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CLIPPING 27/03/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

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Medicamentos

 


Sanofi pode lançar vacina contra dengue no Brasil até 2016
27/03/2015 - Valor Econômico


A francesa Sanofi tem pronta uma a vacina contra a dengue, que protege contra os quatro tipos de vírus e que a empresa espera disponibilizar no Brasil entre o fim deste ano e o início de 2016.
O medicamento, desenvolvido pela divisão Sanofi Pasteur, depende de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A situação da doença é especialmente complicada no Estado de São Paulo, onde foi registrado o maior número de casos no país desde janeiro.
Segundo o Ministério da Saúde, dos 224 mil casos de dengue ocorridos no país até o início de março ¬ o que equivale a crescimento de 162% na comparação com o mesmo período de 2014 ¬, 123 mil foram registrados em São Paulo.
Além da Sanofi, o Instituto Butantan, em parceria com o americano National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIH), e o laboratório japonês Takeda trabalham em vacinas que estão em estágio de desenvolvimento anterior ao da Sanofi e devem entrar, em breve, na fase 3 de testes clínicos, a última antes do lançamento. "É um processo longo e complexo, porque há necessidade de cumprir várias fases de pesquisa para garantir segurança e eficácia", conta a gerente do departamento médico da Sanofi Pasteur, Sheila Homsani.
O desenvolvimento da vacina contra dengue pela Sanofi exigiu 20 anos de pesquisas, na França, e o produto final parte de outra vacina, usada contra a febre amarela. De acordo com Sheila, essa vacina, disponível há 30 anos, é produzida com o vírus vivo enfraquecido revestido com quatro antígenos ¬ de cada um dos tipos de vírus da dengue ¬, que são reconhecidos pelo sistema imunológico. "Essa é uma tecnologia bem complexa, de vacina de vírus vivo enfraquecido e recombinada com o vírus da dengue", explica. "É como se tivéssemos recheado o vírus da dengue com a vacina da febre amarela".
A Sanofi já tem uma fábrica dedicada à produção da vacina, em Neuville¬surSaône, perto de Lyon, na França, com capacidade para 100 milhões de doses por ano. A fabricação já foi iniciada, mas a disponibilidade da vacina ainda depende da aprovação de agências reguladoras dos diferentes países que serão atendidos. No Brasil, a expectativa é a de que toda a documentação necessária à aprovação do medicamento seja encaminhada à Anvisa até o fim deste semestre. Na Malásia, o dossiê já seguiu para a análise da agência reguladora local.
De acordo com a especialista, o desenvolvimento clínico da vacina envolveu cerca de 20 estudos e mais de 40 mil participantes em 15 países. Um dos estudos da fase 3 foi realizado em cinco países da América Latina, entre os quais o Brasil, com mais de 20 mil crianças e adolescentes e mostrou redução de 60,8% no número de casos de dengue entre a população vacinada, atestando a eficácia do medicamento contra os quatro tipos de vírus.
Os resultados do estudo, que compreendeu também o Caribe, foram publicados em novembro. "Também conseguimos reduzir os casos graves em 95,5% e em 80,3% o risco de hospitalização, o que significa que leitos em hospitais poderiam ser liberados para outros doentes", afirma Sheila, acrescentando que a eficácia da vacina, que deve ser aplicada em três doses a cada seis meses, está diretamente relacionada à capacidade de proteger contra os quatro tipos de vírus. "A vacina está pronta e temos estoque. Como a situação do país preocupa, temos a certeza de que a Anvisa quer resolver essa situação, mas só agência mesmo para dizer quando haverá lançamento." O laboratório japonês Takeda, por sua vez, está estudando uma vacina tetravalente contra a dengue baseada em uma forma atenuada do próprio vírus, da dengue 2 (DENV-2), que fornece o esqueleto genético para os demais vírus da doença. "A vacina tetravalente contra a dengue da Takeda está atualmente em fase avançada de estudos para testar a sua eficácia e segurança e entrará em fase 3 de testes clínicos em breve", informa a farmacêutica.
A fase 3 envolve um número bem maior de participantes que a fase anterior, podendo chegar a dezenas de milhares, como foi o caso do projeto da Sanofi Pasteur. No Butantan, a vacina, que assim como a da Takeda é feita com o próprio vírus da dengue, está na fase 2 de pesquisa e deve chegar à seguinte ainda neste semestre.
De acordo com Sheila, da Sanofi, a chegada do inverno deve amenizar os números da dengue no Sudeste. No Nordeste, porém, é justamente nesse período que começa a haver crescimento dos casos. "Preocupante também é o fato de que, para esses mais de 200 mil casos registrados, há outros 300 mil casos de pessoas que se infectaram e não sabem que têm dengue porque os sintomas são moderados", afirma.




