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CLIPPING 22/04/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde



Medicamentos

 

Ministro da Saúde antecipará testes da vacina contra a dengue
21/04/2015 - Folha de S.Paulo
Colunista: Mônica Bergamo

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, pedirá à Anvisa prioridade máxima na análise de pedido para que o Instituto Butantan antecipe os testes clínicos da vacina contra a dengue.

PRIMEIRA DOSE

O instituto diz poder disponibilizar 13 mil doses para a terceira fase de testes clínicos da vacina, que confirmariam a sua eficiência, eficácia e segurança. Ainda que o resultado seja positivo, no entanto, ela dificilmente seria aplicada neste ano, em meio à epidemia que atinge algumas regiões do país.

SINAL AMARELO

Já a vacina fabricada pela multinacional francesa Sanofi não deve ser incorporada ao SUS (Sistema Único de Saúde).Seu pedido de registro também está sob análise da Anvisa, mas técnicos consideram que o fato de a eficácia, admitida pela empresa, ser de 60,8% inviabiliza a incorporação do produto ao sistema público de saúde.

SINAL AMARELO 2

Haveria o temor de que a adoção da vacina no SUS poderia ter até efeito contrário, relaxando os cuidados com a prevenção da doença.


Teva vira gigante de genéricos com oferta de US$ 40 bi
22/04/2015 - Valor Econômico

A oferta da Teva Pharmaceuticals de US$ 40 bilhões pela Mylan coloca em evidência uma empresa que há muito é um pilar da economia israelense e um nome dominante no mercado mundial de medicamentos genéricos de baixo custo. Caso seja bem-sucedido, o negócio vai reforçar sua liderança no mercado de genéricos - versões que são cópias de medicamentos de marca, mais caros - e protegê-la da perda de patente, em breve, de seu medicamento de maiores vendas, o Copaxone, contra a esclerose múltipla.
A Agência de Remédios e Alimentos americana (FDA, na sigla em inglês) deu luz verde na semana passada para a primeira versão genérica do Copaxone, que representou 20% da receita da Teva e quase metade do lucro em 2014, o que aumentou a pressão sobre a empresa israelense para encontrar novas fontes de crescimento.
Assim como a Teva, a Mylan combina forte presença nos genéricos com seu próprio produto com direitos registrados, de maior margem de lucro - o EpiPen, um tratamento emergencial para reações alérgicas, que também enfrenta a competição de genéricos.
Ao combinar-se com a Mylan, a Teva avalia que vai poder gerar economias anuais de custos e impostos de US$ 2 bilhões, que ajudariam as duas empresas a lidar melhor com os desafios pela frente e a desenvolver novos produtos de mais caros. Investidores a vinham pressionando para ser mais agressiva, pois rivais como a Actavis adquiriram operações em fusões e aquisições nos últimos 12 meses.
A Teva havia mostrado em março sinais de que entraria na onda de fusões, quando acertou a compra da Auspex Pharmaceuticals, dos EUA, por US$ 3,2 bilhões, no que o executivo-chefe, Erez Vigodam, chamou de "primeiro passo importante" para impulsionar o crescimento.
A maior empresa israelense em vendas vinha adotando uma abordagem cautelosa em relação às fusões e aquisições desde que comprou a Cephalon em 2011, por US$ 6,8 bilhões, e não obteve os retornos desejados e ainda ficou carregada de dívidas. Isso também marcou o início de um período turbulento para a Teva, que indicou seu primeiro executivo-chefe não israelense - Jeremy Levin, que era da Bristol-Myers Squibb, dos EUA - para comandar a recuperação. Levin saiu em 2013, após confrontar-se com o conselho de administração sobre a estratégia e depois da renúncia, sob pressão de acionistas ativistas, de Philip Frost, presidente do conselho, que trabalha nos EUA e o havia contratado.
A oferta pela Mylan é a primeira grande investida sob a nova liderança de Vigodam e de Yitzhak Peterburg, que sucedeu Frost.
A Teva é maior produtora mundial de genéricos, em termos de vendas, que em 2014 somaram US$ 20,3 bilhões. Com 45 mil funcionários no mundo, a maior parte fora de Israel, sua estratégia é muito acompanhada em seu país natal, especialmente em um momento em que o sentimento geral contra as grandes empresas é forte.
O país foi assolado por protestos sociais em 2011, alimentados pela irritação com o alto custo de vida. Nas duas eleições mais recentes, os políticos que tentavam ganhar o apoio dos eleitores de classe média prometeram cobrar mais das empresas, inclusive com o combate a brecha nas leis tributárias.
Recentes isenções tributárias generosas concedidas à Teva em troca de mais investimentos em Israel estão sob análise minuciosa do governo. A oferta de US$ 40 bilhões - recorde em um país de 8 milhões de pessoas com um pequeno mercado doméstico - é observada de perto em Israel, mas não houve grande reação no país, antes dos feriados de hoje, pelo Dia da Lembrança, e de amanhã, pelo Dia da Independência. A transação, caso seja concretizada, será a maior aquisição internacional em Israel.


