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CLIPPING 06/04/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde


Medicamentos

 

Cade investiga 15 empresas por cartel em compra de remédios
03/04/2015 - O Globo

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou ontem investigação para apurar suposta prática de cartel em licitações públicas para compra de medicamentos. Segundo o órgão antitruste, evidências apontam que 15 distribuidoras e laboratórios se articularam entre 2007 e 2011 para fixar preços e combinar condições e vantagens, a fim de restringir a concorrência e o caráter competitivo de certames em alguns estados, como Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pernambuco.
De acordo com o Cade, a prática envolveu remédios como antidepressivos, ansiolíticos, analgésicos, sedativos, anticoagulantes, além de medicamentos para hipertensão, refluxo e tosse. São investigadas as empresas Comercial Cirúrgica Rioclarense Ltda., Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda., Dimaci Material Cirúrgico Ltda., Drogafonte Medicamentos e Material Hospitalar, Hipolabor Farmacêutica Ltda., Laboratório Teuto Brasileiro S.A., Macromed Comércio de Material Médico e Hospitalar Ltda., Mafra Hospitalar Ltda., Merriam Farma Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda., Netfarma Comércio Online S.A., NovaFarma Indústria Farmacêutica, Prodiet Farmacêutica Ltda. (atual Profarma Specialty S.A.), Rhamis Distribuidora Farmacêutica Ltda., Sanval Comércio e Indústria Ltda. e Torrent do Brasil Ltda.

ESCUTAS E APREENSÕES

O caso teve início a partir de informações apresentadas ao Cade pelo Ministério Público de Minas Gerais, que realizou interceptações telefônicas e operações de busca e apreensão nas sedes de algumas das empresas investigadas.
A Hipolabor, que adquiriu a Sanval em 2007, negou que tenha praticado qualquer irregularidade nas licitações de que participou. A empresa disse acreditar que, ao fim do processo administrativo instaurado pelo Cade, terá ressaltada sua idoneidade. A Merrian Farma informou que é de pequeno porte, situada no Rio de Janeiro, e não participa de licitações nos estados citados no processo. Disse ainda que a abertura do processo causou estranheza e que está disponível para prestar os esclarecimentos necessários.
A Netfarma disse nunca ter participado de licitações públicas e esclareceu que “não fornece medicamentos para o mercado hospitalar”. E ressaltou ter sido constituída no fim de 2012, após o período alvo da investigação. A Torrent afirmou não ter conhecimento dos fatos e desconhecer o conteúdo do processo. E ressaltou não ter recebido qualquer citação ou intimação do Cade.
A Drogafonte também informou não ter sido notificada pelo Cade, mas ressaltou que está à disposição do órgão. A Comercial Cirúrgica Rioclarense disse que não iria se manifestar por não ter sido notificada. A Dimaci informou que aguarda notificação oficial do Cade.
O advogado da Macromed, Daniel Poço, informou que a empresa não foi notificada pelo Cade e que, além disso, a empresa pediu recuperação judicial em 2007 e, desde então, não participa de licitações públicas.
A assessoria de imprensa da Cristália informou que, por ser véspera de feriado, não conseguiu contatar a empresa. Em nota, o Laboratório Teuto Brasileiro disse não ter sido comunicado de qualquer irregularidade. NovaFarma e Mafra não responderam até o fechamento desta edição. A Rhamis não foi encontrada.

SUPERINTENDÊNCIA VAI OPINAR

A Profarma informou que aguarda notificação do Cade para se manifestar sobre a investigação. E acrescentou que a aquisição do controle da Prodiet ocorreu em 22 de outubro de 2011, ou seja, no fim do período sob investigação e após processo de auditoria independente de verificação dos dados econômico-financeiros da empresa. A Profarma afirmou ainda cumprir rigorosamente as melhores práticas de governança corporativa e que está disposta a colaborar com a investigação do Cade.
Com a instauração do processo administrativo, os acusados serão notificados para apresentar defesa. Ao fim do processo, a Superintendência-Geral do Cade opinará pela condenação ou arquivamento e remeterá o caso para julgamento pelo Tribunal Administrativo do órgão.

COMBINAÇÕES POR TELEFONE E E-MAIL

A investigação do suposto cartel em licitações públicas para compra de medicamentos aponta que dirigentes e representantes de empresas do setor farmacêutico monitoravam os certames para fixar preços e acertar previamente quais seriam as vencedoras. Além disso, combinavam como os lotes das licitações seriam divididos, quais empresas apresentariam propostas ou lances de cobertura. Segundo a coordenadora-geral de Análise Antitruste do Cade, Fernanda Machado, o objetivo seria dividir o mercado e evitar uma redução acentuada dos preços. A combinação ocorreria por ligações e e-mails.
— O objetivo da licitação é permitir que o governo compre pelo menor preço possível. Quando as empresas entram em acordo, elas prejudicam esse objetivo. Estamos no início da investigação. A partir das defesas, da análise das provas, teremos detalhes e informações para saber se a prática realmente aconteceu.

