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Medicamentos
Anvisa suspende distribuição de medicamentos para problema urinário 16/03/2015 - ANVISA Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada hoje (16) no Diário Oficial da União, suspende a distribuição, o comércio e o uso do Lote 344878 do medicamento Mesna 100mg, solução injetável, da empresa Eurofarma Laboratórios S.A, com validade até agosto de 2016. O remédio é indicado para pacientes com distúrbio no trato urinário. De acordo com o texto, a própria empresa comunicou à Anvisa o recolhimento voluntário do lote do medicamento após constatar a presença de corpo estranho em uma ampola. A resolução entra em vigor hoje.
Pesquisa e Desenvolvimento
Onofre e Walmart caem em ranking 17/03/2015 - Valor Econômico Ranking das maiores redes de farmácias do país em 2014, publicado ontem pela associação do setor, mostra queda na posição das redes Onofre e da operação de farmácias do Walmart em relação a 2013. Em termos de vendas brutas por bandeira, a Onofre caiu da 10ª posição para a 13ª colocação. O Walmart passou da 15ª para 16ª. Duas redes do grupo Brasil Pharma, cujo principal sócio é o BTG Pactual, também tiveram mudanças. A Mais Econômica perdeu duas colocações (12ª para 14ª) e a rede Sant'Ana, também do grupo, subiu de 13º lugar para 12º. Os dados foram apresentados ontem pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). O relatório não informa o valor faturado pelas redes. A rede Onofre passou a ser controlada pela americanas CVS Caremark em 2013 e, desde então, a rede tem registrado crescimento orgânico modesto. O grupo americano também não fez novas aquisições, o que poderia ampliar a base de lojas. O Walmart, por sua vez, enfrenta fase de reestruturação e reduziu total de abertura de lojas, onde as farmácias são instaladas. No ranking das vendas brutas por grupo varejista, novamente a Onofre perde posição, de 9ª para a 10ª, e a operação controlada pelo Walmart também caiu um degrau, de 11ª para 12ª. Raia Drogasil mantém a primeira colocação, seguida de Drogaria Pacheco São Paulo, Pague Menos e Brasil Pharma ¬ mesmas posições de 2014. Ao se analisar o ranking de número de lojas por grupo, a BR Pharma perdeu a 3ª posição, caindo para o 4º lugar. Acabou trocando de colocação com a Pague Menos, que subiu do 4º para o 3º lugar. ‘Não somos ratos de laboratório’ 17/03/2015 - O Globo A Aliança para a Medicina Regenerativa (Arm, na sigla em inglês), organização que reúne mais de 200 empresas no mundo da área de biotecnologia e instituições de pesquisa, pediu uma moratória de prazo indefinido para pesquisas e prática de manipulação do DNA de células reprodutivas. O debate sobre o tema, que já dura anos, esquentou com o desenvolvimento de técnicas que permitem que a edição de genes ocorra na prática, o que abre a possibilidade de gerar bebês sob medida. O diretor-presidente da Sangamo Biosciences, Edward Lanphier, anunciou o pedido de interrupção nas pesquisas em um documento assinado por ele e outros membros da aliança. O texto, publicado na “Nature”, revista científica de renome internacional, declara que este tipo de pesquisa não deve ser levada adiante. Enquanto nos Estados Unidos e em países europeus ainda não há uma definição prática sobre se é permitida ou não a manipulação genética de células reprodutivas, no Brasil, estudos deste tipo já foram proibidos. A resolução foi publicada em 2004 pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa ( Conep), órgão do Ministério da Saúde. Ela diz: “As pesquisas com intervenção para modificação do genoma humano só poderão ser realizadas em células somáticas (não-reprodutivas).” Agora a questão seria o uso ilícito de técnicas desenvolvidas no exterior. Em entrevista à revista digital O GLOBO a Mais, Lanphier explica por que considera que até mesmo a pesquisa básica deve ser banida. A moratória é geral? Sim. O pedido de moratória é para que tenhamos um tempo para que todas as partes discutam o assunto. É um pedido. Mas a premissa da qual partimos é