 

 

Pesquisa e Desenvolvimento

 

 

 

Nenhuma relação entre tríplice viral e autismo
22/04/2015 - O Globo
 
Em um novo estudo com mais de 95 mil crianças que têm irmãos mais velhos, a aplicação da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (MMR ou tríplice viral) não foi associada ao risco aumentado de transtornos do espectro autista (TEA). O resultado se manteve mesmo em crianças com irmãos mais velhos autistas, ou seja: a relação não foi observada nas crianças em maior risco de desenvolver o transtorno, de acordo com um estudo publicado ontem na “Journal of the American Medical Association” ( JAMA).
Apesar de uma quantidade significativa de pesquisas realizadas ao longo dos últimos 15 anos não ter encontrado qualquer relação entre a vacina MMR e o autismo, pesquisas com pais que têm filhos com TEA sugerem que muitos acreditam que a imunização foi uma das causas contribuintes. Essa crença, combinada com a informação de que os irmãos mais novos de indivíduos com a condição têm maior risco genético, muitas vezes faz com que responsáveis evitem a vacinação de seus filhos mais jovens, segundo este estudo.
— Nos países europeus, há uma forte cultura antivacinação, baseada em argumentos sem a menor fundamentação científica — afirmou a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Ballalai. — O tão citado estudo que relacionava a tríplice viral ao autismo foi desmentido por dezenas de pesquisas. Posteriormente, descobriu-se que o autor havia recebido pagamento de escritórios de advocacia para conduzir o trabalho. Ele, então, sofreu processo criminal, teve o registro médico cassado e o artigo retirado dos arquivos da revista “Lancet”, em que foi originalmente publicado — lembra.
Como mais uma prova contra o mito dessa associação, a doutora em medicina Anjali Jain, da empresa de consultoria de saúde Grupo Lewin, na Virgínia, Estados Unidos, examinou a ocorrência do transtorno em uma grande amostra de crianças americanas que têm irmãos mais velhos — com e sem TEA. Os pesquisadores usaram um banco de dados administrativo de um grande plano de saúde, com crianças inscritas desde o nascimento até, pelo menos, 5 anos (de 2001 a 2012), que também tinham um irmão mais velho inscrito há pelo menos 6 meses (entre 1997 e 2012).
Das 95.727 crianças incluídas no estudo, 1.929 (2,01%) tinham um irmão mais velho com TEA. No geral, 994 (1,04%) crianças tiveram a condição diagnosticada durante o acompanhamento. Entre as que tinham um irmão mais velho autista, 134 (6,9%) também foram diagnosticadas — em comparação com 860 (0,9%) que tiveram diagnóstico do transtorno mas não tinham irmão autista. A taxa de vacinação de MMR (uma dose ou mais) para as crianças com irmãos sem TEA foi de 84% (78.564) aos 2 anos e 92% (86.063) aos 5 anos. Em contraste, as taxas de vacinação de MMR para crianças com irmãos mais velhos com TEA foram menores (73% na idade de 2 anos e 86% aos 5 anos). A análise dos dados indicou que a vacina MMR não estava associada ao risco aumentado de TEA em qualquer idade.
“Não encontramos nenhuma evidência de que o recebimento de uma ou duas doses de vacina MMR tenha sido associado ao risco aumentado da condição entre as crianças que tinham irmãos mais velhos com TEA. Enquanto a prevalência do diagnóstico de TEA aumenta, o mesmo acontece com o número de crianças que têm irmãos com diagnóstico de TEA, um grupo de crianças particularmente importantes, pois foram menos vacinadas em nossas observações, bem como em relatórios anteriores”, escrevem os autores.
TREINAMENTO DOS PAIS REDUZ SINAIS
Um outro estudo, também publicado ontem na “JAMA”, patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH, na sigla em inglês) com seis universidades, entre elas a de Indiana, Ohio e de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que crianças de 3 a 7 anos, com autismo e graves problemas de comportamento, melhoraram depois que seus pais foram treinados durante semanas para lidar com reações agressivas e de isolamento — e os benefícios foram observados por até seis meses após a intervenção.
O treinamento forneceu aos pais estratégias específicas sobre como lidar com acessos de raiva, agressão, autolesão e abandono. Um outro grupo de pais usado na comparação feita pelo estudo apenas recebeu informações sobre a doença.
Após 24 semanas, as crianças “do grupo de treinamento” mostraram melhora de 48% em relação ao comportamento separatório, comparado a um declínio de 32% para “o grupo de educação”. Na última semana, 70% das crianças “do grupo de treinamento” mostraram resposta positiva em comparação com 40% “para o grupo de educação”.
 