 


Empresa personaliza os medicamentos
06/04/2015 - DCI

A Fórmula & Cia. - Manipulação e Drogaria, de Campinas, chega à média de 5,4 mil produtos manipulados por mês, entre medicamentos e cosméticos.
O seu diretor proprietário, Marcos Ebert, prevê em 2015, em razão da conjuntura econômica atual, manter o mesmo faturamento de 2014, em torno de R$ 3,5 milhões. Ao comemorar 25 anos, no ano passado, a Fórmula investiu R$ 50 mil na modernização da marca e em infraestrutura e manutenção. A empresa tem cinco laboratórios em duas unidades, que produzem cápsulas, soluções orais e fórmulas dermatológicas e cosméticos. A Fórmula conta com 72 colaboradores e nove profissionais farmacêuticos.
Para Marcos Ebert, as medidas adotadas pela equipe econômica do governo devem gerar desemprego e vão afetar o poder de compra das pessoas, mas que para o mercado da Fórmula talvez não traga maiores problemas. "Acreditamos que as alternativas que a gente sempre buscou de novas fórmulas farmacêuticas, de investimento em qualidade e em treinamento de funcionários, farão com que, se não ganharmos mercado este ano, pelo menos a gente não perca o mercado já conquistado", diz.
Marcos Ebert avalia que os investimentos realizados pela Fórmula nos seus cinco laboratórios e a qualidade no atendimento, a ampliação das possibilidades oferecidas na manipulação de medicamentos, bem como a internacionalização do segmento, tem contribuído para que a empresa amplie a sua atuação. Além disso, a personalização de medicamentos ganha força num momento econômico difícil pelo qual o Brasil passa atualmente.
"A personalização não só na dosagem do medicamento, mas também na quantidade que vai ser consumida durante o tratamento, inegavelmente, traz ganhos para o bolso do paciente e também um ganho para o meio ambiente porque não vai perder e ficar com aquela medicação em casa. Isso vai ao encontro desse momento difícil que a gente tem que racionalizar as nossas despesas e manter os cuidados com a saúde", afirma.
A Fórmula & Cia também tem ampliado a personalização através da nova modalidade de tratamento médico que é a modulação hormonal.
"Os médicos estão descobrindo que homens e mulheres começam a ter suas alterações hormonais, então eles precisam repor isso. Eles fazem a modulação, quer dizer, fazem os exames e prescrevem sais minerais e hormônios para corrigir o desequilíbrio. Usamos hormônio bioequivalente semelhante ao humano que produzimos, e ele é prescrito pelo médico na quantidade exata e aplicado sobre a pele com cuidados de micropartículas que possibilitem a penetração na pele. Percebemos nos balcões das nossas unidades, que o cliente chega revigorado e querendo continuar o tratamento percebendo o ganho que ele está tendo", comenta Ebert.
Ele ressalta que os investimentos contínuos nos seus cinco laboratórios garantem a qualidade dos medicamentos manipulados. "Nos nossos laboratórios a renovação de ar ocorre a cada três segundos. Quando a porta se abre, há diferença de pressão de uma área para outra, evitando que haja contaminação. Os profissionais, usam a paramentação adequada. Tudo de acordo com nosso Programa de Gerenciamento de Resíduos", explica o diretor.

 

Corrida das vacinas
06/04/2015 - Folha de S.Paulo

A corrida pela primeira vacina contra a dengue pode chegar ao final ainda em 2015. Por enquanto, ela é liderada pela multinacional francesa Sanofi.
A vacina, porém, tem eficácia de apenas 60,8% e precisa ser aplicada em três doses --a empresa não divulga a eficácia da primeira dose se tomada isoladamente.
Uma alternativa nacional, fruto de uma parceria entre o Instituto Butantan, o Hospital das Clínicas da USP e o NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA) corre atrás.
Não há previsão de quando ela poderá ser disponibilizada ao público. A vacina está atualmente começando os estudos de fase 3 --no jargão farmacêutico, o momento em que é avaliada a eficácia do produto em teste.
O infectologista da USP Esper Kallás, que coordena os estudos da vacina brasileira, afirma que o grande trunfo do produto em desenvolvimento é que ele deverá ser aplicado em apenas um dose.
Kallás afirma ainda que o produto da Sanofi não é igualmente eficiente contra todos os quatro subtipos de dengue. "No entanto, enquanto não temos vacinas, qualquer coisa que for útil tem que ser considerada."
A Sanofi rebate as críticas sobre a eficácia da sua vacina. Segundo a gerente médica Sheila Homsani, o importante é que o produto reduz em 95,5% o número de casos graves da doença. Ou seja, a vacina funciona especialmente para evitar os quadros clínicos mais perigosos.
Ela afirma que a Sanofi deve entrar nas próximas semanas com a documentação para poder iniciar a produção da vacina em sua fábrica, próxima à Lyon, na França.

TÉCNICA

A vacina da multinacional francesa tem como "esqueleto" o vírus da febre amarela. Ele tem sua superfície modificada artificialmente para se parecer com um vírus da dengue e gerar resposta imunológica na pessoa vacinada.
Já o consórcio de que faz parte o Butantan apostou em uma versão atenuada e modificada do vírus da dengue, que promete provocar uma resposta imunológica duradoura em quem é vacinado.
O poder público está entusiasmado com a utilização de vacinas. Para o secretário da Saúde de São Paulo, David Uip, o projeto do Butatan pode ajudar o Estado a reduzir o número de casos.
Arthur Chioro, ministro da Saúde, disse que pedirá à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) prioridade no andamento dos processos burocráticos ligados às vacinas contra a dengue.
Segundo Kallás, com o status de prioridade é possível ganhar de alguns meses até mais de um ano de desenvolvimento. A ideia é vacinar as pessoas ainda no fim desse ano para monitorá-las durante o verão, quando a incidência de dengue aumenta.
Em 2015 também devem começar as pesquisa de fase 3 da vacina da Takeda, multinacional japonesa. A estratégia é um vírus da dengue do subtipo 2 modificado.
Entre outras iniciativas, há o trabalho da farmacêutica britânica GSK com a Bio-manguinhos (da Fundação Oswaldo Cruz), que está iniciando os testes em humanos (veja acima). Outro projeto em que a Fiocruz está envolvida é a vacina do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), testada apenas em camundongos, mas com 100% de imunização.
Neste ano, o Estado de São Paulo já registrou mais de cem mortes por dengue, mais do que em todo o ano de 2014.


