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CLIPPING 19/02/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde



Medicamentos 

Mudança no setor de medicamentos
19/02/2015 - Guia da Farmácia


A chegada dos genéricos tem mudado significativamente a estrutura do mercado farmacêutico e promoveu forte competição entre as indústrias do setor, ampliando a disponibilidade de novos produtos e o acesso da população a diversos tratamentos.

Por outro lado, aumentou também a dificuldade de lançar medicamentos blockbusters e, consequentemente, um novo cenário se apresenta para as multinacionais: a maior necessidade de investimentos em pesquisa e margens muito mais apertadas.

Apesar disso, a tendência desse mercado é a de continuar crescendo, além de aumentar ainda mais a competitividade no setor. Estudos revelam que uma grande fatia dos remédios prescritos no Brasil já é de produtos genéricos e há ainda muito espaço para este mercado alavancar, já que o consumo destes medicamentos é ainda muito pequeno nas regiões Norte e Centro-Oeste quando comparado ao estado de São Paulo.

Em função dessa transformação e com o intuito de sobreviverem em um mercado extremamente competitivo, uma aposta surge e um novo movimento se destaca. Além da indústria se dedicar à produção de drogas extremamente sofisticadas, está também agora fortalecendo suas estratégias e aumentando a presença em Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), segmento este de R$ 14 bilhões no Brasil e caracterizado por multivitaminicos, dermocosméticos, nutrição esportiva, antigripais e analgésicos.

Diante dos números positivos e das formas de aproveitar o potencial de crescimento do segmento de MIPs, fusões e aquisições têm ficado constantemente no radar das farmacêuticas. Para crescerem em medicamentos que não precisam de prescrição médica no Brar sil, a alemã Bayer, por exemplo, adquif riu a divisão de OTC da Merck; a britânica Reckitt Benckiser adquiriu da americana Bristol-Myers Squibb o antigripal Naldecon e o antigases Luftal em um acordo de US$ 482 milhões; enquanto que a farmacêutica Boehringer In-gelheim está avaliando empresas para aquisição no Brasil, além de parcerias para licenciamento de produto, em busca da ampliação de seu portfólio.

Este cenário tem exigido da indústria farmacêutica um olhar diferenciado no momento da contratação, já que o perfil do executivo para esse segmento exige profissionais com características diferenciadas das que eram necessárias anteriormente. A procura tem sido especialmente por pessoas dinâmicas, com um elevado senso de urgência, inovadoras e que transitem bem entre todas as áreas de negócio de uma organização.

O Brasil tem um mercado farmacêutico muito competitivo e atraente. O setor de medicamentos "isentos de prescrição" cresceu 15% nos últimos anos e deverá manter expansão acima de dois dígitos daqui para frente. Com isso, o potencial dos MIPs no País é extremamente significativo, tendo se tornado um segmento altamente aquecido que se consolida co mo uma forte aposta nacional.




Pesquisa e Desenvolvimento 


Uso de maconha afeta neurônio que cessa fome
19/02/2015 - O Estado de S.Paulo

Segundo estudo, droga muda a função da célula cerebral, que passa a aguçar o apetite A fome incontrolável que o usuário de maconha sente após fumar pode ser desencadeada por neurônios que, em circunstâncias normais, têm função contrária: suprimir o apetite. A conclusão é de novo estudo publicado ontem na revista Nature e realizado por cientistas da Universidade de Yale (EUA), incluindo o professor brasileiro de Medicina Comparativa e Neurobiologia Marcelo Dietrich.
Em camundongos transgênicos, os cientistas manipularam a rota celular que a ação da maconha produz no cérebro e monitoraram os circuitos cerebrais que promovem a fome.Segundo o coordenador do estudo, Tamas Horvath, ao observar como o centro de apetite do cérebro responde à maconha, a equipe descobriu o fator responsável pela fome extrema dos usuários e, ao mesmo tempo,como o mecanismo que normalmente “desliga” a fome acaba estimulando o apetite.
“É como se pisássemos no freio e o carro acelerasse em vez de parar”, disse Horvath. A maconha, nesse caso, é o que transforma o freio em acelerador.“Ficamos surpresos ao descobrir que os neurônios responsáveis por suprimir o apetite promovem a fome, mesmo quando a pessoa está saciada.” Ajuda. Segundo Horvath, a descoberta poderá abrir caminho para pesquisas que, por exemplo, ajudem pacientes com câncer que perdem o apetite durante o tratamento.
O estudo, porém,não desvendou totalmente o mistério da fome incontrolável da maconha.
Horvath afirma que outros processos neurais participam do fenômeno dentro do hipotálamo e o canabinoide (princípio ativo da maconha) também afeta outras partes do cérebro.“É preciso fazer novas pesquisas para validar a descoberta.”



