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CLIPPING 15/04/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

Medicamentos

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Saúde



Medicamentos

 

MPF/DF instaura inquérito para apurar irregularidades na venda de remédio para câncer
14/04/2015 - Portal do Direito da Saúde

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) abriu inquérito para apurar possíveis irregularidades na venda de Trastuzumabe – um medicamento usado no tratamento do câncer de mama – às secretarias estaduais de Saúde pelo laboratório Roche. A investigação é decorrente de uma representação feita pelo Grupo Direito e Pobreza da Universidade de São Paulo e a principal suspeita é de que o laboratório esteja abusando de sua posição dominante no mercado brasileiro para cobrar bem mais caro pelo remédio, fornecido a partir de decisões judiciais. De acordo com os dados apresentados na denúncia, o preço cobrado por frasco chega a R$ 7.192,00 nas negociações feitas junto aos órgãos estaduais. Já quando o comprador é o Ministério da Saúde, e a venda centralizada, o valor cobrado é de R$ 3.423,20, o que significa uma diferença a superior a 50%.
A abertura de inquérito foi determinada pela procuradora da República no Distrito Federal Luciana Loureiro Oliveira, que já enviou pedidos de informações aos envolvidos no caso. O objetivo é ter acesso a dados como: a quantidade de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que são tratados com o Trastuzumabe, o valor gasto nos últimos cinco anos para a aquisição do medicamento, tanto pelo SUS quanto pelas secretarias estaduais e, ainda, quais dessas compras foram feitas para atender decisões judiciais. A droga é considerada uma das mais avançadas para o combate ao câncer por atingir apenas as células doentes, preservando as sadias.
No despacho de criação do inquérito, a procuradora frisa que, se forem confirmados, os fatos relatados na representação inicial traduzem uma prática ilegal do laboratório. “A prática adotada pela Roche representaria maximização arbitrária de lucros, o que viola a ordem econômica e causa dano ao patrimônio público, já que a verba utilizada pelas Secretarias de Saúde para aquisição do medicamento é também oriunda do Fundo Nacional de Saúde (FNS), repassada ao SUS em cada esfera de governo”, afirma no documento.
Questionamentos – Ao todo, como forma de instruir o inquérito, o MPF encaminhou questionamentos a quatro envolvidos. Ao laboratório Roche foi dado um prazo de 15 dias para que se manifeste sobre a representação. Neste mesmo prazo, as secretarias estaduais de saúde, incluindo a do Distrito Federal, deverão informar à procuradoria os preços unitários pagos em eventuais aquisições do medicamento ocorridas nos últimos cinco anos, bem como especificar quais delas foram decorrentes do cumprimento de decisões judiciais.
Também foram solicitadas informações à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Neste caso, a entidade tem dez dias para enviar as respostas aos dois questionamentos apresentados: se tem ciência da disparidade de preços praticados pelo laboratório e se a Câmara já instaurou algum procedimento contra o laboratório Roche em função do descumprimento do Coeficiente de Adequação de Preços (CAP) nas aquisições dos Trastuzumabe realizadas pelas secretarias estaduais.
O maior número de perguntas foi endereçado do Ministério da Saúde (MS). Caberá ao órgão, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, responder a 18 questões formuladas pelo MPF. Entre as solicitações apresentadas estão o fornecimento de dados numéricos referentes a pacientes e a valores pagos e questionamentos sobre providências adotadas pelo MS para viabilizar a produção do medicamento no Brasil. O MPF que saber, por exemplo, qual o resultado e o andamento de parcerias firmadas com as multinacionais Merck Serono e Bionovis para a transferência de tecnologia necessária à produção do Trastuzumabe pelos institutos Fiocruz e Vital Brasil.
As informações fornecidas pelos órgãos questionados e também pelo laboratórios serão usadas para embasar os próximos passos da investigação. O inquérito tem prazo de um ano para ser concluído.




Anvisa aprova prioridade em análise de registro de vacina contra a dengue
14/04/2015 - Folha de S.Paulo 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai dar prioridade à análise do registro de uma vacina contra a dengue.
O pedido, segundo a Folha apurou, foi feito pela multinacional francesa Sanofi, laboratório que acaba de finalizar as pesquisas para produção do insumo, com eficácia de 60,8%.
A medida será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias. Com isso, a análise de um possível registro do produto, necessário para que a vacina possa chegar ao mercado, passa para o começo da fila, junto com medicamentos considerados prioritários para a saúde no país.
Outro laboratório na corrida por uma vacina contra a doença, o Instituto Butantan, também encaminhou à Anvisa nesta terça-feira (14) um pedido para que seja concedida prioridade na análise dos documentos.
O laboratório, porém, ainda não pede o registro do produto, mas sim a aprovação para a última etapa de pesquisas, o que pode acelerar o processo de desenvolvimento da vacina no país.
Diretores da Anvisa já afirmaram, em momentos anteriores, que pretendem dar prioridade à análise.
A vacina do Butantan também é vista com maior simpatia por representantes do governo federal. Isso ocorre porque a expectativa é que a vacina seja aplicada em apenas uma dose, que protegeria contra os quatro subtipos de vírus. Já a vacina da Sanofi prevê três doses, uma a cada seis meses, e com eficácia de 60,8%.


Mercado Aberto: Ampliação Verde
15/04/2015 - Folha de S.Paulo
Colunista: Maria Cristina Frias

A Weleda, marca suíça de medicamentos e cosméticos naturais, reabre nesta quarta (15) sua loja no Itaim --a segunda farmácia própria em São Paulo-- e se prepara para ingressar no mercado em Curitiba.
"Teremos uma parceria com uma empresa local a partir de julho", diz Ulrike Weber, diretora da Weleda para a América do Sul, a Itália e a Espanha.
"Daremos treinamento para garantir a qualidade dos produtos e do atendimento. Os remédios serão feitos localmente e os nossos cosméticos, como em outras lojas, virão da Europa", acrescenta.
Nono mercado da empresa em 52 países, o Brasil tem a segunda maior comunidade de médicos antroposóficos do mundo. Por essa razão, o carro-chefe aqui são os remédios.
Os cosméticos, que no exterior representam 70% do faturamento, respondem por 30% do resultado no Brasil. A empresa tem 66 produtos nessas linhas, além de medicamentos manipulados em farmácia.
A empresa fechou 2014 com um faturamento de R$ 36 milhões (um crescimento de 20% em relação ao ano anterior) no país."Trabalhamos para aprimorar a distribuição e crescer aqui 20% neste ano."
são as lojas da marca no Brasil, além de unidades de revenda.

 


Venda de medicamento sobe 12% no primeiro trimestre 
15/04/2015 - Valor Econômico

As vendas de medicamentos no varejo farmacêutico nacional superaram as expectativas ao longo do primeiro trimestre e cresceram 12%, na comparação anual, para R$ 10,7 bilhões, segundo dados do IMS Health compilados pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). No mesmo intervalo do ano passado, o crescimento havia sido de 14%, com faturamento de R$ 9,6 bilhões.
A indústria trabalhava com expectativa de redução do ritmo de expansão no início deste ano, uma vez que importantes setores industriais têm registrado queda no faturamento e o nível de emprego, que tem impacto direto nas vendas das farmácias, também mostra retração. A taxa de 12%, porém, veio melhor do que o esperado.
"Mesmo nesse momento de dificuldade na economia, a indústria farmacêutica está apresentando um crescimento praticamente estável e muito acima de outros setores. Isso já aconteceu em outras crises, porque os medicamentos são produtos de primeira necessidade", disse o presidente-executivo da Interfarma, Antônio Britto. "Contudo, não descartamos a possibilidade de haver um impacto negativo no futuro", acrescentou.
Em 12 meses até março, as vendas do mercado farmacêutico varejista no Brasil somaram R$ 43,1 bilhões, alta de 11,4% na comparação com os R$ 38,7 bilhões faturados em igual intervalo anterior ¬ em linha com o crescimento de dois dígitos verificado nos últimos anos.
De acordo com o IMS Health, medicamentos similares representaram 48% do faturamento das farmácias brasileiras em 12 meses até março, enquanto os remédios de marca responderam por 39% das vendas e os genéricos, 13%.