 

 


Lei da Biodiversidade libera R$ 270 milhões para pesquisas
22/04/2015 - Valor Econômico
 
As novas regras para exploração da biodiversidade brasileira, aprovadas pelo Senado na semana passada, devem destravar até R$ 270 milhões em pesquisas e desenvolvimento de novos medicamentos fitoterápicos no país. Na avaliação da indústria farmacêutica nacional, a Lei da Biodiversidade, que trata do acesso e uso do patrimônio genético de animais, vegetais e micro-organismos brasileiros, estabelece normas claras para as pesquisas científicas com plantas medicinais e, por isso, permitirá a retomada de projetos que foram interrompidos na última década diante da falta de regulamentação.
Um levantamento do Grupo FarmaBrasil (GFB), constituído em 2011 para representar a indústria farmacêutica brasileira de pesquisa e inovação, indica que ao menos 27 projetos estão engavetados. Cada projeto de desenvolvimento, por sua vez, consome em média R$ 10 milhões.
"A nova legislação flexibiliza a burocracia e estimula o uso da biodiversidade. Preocupadas com multas e com o excesso de burocracia [decorrentes da MP 2186/2001], as empresas deixaram de investir por anos", disse ao Valor a vice-presidente do GFB, Adriana Diaféria. O PLC 2 de 2015, aprovado pelos senadores, voltará à Câmara dos Deputados, que apreciará alguns ajustes feitos no Senado, e então seguirá para sanção presidencial.
Ao estimular o desenvolvimento de medicamentos a partir de plantas medicinais, a nova legislação também deve se refletir em expansão da participação dos fitoterápicos no mercado farmacêutico nacional. Segundo o GFB, com base em dados do IMS Health, esses produtos ainda respondem por parcela muito pequena do mercado, de 1,58% no ano passado e de 1,76% em 2013. Na Alemanha, por exemplo, medicamentos desenvolvidos a partir de plantas medicinais já representam 10% das vendas do varejo farmacêutico.
Em outros números, a fatia no Brasil equivale a pouco mais de R$ 1 bilhão - R$ 1,039 bilhão, mais precisamente -, de um total de R$ 66,971 bilhões em vendas no ano passado, dando sequência à perda de participação de mercado verificada nos anos anteriores. Em 2014, ao mesmo tempo em que o mercado brasileiro de medicamentos cresceu 13,3%, mostra o levantamento GFB, as vendas de fitoterápicos avançaram apenas 1,3%. O medicamento mais vendido dessa categoria foi o Tamarine, um laxante do laboratório Farmasa, com R$ 62,8 milhões.
No laboratório Hebron, que completa 25 anos da operação em Caruaru (PE) neste ano, a expectativa é grande em relação às novas regras. De acordo com Josimar Henrique da Silva, fundador do tradicional laboratório nesse segmento, o faturamento com fitoterápicos deverá dobrar nos próximos cinco ou seis anos, frente aos R$ 60 milhões do ano passado. "Mais importante do que dobrar o faturamento é entrar no clube fechado de pesquisa. Isso é importante para o país", afirmou.
