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Medicamentos
Cade propõe restrição a joint venture entre GlaxoSmithKline e Novartis 13/02/2015 - Yahoo Notícias A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou impugnação de joint venture entre as farmacêuticas britânica GlaxoSmithKline e a suíça Novartis, com sugestão para aprovação do operação "condicionada à celebração do Acordo em Controle de Concentrações" proposto pelas companhias. A joint venture tem o objetivo de combinar os produtos de consumo para cuidados com a saúde da Glaxo com os produtos que não precisam de prescrição da Novartis. A recomendação da restrição ao negócio consta de despacho publicado no Diário Oficial da União. Agora, o processo será encaminhado ao Tribunal de Cade, que dará a decisão final sobre a operação. A associação foi formalizada ao Cade em 22 de abril do ano passado. Segundo o processo, ficarão fora do escopo da operação os produtos de consumo para cuidados com a saúde na Índia e na Nigéria e produtos que são geridos e reportados para fins financeiros na Divisão Farmacêutica da GSK, além dos produtos geridos e reportados para fins financeiros nas divisões Farmacêutica, Alcon e Sandoz da Novartis. As duas companhias tiveram negócios entre si aprovados recentemente pelo Cade. Em janeiro, o órgão liberou a aquisição, pela Novartis, do negócio relacionado a produtos oncológicos da GlaxoSmithKline, incluindo a compra de onze medicamentos já comercializados e dois medicamentos em fase de desenvolvimento da Glaxo. Em setembro de 2014, o Cade deu aval para a venda do negócio de vacinas da Novartis para a GlaxoSmithKline. A operação não contemplou o negócio global de vacinas contra gripe humana da Novartis. Pâmela Vaiano vai gerenciar Comunicação da Johnson & Johnson Medical Brasil 13/02/2015 - Canal Executivo A executiva Pâmela Vaiano é a nova gerente sênior de Comunicação da Johnson & Johnson Medical Brasil. Ela assume a posição antes ocupada por Stela Meirelles, que foi promovida a diretora sênior de Comunicação para a América Latina, no final de 2014. Pâmela já prestava serviços à empresa há três anos por meio de sua consultoria especializada em comunicação, a Alude. Além da Johnson & Johnson Medical, Pâmela trabalhou por cinco anos com clientes como Walmart Brasil, Novartis, Sandoz e PageGroup. Antes de fundar a consultoria, ocupou cargos na área de Comunicação na Novartis e Walmart Brasil. É formada em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo. Possui especialização em Globalização e Cultura, pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Economia Empresarial, pela Fundação Instituto de Pesquisas Economicas FIPE/USP, e master em Ingénierie Economique et Enterprise pela Université Pierre Mendès France, de Grenoble, na França. Freio nas farmacêuticas 13/02/2015 - Folha de S.Paulo A indústria farmacêutica registrou alta de 10,3% no valor de suas vendas em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2014. O faturamento foi de R$ 5,5 bilhões. Apesar do resultado positivo, o crescimento foi o menor registrado em um mês de janeiro desde 2009, quando o setor avançou 3,71%. A desaceleração é creditada à crise econômica. Na comparação com dezembro, houve um recuo de 6,64%. De dezembro de 2013 para janeiro de 2014, a queda havia sido de 0,4%. "O custo de produção também está nos prejudicando. Cerca de 95% da nossa matéria-prima é importada e, com o dólar alto, fica difícil", diz o presidente do Sindusfarma (sindicato do setor), Nelson Mussolini. "Tudo isso afetará o consumidor, pois os descontos concedidos no preço de venda dos medicamentos deverão ser reduzidos."
