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CLIPPING 04/03/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde



Medicamentos

Ampliação de medicamentos clone reduzirá fila de registro
04/03/2015 - ANVISA

A partir de agora, a indústria farmacêutica que quiser registrar medicamento clone terá a garantia de manutenção do preço já praticado no mercado. O processo de registro para esse tipo de produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é mais simplificado e sua ampliação permitirá a redução de cerca de 25% na fila de pós-registro. A análise desses documentos representa 60% da demanda para registros no país. A medida beneficiará o setor, que terá o processo de registro acelerado, e o consumidor, que terá mais opções de marcas e preços disponíveis.
“Essa resolução é muito importante porque já estamos adotando uma maneira mais simplificada para registrar medicamentos clones e faltava uma definição sobre o preço. A análise simplificada para os medicamentos clones representa um ganho de tempo em todas as etapas de registro, com uma redução expressiva da fila”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O diretor-presidente da Anvisa, Jaime Oliveira, explica que é fundamental sinalizar ao setor a manutenção do preço para dar segurança ao pedido de registro do produto na categoria clone.
A resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) sobre a precificação de medicamentos clone será publicada no Diário Oficial da União. A ação voltada ao setor farmacêutico foi anunciada pelo Ministério da Saúde e Anvisa.
Essa medida vem complementar a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 31/2014 da Anvisa, que passou a autorizar que medicamentos novos ou não, que têm comprovadamente a mesma matriz (princípios ativos, concentração, via de administração, posologia e indicação terapêutica) de uma droga já registrada e comercializada, possam ser enquadrados como ‘medicamento clone’.
O maior impacto da medida será no pós-registro, fase em que a indústria já possui medicamentos e preços registrados na Anvisa e quer reclassificá-los, passando-os de medicamento não clone para clone. Atualmente, cerca de 60% da demanda da Gerencia Geral de Medicamentos da Anvisa está no pós-registro. Um terço dos pedidos (629) aguarda para serem registrados como ‘clone’.
MERCADO –A Resolução da CMED prevê três situações que garante a precificação dos medicamentos, caso o fabricante opte por trabalhar com os clones. No primeiro caso, o medicamento não clone já é comercializado. Nessa situação, haverá uma troca do número de registro do medicamento para adequação à RDC 31/2014 e será mantido o preço anteriormente aprovado para o laboratório.
No segundo caso, o medicamento entra no mercado como um fármaco novo ou nova apresentação e, por isso, segue normalmente as regras gerais de preços estabelecidos pelos critérios da Resolução CMED N°2/2004. A terceira situação trata do produto criado a partir da transferência de tecnologia entre laboratórios públicos e privados, por meio das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) e outras formas de transferência de tecnologia – em que o medicamento clone terá o mesmo preço praticado pela matriz.
PDP – As Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) fornecem produtos de acordo com a necessidade e prioridade da rede pública de saúde e seguem as demandas apresentadas anualmente pelo Ministério da Saúde. As iniciativas firmadas entre laboratórios públicos e privados têm por objetivo fortalecer o setor produtivo nacional e garantir o abastecimento do Sistema Único de Saúde, contribuindo para a sua sustentabilidade e para a redução do déficit externo do setor da saúde.
Atualmente, estão em desenvolvimento 98 parcerias entre 19 laboratórios públicos e 55 privados. Esses acordos preveem o desenvolvimento de 91 itens, (sendo 61 medicamentos, 6 vacinas, 19 produtos para saúde e 5 equipamentos).  Do total de PDPs em vigência, 30 já possuem registro na Anvisa e 18 deles estão no mercado e são comprados de forma centralizada pelo Ministério da Saúde, entre eles oncológicos, antirretrovirais e vacinas. A estimativa é de que o total de parcerias promova economia de R$ 4,1 bilhões por ano em compras públicas.





