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Saúde responde
22/11/2014 - Folha de S.Paulo

"Tenho 38 anos e removi a minha tireoide já faz alguns anos. Faz três meses que não tomo os remédios para repor os hormônios. Quais são os riscos de não tomar a medicação?"

A tireoide não é vital, ou seja, sua retirada não provoca morte imediata do paciente. Mas Antônio Carlos do Nascimento, médico da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, aponta que, como a glândula produz hormônios responsáveis por acelerar o metabolismo, o paciente vai ter, em todos os sistemas do corpo, sinais de exaustão e subfuncionamento: raciocínio lento, músculos fracos e intestino preguiçoso, por exemplo.

Ele conta que inclusive uma paciente que não tomava os remédios morreu por bradicardia --quantidade muito baixa de batimentos. Outros problemas que vão aparecendo com o tempo sem a medicação são a hipotermia (sensação de frio), fraqueza das unhas (ficam quebradiças), da pele (descama) e do cabelo, que pode cair.

Pesquisa e desenvolvimento

 

Custo global da obesidade é de US$ 2 tri, diz estudo
21/11/2014 - Valor Econômico


O custo mundial da obesidade subiu para US$ 2 trilhões anuais - quase a mesma soma que a causada pelo tabagismo ou pelo impacto conjunto de violência armada, guerra e terrorismo, segundo novo relatório divulgado ontem.

O documento, feito pela consultoria McKinsey Global Institute, calcula o impacto da doença em 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. "A obesidade não é apenas um problema de saúde", disse, num podcast, Richard Dobbs, um dos autores do relatório. "É um desafio de economia e negócios de grandes proporções."

A empresa diz que 2,1 bilhões de pessoas - cerca de 30% da população mundial - têm sobrepeso ou obesidade, e que cerca de 15% dos custos com assistência médica nas economias desenvolvidas são motivados pelo distúrbio.

Nos mercados emergentes, na medida em que os países ficam mais ricos, a taxa de obesidade sobe para o mesmo nível que a encontrada nos países mais desenvolvidos. O documento contém a desoladora previsão de que quase metade da população adulta do mundo sofrerá de sobrepeso ou de obesidade em 2030, se as atuais tendências persistirem.

Os autores do relatório argumentam que os esforços para administrar a obesidade foram fragmentários e assistemáticos até agora. A McKinsey diz que não há uma solução única nem simples para o problema, mas a discordância mundial sobre como avançar está prejudicando o progresso na questão. A análise pretende oferecer um ponto de partida sobre os elementos de uma possível estratégia.

"Encaramos nosso trabalho sobre um potencial programa para enfrentar a obesidade como o equivalente aos mapas usados pelos navegadores do século XVI", disse a McKinsey em seu relatório. "Faltavam algumas ilhas e alguns continentes apareciam deformados nesses mapas, mas, mesmo assim, eles eram úteis para os marinheiros daquele período."




Saúde



 

 

Do que morremos
22/11/2014 - Folha de S.Paulo

Pela primeira vez, a principal causa de morte de recém-nascidos no mundo não são as doenças contagiosas, como tuberculose, pneumonia e diarreia.

Segundo um novo artigo na revista científica "Lancet", em primeiro lugar estão agora as complicações relacionadas ao parto prematuro --o Brasil segue a regra global.

A mudança se deve à queda nas mortes por doenças infecciosas, especialmente nos países mais pobres, e faz parte de uma transição epidemiológica profunda pela qual o mundo e o Brasil passaram nas últimas décadas.

Doenças como gripe e rubéola deixaram de ser tão assustadoras. Os males do mundo contemporâneo são o câncer e doenças do aparelho circulatório como infarto e AVC.

O declínio das doenças infecciosas e parasitárias tem como grandes causas o acesso às vacinas e a expansão do saneamento básico --embora a cobertura ainda não atinja 36% da população mundial e 19% da brasileira.

A diminuição da mortalidade infantil, especialmente, tem grande impacto na expectativa de vida.

"Quando uma criança morre, fora a tragédia, perdemos até 80 anos na conta da expectativa de vida; quando um idoso morre, perdem-se apenas alguns", explica Alexandre Chiavegatto, da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Em 1930, a expectativa de vida no Brasil ela era de 32 anos. Hoje, é de 74 anos. No mundo, a variação no mesmo período foi de 38 para 70.

NOVAS DOENÇAS

Segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, a grande fatia epidemiológica ocupada pelas doenças cardiovasculares atualmente decorre do desenvolvimento do país. "Doença cardiovascular é doença de país rico", diz.