Brasil Pharma lança plano para reconquistar mercado
27/03/2015 - Valor Econômico


A teleconferência com analistas para discutir o balanço da Brasil Pharma no quarto trimestre feita ontem foi marcada por simbolismos. Logo no começo da apresentação, o agora ex-executivo-chefe da companhia, José Ricardo Mendes da Silva, falou da conclusão da primeira fase da reestruturação da empresa, focada na criação de controles e na disciplina operacional.
Na sequência, ele passou o bastão ao sucessor, Paulo Gualtieri, ex-executivo do Pão de Açúcar que comandará a Brasil Pharma no que eles classificaram como uma nova fase, voltada à melhoria das vendas nas mais de 1,2 mil farmácias das cinco redes. A mudança no comando havia sido antecipada pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, semana passada.
Toda esse rito tem razão de ser. A companhia controlada pelo banco BTG precisa dar uma resposta a investidores e analistas, descontentes com o desempenho. Só nos primeiros três meses do ano, suas ações perderam mais de 70% de valor. A Raia Drogasil apresenta valorização de quase 10% no período. O Ibovespa, principal índice da bolsa, sobe mais de 1%.
A Brasil Pharma também anunciou a contratação da consultoria Enéas Pestana & Associados, do ex-presidente do Pão de Açúcar, para melhorar as vendas das farmácias.
Gualtieri é um dos 35 sócios de Pestana na empreitada e deixará o dia a dia da companhia para se dedicar à Brasil Pharma. No momento, 12 consultores estão atuando na rede. O trabalho de diagnóstico durará dois meses. A implementação das medidas sugeridas levará outros 18.
Outro ponto importante da nova fase da companhia são dois estudos que serão apresentados em um prazo de 30 dias. Um deles balizará o processo de integração da rede Big Ben, que atua no Nordeste, ao restante dos negócios do grupo. O outro formatará uma nova estrutura de capital para sustentar o crescimento do grupo.
Comprada há três anos, a Big Ben é responsável por metade da receita do grupo ¬ que ficou praticamente estável no 4º trimestre, em R$ 901,8 milhões, contra R$ 893,7 milhões no mesmo período de 2013 ¬ e opera numa estrutura administrativa independente, o que faz com que tenha grande peso nas despesas do grupo.
Na teleconferência, os executivos destacaram várias vezes que o enxugamento dessa estrutura e o melhor reconhecimento dos resultados da rede serão pontos fundamentais para a melhoria do desempenho em 2015.
Em 2014, a companhia ampliou em mais de 300% o prejuízo, chegando a R$ 613 milhões. Além de crescimento pouco expressivo na receita líquida ¬ aproximadamente 9%, para R$ 3,8 bilhões ¬ a companhia teve aumento de custos com demissões (foram 4,6 mil dispensas ao longo do ano), implementação do sistema de gestão SAP, entre outras medidas.
Em relatório a clientes publicado no fim do dia, a corretora Coinvalores avaliou as mudanças anunciadas pela Brasil Pharma como positivas, mas destacou que ainda é cedo para considerar uma recuperação consistente nos números. Em um ano complicado, a companhia terá que contar com a boa aceitação das mudanças nas lojas por parte dos consumidores para transformar os simbolismos em realidade.





Vacina da Sanofi contra a dengue pode estar disponível até ano que vem
26/03/2015 - Valor Econômico


A francesa Sanofi já tem pronta uma vacina contra a dengue, que protege contra os quatro tipos do vírus, e pode estar disponível no Brasil entre o fim deste ano e o início de 2016.
O medicamento, desenvolvido pela divisão Sanofi Pasteur, ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pode chegar ao mercado em um ano especialmente complicado para São Paulo, Estado onde foi registrado o maior número de casos no país desde janeiro.
Segundo o Ministério da Saúde, dos 224 mil casos de dengue ocorridos em território nacional até o início de março – o que equivale a crescimento de 162% na comparação com o mesmo período de 2014 –, 123 mil foram registrados em São Paulo.
Diante disso, o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), chegou a anunciar que pediria à Anvisa autorização para que outra vacina, em desenvolvimento no Instituto Butantan, seja aplicada na população ainda na fase de testes.
Além da Sanofi, o Butantan, em parceria com o americano National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIH), e o laboratório japonês Takeda trabalham em vacinas que estão em estágio de desenvolvimento anterior ao da Sanofi e devem entrar, em breve, na fase 3 de testes clínicos, a última antes do lançamento.
“É um processo longo e complexo, porque há necessidade de cumprir várias fases de pesquisa para garantir segurança e eficácia”, conta a gerente do departamento médico da Sanofi Pasteur, Sheila Homsani.
O desenvolvimento da vacina contra dengue pela Sanofi demandou 20 anos de pesquisas, na França, e o produto final parte de outra vacina, usada contra a febre amarela.
De acordo com Sheila, essa vacina que está disponível há 30 anos e é produzida com o vírus vivo enfraquecido, foi revestida com quatro antígenos — de cada um dos tipos de vírus da dengue —, que são reconhecidos pelo sistema imunológico.
“Essa é uma tecnologia bem complexa, de vacina de vírus vivo enfraquecido e recombinada com o vírus da dengue”, diz. “É como se tivéssemos recheado o vírus da dengue com a vacina da febre amarela”.
A Sanofi já tem uma fábrica dedicada à produção da vacina, em Neuville-sur-Saône, perto de Lyon, na França, com capacidade para 100 milhões de doses por ano. A fabricação já foi iniciada, mas a disponibilidade da vacina ainda depende da aprovação de agências reguladoras dos diferentes países que serão atendidos.
No Brasil, a expectativa é a de que toda a documentação necessária à aprovação do medicamento seja encaminhada à Anvisa até o fim deste semestre. Na Malásia, o dossiê já seguiu para a análise da agência reguladora local.

