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Uso de medicamentos cresce no Brasil
04/11/2014 - CRF - PR

O mercado de fármacos e medicamentos no Brasil vem se expandindo nos últimos anos. No terceiro trimestre de 2014, houve um crescimento em volume de 7,34%, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do IMS Health divulgados pela Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). O número de unidades de medicamentos vendidas chegou a 821.779.662 entre julho e setembro. Em comparação ao trimestre anterior, a alta nas vendas foi de 3,18%. Segundo o diretor executivo da Abradilan, Geraldo Monteiro, “as vendas têm crescido continuamente nos últimos trimestres. No segundo trimestre, a alta nas vendas havia sido de 5,71% em relação ao mesmo período do ano anterior”.

O assunto, entre outros temas ligados ao setor de medicamentos, reúne em Brasília, no dia 13 de novembro, no Senado Federal, parlamentares, gestores públicos e privados, setor produtivo, instituições acadêmicas, profissionais da área de saúde e sociedade civil, no VI Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil. Outras questões, como a desoneração de medicamentos, as incorporações tecnológicas no SUS, o aprimoramento do ambiente regulatório, a criação de novas fontes de fomento a P&D de novos medicamentos e o cenário das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo - PDPs, também serão amplamente debatidas no fórum. O evento acontece no auditório do Interlegis, no Senado Federal entre 9h e 14h. As inscrições são gratuitas pelo site.


Biolab investirá R$ 200 milhões em unidade fabril no Estado de Minas Gerais
04/11/2014 - Portal Febrafar


A Biolab Farmacêutica, um dos maiores laboratórios nacionais, com faturamento que deve chegar a R$ 1 bilhão neste ano, assinou recentemente um protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais para investir R$ 200 milhões em uma fábrica no Estado. Hoje, a Biolab opera duas unidades fabris e um centro de desenvolvimento, todos no Estado de São Paulo.

Em entrevista ao Valor Econômico, o Diretor administrativo-financeiro da farmacêutica, Alexandre Iglesias dos Anjos, disse que o desembolso, que caberá integralmente à Biolab, será executado entre 2015 e 2019. O município que será a sede da nova fábrica, porém, ainda não foi escolhido. "Devemos tomar essa decisão nos próximos dois ou três meses, com início das obras já em 2015", afirmou.

O protocolo de intenções foi firmado com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo de Minas Gerais, por meio do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), e o Estado foi escolhido, segundo o executivo, por atender a necessidades diretamente relacionadas aos custos da indústria, como impostos e logística. Além disso, o acordo prevê incentivos fiscais, com redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).


Para financiar o investimento, a Biolab pretende recorrer ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). A parcela financiada deverá ficar entre 70% e 80% do total, e o valor remanescente virá do caixa da farmacêutica.

Conforme o diretor, a unidade deverá produzir todos os itens do portfólio da Biolab, que inclui medicamentos, com forte atuação na área cardiovascular, alimentos funcionais e dermocosméticos. A nova fábrica terá "capacidade de produção suficiente para atender ao crescimento" da demanda nos próximos anos e vai gerar 800 empregos diretos e 1,5 mil indiretos.

Segundo levantamento do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), as vendas de medicamentos no país, considerando-se o varejo farmacêutico, deverá manter o ritmo de crescimento de dois dígitos verificado nos últimos anos e mostrar expansão de 10%, para mais de R$ 63 bilhões. No acumulado do ano até setembro, as vendas totalizam R$ 48,3 bilhões.


