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Medicamentos
Falha de produção alterou entrega, diz ministério 18/03/2015 - Folha de S.Paulo O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que, "devido a problemas de produção" de algumas vacinas, está readequando o cronograma de distribuição aos Estados. Sobre a vacina BCG, a pasta afirma que deve enviar, até o fim deste mês, 1,3 milhão de doses às secretarias estaduais de saúde, que as repassam para os municípios. Também está previsto o envio de 180 mil doses de vacina contra febre amarela --o valor, porém, é inferior ao solicitado apenas pelo Estado de São Paulo, por exemplo. Para resolver o problema, o ministério afirma que deve receber dos fornecedores mais 2 milhões de doses, que ainda precisam passar por análise do INCQS (órgão de controle da qualidade). Não há previsão de entrega. O ministério informa que recebeu 4,9 milhões de doses contra difteria e tétano, cuja distribuição também depende de análise do INCQS. Sobre a tetraviral, a pasta afirma que "está enviando aos Estados, neste mês, 300 mil doses da vacina, atendendo a média mensal". A pasta não respondeu sobre a vacina HIB. Já a antirrábica deve ser enviada ainda neste mês, na quantidade pedida pelos Estados. Hepatite C: novos remédios serão testados no país 18/03/2015 - O Globo A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o primeiro estudo clínico no Brasil com novos medicamentos para a hepatite C, que prometem reduzir o tratamento de 48 para 12 semanas e são ministrados apenas por via oral. O estudo será feito pela indústria farmacêutica AbbVie em 16 centros de pesquisa em cinco estados (RJ, SP, RS, BA e PE). A doença atinge cerca de 1,7% da população brasileira. Belo Horizonte tem escassez de BCG e faz rodízio para vacinar crianças 18/03/2015 - Folha de S.Paulo Está faltando vacina BCG em centros de saúde de Belo Horizonte. Nos que ainda têm a vacina, a prefeitura estipulou um rodízio de vacinação nos distritos sanitários, de forma a atender a demanda e evitar o desperdício. Em seis centros de pontos diferentes da capital mineira procurados pela reportagem, em dois não havia a vacina (Jardim Leblon e Cafezal). Em outro centro, um funcionário informou que a vacinação segue um rodízio com outros centros de saúde do distrito sanitário por causa da escassez. O Centro de Saúde São Francisco faz parte do distrito da região da Pampulha. Lá tem a vacina, mas ela só é aplicada agora em um dia da semana. Nos demais dias, a vacinação é feita em outros centros daquele distrito. Um dos motivos para existir o rodízio, segundo o funcionário, é porque o frasco da BCG vem com dez doses. Se o frasco for aberto para que uma dose seja dada a uma criança, as outras têm que ser descartadas se não houver mais crianças para receber as demais doses em poucas horas. Procurada pela Folha, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou o rodízio e informou que a vacinação está sendo feita mediante agendamento. Segundo a prefeitura, a vacina BCG entregue pelo Ministério da Saúde, via secretaria estadual da Saúde, chega em frascos com dez doses, que, depois de abertos, têm que ser utilizados em até seis horas. A prefeitura disse ter solicitado 21 mil doses em março, mas recebeu "quantidade inferior". O restante, não especificado, é esperado para esta quarta-feira (18). A secretaria estadual informou que os pedidos de vacina BCG e tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e catapora) encomendados foram entregues com atraso e em quantidade menor do que o solicitado. Foram solicitadas 220 mil doses da BCG e, no final de fevereiro, foram entregues 51.800 doses. Sobre a tetraviral, foram solicitadas 30 mil doses e foram recebidas 8.667. Houve atraso na produção das vacinas pelo laboratório responsável, disse. O governo estadual não informou onde está faltando a vacina. Segundo a secretaria, são os municípios que fazem a programação das doses necessárias de cada tipo de vacina, de acordo com orientações do Ministério da Saúde. Segundo o Estado, nesta sexta-feira (20) devem ser entregues mais 26 mil doses da tetraviral e até o fim de março são esperadas mais 51.800 doses da BCG. Falha de produção alterou entrega, diz ministério 18/03/2015 - Folha de S.Paulo O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que, "devido a problemas de produção" de algumas vacinas, está readequando o cronograma de distribuição aos Estados. Sobre a vacina BCG, a pasta afirma que deve enviar, até o fim deste mês, 1,3 milhão de doses às secretarias estaduais de saúde, que as repassam para os municípios. Também está previsto o envio de 180 mil doses de vacina contra febre amarela --o valor, porém, é inferior ao solicitado apenas pelo Estado de São Paulo, por exemplo. Para resolver o problema, o ministério afirma que deve receber dos fornecedores mais 2 milhões de doses, que ainda precisam passar por análise do INCQS (órgão de controle da qualidade). Não há previsão de entrega. O ministério informa que recebeu 4,9 milhões de doses contra difteria e tétano, cuja distribuição também depende de análise do INCQS. Sobre a tetraviral, a pasta afirma que "está enviando aos Estados, neste mês, 300 mil doses da vacina, atendendo a média mensal". A pasta não respondeu sobre a vacina HIB. Já a antirrábica deve ser enviada ainda neste mês, na quantidade pedida pelos Estados.