Anvisa publica regras que modernizam pesquisa clínica no país
04/03/2015 - Agência Brasil

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada nesta terça-feira (3) no Diário Oficial da União, fixa novas regras para pesquisas clínicas com medicamentos no Brasil. A expectativa do governo é que as normas, aprovadas no início de fevereiro, tragam mais agilidade e permitam maior inserção do país no setor.
Uma das novidades é a definição de prazo para que a Anvisa avalie dossiês de desenvolvimento clínico de medicamento (DDCM) contendo projetos de ensaios clínicos a serem feitos. Pelo texto aprovado, os estudos de fase III, com medicamentos sintéticos de outros países, terão prazo máximo de 90 dias para avaliação. A estimativa é que 60% dos estudos analisados atualmente pela agência se enquadrem nessa regra.
As novas regras preveem ainda que, nos casos em que a agência não se manifestar em até 90 dias, o estudo poderá ser iniciado, desde que aprovado por instâncias que avaliam aspectos éticos da pesquisa. Neste caso, a Anvisa emite uma autorização para que o pesquisador importe os produtos da pesquisa em questão. Os pedidos de autorização que aguardam avaliação técnica e já se encontram na Anvisa, anteriormente à vigência da norma, vão ser enquadrados na regra dos 90 dias.
Já os estudos de fases I e II, com medicamentos biológicos ou realizados apenas no Brasil, terão prazo de 180 dias para avaliação pela Anvisa. O início do estudo, entretanto, não poderá ser feito até que isso aconteça.
De acordo com a Anvisa, as pesquisas clínicas são estudos com humanos para medir os parâmetros de segurança e eficácia de novos medicamentos. Os ensaios são divididos nas fases I, II, III e IV, de acordo com a quantidade de participantes e os objetivos específicos de cada etapa.
"A nova norma busca harmonizar a legislação nacional com a as diretrizes internacionais do setor, e deve incentivar o desenvolvimento de pesquisas em território nacional, bem como maior inserção do Brasil nas pesquisas feitas simultaneamente em diferentes países", informou a agência.






Abortivo na mão do camelô.
04/03/2015 - O Globo


Em camelódromo no Centro, ambulantes oferecem, por até R$ 600, o abortivo Cytotec, de venda proibida no país. O mercado negro do aborto chegou às bancas de camelôs da Rua Uruguaiana, no Centro. À luz do dia e diante de agentes da Guarda Municipal, ambulantes oferecem aos gritos: “Cytotec! Cytotec!”. Proibido no Brasil desde 2005, o medicamento era originalmente utilizado para o tratamento de úlceras, mas a sua ação abortiva provocou a suspensão das vendas, e sua comercialização passou a ser considerada crime hediondo, com pena de até 15 anos de prisão, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Apesar disso, desembolsando de R$ 250 a R$ 600, é fácil obter a cartela com quatro comprimidos do abortivo, além de ganhar uma rápida “consulta” com o próprio vendedor sobre como utilizar o produto:
— É preciso tomar dois comprimidos via oral e pôr dois na vagina, em jejum. Depois de algumas horas, a mulher sentirá cólica e começará a sangrar. O feto vai sair junto. É garantido, mas tem que tomar dessa maneira que eu estou falando — orientou o ambulante, que também vende DVDs piratas e chips para celular.
Durante uma hora, uma equipe do GLOBO flagrou cinco camelôs oferecendo Cytotec e Pramil — remédio para disfunção erétil produzido no Paraguai e sem registro na Anvisa — na Uruguaiana, ao lado do camelódromo. Após uma breve negociação e definido o valor a ser pago pelo Cytotec, R$ 250, o ambulante desapareceu em meio aos boxes do camelódromo e retornou minutos depois com quatro comprimidos enrolados num plástico, sem qualquer etiqueta comprovando a origem do medicamento.
ADVOGADA PASSOU MAL COM REMÉDIO
Perguntado sobre a procedência do remédio, ele afirmou que um amigo distribui a mercadoria. O vendedor enfatizou a eficácia do abortivo, ressaltando que há grande procura pelo produto:
— Vendo muito, direto, todos os dias. Esta semana, uma mulher apareceu aqui grávida de seis meses com o dinheiro na mão. Eu não vendi. A recomendação é tomar com até três meses de gravidez, mas acho que ela comprou com outro colega. Eu não quis ficar com esse peso na consciência e ainda avisei: “Se você tomar, a criança vai embora e você vai junto com ela” — contou.
Surpreendida por uma gravidez não planejada, uma advogada de 28 anos, que preferiu não se identificar, viu como única alternativa a automedicação para interromper a gestação de três semanas. Escondida da família e sem dinheiro para se submeter ao procedimento numa clínica clandestina, a advogada e o namorado decidiram comprar o Cytotec:
— Sangrei demais e, depois, precisei fazer uma ultrassonografia para conferir se estava tudo bem. Não faria de novo, por causa do sofrimento por que passei. Foi bem doloroso o processo abortivo. Coloquei a minha vida em risco por causa de uma irresponsabilidade de nós dois.
O medicamento é composto por um princípio ativo chamado misoprostol, substância abortiva que, legalmente, segundo a Anvisa, só pode ser usada em procedimentos hospitalares.
Para a ginecologista Vera Fonseca, membro do Cremerj, em meio ao desespero, as mulheres acabam investindo em métodos rápidos para abortar, porém extremamente perigosos, colocando a própria vida em perigo:
— Há chances de um abortamento incompleto, o que pode ocasionar máformação fetal, além de hemorragias, ruptura do útero e infecções. Pode causar também a morte dessa gestante.
A Organização Mundial da Saúde ( OMS) estima que, a cada dois dias, uma brasileira morra vítima de aborto ilegal no Brasil. Dados da Secretaria estadual de Saúde do Rio mostram que, em 2014, cerca de 15 mil mulheres foram internadas para a realização de curetagens pós-abortamento, uma média de 41 pessoas por dia. No entanto, como não há diferenciação no atendimento prestado pelo Sistema Único de Saúde, esse número compreende tanto os abortos espontâneos quanto os provocados por métodos ilegais.