Pesquisa e desenvolvimento

 

Anvisa também prepara nova regulamentação
05/11/2014 - O Estado de S.Paulo

Além dos trâmites da Conep, muitos projetos de pesquisa clínica – especialmente aqueles que envolvem testes clínicos de novas drogas e produtos, patrocinados pela indústria farmacêutica – precisam ser aprovados também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável pelo registro e controle do uso de medicamentos no País.
Os processos correm simultaneamente nos dois órgãos, porém de forma independente.
Assim, é comum pesquisadores receberem o aval de um órgão, mas ter de esperar mais alguns meses pela decisão do outro para iniciar a pesquisa.
“A demora maior é na Anvisa”, disse ao Estado Antônio Britto, presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. Um dos problemas, segundo ele, é que a agência repete muito do esforço que já é feito pelo sistema CEP/Conep, analisando questões éticas e científicas dos projetos, em vez de se concentrar nas questões sanitárias e regulatórias relacionadas aos produtos que serão usados na pesquisa.
“A primeira grande mudança necessária é a Anvisa deixar de fazer o que os CEPs e a Conep já fazem”, afirma Britto.
Segundo a Anvisa,oprazo para emissão de um parecer para autorização de pesquisas clínicas pela agência é de 180 dias.
Pesquisadores e empresas ouvidos pela reportagem, porém, dizem que é comum o processo demorar bem mais do que isso.
Solução proposta. Atenta às críticas,a Anvisa está preparando um novo instrumento para substituir a resolução RDC 39, que regulamenta o tema desde 2008, com o intuito de fazer uma“ alteração radical do procedimento de análise de ensaios clínicos no Brasil”. A proposta foi aberta para consulta pública em agosto, durante 30 dias. Segundo a assessoria de imprensa da Anvisa, foram recebidas mais de 600 contribuições, que estão sendo consolidadas pelo setor jurídico da agência.
“A proposta é que uma nova norma traga melhorias no processo de autorização de ensaios clínicos com diminuições significativas nos prazos de análise sem,contudo, perda de qualidade e credibilidade”, diz a justificativa oficial da agência.

 Resolução quer mudar prazo para pesquisas clínicas no Brasil
05/11/2014 - O Estado de S.Paulo


A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) vai apresentar amanhã as propostas de três resoluções que poderão alterar significativamente a maneira como projetos de pesquisa clínica – aqueles que envolvem seres humanos– são avaliados no Brasil. O objetivo é preencher lacunas e dar mais agilidade ao sistema atual, tão moroso e burocrático que acaba por inibir a participação do País em projetos de pesquisas internacionais, além de atrasar o avanço da ciência nacional.
Somados todos os trâmites da Conep e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é comum levar mais de um ano para ter um projeto de pesquisa clínica aprovado. Nos Estados Unidose na Europa,esse prazo é de dois a três meses.
“Não tem como ser competitivo dessa forma”, diz Marcelo Lima, diretor médico da Amgen, uma das várias empresas do setor farmacêutico que diz que poderia fazer mais pesquisas clínicas no Brasil, não fosse pelo excesso de burocracia. O problema afetatanto a indústria quanto a academia.
O Estado apurou que uma das propostas de maior impacto que deverá ser apresentada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) diz respeito à distribuição de poderes entre a própria Conep e os Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) locais, que avaliam os projetos dentro de suas respectivas instituições (há cerca de 700 deles espalhados pelo País, ligados a hospitais, universidades e institutos de pesquisa).
No sistema atual, há uma sobreposição de competências, que obriga muitos projetos a serem avaliados duas vezes: uma pelos CEPs (de todas as instituições envolvidas) e outra pela Conep. A ideia é propor um novo sistema de trâmites diferenciados, em que os comitês locais ganhariam autonomia para aprovar projetos de sua competência, de acordo como grau de risco de cada pesquisa, e a comissão nacional só se envolveria em casos excepcionais, ou para resolver alguma disputa.
“Não haverá mais dupla atribuição”, disse o coordenador da Conep, Jorge Venâncio.
Expectativa. Pesquisadores consultados pela reportagem receberam a ideiadades centralização com otimismo. “De todas as mudanças que precisam ser feitas, essa é a mais impactante”, avalia José Nicolau,professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor da Unidade de Coronariopatia Aguda do Instituto do Coração (Incor). “Temos pessoas muito competentes nos CEPs, que podem fazer análise tão boa quanto a da Conep, em prazo muito menor.” Segundo Venâncio, a Conep recebe cerca de 150 projetos de pesquisa clínica por mês para analisar. O prazo para a comissão dar uma resposta é de 60 dias. “Na média, temos conseguido cumprir esse prazo”, diz o coordenador.
O problema é que a primeira resposta não é necessariamente a final. Caso haja algum questionamento, o projeto é devolvido aos pesquisadores, que precisam submeter o pedido novamente à Conep, e um novo ciclo de 60 dias se inicia.
“A Conep já avançou bastante, melhorando seus processos e reduzindo o tempo das avaliações, mas ainda repete muito do esforço que é feito pelos CEPs”, diz o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, que defende também a redução da burocracia.“Não estamos pedindo facilidades. Queremos apenas um sistema mais eficiente e que funcione com prazos estabelecidos.” Cronograma. A resolução que regulamenta a anális e de pesquisas clínicas pela Conep é a CNS 466, de dezembro de 2012. Os três documentos que serão apresentados amanhã são propostas de resoluções complementares à ela; não substitutivas.
Além da proposta que trata da reorganização do sistema CEP/Conep, há uma sobre a regulamentação de pesquisas com seres humanos nas áreas das Ciências Humanas e Sociais e outra sobre um regime diferenciado para a análise de projetos considerados de interesse estratégico para o SUS.


Saúde

 


Cai número de cidades em risco de epidemia de dengue
05/11/2014 - Folha de S.Paulo

O Brasil tem 117 cidades em risco de epidemia de dengue em 2015. O número caiu em relação ao ano passado --em outubro/novembro de 2013, eram 159 municípios nessa mesma situação.

O dado foi divulgado nesta terça (4) pelo Ministério da Saúde e faz parte do Liraa, índice que aponta o percentual de imóveis infestados com larvas do mosquito transmissor da dengue. O levantamento foi feito em 1.463 cidades. Neste Liraa, dez capitais aparecem em situação de alerta: Belém, Porto Velho, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Vitória, Cuiabá e Porto Alegre.



Saúde da mulher: tema precisa ser debatido
05/11/2014 - O Globo


Tema ignorado nos debates do segundo turno da campanha eleitoral para presidente, a saúde da mulher tem sido assunto obrigatório na imprensa, que contabiliza inúmeras notícias de violência doméstica e mortes decorrentes de abortos feitos em redes clandestinas. Mesmo longe dos palanques políticos, o assunto passou a ser de muita importância em todas as classes sociais, em discussões que abordam ainda a insuficiência da rede de pré-natal, gravidez na adolescência, incidência de câncer de mama, mortalidade por câncer de colo de útero, partos cesáreos e curetagem pós-aborto.
Dados obtidos pelo Rio Como Vamos na base da Secretaria municipal de Saúde, comparando o ano de 2010 com 2013, revelam tanto uma situação complicada, como avanços na área para melhorar esse quadro. Segundo o secretário de Saúde, Daniel Soranz, o município do Rio praticamente não tinha políticas públicas voltadas para a atenção primária (atendimento básico à saúde).
— Isso não se cria de um dia para o outro. Em 2009, a cobertura de saúde da família era de 3,5% e, em 2013, subiu para 47%, englobando 2,8 milhões de moradores. Em 2015, a meta é chegar a 55% e, no ano seguinte, a 70%. Hoje são 72 Clínicas da Família — informa Daniel Soranz. — A melhor forma de combater esse quadro é ampliar cada vez mais o acesso à rede pública, investir na capacitação dos profissionais que atuam na atenção primária e fortalecer as ações de educação voltadas para a saúde.
O número de mães que fizeram menos de sete consultas de pré-natal (total considerado insuficiente) caiu bastante de 2010 para 2011 (de 27.855 para 23.005). Entretanto, de 2011 para 2013, permaneceu estável. O ano passado foi encerrado com 23.455 registros. Já a proporção de mulheres que fizeram sete ou mais consultas de pré- natal subiu de 65%, em 2010, para 71%, em 2013. O não acompanhamento adequado da gravidez pode acarretar mortalidade infantil neonatal precoce ou tardia.
TOTAL DE CESARIANAS CRESCEU
Outra questão importante é o número de cesarianas efetuadas nas redes pública e privada de saúde. Na comparação entre 2010 e 2013, o volume de operações aumentou de 47.223 para 49.877 (correspondendo a 57% do total de partos), depois de permanecer dois anos em torno de 45.500. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o percentual ideal de cesáreas é de 15% do total de partos, sendo tolerável até o patamar de 25%. A OMS destaca que, feito de forma indiscriminada, o parto cirúrgico pode trazer danos à saúde da mãe e do bebê.A única meta relativa à saúde da mulher no Acordo de Resultados da Prefeitura do Rio refere- se à taxa de mortalidade materna, que inclui óbitos femininos ocorridos até 42 dias após o término da gravidez. A meta para 2014 é de 56,7 por cem mil nascidos vivos. Desde 2009, a Secretaria municipal de Saúde está investigando as mortes após o parto de mulheres em idade fértil, de 14 a 49 anos. O objetivo é esclarecer melhor os óbitos.
Ainda de acordo com o Rio Como Vamos, as internações na rede pública por curetagem pós-aborto de mulheres de 15 a 39 anos também está aumentando. Comparando-se 2010 com 2013, o total saltou de 5.509 para 6.530, um crescimento de 18,5%. Não é à toa que a mídia vem noticiando casos de abortos feitos em redes clandestinas e que, algumas vezes, resultam na morte da mulher.
— Acreditamos que a curetagem pós-aborto esteja subestimada e que esse número seja superior em pelo menos 50% — destacou o secretário municipal de Saúde.Outra questão que requer cuidado redobrado é o percentual de mães adolescentes (com menos de 20 anos). Comparando-se o ano de 2010 com o de 2013, o indicador permanece praticamente estável em torno de 16% (em números absolutos, passou de 13.398 para 14.325 mulheres). A Secretaria municipal de Saúde tem o Programa de Saúde nas Escolas, em parceria com a Secretaria de Educação. Nele, professores e alunos de colégios na área de cobertura do programa Saúde da Família recebem orientação sobre educação sexual.

Brasil em alerta para dengue e chicungunha
05/11/2014 - O Globo

O país tem 117 cidades em risco para dengue e chicungunha, transmitidas pelo mesmo mosquito, diz o governo. Dez capitais estão em alerta.

Dos 1.463 municípios monitorados pelo Ministério da Saúde, 117 (8%) estão em situação de risco para a dengue e a febre chicungunha, doenças transmitidas pelos mesmos mosquitos e com sintomas parecidos. A maioria, 96 deles, está no Nordeste. Outros 533 municípios ( 36,4%) estão em situação de alerta, e 813 (55,6%) aparecem em situação satisfatória. Os números são do do Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro deste ano e que identifica focos de proliferação dos mosquitos, apontando para as regiões de maior risco.
Entre as capitais, dez estão em situação de alerta: Belém, Porto Velho, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Vitória, Cuiabá e Porto Alegre. Outras seis ainda não repassaram seus dados ao Ministério da Saúde, o que deverá ser feito até o fim da semana: Boa Vista, Manaus, Palmas, Rio Branco, Fortaleza e Salvador. Nenhuma capital está em situação de risco. As demais apresentam situação satisfatória.
Um município está em condição satisfatória quando menos de 1% de seus domicílios tem focos do mosquito transmissor. A partir de 1%, mas inferior a4%, a situação é considerada de alerta. Acima disso, já é situação de risco. A transmissão da dengue se concentra entre janeiro e maio, assim o governo está preparando ações de prevenção focadas para o verão.
PRINCIPAIS FOCOS SÃO DEPÓSITOS DE ÁGUA
Segundo o LIRAa, os principais focos do mosquito transmissor são depósitos de armazenamento de água, como caixas d'água e tonéis; depósitos domiciliares, como calhas e pratos de plantas; e lixo domiciliar, como pneus e garrafas vazias. A predominância de um ou outro varia de acordo com a região. No Norte e no Sul, o lixo é o principal tipo de foco: 46,6% e 47,3% respectivamente. No Nordeste, os depósitos de armazenamento de água representam 78,8% dos focos. No Sudeste, é o depósito domiciliar: 55,1%. No Centro-Oeste há um maior equilíbrio: 36,8% dos focos são depósitos de armazenamento de água, 32,7% são lixo, e 30,6% são depósitos domiciliares.
Entre os municípios em situação de risco, além dos 96 do Nordeste, há 17 no Norte, dois no Sul, um no Centro-Oeste e um no Sudeste. Em situação de alerta, há 354 no Nordeste, 90 no Sudeste, 52 no Norte, 20 no Centro-Oeste e 17 no Sul. Outros municípios ainda vão enviar seus dados. A expectativa do Ministério da Saúde é de que mais de 1.600 municípios sejam monitorados. Este ano, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou que é preciso ter atenção especial na região Sudeste, que passa por uma seca.
— Há uma tendência às pessoas que estão sofrendo falta de água a acumularem para uso diário. É fundamental fazer um reforço das secretarias de saúde para que haja proteção desses reservatórios. Qualquer recipiente que acumula água pode servir de criadouro do mosquito — disse Chioro.
Apesar do nome, o LIRAa mede não só os focos do Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, mas também do Aedes albopictus. Os dois mosquitos podem transmitir tanto a dengue como a chicungunha. Originária da África, a febre chicungunha se parece com a dengue, mas costuma ser mais dolorosa, embora com letalidade mais baixa. Provoca severas dores nas articulações que podem perdurar por longo tempo, além de febre, mal-estar e dor de cabeça. O tratamento consiste no alívio dos sintomas, que costumam durar de três a dez dias. São recomendados repouso, hidratação e o uso de analgésicos como o paracetamol.Até 25 de outubro, foram registrados 824 casos de chicungunha no Brasil, dos quais 39 foram importados, ou seja, contraídos por pessoas que viajaram ao exterior. Os outros 785 são casos autóctones. Os municípios em que mais houve casos autóctones até o momento são Feira de Santana (BA), com 371 registros, Oiapoque (AP), com 330, e Riachão do Jacuípe (BA), com 82. Registraram um caso cada Campo Grande (MS) e Matozinhos (MG). Antes de setembro de 2014, nunca havia sido registrado um caso autóctone no Brasil.
— Na Bahia já apelidaram a chicungunha de primo Chico, porque é um parente (da dengue) — disse o ministro.
O número de casos de dengue caiu 61% entre 2013 e 2014. Nas primeiras 43 semanas de 2014, foram 556.317 casos. No mesmo período de 2013, foram 1.427.753. O número de mortes provocadas pela dengue também caiu de um ano para o outro, passando de 646 para 379. Em 2014, esses números não deverão aumentar muito porque a transmissão da doença se concentra entre janeiro e maio. Assim, as ações de prevenção são voltadas para esse período, começando já em dezembro, quando será realizado, no dia 6, o Dia D de Mobilização. Serão convocados gestores municipais de saúde para realizarem uma intensa mobilização da população e, assim, eliminar os focos de transmissão das duas doenças.
— Como a maioria dos focos está nos domicílios, a mobilização é fundamental — disse o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
VACINA CONTRA A DENGUE DEVE SAIR EM 2015
A primeira vacina contra a dengue pode estar disponível no mercado até o fim do ano que vem, conforme anunciou esta semana a Sanofi Pasteur, durante o congresso da Sociedade Americana de Medicina Tropical, em Nova Orleans, nos EUA. Após 20 anos de pesquisas, a vacina foi testada em última fase com eficácia de 60,8% contra os quatro sorotipos da dengue (1,2,3 e 4).
O imunizante reduz ainda a hospitalização de doentes em 80,3% (a cada dez pacientes, oito não precisam ser internados) e diminui em 95,5% as chances de a doença progredir para sua forma mais grave e letal.



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