Pesquisadores descobrem proteína contra Aids em soja transgênica
19/02/2015 - Valor Econômico


Uma pesquisa realizada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia do Distrito Federal, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, sigla em inglês) e a Universidade de Londres conseguiu comprovar que sementes de soja geneticamente modificadas podem carregar uma proteína eficaz no combate à AIDS.

A pesquisa, que começou a ser desenvolvida em 2005, se baseia na introdução da cianovirina, uma proteína presente em algas que é capaz de impedir a multiplicação do vírus HIV no corpo humano, em sementes de soja geneticamente modificadas para produção em larga escala. O objetivo final é o desenvolvimento de um gel, capaz de eliminar o vírus, para que as mulheres apliquem na vagina antes do relacionamento sexual.

O resultado da pesquisa é tema de artigo da edição do dia 13 de fevereiro da revista americana Science.

Segundo Elíbio Rech, coordenador dos estudos na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e um dos autores do artigo, foram realizados testes com outras biofábricas, como plantas de tabaco (N. tabacum e N. benthamiana), bactéria (E. coli) e levedura (S. cerevisiae). Entretanto, a única biofábrica que mostrou ser uma opção viável para a produção de cianovirina foi a semente de soja transgênica porque permite que a proteína seja largamente escalonada até a quantidade adequada. Aliado a esse fato está o benefício do baixo custo do investimento requerido na produção da matéria-prima para extração da molécula.

Para se ter uma ideia do potencial da soja como fábrica biológica para produção da cianovirina, no resumo do artigo publicado na Science, os cientistas afirmam que "grosso modo, se a soja GM for plantada em uma estufa menor do que um campo de beisebol (97,54 metros) é possível fornecer cianovirina suficiente para proteger uma mulher 365 dias por ano durante 90 anos".

Rech explica que os efeitos positivos da cianovirina contra a AIDS já estavam comprovados desde 2008 a partir de testes realizados com macacos pelo instituto americano. A capacidade natural dessa proteína, extraída da alga azul-verde (Nostoc ellipsosporum), de se ligar a açúcares impedindo a multiplicação do vírus já é conhecida pela comunidade científica mundial há mais de 15 anos. "O que faltava era descobrir uma forma eficiente e econômica para produzir a proteína em larga escala", completa, em nota.

O pesquisador faz questão de ressaltar que as sementes geneticamente modificadas não serão plantadas no campo. Elas serão cultivadas em condições controladas de contenção dentro de casas de vegetação ou estufas.

O próximo passo é a produção de sementes de soja em larga escala para isolar a cianovirina e iniciar a fase de estudos pós-clínicos. Durante as próximas fases de desenvolvimento, os cientistas contarão também com a colaboração de cientistas do Conselho de Pesquisa Científica e Industrial da África do Sul (CSIR – sigla em inglês).

A expectativa da Embrapa ao investir em pesquisas com biofármacos, como explica Rech, é permitir que esses medicamentos cheguem ao mercado farmacêutico com menor custo, já que são produzidos diretamente em plantas, bactérias ou no leite dos animais.

Existem evidências de que a utilização de biofábricas pode reduzir os custos de produção de proteínas recombinantes em até 50 vezes. Ele explica que as plantas produzem proteínas geneticamente modificadas, idênticas às originais, com pouco investimento de capital, resultando em produtos seguros para o consumidor.



What's News: A Actavis
19/02/2015 - Valor Econômico


A Actavis, farmacêutica irlandesa, anunciou que adotará o nome Allergan, a empresa que ela concordou em comprar por US$ 66 bilhões e que fabrica o Botox. O nome Actavis será mantido apenas em algumas regiões e em certos produtos. Também ontem, a Actavis divulgou prejuízo de US$ 732,9 milhões no quarto trimestre, ante perdas de US$ 148,4 milhões no mesmo período de 2013. As vendas saltaram 46%, para US$ 4,06 bilhões.