Desenvolvimento

De acordo com a especialista, o desenvolvimento clínico da vacina da Sanofi Pasteur envolveu cerca de 20 estudos e mais de 40 mil participantes em 15 países. Um dos estudos da fase 3 foi realizado em cinco países da América Latina, entre os quais o Brasil, com mais de 20 mil crianças e adolescentes e mostrou que houve redução de 60,8% no número de casos de dengue entre a população vacinada, atestando a eficácia do medicamento contra os quatro tipos de vírus.
Os resultados do estudo, que compreendeu também o Caribe, foram publicados em novembro. “Também conseguimos reduzir os casos graves em 95,5% e em 80,3% o risco de hospitalização, o que significa que leitos em hospitais poderiam ser liberados para outros doentes”, afirma Sheila, acrescentando que a eficácia da vacina, que deve ser aplicada em três doses a cada seis meses, está diretamente relacionada à capacidade de proteger contra os quatro tipos de vírus da dengue.
“A vacina está pronta e já temos estoque. Como a situação do país preocupa, temos a certeza de que a Anvisa quer resolver essa situação, mas só a agência mesmo para dizer quando haverá lançamento”, disse ela.
O laboratório japonês Takeda, por sua vez, está estudando uma vacina tetravalente contra a dengue baseada em uma forma atenuada do próprio vírus, da dengue 2 (DENV-2), que fornece o esqueleto genético para os demais vírus da doença. “A vacina tetravalente contra a dengue da Takeda está atualmente em fase avançada de estudos para testar a sua eficácia e segurança e entrará em fase 3 de testes clínicos em breve”, informa a farmacêutica.
A fase 3 envolve um número bem maior de participantes que a fase anterior, podendo chegar a dezenas de milhares, como foi o caso do projeto da Sanofi Pasteur. No Butantan, a vacina, que assim como a da Takeda é feita com o próprio vírus da dengue, está na fase 2 de pesquisa e deve chegar à seguinte ainda neste semestre.
De acordo com Sheila, da divisão de vacinas da Sanofi, a chegada do inverno deve amenizar os números da dengue no Sudeste. No Nordeste, porém, é justamente nesse período que começa a haver crescimento dos casos. “Preocupante também é o fato de que, para esses mais de 200 mil casos registrados, há outros 300 mil casos de pessoas que se infectaram e não sabem que têm dengue porque os sintomas são moderados".



Alckmin tenta acelerar vacinação
27/03/2015 - Valor Econômico


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu ontem, por meio de nota, que não recebeu pedido de uso excepcional ou protocolo de registro de vacina contra dengue. A agência informou que "todas as solicitações recebidas dizem respeito a pedido de avaliação de protocolos de estudos clínicos com a vacina." O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) pediu ao Ministério da Saúde o adiantamento no uso das vacinas, que estão em fase de testes. Na nota, a Anvisa informa que, de três etapas para o registro de medicamentos, o processo mais avançado para a vacina no Brasil diz respeito às pesquisas clínicas realizadas pelo Instituto Butantan e Sanofi. "A primeira está em fase II dos ensaios clínicos, e a segunda já tem os estudos fases II e III finalizados", diz a agência.
A nota destaca ainda que a direção e a equipe técnica da Anvisa se reuniram na quarta-feira com representantes do Butantan em encontro no qual foram apresentadas informações sobre o estágio atual do desenvolvimento clínico da vacina da dengue, além de relatada uma proposta de ensaio clínico de Fase III, que seria posteriormente protocolizada na Anvisa.
As empresas que já contataram a Anvisa interessadas em produzir a vacina foram a GlaxoSmithKline, em parceria com a Fiocruz? o National Institute of Health, em parceria com o Instituto Butantan? a Sanofi Pasteur? a Takeda Pharma e a Merck.