que mesmo com essa discussão existe uma linha que não pode ser ultrapassada. Qual é o principal risco de editar o genoma de células reprodutivas (espermatozoides e óvulos)? O grande problema é ético, apesar de haver também riscos de segurança e técnicos, que limitam o uso prático. A questão ética ultrapassa a barreira da legislação e políticas de cada país. Ela é fundamental. Se é possível alterar o genoma, é possível escolher a cor do cabelo, dos olhos ou até da pele de um bebê? Vai além disso. O problema é não só poder alterar as características de um indivíduo, mas também de todas as futuras gerações. Não somos ratos de laboratório, muito menos algo como um milho transgênico. Como espécie, nós humanos decidimos que somos únicos. Por décadas, os países desenvolvidos debateram a modificação de genes em células reprodutivas e se posicionaram contra isso. É possível alterar genes que ditam características como inteligência ou até comportamento? Essa é a nossa preocupação. Pois o indivíduo alterado passará as mudanças para as gerações futuras. Aberta a oportunidade deste tipo de pesquisa, ela pode ser usada para objetivos que não têm valor terapêutico, de tratamento de doenças. É um caminho sem volta. Nós, como sociedade, precisamos pensar no que nos torna huma- Aparelho para sequenciamento genético. Para Lanphier, pesquisas com células não-reprodutivas são as únicas aceitáveis nos. No passado já nos posicionamos contra ações deste tipo, que podem nos levar a uma sociedade pautada pela eugenia. O senhor poderia explicar a diferença entre a manipulação de células somáticas ( não- reprodutivas) e a de óvulos e espermatozoides? Existe uma diferença fundamental. É preto e branco. Na manipulação de células somáticas, você busca alterar um gene para criar uma resistência no indivíduo contra uma doença específica. Você não altera os genes de futuras gerações, caso a pessoa tenha filhos. A única coisa que se tenta fazer é curar doenças. Existe, porém, uma linha que não deve ser ultrapassada. E ela é alterar óvulos e espermatozoides, pois eles conferem hereditariedade para as características manipuladas. Se o senhor muda uma única característica e ela é passada para gerações futuras, não é possível que outras mutações inesperadas aconteçam? Isso é perfeitamente possível. É uma das questões que levantamos. Atualmente a natureza disto e suas possíveis consequências são completamente desconhecidas. Há muitas questões sem respostas. Precisamos responder a todas antes de sequer considerar a questão maior, que é a ética do processo. Ainda é muito cedo. Por isso, pedimos uma moratória. Quais limites o senhor sente que é necessário criar a longo prazo? Propusemos a moratória justamente para discutir o assunto. Não existe justificativa para realizar alterações genéticas em células reprodutivas. O senhor cita uma possibilidade de rejeição da sociedade contra este tipo de pesquisa. O temor é de que isso atinja também a pesquisa com as demais células? Seria uma rejeição motivada por falta de conhecimento. Que linhas de estudo são consideradas promissoras? As doenças com mais chances de serem curadas por este tipo de pesquisa são aquelas que têm um gene específico associado. É o caso de hemofilia, anemia falciforme e vários tipos de câncer. Essas são as oportunidades mais imediatas que se abrem com a pesquisa. Tecnicamente e teoricamente é possível ainda usar a tecnologia para alterar mais de um gene, para curar doenças relacionadas a múltiplos genes. Há algum argumento a favor da alteração de genes em óvulos e espermatozoides? Não. Mesmo em situações onde pais tenham genes com falhas ligadas a doenças hereditárias, não se justifica. Há exames pré- natais e tratamentos de fertilização in vitro para contornar estes problemas. Não há justificativa para editar o genoma humano em células reprodutivas. Se é possível alterar o genoma humano, não é necessário questionar o que nos torna humanos? Não estaríamos criando uma nova espécie? A grande questão é que, se mudarmos o DNA, mudamos a espécie.
