produtos à base de canabidiol, um dos derivados da maconha, em casos de tratamentos de doenças como epilepsia. HOSPITAIS Outra mudança que visa facilitar o processo é a possibilidade de indicar um "intermediário" que importe o produto para o paciente, como hospitais, prefeituras ou planos de saúde.
Anvisa suspende venda e uso de lote de dipirona sódica injetável Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada hoje (22) no Diário Oficial da União suspende a distribuição, o comércio e o uso do lote 26581475 do medicamento Dipirona Sódica 500 miligramas por mililitro (mg/ml), solução injetável de 2 ml, fabricado pela empresa Laboratório Teuto Brasileiro. A validade do produto expira em setembro deste ano.
Preferência de mosquitos por uma pessoa pode estar nos genes Escolha do mosquito por uma pessoa é influenciada pelos genes. A explicação para a estranha observação de que os mosquitos preferem picar algumas pessoas a outras pode estar nos genes. Esta é a conclusão de um estudo que usou grupos de gêmeas idênticas (monozigóticas) e diferentes (dizigóticas) para analisar uma possível influência do DNA na produção de odores que atrairiam ou repeliriam os insetos, publicado ontem no periódico científico on-line de acesso aberto “PLoS One”. Segundo os pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, os experimentos mostraram que os mosquitos não tinham uma clara preferência em picar uma gêmea ou outra quando elas eram idênticas, mas, quando eram diferentes, geralmente uma foi mais atacada do que a outra, o que sugeriria um processo de escolha baseado nesta diferença. BEBER CERVEJA ATRAI PICADAS Há algum tempo cientistas têm indicações de que as fêmeas dos mosquitos — as únicas que picam pessoas, devido à sua necessidade de sangue para conseguir substâncias que usam para a reprodução — demonstram preferências pelo cheiro de algumas pessoas. Estudos anteriores mostraram, por exemplo, que as grávidas são mais atraentes para os insetos da espécie Anopheles gambiae, principal vetor da malária na África. Estudos mostram dois novos métodos de tratamento para combate ao câncer
23/04/2015 - Correio Braziliense
A lista de medicamentos aprovados para o tratamento contra o câncer excede a casa das centenas. Mas prever
qual é o mais indicado para cada paciente muitas vezes pode ser um tiro no escuro. A edição de hoje da Science
Translational Medicine traz duas novidades que prometem, em um futuro não tão distante, mudar essa
realidade. São dispositivos que testam os remédios diretamente no tumor, permitindo que o médico faça a
escolha de acordo com a resposta vinda de dentro do corpo da pessoa tratada. Especialistas ouvidos pelo Correio
acreditam que a novidade tem potencial de aprimorar não apenas a prática clínica, mas também de ajudar no
desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficientes e personalizados.
Grande parte das descobertas de medicamentos para tratar tumores se dá a partir de culturas de células in vitro,
que podem não representar neoplasias reais. Em média: nove de 10 drogas de eficácia antitumoral promissora
nos modelos pré-clínicos não oferecem benefícios a pacientes reais. Para tentar superar essa dificuldade,
pesquisadores do Presage Biosciences, em Seattle, nos Estados Unidos, desenvolveram a plataforma chamada
Civo, que permite a avaliação simultânea de até oito remédios, ou combinações deles, dentro de um tumor sólido
e vivo.
O funcionamento do Civo é simples. Munido de oito agulhas, o dispositivo realiza injeções simultâneas de
medicamentos, distribuídos em colunas, diretamente no tumor, que precisa estar perto da superfície da pele.
Dessa forma, os médicos têm mais detalhes de como a célula cancerosa responde às substâncias. O uso de uma
espécie de tinta atóxica, que sinaliza onde e como ocorre a ação da terapia, permite a análise.