Tratamento pioneiro desativa tumor em menina de 11 anos 13/02/2015 – BBC Brasil Quando tinha apenas nove anos, Sophie Armitage foi diagnosticada com um tipo raro de câncer no pulmão chamado tumor miofibroblástico inflamatório (IMFT, na sigla em inglês). O tumor de Sophie ainda não tinha se espalhado pelo organismo, mas ele crescia em volta de suas vias respiratórias, o que dificultava cada vez mais a sua respiração. Os médicos chegaram a considerar a retirada de um de seus pulmões, mas um tratamento pioneiro lhe deu esperanças de ficar livre da doença. Sophie é uma das pessoas submetidas a testes clínicos com novos medicamentos contra a doença na Grã-Bretanha, que estão apresentando resultados promissores. O programa Panorama, da BBC, acompanhou durante 18 meses um grupo de pacientes de câncer que participam dos testes, realizados em conjunto pelo Instituto de Pesquisa do Câncer e pelo hospital Royal Marsden. A garota de 11 anos foi submetida a um tratamento com drogas-alvo, parte de uma série de novas armas contra a doença. Diferentemente da quimioterapia convencional, que ataca todas as células que estão se multiplicando rapidamente (para evitar o crescimento do tumor e a metástase do câncer), as drogas-alvo focam em mutações genéticas que impulsionam o crescimento do tumor. O tratamento pode aumentar as chances de curar pacientes que são diagnosticados nos estágios iniciais da doença. Como parte dos testes no hospital Royal Marsden, Sophie passou pela terapia-alvo e tinha que fazer exames regulares desde então. No dia do seu aniversário de 11 anos, após fazer três exames de sangue e uma ressonância magnética, ela recebeu uma ótima notícia: o tumor havia diminuído de tamanho e o que resta dele parece estar completamente inativo. "Fiquei muito feliz de saber que já não tenho um tumor enorme no meu pulmão", disse à BBC. "Minha primeira ressonância mostrou que meu tumor era muito, muito grande e agora está bem menor. E agora isso não me afeta mais. É muito bom ouvir isso." Os pais de Sophie dizem que ela manteve o pensamento positivo durante os tratamentos: "Ela nunca teve pena de si mesma e nunca perguntou nada do tipo: 'Por que eu tenho câncer?'". “Milagre” Udai Banerji, médico da equipe que coordena o tratamento pioneiro, comparou o câncer a um "gênio do mal", para dar uma ideia dos desafios enfrentados por pacientes, médicos e cientistas. Os especialistas acreditam que a chave para a nova geração de medicamentos está em uma compreensão cada vez maior sobre a genética humana.A revolução do sequenciamento do DNA nos últimos anos fez com que a doença pudesse ser mapeada de maneira mais rápida, mais barata e mais detalhada. O tumor de Sophie, por exemplo, foi causado por um defeito no gene ALK. A mutação cria um sinal químico que estimula o crescimento de células anormais. O medicamento experimental que ela está tomando, LDK 378, inibe estas mensagens químicas. Este tratamento vinha apresentando resultados promissores em algums tipos de câncer de pulmão em adultos. Semanas após o início da terapia-alvo, o tumor de Sophie, que antes era do tamanho de uma ameixa, ficou do tamanho de uma avelã. O médico que a acompanha, Louis Chesler, disse que o caso da menina é inspirador."O objetivo de todo oncologista pediatra é ver esse tipo de resposta (em um paciente). Ver (a recuperação de Sophie) é realmente surpreendente e milagroso. Acho que dissemos a ela na clínica que ela é especial, é uma criança-milagre." O professor Johann de Bono, diretor da unidade de desenvolvimento de medicamentos no Instituto de Pesquisa do Câncer disse à BBC que "é um momento de progresso sem precedentes na história da medicina do câncer e na pesquisa sobre o câncer". Segundo ele, as novas drogas têm a vantagem de ter menos efeitos colaterais do que a quimioterapia e podem ser ingeridas por via oral em casa, todos os dias. "As drogas que desenvolvemos têm a capacidade de poupar as células normais, causando efeitos colaterais mínimos e matando seletivamente as células do tumor", afirma o pesquisador. Para Sophie, a participação em um teste clínico foi uma motivação para pensar sobre o que quer fazer quando crescer. "Eu sempre quis ser médica e agora que passei por tudo isso e agora quero ser mais ainda."
