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Medicamentos
Mercado Aberto: Fusões de farmacêuticas superam US$ 200 bilhões 21/01/2015 - Folha de S.Paulo Colunista: Maria Cristina Farias O volume de fusões e aquisições de laboratórios farmacêuticos no mundo bateu recorde em 2014 ao superar o montante de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 530 bilhões), segundo estudo da EY. O valor é duas vezes maior que a média anual registrada na última década. As empresas de genéricos e de medicamentos especializados, como as que produzem apenas remédios oftalmológicos, foram as que tiveram melhor performance. Elas desembolsaram cerca de US$ 130 bilhões em aquisições. As grandes farmacêuticas, que nos últimos anos tiveram baixa atividade nesse mercado, incrementaram as transações e chegaram a cerca de US$ 90 bilhões em 2014. "A participação de mercado delas vem caindo devido à perda de algumas patentes", diz Sergio Dutra de Almeida, sócio da EY. "Enquanto em outros países as fusões buscam complementar portfólios, no Brasil, elas ocorrem para aumentar a capacidade de produção." - Pesquisa e desenvolvimento Artigo: Chocolate rejuvenesce a memória21/01/2015 - Folha de S.Paulo Colunista: SUZANA HERCULANO-HOUZEL Comer 0,5 kg de chocolate por dia pode até cuidar da memória, mas quem come tudo isso sem engordar? Envelhecer, como eu já disse aqui, é consequência de estar vivo: o próprio oxigênio que nos sustenta também acaba nos matando, ao corroer --literalmente -- as moléculas que constroem o corpo. Por isso antioxidantes viraram febre nas dietas e lojas naturebas. Antioxidantes são substâncias que todo ser vivo produz, alguns mais do que outros, e que neutralizam, em parte, os efeitos deletérios de estar vivo e respirando. O resveratrol da casca das uvas e os flavonoides do cacau são dois dos antioxidantes mais badalados, razão de vários estudos correlacionarem o seu consumo moderado a benefícios à saúde. Mas correlacionar consumo de vinho ou chocolates com benefícios não é mostrar que o alimento de fato causa os tais benefícios; sempre é possível que outros fatores sejam a causa verdadeira. Por isso um estudo recente feito na Universidade Columbia, nos EUA, merece atenção. Os pesquisadores demonstraram que introduzir um consumo elevado de antioxidantes do chocolate na dieta de idosos rejuvenesce a capacidade de memória de reconhecimento --e em nada menos do que o equivalente a três décadas. O giro denteado do hipocampo, responsável pela memória de reconhecimento (o "já vi isso antes"), é uma das partes do cérebro que mais sofre com a idade. Seu desempenho pode ser medido pelo tempo que se leva para reconhecer que um novo rabisco apresentado de fato é novo, e não parte de uma série de rabiscos visualizados antes. Com a idade, o giro denteado vai ficando mais lento: reconhecer que um novo rabisco é novo leva 0,2 segundos a mais a cada década que se passa. Mas, após três meses de consumo diário de doses elevadas de antioxidantes do chocolate, os voluntários de 50 a 69 anos de idade testados no estudo ficaram 0,6 segundos mais rápidos do que antes, e com um aumento de atividade do giro denteado que não ocorreu em quem não consumiu chocolate. Ou seja: seu hipocampo remoçou 30 anos. O efeito impressionante é resultado, contudo, de um consumo igualmente impressionante de 900 mg de flavonoides, o equivalente a meio quilo de chocolate amargo por dia, segundo a tabela do Departamento de Agricultura dos EUA. Tanto chocolate assim pode até cuidar da memória, mas ao custo de engordar e aumentar o risco de pedras nos rins. Não tem jeito: não há fórmula mágica...