POLÍCIA DIZ QUE TEM INVESTIGAÇÃO

A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Marisa Chaves, defende a ideia de que governo e sociedade abram o debate de maneira madura, priorizando a saúde das mulheres:
— Nenhuma mulher vai à Uruguaiana para comprar e consumir um remédio, que agredirá de forma tão brutal o seu organismo, se não estiver numa situação de desamparo e desespero. As mulheres têm direito ao acesso a políticas públicas que deem a elas o poder de escolher os melhores métodos contraceptivos. É preciso escutar as angústias e orientar, não punir — salientou Marisa.
A Anvisa informou que trabalha para impedir a entrada de fármacos ilegais no mercado brasileiro, com o apoio dos órgãos estaduais de vigilância sanitária e de segurança. Já a Polícia Civil disse que há um inquérito em andamento para apurar a venda do Cytotec pela internet.
A Guarda Municipal, por sua vez, esclareceu que atua na Rua Uruguaiana no combate a barracas de ambulantes que estejam obstruindo a via pública. Segundo o órgão, a venda de medicamentos ilegais não costuma usar qualquer estrutura física e, geralmente, as pessoas que anunciam a mercadoria não estão com os produtos em mãos, tratando-se, portanto, de atividade criminal que exige investigação. Procurada, a Polícia Civil orientou o repórter a entregar o medicamento comprado numa delegacia.




 

Pesquisa e Desenvolvimento 

 

 