Febre amarela é confirmada em GO 13/02/2015 - O Estado de S.Paulo O Ministério da Saúde confirmou ontem um caso de febre amarela silvestre no País. O paciente, um estrangeiro, contraiu a doença em Alto Paraíso, em Goiás. Ele visitou a região dia 17 de janeiro, mas somente passou a manifestar sintomas ao chegar ao Rio. O paciente foi diagnosticado numa Unidade de Pronto Atendimento e encaminhado para a Fundação Oswaldo Cruz, onde recebeu tratamento e já teve alta. O ministério considera o caso isolado. O paciente não havia sido vacinado. Os últimos casos da doença confirmados no País foram em 2013. A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquito contaminado. O ministério reforçou a vigilância na região. ANS suspende a venda de 70 planos de saúde de 11 operadoras 12/02/2015 - Valor Econômico / Site A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a venda de 70 planos de saúde de 11 operadoras ou seguradoras. A comercialização está proibida a partir do dia 19 de fevereiro durante um período de três meses, podendo ser postergado. As operadoras ou seguradoras que tiveram convênios suspensos são: Allianz, Unimed Paulistana, Unimed-Rio, Associação Auxiliadora das Classes Laboriosas, Viva, Salutar, Plamed, Minas Center, Ecole, Copus e Caixa Seguradora. A ANS informou ainda que autorizou a comercialização de 43 planos de saúde, que estavam suspensos. Falta de carro afeta combate à dengue na zona norte de SP 13/02/2015 - Folha de S.Paulo Faltam carros para levar agentes de controle do Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, às casas da zona norte de São Paulo, a mais afetada pela doença este ano. A região amarga a maior taxa de incidência do município. São 4,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguidos pelas zonas oeste (2,2), sul (1,9) e leste (0,6). Bairros como Brasilândia, Limão e Jaraguá chegaram a registrar até 50 casos cada nas quatro primeiras semanas de 2015, segundo a Secretária Municipal de Saúde. Apesar dos índices, a frota dos agentes de controle está reduzida na zona norte. Cerca de 80 veículos deveriam ter sido entregues em janeiro, o que não ocorreu. A Folha apurou que o problema foi em uma das empresas contratadas na região, a Autoplan, que não entregou os veículos no prazo, dia 28. A empresa não foi localizada. Há uma frota mínima, de 13 carros, disponível. Segundo o infectologista Marcos Boulos, da Faculdade de Medicina da USP, a contenção do mosquito deve ser feita principalmente até três meses antes do início do verão. É praticamente o período em que a falta de carros está sendo registrada --o problema completará três meses no final de fevereiro. O quadro é mais grave, dizem servidores, porque moradores estão guardando água devido à crise hídrica. A falta de água foi uma das justificativas da prefeitura para a alta da dengue na zona norte, uma das mais atingidas pela redução de pressão implantada pela Sabesp. O atraso no envio dos carros não foi mencionado pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). "Na semana passada, mandaram dois carros. Somos 60 agentes", contou um agente de Pirituba que pediu para não ser identificado. No atendimento da Suvis (Supervisão de Vigilância em Saúde), só são resolvidos casos emergenciais. A Folha ligou pedindo o envio de um agente na unidade de Brasilândia, mas foi informada de que isso não seria possível. "Só atendemos agora casos urgentes porque não há carro", disse uma funcionária. "Tem alguém doente?" Uma agente da Freguesia do Ó diz que cogitou-se até fazer o trabalho a pé. "É impossível sem carro porque há equipamentos pesados", diz José Roberto Prebill, presidente do Sindicato dos Agentes Comunitário de Saúde. A dengue cresceu 171% em São Paulo em relação às quatro primeiras semanas de 2014. A prefeitura diz que novos veículos deverão chegar em 30 dias. São Bernardo corta merenda para conter obesidade 13/02/2015 - Folha de S.Paulo A rede municipal de ensino de São Bernardo do Campo, na Grande SP, reduziu a merenda de alunos, com a justificativa de evitar desperdício de alimentos e combater a obesidade infantil. Mães criticaram a decisão da gestão Luiz Marinho (PT), que provoca transtornos na rotina dos estudantes. Escolas eliminaram uma das refeições servidas aos alunos desde o início do ano letivo, em 5 de fevereiro. No período matutino, o café da manhã foi cortado. Serve-se o almoço às 10h. No período vespertino, não há mais almoço, só um lanche, às 15h. De acordo