37015
ESTABELECIMENTOS REGISTRADOS

83507
PROFISSIONAIS INSCRITOS ATIVOS

  

 

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde



Medicamentos

OMS recomenda duas doses contra o HPV
03/12/2014 - Correio Braziliense


Serão lançadas hoje as novas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para prevenção e controle do câncer de colo do útero, ou câncer cervical, responsável por mais de 270 mil mortes por ano, sendo 85% delas nos países em desenvolvimento. Trata-se de uma das formas mais mortais de tumores do mundo e, ao mesmo tempo, uma das mais facilmente evitáveis. O documento, também conhecido como Pink book (Livro rosa, em inglês), será apresentado durante a Cúpula Mundial de Líderes contra o Câncer, em Melboume, na Austrália.

Entre os principais pontos, o texto ressalta a importância da prevenção primária (imunização contra o HPV), da secundária (rastreamento) e da terciária (tratamento) para mulheres de todas as faixas etárias. O novo protocolo de vacinação de meninas entre 9 e 13 anos contra o HPV, vírus responsável pela maioria dos casos, é um dos principais elementos da orientação. De acordo com a OMS, o esquema reduzido, com a aplicação de apenas duas doses, foi confirmado com tão eficaz quanto a programação atual, de três doses. A mudança tem como objetivo tornar mais fácil a administração da vacina e reduzir o custo da prevenção.

MA atualização da orientação para o câncer cervical da OMS pode ser a diferença entre a vida e a morte para meninas e mulheres em todo o mundo", acredita Nathalie Broutet, especialista da entidade no assunto. Segundo ela, não existem fórmulas mágicas. No entanto, a combinação de ferramentas eficazes e acessíveis para prevenir e tratar esse tipo de câncer pode reduzir a pressão sobre os orçamentos de saúde — especialmente nos países de baixa renda — e contribuir para a eliminação da doença.

Para mulheres acima dos 13 anos, a recomendação é a aplicação em larga escala de testes de HPV para rastrear pacientes infectadas e tratá-las. Caso o resultado do exame seja negativo, a mulher deverá buscar reavaliação entre os cinco e 10 anos posteriores. A estimativa da instituição é que mais de 1 milhão de mulheres vivam hoje com câncer cervical» muitas vezes causado pelo vírus.

Superar a falta de acesso aos serviços de prevenção, tratamento curativo ou cuidados paliativos é apontada como fator decisivo para combater a doença. As taxas de câncer de colo do útero caíram em grande parte do mundo desenvolvido durante os últimos 30 anos, especialmente devido aos programas de rastreio e tratamento. Durante o mesmo tempo, porém, as taxas na maioria dos países em desenvolvimento aumentaram ou permaneceram inalteradas.

Mulheres dos países mais pobres e que moram em áreas rurais estão em maior risco. A chave para alcançar essa população pode ser a comunicação. O guia recomenda o direcionamento da informação para um público mais amplo: adolescentes, pais, educadores, líderes e pessoas que trabalham em todos os níveis do sistema de saúde.





Pesquisa e desenvolvimento 


Coração reprogramado para não adoecer
03/12/2014 - Correio Braziliense

Corrigir a expressão falha de um único gene de maneira permanente e sem provocar efeitos colaterais para o organismo nem para o restante do código genético do indivíduo. Esse é o cenário ideal buscado pelas terapias genéticas, que buscam modificar mutações no genoma responsáveis por causar doenças, muitas delas letais. Pois é uma façanha desse tipo que está relatada na edição de hoje da revista Nature Communications.

Pela primeira vez, o bloqueio da expressão de um gene mutante conseguiu impedir, em camundongos, a manifestação clínica de uma das doenças cardíacas hereditárias mais prevalentes na população mundial. Ainda há um longo caminho entre esse experimento bem-sucedido e a aplicação em humanos, mas os especialistas trazem perspectivas animadoras.

A doença é a cardiomiopatia hipertrófica, anormalidade que torna a musculatura do coração mais rígida. A hipertrofia do tecido coronário dificulta a expansão e a retração para os batimentos regulares, podendo causar uma série de problemas. O mal tem uma incidência altíssima: uma para cada 500 pessoas. O prognóstico e as manifestações clínicas são muito variados» e a enfermidade pode passar despercebida durante toda a vida ou matar logo no primeiro ano.

Por ser o único tipo de cardiomiopatia com causa confirmada-mente genética, a condição se tornou alvo da terapia desenvolvida pelos especialistas do Centro Médico Universitário HamburgEppendorf, na Alemanha. Os cientistas focaram seu trabalho nos pacientes mais vulneráveis à doença, os recém-nascidos.