Há alguns anos, o Hebron chegou a vender três itens de seu portfólio para a Aspen Pharma, da África do Sul, e agora, sob a nova legislação, pretende acelerar o lançamento de fitoterápicos inovadores. "O maior benefício desse projeto é a regulamentação. Como até hoje a regra não era clara, a indústria foi prejudicada e interrompeu a exploração da biodiversidade nos últimos dez anos", disse.
Na Biolab, que também interrompeu pesquisas em fitoterápicos, a percepção é a de que a nova legislação traz estímulos importantes ao setor, como por exemplo permitir a patente de extratos vegetais. Sob as novas regras, a farmacêutica pretende retomar seis projetos que foram congelados, nas áreas de dermatologia, alergia e nanotecnologia em fitoterapia.
De acordo com Dante Alário Jr., diretor da Biolab, hoje os fitoterápicos representam cerca de 4% do faturamento, mas há potencial para crescimento. "Com leis claras, a indústria tende a explorar ainda mais a possibilidade de operação integrada [como a do Hebron]", acrescentou.
Entre as principais mudanças que serão estabelecidas pela Lei da Biodiversidade estão a extinção da aprovação prévia pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN) para organizações nacionais para pesquisa e desenvolvimento e o pagamento de 0,1% a 1% da receita líquida anual obtida com o produto desenvolvido com base na biodiversidade brasileira a partir de seu lançamento no mercado. Pela regra em vigor, há necessidade de autorização prévia e o contrato de repartição de benefícios deve ser firmado mesmo sem que se saiba se o produto será viável comercialmente.
 
 

Saúde

 

 

Os erros graves na saúde

22/04/2015 - O Estado de S.Paulo

 

O aumento do custo dos planos de saúde - mesmo os empresariais - para os usuários reabre a discussão sobre o papel que os prestadores privados de serviços devem assumir no futuro, no setor da saúde. E também sobre o papel da rede de saúde pública, pois suas notórias deficiências levaram uma grande parcela da população - hoje na casa dos 50 milhões - a procurar refúgio nos planos de saúde nas últimas décadas. Uma opção que vai encarecendo e ficando cada vez mais difícil.

Reportagem do jornal Valor mostra que as dificuldades criadas pela crise econômica já estão levando as empresas a reavaliarem os planos oferecidos a seus empregados, tanto no que se refere à participação destes nos custos de alguns procedimentos como na opção por planos de abrangência regional, mais baratos. Uma conduta que é explicada também pelo fato de esse benefício ter um peso considerável em seus custos, já que é a maior despesa do setor de Recursos Humanos. E uma despesa que dificilmente pode ser cortada, porque se incorporou de tal forma à relação empregador-empregado que faz parte de acordos sindicais.