Medicamentos devem ter reajuste de até 7,7%, diz indústria
26/03/2015 - Folha de S.Paulo


O preço dos remédios deve ter reajuste máximo entre 5% e 7,7% neste ano, segundo estimativas da indústria farmacêutica. Os valores são superiores aos do ano passado, quando os índices variavam de 1% a 5,7%.
Os percentuais oficiais de reajuste máximo permitido devem ser divulgados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) no dia 31 de março. A previsão, no entanto, é que haja pouca variação em relação aos cálculos da indústria.
A estimativa desde ano foi feita com base nos índices que, junto com a inflação, compõem o novo cálculo adotado pelo governo para fixar o reajuste máximo do preço dos medicamentos. Os índices, que se baseiam em fatores como produtividade e custos dos insumos, foram divulgados no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (26).
Em geral, o reajuste é dividido em três faixas, com base na concentração do mercado. Assim, medicamentos mais simples e produzidos por mais empresas costumam ter permissão de reajuste maior –uma vez que a indústria costuma baixar os preços para manter a concorrência. Entram nessa lista, por exemplo, medicamentos como omeprazol, usado para tratamento de gastrite, e amoxicilina, antibiótico usado para tratar infecções urinárias e respiratórias.
Na outra ponta, remédios fabricados por menos empresas, os quais as indústrias teriam facilidade para aumentar os preços, têm menor índice de reajuste permitido.
Ao todo, 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste. O aumento, no entanto, não chega imediatamente às farmácias. A previsão é que as primeiras variações de preço ocorram entre junho e julho, com a reposição dos estoques.
Indústria e varejo também podem praticar um reajuste menor do que permitido, principalmente em casos de produtos de grande concorrência.
Para Nelson Mussolini, do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma), embora seja maior do que no ano passado, o novo reajuste não repõe os custos de produção do setor. Ele teme impactos como redução de mão de obra e investimentos em novas pesquisas para desenvolvimento de remédios.
"Para o consumidor também é ruim porque os descontos nas farmácias vão diminuir. E a indústria deixa de investir em inovação", afirma.




Pesquisa e Desenvolvimento

 


Estudo descobre diferenças em cérebro autista
27/03/2015 - Folha de S.Paulo


Pesquisadores usando uma nova técnica de imagem por ressonância magnética relataram ter conseguido enxergar pela primeira vez diferenças anatômicas e funcionais em cérebros de autistas. Regiões implicadas em expressão facial e empatia estão implicadas no transtorno.
Já se sabia por estudos em cérebros de pessoas mortas que uma parcela da população autista tem o córtex --a camada de superfície do cérebro-- mais espessa do que a população normal. Mas não se sabia ainda como isso se manifestava no funcionamento do cérebro.
O novo estudo, liderado por Jianfeng Feng, da Universidade de Warwick, na Inglaterra, conseguiu uma resolução sem precedentes para estudos funcionais do cérebro. Nesse tipo de trabalho, a ressonância magnética é usada para produzir pequenos "filmes" do cérebro em ação.
Com uma nova técnica de geração das imagens, Feng conseguiu separar cérebros humanos em mais de 37 mil áreas distintas, que poderiam ser analisadas independentemente. Para o estudo sobre autismo, os cientistas compararam resultados da análise do cérebro de 523 pessoas autistas com 452 não autistas.

TEORIA DA MENTE

As principais diferenças encontradas estavam em áreas visuais do córtex ligadas à produção de expressões faciais e à chamada "teoria da mente": a habilidade de tentar entender emoções de outras pessoas e de si próprio e de criar empatia.
Algumas partes do cérebro relacionadas à sensação do self --a noção de presença de um eu dentro do corpo--, também estavam subativadas durante as análises de Feng.
O cientista e seu grupo descrevem suas descobertas em um estudo na revista "Brain". O trabalho sugere que o novo método também pode ser usado para isolar áreas cerebrais envolvidas em Transtorno Obsessivo Compulsivo e esquizofrenia, outras doenças mal compreendidas do ponto de vista funcional.




Estudo genético liga inteligência a risco de contrair autismo
27/03/2015 - Folha de S.Paulo


As mesmas alterações de DNA que tornam uma pessoa propensa a desenvolver autismo --transtorno mental que afeta a sociabilidade e comunicabilidade-- estão correlacionadas a uma maior inteligência, sugere um estudo.
Os dados saíram de três pesquisas de saúde pública, uma das quais acompanhou 9.863 pessoas na Escócia. Os dados indicaram que características genéticas de risco para o autismo são benéficas em um contexto mais geral.
Entender como o autismo afeta a inteligência sempre foi difícil porque, apesar de 70% dos pacientes diagnosticados terem habilidades cognitivas deterioradas, um grupo pequeno apresenta inteligência até mesmo maior do que pessoas não autistas.
"Há estudos que mostram um excesso de indivíduos autistas com QI acima de 130 [nível bastante alto], mas a maioria da população autista não tem habilidades cognitivas maiores" explicou à Folha Toni Clarke, cientista da Universidade de Edimburgo que liderou o estudo.
Segundo a pesquisadora, a evolução humana favoreceu a disseminação de genes ligados à inteligência ao longo do tempo, e isso conferiu uma vantagem à média da população. O fato de alguns desses genes estarem ligados ao autismo e não serem eliminados pela evolução seria preço que pagamos como espécie para aumentarmos nossa capacidade cognitiva.
"Achamos que o fator crucial é se você contrai o transtorno ou não", afirma Clarke "Quando você não desenvolve o autismo, talvez essas variantes possam conferir uma pequena vantagem". O trabalho da pesquisadora e de seus colegas foi publicado na revista "Molecular Psychiatry".

