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Medicamentos
Mudança no setor de medicamentos 19/02/2015 - Guia da Farmácia A chegada dos genéricos tem mudado significativamente a estrutura do mercado farmacêutico e promoveu forte competição entre as indústrias do setor, ampliando a disponibilidade de novos produtos e o acesso da população a diversos tratamentos. Por outro lado, aumentou também a dificuldade de lançar medicamentos blockbusters e, consequentemente, um novo cenário se apresenta para as multinacionais: a maior necessidade de investimentos em pesquisa e margens muito mais apertadas. Apesar disso, a tendência desse mercado é a de continuar crescendo, além de aumentar ainda mais a competitividade no setor. Estudos revelam que uma grande fatia dos remédios prescritos no Brasil já é de produtos genéricos e há ainda muito espaço para este mercado alavancar, já que o consumo destes medicamentos é ainda muito pequeno nas regiões Norte e Centro-Oeste quando comparado ao estado de São Paulo. Em função dessa transformação e com o intuito de sobreviverem em um mercado extremamente competitivo, uma aposta surge e um novo movimento se destaca. Além da indústria se dedicar à produção de drogas extremamente sofisticadas, está também agora fortalecendo suas estratégias e aumentando a presença em Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), segmento este de R$ 14 bilhões no Brasil e caracterizado por multivitaminicos, dermocosméticos, nutrição esportiva, antigripais e analgésicos. Diante dos números positivos e das formas de aproveitar o potencial de crescimento do segmento de MIPs, fusões e aquisições têm ficado constantemente no radar das farmacêuticas. Para crescerem em medicamentos que não precisam de prescrição médica no Brar sil, a alemã Bayer, por exemplo, adquif riu a divisão de OTC da Merck; a britânica Reckitt Benckiser adquiriu da americana Bristol-Myers Squibb o antigripal Naldecon e o antigases Luftal em um acordo de US$ 482 milhões; enquanto que a farmacêutica Boehringer In-gelheim está avaliando empresas para aquisição no Brasil, além de parcerias para licenciamento de produto, em busca da ampliação de seu portfólio. Este cenário tem exigido da indústria farmacêutica um olhar diferenciado no momento da contratação, já que o perfil do executivo para esse segmento exige profissionais com características diferenciadas das que eram necessárias anteriormente. A procura tem sido especialmente por pessoas dinâmicas, com um elevado senso de urgência, inovadoras e que transitem bem entre todas as áreas de negócio de uma organização. O Brasil tem um mercado farmacêutico muito competitivo e atraente. O setor de medicamentos "isentos de prescrição" cresceu 15% nos últimos anos e deverá manter expansão acima de dois dígitos daqui para frente. Com isso, o potencial dos MIPs no País é extremamente significativo, tendo se tornado um segmento altamente aquecido que se consolida co mo uma forte aposta nacional.
Uso de maconha afeta neurônio que cessa fome 19/02/2015 - O Estado de S.Paulo Segundo estudo, droga muda a função da célula cerebral, que passa a aguçar o apetite A fome incontrolável que o usuário de maconha sente após fumar pode ser desencadeada por neurônios que, em circunstâncias normais, têm função contrária: suprimir o apetite. A conclusão é de novo estudo publicado ontem na revista Nature e realizado por cientistas da Universidade de Yale (EUA), incluindo o professor brasileiro de Medicina Comparativa e Neurobiologia Marcelo Dietrich. Em camundongos transgênicos, os cientistas manipularam a rota celular que a ação da maconha produz no cérebro e monitoraram os circuitos cerebrais que promovem a fome.Segundo o coordenador do estudo, Tamas Horvath, ao observar como o centro de apetite do cérebro responde à maconha, a equipe descobriu o fator responsável pela fome extrema dos usuários e, ao mesmo tempo,como o mecanismo que normalmente “desliga” a fome acaba estimulando o apetite. “É como se pisássemos no freio e o carro acelerasse em vez de parar”, disse Horvath. A maconha, nesse caso, é o que transforma o freio em acelerador.