Alemã Merck vai expandir fábrica no Rio
04/03/2015 - Valor Econômico

O grupo alemão Merck, que atua nas áreas farmacêutica e química, se prepara para uma nova rodada de expansão da fábrica de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, a empresa, que está entre as dez maiores farmacêuticas do país, projeta expansão de 8% nos negócios locais em 2015.
Depois de encerrar em agosto de 2012 o projeto de duplicação da área produtiva e implantação de três novas máquinas de medicamentos no Rio, a gigante europeia pretende, agora, elevar de 10% a 30% a capacidade na unidade fabril, que já atingiu a marca de 1,2 bilhão de comprimidos produzidos no ano.
Em 2013, a Merck já havia inaugurado seu novo centro de distribuição, com investimentos de R$ 21 milhões e ampliação de 60% da capacidade total de armazenagem, com vistas a dar suporte ao novo volume de produção. "Os mercados emergentes puxaram o crescimento do grupo no ano passado. A América Latina teve posição de destaque e o Brasil é o principal mercado na região", disse ao Valor o principal executivo da Merck Serono na América Latina e gerente-geral interino do grupo no Brasil, Lawrence Ganti.
A unidade de Jacarepaguá, além de medicamentos (comprimidos, cápsulas e xaropes), é voltada à produção de itens de consumo e materiais para filtros solares e detergentes. Com a expansão de 2012, uma parcela de fármacos da Merck que antes eram importados e comercializados no Brasil passou a contar com fabricação local. A partir da nova ampliação, a unidade brasileira poderá abastecer outras regiões da América Latina.
Diante do novo ciclo de crescimento, contou o executivo, a Merck deverá ampliar em 5% a 10% seu quadro de funcionários no Brasil. Um dos focos de crescimento do grupo está justamente no maior intercâmbio de profissionais brasileiros. "Vejo muitos indianos, chineses em outros escritórios do grupo, mas não vejo muitos brasileiros. Queremos dar essa oportunidade aos profissionais do país", contou.
Um dos reconhecimentos da qualificação do Brasil foi a escolha da operação brasileira, junto com outras unidades do grupo ao redor do mundo, para participar das pesquisas de desenvolvimento de um novo tratamento oncológico que serão conduzidas em parceria com a americana Pfizer. O acordo entre as companhias foi anunciado em novembro do ano passado.
Para este ano, a previsão é a de crescimento de 8% dos negócios do grupo no Brasil, em linha com a previsão da indústria farmacêutica nacional, influenciado principalmente pela área farmacêutica, que está sob o guarda-chuva da Merck Serono. "Foi um bom ano para a Merck" e esse desempenho também reflete a reestruturação iniciada em 2010, com direcionamento dos negócios a determinadas áreas estratégicas, disse o executivo.
No ano passado, as vendas do grupo cresceram 5,5%, para € 11,3 bilhões, influenciadas tanto por crescimento orgânico quanto pela aquisição da britânica AZ Electronic Materials. Já o resultado antes de juros e impostos (Ebit) subiu 9,4%, para € 1,8 bilhão, enquanto lucro líquido atribuído aos acionistas declinou 3,7%, para € 1,16 bilhão - o grupo afirmou que o resultado 2013 embutia efeito positivo de itens não recorrentes.
Em relatório que acompanha o balanço financeiro, o presidente do conselho de administração da Merck, Karl-Ludwig Kley, afirmou que todos os setores de negócio do grupo - cuidados com a saúde, ciências da vida e materiais de performance - contribuíram para os bons resultados de 2014. "Com a aquisição da AZ, a oferta de compra da Sigma-Aldrich e a aliança com a Pfizer em imuno oncologia, nós estabelecemos as fundações para o crescimento futuro", disse.


 

Saúde

 



Governo lança programa de suplementação nutricional em creches
04/03/2015 - Estado de S.Paulo


Uma em cada cinco crianças de até cinco anos sofre de anemia; 17% delas têm falta de vitamina A. Para prevenir a anemia e controlar carências de vitaminas, foi lançado nesta segunda-feira (2) programa de suplementação nutricional nas creches públicas do País. O NutriSUS beneficiará 330 mil crianças, de 1.717 municípios. A anemia nos primeiros anos de vida pode causar danos ao desenvolvimento psicomotor das crianças, com repercussão no aprendizado e na capacidade produtiva. A falta de vitamina A pode provocar deficiência visual. A ausência dos nutrientes também favorece doenças infecciosas e respiratórias, além de levar à desnutrição e à morte.
O programa lançado pelos ministérios da Saúde, Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Educação prevê que cada criança consuma um sachê diário composto de ferro e outros 14 micronutrientes. O pó é adicionado à comida já servida na creche. Como não tem gosto, é facilmente aceito pelas crianças. As cuidadoras costumam misturar o produto na primeira colherada - se a criança deixar comida no prato, terá garantido a porção ideal de nutrientes.
O programa prevê o fornecimento de 60 sachês por criança, com intervalo de 4 meses, sucessivamente, até que o aluno complete 4 anos. Participam do programa 6,8 mil creches - dois terços delas na Região Nordeste. O governo federal prevê gastar R$ 12,5 milhões para a compra de 40 milhões de sachês em 2015. "Já nasceu a primeira geração de crianças livres da fome e que estão na escola. O Brasil saiu do mapa da fome, mas isso não é suficiente. Queremos nossas crianças sem anemia e crescendo", afirmou a ministra de Desenvolvimento Social, Tereza Campello, depois de lançar o programa numa creche em Itaipu, em Niterói, cidade no Grande Rio.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, lembrou que ao receber a quantidade ideal de nutrientes previne-se a desnutrição, mas também a obesidade. Ele citou ainda pesquisa da Universidade de São Paulo, que avaliou o projeto piloto do NutriSUS - em oito meses, reduziu-se a anemia em 38% e a deficiência de vitamina A em 20%. "Aqui a gente sabe o que elas comem. Mas não podemos garantir que a comida de casa tenha qualidade. Criança com fome não aprende", afirmou a professora Mariney da Silva, diretora da creche Creche Professora Odete Rosa da Mota, onde o programa foi lançado.