Não é difícil entender: fatores como má alimentação, estresse e falta de atividade física são suas principais causas.

Hoje, no Brasil, 39,4% dos homens e 26,6% das mulheres têm pressão arterial elevada, e 16,5% e 22,1% são obesos, respectivamente. Ambos os fatores contribuem para doenças como AVC e infarto.

No caso do câncer, outra causa de morte que só cresce, um dos fatores importantes é a maior presença de idosos na população --no passado, com expectativa de vida baixa, é como se as pessoas morressem antes dos tumores aparecerem.

A oncologista Maria del Pilar Diz, coordenadora do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, cita ainda que o aumento de casos se deve também a causas como obesidade, que aumenta o risco de alguns tipos de câncer, e exposição a fatores cancerígenos, por exemplo, na poluição.

Isso não quer dizer, no entanto, que a batalha contra o câncer esteja perdida.

Segundo José Eluf, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor da Fundação Oncocentro, se descontarmos justamente o envelhecimento da população, a mortalidade devida ao câncer, na verdade, está diminuindo.

Isso se deve, por exemplo, à redução dos casos de mortes por câncer gástrico. Com a redução do fumo, houve diminuição de casos de câncer de pulmão e esôfago.

Del Pilar explica que, a partir das décadas de 1980 e 1990, os fatores que causam câncer, como hábitos de vida e fatores genéticos, passaram a ser melhor estudados.

A esperança é que as curvas de incidência de câncer e de doenças circulatórias possam, um dia, parecer com a das doenças infecciosas.




