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Medicamentos
Rastreabilidade deverá coibir contrabando, diz Interfarma 19/03/2015 - Folha de S.Paulo O presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), Antonio Britto, acredita que a aplicação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos –a lei da rastreabilidade– é a solução para coibir a circulação de medicamentos ilegais no país. A lei permitirá monitorar a trajetória dos medicamentos desde a saída da fábrica até a chegada às farmácias. Britto participou do segundo dia do "Fórum o Contrabando do Brasil" que é promovido pela Folha nesta quinta-feira (19), ao lado do presidente da Souza Cruz, Andrea Martini, do presidente da Estrela, Carlos Tilkian, e do presidente da Abba (Associação Brasileira de Importadores e Exportadores de Alimentos e Bebidas), Adilson Carvalhal Jr. "No caso dos medicamentos a solução está dada: chama-se lei da rastreabilidade. Temos que fazer com que ela seja implantada. Se isso acontecer vamos identificar o que é ou não é verdadeiro", disse Britto. Já o presidente da Estrela, Carlos Tilkian, ressaltou que mercadoria ilegal, além de não pagar tributo, pode ser nociva ao consumidor. "Tentamos conscientizar a população sobre os risco que nossos filhos correm ao consumirem produtos ilegais", disse LEI DA RASTREABILIDADE Chamado de "RG dos remédios", o modelo consiste na impressão de um código bidimensional similar ao de barras, mas com mais informações nas embalagens. Vinculado ao código está um número que identifica cada caixa, gerado por quem detém o registro desse número junto à Anvisa –a fabricante ou importadora. A rastreabilidade foi instituída por lei em 2009. Em 2011, após pressão da indústria farmacêutica, a Anvisa suspendeu a proposta anterior, que previa o uso de selo da Casa da Moeda e foi criticada por encarecer o produto final. Estima-se que 4 bilhões de embalagens circulem no país por ano.
Saúde
Hospital de Câncer de Barretos tem nova ala 20/03/2015 - DCI No último dia 11 de março, os integrantes da dupla Jorge & Mateus inauguraram um pavilhão que leva o nome deles, na mesma data em que se apresentam em um jantar show para defender a causa. O Pavilhão "Jorge & Mateus" abriga o serviço de oncogenética, que consiste em um amplo trabalho preventivo para poder identificar e analisar as mutações gênicas diretamente associadas à incidência de câncer. Aliando os maiores avanços na área genética com as multidisciplinares ambulatoriais, o setor realiza tanto o rastreamento através da identificação de possíveis tumores hereditários, como a busca por algumas evidências que indiquem a predisposição para a formação de um tumor no paciente. O encaminhamento do paciente para a oncogenética funciona através de indicação dos médicos do Hospital. Todas as especialidades podem enviar alguém para fazer uma primeira consulta. O setor começou a funcionar em 2009 e, até agora, já são 1.640 famílias cadastradas. O aconselhamento genético é composto, na maioria dos atendimentos, por duas consultas. Na primeira, a enfermeira oncogeneticista coleta informações referentes aos hábitos e à saúde do paciente, assim como, sobre seus familiares de primeiro e segundo grau para a elaboração do heredograma. Além disso, também é feito um esclarecimento quanto ao motivo do encaminhamento do paciente e os benefícios que isso trará para ele e sua família. Depois de obter os dados necessários, o médico realiza o cálculo de probabilidade de mutações, análise dos critérios clínicos e heredograma para a inclusão em síndromes de predisposição ao câncer. A segunda consulta realizada pelo setor abordará o resultado do teste genético e as peculiaridades, como a prevenção - cirurgias profiláticas e exames de seguimento - tanto do paciente quanto de seus familiares após a mutação ser constatada. O departamento possui também assistência de psicólogos, com o objetivo de ajudar os pacientes antes e durante os testes, principalmente, após receber