A participação dos empregados nos custos de consultas e exames, que já existe há algum tempo, está aumentando. De 10% em média hoje, estima-se que ela deve ficar em pouco tempo entre 20% e 30%. Em consultas feitas em pronto-socorro, a contribuição do funcionário já é de 30% em alguns casos. Isso alivia a empresa, porque reduz sua participação e também porque tende a evitar o uso considerado exagerado do benefício, restringindo-o ao indispensável, o que por sua vez leva a operadora do plano de saúde a conceder desconto na renovação do contrato.

A tendência dos planos de saúde empresariais, que representam 65% do total, é de se tornarem cada vez mais caros para os empregados. E essa situação não deve mudar quando passar a crise, pois dificilmente as empresas abrirão mão dessa economia. Quanto aos planos de saúde individuais, há muito tempo que eles se tornaram caros. Finalmente, os elevados custos dos modernos tratamentos e exames médicos também encarecem os planos.

Em resumo, tudo indica que o acesso à saúde privada vai se limitar progressivamente às pessoas de faixas de renda mais altas, com exclusão até mesmo, num futuro não muito distante, de fatias importantes da classe média. A incorporação a esse setor de camadas sociais ascendentes, incentivada pelo governo federal, está se revelando, portanto, inviável.

Os últimos governos - por ironia, justamente os que mais se proclamam defensores das camadas de baixa renda - tomaram na área de saúde decisões desastradas e irresponsáveis. Apostaram demagogicamente na expansão dos planos de saúde - sem base em estudos sérios que mostrariam facilmente seus limites, como se está comprovando agora - e deixaram de investir no Sistema Único de Saúde (SUS), que atende três quartos da população, em especial os mais pobres.

Dois exemplos bastam para provar isso. O primeiro é a falta de atualização da tabela de procedimentos do SUS, que cobre apenas 60% dos seus custos. Como os hospitais filantrópicos conveniados, especialmente as Santas Casas, não tinham condições de cobrir indefinidamente os 40% restantes, acabaram se endividando e entrando numa crise que só se agrava. O socorro prestado pelo governo de tempo em tempo não passa de um remendo. E, como essas instituições respondem por cerca de 45% dos atendimento do SUS, é fácil de constatar a extrema e perigosa fragilidade do sistema de saúde pública.

O segundo é a eliminação de mais de 14 mil leitos de internação nos hospitais da rede pública, em apenas quatro anos, de julho de 2010 a julho de 2014, como constatou estudo feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com base em dados do Ministério da Saúde.

O investimento na rede pública de saúde, como mostra o exemplo dos países da Europa ocidental, no qual se inspiraram os legisladores para criar o SUS, é a saída óbvia para oferecer atendimento médico e hospitalar digno à população. Urge retomar esse caminho para recuperar o tempo perdido.

 
 


 
Mercado Aberto: Operadora de saúde do CE investe cerca de R$ 150 mi
21/04/2015 - Folha de S.Paulo
Colunista: Maria Cristina Frias
 
A operadora de saúde Hapvida vai investir entre R$ 150 milhões e R$ 180 milhões para expandir a oferta de serviços e a rede própria de clínicas e hospitais neste ano.
O montante deve superar o aportado em 2014, de R$ 150 milhões, e concentrar ao menos 70% em estrutura física, que inclui a aquisição de empresas e de equipamentos.
Apesar da crise econômica e da menor geração de empregos no país, a rede vê potencial para crescer por praticar preços mais baixos, com tíquete médio de R$ 85.
"As empresas que estão revisando seus custos nos procuram para oferecer planos de saúde mais acessíveis aos seus funcionários", afirma Jorge Pinheiro, presidente da operadora de saúde.
Cerca de R$ 15 milhões serão investidos em tecnologia, o que inclui o desenvolvimento de um site para a venda de planos odontológicos.
A ferramenta permite que o interessado preencha um formulário pela internet e agende a visita de um consultor para a entrega e a assinatura de contratos.
"O processo é mais barato para a empresa porque não requer corretores para oferecer o produto, além de a venda ser muito mais rápida."
O objetivo do site também é aumentar a penetração de planos além das regiões Norte e Nordeste, onde estão concentrados 85% dos clientes da companhia.
A Hapvida estima que, no primeiro ano de operação, a ferramenta represente aproximadamente 10% de todas as vendas realizadas.



Saúde abriu uma apuração interna; Caixa cita serviços
21/04/2015 - Folha de S.Paulo
 
Por meio de uma nota, a Caixa Econômica Federal afirmou que a agência Borghi Lowe recebeu por serviços efetivament prestados: "Os pagamentos às agências de publicidade prestadoras de serviços à Caixa são faturados após a comprovação dos serviços prestados por elas".
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou que foi aberta uma investigação interna para apurar os pagamentos relativos ao contrato de publicidade da Borghi Lowe com a pasta.
Chioro disse que um levantamento preliminar já realizado apontou que as empresas subcontratadas da Borghi Lowe envolvidas com o ex-deputado André Vargas receberam um total de R$ 2,6 milhões da agência.
Procurada pela Folha para comentar os valores que movimentou, a assessoria da agência Borghi Lowe também respondeu por meio de uma nota: "A Borghi Lowe continua cooperando ativamente com as investigações envolvendo o ex-diretor-geral do escritório em Brasília e continuará a fazê-lo".



O avanço da dengue 
21/04/2015 - Folha de S.Paulo
 
São inquietantes os números da dengue em 2015. Até o dia 28 de março, registraram-se 460 mil casos da moléstia viral no Brasil; no mesmo período do ano passado, haviam sido computadas 135 mil notificações. O surto já causou 132 mortes, 29% a mais do que no primeiro trimestre de 2014.
Em São Paulo, o quadro é especialmente alarmante. O Estado concentra 56% das ocorrências, com 258 mil contaminações --um salto de 638% em relação às 35 mil do começo do ano passado.
A incidência da doença em território paulista (585 casos/100 mil habitantes) é a terceira maior do país --atrás de Acre e Goiás-- e se enquadra nos critérios de epidemia da Organização Mundial da Saúde.
Apesar da magnitude do surto, as autoridades ainda falham em apresentar explicações satisfatórias. Sabe-se, por ora, que a existência de quatro tipos de dengue ajuda a decifrar parte do problema.
Complexa e não de todo compreendida, a dinâmica de circulação das variedades do vírus altera-se com alguma frequência. Isso ocorre pois quem é contaminado por um dos sorotipos torna-se imune a ele, mas não aos demais.
Com o tempo, esgotando-se a população suscetível a um certo tipo da dengue, este tende a desaparecer, sendo substituído por outro.
Neste ano, segundo levantamento do Ministério da Saúde, o sorotipo 1 foi detectado em 90% das amostras. Trata-se de distribuição nociva para os paulistas, já que, nas décadas de 1990 e 2000, enquanto São Paulo se manteve relativamente livre da dengue, essa variedade do vírus se disseminou pelo restante do Brasil.
Se nada pode ser feito para mudar esse quadro, dado que não existe vacina nem terapia para a doença, o trabalho de prevenção passa necessariamente pelo controle do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, cujas larvas proliferam em água parada.
Como atestam as quatro cidades paulistas (Barra do Chapéu, Monteiro Lobato, Timburi e Torre de Pedra) que ficaram imunes à dengue nos últimos dez anos, o apoio da população é fundamental --até porque 80% dos criadouros estão dentro das residências.
O engajamento dos moradores, entretanto, dificilmente ocorrerá na escala necessária sem constantes visitas de agentes de saúde e campanhas informativas dos poderes públicos, que ainda devem garantir um monitoramento intenso da circulação de mosquitos.
A receita decerto tem mais chances de sucesso em cidades pequenas, mas não deixa de ser uma inspiração para o restante do Estado.
 


 

 

 

 

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