Nova vacina contra HPV é mais eficiente na prevenção do câncer
19/02/2015 – Portal Veja


Em estudo, vacina revelou potencial de aumentar a prevenção contra o tumor de colo do útero de 70%, índice atual, para 90%

Cientistas desenvolveram uma vacina que protege contra nove subtipos do vírus HPV (papilomavírus humano), sete dos quais causam a maioria dos casos de câncer do colo do útero. Em comparação com as vacinas disponíveis atualmente, que imunizam o organismo somente contra dois subtipos oncogênicos, a nova opção oferece significativamente mais proteção. A descoberta foi publicada na quarta-feira no periódico New England Journal of Medicine.
Atualmente existem duas opções de vacinas contra HPV: a bivalente e a quadrivalente. A primeira protege contra dois subtipos de vírus presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero. Já a segunda imuniza o organismo contra quatro subtipos de HPV: os dois da vacina bivalente e mais dois presentes em 90% dos casos de verrugas genitais.
Pesquisadores da Universidade Queen Mary, de Londres, compararam a eficácia e a segurança da nova vacina com a versão quadrivalente em mais de 14 200 mulheres, de 16 e 26 anos. Os resultados indicaram que, se as populações não infectadas forem vacinadas com a nova versão, cerca de 90% de todos os tumores do colo do útero poderão ser evitados.
“A nova vacina tem o potencial de aumentar a prevenção de câncer do colo do útero de 70% para 90%, quase eliminando este câncer nas mulheres vacinadas. É crucial, no entanto, lembrar que a vacinação deve ser feita antes da exposição ao vírus”, afirmou o coautor do estudo, Jack Cuzick, professor da Universidade Queen Mary.
O HPV é, hoje, o vírus sexualmente transmissível mais comum. Muitas pessoas infectadas nem sabem que o contraíram, já que muitas vezes ele é eliminado espontaneamente pelo organismo sem causar problemas de saúde. Porém, algumas variações apresentam alto risco de desenvolver câncer do colo do útero e, em menor incidência, tumor vulvar, vaginal, peniano, anal e de garganta.
Brasil — Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, o câncer de colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no país.
Em 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) lançou uma campanha nacional para imunizar meninas de 11 a 13 anos contra o HPV. A vacina aplicada é a quadrivalente, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 



Saúde 

 




Inimigos silenciosos
19/02/2015 - Guia da Farmácia


Ter tempo para fazer uma refeição tranquila, sentado à mesa e com o prato repleto de alimentos frescos é cada vez mais raro hoje em dia. Com diversas tarefas acumuladas, muitas vezes se dá preferência para comidas industrializadas, que são ingeridas enquanto se faz outra atividade em frente ao computador ou à televisão. O tempo de lazer também está comprometido. As atividades físicas acabam ficando em último lugar na lista de prioridades.

Esse comportamento típico do homem moderno está causando sérias conseqüências à saúde. Atualmente, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo.

"Quando olhamos os níveis de colesterol em populações primitivas (índios, esquimós, aldeias na África), que têm pouco ou nenhum contato com alimentos industrializados, vemos que nelas os níveis de colesterol são extremamente baixos, assim como é a incidência das doenças cardiovasculares", revela o endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Dr. Rodrigo Moreira.

Alguns dos vilões que se fortalecem diante dos maus hábitos alimentares e do sedentarismo são o colesterol e os triglicérides. Esses dois tipos de gordura são necessários para a realização de algumas funções no organismo, como produção de hormônios até a constituição das membranas das células, mas os maus hábitos fazem com que eles se tornem vilões perigosos.

Em um organismo saudável, as gorduras são carregadas pelo corpo por meio de lipoproteínas, como LDL, HDL, LHL, para que possam cumprir suas funções originais. No entanto, o consumo em excesso de alimentos gordurosos e a falta da prática de exercícios provocam um acúmulo de gordura dentro das lipoproteínas que circulam pelo sangue. O problema se inicia quando elas param de circular e passam a se acumular nas artérias.

"Principalmente o colesterol ruim (LDL) que, por ser uma molécula pequena, consegue penetrar na parede das artérias, se acumula e sofre modificações lá dentro. Algumas células inflamatórias engolem essas lipoproteínas e ficam cheias de gorduras, formando uma placa", explica a diretora do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Dra. Viviane Zorzanelli Rocha Giraldez.

Por essa capacidade, o LDL colesterol é o principal responsável pelas doenças cardiovasculares no mundo (principalmente o Infarto Agudo do Miocárdio). De acordo com o Dr. Moreira, as principais artérias acometidas são as coronárias e seus ramos, o que leva à angina pectoris e ao Infarto Agudo do Miocárdio, e as coronárias, o que leva à isquemia cerebral transitória e ao Acidente Vascular Cerebral.