Saúde
2ª morte por dengue na cidade é de garoto 17/03/2015 - Folha de S.Paulo A Secretaria Municipal de Saúde confirmou na tarde desta segunda-feira (16) a segunda morte por dengue registrada em São Paulo desde o início do ano. A vítima é um menino de 11 anos que morava no Jardim Angela (zona sul) e aguardava transplante de medula. De acordo com a pasta, o garoto deu entrada no Instituto da Criança no dia 25 de fevereiro e morreu no dia 9 de março. A causa da morte foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz. A primeira morte provocada pela dengue na cidade de São Paulo tinha sido confirmada no início do mês: uma mulher de 84 anos, moradora da Freguesia do Ó (zona norte). Com a morte da criança, o Estado de São Paulo chega a 36 óbitos em decorrência da doença. Ao todo, a capital paulista teve 1.833 casos confirmados até o final de fevereiro. As notificações, que ainda precisam de comprovação clínica, chegam a 2.581. Em relação ao mesmo período do ano passado, o registro de casos de dengue triplicou. A zona norte da cidade continua sendo o ponto mais crítico de propagação da doença. Essa região tem 45% dos casos da cidade. No bairro do Limão, a incidência de casos por 100 mil habitantes é de 130,4 no Limão; 98,6 no Jaraguá e 97,8 na Brasilândia. Embora o número de casos seja muito alto para um início de ano, a situação ainda não é tida como de epidemia, caracterizada quando a incidência atinge 300 casos por 100 mil habitantes. CAUSAS O secretário-adjunto da Saúde do município, Paulo Puccini, apontou, na semana passada, a crise de abastecimento de água como um dos fatores que explicam o recrudescimento da doença. "Em nossas pesquisas sobre a presença de larvas [do mosquito Aedes aegypti] ou de criadouros nas residências ocupadas está demonstrado o aumento de resultados positivos, cinco vezes maior que no ano passado", disse. Segundo os dados, há um "grande impacto de recipientes típicos de armazenamento de água" como criadouros da larva: 212% de aumento em relação a 2014. Ao todo, 20 Estados tiveram aumento no número de casos de dengue neste ano em comparação a 2014. Médico cubano: não serviu, troca por outro 17/03/2015 - Folha de S.Paulo "O governo federal tem a obrigação de assegurar que, em território brasileiro, os médicos cubanos sejam tratados de forma digna, e não apenas como peças descartáveis de uma máquina de financiamento da tirania castrista". A frase extraída do editorial da Folha desta segunda (16), que trata da pressão que o governo de Cuba tem feito para que os médicos cubanos "despachem" seus filhos e cônjuges de volta para a ilha. Se não aceitarem, serão substituídos por outros. Quase dois anos após o início do programa Mais Médicos, 80% da força de trabalho (14 mil profissionais) veio da ilha de Fidel Castro. Ou seja, o programa só está de pé graças a esses profissionais. Nem vou entrar aqui no mérito da discussão de que o programa não é a solução para o problema da saúde brasileira e que não é o mais sustentável a longo prazo. Isso tudo já foi exaustivamente discutido nos últimos anos. Vou me ater apenas ao fato de que a presença dos doutores cubanos é mais do que aplaudida pelos moradores dos municípios atendidos, segundo várias pesquisas de opinião. No final do ano passado, o "Jornal Nacional" visitou o município de Cocal, no interior do Piauí, que tem seis cubanos participantes do programa Mais Médicos. Acompanhou o médico Osmayki percorrendo nove comunidades rurais do município. "Nesta população encontramos muitas pessoas que estão com hipertensão, uma pressão alta, que eles não tinham conhecimento", contou. Dona Francisca Messias da Silva é paciente do doutor cubano. "Desde o começo que ele passou o remédio para mim que eu tenho sentido melhora", afirmou a lavradora. A