Saúde
Prefeitura de SP quer diminuir para 60 dias fila para exame e consulta 21/01/2015 - Folha de S.Paulo Após patinar na promessa de acabar com a longa espera da fila da saúde na rede municipal, a gestão Fernando Haddad (PT) fixou a meta de chegar, até 2017, a uma demora de no máximo 60 dias para que um paciente do SUS consiga uma consulta ou exame. O último dado sobre a fila, de julho, mostrava uma espera de 205 dias para consultas e de 124 dias para exames. A nova meta, que não consta do plano de governo de Haddad, foi estabelecida pela Secretaria Municipal da Saúde no desenvolvimento de um plano com conselhos municipais e subprefeituras. O secretário adjunto da pasta, Paulo de Tarso Puccini, diz que a orientação é que os médicos solucionem mais casos no primeiro atendimento básico, evitando atolar a fila de especialidades. "Com isso, uma espera aceitável seria entre 30 e 60 dias no máximo na rede pública." A prefeitura não informa dados da demora atual nem do começo da gestão, mas há relatos de longas esperas. A dona-de-casa Edilene Soares aguarda há um ano a cirurgia para a fimose de seu filho Pedro, 2. A aposentada Erminda Maria Carvalho, 83, conta que estava com problemas no aparelho de audição em janeiro, mas só conseguiu a consulta do otorrino para abril. Maria Eunice Belmino da Silva, 64, chegou a esperar oito meses por uma consulta com um cardiologista. MAIS UNIDADES O novo plano discutido pela pasta também fixou metas específicas para alguns procedimentos -como queda em 50% do tempo de espera para vasectomia e laqueadura. Outros objetivos são regionais, como a diminuição da demora de procedimentos cirúrgicos de média complexidade de dois anos para seis meses em Cidade Tiradentes, distrito da zona leste. Lideranças na área de saúde avaliam que a verdadeira diminuição da fila será alcançada só com a criação de novas unidades de atendimento prometidas por Haddad. Apenas 10 das 32 unidades da Rede Hora Certa já foram concluídas. Das 43 Unidades Básicas de Saúde prometidas, apenas 4 foram entregues. "Os sistemas de aviso não diminuíram a fila de espera como o esperado e isso era uma aposta de todos", diz o promotor Arthur Pinto Filho, que atua na área de saúde pública. "Só quando essa rede de atendimento se estruturar, com novos hospitais, é que vamos dar conta do problema." Paulo Spina, do Fórum Popular de Saúde, concorda. "A prefeitura tem essa visão de que a melhoria da gestão pode melhorar a situação, mas a verdade é que falta tudo, hospitais, médicos." Desidratação motiva 25 internações por dia 21/01/2015 - O Estado de S.Paulo Vinte e cinco pessoas, em média, são internadas por dia nos hospitais públicos do Estado de São Paulo por desidratação, de acordo com balanço da Secretaria Estadual da Saúde divulgado ontem. A pasta ressalta que em períodos de extremo calor, como o registrado nos últimos dias na capital paulista,o número de casos aumenta e o problema tende a se agravar. De acordo com o balanço da pasta, as unidades de saúde públicas do Estado registraram 9.043 internações por desidratação em 2013, último dado disponível. As maiores vítimas do problema são crianças e adolescentes de até 14 anos,que representam 37% dos casos. Dentro desse grupo, as crianças de 1 a 4 anos são as mais afetadas porque se desidratam com mais facilidade. Foram 1.453 casos nessa faixa etária no ano retrasado. Crianças mais novas sofrem mais com o problema por fatores que incluem maior incidência de doenças que têm como sintomas diarreias e vômitos e por não tomarem líquidos por conta própria. Indícios. Os principais sintomas da desidratação são sede frequente, olhos fundos, boca e pele secas,ausência de lágrimas e diminuição de suor. Nos bebês, o problema se manifesta com sinais como irritabilidade, moleira afundada e diminuição da urina. Outros sintomas podem vir associados a um quadro de desidratação, como dor de cabeça, sonolência, tontura, fraqueza, cansaço e aumento de frequência cardíaca. Quando a desidratação atinge um estágio mais severo, pode haver queda de pressão, convulsões e choque, quadros que podem levar à morte. Beber dois litros de líquidos por dia é a principal dica para evitar o problema Prazo para frear sarampo no Ceará 21/01/2015 - O Globo O surto de sarampo que vem ocorrendo no Ceará pode impedir as Américas do Sul, Central e do Norte de receber a certificação de eliminação da doença, o que ocorreria este ano. De 22 de janeiro de 2014 até o último dia 5, o estado confirmou 673 casos de sarampo em 28 municípios — sendo 670 em 2014 e três este ano. Em reunião