Ainda que não tão mencionado, o LDL (triglicérides) em nível alterado também serve como um sinal de perigo. Além de ativar algumas vias inflamatórias que podem acentuar a formação das placas, os triglicérides altos, normalmente, coexistem com vários outros fatores prejudiciais à saúde.

"Na maioria das vezes, quem tem essa taxa elevada está com o peso aumentado, diabetes, colesterol bom em nível baixo. Então, é difícil de dizer se os triglicérides são s maiores culpados pelo mau funcionamento do organismo. Sabemos que é ruim o LDL em nível alterado, mas como vem acompanhado de outras doenças, não sabemos se é a real fonte dos problemas", explica a Dra. Viviane.

DIAGNÓSTICO E SINTOMAS

Vale lembrar que fatores genéticos também podem ser responsáveis por níveis altos de colesterol e triglicérides, não somente maus hábitos. Seja qual for a fonte do problema, o grande perigo está na falta de sintomas que estes problemas apresentam, o que dificulta o diagnóstico. Somente em alguns casos de hiperco-lesteremia familiar (colesterol alto de origem genética), pode-se notar acúmulo de gordura na pele.

Em geral, a única maneira de identificar a doença é por meio de exames periódicos de sangue. "Na maioria dos pacientes, o aparecimento dos sintomas já está relacionado à presença de aterosderose, como a angina pectorís ou a isquemia cerebral transitória. Isto é, quando os sintomas aparecem, normalmente, a doença aterosclerótica já se encontra em estágio avançado", alerta o Dr. Moreira.

A situação ainda é agravada pela falta de conhecimento ou consciência da população. Apesar do tema colesterol ser amplamente abordado na mídia, há ainda quem desconheça a gravidade da doença. "É muito difícil prescrevermos uma terapia (dieta exercício medicação) para uma pessoa que não sente nada e cujo tratamento visa reduzir um possível risco de doença nos próximos 10 a 20 anos. É muito comum o paciente realizar o tratamento, principalmente o uso da medicação, por um período limitado de tempo e depois simplesmente interromper por conta própria."

A falta de controle do colesterol é uma das principais causas do surgimento de doenças vasculares, como angina, infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e, numa menor escala, problemas vasculares periféricos, principalmente quando o paciente é fumante. As conseqüências dos triglicérides são um pouco menos definidas, mas já é sabido que têm relação com doenças, como pancreatite aguda, que pode ter seu risco aumentado.

Para que não chegue a esse nível, é importante que as pessoas façam um check-up anual, principalmente no caso dos hipertensos, fumantes e diabéticos. Entre os pacientes que já tomam medicação contra o colesterol, o monitoramento deve ser feito com mais freqüência, pelo menos duas vezes ano. Já aqueles que não apresentam doenças prévias nem propensão genética podem espaçar os exames.

A recomendação é a mesma para as mulheres, pois hoje as doenças cardiovasculares também são a principal causa de morte delas. "As últimas recomendações para tratamento da dislipidemia foram modificadas de modo a que mais pacientes do sexo feminino recebam estatinas para a prevenção destas doenças", conta o Dr. Moreira.

TRATAMENTO POSSÍVEL

Um estilo de vida saudável é o principal pilar para o tratamento das dislipidemias (doenças no metabolismo do colesterol). A primeira etapa do tratamento envolve a mudança da alimentação e a prática de exercício físico, uma das terapias mais efetivas para o aumento dos níveis do HDL colesterol (o colesterol bom).

A dieta deve ser baseada em uma redução da ingestão das chamadas gorduras saturadas e gorduras trans, estimulando o consumo de gorduras poli-insaturadas, como azeite, amêndoas, castanhas. Essa gordura boa tem mecanismos anti-inflamatórios, antioxidativos e dificulta a formação das placas. Já para a redução dos triglicérides, a perda de peso tem grande benefício. Recomenda-se também a diminuição de ingestão do carboidrato em geral, encontrado nos doces, pão, macarrão, arroz.

Além da mudança de estilo de vida, os medicamentos muitas vezes representam uma etapa importante na redução dos níveis do LDL colesterol. As chamadas estatinas promovem uma redução entre 30% e 60% nos níveis do LDL colesterol (dependendo do tipo e da dose utilizada), por meio da inibição de uma enzima chamada HMGCOA, necessária para síntese do colesterol no fígado. Sem a síntese, o fígado aumenta a expressão de receptores para captar mais colesterol da circulação, diminuindo a presença dessas moléculas no sangue.