Pesquisa e Desenvolvimento
Dengue: paulistas desinformados 18/03/2015 - DCI Uma pesquisa inédita realizada no estado de São Paulo pela SBP, marca de inseticidas da RB (Reckitt Benckiser), revela que 1 paulista em cada 4 não se diz engajado com o problema. A cada 10 pessoas, 9 não souberam responder qual foi o número de casos da doença no País em 2014. Segundo o estudo, 88% da população não sabe onde vive o mosquito adulto e 54% não sabem a hora de maior atividade do mosquito da dengue, que é entre os períodos de manhã e o fim da tarde/início da noite. Apesar desse desconhecimento, os paulistanos sabem sobre a predisposição da doença - 92% deles afirmaram que estão suscetíveis à picada do mosquito. Também reconhecem suas responsabilidades frente ao problema: 83% atribuem a tarefa do combate à própria população. O estudo revela ainda dados sobre os casos no estado - 72% dos entrevistados afirmam ter tido dengue ou conhecem alguém que já contraiu a doença. A pesquisa Eu Amo SP/RJ Sem Dengue - Fevereiro 2015, divulgada ontem, ouviu 500 pessoas, de idades entre 25 e 55 anos, na capital e interior do Estado de São Paulo no último mês de fevereiro. Mortes no interior de SP No dia 7 de março, a Secretaria de Saúde de Birigui havia confirmado a primeira morte por dengue no interior do estado neste ano. A vítima foi um idoso de 85 anos. Na última segunda-feira, 16, a Secretaria de Saúde de Campinas registrou uma morte - um homem de 78 anos, morador da região leste. Segundo o balanço, até agora aconteceram 1.697 casos de dengue no município. Na semana passada foram registradas cinco mortes causadas pela dengue no interior paulista. Duas aconteceram em Mogi Mirim (uma mulher de 68 anos e outra de 28). Foram registrados, de janeiro até agora, 1.995 casos confirmados no município. No ano passado ocorreram 151 casos. Os outros três casos de morte foram em Bauru (uma mulher de 73 anos e dois homens, com 80 e 74 anos). A cidade confirmou 827 casos da doença. Em Sorocaba, 12 óbitos foram notificados. Cinco deles foram confirmados para dengue e sete aguardam resultado de exame. Em Limeira, de acordo com dados do último dia 9, existem sete notificações de óbito aguardando confirmação. Na cidade de Marília foram confirmadas seis mortes. Em São Paulo, um menino de 11 anos, morador do Jardim Miriam, na zona sul da cidade, morreu por dengue. Mudança no perfil do cliente estimula coberturas extras em seguros de vida 18/03/2015 - DCI O seguro de vida não é apenas para morte, ele também ajuda a cuidar da saúde. O aumento da incidência de câncer em idade menos avançada, a maior expectativa de vida e a ampliação da classe média estão mudando o perfil do mercado segurador no Brasil. É o que mostram os números da Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A., subsidiária da norte-americana Prudential Financial, instalada aqui desde 1998 e que encerrou 2014 como a primeira seguradora independente no ranking de Planos Individuais de Seguros de Pessoas, com 17,4% de market share (participação no mercado), de acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) de janeiro a dezembro de 2014, atrás apenas do Bradesco. A empresa tem 25 agências e dois escritórios comerciais no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal. De acordo com o balanço da companhia, a maioria dos sinistros ocorridos no ano passado foi relacionada à saúde dos segurados, representando cerca de 84% das indenizações no período. Para o diretor regional em São Paulo da Prudential, Sidnei Calligaris (foto ao lado), outro dado relevante é o de que 83% dos sinistros ocorridos, na Prudential em 2014, foram com os segurados na idade entre 30 a 59 anos. A média ficou em 41 anos. Embora a companhia possua uma carteira de clientes em sua maioria jovens - a faixa etária que vai de 21 a 40 anos representa hoje 58% dos segurados -, a crescente incidência de câncer e de doenças cardiovasculares estimula a procura pelos seguros com coberturas assessórias aos problemas de saúde. No caso da Prudential, os produtos da seguradora voltados para a saúde são: a Cobertura Opcional Doenças Graves (DDR) nas opções Básica e Plus. A primeira cobre sete doenças e a segunda contempla treze, entre elas câncer, acidente vascular cerebral e infarto, além de procedimentos como cirurgia para troca de válvulas cardíacas, cirurgia da aorta e transplantes de órgãos. Calligaris enfatiza que o diferencial deste tipo de produto é o fato de o segurado receber o benefício após diagnóstico da doença ou da realização do procedimento médico coberto, conforme previsto no produto. E a cobertura opcional renda hospitalar, voltada para a recuperação da saúde do segurado. "Com o ele, o cliente tem a proteção necessária em casos de internação hospitalar por acidente ou doença, com a garantia do pagamento de uma indenização diária, no valor e período contratado na apólice", explica. Segunda idade A maior preocupação com a saúde se encaixa em uma tendência mais ampla dos seguros no País, lembra o diretor regional da Prudential. "Não é mais na terceira idade, e sim na segunda idade que a proteção se torna mais importante, porque é nesta faixa etária que se encontram os fazedores de renda. No caso de morte de um fazedor de renda, o impacto nas famílias desprotegidas é muito maior", comenta Calligaris. Por isso, a seguradora sediada no Rio de Janeiro oferece a possibilidade de acompanhar regularmente as condições de saúde do segurado, "tirando o risco da família". Também passaram a ser incluídos na precificação dos prêmios dos seguros os hobbies de risco. Faturamento A Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A. registrou um aumento dos prêmios de seguros de 40%, em comparação ao ano de 2013, atingindo o montante de R$ 715 milhões, e apresentou um lucro líquido de mais de R$ 87 milhões, alta de 287% com relação ao ano imediatamente anterior. A companhia continua elevando a sua base de segurados e encerrou o ano com mais de 231 mil apólices de seguro de vida individual, um aumento de 24%, em relação ao ano anterior. Como consequência, ainda em comparação a 2013, também cresceu 41,3% no capital segurado em vigor, ultrapassando R$ 106 bilhões. Dando continuidade ao plano de expansão, a Prudential do Brasil abriu quatro novas agências em 2014. Três na região sul do país, duas delas em Curitiba e uma em Porto Alegre e mais uma no Rio de Janeiro, estado onde se localiza a sede da seguradora. A seguradora comercializa seus produtos por meio de 1.108 franqueados e empresas parceiras. Mercado Também de olho no aumento da expectativa de vida da população e buscando a otimização da saúde de seus segurados, a SulAmérica anunciou, na quinta-feira passada, uma joint venture com a empresa norte-americana Healthways para oferecer serviços de "gestão de saúde e bem-estar" aos seus clientes. O capital detido da parceria, com duração de 10 anos "sob bases comerciais repactuadas", ficará dividido em 49% para a SulAmérica e 51% com a Healthways. Você e seus micróbios 18/03/2015 - Folha de S.Paulo Colunista: SUZANA HERCULANO-HOUZEL Bactérias e fungos que vivem em seu corpo chegam a influenciar até como seu cérebro funciona "Você", essa entidade que se move e tem gostos e vontades particulares, é definido por seu genoma e história de vida que moldam a biologia do seu corpo e cérebro. Certo? Mais ou menos: de acordo com um novo campo da ciência, uma combinação inusitada de microbiologia, genética e neurociência, falta acrescentar ao conjunto da sua obra todas as bactérias e fungos que vivem em seu corpo, isto é, seu microbioma -- que chega a influenciar como seu cérebro funciona. Com um microbioma diferente, você seria um "você" também diferente. É uma ideia estranha, que está forçando a biologia evolutiva a rever seus conceitos. Aliás, sem um microbioma residente em suas mucosas e órgãos internos, você provavelmente sequer existiria. Eliminar todas as bactérias e fungos do corpo é um experimento quase impossível de fazer com humanos, e que em animais de laboratório costuma resultar em animais mortos. Vacas livres de micróbios deixariam de existir em poucos dias, mortas por inanição sem as bactérias que digerem celulose em seu estômago. Em humanos, as ocasionais tentativas parciais de eliminar bactérias inconvenientes com antibióticos matam também as "boas" bactérias, desequilibram a absorção de nutrientes e levam a micoses oportunistas. Precisamos de nosso microbioma residente a tal ponto que a sua ausência no intestino coloca a vida em risco, e precisa ser corrigida com uma doação de fezes com bactérias