 
 

Pesquisa e Desenvolvimento



Falha imunológica pode causar Alzheimer
15/04/2015 - O Estado de S.Paulo

O mal de Alzheimer pode ter as causas ligadas a uma anomalia no sistema imunológico, que originalmente tem a função de proteger o organismo de invasores. A conclusão é de um estudo da Universidade de Duke (EUA), que também sugere nova estratégia para o tratamento da doença.
O trabalho,publicado na revista Journal of Neuroscience,mostra que, nos indivíduos com Alzheimer, certas células do sistema imunológico começam a consumir de forma anormal um nutriente, a arginina, diminuindo sua presença no cérebro e desencadeando a doença. Com base em um experimento com camundongos, os pesquisadores mostraram que é possível bloquear esse processo com uma droga, revertendo a perda de memória.
Segundo os autores, cada vez mais evidências indicam que o sistema imunológico tem um papel no mal, mas a influência exata ainda permanece um mistério.No novo estudo, eles conseguiram demonstrar que a falta de arginina, um aminoácido presente na maior parte das proteínas do organismo, afeta diretamente a evolução da doença.
“Se o consumo de arginina é tão importante para o processo do Alzheimer, talvez nós possamos bloquear esse consumo e reverter a doença”, disse uma das autoras do estudo, Carol Colton, da Escola de Medicina.
Redesenho. Os camundongos usados no estudo tiveram alguns genes alterados para que seu sistema imunológico se tornasse semelhante ao humano.
Além disso, os animais foram desenhados para apresentar as principais características dos portadores de Alzheimer: perda de neurônios, mudanças de comportamento e a presença, no cérebro, de placas e emaranhados de certas proteínas.
Ao longo da vida dos camundongos, a equipe de cientistas procurou por anomalias imunológicas e constatou que a maior parte dos componentes do sistema imune não apresentava mudanças quantitativas. A exceção foi um tipo de células conhecido como micróglias – que geralmente são as primeiras a responder à doença.
Isolando essas células e analisando sua atividade genética, os cientistas observaram um aumento na expressão dos genes associados à supressão do sistema imunológico –isto é, que diminuem sua atividade. “Isso é surpreendente, porque a supressão do sistema imune não é o que pensávamos acontecer na doença de Alzheimer”, disse o autor principal do estudo, Matthew Kan, pós-doutorando do laboratório de Colton.
De acordo com ele,antes desse trabalho os cientistas pensavam que acontecia justamente o contrário: o cérebro deveria liberar moléculas envolvidas com a construção do sistema imunológico, que deveria exacerbar a ação, danificando o cérebro. Os cientistas bloquearam a ação da argina se usando uma droga chamada DFMO,antes da manifestação dos sintomas.
Eles observaram então uma redução das modificações na micróglia e do desenvolvimento de placas nas proteínas cerebrais. Além disso, os camundongos se saíram melhor em testes de memória.
O DFMO foi sintetizado há 20 anos e é usado contra câncer.
Agora, pretende-se estudar se o DFMO pode tratar as consequências do Alzheimer em humanos antes que apareçam.

 

 


Saúde



J&J reduz projeção de lucro anual devido à alta do dólar

15/04/2015 - DCI


A Johnson & Johnson reduziu sua projeção de lucro anual ontem, dizendo esperar que o dólar forte continuará prejudicando seus negócios internacionais. A companhia, que recebeu pouco mais de metade de suas receitas de fora dos Estados Unidos em 2014, alertou em janeiro que a valorização do dólar poderia prejudicar o lucro em US$ 0,42 por ação neste ano.
A dona do Band-aid cortou a previsão de lucro anual para US$ 6,04 a US$ 6,19 por ação, de US$ 6,12 a US$ 6,27. A média dos analistas esperava lucro de US$ 6,16 por ação.

 


 

Excesso de procura volta a dificultar instalação de ‘tenda da dengue’ em SP
15/04/2015 - O Estado de S.Paulo

As filas de pessoas à espera para serem atendidas continuam nas tendas da dengue, instaladas pela Prefeitura. E ao menos um equipamento, em Cidade Ademar, na zona sul, prometido para ontem, ainda não havia entrado em funcionamento.
Conforme dados mais recentes do Ministério da Saúde, a capital paulista registra 12 casos da doença por hora – 24.885 até o dia 28.
Reclamações sobre o tempo de espera fizeram parte do primeiro dia de funcionamento do novo equipamento instalado na Freguesia do Ó. Às 15h, o estudante Felipe Oliveira, de 21 anos, cansou de esperar pelo resultado do exame de sangue para verificar a quantidade de plaquetas, que ajuda no processo de confirmação da dengue, e foi para casa. Ele havia chegado ao local às 8h. A secretaria explicou que a alta procura aumentou a espera, mas que “todos os pacientes foram atendidos”. A pasta disse ainda que está monitorando as tendas para fazer ajustes.