Para simular o problema nos animais, a equipe liderada por Lucie Carrier produziu em laboratório camundongos com a mutação causadora da miocardiopatia. Logo após o nascimento das cobaias, foi administrado em cada uma delas um vírus modificado para enviar ao organismo a informação genética de células cardíacas sem mutação. É como se os bichos recebessem uma ordem de reprogramação genética. A estratégia conseguiu bloquear a reprodução da informação incorreta que seria manifestada pelo gene mutante. Dessa forma, os sintomas da doença, como a hipertrofia do músculo do coração, não foram gerados. As cobaias foram observadas por 34 semanas sem qualquer alteração do quadro de saúde.

Incurável

De acordo com os pesquisadores, foi possível observar também que, com a terapia, a produção de espécies de RNA mutante foi suprimida. Eles imaginam que esse processo está envolvido à origem das proteínas malformadas que estão envolvidas no desenvolvimento da cardiomiopatia hipertrófica. A esperança é que a terapia aplicada nos animais possa se tornar uma chance de tratamento para a forma neonatal grave do mal, hoje incurável e passível somente de transplante.

"Acreditamos que, para essas crianças, a terapia genética MYBPC3 (nome dado ao método) poderia ser uma opção realista, e, atualmente, nós trabalhamos na tradução do conceito de um modelo animal de grande porte", descreve Carrier. Porém, há ainda uma série de fases para aprovação científica e transla-ção das descobertas de camundongos para humanos.

Essa é a principal observação da médica da Sociedade Brasileira de Cardiologia e chefe do Setor de Miocardiopatia do Instituto Dante Pazzanese, Edileide de Barros Correia. Segundo ela, a terapia genética é a grande esperança para o futuro. "Se vai ser possível, só o tempo vai nos dizer. A esperança e a expectativa ainda existem, mas temos um longo caminho pela frente."

A médica explica que tudo muda quando o assunto é o ser humano. Testar esse tipo de estratégia em indivíduos requer inúmeros cuidados, até mesmo pela possibilidade de efeitos adversos inesperados. "Apesar de ser uma forma da doença grave quando apresentada em neonatais, é preciso lembrar que são raros os casos de pacientes diagnosticados nessa faixa etária e com prognóstico ruim."

A opinião otimista mas cuidadosa é compartilhada por Marcelo Imbronise Bittencourt, membro da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj) e médico da Clínica de Insuficiência Cardíaca e Cardiomiopatias da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ele conta que geralmente essa é uma doença que se caracteriza pelo desenvolvimento na adolescência. "Essas formas mais precoces não são tão freqüentes. Essa terapia, no entanto, demostrou uma perspectiva muito boa seja para qualquer forma", acredita. Para Bittencourt, a terapia empregada pode levar a terapias não só para bebês, mas também para pacientes mais velhos que carregam o gene mutante e não manifestaram a doença.

Atualmente, depois que o indivíduo é diagnosticado, resta a ele fazer o gerenciamento dos sintomas, com a utilização de remédios que, por exemplo, minimizam arritmias. Não é possível, porém, reverter o problema ou estacionar completamente sua evolução. O diagnóstico também é complicado. Quando os sintomas começam a aparecer e levam a pessoa ao consultório médico, a doença já está avançando. Alguns testes genéticos podem ser usados para detectar a hereditariedade, mas não é certo para todos os casos. Há pacientes com a doença, já com a hipertrofia, mas cujos exames não foram capazes de identificar a mutação. Acreditamos que são mutações que ainda devem ser descobertas", informa Bittencourt.




Saúde



 

OMS corrige balanço de mortos pelo ebola para 6 mil pessoas
02/12/2014 - Portal Valor Econômico

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira que o último balanço de mortes provocadas pelo ebola é de cerca de 6 mil e não de 7 mil como foi divulgado no sábado. "Houve um erro quanto ao número de mortos na Libéria que é de 3.145" e não 4.181 mortos, como foi indicado no sábado por erro, explicou a OMS.

No dia 28 de novembro, havia 2.155 casos de ebola na Guiné-Conacri, com 1.312 mortos; 7.635 casos na Libéria, com 3.145 mortos; e 7.109 em Serra Leoa, com 1.530 vítimas mortais.

Em coletiva de imprensa ontem em Genebra, a OMS afirmou que conseguiu alcançar um primeiro na Libéria e na Guiné-Conacri, com 70% dos casos de infectados a serem isolados e tratados e 70% dos mortos da doença enterrados de forma segura.

Em Serra Leoa, isso está sendo alcançado em várias regiões, mas há ainda dificuldades na Região Oeste do país, onde a epidemia continua propagando-se, disse a organização, que espera que o objetivo seja alcançado "dentro de semanas" no país.


Doação de sangue: uma boa ação em qualquer época
02/12/2014 - Prefeitura Municipal de Ipatinga

Todos os dias, alguém precisa de sangue. Mas, no período de férias e festas de fim de ano, os estoques diminuem bastante. Por isso é preciso um esforço maior para que, nesse momento, ninguém sofra com a falta de hemoderivados. Conforme dados da agência transfusional do Hospital Municipal de Ipatinga, a queda chega a 25% no volume de doadores nesse período do ano. Na contramão, a demanda cresce, principalmente em virtude do aumento de acidentes.