Apesar de atuar diretamente no fígado, a Dra. Viviane garante que as estatinas não causam danos ao órgão. "0 medicamento atua no órgão, mas não promove acúmulo de gordura no fígado. É raro ter algum efeito. É lenda. Os problemas mais comuns com o uso desses medicamentos são sintomas musculares, como dor e cansaço." E além de combaterem o colesterol ruim, as estatinas comprovadamente reduzem o risco de infarto, AVC e morte cardiovascular. Entretanto, elas não devem ser utilizadas para todas as pessoas. A prescrição envolve, primeiro, a identificação do grupo de risco do paciente.

Depois de prescrito, o farmacêutico pode auxiliar na adesão ao tratamento, assim como na recomendação de boa alimentação e prática de exercícios. "Alguns pacientes têm muito dificuldade de adesão e isto é muito ruim. O contato mais direto do farmacêutico pode ser muito benéfico", finaliza.



Risco desnecessário
19/02/2015 - O Globo


Uma doença voltou a causar dores de cabeça em locais onde o número de registros vinha caindo velozmente. Mais de 50 anos após a criação de uma vacina para o sarampo, em 1963, a enfermidade ressurgiu como preocupação na União Europeia, nos EUA e no Brasil. De 2012 a 2013, a Europa teve 12.096 casos e três óbitos. Em 2014, os estados americanos registraram 644 doentes, um número três vezes maior do que a média nacional na última década. O país enfrenta, no momento, um surto que teria começado num parque da Disney na Califórnia e deixou de cama 141 pessoas em 17 estados desde janeiro. Já o Brasil se mobiliza para combater um problema localizado no Ceará, que respondeu por 695 dos 729 casos em 2014. Em 2013, o país teve 220 registros.
O sarampo ainda afeta cerca de 20 milhões de pessoas anualmente no mundo, e está muito mais presente em áreas pobres da Ásia. Ainda assim, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a infecção é a que teve a maior queda nos últimos dez anos. A novidade, hoje, é que o problema não está somente nos países com difícil acesso à imunização. O avanço dos registros em algumas parte do mundo, e que já ameaça as Américas do Sul, Central e do Norte de perderem a certificação de erradicação da doença, pode ser consequência de problemas pontuais de gestão na saúde pública, como no caso do Ceará, mas também da decisão de muitos pais de não vacinarem seus filhos, como nos EUA. Os EUA tinham dado a doença por erradicada em 2000.
— O problema de acesso existe, mas foi praticamente resolvido no Brasil, onde houve surtos isolados, como o que acontece agora no Ceará, cujas causas precisam ser estudadas. Mas também existe a decisão, principalmente entre os mais jovens, que não viveram os grandes surtos de sarampo, de não vacinarem seus filhos. Este movimento não é tão disseminado no Brasil, mas causa transtornos. Em 2012, ocorreu em São Paulo um surto que afetou, em sua maioria, crianças de classe média alta cujos pais acreditavam que não era necessário vacinar — afirma Cláudio Maierovitch, diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde. — Trata-se de um movimento com bases filosóficas, mas que carrega uma carga de ignorância. A vacina é absolutamente segura e com grau de eficácia muito alto.
Essa ideia da não-vacinação do sarampo pode potencializar a disseminação da doença. O atual surto americano se tornou prioridade para o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês). O ano de 2014 foi o pior das últimas duas décadas em número de registros. Praticamente todos os 644 casos foram importados de países onde o sarampo não foi controlado, mas a doença se espalha nos EUA graças a pessoas não vacinadas. Dos 141 casos registrados desde janeiro, 113 estão ligados diretamente à epidemia que começou na Disney da Califórnia e que foi facilitada, segundo o CDC, pelo crescente número de famílias que optam por não vacinar seus filhos contra uma das doenças mais infecciosas do mundo. No início do mês, houve rumores de que famílias na Califórnia estavam promovendo “festas de sarampo”, ressuscitando um hábito, anterior à vacina, de reunir crianças saudáveis e infectadas, para que os pais pudessem tratar de seus filhos nos estágios mais precoces da doença e, assim, imunizá-los.