alheias saudáveis. De alguma maneira, a influência das suas bactérias intestinais chega ao cérebro, talvez por substâncias liberadas pelas bactérias ou modificadas por elas, ou ainda por outras, produzidas pelo intestino em resposta às bactérias e que depois chegam ao cérebro levadas pelo sangue, como serotonina. A influência é tanta que mudanças de hábitos alimentares que alteram o microbioma intestinal podem modificar o funcionamento do cérebro. Em estudo recente, a severidade de problemas de comportamento em camundongos foi aliviada com uma mudança nas bactérias que habitavam seus intestinos. Note bem: você, com suas ações, desejos e pensamentos, continua dependendo da estrutura e do funcionamento do seu cérebro. Mas, quem diria, as bactérias em seu intestino têm como lhe subir à cabeça. Idosa se desloca por 7 km por dose contra tétano 18/03/2015 - Folha de S.Paulo Após ser atendida no posto de saúde do seu bairro e receber oito pontos no braço, a aposentada Carolina de Freitas, 89, precisou se deslocar até a unidade de saúde do centro de Florianópolis (SC), a cerca de sete quilômetros, para tomar a vacina contra o tétano. "Se tivesse a vacina no posto do bairro a gente não precisaria pegar este trânsito todo. Sair de casa com ela é sempre delicado", disse Camila Soares, 32, mulher do neto da aposentada. Carolina sofreu uma queda. Faltam doses para hepatite B, febre amarela, raiva, tétano, rubéola, sarampo e caxumba em vários postos. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que "o Ministério da Saúde atrasou o abastecimento de algumas vacinas" e que "enquanto o fornecimento não é regularizado" a vacinação se concentrará "em centros de saúde de referência". Hospital São Paulo capta verba privada 18/03/2015 - Valor Econômico Neste ano, quando o governo está reduzindo repasses às universidades federais em cerca de 30%, o Hospital São Paulo, hospital universitário da Unifesp , conseguiu pela primeira vez aprovação de um projeto que usa recursos da iniciativa privada para manutenção de um programa de tratamento de câncer de olho. Até hoje, os investimentos privados tinham como finalidade a construção de uma nova ala ou a compra de equipamentos médicos. No entanto, a grande dificuldade do Hospital São Paulo é levantar recursos para pagar as despesas do dia a dia como folha de pagamento, contas de água e luz. Essa linha do balanço do hospital universitário apresenta um déficit mensal de R$ 3 milhões. O departamento de oncologia ocular do Hospital São Paulo está levantando verba para custear tratamentos de pacientes com câncer no olho por meio do Pronon - programa do Ministério da Saúde em que as empresas podem reverter 1% do imposto de renda devido para determinadas iniciativas para tratamento de câncer. "O dinheiro será destinado para assistência dos pacientes de São Paulo e Amazonas e treinamento de médicos", explica o médico Rubens Belfort Neto, chefe do setor de oncologia ocular da Unifesp. O projeto é orçado em R$ 2,2 milhões. Porém, até o momento, a Unifesp só conseguiu 30% desse valor por meio de doações dos laboratórios Allergan, Novartis e Cristália. Para levantar o restante dos recursos o médico corre contra o tempo, uma vez que o prazo para obter o dinheiro por meio do Pronon termina no fim deste ano. "Estou batendo à porta de empresas e bancos, mas nem todos ainda entendem que podem doar o imposto devido para projetos", diz Belfort Neto. O governo federal autorizou uma renúncia fiscal de até R$ 1,3 bilhão para projetos ligados a oncologia e pessoas com deficiência. O Pronon foi criado em 2013 e no primeiro ano captou R$ 81,3 milhões. Segundo o médico, o recurso privado possibilitará o aumento no número de novos atendimentos dos atuais 350 para 700 por ano. "Com os recursos do Pronon poderemos adquirir equipamentos mais modernos e eficientes e contratar um médico anestesista. Com isso, vamos aumentar o número de cirurgias de três para oito por semana e o tempo de espera da primeira consulta cairá de seis para duas semanas", enumerou Belfort Neto. Referência entre os hospitais universitários, o Hospital São Paulo conta com 770 leitos e tem um orçamento mensal de R$ 21 milhões. Mas todos os meses apura um déficit de cerca de R$ 3 milhões devido à defasagem na tabela de repasse do SUS. |