exames. A dupla é parceira de longa data do hospital. Segundo eles, desde que conheceram a instituição, tentam ajudar. "Ver essa evolução, o carinho que os profissionais têm com os pacientes. Estão todos sempre se atualizando. É muito bacana voltar aqui", disse Mateus. Na inauguração, Jorge & Mateus ganharam jaleco de "doutor do amor" e se emocionaram com a apresentação de um paciente da unidade infantojuvenil, fã da dupla, que cantou a música "O que é que tem". "Não tem como não achar isso muito bonito. Foi muito bacana", disse Jorge. Santa Casa quer pagar salário atrasado em agosto 20/03/2015 - O Estado de S.Paulo Após atrasar para parte dos seus funcionários os pagamentos de novembro do ano passado e do 13.º salário, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo quer agora regularizar os débitos somente a partir de agosto e divididos em 36 parcelas. A entidade, que administra o maior complexo hospitalar filantrópico da América Latina, vive crise financeira e acumula déficit superior a R$ 400 milhões. A proposta foi feita pela direção da Santa Casa aos sindicatos que representam os trabalhadores da instituição em audiência de conciliação realizada na manhã de ontem na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, em São Paulo. Estavam presentes no encontro representantes sindicais das três categorias que atuam na instituição: médicos, enfermeiros e demais profissionais dos hospitais, tanto da área da saúde quanto dos setores administrativos. O pagamento dos débitos só será feito antes caso a Santa Casa consiga vender um imóvel avaliado em R$ 60 milhões na Avenida Paulista. De acordo com o Ministério do Trabalho, o valor da venda seria suficiente para quitar os débitos trabalhistas.Na reunião, a Santa Casa informou que as dívidas com os funcionários somam R$ 46 milhões se incluídas as multas pelo atraso no pagamento. A instituição propôs a criação de uma comissão com representantes dos sindicatos para acompanhar o processo de negociação do imóvel. Os sindicalistas presentes não saíram satisfeitos da reunião, mas se comprometeram a apresentar a proposta às respectivas categorias em assembleias agendadas para hoje. “Há meses os funcionários aguardam o pagamento de seus salários em decorrência da crise financeira da Santa Casa.Essa nova proposta deve ser analisada com cautela”, disse Eder Gatti, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). O atraso do salário de novembro não afetou todos os cerca de 7 mil funcionários do complexo hospitalar, somente os que recebem valores mais altos, acima de R$ 6 mil. O pagamento do 13.º salário, no entanto, afetou todos os trabalhadores, pois mesmo quem tem remuneração mais baixa recebeu apenas R$ 300 da primeira parcela. Já que ganham acima de R$ 3 mil não receberam nem um centavo do benefício pago no fim do ano. Mesmo se não aceitarem a proposta da Santa Casa, os sindicatos não decretarão greve pelo menos até o dia 25, quando uma nova audiência de conciliação será realizada. Justiça. Paralelamente às negociações no Ministério do Trabalho,o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de São Paulo (SinSaudeSP) entrou na Justiça do Trabalho para exigir o pagamento dos benefícios atrasados. O julgamento estava marcado para a tarde de ontem, mas foi adiado porque a Santa Casa pediu mais tempo para a defesa. A juíza Danielle Viana Soares, da 41.ª Vara Trabalhista,deu prazo até o dia 27 de março para que a instituição junte a defesa aos autos. O julgamento do caso foi remarcado para o dia 24 de abril. Termina nesta sexta evento na Santa Casa 20/03/2015 - Folha de S.Paulo Termina nesta sexta-feira (20) o evento sobre a síndrome de Down, que é realizado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. A programação, das 17h às 20h, visa estimular uma visão multidisciplinar sobre o tema e terá discussões sobre nutrição, ortopedia, fonoaudiologia, educação e inclusão. As inscrições podem ser feitas no local do evento, o anfiteatro do Prédio Novo (rua Doutor Cesário Mota Júnior, 112, Vila Buarque). Campanhas para consumo consciente são limitadas 20/03/2015 - Valor Econômico Saem de cena famílias derrotadas fisicamente pelo sol vivendo em uma terra seca e esturricada no sertão nordestino e entram em foco personagens urbanos e frases bem-humoradas para chamar a atenção para o estresse hídrico que se abateu sobre São Paulo, o Estado brasileiro mais ameaçado pela falta d'água em suas represas. "Estou sem trabalho. Por favor, ajude", diz um cartaz junto a uma mangueira. Um bebedouro "clama" por um copo de água. Uma máquina de lavar comunica seu desemprego. Um filtro de água admite: "Estou na pior". O objetivo foi "desautomatizar" o consumo de água levando os consumidores a pensar o que significa viver sem água, daí o slogan adotado na campanha: "Sem água somos todos miseráveis". Intitulada "Água pede água", a campanha do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, que contou com o apoio de um conjunto de entidades da sociedade civil, combinou o uso da mídia tradicional - comercial em TV, spots em rádio e nas redes sociais, e anúncio impresso em jornal e revista - com instalações públicas em pontos cruciais da capital paulista, como a Praça da Sé e o Viaduto do Chá. "A humanização da publicidade não choca mais ninguém. É um recurso desgastado. Optamos por desumanizar o problema", conta Eduardo Simon, responsável pela campanha assinada pela Taterka Comunicação, que já começou a discutir a segunda fase da ação. Ela entrou no ar em outubro e deverá continuar até abril. A campanha institucional foi uma iniciativa isolada em meio a uma crise de abastecimento que levou os governos estadual e federal a adotarem uma postura reativa frente a um problema que começa a ganhar o contorno de um colapso. A expectativa é que, em 2015, o período de estiagem seja mais severo do que foi no ano passado, o que tende a agravar a situação de estresse hídrico. "Tentou-se o tempo todo minimizar o problema no lugar de enfrentá-lo", avalia Marussia Whately, coordenadora da recém-criada Aliança pela Água. "Faltou compreensão dos governos", diz, comentando que o ano foi perdido para a gestão das águas devido às eleições: "Tanto o governo federal quanto o estadual tiveram receio de reagir à altura com medo de serem responsabilizados e, por isso, preferiram jogar o problema no colo do consumidor". Ao contrário do que ocorrera em outras ocasiões - como o cerco ao tabagismo e as campanhas de prevenção à aids- o déficit hídrico não foi alvo de políticas públicas, o que, na avaliação do publicitário e consultor Ruy Lindenberg, é um sinal claro de que faltou transparência. Ele considera que pouco ou quase nada tem vindo do poder público, que, além de jogar a culpa em São Pedro, alegando falta de chuvas, também "não faz nada para minorar uma situação dramática para muitos, através de uma comunicação inteligente, de reeducação e não eleitoreira". No caso de São Paulo, por exemplo, o estímulo ao armazenamento aumentou o risco de proliferação da dengue na cidade: " É o reflexo mais emblemático da falta de engajamento do governo estadual". A campanha sistemática do Ministério da Saúde contra o cigarro ajudou a reduzir em 50% o número de fumantes no país nas duas últimas décadas. As campanhas massivas pela prevenção da aids fizeram com que o país virasse referência mundial no tratamento da doença, ainda que, na última década, as políticas públicas nacionais de combate e prevenção tenham sofrido um revés e não sejam mais alvo de campanhas ostensivas. Em meio à crise de falta de água no ano passado, o grupo Coletivo, formado pela sociedade civil, saiu pela cidade desenhando o personagem do Cascão, das histórias em quadrinhos de Maurício de Souza, em locais onde que tinham acabado de receber uma grande quantidade de água: calçadas lavadas repentinamente, jardins regados generosamente, lava-rápidos trabalhando de forma irregular. Ao lado do personagem escreviam a frase "Não quero água". |