mães, o lanche consiste em três biscoitos de maisena e café com leite. Janaína Almeida, 27, precisou buscar a filha mais cedo na escola nesta quinta-feira (12). Sem comer, Jenifer, 8, reclamou de dor de cabeça. "Tomei leite gelado e ruim [sem açúcar]", disse a menina."Cadê a obesidade?", questionou a mãe, levantando a camiseta da filha. A vendedora Marlene Sodré, 42, disse que a filha Júlia, 10, tem chegado em casa "devorando dois pãezinhos em um minuto". Júlia costumava almoçar na escola às 12h40. Com a suspensão da refeição, a mãe serve o almoço às 11h30 em casa, mas a filha não tem fome no horário. Além disso, Marlene não pode mais mandar a filha ao colégio de van escolar, pois os portões passaram ser abertos 20 minutos mais tarde. OUTRO LADO A prefeitura afirmou que "não houve corte, mas adequação do cardápio às necessidades nutricionais dos alunos". Segundo a prefeitura, a mudança afetou 80 das 200 unidades da rede. Por meio de questionários com pais, a prefeitura disse ter observado que, antes da mudança, "a maior parte dos alunos fazia duas refeições. Por exemplo, às 9h30, almoçam na escola e às 12h30, almoçam em casa novamente". A administração justifica que uma avaliação apontou alto índice de sobrepeso/obesidade entre as crianças, "um dos fatores que levaram a repensar o atendimento". Instituições tentaram evitar a mudança no orçamento da saúde 13/02/2015 - DCI As 44 entidades participantes do Movimento Saúde 10 se empenharam, sem sucesso, para retirar da Proposta de Emenda à Constituição 358, do Orçamento Impositivo, a proposta de destinação de, no mínimo, 15% da receita corrente líquida da União para a saúde. O Orçamento Impositivo acabou por mexer na área, frustrando o Saúde 10, que foi criado em 13 de março de 2012, com o propósito emplacar a proposta de iniciativa popular de assegurar o repasse de 10% das receitas brutas da União para o Sistema Único de Saúde (SUS). Esse critério é bem maior daquilo que foi aprovado. Já a iniciativa da PEC do Orçamento Impositivo foi de autoria do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), em 2013. O texto também incluiu mudanças no financiamento da saúde, prevendo o percentual de 15% a partir do ano seguinte, no caso 2014, no prazo de cinco anos. Dessa forma, o governo não é obrigado a bancar em 2015 o primeiro estágio dessa graduação, que é de 13,2%. Na época, houve árdua batalha entre líderes do Congresso e a área econômica do governo federal, comandada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega. Sorocaba registrou uma queda na quantidade de novos casos de Aids 13/02/2015 - DCI Sorocaba registrou uma queda na quantidade de novos casos de Aids. A Secretaria de Saúde de Sorocaba (SES) indica que houve queda de 35,7% dos casos em 2014 em relação ao ano anterior. A cidade promove ações de prevenção, diagnóstico precoce dos casos e atendimento especializado oferecido aos portadores do vírus, acreditando que por esse motivo há redução na ocorrência dos casos desde 2011. Foi um total de 146 casos em 2014, sendo 126 deles em homens e 64 em mulheres. Pulseira vira arma contra dengue em cidade de SP; eficácia não é comprovada 13/02/2015 - UOL Um cheiro de citronela circula no ar de Guararapes (545 km de São Paulo) desde que um surto de dengue tomou conta da cidade neste ano. Pulseiras coloridas compostas com a substância que espanta mosquitos vendem como água na cidade. Feitas de borracha, elas são vistas nos punhos ou tornozelos dos moradores. O cheiro forte incomoda a maioria, que ainda sim prefere se sentir mal cheiroso do que ficar doente. No entanto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não confirma a eficácia do produto como repelente do Aedes aegypti, o mosquito causador da dengue. Médicos consultados pelo UOLtambém não veem o uso da pulseira como solução para o combate à dengue, embora considerem a citronela um repelente natural de mosquitos em geral. Os repelentes como um todo podem ser aliados desde que usados com muita frequência. 