“Ficamos surpresos ao descobrir que os neurônios responsáveis por suprimir o apetite promovem a fome, mesmo quando a pessoa está saciada.” Ajuda. Segundo Horvath, a descoberta poderá abrir caminho para pesquisas que, por exemplo, ajudem pacientes com câncer que perdem o apetite durante o tratamento. O estudo, porém,não desvendou totalmente o mistério da fome incontrolável da maconha. Horvath afirma que outros processos neurais participam do fenômeno dentro do hipotálamo e o canabinoide (princípio ativo da maconha) também afeta outras partes do cérebro.“É preciso fazer novas pesquisas para validar a descoberta.” Pesquisadores descobrem proteína contra Aids em soja transgênica 19/02/2015 - Valor Econômico Uma pesquisa realizada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia do Distrito Federal, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, sigla em inglês) e a Universidade de Londres conseguiu comprovar que sementes de soja geneticamente modificadas podem carregar uma proteína eficaz no combate à AIDS. A pesquisa, que começou a ser desenvolvida em 2005, se baseia na introdução da cianovirina, uma proteína presente em algas que é capaz de impedir a multiplicação do vírus HIV no corpo humano, em sementes de soja geneticamente modificadas para produção em larga escala. O objetivo final é o desenvolvimento de um gel, capaz de eliminar o vírus, para que as mulheres apliquem na vagina antes do relacionamento sexual. O resultado da pesquisa é tema de artigo da edição do dia 13 de fevereiro da revista americana Science. Segundo Elíbio Rech, coordenador dos estudos na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e um dos autores do artigo, foram realizados testes com outras biofábricas, como plantas de tabaco (N. tabacum e N. benthamiana), bactéria (E. coli) e levedura (S. cerevisiae). Entretanto, a única biofábrica que mostrou ser uma opção viável para a produção de cianovirina foi a semente de soja transgênica porque permite que a proteína seja largamente escalonada até a quantidade adequada. Aliado a esse fato está o benefício do baixo custo do investimento requerido na produção da matéria-prima para extração da molécula. Para se ter uma ideia do potencial da soja como fábrica biológica para produção da cianovirina, no resumo do artigo publicado na Science, os cientistas afirmam que "grosso modo, se a soja GM for plantada em uma estufa menor do que um campo de beisebol (97,54 metros) é possível fornecer cianovirina suficiente para proteger uma mulher 365 dias por ano durante 90 anos". Rech explica que os efeitos positivos da cianovirina contra a AIDS já estavam comprovados desde 2008 a partir de testes realizados com macacos pelo instituto americano. A capacidade natural dessa proteína, extraída da alga azul-verde (Nostoc ellipsosporum), de se ligar a açúcares impedindo a multiplicação do vírus já é conhecida pela comunidade científica mundial há mais de 15 anos. "O que faltava era descobrir uma forma eficiente e econômica para produzir a proteína em larga escala", completa, em nota. O pesquisador faz questão de ressaltar que as sementes geneticamente modificadas não serão plantadas no campo. Elas serão cultivadas em condições controladas de contenção dentro de casas de vegetação ou estufas. O próximo passo é a produção de sementes de soja em larga escala para isolar a cianovirina e iniciar a fase de estudos pós-clínicos. Durante as próximas fases de desenvolvimento, os cientistas contarão também com a colaboração de cientistas do Conselho de Pesquisa Científica e Industrial da África do Sul (CSIR – sigla em inglês). A expectativa da Embrapa ao investir em pesquisas com biofármacos, como explica Rech, é permitir que esses medicamentos cheguem ao mercado farmacêutico com menor custo, já que são produzidos diretamente em plantas, bactérias ou no leite dos animais. Existem evidências de que a utilização de biofábricas pode reduzir os custos de produção de proteínas recombinantes em até 50 vezes. Ele explica que as plantas produzem proteínas geneticamente modificadas, idênticas às originais, com pouco investimento de capital, resultando em produtos seguros para o consumidor. What's News: A Actavis 19/02/2015 - Valor Econômico A Actavis, farmacêutica irlandesa, anunciou que adotará o nome Allergan, a empresa que ela concordou em comprar por US$ 66 bilhões e que fabrica o Botox. O nome Actavis será mantido apenas em algumas regiões e em certos produtos. Também ontem, a Actavis divulgou prejuízo de US$ 732,9 milhões no quarto trimestre, ante perdas de US$ 148,4 milhões no mesmo período de 2013. As vendas saltaram 46%, para US$ 4,06 bilhões.