VANTAGEM SUTIL

A vantagem cognitiva dos genes ligados ao autismo foi pequena, mas se manteve num limite no qual é difícil explicar que a correlação tenha sido uma coincidência.
Clarke e seus colegas testaram sua hipótese em outro levantamento de saúde pública na Escócia, com 1.522 indivíduos, e em um estudo que acompanha grupos de irmãos gêmeos na Austrália. A correlação se manteve em pé nessas outas populações.
"É uma diferença sutil, mas significativa", afirma o biólogo brasileiro Alysson Muotri, professor da Universidade da Califórnia em San Diego, especialista em biologia molecular do autismo. "Para mim, a correlação faz sentido, porque muitos dos genes relacionados ao autismo estão envolvidos com contatos sinápticos [conexões entre células cerebrais]."
As alterações genéticas analisadas no estudo de Clarke saíram do Consórcio de Genética Psiquiátrica, liderado pelos EUA. Os dados são derivados de relação estatística, já que o mecanismo de ação de praticamente todos os genes ainda é um mistério.
Cientistas notaram que as alterações ligadas ao autismo pareciam promover todos os tipos de inteligência. Isso não era esperado, pois muitos autistas com alta pontuação em testes visuais e não verbais não costumam se sair tão bem em testes verbais.
Os testes usados eram todos de raciocínio analítico. "Seria legal se testes mais abstratos fossem incluídos também", diz Muotri. "Medir inteligência é complicado."




Saúde





Pague Menos fatura R$ 4,3 bi
27/03/2015 - Valor Econômico


A rede de farmácias Pague Menos registrou alta de 65% no lucro líquido do quarto trimestre, em relação a igual período de 2013, somando R$ 53,7 milhões. A receita bruta cresceu 20,8% de outubro a dezembro, para R$ 1,18 bilhão. No ano de 2014, o lucro subiu 6,3%, para R$ 116,3 milhões. A receita bruta cresceu 17,7% e chegou a R$ 4,38 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi 26,5% maior no ano, somando R$ 332,3 milhões. Foram inauguradas 96 lojas em 2014.
As vendas 'mesmas lojas' cresceram 13,1% no trimestre, na comparação anual, para R$ 1,1 bilhão. No período, foram abertos 26 novos pontos de venda.
A companhia encerrou o ano com 738 lojas, sendo 35% de unidades com menos de três anos e os demais 65% formados por unidades consideradas maduras, por terem mais de quatro anos.
"Em 2015, continuaremos com a nossa estratégia de crescimento orgânico, com abertura de 98 novas lojas, sendo oito substituições, o que resultará em um incremento de 90 novas filiais, totalizando 828 lojas ao final do ano.
Serão 1 mil farmácias em funcionamento até o fim de 2017", informou companhia, em relatório.




Estimativa de reajuste de preço para 2015 desagrada setor.
27/03/2015 - Valor Econômico


A indústria farmacêutica recebeu com pessimismo e previsão de corte de empregos os fatores da fórmula de cálculo de reajuste dos preços de medicamentos em 2015, publicados pelo governo ontem no Diário Oficial da União. Por enquanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não divulgou o reajuste médio oficial permitido, mas cálculos do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), a partir de índices autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), indicam que esse aumento deve ficar entre 5,4% e 5,9%.
"Mais uma vez, o reajuste vem abaixo da inflação e em momento que a pressão sobre os custos da indústria é muito forte, tanto do lado do câmbio quanto dos preços administrados", disse o presidente do sindicato, Nelson Mussolini. O Sindusfarma representa 190 empresas responsáveis por 90% do mercado de medicamentos. A combinação de reajuste inferior à inflação e pressão de custos vai se refletir no nível de empregos.
Conforme a publicação oficial, o reajuste máximo autorizado pela Cmed para medicamentos de nível 1, que compreende classes terapêuticas sem evidência de concentração, foi estabelecido em 7,7%. Para o nível 2 (classes terapêuticas moderadamente concentradas), o índice pode ser de até 6,35%. Já para as classes fortemente concentradas, o chamado nível três, o aumento máximo permitido é de 5%.
De acordo com o Sindusfarma, se todas as apresentações de medicamentos forem reajustadas pelos índices máximos, o reajuste médio ficará em 5,9%. O índice inferior à inflação, conforme Mussolini, e a "difícil" negociação salarial com os sindicatos - que pedem 13% de aumento - devem levar o setor, que abriu 2 mil postos de trabalho no ano passado, a reduzir o nível de emprego em 2015. "Não poderia haver aumento real neste ano. Com esse reajuste e a pressão sobre os custos, se não conseguirmos negociar [os salários], haverá desemprego."
Além da mão de obra, tem peso relevante nas despesas o preço da energia elétrica, uma vez que as embalagens usam muito alumínio. A desvalorização do real frente ao dólar também afeta negativamente a rentabilidade da indústria, já que mais de 90% dos insumos utilizados pelas farmacêuticas são importados. No ano passado, o aumento médio dos custos de produção foi de 15% - no mesmo período, os medicamentos subiram em média 4,94% e a inflação geral ficou em 6,41% (IPCA).
Segundo o Sindusfarma, entre 2008 a 2014, para um reajuste de preços dos medicamentos acumulado de 33,19%, a inflação geral acumulada atingiu 47,25% (INPC-IBGE) e os aumentos de salário ficaram em 62,06%. Neste ano, a tendência é de custos de produção ainda mais altos e algumas empresas projetam gastos 20% maiores, puxados por insumos e materiais de embalagem, e sem considerar aumente salarial.