Hospital Albert Einstein inaugura pós-graduação no Rio
04/03/2015 - O Globo


O Hospital Albert Einstein vai inaugurar hoje uma unidade de ensino no Rio. É a primeira vez que a instituição monta uma estrutura fora de São Paulo, e a iniciativa faz parte de uma estratégia de aumentar a sua participação na formação de profissionais de saúde. Serão oferecidas cerca de 300 vagas para cursos de pós- graduação em um prédio na Rua do Passeio, no Centro. Os alunos estudarão temas como enfermagem em terapia intensiva, fisioterapia hospitalar, medicina de urgência e oncologia multiprofissional.
O hospital, que completa 60 anos em 2015, pretende abrir um curso de graduação em São Paulo até o fim do ano e estuda, também, inaugurar uma unidade de pós-graduação em parceria com uma instituição de Curitiba, segundo o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, Claudio Lottenberg. Atualmente, cerca de quatro mil alunos já fazem cursos de pós- graduação com profissionais que trabalham no Einstein, em São Paulo.
— Um dos valores que temos no hospital é o conhecimento. E numa área tão complexa quanto a saúde, os grandes desafios não são a incorporação tecnológica ou a incorporação de recursos físicos, mas ter recursos humanos que possam dar conta dos desafios da área — disse Lottemberg ao GLOBO.
A participação de profissionais nos cursos proporcionou “ganhos significativos em termos de qualidade” para o Einstein, de acordo com Lottemberg. Ele diz que os cursos têm o objetivo de complementar a formação acadêmica que os profissionais de saúde já receberam em suas faculdades e incentivá- los a desenvolver outras competências, principalmente nas áreas de administração e liderança.
— Acho que hoje existe uma carência muito grande para dar mais formação técnica do que acadêmica clássica. E existem expertises que são difíceis de serem obtidas no mercado, como hotelaria hospitalar, por exemplo. Quando você vai a um hotel, vai a negócios ou de férias. Aqui, no hospital, vem tratar da saúde. Precisa ter um tratamento diferente. É difícil — explica Lottemberg. — Outra área importante é a de engenharia clínica. Como ter pessoas com competência para fazer a manutenção nos equipamentos? Tivemos que formar pessoas com essa vertente.
SEM PLANOS DE HOSPITAL NO RIO
Com faturamento líquido na casa dos R$ 2,1 bilhões em 2014 ( 16% mais que o R$ 1,8 bilhão registrado em 2013), o Albert Einstein pretende inaugurar, até o fim do ano, um hospital público em parceria com a prefeitura de São Paulo na Vila Santa Catarina, expandir a unidade avançada em Alphaville e aumentar o número de leitos de 630 para 720 nos próximos três anos. Por enquanto, porém, a abertura de unidades do hospital fora de São Paulo não está sendo estudada pela direção da instituição, de acordo com Claudio Lottemberg:
— Montar um hospital ou postos de atendimento nem sempre é a melhor resposta que você pode dar para contribuir com a visão inclusiva da saúde que temos. E nós começamos a observar que para aquilo que nós queríamos tínhamos carência de recursos humanos.