Risco desnecessário 19/02/2015 - O Globo Uma doença voltou a causar dores de cabeça em locais onde o número de registros vinha caindo velozmente. Mais de 50 anos após a criação de uma vacina para o sarampo, em 1963, a enfermidade ressurgiu como preocupação na União Europeia, nos EUA e no Brasil. De 2012 a 2013, a Europa teve 12.096 casos e três óbitos. Em 2014, os estados americanos registraram 644 doentes, um número três vezes maior do que a média nacional na última década. O país enfrenta, no momento, um surto que teria começado num parque da Disney na Califórnia e deixou de cama 141 pessoas em 17 estados desde janeiro. Já o Brasil se mobiliza para combater um problema localizado no Ceará, que respondeu por 695 dos 729 casos em 2014. Em 2013, o país teve 220 registros. O sarampo ainda afeta cerca de 20 milhões de pessoas anualmente no mundo, e está muito mais presente em áreas pobres da Ásia. Ainda assim, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a infecção é a que teve a maior queda nos últimos dez anos. A novidade, hoje, é que o problema não está somente nos países com difícil acesso à imunização. O avanço dos registros em algumas parte do mundo, e que já ameaça as Américas do Sul, Central e do Norte de perderem a certificação de erradicação da doença, pode ser consequência de problemas pontuais de gestão na saúde pública, como no caso do Ceará, mas também da decisão de muitos pais de não vacinarem seus filhos, como nos EUA. Os EUA tinham dado a doença por erradicada em 2000. — O problema de acesso existe, mas foi praticamente resolvido no Brasil, onde houve surtos isolados, como o que acontece agora no Ceará, cujas causas precisam ser estudadas. Mas também existe a decisão, principalmente entre os mais jovens, que não viveram os grandes surtos de sarampo, de não vacinarem seus filhos. Este movimento não é tão disseminado no Brasil, mas causa transtornos. Em 2012, ocorreu em São Paulo um surto que afetou, em sua maioria, crianças de classe média alta cujos pais acreditavam que não era necessário vacinar — afirma Cláudio Maierovitch, diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde. — Trata-se de um movimento com bases filosóficas, mas que carrega uma carga de ignorância. A vacina é absolutamente segura e com grau de eficácia muito alto. Essa ideia da não-vacinação do sarampo pode potencializar a disseminação da doença. O atual surto americano se tornou prioridade para o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês). O ano de 2014 foi o pior das últimas duas décadas em número de registros. Praticamente todos os 644 casos foram importados de países onde o sarampo não foi controlado, mas a doença se espalha nos EUA graças a pessoas não vacinadas. Dos 141 casos registrados desde janeiro, 113 estão ligados diretamente à epidemia que começou na Disney da Califórnia e que foi facilitada, segundo o CDC, pelo crescente número de famílias que optam por não vacinar seus filhos contra uma das doenças mais infecciosas do mundo. No início do mês, houve rumores de que famílias na Califórnia estavam promovendo “festas de sarampo”, ressuscitando um hábito, anterior à vacina, de reunir crianças saudáveis e infectadas, para que os pais pudessem tratar de seus filhos nos estágios mais precoces da doença e, assim, imunizá-los. EUA CONDENA AS ‘FESTAS DO SARAMPO’ Mas as autoridades de saúde pública dos EUA se apressaram em divulgar comunicados contra essa prática, que expõe crianças a um “risco desnecessário”. — O sarampo é bastante contagioso e se dissemina rapidamente quando há pessoas não imunizadas. É preciso manter a vacinação com ampla cobertura para que a doença não volte em larga escala. Se todas as pessoas forem vacinadas com as duas doses, mesmo que o vírus seja introduzido no país por algum viajante, não terá como circular, e o sarampo ficará restrito ao caso inicial. Notícias veiculadas com informações equivocadas sobre a vacina podem atrapalhar a ampla imunização — afirma Reinaldo de Menezes Martins, consultor científico de Bio-Manguinhos/Fiocruz. Parte das famílias que decidem não vacinar seus bebês se apega a um estudo científico de 1998 que ligava a vacina contra o sarampo ao autismo. Mas o mesmo estudo foi considerado fraudulento anos depois e seu autor, o britânico Andrew Wakefield, condenado. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, reforça a ideia de que a imunização não é um ato individual: — Ao se proteger, o indivíduo reduz a circulação do vírus e preserva a saúde de outros que não podem receber a vacina, caso de imunodeficientes, menores de 6 meses e pessoas que têm alergia a algum componente. No Ceará, a política de vacinação mudou com a chegada do surto. A Secretaria estadual de Saúde está visitando a casa dos moradores, fazendo mutirões de vacinações e campanhas de conscientização nas ruas e até divulgando web-aulas, em que se pode acompanhar a situação do estado no enfrentamento da doença semanalmente. A imunização de adultos, acima de 49 anos e em dúvida se já tomaram a vacina, é um dos focos das ações por serem considerados grupo de risco. O governo estadual também mantém reuniões semanais com o Ministério da Saúde e com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Adolescente é a 5ª vítima da dengue na Santa Casa de Marília (SP) em 2015 19/02/2015 – Portal UOL A Santa Casa de Marília (438 quilômetros de São Paulo) confirmou a quinta morte decorrente de dengue no hospital neste ano. João Renato Mendes Neto, 14, morreu por complicações da dengue D, também conhecida por tipo 4 da doença. Segundo a família, o adolescente morreu 30 horas após o surgimento dos primeiros sintomas: vômito, febre alta e dores no corpo. Assim que começou a passar mal, na última segunda-feira (16), João Renato Mendes Neto foi levado ao posto de hidratação montado pela prefeitura da cidade, que vive um surto da doença. Nesta terça-feira (17), a situação se agravou e ele foi encaminhado à Santa Casa de Marília, onde chegou por volta das 10h. O adolescente morreu sete horas depois, segundo informações da instituição. "Foi muito rápido. Ele começou com os sintomas e foi ao posto de hidratação. De lá, como piorou -- teve até convulsão e hipotermia --, foi levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) direto para a Santa Casa. Ele foi muito bem atendido, mas não resistiu", contou a tia do menino, Cyntia Zandonadi. Segundo o infectologista Francisco Hideo Aoki, do Hospital das Clínicas, não há uma grande diferença entre os tipos da doença, todos podem evoluir para óbito. "O grande problema do tipo 4 é que por ser um vírus novo, que chegou ao Brasil no ano passado, falta imunidade contra ele. Por isso, às vezes ele evolui tão rápido", explicou o médico. Aoki ressaltou que, aos primeiros sintomas da doença, é fundamental procurar um hospital e iniciar a hidratação. "Com a dengue, não podemos brincar. Teve febre, vômito, dores no corpo, procure um médico e comece a hidratação, urgente", disse. Com 1.827 casos confirmados desde o início do ano, Marília enfrenta uma epidemia de dengue. O número foi divulgado pela prefeitura na semana passada. Em 2014, a região de Marília confirmou 4.621 casos de dengue, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. Em todo o Estado, foram registrados 193.636 casos. O órgão ainda não tem dados deste ano disponíveis. Já o Ministério da Saúde registrou 40.916 casos notificados de dengue em todo o país em janeiro deste ano, o que significa um aumento de 57,2% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando 26.017 casos foram notificados. Por outro lado, os números preliminares de mortes, casos graves, além da nova denominação "dengue com sinais de alarme" apresentaram queda. Os 77 casos de dengue com sinais de alarme -- quando a doença tem maior chance de se agravar – representam um número 80,8% menor que os 402 registrados em janeiro de 2014. Ainda segundo o ministério, nos casos graves, a redução foi de 71,42%, caindo de 49 -- em 2014 -- para 14, em 2015. A queda nos óbitos foi 83,7% (37, em 2014, para seis mortes, em 2015). |