Saúde
EUA emitem alerta para turista sobre risco de contrair dengue no Brasil 23/04/2015 - O Estado de S.Paulo
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos emitiu alerta aos americanos para o risco de contrair dengue e malária em viagens ao Brasil. Em escala de 1 a 3, o País foi classificado como risco nível 1, de atenção. Isso quer dizer que o viajante deve adotar precauções.Libéria e Serra Leoa, por exemplo, são nível 3, por causa do Ebola – e devem ser evitados. O Ministério da Saúde considerou a medida “adequada”. “O Brasil de fato está enfrentando epidemia de dengue em algumas regiões e cabe o aviso aos viajantes”, afirmou o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch. O alerta sobre dengue foi publicado no site do CDC na segunda-feira. O texto informa que, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), houve o registro de 224.101 casos e 52 mortes só neste ano. São Paulo, Goiás e Acre são os Estados mais afetados. O CDC ressalta que não há vacina nem remédio eficaz para prevenir a dengue e os viajantes devem usar repelentes. O centro sugere ainda que os turistas se vistam com calças e camisas de mangas compridas. Se usarem filtro solar, o repelente deve ser aplicado em seguida. “A pessoa só se torna imune à dengue se foi infectada pelos quatro sorotipos da doença. E, se já teve infecção anterior, a chance de ter a forma grave da dengue é maior. Nesse sentido, é indiferente que o turista nunca tenha tido contato com a doença”, explicou Maierovitch. Malária. O CDC também emitiu alertas a respeito de malária. Em 27 de março,o País foi classificado como risco nível 1, por causa do registro de 23 casos de transmissão da doença no Rio e 5 em Goiás. A transmissão local significa que mosquitos foram infectados pela malária e estão espalhando a doença para a população, alerta o órgão. O centro recomenda que pessoas que estejam viajando para Goiás ou para a Região Serrana e áreas de Mata Atlântica do Rio também se protejam. De acordo com Denise Valle, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), esse tipo de alerta é “mais ou menos recorrente” e se justifica no caso da dengue. “Estamos no meio de um surto e precauções devem ser tomadas”, afirma. Exagero. As medidas mais eficazes para o combate à dengue são as preventivas, como controle de criadouros e saneamento básico, ressalta Denise. Já no caso da malária, a especialista considera que houve“certo exagero” do órgão internacional. “É um pequeno surto,muito localizado, no interior do Rio. De vez em quando acontecem esses casos, mas 99% dos registros de malária são na Região Amazônica. Isso ocorre porque os mosquitos encontrados na Região Sudeste, por exemplo, são maus transmissores.” O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde do Estado do Rio, Alexandre Chieppe, diz que a própria secretaria emitiu um alerta para malária em março, para chamar a atenção de pessoas que visitaram áreas de Mata Atlântica em Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e Miguel Pereira. “Esse tipo de alerta, se for direcionado e emitido de forma a não causar pânico, deve ser feito de forma rotineira. No ano passado, fizemos o mesmo com quem estava indo para a Europa, por causa dos casos de sarampo”, afirmou Chieppe. Tipo de parto não influencia a vida sexual da mulher, diz estudo
23/04/2015 - Folha de S.Paulo
O tipo de parto influencia na sexualidade da mulher após o nascimento do bebê? Um novo estudo da USP que acompanhou 831 mães por quase dois anos diz que não.
O trabalho avaliou partos normais (com ou sem cortes) e cesáreas e derruba o mito de que, por preservar a região genital, a cesariana favorece a retomada da vida sexual.
"No Brasil é comum essa conversa de que o parto normal estraga o 'playground' do marido. A pesquisa mostra que a cesárea não traz nenhuma vantagem, não traz nenhuma proteção", afirma a médica Simone Diniz, professora do departamento de saúde materno-infantil da USP.
O estudo, publicado no periódico "Journal of Sexual Medicine", também gerou controvérsias entre as ativistas do parto humanizado ao apontar que a episiotomia (corte na região que fica entre a vagina e o ânus) não traz impacto à sexualidade.
"Mulheres submetidas a episiotomias relatam dor por anos. É difícil pensar em uma vida sexual plena sentindo dor", afirma a obstetriz Ana Cristina Duarte, coordenadora do Gama (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa).
Para o ginecologista Alexandre Faisal-Cury, pesquisador do Departamento de Saúde Preventiva da USP e autor principal do estudo, a episiotomia pode trazer algum impacto logo após o parto, mas isso tende a melhorar após os seis meses --as mulheres foram avaliadas entre seis e 18 meses após o parto.
A mesma opinião tem o médico obstetra Jorge Kuhn, defensor do parto normal sem episiotomia. "Após os seis meses, a maioria já se recuperou [da episiotomia]. Mas há casos em que a dor pode persistir por anos", afirma.
Isso depende, entre outros fatores, do tipo de corte sofrido durante o parto. Os que envolvem lacerações profundas da musculatura vaginal ou que atingem a região anal tendem a ter uma recuperação mais difícil.
LIMITAÇÕES
As mulheres que participaram da pesquisa tiveram seus filhos na rede pública de saúde de São Paulo. Tinham 25 anos, em média. As entrevistas aconteceram antes do parto e ao longo de 18 meses após o nascimento do bebê.
Quase um terço das entrevistadas (32%) foi submetida a cesáreas. Entre as que tiveram parto normal, 16% passaram por episiotomias.
Até três meses depois de o bebê nascer, só uma a cada cinco entrevistadas tinha retomado a vida sexual. "É perfeitamente normal haver um declínio nesse período, é uma fase de ajuste na vida do casal", afirma Faisal. Depois dos seis meses, 87% das mulheres relataram desejo sexual, mas 21% se queixaram de que ele era inferior ao que sentiam antes da gravidez.
Para a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, a queixa é comum. "A libido, o afeto e a atenção da mulher ficam direcionadas para o bebê."
Para o autor da pesquisa, tanto o desejo quanto o prazer feminino após a maternidade podem ser influenciados por outros fatores, como imagem corporal, saúde mental e situação do casamento.
O trabalho tem algumas limitações, como não ter questionado sobre a sexualidade antes da gravidez. "Se elas já tinham uma vida sexual ruim antes, continuará ruim depois do bebê", pondera Carmita.
Também há a hipótese de que muitas mulheres não se sintam confortáveis em falar de sexo, o que comprometeria os resultados. "Sexualidade ainda é tabu", diz Kuhn.
Pesquisa da USP seguiu 831 mães; corte na área genital também não tem impacto após seis meses
Até três meses depois de o bebê nascer, só uma a cada cinco entrevistadas tinha retomado a vida sexual
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