Pratos para domar bactérias
24/11/2014 - Época


Aguru naturalista Brenda Wat-son aparece há anos em programas de televisão americanos dando conselhos a quem deseja perder peso. O clínico geral nova-iorquino Raphael Kellman também Se aventurou nos ensinamentos do bem-estar físico e mental. Tornou-se conhecido do grande público em 2004, após lançar um livro sobre o poder de cura da cabalados ensinamentos místicos derivados do judaísmo. Tíenhuma dessas empreitadas se compara à missão-que Brèíüda e Kellman abraçaram agora: domar bactérias. É um objetivo perseguido pela medicina há séculos, com variados graus de sucesso. Em dois livros recém -lançados nos Estados Unidos, os dois propõem usar os alimentos que comemos para adestrar os micróbios que habitam nosso sistema digestivo - com o objetivo de vencer a balança. O menu para fazer as bactérias trabalhar a favor do emagrecimento é ensinado em A dieta do intestino magro, de Brenda, ainda sem edição brasileira, e em A dieta do microbioma, de Kellman, que deverá chegar ao país em abril de 201b pelo Grupo Pensamento. Os pratos desta página são um exemplo dos cardápios diários encontrados nos livros.
Tentar controlar o conjunto de 100 trilhões de bactérias que habitam cada um de nós - chamado cientificamente de microbiota - é uma tarefa hercúlea. Estima-se que, para cada célula humana, existam dez bactérias cm nosso corpo. Elasformam uma intrincada rede de interações com o organismo, capaz de influenciar da digestão à produção de hormônios. Na última década, a ciência avançou na montagem desse quebra-cabeça e reuniu evidências de que desequilíbrios entre alguns tipos de bactérias no intestino favorecem o ganho de peso. Traduzir os novos achados numa dieta prática permanece uma incógnita. "Os cientistas resistem em dar conselhos alimentares com base em seus estudos porque não estão na prática clínica. Vejo o que realmente funciona", diz Kellman. Aos 52 anos, ele mantém um consultório "holístico" em Manhattan. "Eles não tratam pacientes com diabetes, doenças inflamatórias do intestino e obesidade." As dietas criadas por Kellman e Bren-da são similares. Baseiam-se em um mesmo princípio: aumentar a ingestão dos alimentos preferidos das bactérias que ajudam no emagrecimento - como as fibras, presentes nos vegetais - e matar de fome as bactérias ruins, que contribuem para a obesidade. Elas, assim como nós, adoram açúcar, inclusive nas formas mais complexas, encontradas nas saborosas batatas e mandiocas. O jeito é se contentar com vegetais magrinhos, como cenoura ou repolho. Aliás, muito repolho.
Uma linha de pesquisa investiga se o desejo por alimentos agradáveis a nosso paladar é determinado pelas bactérias. Elas produziriam substâncias para influenciar nosso apetite e até nosso humor. Quem nunca comeu um doce para alegrar um momento de tristeza? "É uma hipótese um pouco assustadora, mas quimicamente plausível", diz o microbiologista Luis Caetano Antunes, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Brenda diz que seu método é capaz de acabar com essa influência. "Quando você equilibra seu intestino com os alimentos certos, reduz esses desejos", escreve em seu livro. Ela testou seu método em dez pacientes, que precisavam perder entre 10 e 20 quilos. Diz que deu certo. "Seis meses depois, ninguém engordou, e alguns continuaram a perder peso." Os resultados parecem animadores para quem quer emagrecer. Para os nutricionistas, são fonte de preocupação. "Essas dietas não têm os carboidratos e as proteínas suficientes para uma alimentação equilibrada", afirma a nutricionista Fernanda Pisciolaro, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Os métodos são baseados na ingestão de vegetais e negligenciam os carboidratos, fontes de energia, e as carnes, ricas em proteínas. Na briga contra o açúcar, restringem demais até os vegetais e as frutas. A conseqüência é uma possível carência de vitaminas e minerais. Somadas, essas deficiências podem enfraquecer os adeptos das dietas. "Ainda que o intestino fique ótimo, algo que não está comprovado, o resto do corpo sofrerá", diz Fernanda.
Os próprios pesquisadores que desenvolvem a ciência da microbiota são céticos quanto à capacidade de as novas dietas equilibrarem as bactérias que vivem no corpo. "Não há dúvida de que a microbiota tem um papel no ganho de peso", diz o bioquímico americano Justin Sonnenburg, cujo laboratório na Universidade Stanford estuda os fatores que influenciam as bactérias. "A área é muito promissora, mas está apenas em sua infância." Sonnenburg e seus colegas ainda têm dúvidas básicas sobre como funciona a microbiota e como ela afeta nosso organismo. Primeiro, eles não sabem como cada alimento afeta cada uma das mais de 10 mil espécies que vivem no corpo humano. Manipu-lá-las com a especificidade sugerida pelas dietas é uma possibilidade remota. Em segundo lugar, os cientistas não têm certeza sobre quais bactérias causam a obesidade e quais ajudam no emagrecimento. E provável que o papel delas seja variável. Algumas que favorecem a obesidade podem ter outra função importante no corpo.
A idéia de que existem bactérias causadoras da obesidade surgiu a partir das pesquisas de uma das referência nessa área, o biólogo americano Jeffrey Gor-don, da Universidade Washington. Em 2006, ele descobriu que, em pessoas que perderam peso, houve uma mudança importante na proporção entre dois grandes grupos de bactérias. Nos ex-gordinhos, diminuíram os micro-organismos pertencentes a um grupo chamado Firmicutes e aumentaram os do grupo Bacteroidetes. A parte os nomes complicados, a conclusão era óbvia: o novo equilíbrio lembrava o encontrado em magros. As Firmicutes ganharam o apelido de bactérias da obesidade, e as Bacteroidetes levaram a pecha de amigas da balança (leia no quadro ao lado).
Algumas hipóteses tentam explicar por que as Firmicutes causam ganho de peso. Elas parecem mais capazes de extrair energia dos alimentos. "Elas a influência das Firmicutes no ganho de peso. Mas não permitem que se decrete uma guerra para exterminá-las. Entre as integrantes desse grande grupo, há gêneros de bactérias benéficos para os seres humanos. E o caso dos lactobacilos, que ajudam a proteger o intestino. Em excesso, podem ser sinal de que há alguma coisa errada com a saúde. "Pessoas com câncer normalmente têm uma microbiota dominada por lactobacilos", diz a bióloga americana Catherine Lozupone, da Universidade do Colorado. Essas incongruências sugerem que determinar as características de uma microbiota saudável é mais complexo que apontar bactérias "boas" ou "ruins". "Talvez existam vários tipos de microbiota saudável", diz Catherine.
Para desvendar esses padrões, os cientistas relacionam os hábitos alimentares, as condições de saúde e o perfil bacteriológico - leia-se bactérias encontradas nas fezes - de milhares de voluntários. E esse trabalho duro que os cientistas do American Gut Project, formado por universidades dos Estados Unidos e da Europa, se dispuseram a fazer. "O objetivo final é sermos capazes de dar orientações específicas para cada um", diz o biólogo neozelandês Rob Knight, da Universidade do Colorado, nos EUA, um dos fundadores do projeto. Eles já analisaram o material enviado por mais de 3.200 pessoas. Cada uma pagou US$ 99 para que suas fezes fossem analisadas usando tecnologia de ponta.
E o caso do escritor americano Michael Pollan, de 59 anos, especializado em alimentação saudável. Entusiasta dos produtos cultivados em casa, como o queijo fermentado em sua própria cozinha, Pollan foi um dos primeiros a se voluntariar. Os resultados mostraram que ele tinha uma boa diversidade de bactérias - sinal de uma alimentação saudável. Entre elas, chamava a atenção a presença do gênero Prevotella. "Fiquei orgulhoso porque esse grupo é raro em pessoas do Ocidente", disse Pollan a ÉPOCA. "Ele é mais comum entre populações que comem muitos grãos integrais e menos alimentos industrializados." O orgulho logo deu lugar à dúvida quando estudos mostraram que pessoas com HIV também têm maior quantidade de Prevotella. "Isso mostra que ninguém sabe a composição do intestino saudável", diz Pollan. (Ele não tem HIV.) Histórias como a de Pollan sugerem que os autores das dietas das bactérias, Brenda e Kellman, vendem uma solução maior do que a ciência é capaz de entregar, embora muitos dos pesquisadores da microbiota adotem recomendações semelhantes às de Kellman e Brenda. Sonnenburg, da Universidade Stanford, diz que ele e sua família dão preferência a uma alimentação rica em fibras e ingredientes fermentados. Catherine, da Universidade do Colorado, evita alimentos industrializados e antibióticos sem necessidade, que podem afetar a diversidade de bactérias. Nenhum deles espera manipular suas bactérias com essas medidas. Sabem que elas são saudáveis com base em antigos estudos epidemio-lógicos. Agora, dedicam-se em suas pesquisas a entender exatamente por quê. Talvez ainda seja cedo para adotarmos as dietas de bactérias. ? substâncias para decompor moléculas que não conseguiríamos decompor sozinhos", diz o médico Joel Faintuch, do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Outra possibilidade é a ação das Firmicutes, com bactérias tóxicas, danificar o revestimento do intestino. Essas microfissuras permitem uma espécie de vazamento do conteúdo do intestino para a corrente sangüínea. O sistema imune é acionado para combater as partículas invasoras e causa uma resposta inflamatória do corpo. "As moléculas produzidas na inflamação atrapalham o processamento do açúcar e da gordura", diz a nutricionista Tatiana Fiche. Ela estudou a influência da micro-biota na obesidade em seu doutorado, na Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. Essa perturbação nos processos químicos é uma das causas conhecidas da obesidade.
Os estudos pioneiros de Gordon foram importantes ao dar pistas sobre