Hospitais devem ter aumento de 25% nos custos com dólar acima de R$ 3
26/03/2015 - Valor Econômico


A Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) — entidade que representa cerca de 60 grupos que juntos tiveram um faturamento de R$ 17,3 bilhões em 2013 — estima um aumento de 25% nos custos hospitalares com o dólar acima dos R$ 3. Isso porque a maioria dos insumos e materiais médicos é importada.
Nos últimos dois anos, os hospitais ligados à Anahp viram seus custos sofreram uma variação superior a da receita. Em 2013, a receita líquida aumentou 5,1%, enquanto os custos cresceram 6,1% em relação a 2012. O mercado hospitalar no Brasil movimenta cerca de R$ 70 bilhões.
O presidente da Anahp, Francisco Balestrin, pontua que a alta na moeda americana deve se refletir nos projetos de expansão dos hospitais. “Até 2016, o setor precisará de 13,7 mil novos leitos, caso a população de beneficiários dos planos de saúde cresça apenas 2,1% ao ano. Ao custo de US$ 150 mil por leito, essa expansão exigiria US$ 1,9 bilhão. Certamente a alta do dólar é um dos grandes fatores que podem retardar esse investimento”, disse Balestrin.




Funcionários da Santa Casa decidem não entrar em greve
27/03/2015 - Folha de S.Paulo

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (26), os funcionários da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo decidiram não entrar em greve.
Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (Simesp), a decisão foi adotada para não prejudicar o futuro da entidade nem a assistência à população.
Os profissionais --que estão com os salários de novembro e o 13° atrasados-- estabeleceram um prazo de 30 dias para avaliar a evolução da venda de um imóvel na avenida Paulista.
O hospital colocou o edifício como garantia em um empréstimo com a Caixa Econômica Federal. O dinheiro obtido com a transação deve ser utilizado para os pagamentos dos funcionários.
Também foi convocada para esta sexta-feira (27), às 10h, uma manifestação em frente à sede da Santa Casa, no bairro Vila Buarque, na região central da capital paulista.
Os profissionais afirmam que continuarão com suas reivindicações de mudanças administrativas na instituição, como a saída do provedor, Kalil Rocha Abdalla.
Abdalla chegou a se licenciar por 90 dias em dezembro, mas os funcionários exigem sua renúncia do cargo.
Na quarta-feira (25), uma reunião entre os representantes da Santa Casa e dos sindicatos de trabalhadores terminou sem acordo.
A Santa Casa propôs o pagamento dos vencimentos atrasados aos trabalhadores em 36 parcelas, a partir de agosto, proposta que foi rejeitada pelos funcionários.

CRISE

Segundo uma auditoria contratada pelo governo do Estado de São Paulo no fim do ano passado, a dívida da Santa Casa de São Paulo supera os R$ 770 milhões. Só os débitos com fornecedores superam R$ 100 milhões.
No começo do ano, a Santa Casa anunciou que demitiria 1.100 funcionários para aliviar as contas. Dias depois, porém, a decisão foi suspensa.
Por causa da crise, a instituição chegou a fechar o atendimento de urgência e emergência por pouco mais de um dia em julho de 2014, sem aviso aviso prévio à população.