Choque sempre revigorado
04/03/2015 - Valor Econômico


É na saúde onde se concentram os superlativos do governo federal, embora não se possa desconhecer a distribuição equânime de impasses, falta de resultados e cumprimento de metas, do Palácio da Alvorada à Catedral de Oscar Niemeyer. Para qualquer área da administração que se aponte, é tarefa difícil detectar o sucesso, algo que realmente esteja dando certo e possa ser uma marca positiva com a qual a presidente Dilma Rousseff levante uma bandeira, mesmo que publicitária. A crise é política, econômica e administrativa.
Porém, a saúde é demais, e o abismo é tão fundo que o governo federal parece ter deixado prá lá, se desligado de maiores compromissos na resolução dos problemas, por impossíveis de superação. Há mais de dez anos, a saúde vem ocupando o primeiro lugar na lista de preocupações dos brasileiros com os serviços públicos ineficientes. A área, já combalida, não foi poupada dos cortes que atingiram o Orçamento, recentemente, quando se imaginava que receberia atenção especial: ficará sem R$ 6,1 bi, ou 6,7% de seu orçamento.
Até na campanha eleitoral a saúde foi vítima, pois para ela foi criado apenas um programa, às pressas, para virar slogan e propaganda, sem crivo técnico, bombardeado pelos especialistas, que acabou sendo apenas uma iniciativa de política externa à deriva, um carinho nas relações com Cuba, país beneficiado pela medida. A contratação de médicos cubanos para o interior do Brasil, o Mais Médicos, profissionais que têm boa parte de seu salário confiscado pelo governo do seu país, e trabalham sem a correspondente criação de condições, equipamentos e medicamentos, não se pode dizer que seja um bom instrumento da política de saúde pública.
Enquanto o governo se prepara para dar sequência ao programa eleitoral Mais Especialidades, prometido na última jornada política, ainda se tenta consertar os desvios e fragilidades do Mais Médicos, implantado na marra contra a opinião, inclusive, das entidades representativas dos profissionais. O Ministério da Saúde anunciou ontem que "recepcionará" os profissionais brasileiros que a partir deste ano atuarão dentro do programa.
O descompasso entre o ritmo do governo federal na adoção de providências e o ritmo das reclamações da população e dos diagnósticos de profissionais da área é colossal. O desgoverno tem comprovação constante e resistente. No segunda-feira, dia em que o Ministério da Saúde anunciava a recepção a médicos, o Conselho Federal de Medicina, entidade que já manifestara, como várias outras, sua avaliação crítica ao programa único de campanha e agora de governo, revelava o retrato do que tem sido permanente nas reclamações e que só desperta alguma reação do governo quando a televisão mostra as cenas de guerra em seus noticiários: a situação de calamidade pública dos hospitais públicos. E nem foi uma avaliação abrangente, que contemplasse todos os aspectos do atendimento.
O Conselho Federal de Medicina realizou fiscalização em 952 unidades públicas de saúde e divulgou os resultados do trabalho que retrata o descalabro. Segundo relato do repórter Vandson Lima, o Brasil está na seguinte situação considerando apenas a questão de higiene: quatro unidades não têm salas de esterilização de materiais utilizados pelos médicos, em 23% dos locais não há toalhas de papel, outros 21% não contam com sabonete líquido e em 6% sequer se encontrou pia para o médico lavar as mãos. Quanto aos equipamentos básicos, como termômetro e estetoscópio, estão em falta respectivamente em 10% e 23% dos consultórios.
De 305 emergências visitadas pelo CFM, 29% não tinham seringas e agulhas, em 11% das quase mil unidades públicas fiscalizadas não havia material para curativo e pontos. Equipamentos com algum grau de sofisticação, então, são raros: em 74% das emergências o Conselho não viu desfibrilador para atender pacientes com paradas cardíacas.
Privacidade em consultas não se sabe o que é: constataram atendimento até sob árvores, no mato. E por aí vai a fotografia: em um terço das unidades de saúde 50 itens estavam em desconformidade com o estabelecido pelas normas sanitárias, em 100 unidades eram 80 itens os fora dos padrões; 8% das unidades de saúde estavam sem vacina, em 4% dos locais remédios com validade vencida estavam sendo distribuídos à população.
Além desse básico do básico, o Conselho ainda não pesquisou, mas sabe que a situação só piora. O quadro é de republiqueta de esgoto em céu aberto. O que disse o governo federal diante dessa panorâmica rápida? O problema é dos municípios.
Fora a argumentação teórica: o Ministério da Saúde desenvolve há quatro anos um programa "para construção e melhoria de unidades básicas de Saúde (UBS)". Em nota, joga os números de volta ao CFM: "Há 24.935 obras em execução, das quais 22.782 estão em andamento ou já foram concluídas. Outras 14 mil unidades entrarão em obras nos próximos anos". Mas aí vem o culpado: "Cabe reforçar que a gestão do SUS é tripartite, com autonomia dos entes federados, e que a implementação das ações e serviços de atenção básica é responsabilidade direta dos municípios."
Se a presidente Dilma Rousseff pelo menos voltasse a falar desse problema antes da próxima campanha eleitoral, desvinculando-o da luta política, seria um horizonte, mas nem isso, está esquecido.
Dourando a pílula: amigos do ex-presidente Lula fazem uma exegese refrescante, diante da repercussão negativa, de sua declaração à Federação de Petroleiros, a de que poderiam chamar o exército de João Pedro Stédile para defendê-los. Na possibilidade de Lula ser tomado como golpista, ou que esteja afrontando a democracia, explicam que ele falou exército como se tivesse falado a turma, os sem-terra, os amigos, e não o grupo armado de foice das invasões.
Uma lulice, portanto, sem maiores consequências, pois acham que se tivesse pensado duas vezes não diria a frase. Mesmo esses, porém, acham que está "tudo está ficando muito complicado".