Prefeitura de SP instala tendas para atender pacientes com dengue
15/04/2015 - Valor Econômico Online

Diante do grande número de pacientes com dengue, ou com suspeita de ter contraído a doença, a Prefeitura de São Paulo instalou cinco tendas de atendimento ao lado de unidades básicas de saúde. Na próxima semana, mais quatro tendas estão previstas para serem inauguradas.
Segundo o balanço mais recente, que considera o período entre 4 de janeiro e 28 de março, a cidade de São Paulo registrou 8.063 casos autóctones (contraídos no município) confirmados. O número de suspeitas é bem superior, de 31.980 casos. Entre esses, 38% estão concentrados na zona norte da cidade.
Três tendas foram instaladas justamente nessa área mais afetada: no Jardim Vista Alegre (região da Brasilândia), no Jaraguá e na Freguesia do Ó. Duas foram para a zona sul: M’Boi Mirim e Cidade Ademar. As novas tendas ficarão nos bairros da Lapa (Oeste), Rio Pequeno (Oeste), Vila Manchester (Sudeste) e Itaquera (Leste).
Na tenda da Freguesia do Ó, inaugurada nesta terça-feira, o movimento era grande nesta manhã. Peter Anderson Gentili, colorista de 35 anos, havia acabado de passar por uma triagem inicial para descobrir se estava com dengue. “Sinto dor no corpo, na garganta, dor de cabeça, moleza, fraqueza”, contou.
O resultado do teste para descobrir se o paciente tem o vírus da dengue demora, em média, 5 dias. A dengue grave, porém, pode ser identificada num exame rápido (fica pronto em 5 minutos), usando apenas uma gota de sangue. Esse teste mede a concentração de plaquetas e, caso o paciente esteja com baixo índice, já é encaminhado para tratamento imediato, sem precisar esperar pelo diagnóstico definitivo.
Peter é morador da região da Brasilândia, que está entre as localidades mais afetadas pela dengue na capital paulista. Ele suspeita, porém, que tenha contraído a doença numa viagem à Piracicaba. “Eu viajei e voltei com os sintomas no domingo, e hoje já piorou”, disse ele.
Maria José de Oliveira, de 63, doméstica, teve a doença confirmada há 12 dias. “Fiquei muito ruim, mas agora já está melhorando. Era muita secura na boca, febre, tosse, dor nas pernas, dor na vista”, relatou. Ela mora no Jardim Maracanã, na zona norte, com alta incidência da doença. “Na rua da minha casa, a maioria das pessoas está com dengue. Lá, uns cuidam do quintal, tiram os criadouros [do mosquito Aedes aegypti], mas outros não ligam para nada”, disse.
Ana Dirce, doméstica, com 54 anos de idade, acompanhava o filho de 21 anos, com dengue há 4 dias. “Foi uma luta para ele ser atendido. O hospital estava cheio, com muita gente doente". Após os sintomas inciais, o rapaz retornou ao posto de saúde sentindo coceiras, dores nas pernas e fraqueza.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, aproximadamente 850 pessoas foram atendidas na tenda da Brasilândia. Ainda não há estimativa sobre os atendimentos nas outras tendas da cidade.
Segundo a Prefeitura, as tendas servem de apoio para o atendimento. Pacientes com suspeita de dengue passam por triagem antes do encaminhamento para as tendas. Dependendo do caso, os doentes começam o tratamento ainda no local ou são levados para hospitais.
 
 


Cade quer barrar negociação de preços em bloco
15/04/2015 - Valor Econômico

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) está negociando um acordo com a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), que reúne vários planos de saúde, para evitar que eles negociem preços em bloco com hospitais. Se for assinado, o acordo pode envolver o pagamento de uma quantia pela Unidas e a cessação de práticas que estão sendo investigadas pelo órgão antitruste.
A Unidas reúne planos de saúde ligados, em sua maioria, a associações de servidores públicos como os do Ministério da Fazenda, fiscais de renda do Estado de São Paulo e professores da Bahia. Segundo técnicos do Cade, a negociação de preços em bloco aumenta o poder de pressão dos planos, que sem isso teriam de negociar individualmente. A prática pode ser declarada ilegal em julgamento, o que levaria necessariamente à cobrança de multa em valores a serem definidos pelos conselheiros.
O órgão antitruste também está apurando se a Unidas estaria servindo como escudo para os planos, que não são processados por essa prática, já que as negociações são feitas pela entidade. Juridicamente, os planos não fazem parte do polo passivo. Ou seja, não são réus.
"A gente tem sempre uma análise de que, quando se congregam associações ou sindicatos para negociar estrutura de preços, isso tende a ser problemático porque você minimiza a possibilidade de essa estrutura ser livre, com a lógica do mercado", disse ao Valor o conselheiro do Cade, Gilvandro Vasconcelos. Ele relatou, no fim de fevereiro, um caso em que a Unidas foi punida em mais de R$ 600 mil por negociar em bloco o pagamento de serviços médicos e hospitalares com hospitais do DF.
A associação foi a denunciante do caso, mas acabou sendo incluída no polo passivo e foi multada com outros dois hospitais da cidade. Na votação, os conselheiros expressaram a preocupação com a atuação da Unidas, que fez parte dos réus em oito processos administrativos desde 2012 e está entre os julgados em outros sete ainda em tramitação.
A Unidas, de acordo com informações da própria entidade patronal, tem cerca de 140 entidades afiliadas, que contam com aproximadamente 5 milhões de usuários. Isso representa 10% do total de clientes desse serviço - 50,6 milhões em setembro de 2014, aponta a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Um dia antes da análise daquele caso, representantes da Unidas procuraram o órgão antitruste para tentar resolver a questão de uma vez por todas. "Antes do julgamento do caso, eles vieram aqui e disseram que sabem da preocupação do Cade. Eles viram nos últimos casos que o Cade seria mais rigoroso diante da posição da Unidas de debater preço e queria saber o que era possível", afirmou Vasconcelos.
A autarquia respondeu que seria necessária uma posição concreta da Unidas para que uma decisão fosse tomada. Consultada, a Unidas preferiu não responder os questionamentos da reportagem.
"O que a gente tem feito, e não sei se é possível replicar aqui, é como no caso da Unimed", disse o conselheiro. Naquele caso, havia um bloco de processos cujo problema era a existência de uma cláusula de exclusividade. Na busca de um acordo com a Unimed em diversas regiões do país, o Cade reduziu as multas diárias em caso de não cumprimento, mas manteve as penalidades principais.
"O que a gente não quer hoje é que essa dupla barganha que existe entre hospitais e planos de saúde, de um lado e de outro, cada um tentando extrair o máximo um do outro, possa ter efeito negativo para o consumidor", afirmou o conselheiro. Esse impacto para o cliente não seria tanto nos preços, lembrou Vasconcelos, já que esse mercado é regulado. O órgão antitruste está atento "a esse problema de paralisação, boicote, porque o consumidor está lá e não tem atendimento porque o hospital está brigando".
Além disso, prosseguiu ele, "parece algo bem razoável que haja uma responsabilização com os compromissos firmados não só da associação [a Unidas], mas também com os associados". Dessa maneira, cada membro da Unidas deveria concordar com os termos desse possível acordo com o Cade.
Outra limitação vem do fato de ser um mercado que conta com a supervisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). "Quem regula é o regulador. O Cade cuida da concorrência. Por isso, se a proposta [da Unidas] for eminentemente regulatória, o Cade vai ter que observar isso e saber até que ponto seria razoável", afirmou Vasconcelos.
Enquanto o entendimento com a Unidas não avança, uma possibilidade é que as punições comecem a atingir as empresas também. "O que a gente verificou e pode ser que a gente visualize agora é a necessidade de abertura de processos administrativos autônomos em relação a cada uma dessas entidades", disse.
 




 

 

 

 

 

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