ontem, representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde (MS) e das secretarias estadual e municipais de Saúde estipularam um prazo de 90 dias, a contar do último caso confirmado, dia 5, para que se consiga interromper o surto da doença. A última confirmação foi em Caucaia. Já em Fortaleza, o último registro ocorreu em 31 de dezembro. — Logo após esses 90 dias, caso não se confirme nenhum caso associado ao surto, daremos continuidade ao processo de certificação, que leva de seis meses a um ano para ser expedido — explicou Pamela Bravo, representante da Opas. Segundo Pamela, caso esse surto tivesse sido interrompido ainda em 2014, esta certificação já poderia ter sido expedida: — Os outros países das Américas estão avançando nesta meta de certificação, mas em nenhum deles estão ocorrendo casos há um tempo tão prolongado quanto no Brasil. É um surto, mas somente em um estado, o Ceará. O boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa-CE) indica que há ainda 46 casos em investigação em oito municípios, sendo a última notificação feita no dia 12 deste mês. VACINAÇÃO SERÁ REFORÇADA Para tentar zerar os casos da doença, o foco será a vacinação de crianças a partir dos 6 meses de idade, grupo em que há maior incidência do sarampo. A ampla mobilização da sociedade e de profissionais de saúde será a estratégia utilizada, buscando principalmente o envolvimento de agentes comunitários, já que estes serão responsáveis pela busca dos que ainda não foram vacinados, incluindo adultos até 49 anos.— A partir dos 6 meses, a imunidade que a mãe passa ao filho tende a declinar. Além disso, a faixa etária de 6 meses a 1 ano é na qual há maior incidência da doença. Normalmente, a vacina tríplice é dada com 1 ano, mas, como estamos com um surto, vamos rebaixar a faixa etária da primeira dose de vacinação — explicou o gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Fortaleza, Antônio Lima. Ele ressaltou também que, caso o adulto não lembre se foi imunizado, não existe risco em ser vacinado mais de uma vez: — Quem sustenta a epidemia de sarampo no mundo inteiro são as crianças, por isso o foco em vaciná- las a partir dos 6 meses. Mas, caso o adulto até 49 anos ainda não tenha recebido a vacina, ele tem que ser vacinado, ainda mais se estiver em uma área com caso confirmado ou que esteja com surto da doença. São diversas as causas que levaram o Ceará a atual situação, entre elas a reduzida cobertura dos agentes de saúde e a baixa sensibilização das mães, que não estão levando as crianças para vacinar. — Temos que vacinar 100% das crianças, nenhuma pode deixar de ser imunizada. A criança não foi vacinada porque a mãe não levou ou porque o centro de saúde não verificou que aquela criança tinha que ser vacinada — comentou o secretário de Saúde do Ceará, Carlile Lavor.Fortaleza é responsável por 46% do casos confirmados, e tem 20% de área descoberta, lugares onde os agentes de saúde não chegam. Durante a reunião de ontem, ficou acertado que profissionais de saúde serão deslocados para estes espaços vazios em caráter de urgência. Casos de dengue diminuem em Ribeirão Preto 21/01/2015 - DCI O boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado dia 16, mostra que Ribeirão Preto terminou o ano com 400 casos registrados de dengue. O número é 32 vezes menor que o de 2013, quando foram confirmados 13.179 casos da doença. A região leste foi a que mais apresentou número de casos. Em 2014 foram registrados 115 na região. A segunda região que mais apresentou casos foi a oeste, com 88. A região central teve 65 casos, a região norte 62, e a região sul, 57 casos no ano passado. O município de Ribeirão Preto é o único do interior paulista que está entre nove capitais de estado, selecionado para participar de um estudo elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Ministério da Saúde, sobre surto de dengue. Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento, Maria Luiza da Silveira Santa Maria, em 2013 foi realizado um estudo retrospectivo com vários indicadores e foi a partir desse estudo que surgiram os melhores indicadores de alerta. Essas informações foram avaliadas em 77 municípios e, destes, foram selecionados os que tiveram melhores resultados: Natal, Salvador, Recife, São Luís, Rio de Janeiro, Vitória, Ribeirão Preto, Cuiabá, Boa Vista e Manaus. Agora o Ministério da Saúde propôs a estes municípios que, com o apoio de seus respectivos estados, façam um estudo prospectivo, ou seja, que executem essas ações em uma pequena área do município, sendo que seria uma área de intervenção e uma área controle da doença. |