ANS faz intervenção na Unimed-Rio por 1 ano
27/03/2015 - O Globo


Até março do ano que vem, as finanças da Unimed-Rio passarão a ser acompanhadas de perto pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A chamada direção fiscal, que não afeta a gestão da cooperativa de médicos, ocorre devido a "anormalidades administrativas e/ou econômico-financeiras graves" e surge após meses de relatos de problemas financeiros, que desde 2014 afetam o atendimento de 1,1 milhão de clientes. Apesar de a reguladora ressaltar que não se trata de uma intervenção, por não deter qualquer poder sobre o gerenciamento da operadora, especialistas destacam que, na prática é uma intervenção e que ela vem tarde. Durante esse período, os serviços aos consumidores têm de ser prestados normalmente e os contratos devem ser integralmente mantidos, inclusive quanto à qualidade e quantidade da rede credenciada.
Segundo a ANS, a direção fiscal é um acompanhamento presencial feito por um agente nomeado pela reguladora, que acompanhará e apoiará a solução dos problemas financeiros, sem que a administração da operadora perca seu poder de gestão. O diretor fiscal ficará dentro da Unimed-Rio, auditando a contabilidade, indicando correções e apontando eventuais necessidades de aporte de capital. Depois dessa etapa, ele analisará o conjunto de medidas a serem adotadas para solucionar seus problemas. A ação da ANS na Unimed-Rio durará 365 dias, mas pode ser retomada uma ou mais vezes.
Ligia Bahia, professora de economia da saúde da UFRJ, afirma que a ação da ANS é uma intervenção sim e algo sério, já que os bens dos diretores chegam a ficar indisponíveis. E pressupõe que a empresa terá de mostrar que há uma saída possível.
- É uma intervenção sim e sobre isso não há nenhuma dúvida. O caso da Unimed-Rio é muito importante. Tem aspectos folclóricos, como o alto investimento da empresa no Fluminense (durante 15 anos, a operadora foi patrocinadora do clube e o fim do contrato foi anunciado em dezembro passado), os altos salários da diretoria, mas também tem outros problemas, como uma relação complicada entre a diretoria do Conselho Regional de Medicina (CRM) e a empresa, onde quase todo o conselho também fazia parte da diretoria da Unimed. A empresa tem solução, mas é preciso resolver débitos em atraso e a arrecadação de recursos com médicos, o que não é algo simples - disse a especialista.
Há um mês, proibição de venda de nove planos Publicada na quarta-feira, a decisão da foi aprovada por unanimidade na ANS, depois de a operadora ter tido oportunidade de regularizar sua situação. Se os problemas persistirem, a Unimed-Rio terá de transferir sua carteira a outra operadora. Em nota, a cooperativa diz que encara como natural o procedimento e que desde o final de 2014 iniciou um plano de gestão para reverter um desequilíbrio financeiro, "tendo como base a revisão de processos internos e a implementação de medidas administrativas para gerar mais eficiência operacional".
A ação da ANS sobre a Unimed-Rio também surge pouco mais de um mês após a proibição de venda, pela agência, de nove de seus planos por mau atendimento. Entre as grandes operadoras, a cooperativa tem o segundo pior índice de reclamações, atrás apenas da Unimed Norte/Nordeste. Em fevereiro, o índice médio de queixas no país foi de 0,99. O da Unimed-Rio foi de 5,35, segundo dados no site da ANS. E o gráfico de reclamações mostra alta desde a compra da carteira de 160 mil clientes individuais da Golden Cross em setembro de 2013.

Consumidora fica preocupada

A notícia deixou a engenheira de alimentos Valéria Borges preocupada. Cliente da Unimed-Rio há dez anos, ela foi diagnosticada com inflamação nos rins em julho passado e acabou sendo vítima dos problemas financeiros que já refletiam no atendimento. Levada pela filha, Nívia, à Unimed Barra na ocasião, a engenheira de 56 anos não conseguiu internação imediata, apesar de recomendação médica. E teme que os problemas voltem a ocorrer:
- Foi uma experiência muito desagradável. Pago o segundo melhor plano da Unimed e uso muito pouco. Quando precisei, aconteceu isso. Estou preocupada com essa situação. Não sei o que vou fazer.
A advogada Renata Vilhena Silva afirma que a ANS não está cumprindo seus objetivos e que a agência demorou a agir, com muitas pessoas tendo dificuldades de atendimento médico. Como a Unimed-Rio comprou parte de carteiras nacionais de outros planos, os problemas afetam outros estados:
- A ANS não poderia ter autorizado a Unimed-Rio a comprar a carteira nacional da Golden Cross. Os problemas são imensos.
Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, afirma que a ANS, criada para fazer a interlocução entre operadoras, usuários e prestadores de serviços (médicos e hospitais), se preocupa apenas com as operadoras.
- Não estamos falando de um problema simples, mas de um problema social, que afeta milhares de pessoas que buscam serviços de saúde.
A ANS diz que agiu a tempo, em observância às leis, utilizando as ferramentas de monitoramento preventivo e com a decretação da direção fiscal.