EUA CONDENA AS ‘FESTAS DO SARAMPO’
Mas as autoridades de saúde pública dos EUA se apressaram em divulgar comunicados contra essa prática, que expõe crianças a um “risco desnecessário”.
— O sarampo é bastante contagioso e se dissemina rapidamente quando há pessoas não imunizadas. É preciso manter a vacinação com ampla cobertura para que a doença não volte em larga escala. Se todas as pessoas forem vacinadas com as duas doses, mesmo que o vírus seja introduzido no país por algum viajante, não terá como circular, e o sarampo ficará restrito ao caso inicial. Notícias veiculadas com informações equivocadas sobre a vacina podem atrapalhar a ampla imunização — afirma Reinaldo de Menezes Martins, consultor científico de Bio-Manguinhos/Fiocruz.
Parte das famílias que decidem não vacinar seus bebês se apega a um estudo científico de 1998 que ligava a vacina contra o sarampo ao autismo. Mas o mesmo estudo foi considerado fraudulento anos depois e seu autor, o britânico Andrew Wakefield, condenado. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, reforça a ideia de que a imunização não é um ato individual:
— Ao se proteger, o indivíduo reduz a circulação do vírus e preserva a saúde de outros que não podem receber a vacina, caso de imunodeficientes, menores de 6 meses e pessoas que têm alergia a algum componente.

No Ceará, a política de vacinação mudou com a chegada do surto. A Secretaria estadual de Saúde está visitando a casa dos moradores, fazendo mutirões de vacinações e campanhas de conscientização nas ruas e até divulgando web-aulas, em que se pode acompanhar a situação do estado no enfrentamento da doença semanalmente. A imunização de adultos, acima de 49 anos e em dúvida se já tomaram a vacina, é um dos focos das ações por serem considerados grupo de risco. O governo estadual também mantém reuniões semanais com o Ministério da Saúde e com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).




Adolescente é a 5ª vítima da dengue na Santa Casa de Marília (SP) em 2015

19/02/2015 – Portal UOL

A Santa Casa de Marília (438 quilômetros de São Paulo) confirmou a quinta morte decorrente de dengue no hospital neste ano. João Renato Mendes Neto, 14, morreu por complicações da dengue D, também conhecida por tipo 4 da doença.

Segundo a família, o adolescente morreu 30 horas após o surgimento dos primeiros sintomas: vômito, febre alta e dores no corpo.

Assim que começou a passar mal, na última segunda-feira (16), João Renato Mendes Neto foi levado ao posto de hidratação montado pela prefeitura da cidade, que vive um surto da doença. Nesta terça-feira (17), a situação se agravou e ele foi encaminhado à Santa Casa de Marília, onde chegou por volta das 10h. O adolescente morreu sete horas depois, segundo informações da instituição.

"Foi muito rápido. Ele começou com os sintomas e foi ao posto de hidratação. De lá, como piorou -- teve até convulsão e hipotermia --, foi levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) direto para a Santa Casa. Ele foi muito bem atendido, mas não resistiu", contou a tia do menino, Cyntia Zandonadi. 

Segundo o infectologista Francisco Hideo Aoki, do Hospital das Clínicas, não há uma grande diferença entre os tipos da doença, todos podem evoluir para óbito. "O grande problema do tipo 4 é que por ser um vírus novo, que chegou ao Brasil no ano passado, falta imunidade contra ele. Por isso, às vezes ele evolui tão rápido", explicou o médico.

Aoki ressaltou que, aos primeiros sintomas da doença, é fundamental procurar um hospital e iniciar a hidratação. "Com a dengue, não podemos brincar. Teve febre, vômito, dores no corpo, procure um médico e comece a hidratação, urgente", disse.

Com 1.827 casos confirmados desde o início do ano, Marília enfrenta uma epidemia de dengue. O número foi divulgado pela prefeitura na semana passada.

Em 2014, a região de Marília confirmou 4.621 casos de dengue, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. Em todo o Estado, foram registrados 193.636 casos. O órgão ainda não tem dados deste ano disponíveis.

Já o Ministério da Saúde registrou 40.916 casos notificados de dengue em todo o país em janeiro deste ano, o que significa um aumento de 57,2% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando 26.017 casos foram notificados. Por outro lado, os números preliminares de mortes, casos graves, além da nova denominação "dengue com sinais de alarme" apresentaram queda. Os 77 casos de dengue com sinais de alarme -- quando a doença tem maior chance de se agravar – representam um número 80,8% menor que os 402 registrados em janeiro de 2014.

Ainda segundo o ministério, nos casos graves, a redução foi de 71,42%, caindo de 49 -- em 2014 -- para 14, em 2015. A queda nos óbitos foi 83,7% (37, em 2014, para seis mortes, em 2015).





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