Brasil é pequeno no comércio mundial de medicamentos
06/04/2015 - Valor Econômico

O Brasil avançou quatro posições no ranking mundial das exportações de produtos farmacêuticos entre 2004 e 2014, ao passar do 65º para o 61º lugar em termos de participação dos medicamentos na pauta de vendas externas de um país. Com índice de 0,66%, porém, o Brasil ainda está bem atrás da média mundial para esse mercado, de 2,8%, segundo levantamento da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
De acordo com o presidente executivo da entidade, Antônio Britto, a falta de fôlego das exportações da indústria farmacêutica se reflete em déficit comercial crescente - hoje o Brasil responde pelo quinto maior déficit, com mais de US$ 6 bilhões. Olhando para a balança comercial local, a indústria farmacêutica responde pelo oitavo maior déficit, que representa 4,4% do saldo negativo do país.
"Há muitos obstáculos à competitividade do medicamento brasileiro no mercado mundial", diz o executivo. "O ponto central é que o déficit comercial é crescente, mas a razão não está no desequilíbrio das importações, que cresce menos do que em outros países", acrescenta.
Nos últimos dez anos, conta Britto, o volume de produtos farmacêuticos comercializados mundialmente (considerando-se exportações e importações) cresceu perto de 110%, enquanto a corrente de comércio farmacêutica do Brasil avançou 287%, alcançando US$ 1,6 bilhão em exportações e US$ 8,2 bilhões em importações. "O problema é que, embora as exportações brasileiras [de medicamentos] tenham crescido, o ritmo foi bem menor que a média mundial e hoje elas representam 0,31% do total exportado no mundo", aponta o presidente da Interfarma.
No ranking geral de exportação de medicamentos, o Brasil ficou em 27º lugar. Ao mesmo tempo, no de importações, o país ocupa a 16ª posição, com 1,54% da importação global. Para dar musculatura às vendas externas, afirma Britto, o Brasil deveria adotar medidas de estímulo à produção de insumos, que hoje são importados maciçamente. Em 2011, as exportações brasileiras de insumos estavam na casa de US$ 800 milhões. Em 2014, caíram a US$ 560 milhões - no mesmo ano, as importações desse tipo de produto totalizaram US$ 2,7 bilhões, frente a US$ 1 bilhão em 2005.
Outro item que poderia constar da pauta de exportações, os medicamentos básicos não teriam condições de concorrer com importantes fornecedores globais, como a Índia. "Esse mercado se tornou de commodity, já que não há mais a proteção de patente, e o genérico brasileiro não tem preço para enfrentar o produto indiano, por exemplo", cita o executivo, acrescentando que, diante do tamanho do mercado farmacêutico doméstico, políticas de incentivo às vendas externas de remédios produzidos localmente não foram tratadas como prioridade.
A conclusão, conforme Britto, é que o Brasil teria de fomentar as exportações - restringir as importações seria reduzir o acesso a medicamentos -, com maior oferta e preço mais baixo do que a concorrência internacional. E uma potencial solução passaria pela retomada da produção local de insumos.




Líder da Bayer quer ver dona da Aspirina mais ágil e aberta a riscos
06/04/2015 - Valor Econômico

A Bayer AG sempre foi um nome importante para os consumidores, que associam sua cruz icônica com analgésicos. Poucos sabem que a linha de produtos da gigante farmacêutica alemã também inclui inúmeras outras marcas.
O diretor-presidente da Bayer, Marijn Dekkers, quer mudar essa percepção.
Desde que assumiu o comando, em 2010, Dekkers tem chacoalhado a cultura tradicional dessa empresa fundada há 150 anos, exigindo, por exemplo, que os chefes de divisão tenham formação em marketing em vez de diplomas científicos. Ele liderou o lançamento de cinco novas drogas que tiveram sucesso de venda e fortaleceu a divisão de medicamentos sem prescrição com a compra da unidade de atendimento ao consumidor da americana Merck & Co.
Agora, o executivo de 57 anos, que nasceu na Holanda e estudou e trabalhou nos Estados Unidos, está preparando o desmembramento da divisão de plásticos especiais, um negócio de US$ 10 bilhões, como parte de um esforço mais amplo da Bayer para se concentrar em seus segmentos de saúde e agricultura.
Depois de ter passado 25 anos de sua carreira nos EUA, Dekkers diz que sua prioridade na Bayer tem sido implantar uma cultura que preza pela rapidez, capacidade de adaptação e mais disposição para correr riscos.
As empresas americanas geralmente operam com uma "regra de 80-20", disse ele numa entrevista recente ao The Wall Street Journal, sugerindo que elas começam a executar ideias com apenas 80% dos dados necessários em mãos. "Aqui [na Alemanha], para ser gentil, tínhamos no início uma regra de 99-1. E eu estou sendo gentil."
Dekkers sugeriu que a aversão da Bayer ao risco está enraizada no medo que os alemães têm de fracassar. De modo mais amplo, essa sensibilidade explica a falta de uma "mentalidade de capital de risco" que estaria afetando a competitividade global do país, de acordo com ele.
Ávido jogador de tênis, Dekkers diz que, quando morava em Boston, metade dos amigos com quem jogava eram capitalistas de risco. Depois de cinco anos morando na Alemanha, diz ele, "ainda estou para encontrar o primeiro parceiro de tênis que seja um investidor de risco".
A Bayer é hoje a maior companhia em valor de mercado - 118 bilhões de euros (US$ 128 bilhões) - do índice de ações DAX-30 das empresas mais negociadas ("blue chips") da Alemanha e deve manter essa posição depois do desinvestimento na unidade de plásticos. Ela tem 118 mil funcionários ao redor do mundo e registrou receita de 42,2 bilhões de euros em 2014.
A divisão de plásticos, chamada Material Science, poderia ser desmembrada diretamente para os acionistas, mas Dekkers sugeriu que a abertura de capital seria preferível porque geraria dinheiro. Segundo ele, a dívida de 20 bilhões de euros da Bayer "não é um número impossível", mas limita a "flexibilidade" financeira. Reduzir dívida "é sempre bom", diz.
Os planos de vender a Material Science começaram há um ano. Nas discussões dos executivos sobre a estratégia da empresa, ficou claro que a unidade exigiria grandes investimentos de capital para se manter competitiva. "Eu disse: 'Podemos simplesmente não fazer mais isso'", lembra Dekkers, ressaltando que investimentos nas áreas de ciências agrícolas e médico-farmacêutica geram retornos muito maiores.
A divisão de ciências agrícolas da Bayer, a Crop Science, registrou um lucro antes de juros e impostos de 1,81bilhão de euros no ano passado, enquanto o da farmacêutica e médica, chamada Health Care, foi de 3,58 bilhões de euros, resultado impulsionado pelas vendas de cinco novos remédios com prescrição médica. Entre eles, estão o Xarelto, para prevenção de derrames e formação de coágulos em pacientes com arritmia do coração, e o Eylea, para tratamento oftalmológico, ambos já vendidos no Brasil. Os outros são o Stivarga e o Xofigo, para combate ao câncer, e o Adempas, para hipertensão pulmonar. Os cinco geraram vendas conjuntas de 2,9 bilhões de euros no ano passado, valor que deve subir para 4 bilhões de euros em 2015.
A divisão Material Science - que produz policarbonato, poliuretano e outros polímeros usados em produtos que vão de laptops a bolas de futebol - contribuiu com um lucro antes de juros e impostos de apenas 555 milhões de euros, ante 1,04 bilhão de euros de 2007.
Ainda assim, alguns analistas duvidam que as drogas da Bayer hoje em desenvolvimento terão o mesmo poder de venda dos lançamentos recentes. Mas a Bayer estima que pelo menos três novos remédios que estão na fase intermediária de testes clínicos avancem este ano, incluindo dois para insuficiência cardíaca crônica. "Dados importantes são esperados" desses testes, diz Ali Al-Bazergan, analista do Datamonitor Healthcare em Londres.
Al-Bazergan diz que a divisão farmacêutica da Bayer deve se beneficiar de novas sinergias à medida que o grupo se torna uma empresa de ciências da vida mais integrada.
Investidores têm recebido bem as iniciativas de Dekkers para tornar a Bayer mais enxuta. A cotação da ação atingiu o recorde de 145,85 euros em meados de março, uma valorização de cerca de 60% nos últimos 12 meses.
"Definitivamente, Dekkers está escutando os acionistas", diz Odile Rundquist, analista da Helvea SA, do Baader Bank Group.
"A [unidade] Material Science realmente não se encaixa numa empresa de ciências da vida", diz Markus Manns, gestor de carteira da Union Investment Privatfonds GmbH, uma acionista da Bayer.
A estratégia da Bayer está em linha com uma tendência crescente na indústria farmacêutica, diz Rundquist, observando que a suíça Novartis AG e a britânica GlaxoSmithKline PLC também adotaram caminhos semelhantes recentemente.
Dekkers diz que, inicilamente, enfrentou resistência à separação por parte dos representantes dos funcionários no conselho supervisor, que estavam preocupados com a manutenção dos 17 mil empregos da divisão. Ele acabou conseguindo a aprovação dos dez representantes ao garantir o atual número de empregos por alguns anos, diz.
O plano de venda ocorre depois da aquisição da unidade da Merck, que permite que a Bayer cresça na área de remédios sem prescrição médica e coloque sua marca em uma série de produtos, desde o antialérgico Claritin até o protetor solar Coppertone.
A aposta de Dekkers na unidade da Merck é de que a rede global de vendas ao consumidor da Bayer abra caminho para seus novos produtos americanos em outros países, enquanto consolida a marca Bayer nos EUA.
Marca é algo importante para Dekkers, que lembra que, quando começou a trabalhar na Bayer, pensou que o único produto sem prescrição da empresa "fosse apenas a Aspirina".
O executivo, que deve deixar o cargo no fim de 2016 e voltar para os EUA, diz que o objetivo de sua gestão é achar o equilíbrio certo entre as estratégias empresariais americana e alemã. "Torná-la mais 90-10 do que 80-20 ou 99-1 é muito importante", diz.
 


Dividir para multiplicar
06/04/2015 - IstoÉ Dinheiro

Diz o ditado que a união faz a força. Para o grupo farmacêutico americano Abbott, no entanto, trata-se de uma tirada ultrapassada. Em 2013, a companhia foi dividida em duas empresas independentes. A Abbott ficou com a fabricação de medicamentos antigos, com patente expirada, e outros negócios no setor de saúde. A Abbvie, com bio-medicamentos e fármacos patenteados. Com isso, ambas deram um salto gigantesco em valor de mercado. O motivo, segundo Juan Carlos Gaona, presidente da Abbott no Brasil, está na especialização. "Ficou muito mais claro quais são os objetivos de cada uma das áreas de negócio", afirma Gaona. Desde então, as ações da companhia se valorizaram em 21% na bolsa de Nova York e, somando os papéis da Abbvie, ultrapassaram a barreira dos USS 100. Juntas, o valor de mercado da Abbott e da Abbvie chegou a US$ 163 bilhões, neste ano, mais do que o triplo dos USS47 bilhões, em 2012, no período anterior à separação. "Se eles não tivessem feito esse movimento, hoje estariam perdendo mercado", afirma Israel Nena, analista de saúde da cônsul toria Frost & Sullivan.
No Brasil, a divisão foi concluída há um ano e os resultados já começam a aparecer. No ano passado, a Abbott faturou USS 508 milhões no País, um aumento de 8% em comparação a 2013. "Foi um ano bom para nós", diz Gaona. "Esperamos manter o desempenho, apesar das dificuldades da economia." Segundo ele, desde 2010, o Abbott vem apostando nos mercados emergentes, como o Brasil. Outra mudança promovida por esse processo foi o fortalecimento dos outros negócios não vinculados ao setor de medicamentos que exigem receita, que passaram a responder por mais de 80% do faturamento global. Os produtos nutricionais, responsáveis por 34% das vendas no mundo, são um dos principais focos da Abbott no País. "Apesar de estarmos presentes em apenas 12 mil das 68 mil farmácias, atingimos 65% do mercado brasileiro", diz Gaona. "De qualquer forma, precisamos dar mais visibilidade à marca". Na área de diagnósticos, que responde por 23% do faturamento global, a empresa conta em seu portfólio com clientes como os laboratórios Dasa e Fleury. E ainda há o departamento de dispositivos médicos, com 27% das vendas, com produtos como os stents e medidores de glicose.
Já a Abbvie, que ganhou maior atenção dos investidores e tem o maior valor de mercado (USS 93 bilhões), ainda precisa fazer seus negócios deslancharem no Brasil. Desde a divisão, a companhia continua do mesmo tamanho, em torno de US$ 435 milhões de faturamento, em 2013 e 2014. A burocracia para registrar medicamentos no País levou-a a adiar, por um ano, o processo de separação dos negócios, em relação aos Estados Unidos. Procurada, a Abbvie não se pronunciou.



Pesquisa e Desenvolvimento

 

Tecnologia promete diagnóstico barato e rápido sobre câncer
06/04/2015 - O Globo

Com a combinação de um smartphone, (análise de dados), uma tecnologia aberta de baixo custo e pequena quantidade de uma solução química, a start-up Miroculus pretende revolucionar a forma como diagnósticos de câncer são realizados em todo mundo — especialmente em países subdesenvolvidos. Apresentada pela primeira vez em outubro do ano passado, durante a conferência TEDGlobal 2014, no Rio, a promissora solução já tem um protótipo e pode chegar a um formato adequado ao mercado em 18 meses.
— As técnicas de diagnóstico desse tipo de doença já existem, mas são soluções caras e invasivas, cujo acesso normalmente costuma ser maior por pessoas de classes sociais mais elevadas. Nosso objetivo é oferecer uma forma de diagnóstico prática, de baixo custo e menos invasiva — afirma Alejandro Tocigl, cofundador e diretor-executivo da Miroculus.
A tecnologia se baseia na análise de moléculas microRNAs contidas em nosso sangue. Essas moléculas têm como principal função a regulação do processo de expressão dos genes, mas também podem servir como indicativo para alterações em nosso organismo. Um paciente com câncer de pulmão, por exemplo, possui uma determinada combinação de microRNAs em seu sangue que pode ser utilizada para identificar a sua condição.
— Nossa plataforma engloba três partes importantes: nossa molécula química, para a detecção dos microRNAs nas amostras sanguíneas; o dispositivo onde a reação química aconte-
Aparelho e celular analisam moléculas para chegar a diagnóstico ce, que pode ser montado com tecnologia aberta e de baixo custo, por não mais de US$ 100; e nossa base de dados digitais na nuvem, usada pelo software que desenvolvemos para fazer o diagnóstico — explica Tocigl.

RESULTADO EM 60 MINUTOS

O funcionamento da solução é simples. Seu operador deve extrair uma pequena amostra de sangue do paciente, que é então colocada numa placa preenchida com o composto químico desenvolvido pela start-up, e dentro de um cilindro feito com uma impressora 3D. Um smartphone é então acoplado à máquina, e um aplicativo que controla a câmera do aparelho procura identificar a presença de até 96 tipos de microRNAs na amostra sanguínea.
Os padrões dessas moléculas encontrados são então comparados com a base de dados da Miroculus na nuvem e, cerca de 60 minutos depois do início do processo, o aplicativo no celular indica para a pessoa se ela possui possui uma determinada doença e qual o seu estágio.
Proclamada pelo curador do TEDGlobal Cris Anderson “como uma das mais excitantes demos da história da conferência”, a tecnologia da Miroculus surgiu a partir da combinação de talentos distintos no programa Singularity University, mantido pela Nasa e pelo Google. A incubadora desafia empreendedores e profissionais de áreas variadas a desenvolverem ideias para tratar de problemas globais. Para o empreendedor Thiago Matos, fundador da escola de atividade criativa Perestroika, e que também participou da Singularity University, ao aliar diferentes tecnologias de forma acessível, a solução da Miroculus, apesar de ambiciosa, tem potencial:
— Assim como a maioria das pessoas, já perdi parentes por câncer e fico imaginando se eles ainda não estariam por aqui caso esta solução não existisse há mais tempo.

 

 
Ministérios querem criar cursos em 22 cidades
03/04/2015 - O Estado de S.Paulo

Os Ministérios da Saúde e da Educação anunciaram ontem um edital para a abertura de 1.887 vagas em cursos de Medicina em instituições privadas, em 22 cidades de 8 Estados das Regiões Norte, Nordeste. A iniciativa é parte do Programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal em 2013, e visa a selecionar previamente os locais onde deve haver aumento de oferta de vagas.



Genética Global
06/04/2015 - Folha de S.Paulo
Colunista: Maria Cristina Frias

A subsidiária brasileira da Genzyme, empresa de biotecnologia do grupo Sanofi, integrará uma pesquisa global da companhia para o desenvolvimento de uma nova geração de medicamentos para enfermidades raras.
A droga deverá ser destinada a pessoas com as doenças de Gaucher tipo 3 e de Fabry, dois distúrbios genéticos. Também há expectativa de que possa servir para o tratamento de Parkinson.
"Dependendo dos resultados do estudo, se forem fortes e rápidos, eu acredito que nos próximos quatro ou cinco anos a pesquisa poderá estar concluída", diz David Meeker, CEO e presidente mundial da companhia.
A Genzyme também lançou no Brasil em março dois novos medicamentos para esclerose múltipla. "Já estão no mercado, aprovados pela Anvisa. O próximo passo agora é serem incorporados ao SUS", afirma Eliana Tameirão, presidente da empresa no país.
Todos os remédios comercializados pela marca no Brasil são importados. "Eles são destinados a pequenas populações, então dificilmente há condições de termos um modelo com múltiplas fábricas pelo mundo", afirma a executiva.
5.300 é o número de funcionários no Brasil do grupo Sanofi, ao qual pertence a Genzyme
€ 2,6 BILHÕES foram as vendas globais da Genzyme em 2014, o que equivale a R$ 8,8 bilhões
 

Saúde

 

Feira da Saúde oferece atendimento gratuito em São Paulo
06/04/2015 - DCI

A 17ª edição Feira da Saúde da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) será amanhã (7/4), das 8h30 às 17h, no Pátio do Colégio, centro da capital paulista. Neste ano, 500 pessoas oferecerão cerca de 30 especialidades para atendimento médico à população paulista neste dia. / Agências.

 


 

Após câncer, paciente busca vida saudável utilizando apps de celular
05/04/2015 - Folha de S.Paulo

O italiano Federico Viticci, 26, enfrentou um linfoma no estágio mais avançado. Depois de um ano de quimio e radioterapia, o câncer entrou em remissão. Para aproveitar essa "segunda chance", Viticci decidiu adotar um estilo de vida mais saudável com a ajuda de aplicativos para smartphone.
Viticci vive em Roma e é editor do site macstories.net, criado em 2009, onde publica diariamente notícias sobre a Apple –segundo ele, de modo independente, sem receber dinheiro da empresa.

Leia abaixo o seu depoimento.

*
No verão de 2011, eu não estava bem. Em seis meses tinha perdido muito peso, estava fraco, tinha dores de cabeça e febre o tempo todo.
Por um bom tempo pensei que não era nada. Eu tinha 23 anos e achava que nada poderia acontecer comigo. Mas, como não melhorava, em novembro decidi ir ao médico.
Depois de uma biópsia, diagnosticaram linfoma de Hodgkin no estágio 4, o mais avançado. Esse câncer atinge as células do sistema imunológico, mas no meu caso já tinha chegado ao pulmão direito. Fui estúpido, demorei demais para procurar ajuda.
Comecei a quimioterapia imediatamente, em janeiro de 2012. Nas primeiras sessões, surpreendentemente me senti bem. Pensava: "Não é tão ruim quanto parece".
Mas um mês depois começou a ficar pesado, os efeitos colaterais apareceram. Logo após as sessões me sentia tão fraco que não conseguia sair da cama. Tentei três protocolos de quimioterapia, oito sessões no total. Não funcionou.
Então tive que partir para uma quimioterapia mais radical, seguida por um transplante de células-tronco retiradas do meu próprio sangue. Em agosto de 2012, fiquei três semanas no hospital.
Após um mês, o câncer ainda não tinha sumido completamente. Fiz radioterapia. Em fevereiro de 2013, tive o primeiro negativo. O câncer sumiu.
Aí me senti invencível. Pensei: "Fiz quimio, radioterapia, essas coisas horríveis, e venci, nada pode me atingir".
Outra vez, fiquei desatento com a saúde. Não fazia exercícios, não comia direito, ganhei peso. Não tinha fôlego para subir dois lances de escada.
No ano passado, em junho, decidi por fim ao sedentarismo. Não dava mais, era como se eu tivesse desperdiçando a segunda oportunidade que me foi dada na vida.
Tenho iPhone desde 2008, mas nunca tinha me interessado por aplicativos que rastreiam nossas atividades. Baixei vários para monitorar tudo: o que comia e bebia, quanto me movimentava, como dormia. Comecei a levar isso a sério. Se ia comer arroz, escaneava o código de barras no aplicativo Lifesum, que mostra as calorias ingeridas.Pode ser chato no começo, meus amigos me diziam que eu estava louco, mas não me incomoda. Gasto só alguns minutos do dia e pronto.
Para os exercícios, comecei a usar um aplicativo chamado FitStar, que recomenda rotinas de atividades, mostra quantas calorias já queimei e me motiva todos os dias.
Não fui à nutricionista nem à academia. Só seguindo os conselhos dos aplicativos comecei a comer melhor e a me exercitar mais. Eu sempre fui uma pessoa que eu precisava ver os resultados, as estatísticas. O celular é meu técnico, meu personal trainer.
Em nove meses perdi dez quilos e cheguei ao meu peso ideal, minha massa muscular aumentou e mudei a minha alimentação. Não como mais fast food, não bebo refrigerante nem álcool, não belisco mais à tarde. Tento cozinhar em vez de comprar comida pronta. Minha alimentação ficou mais verde.
Com o aplicativo que monitora o sono (Pillow) percebi que quando eu durmo demais não me sinto bem durante o dia. Mais do que sete horas e meia só me deixa cansado. Mas, se eu me exercitar, em vez de me sentir cansado, me sinto com energia.
Só descobri isso graças ao celular. Temos tendência a nos esquecer, a não prestar atenção. Os aplicativos nos fazem ver como estamos vivendo.
Quando fiquei mais saudável, procurei histórias de pessoas que venceram o câncer e mudaram os hábitos. Não encontrei quase nada. Depois que publiquei na internet um texto sobre a minha experiência, muita gente me procurou. 



Plantão Médico: Mais um desafio
04/04/2015 - Folha de S.Paulo
Colunista: JULIO ABRAMCZYK

A doença pelo vírus Chikungunya, presente em nosso meio, representa mais um desafio para as autoridades sanitárias.
Ela foi assinalada pela primeira vez em 1950 no Platô Makondo, fronteira da Tanzânia e Moçambique, na África. Há dois anos aportou nas ilhas do Caribe, de onde possivelmente chegou ao Brasil.
Esse vírus é similar ao da dengue, é disseminado pelos mesmos mosquitos e ainda não tem vacina autorizada ou tratamento antiviral.
Em recente número da Revista Brasileira de Epidemiologia, Maria Rita Donalisio e André R. Ribas Freitas, da Unicamp, relatam que, apesar dos sintomas semelhantes, a Chikungunya chama a atenção pela inflamação e dor em várias articulações (poliartrite/artralgia). A melhora surge após dez dias, mas a poliartrite pode durar meses após o quadro febril.
Outras diferenças, segundo eles, estão na maior proporção dos casos sintomáticos (maior que 90%), menor tempo de incubação no doente (2 a 7 dias), maior período de viremia (2 dias antes e 10 dias depois da febre) e maior tempo de incubação no mosquito.
O desafio, concluem os autores do estudo, é a ocorrência de epidemias simultâneas, o que dificulta o manejo clínico em razão de peculiaridades da dengue e da febre do Chikungunya.
Daí a necessidade de inclusão da doença em diagnósticos clínicos diferenciais com outras, o que implica em intensa divulgação entre as equipes de saúde de todo o Brasil.
 
 


Pacote de cigarro terá novo aviso sobre riscos do fumo.
03/04/2015 - Folha de S.Paulo

Embalagens de cigarro terão uma nova advertência sobre os riscos de fumar. O novo alerta, que aumenta o cerco ao tabagismo, foi aprovado nesta quinta-feira (2) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Com a mudança, cerca de 30% da parte da frente da embalagem deverá ser ocupada pela mensagem "Esse produto causa câncer. Pare de fumar, disque 136" -o número é uma referência ao sistema de ouvidoria do SUS.
O novo modelo prevê que a frase seja escrita em letras brancas dentro de um fundo preto, e localizada logo abaixo da marca do produto. Hoje, maços de cigarro já possuem alertas na parte de trás da embalagem e em uma de suas laterais.
A alteração nas embalagens já estava prevista no decreto que regulamenta a lei federal antifumo, que entrou em vigor em dezembro e proíbe fumar em lugares total ou parcialmente fechados. Faltava, no entanto, definir como seria o modelo e a mensagem.
Fabricantes terão até dia 1º de janeiro de 2016 para se adaptarem às mudanças. A partir deste data, os produtos já devem ser comercializados com o novo alerta.
A norma também proíbe qualquer tipo de invólucro que impeça ou dificulte a visualização da advertência.

PUBLICIDADE

A mudança atende uma antiga reivindicação de associações contra o tabagismo, para quem a parte da frente do maço têm sido usada pelas indústrias como forma de driblar as restrições e garantir a publicidade dos produtos nos pontos de venda.
"A advertência, quando somente em uma das faces [da embalagem], nunca é exposta pela indústria na hora de vender o produto", afirma Paula Johns, diretora da ACT (Aliança de Controle do Tabagismo).
Ela lembra que a maioria dos outros países, como o Uruguai, Chile e Austrália, já possuem alertas em mais de um lado da embalagem. "Como temos essa brecha que permite a publicidade, é bom que o outro lado não fique tão limpinho só com a marca, como é atualmente", completa.
Em nota, a Abifumo (Associação Brasileira da Indústria do Fumo) diz considerar que foi demorado o processo em definir o conteúdo da advertência adicional, "o que dificultará o cumprimento da obrigação legal" devido à "complexidade do processo de fabricação".
E faz críticas à medida. Para a indústria, a medida pode fortalecer o mercado ilegal de cigarros, que corresponde a cerca de 30% do consumo no país, informa.
"Vale ressaltar que a inclusão desta nova advertência reduz ainda mais o espaço para a comunicação das marcas, uma vez que as outras três faces já são ocupadas por advertências e informações legais, em prejuízo do direito à informação do consumidor e da livre iniciativa", diz.

IMAGENS

Além do novo modelo de advertência, a Anvisa pretende realizar um estudo para substituir as imagens que constam na parte de trás do maço de cigarros.
A avaliação é que as atuais já são conhecidas do público e, assim, podem ter menos impacto. A previsão é que as mudanças ocorram até 2018.
No ano passado, o órgão também chegou a fazer estudos de um modelo de maço de cigarros genérico, com uma cor única, sem elementos gráficos ou decorativos, tampouco textura ou relevo.
A proposta previa ainda uma embalagem coberta por imagens e frases de advertência na maior parte da superfície. A sugestão, no entanto, não chegou a ser enviada ao Congresso -medida necessária para que a alteração pudesse ir adiante.
 
 
 


Campinas confirma 15 mil casos de dengue e três mortes.
03/04/2015 - Folha de S.Paulo

Campinas (a 93 km de São Paulo) confirmou 14.901 casos de dengue e mais duas mortes pela doença --totalizando três-- do começo do ano até esta quinta-feira (2).
O número é 57,8% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (9.440), quando a cidade foi recordista da doença em todo o Estado de São Paulo.
Diante da epidemia, o secretário municipal da Saúde, Carmino Antonio de Souza, afirmou que o mais importante no momento é a preservação da vida.
Segundo ele, das 64 UBSs (unidades básicas de saúde) do município, 20 estão com atendimento exclusivo para vítimas da dengue. Há áreas só para hidratação dos pacientes infectados.
Nesta quarta (1º), chegou a faltar insumo hospitalar para a aplicação de soro nos pacientes na UBS Padre Anchieta. O problema foi resolvido rapidamente, diz Souza, com o "empréstimo" de uma unidade de saúde ali perto.
"É uma epidemia sem precedentes em todo o Estado de São Paulo. O que mais importa neste momento é a preservação da vida e nossos times estão preparados para isso."
A primeira morte pela doença foi um homem de 78 anos. As outras duas confirmadas são de uma mulher de 53 anos e de outro homem de 25 anos.
Outras seis mortes suspeitas estão sob averiguação.

CAUSAS

Em nota, a prefeitura informou que a situação climática foi determinante para a epidemia. O forte calor e a escassez de água foram citados como favoráveis para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
O município ganhou reforço de 48 homens do Exército e de 41 guardas municipais. Os militares atuam na colocação de redes de proteção em caixas-d'água. Já os guardas ajudam na remoção de criadouros.
De acordo com o secretário, as ações de combate a criadouros e o bloqueio químico, por meio de nebulizações de inseticidas, continuarão. A região sul da cidade lidera os casos da doença, seguido pelas regiões norte, leste, sudoeste e noroeste.
 
 


Guarulhos decreta emergência por dengue
03/04/2015 - O Estado de S.Paulo

O município de Guarulhos, na Grande São Paulo, decretou situação de emergência na saúde pública, por causa dos casos de dengue. A cidade registra um índice de 175 casos para cada 100 mil habitantes – ainda inferior à media estadual, que é de 227 casos por 100 mil habitantes, conforme balanço mais recente. Segundo a Secretaria de Saúde do município, o decreto tem caráter preventivo.
“Justamente para evitar que a cidade venha a ter uma epidemia de dengue (mais de 300 casos por 100 mil habitantes).”
 
 


Bem feito
06/04/2015 - IstoÉ

Um marco da medicina nacional será notícia destacada no próximo exemplar da conceituada revista "Transplantation Proceedings". Em dez anos realizou-se aqui 2.443 transplantes renais pediátricos. Coordenadora do trabalho no País, Clotilde Druck revela que as crianças e adolescentes beneficiadas tinham em média 12 anos - o paciente mais novo, com um ano pesava 5kg.
 


Quem ganha?
06/04/2015 - IstoÉ

O ministro Arthur Chioro quer deixar as águas se acalmarem para compor a diretoria da Anvisa. Sua preferência é pelo também sanitarista Jarbas Barbosa, que deseja ver presidindo a agência. É opção técnica aplaudida pela indústria, cansada do loteamento político no órgão. Contudo, o seu antecessor no governo Lula, o deputado Saraiva Felipe (PMD-MG), ligado a Eduardo Cunha, quer o ex-diretor Agenor Alves no comando, enquanto o senador Eunício Oliveira apadrinha a candidatura do atual diretor Renato Porto Alencar. A briga vai se intensificar. Esse mês, uma segunda vaga se abrirá na Anvisa, com o fim do mandato de Jaime Oliveira.



Dívida faz mal à saúde
06/04/2015 - Folha de S.Paulo

No dia em que o microempresário notou um zumbido insistente no ouvido a caminho do banco para tentar negociar parte de uma dívida de R$ 40 mil, decidiu procurar um médico.
"Achei que fosse o motor do ônibus em que estava. Desde então, o barulho não sai da minha cabeça."
O empresário, que não quis ser identificado, ficou surpreso com o diagnóstico: estresse causado pelos débitos aparentemente sem solução.
Casos assim são mais comuns do que se imagina e tendem a aumentar em cenário de preocupação com inflação e desemprego.
No ambulatório do Hos- pital das Clínicas, em São Paulo, a psicóloga Tatiana Filomensky, coordenadora do grupo de compradores compulsivos, afirma que, hoje, três novas pessoas procuram o consultório por semana com queixas de ansiedade, angústia e depres- são relacionadas a problemas financeiros.
Nos últimos cinco anos, afirma, o número de atendimentos mais que dobrou.
"Quase todos os meus pacientes estão com dívidas que não conseguem pagar, e a consequência é o impacto na vida pessoal."

SEPARAÇÃO

Entre os efeitos comuns, estão brigas em casa, separações, descontrole emocional e problemas no trabalho.
"Com o estímulo ao consumo e a oferta de crédito dos últimos anos, o cenário se tornou propício ao endividamento, sem que houvesse uma educação financeira da população", diz Hermano Tavares, professor do Departamento de Psiquiatria da USP.
O consultor financeiro Mauro Calil diz que os mecanismos de cobrança também estão mais pesados: ligações no trabalho e em casa diariamente, e-mails e mensagens no celular, além do antigo hábito dos cobradores na porta. "E parcelas de dívidas que até poderiam ser pequenas ficaram mais pesadas pela inflação e pelo desemprego."
Para Hermano, da USP, as pessoas que desenvolvem problemas de saúde estão "em uma situação-limite".

DESINTOXICAÇÃO

O consultório médico não é o único caminho para consumidores superendividados em busca de ajuda.
Há grupos de ajuda no estilo do A.A. (Alcoólicos Anônimios), como o D.A. (Devedores Anônimos), nas cidades de São Paulo, do Rio, de Londrina, no Paraná, de Fortaleza, no Ceará, e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
 


 



 

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