Programação da 1ª Virada da Saúde promove vida saudável
27/03/2015 - DCI


A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, realizará a Virada da Saúde de 7 a 12 de abril, contando com o Instituto Saúde e Sustentabilidade como correalizador, e divulga sua programação para aproximar a sociedade do tema saúde e da importância de viver em um ambiente saudável e sustentável. A Virada da Saúde terá quatro eixos principais de atividades; Cultural; Médico- Assistencial, Educativo e de Bem-Estar.
Na semana que vem haverá no dia 7 visita cultural diferente e uma roda de conversa sobre o luto - no Cemitério da Consolação. As Fábricas de Cultura terão exibições gratuitas de filmes e no dia 8, à noite, o Encontro Desafios na Medicina sobre "Saúde e Meio Ambiente: um desafio para a Medicina do século 21". Dias 8 e 9 terá no fórum "Viva Humanização", realizado pela Associação Viva e Deixe Viver. Dia 9 é o dia do fórum sobre autismo, promovido pelo projeto Self Azul. O evento terá uma intervenção artística do artista Eduardo Srur exposta na calçada da Fiesp, do dia 2 a 18 de abril.



Prefeitura apura 10 mortes por suspeita de dengue
27/03/2015 - Folha de S.Paulo


A Secretaria Municipal da Saúde investiga dez mortes que podem ter sido causadas por dengue em São Paulo, além das duas já confirmadas pela prefeitura (uma na zona norte e outra na zona sul).
Um dos casos em apuração já foi confirmado pelo governo estadual como consequência de dengue, mas o IML (Instituto Médico Legal) ainda investiga o óbito, segundo a secretaria municipal. A vítima morava na zona sul.
A capital paulista tem 4.436 casos confirmados de dengue contraídos na própria cidade até dia 23 deste mês. O número representa um aumento de 214% em relação ao mesmo período de 2014.
Outras 709 pessoas foram contaminadas durante viagens a outras cidades.
A zona norte continua liderando em número de casos de dengue, com um pequeno aumento: passou de 43,5% dos registros há duas semanas para 47,5% agora. A zona sul teve aumento expressivo: de 12,4% para 21,2%. Um recuo foi registrado na zona oeste, de 12,4% para 11,9%.

TENDAS

Diante do quadro, a prefeitura anunciou que serão instaladas três tendas de atendimento emergencial contra o vírus na zona norte, que tem quase metade dos casos.Segundo o secretário-adjunto municipal da Saúde, Paulo Puccini, a iniciativa será implantada em parceria com cinco hospitais filantrópicos: Albert Einstein, HCor, Oswaldo Cruz, Samaritano e Sírio-Libanês.
Cada tenda terá capacidade para atender cerca de cem pessoas por dia. De acordo com o secretário-adjunto, elas funcionarão junto a prontos-socorros e postos de saúde e receberão os casos suspeitos. A intenção é fazer um diagnóstico mais rápido.
Nessas tendas, os pacientes poderão fazer exames e reidratação.



USP ameaça romper convênio na saúde com gestão Haddad
27/03/2015 - Folha de S.Paulo


A Faculdade de Medicina da USP ameaça romper convênio com a Prefeitura de São Paulo por falta de verbas na gestão de 12 unidades de saúde e de 34 equipes do programa Saúde da Família.
Segundo a Folha apurou, um corte de 20% desde o início do ano pode inviabilizar a continuidade do convênio, firmado em 2008, renovado duas vezes e com vencimento em setembro.
Desde 2013, a verba repassada é de R$ 5,3 milhões por mês, e não houve reajuste ou correção inflacionária. Neste ano, o montante teria sido reduzido para R$ 4,3 milhões.
O vínculo se dá por meio da Fundação da Faculdade de Medicina, OS (organização social) conveniada com a prefeitura. A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que os "repasses estão em dia e levam em conta o saldo em caixa da instituição".
De acordo com a pasta, se a OS não tiver esgotado recursos repassados anteriormente, deverá usá-los para "honrar seus compromissos".
A prefeitura vem fazendo chamamentos públicos para novas OSs na cidade, com metas de qualidade e sujeitas a descontos nos repasses.
Para todos os convênios, eventuais aumentos de verba precisam ter a necessidade comprovada pelo gestor.
Na disputa pela prefeitura de 2012, quando Fernando Haddad (PT) foi eleito, a parceria entre OSs e o poder público causou desconforto na campanha porque uma ala de petistas defendia a interrupção da política.

ASSISTÊNCIA BÁSICA

O programa Região Oeste (Butantã e Jaguaré) da USP atende 200 mil pessoas em oito UBS (Unidades Básicas de Saúde) e quatro AMAs (Assistência Médica Ambulatorial).
A faculdade estima o custo do programa em R$ 6,9 milhões. Além do deficit mensal, a instituição calcula que a prefeitura deva R$ 23 milhões por não repassar parte da verba comprometida.
A Folha apurou que a USP estuda alternativas caso não haja reajuste do verba, como parcerias com instituições como o Centro Paula Souza.
A Secretaria Municipal da Saúde disse que "não há autorização para alteração no plano de trabalho" da USP e que "não foi comunicada oficialmente de qualquer mudança por parte da OS".





 

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