reportagem também chamou atenção para a falta de filas nos postos de saúde do município. "Hoje a gente vem sabendo que vai encontrar um médico e que vai ser atendido realmente, porque antes quando a gente vinha para o posto de saúde, chegava cedo e de repente nem o médico encontrava", relatou outra moradora. A satisfação, porém, é bem pontual e restrita à presença dos médicos. O resto é aquele caos de sempre. Não é possível fazer nenhum tipo de exame no município. O aparelho de raio-X está desativado. Uma das salas do centro cirúrgico é usada como epósito. E por aí vai. Portanto, não dá para entender esse silêncio por parte do governo federal e dos municípios que receberam os médicos cubanos frente a essa atitude absurda e desumana do governo de Cuba. OK, os médicos cubanos já estão acostumados e aceitam trabalhar em condições precárias. Eles sabem que são hoje o maior produto de exportação da ilha. Ao aceitar que Cuba pressione seus profissionais em pleno território brasileiro e fazer de conta que não é com ele, o governo sinaliza que também enxerga esses profissionais como mercadorias. Não serviu, troca por outro. Dengue leva mais municípios a decretarem emergência 17/03/2015 - DCI A Prefeitura de São Carlos decretou situação de emergência por causa da dengue e vai realizar novos mutirões de combate ao mosquito. O município possui 574 casos confirmados e 2.050 notificações e vive uma epidemia da doença. Ontem foram confirmadas mais seis mortes, três em Bauru, duas em Mogi Mirim e uma em São Paulo. Segundo a administração de São Carlos, os agentes da Secretaria de Saúde agora estão autorizados a entrar nas casas fechadas ou abandonadas e a pasta poderá contratar trabalhadores temporários para o combate à doença. A prefeitura decretou situação de emergência em função do aumento de notificações de casos de dengue no município. O Decreto 23 foi publicado na última sexta-feira (13), na edição nº 785, do Diário Oficial do Município. A medida tem validade por 90 dias, podendo ser prorrogada por igual período. Até o momento, números oficiais, de acordo com resultado de exames recebidos do Instituto Adolfo Lutz, mostram que São Carlos tem 574 casos de dengue confirmados, sendo 462 autóctones e 112 importados, e 2.050 notificações. A doença já afeta gravemente 604 dos 645 municípios paulistas, caminhando rapidamente para a situação de epidemia. São José dos Campos Em São José, o arrastão contra a dengue realizado no sábado (14) recolheu 18.750 quilos de objetos e materiais em seis bairros. Essa foi a terceira ação desse tipo organizada pela prefeitura este ano. Somadas, elas resultaram no recolhimento de mais de 58 toneladas de lixo das casas visitadas, além de 41 amostras de larvas. A ação faz parte da campanha "São José na Guerra Contra a Dengue", que foi lançada pelo prefeito Carlinhos Almeida no último dia 6. Durante o arrastão, os agentes entraram nos imóveis para aplicar larvicida, orientaram e ajudaram os moradores a recolher do quintal os objetos que poderiam se tornar um risco para a dengue. No final, o carro do fumacê passou nas ruas, concluindo o trabalho. No início do mês, a Prefeitura de São Carlos decretou epidemia de dengue e o secretário de Saúde, Marcus Petrilli, afirmou que as pessoas com sintomas da doença deveriam procurar as unidades básicas ou de saúde. Também Ribeirão Preto e Jaboticabal estão em situação de alerta de dengue, e outras oito cidades estão em alerta para uma possível epidemia. Levantamento que mapeia criadouros do mosquito foi divulgado pelo Ministério da Saúde e trazem inquietação quanto a Ribeirão e Jaboticabal, com índice de 4% e 5,8%, cidades em situação de risco. Viradouro, Bebedouro, Santa Rita do Passa Quatro e Luiz Antônio somam, juntas, mais de 1 mil casos de dengue. |