Gestão Haddad reduz nº de consultas básicas
04/03/2015 - O Estado de S.Paulo


O total de consultas básicas oferecidas pela rede municipal de saúde caiu 11% nos últimos dois anos. O número de atendimentos realizados dentro da chamada Atenção Básica, área responsável pela promoção da saúde e prevenção de doenças, passou de 15,4 milhões, em dezembro de 2012, para 13,7 milhões, em fevereiro deste ano.
A queda é explicada por um esvaziamento na agenda das Assistências Médicas Ambulatoriais(AMAs). De acordo com dados fornecidos pela gestão Fernando Haddad (PT), o número de atendimentos realizados pelas atuais 98 unidades caiu 24% de 2012 para cá. Já nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) o total de consultas ficou praticamente estagnado – a alta foi de 1,3% no período (veja quadro abaixo).
Na capital, tanto AMAs como UBSs são responsáveis por prestar o atendimento inicial ao paciente.
Segundo especialistas, ao menos 80% dos problemas da população podem ser diagnosticadose tratados dentro da rede de Atenção Básica.
Extraoficialmente, a Secretaria Municipal da Saúde alega que a redução significativa no número de consultas em AMAs é reflexo da dificuldade que enfrenta para contratar clínicos que assumam plantões médicos de 12, 20 ou 40 horas semanais, sobretudo nas regiões mais periféricas.
Mas a falta de médicos não explica tudo. No período analisado, a rede de AMAs básicas, que funcionam 12 horas por dia, perdeu duas unidades.Pelo menos uma foi fechada para dar lugar a uma Rede Hora Certa, equipamento criado pela atual gestão para ofertar consultas de especialidades, exames e pequenas cirurgias.
Moradora do Itaim Paulista, na zona leste,a pedagoga Gildete Silva de Jesus, de 60 anos, lamentou o fechamento, no ano passado, da AMA Texima. “Eu sei que a abertura da Rede Hora Certa foi uma coisa boa para a região,mas poderiam ter continuado com os dois serviços.” Questionada sobre a redução de consultas,a Secretaria Municipal se limitou a dizer que os números são preliminares, “pois o prazo para consolidação dos dados é de até 90 dias após o encerramento do mês”.
O balanço de 2014 mostra ainda que na Atenção Especializada o cenário ficou estável. Somados os serviços de AMAs Especialidades, ambulatórios de especialidades e Rede Hora Certa, o número de atendimentos cresceu 0,6% entre 2012 e 2014.
A fila geral diminuiu. Hoje, há 667 mil pessoas na espera por algum procedimento médico.
Há dois anos, eram 810 mil.
Crítica. O prefeito Fernando Haddad criticou ontem a reportagem do Estado que mostrou aumento de 10,7% na fila para procedimentos cirúrgicos. “A cirurgia é sobretudo atribuição do governo do Estado”, disse.
Segundo ele, os procedimento passaram de 100 mil, no começo da gestão, para 107 mil.
A Secretaria Estadual afirmou que a “Prefeitura, como gestora plena do sistema na capital,é a responsável por sua demanda reprimida de cirurgias”.




Ex-gestores criticam auditoria e atual direção da Santa Casa
04/03/2015 - O Estado de S.Paulo


Os ex-gestores da Santa Casa de São Paulo, que se demitiram em setembro do ano passado durante crise financeira da entidade, enviaram anteontem carta à Provedoria da instituição atacando a auditoria feita a pedido da Secretaria Estadual da Saúde nas finanças da entidade e criticando a postura da atual superintendência.
Assinado pelo ex-superintendente Antonio Carlos Forte,pelo ex-tesoureiro Hercílio Ramos e pelo ex-chefe de gabinete da superintendência Edison Ferreira da Silva, o documento afirma que “uma auditoria tendenciosa levantou uma série de irregularidades sem fundamentos ou comprovações,imediatamente divulgadas à imprensa, sem nenhuma defesa do provedor, do superintendente ou do novo corpo diretivo”.
Forte e Ramos deixaram seus cargos após vir a público a informação de que os dois prestavam consultoria para a Logimed, principal fornecedora de medicamentos e materiais.
Eles e a empresa negaram qualquer conflito de interesses.
Entre os supostos erros da auditoria apontados pelos dois no documento está o sobrepreço de até 5.000% em medicamentos.
Na versão dos ex-gestores, houve uma comparação errada entre o preço unitário e o preço de caixa do item.
Outra informação da auditoria questionada é o excesso de funcionários. Os auditores apontaram que a Santa Casa tem 21 funcionários por leito, quando a média dos demais hospitais do mesmo porte é de até 5.Os ex-gestores afirmam que o hospital central tem 4.870 trabalhadores por 693 leitos, o que daria uma taxa de 7 por leito, índice que iria a 9 se incluídos os trabalhadores terceirizados.
Transparência. A Secretaria Estadual da Saúde afirmou que a BDO,empresa responsável pela auditoria, “apresentou o relatório que foi encaminhado ao Ministério Público, Ministério da Saúde, Tribunal de Contas e Santa Casa e até agora não houve nenhuma contestação”. Já a Santa Casa disse que realiza sindicância interna para averiguar os temas apontados na auditoria.
Afirmou ainda que a equipe da nova Superintendência “trabalha com transparência.”





Parceria com escolas deve voltar para vacina do HPV
04/03/2015 - Folha de S.Paulo


Sem conseguir atingir a meta da segunda etapa de vacinação contra o HPV, o Ministério da Saúde pretende retomar a parceria com escolas em nova campanha nacional, segundo a Folha apurou.
O governo esperava vacinar 80% das jovens de 11 a 13 anos até dezembro. Porém, até esta terça (3), apenas 58% dessas meninas haviam tomado a segunda dose da vacina, que protege contra câncer de colo de útero --uma das principais causas de morte por câncer em mulheres no Brasil.
Na primeira etapa, quando houve parceria com as escolas, 100% das meninas foram imunizadas.
O ideal é que a segunda dose da vacina seja ministrada em até seis meses após a primeira --especialistas recomendam que o prazo não ultrapasse um ano.
Em alguns municípios, como São Paulo, a parceria com escolas já está confirmada e o agendamento começa no dia 10. Agora, o governo quer estender a ação para todo o país.
O Ministério da Saúde não comentou a baixa cobertura vacinal na segunda etapa.
A campanha nacional de vacinação contra o HPV deve ser lançada na próxima semana. Além das meninas de 11 a 13 anos que ainda não receberam a segunda dose, serão ofertadas também vacinas para garotas de 9 e 10 anos.






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