2015 já tem mais casos que 2014 De 1º de janeiro a 5 de fevereiro foram notificados 1.619 casos de dengue em Guararapes. Destes 1.206 foram confirmados -- e três pessoas morreram da doença. Os números são muito maiores do que todas as incidências do ano passado, quando foram notificados 455 casos de dengue na cidade e nenhuma morte, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Guararapes. De modo geral, houve um aumento de 256% nos casos de dengue na cidadezinha de 30 mil habitantes. A escriturária Lourdes Galdeano Guimaraes, 50, moradora de Guararapes, usa uma pulseira no tornozelo como prevenção. Ela evita usar no braço porque se sente enjoada com o cheiro forte, mas já adota o hábito há duas semanas, juntamente com toda a família. "Minha família toda usa: meu filho, meu marido, minha mãe e até minha irmã que veio de Campinas. A gente percebeu que mesmo usando inseticida, não estamos totalmente protegidos, então estamos tentando de tudo para não pegar dengue", diz. Lourdes passa inseticida diariamente nos cômodos da casa, fecha as janelas após as 17h e evita acumular água no quintal para impedir algum criadouro do mosquito. Mesmo assim diz ter vizinhos e dois amigos doentes. As farmácias de Guararapes tentam suprir a demanda com estoques cada vez maiores das pulseirinhas. Segundo o farmacêutico Luis Fernando Tovolo, da Farmario, nos últimos 20 dias ele vendeu pelo menos 500 pulseiras de citronela, a R$ 5 a unidade. Depois de aberta, ela dura em média cinco dias. "Há famílias que compram de dez a 12 pulseiras de uma vez. Eu nem tinha para vender, mas começou a ter uma procura e tive que contar com uma entrega diária", afirma. As pulseiras vendidas em Guararapes são da marca Bye Bye Mosquito, fabricadas pela GPI Costa, de Penápolis (SP). Antônio Costa, diretor administrativo da Aloha Distribuidora, que revende as pulseiras, afirma que o produto tem índice de repelência de 83% a 86% aos pernilongos, e de 80,5% a 84,5% de eficácia como repelente do mosquito da dengue. Por causa do surto no Estado de São Paulo, houve um aumento de até 40% nas vendas das pulseiras, que ele distribui desde 2009 para vários Estados. A Anvisa confirma a validação do registro da Bye Bye Mosquito até fevereiro de 2019. Mas afirmou, por e-mail, que o teste de eficácia do produto foi "satisfatório apenas contra mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus, que é transmissor da malária. Quanto ao Aedes aegypti, da dengue, não apresentou análise de eficácia". Citronela repele mesmo? Como o mosquito da dengue tem o costume de voar baixo, usar a pulseira no punho, como o normal, pode não ser tão útil para quem não quer ser picado, alerta a infectologista Nancy Belei, da Unifesp (Universidade Federal Paulista). "Os mosquitos voam baixo e muitas vezes somos picados na perna e nem percebemos. Não recomendaria esse investimento sem a pessoa ter certeza da eficácia. Já sabemos que há mosquitos resistentes a vários tipos de repelentes", afirma Nancy Belei. Já para o infectologista Luis Fernando Aranha, do Hospital Israelita Albert Einstein, tanto a pulseira como os repelentes a base de citronela têm suas limitações e só funcionam enquanto o principio ativo estiver na pele, por isso não deve ser considerada uma estratégia de prevenção, além de ser uma estratégia cara. "Algum grau de proteção tem, mas não deve ser aplicada como medida de prevenção de massa. É muito mais garantido controlar o vetor, mapear casos do que ficar usando essas coisas. Já se usar o repelente 24 horas por dia, consegue. Mas mesmo assim não é 100% de garantia de não pegar dengue dessa forma", afirma Aranha. O uso de repelentes com concentrações acima de 25% e que prometem proteção de 12 horas ou mais são os mais indicados e com maior capacidade de proteção, segundo o infectologista Alberto Chebabo, do laboratório Delboni Auriemo. "Há os repelentes com 50% de concentração de agente ativo, mas aqueles com concentração acima de 25% já protegem bastante. Eles devem ser passados novamente depois do banho, de entrar no mar ou de suar muito. Recomendação que pode não se aplicar aos alérgicos, que terão de testar na pele e, ao sentir reação, adotar um com concentração menor e usar mais vezes ao dia", explica Chebabo. |