Mali confirma novo caso de ebola
23/11/2014 - Portal Valor Econômico

O governo do Mali anunciou hoje (23) a confirmação de um novo caso de ebola. O anúncio foi feito no mesmo dia em que a diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, chegou ao país para apoiar autoridades na tentativa de conter o surto.

Por meio de um comunicado, o Ministério da Saúde do Mali explicou que existem dois casos suspeitos de ebola – deste, um foi confirmado como positivo. O paciente foi isolado para ser submetido ao tratamento intensivo contra o vírus.

A pasta destacou ainda que, em todo o país, 310 pessoas estão em observação médica.

Na quinta-feira (20), um médico do Mali morreu após ter sido infectado pelo ebola, elevando para sete o total de mortes no país africano.

O médico trabalhava na Clínica Pasteur, onde um idoso recebeu tratamento e morreu sem que os profissionais de saúde tivessem detectado a presença do vírus.

De acordo com os últimos dados da OMS, a doença já provocou mais de 15.350 casos e 5.459 mortes, a maioria em Serra Leoa, na Libéria e na Guiné Conacri.


Surto de ebola já matou 5,4 mil pessoas, segundo OMS
22/11/2014 - Portal Valor Econômico

BRASÍLIA - Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 5.459 pessoas já morreram em decorrência do ebola. Ao todo, 15.351 pessoas foram contaminadas pelo vírus, quase todas as vítimas na África Ocidental.

A Libéria é o país com maior número de casos (7.082) e de mortes (2.963), seguida de Serra Leoa, com 6.190 casos e 1.267 mortes e da Guiné, com 2.047 doentes e 1.214 mortes.

Nigéria, Mali e Estados Unidos somam 15 mortes pelo vírus.

Nessa sexta-feira (21) a República Democrática do Congo foi declarada livre do ebola. O país teve 66 casos da doença desconectados do surto nos outros países.



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