Portanto, antes de sair de férias e iniciar os festejos, é importante doar sangue. Esse é o apelo que a Prefeitura de Ipatinga e a Fundação Hemominas estão fazendo. Uma boa ação que é mais que um presente para quem recebe.

A Prefeitura de Ipatinga apoia e garante a logística necessária para quem deseja fazer essa boa ação. O município custeia o transporte e a alimentação dos voluntários no dia da coleta, que é feita na sede da Hemominas, em Governador Valadares. O serviço é realizado uma vez por semana, sempre às quintas-feiras. O cadastro de novos voluntários é feito diariamente, inclusive nos finais de semana, no Serviço Social do Hospital Municipal.

A farmacêutica da Prefeitura de Ipatinga Monise Silva Fonseca lembra que o sangue humano é insubstituível e, portanto, manter os estoques abastecidos é vital. O sangue doado é usado em pacientes hematológicos, com câncer e outras doenças que precisam de transfusões frequentes; vítimas de queimaduras e acidentes graves que necessitam de cirurgias de urgência, e para aqueles que passarão por cirurgias eletivas (programadas). "A necessidade é constante, e todos os tipos sanguíneos são bem-vindos", afirma Monise.

Para doar
Qualquer pessoa saudável, com mais de 50 quilos e idade entre 16 a 69 anos pode doar sangue. Menores de idade devem ter autorização dos pais, e pessoas acima de 60 anos devem ter doado sangue pelo menos uma vez na vida anteriormente. O prazo entre uma doação e outra é de 60 dias, para homens, e de 90 dias para mulheres. Gripe ou resfriado, vacina recente e uso de alguns medicamentos podem impedir, temporariamente, a doação.

Não pode doar
Os casos em que não se pode doar sangue são poucos: quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade; mulheres grávidas ou amamentando; pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como aids, hepatite, sífilis e doença de Chagas; usuários de drogas; aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem o uso de preservativos.


Brasil tem 1.364 casos de chikungunya, diz Ministério da Saúde
02/12/2014 - G1 - Bem Estar

Até o dia 15 de novembro, 1.364 casos de infecção pelo vírus chikungunya foram diagnosticados no Brasil. Do total, 1.293 foram transmitidos dentro do próprio país (casos autóctones). Outros 71 casos foram importados, ou seja, os pacientes foram infectados durante viagens a outros países. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (2).
Houve 759 casos de transmissão interna na Bahia, 531 no Amapá, 2 em Minas Gerais e 1 no Mato Grosso do Sul.
Do total de casos, 125 foram confirmados por exame laboratorial e 1.239 por critério clínico-epidemiológico. De acordo com o Ministério, quando há transmissão intensa em determinada região, o diagnóstico pode ser feito pela observação dos sintomas, caso o paciente tenha tido contato com outras pessoas infectadas.Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como as pessoas pegam o vírus?
Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
O risco aumenta, portanto, em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades.
O chikungunya tem subtipos diferentes, como a dengue?
Diferentemente da dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.
Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.
Segundo Barbosa, é importante observar que o chikungunya é "muito menos severo que a dengue, em termos de produzir casos graves e hospitalização".
Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
De acordo com Tauil, da SBI, os serviços de saúde brasileiros já estão preparados para identificar a doença. "Provavelmente quem vai receber esses casos são reumatologistas. Já escrevemos artigos voltados para esses profissionais, orientando-os a ficar atentos a pessoas provenientes de áreas em que há transmissão", diz o infectologista. Pessoas que apresentarem os sintomas citados e estiverem voltando de áreas onde existe a transmissão do vírus, como o Caribe, devem comunicar o médico.
Apesar de haver poucos riscos de formas hemorrágicas da infecção por chikungunya, recomenda-se evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) nos primeiros dias de sintomas, antes da obtenção do diagnóstico definitivo.
Como se prevenir?
Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus.
Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado.
Que medidas preventivas o governo brasileiro adotou?
Desde o ano passado, quando foram confirmados os primeiros casos de chikungunya no Caribe, o Ministério da Saúde começou a elaborar um plano de contingência do vírus para o Brasil. "Existe a possibilidade de transmissão em todo local que há mosquitos vetores", explica o secretário Barbosa.
O plano consiste em promover uma redução drástica da população de mosquitos nos arredores de onde os casos são identificados e orientar médicos, assistentes e profissionais de laboratórios de referência sobre como reconhecer um caso suspeito. Atualmente, seis laboratórios do país são capazes de fazer o teste para detectar o novo vírus.
Em 2010, o Brasil já tinha recebido três casos da doença do exterior: dois surfistas que foram infectados na Indonésia e uma missionária, na Índia.

Icone do VLibras Widget. Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana.